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Revista Baiana
de Saúde Pública
abr./jun. 2009v.33, n.2, p. 243-251
ARTIGO ORIGINAL
LINFOMAS NÃO-HODGKIN EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UM ESTUDO DESCRITIVO NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL
Bruno Mendonça Protásioa
Patrícia Sena Vieirab
Mirella Fiuza Losapiob
José Henrique Barretoc
Núbia Mendonçad
Nilma Pimentele
Marco Antônio Vasconcelos Rêgof
Resumo
O objetivo desta pesquisa foi investigar as características sócio-demográficas e
clínico-patológicas dos linfomas não-Hodgkin (LNH) em crianças e adolescentes no estado
da Bahia. Do ponto de vista da metodologia, trata-se de estudo descritivo com dados
secundários de 111 pacientes com LNH, procedentes de dois centros de referência. Critérios
de inclusão: idade <20 anos, residência na Bahia e admissão no período de janeiro de
2000 a dezembro de 2005, com diagnóstico anátomo-patológico de LNH. Obtiveram-se os
seguintes resultados: dos 111 pacientes, 76 (68,5%) apresentaram idade entre cinco e 14
anos, com uma média de 8,6±4,3 anos. Linfomas de Burkitt (LB) predominaram (56,8%),
seguidos pelos linfomas linfoblásticos e linfomas de grandes células, cada um com 23 casos
(20,7%). Sítio primário do tumor predominante foi abdominal (57,7 %), seguido por cabeça e
pescoço (19,8%), mediastino (16,2%) e outros (6,3%). Manifestações clínicas mais freqüentes
nos pacientes com LB foram: dor abdominal (39,7%), aumento do volume abdominal (20,6%)
e presença de massa no abdome (12,7%). Quase 41% dos pacientes com LB apresentavam
a Acadêmico de medicina. Faculdade de Medicina da Bahia. Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA. b Acadêmicas de medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, BA.c Médico oncologista pediatra. Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Medicina e Saúde, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA.
d Médica oncologista pediatra. Diretora Médica da Sociedade de Oncologia da Bahia. Clínica ONCO, Salvador, BA.e Médica oncologista pediatra. Diretora Médica do Instituto de Onco-Hematologia Pediátrico da Bahia/Unidade Erick Loef, Salvador, BA.
f Professor Adjunto Doutor do Departamento de Medicina Preventiva e Social, Faculdade de Medicina da Bahia, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA. mrego@ufba.br.
Endereço para correspondência: Rua Maranhão No. 206, Edf. Mainá, Apto. 102, Pituba, Salvador, BA. CEP: 41 830-260 bruno_protasio@yahoo.com.br
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sintomas há mais de um mês. O valor médio da enzima lactato desidrogenase foi
1.896±4.277,6 U/L nos pacientes com LB. Os resultados apontam as características que
predominaram em pacientes com LNH pediátricos. Deve-se sempre cogitar sobre a presença
dessa afecção como diagnóstico diferencial quando tais características estiverem presentes.
Palavras-chave: Linfoma não-Hodgkin. Criança. Adolescente. Linfoma de Burkitt.
NON-HODGKIN´S LYMPHOMA IN CHILDREN AND ADOLESCENTS: A DESCRIPTIVE STUDY IN THE STATE OF BAHIA, BRAZIL
Abstract
To investigate socio-demographic and clinical-pathological characteristics of
the non-Hodgkin’s lymphoma (NHL) in children and adolescents in the State of Bahia. It is a
descriptive study with secondary data from 111 patients with NHL, coming from two reference
health centers. Criteria for inclusion: age <20 years, resident in Bahia, and admission from
January 2000 to December 2005, with anatomic-pathological diagnosis of NHL. Among the 111
patients, 76 (68.5%) were aged 5-14 years, with a mean of 8.6 ± 4.3 years. The Burkitt lymphoma
(BL) prevailed (56.8%), followed by lymphoblastic lymphoma (LL) and large-cell lymphoma
(LCL), each with 23 cases (20.7%). Abdominal region was the dominant site (57.7%), followed by
head and neck (19.8%), mediastinum (16.2%) and other sites (6.3%). The most frequent clinical
manifestations in patients with BL were: abdominal pain (39.7%), increase in the abdominal
volume (20.6%) and presence of mass in the abdomen (12.7%). Approximately 41% of patients
with BL had symptoms one month before diagnosis. Average level of serum lactate dehydrogenase
enzyme in patients with BL was 1,896 ± 4,277.6 U/L. These results show the characteristics that
prevailed in pediatric patients with NHL. So, this disease should be thought of as differential
diagnosis when these characteristics are present.
Key words: Non-Hodgkin’s Lymphoma. Child. Adolescent. Burkitt Lymphoma.
INTRODUÇÃO
Os linfomas são o terceiro grupo mais comum de câncer em adolescentes nos
Estados Unidos,1 respondendo por 3% de todos os cânceres em crianças abaixo dos cinco
anos de idade, e 9% dos casos em crianças dos 15 aos 19 anos.2 Os linfomas não-Hodgkin
(LNH) representam aproximadamente 60% de todos os linfomas, enquanto a doença de
Hodgkin responde pelo restante dos casos.1 A incidência de LNH aumentou substancialmente
nos últimos 40 anos,3 e existem notáveis diferenças nas taxas de incidência e distribuição dos
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subtipos histológicos dos LNH.1,3 A apresentação clínica dos LNH em crianças é variável e
depende do subtipo histológico, da extensão (ou estádio) da doença e do sítio primário do
tumor.1 Estudos demonstram que, entre as crianças, os LNH são mais freqüentes em brancos
do que em negros e ocorrem mais frequentemente em meninos do que em meninas.1
Diferente dos LNH dos adultos, na infância a doença se mostra mais difusa,
atingindo outros órgãos que não os linfonodos.1 Além disso, apresenta-se com rápido
crescimento4,5 e pode ser classificada em três subtipos: pequenas células ou linfoma de
Burkitt (LB), linfoblásticos (LL) e de grandes células (LGC).1 O LB é tumor derivado de
linfócitos B, enquanto os LL são geralmente derivados de linfócitos T.1 Os LGC, entretanto,
variam entre células B e células T.1 No Brasil existem poucos estudos epidemiológicos sobre
os LNH pediátricos e, desta forma, o objetivo deste estudo foi investigar as características
sociodemográficas e clínicas e patológicas dos LNH em crianças e adolescentes no estado da
Bahia, Brasil.
MÉTODOS
Realizou-se um estudo descritivo com dados obtidos de prontuários médicos
em duas unidades de saúde conveniadas do Sistema Único de Saúde (SUS), consideradas de
referência no tratamento dos LNH. Foram incluídos 111 pacientes com diagnóstico de LNH.
Incluíram-se todos os pacientes menores de 20 anos de idade, residentes no estado da Bahia,
admitidos no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2005 nessas duas unidades de
saúde, com diagnóstico estabelecido através de biópsia com exame anatomopatológico.
Foram estudadas variáveis sociodemográficas (idade ao diagnóstico, gênero,
cor da pele, procedência), clínicas e patológicas (queixa principal, tempo de sintomas, sítio
primário do tumor, nível da enzima lactato desidrogenase (LDH) no diagnóstico e subtipo
histológico). Os pacientes foram distribuídos segundo faixas etárias (0-4 anos, 5-9 anos, 10-14
anos e 15-20 anos), sexo, cor da pele (leucoderma, faioderma e melanoderma), procedência
(capital e interior), sítios primários (cabeça e pescoço, mediastino, abdome e outros) e
subtipos histológicos de acordo com a Revised European-American Lymphoma Classification
(REAL), adotada pela Organização Mundial de Saúde (WHO).3,6,7 Sempre que disponível, os
resultados de avaliação de imunofenotipagem foram coletados.
Definiu-se a variável “queixa principal” como o motivo que levou o paciente
e/ou o/a responsável a procurar auxílio médico, sendo categorizada, para os linfomas de
Burkitt, em quatro grupos (dor abdominal, aumento do volume abdominal, massa no abdome
e outros). A variável “tempo de sintomas” significa o número de dias, do início dos sintomas
até a admissão no primeiro serviço médico, sendo categorizada em dois grupos (≤ 30 dias e
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> 30 dias). O nível da LDH, descrito como exame prognóstico,3,5 foi dicotomizado em dois
grupos (< 200 U/L e ≥ 200 U/L).
Para análise dos dados, utilizou-se o programa SPSS versão 14.0. Calcularam-se
frequências absolutas e relativas. Para as variáveis contínuas (idade, tempo de sintomas e nível
da LDH) também foram calculadas média, mediana e desvio padrão (DP). Diante da elevada
frequência encontrada dos linfomas de Burkitt, foram recalculadas as frequências específicas
para esta doença. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Bahiana
de Medicina e Saúde Pública pelo documento nº 081/2008, julgado em 4 de junho de 2008,
sendo, portanto, autorizado o uso de dados de prontuário, bem como garantida, por parte
dos autores, a confidencialidade dos dados dos pacientes.
RESULTADOS
Dos 111 pacientes, 76 (68,5%) tinham idade entre cinco e 14 anos, com
uma média (±DP) de 8,6 ± 4,3 anos. Nenhum paciente tinha idade inferior a dois anos
ao diagnóstico e apenas cinco tinham idade menor ou igual a três anos. Os LNH foram 2,5
vezes mais frequentes no sexo masculino, além de serem mais frequentes em indivíduos da
cor faioderma (65,7%). A maioria das crianças era procedente do interior do Estado (75,5%).
(Tabela 1).
Tabela 1. Características sociodemográficas de crianças e adolescentes com LNH. Bahia, Brasil, 2000-2005
Os marcadores imunohistoquímicos foram usados na classificação de 69 casos
de LNH (62,2% do total). Observou-se maior proporção dos LB com 63 casos (56,8%),
seguidos pelos LL e pelos LGC, cada um com 23 casos (20,7%). O subtipo de células T (16,2%
de todos os LNH) foi o mais destacado dentre os LL e o subtipo anaplásico (10,8%) foi o mais
destacado dentre os LGC (Tabela 2).
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Tabela 2. Distribuição dos subtipos histológicos dos LNH em crianças e adolescentes. Bahia, Brasil, 2000-2005
O sítio primário predominante foi o abdominal com 64 casos (57,7%), seguido
por cabeça e pescoço com 22 casos (19,8%), mediastino com 18 casos (16,2%) e outros sítios
com sete casos (6,3%). (Tabela 3). Os LB foram mais frequentes nos sítios abdome (76,6%)
e cabeça e pescoço (50%), enquanto os LL predominaram no mediastino (77,8%). Os LB
abdominais responderam por quase metade dos LNH (44,1% de todos os LNH).
Tabela 3. Distribuição dos subtipos histológicos dos LNH em crianças e adolescentes, segundo o sítio primário. Bahia, Brasil, 2000-2005
*Outros: região axilar, coxa, espaço intra-raqueano, região paravertebral e testículo.
Entre os 63 pacientes com LB, verificou-se uma predominância da faixa etária de
cinco a nove anos (49,2%), com uma proporção de 2,3 meninos para cada menina (Tabela 4).
Os indivíduos da cor faioderma (68,4%) e procedentes do interior do Estado da Bahia (82%)
também se destacaram nessa população. As manifestações clínicas mais frequentemente
relatadas foram: dor abdominal (39,7%), aumento do volume abdominal (20,6%) e presença
de massa no abdome (12,7%). Notou-se que 41,3% dessa população apresentavam sintomas
há mais de um mês, com o tempo médio de sintomas de 30 dias ± 52,5. O nível médio
da LDH nos pacientes com LB foi de 1.896 ± 4.277,6 U/L (mediana de 775 U/L); 94,8%
apresentavam níveis de LDH ≥ 200U/L.
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Tabela 4. Características clínicas e sociodemográficas de crianças e adolescentes com linfoma de Burkitt. Bahia, Brasil, 2000-2005
* Outras: massa em cabeça e pescoço, cefaleia, dor de dente, parestesia em mãos, edema ocular, dispneia, obstipação, tosse e vômitos.
DISCUSSÃO
Os LNH pediátricos foram mais frequentes em meninos da cor faioderma,
procedentes do interior do Estado e pertencentes às faixas etárias escolares e início da
adolescência. Com relação à distribuição etária, os achados são concordantes com a literatura
no que se refere à baixa frequência dos LNH em recém-nascidos e lactentes, encontrando-se
mais de dois terços dos casos nas faixas etárias escolares e primeira metade da adolescência.
Samuuelsson, Ridell, Rockert, Gustafsson e Marky, 8 em um estudo de base populacional
sueco envolvendo 77 crianças com LNH abaixo de 15 anos de idade relataram que 32% dos
indivíduos tinham idade abaixo dos sete anos de idade, 34% entre sete e 12 e 34% entre 12 e
15 anos. Apenas um indivíduo apresentou idade menor que dois anos ao diagnóstico.
Os achados deste estudo estão em concordância com a literatura no que se
refere ao sexo mais acometido. Estudos prévios encontraram maior predominância dos LNH
pediátricos entre os meninos8,9 e em indivíduos de pele branca.9 Alguns estudos descrevem
ainda, uma frequência duas a três vezes maior nos meninos e quase duas vezes maior em
brancos que em negros.9 No estudo sueco,8 encontrou-se uma razão menino:menina ainda
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maior (4,1:1,0); quase todas as crianças apresentavam etnia escandinava. É possível que a
predominância dos LNH em indivíduos de pele parda encontrada no presente estudo seja,
pelo menos em parte, explicada pela intensa miscigenação da população local.
O presente estudo verificou ainda que a maioria dos LNH era composta por LB
de origem abdominal. Do ponto de vista clínico, os LB se manifestaram, predominantemente,
com alterações abdominais de curso crônico, associadas a elevados níveis da enzima LDH. O
nível da LDH no diagnóstico é um fator prognóstico independente nos pacientes com LNH.
O estudo clássico que originou o índice prognóstico internacional (IPI), aplicado a pacientes
com LNH agressivo, encontrou um risco relativo de mortalidade em cinco anos para
indivíduos que apresentavam níveis de LDH superiores a uma vez o limite de normalidade
de 1,85 (p<0,001), quando comparados com indivíduos com níveis normais.10 Um estudo
prospectivo italiano, que acompanhou 144 pacientes menores de 15 anos com LNH de
células B, mostrou, em análise multivariada, que níveis mais altos de LDH estavam associados
a um pior prognóstico. Quando comparados com pacientes com níveis de LDH < 1.000U/L,
os pacientes com níveis de LDH ≥ 1.000 U/L apresentaram-se proporcionalmente com
menor sobrevida livre de eventos ao final de 10 anos (85,6% e 71,2%, respectivamente;
Hazard Ratio= 2,9; intervalo de confiança 95% 1,3-6,6).11
Alguns estudos têm mostrado que os diversos subtipos de LNH estão associados
a diferentes distribuições geográficas.1,3 No Japão, por exemplo, os LNH são relativamente
raros,1 enquanto os LB respondem por grande parte dos cânceres infantis na África
equatorial.1,5 Há relatos de que os LB também predominam entre os casos de LNH pediátricos
do nordeste do Brasil.1 No que se refere ao sítio primário dos LNH, tem-se descrito um
predomínio dos sítios extranodais, especialmente o abdominal.1,8 Casos americanos ou
não-endêmicos de LB têm, geralmente, uma apresentação abdominal, enquanto os casos
endêmicos (africanos) destacam-se pela apresentação mandibular e facial.4 Além disso,
pacientes com LB tipicamente apresentam massas tumorais de crescimento rápido4,5 e
frequentemente têm níveis muito altos da LDH sérica.4
Murphy, Fairclough, Hutchison e Berard,12 ao estudarem 338 pacientes com
LNH na infância, encontraram uma frequência de 34% de LB, 29% de LL e 27% de LGC. O
estudo sueco previamente citado,8 entretanto, encontrou em predomínio dos LL com 28,6%
dos casos, seguidos pelos LB (20,7%) e pelos LGC (19,5%). Frequências descritas dos sítios
primários variaram de 31% a 39% para o abdome, 17% a 29% para cabeça e pescoço e 24,6%
a 26% para o mediastino.1,8
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Os resultados deste estudo confirmam o perfil de variabilidade histológica
descrito para os LNH, em função da localização geográfica. Houve concordância também com
relação à predominância do sítio primário abdominal e aos elevados níveis da LDH sérica ao
diagnóstico. Foi encontrado, entretanto, um tempo médio de sintomas relativamente elevado
para os casos de LB, fato que contrasta com a descrição clássica de rápido crescimento
tumoral. É possível que deficiências no acesso aos serviços de saúde expliquem, pelo menos
em parte, a cronicidade desses casos vistos no estudo.
Este estudo apresenta limitações relativas ao desenho adotado. Por se tratar
de um estudo descritivo, transversal, não há a determinação do risco absoluto (incidência).
Além disso, os dados foram obtidos em apenas duas unidades de assistência oncológica
infantil, mesmo que estas sejam consideradas de referência no Estado, deixando, portanto, de
abranger outros casos de LNH pediátrico diagnosticados nesse mesmo período.
CONCLUSÕES
A despeito das limitações, os resultados deste estudo apontam para a existência
de um perfil local com uma grande proporção de LB entre todos os LNH pediátricos,
particularmente entre as crianças provenientes do interior do estado. Portanto, para essa
população, é recomendável considerar o LNH no diagnóstico diferencial, especialmente
em quadros abdominais de curso crônico, a fim de se obter um diagnóstico precoce dessa
afecção, com consequente encaminhamento a uma unidade de assistência oncológica, em
que o diagnóstico poderá ser devidamente confirmado e a criança submetida ao tratamento
específico e adequado.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos à Clínica ONCO e ao Instituto de Onco-Hematologia Pediátrico
da Bahia/Unidade Erick Loef, pela colaboração e pelo acesso aos dados usados neste trabalho.
O estudo foi feito com recursos próprios dos autores.
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Recebido em 13.8.2008 e aprovado em 23.4.2009.
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