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5/13/2018 livrobancodedadosvolume03-110216152920-phpapp01 - slidepdf.com
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R, 2010
B D
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE)
COORDENAÇÃO GERAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD/UFRPE)
S Ab Sb
Volume 3
5/13/2018 livrobancodedadosvolume03-110216152920-phpapp01 - slidepdf.com
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U F R Pb
Reitor: Prof. Valmar Corrêa de Andrade
Vice-Reitor: Prof. Reginaldo Barros
Pró-Reitor de Administração: Prof. Francisco Fernando Ramos Carvalho
Pró-Reitor de Extensão: Prof. Paulo Donize Siepierski
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Prof. Fernando José Freire
Pró-Reitor de Planejamento: Prof. Rinaldo Luiz Caraciolo Ferreira
Pró-Reitora de Ensino de Graduação: Profª. Maria José de Sena
Coordenação Geral de Ensino a Distância: Profª Marizete Silva Santos
P G E
Capa e Editoração: Rafael Lira, Italo Amorim e Arlinda Torres
Revisão Ortográca: Elias Vieira
Ilustrações: Noé Aprígio
Coordenação de Produção: Marizete Silva Santos
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Sumário
A ................................................................................................................. 4
C V 3 ................................................................................................ 5
C 7 – O M R .................................................................................. 7
O Modelo Relacional (MR) ..............................................................................................7
Conceitos do Modelo Relacional .....................................................................................8
Regras de Integridade Fundamentais ............................................................................14
As 12 Regras de Codd ....................................................................................................18
C 8 – D MR MER .............................................................. 25
Algumas Informações Iniciais ........................................................................................25
Regras para Derivar o Modelo Relacional a parr do MER ............................................26
C 9 – N D ............................................................................ 41
Dependências Funcionais ..............................................................................................41
Anomalias de Atualização ..............................................................................................43
O que é Normalização?..................................................................................................45
Primeira Forma Normal (1FN) .......................................................................................47
Segunda Forma Normal .................................................................................................49
Terceira Forma Normal ..................................................................................................52
Forma Normal de Boyce-Codd ......................................................................................55
Quarta Forma Normal ...................................................................................................56
Quinta Forma Normal ....................................................................................................58
Um Roteiro para a Normalização ...................................................................................60
Algumas Informações Adicionais ...................................................................................60
C F .................................................................................................... 67
C A ........................................................................................................ 69
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Apresentação
Caro(a) cursista,
Seja bem-vindo(a) ao terceiro módulo do curso B D!
Neste terceiro módulo, vamos estudar o modelo relacional e todas as suas nuances. O modelo relacional é
o resultado da modelagem lógica do Banco de Dados e é a etapa seguinte a modelagem conceitual.
Dentro deste contexto, estudaremos como tranformar a modelagem conceitual em modelagem lógica,
como omizar o modelo criado através das regras de normalização e como fazer as checagens de integridade
referencial.
Bons estudos!
S Ab Sb
Autora
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Banco de Dados
Conhecendo o Volume 3
Neste terceiro volume, você irá encontrar o Módulo 3 da disciplina de B
D. Para facilitar seus estudos, veja a organização deste segundo módulo.
Mó 3 – M Ló Pj B D
C Mó 3: 15 h/aula
Obj Mó 3:
» Introduzir os principais conceitos e denições relacionados à modelagem lógica de
dados.
» Examinar os principais conceitos envolvidos no modelo relacional.
» Estudar como derivar a modelagem lógica a parr da modelagem conceitual.
» Estudar como omizar a modelagem de dados através da normalização.
Cú P Mó 3:
» O Modelo Relacional.
» As 12 Regras de Codd.
» Transformação do Modelo E-R para o Modelo Relacional.
» Restrições de Integridade.
» Dependências Funcionais.
» Normalização de Dados.
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Banco de Dados
O ?
Neste capítulo, vamos estudar os seguintes temas:
» O Modelo Relacional.
» Restrições de Integridade.
» As 12 Regras de Codd.
M
Após o estudo deste capítulo, esperamos que você consiga:
» Idencar as parcularidades e os componentes do Modelo Relacional.
» Fazer a checagem de integridade do modelo.
» Reconhecer as 12 regras de Codd.
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Banco de Dados
Capítulo 7 – O Modelo Relacional
No projeto de Banco de Dados, a modelagem lógica ou projeto lógico é a terceira
etapa (vide Figura 1), antecedida pela análise de requisitos e pela modelagem conceitual.
O produto dessa etapa é o modelo relacional ou esquema relacional e este é justamente o
assunto desse capítulo! Esse modelo já é dependente do SGBD que for ser escolhido para
a implementação do banco de dados. Logo, atente para o fato de que esse é o momento
dessa decisão ser tomada.
Neste capítulo, vamos falar sobre o modelo relacional, que é um exemplo de
modelo lógico de dados, e sobre os conceitos a ele relacionados.
Figura 1 - Etapas do Projeto de Banco de Dados
O Modelo Relacional (MR)
Vamos relembrar... o que é o modelo lógico? É um modelo que vai especicar a
representação/declaração dos dados de acordo com o SGBD escolhido, denindo assim a
estrutura de registros do BD (onde cada registro dene número xo de campos (atributos)
e cada campo possui tamanho xo). Um exemplo de modelo lógico é o modelo relacional
(MR). Os SGBDs que ulizam o MR são denominados SGBDs Relacionais e, nesta disciplina,
trataremos do projeto lógico apenas desse po de SGBD.
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Banco de Dados
O Modelo Relacional foi introduzido por Ted Codd, da IBM Research, em 1970, em
um argo clássico (Codd, 1970) que imediatamente atraiu a atenção em virtude de sua
simplicidade e base matemáca. O modelo usa o conceito de uma relação matemáca –
algo como uma tabela de valores – como seu bloco de construção básica e tem sua base
teórica na teoria dos conjuntos.
As primeiras implementações comerciais do modelo relacional tornaram-se
disponíveis no início da década de 80, antes disso, eram ulizados os modelos de redes ehierárquico (sobre os quais estudamos no Volume 1, capítulo 1).
O modelo relacional tem como objevos: prover esquemas de fácil ulização;
melhorar a independência lógica e sica de dados; prover os usuários com linguagens
de manipulação de BD de alto nível, permindo o seu uso por usuários não experientes;
omizar o acesso aos BDs e melhorar a integridade e segurança dos dados.
O MR representa os dados do BD como rlçõ1 (tabelas) de nomes únicos. O
conceito de tabelas está inmamente ligado ao conceito de uma relação matemáca – de
onde se origina o nome deste modelo. Vamos apresentar, na seção a seguir, cada um dos
conceitos relevantes dentro do contexto do modelo relacional.
Conceitos do Modelo Relacional
Em um ambiente de banco de dados relacional ulizamos alguns conceitos muito
importantes para a correta implantação e operação de qualquer sistema de banco de
dados. Por exemplo, na terminologia do modelo relacional, cada tabela é chamada
e vai possuir um nome único que a idenca, cada linha da tabela é chamada , cada
cabeçalho de coluna é conhecido como b (vide Figura 2).
Figura 2 - Exemplos de Terminologias do Modelo Relacional
Alguns desses novos termos originam-se diretamente da Teoria de Conjuntos, outros
são decorrentes da ulização de elos lógicos para implementar os relacionamentos entre os
dados armazenados no banco de dados. A seguir, cada um dos conceitos fundamentais do
modelo relacional será descrito.
Tabela ou Relação
No modelo relacional, a estrutura que armazena os dados referentes a cada uma
das ocorrências de uma endade ou relacionamento com atributos do MER é chamada de
tabela ou relação.Uma tabela é uma representação bi-dimensional de dados composta de linhas
e colunas. Por exemplo, a tabela de empregados de uma empresa (vide Tabela 1) onde
C
1 A palavra relação éulizada no sendode lista ou rol de
informações e não nosendo de associaçãoou relacionamento.
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Banco de Dados
poderiam ser armazenados dados como o CPF, o nome e o telefone de cada empregado. A
tabela como um todo representaria os empregados da empresa. Cada coluna representaria
um atributo (ex: a primeira coluna da Tabela 1 é o CPF ). E cada linha da tabela representa os
dados de um empregado. Por exemplo, a primeira linha da Tabela 1 se refere à empregada
de CPF número 987675456-98, de nome Ana Marques e cujo telefone é 3245-8976.
Tabela 1 - Tabela ou Relação Empregado
CPF N T
987675456-98 Ana Marques 3245-8976
765456243-45 João Pontes 3124-5645
213415467-89 Marcos Alves 3456-8923
567324980-03 Tânia Gomes 3455-9098
Matemacamente, dene-se uma relação como um subconjunto de um produto
cartesiano de uma lista de míi2. Assim, suponha que D1 denote o domínio do atributo
A1, D2 denote o domínio do atributo A2 e Dn denote o domínio do atributo N da tabela T1.
Qualquer linha da tabela que possui estes atributos é denotada pela tupl3 (d1,d2,...,dn) em
que d1, d2 e dn têm como valores possíveis (domínios), respecvamente D1, D2 e Dn. Em
geral, uma instância de T1 é um subconjunto de D1 X D2 X ... X Dn.
O conjunto de atributos de uma relação é chamado de esquema da relação. O
esquema de uma relação é denotado por : R[A1 D1, ..., An Dn] onde:
R é o nome da relação;
A1, ..., An é a lista de atributos da relação R e
D1, ..., Dn são os domínios de cada um dos atributos da relação R.
Frequentemente, é ulizada uma notação simplicada em que é omida a denição
do domínio de cada atributo da relação: R[A1, ..., A]. Por exemplo, o esquema da relação
representada na Tabela 1 seria: E[CPF hr 4(11), N (50), T
(9)] ou, na notação simplicada, teríamos E[CPF, N, T].
Na criação dos esquemas das relações o nome das relações ou tabelas devem ser
únicos no banco de dados, devem ser escritos no singular e, de preferência, devem ser
nomes curtos. Se for usado um nome composto, este deve ser separado por um underline
(_), por exemplo Pessoa_Fisica ou Pessoa_Juridica.
O atributo idencador da relação é apresentado sublinhado (esse atributo
idencador dará origem à chave primária da relação, como veremos mais a frente). Assim,
se CPF fosse o atributo idencador teríamos: E[CPF, N, T].
O grau de uma relação é o número de atributos que a compõe. Por exemplo, o grau
da relação Empregado[CPF, Nome, Telefone] é três, porque essa relação possui 3 atributos.
Uma parcularidade referente à denição de relação é que, nesta denição, não
existe qualquer po de ordenação ou de denição de ordenação. Assim, por exemplo, as
duas relações representadas pelas Tabelas 1 e 2 são consideradas idêncas. Anal, o que
mudou de uma tabela para outra foi apenas a ordem em que os valores de preenchimentoda tabela aparecem.
C
2 Um domínio contémos valores possíveispara um determinadoatributo da relação.
C
3 Uma tupla é uma
ocorrência parcularde um elemento databela. Falaremossobre esse conceito,em detalheas, mais afrente.
C
4 O po char equivale
ao po string daslinguagens deprogramação, ondevocê pode digitarletras, números esímbolos. Quandovocê dene um pochar, você tem deespecicar o tamanhodo que preencheráo mesmo. Esse popode variar de nomede SGBD para SGBDmas sempre vai ter um
correspondente.
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Banco de Dados
Tabela 2 - Tabela ou Relação Empregado
CPF N T
213415467-89 Marcos Alves 3456-8923
567324980-03 Tânia Gomes 3455-9098
765456243-45 João Pontes 3124-5645
987675456-98 Ana Marques 3245-8976
Linha (Tupla)
Uma ocorrência em parcular de dados em uma tabela ocupa uma linha dessa
tabela. Por exemplo, na Tabela 3, os dados de cada um dos empregados que a compõe
ocupam uma linha diferente da tabela. Como existem 4 empregados, a Tabela 3 possui 4linhas (ou tuplas ou registros). O número de linhas ou tuplas de uma relação é chamado de
. Logo, a cardinalidade da relação expressa na Tabela 3 é quatro.
Cada linha da tabela deve ser única e deve possuir um atributo idencador. No
caso da Tabela 3, esse idencador é o CPF do empregado. O atributo idencador, no
modelo relacional, passa a ser chamado de chave primária (PK) - detalharemos melhor esse
ponto mais a frente.
Tabela 3 - Exemplos de Atributos e Tuplas
Outra denição que pode ser dada para linha ou tupla é: um conjunto de pares(<atributo>,<valor>), em que cada par fornece o valor do mapeamento de um atributo Ai
para um valor Vi, tal que cada valor Vi seja um elemento do domínio Di ou um valor nulo.
Algumas regras para tuplas são: em uma tabela ou relação não devem exisr tuplas
ou linhas duplicadas. As linhas de uma tabela não seguem uma ordem especíca. Dessa
forma, as tuplas ou linhas abaixo seriam idêncas:
T = <(CPF, 987675456-98), (Nome, Ana Marques), (Telefone, 3245-8976)> e
T = <(Telefone, 3245-8976), (CPF, 987675456-98), (Nome, Ana Marques)>
Coluna (Atributo)
Cada po de informação armazenada em uma tabela é uma coluna. Ou seja, cada
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Banco de Dados
atributo que caracteriza a relação é expresso em uma coluna. Toda coluna de uma tabela
deve possuir um nome pelo qual será referenciada sempre que necessário. Na verdade,
ao criarmos uma tabela denimos, para cada uma de suas colunas, o seu nome (nome do
atributo) e também o seu po (numérico, alfabéco, data, etc). Por exemplo, CPF, Nome e
Telefone são atributos (colunas ou campos) da Tabela Empregado, expressos na Tabela 3.
Um nome de atributo deve ser único em uma tabela e deve expressar o po de
informação que ele representa. E o valor de um atributo não deve poder ser decompostoem mais de uma coluna.
Domínio do Atributo
Domínio de um atributo é a faixa de valores que esse atributo pode conter. Em
outras palavras, é o conjunto de valores que um determinado atributo pode assumir. Por
exemplo, para o atributo CPF da Tabela 3, o domínio seria o conjunto dos números naturais.
Em outras tabelas quaisquer, por exemplo, o domíno do atributo “dia do mês”seria o
conjunto dos números entre 1 e 31. O atributo “sexo” teria como domínio os mnemônicos
M (para masculino) ou F (para feminino) e assim por diante.
Sempre que idencamos um atributo de uma tabela, temos também uma ideia de
qual o po de informação que ele poderá vir a conter.
Chaves
Uma hv5 é um atributo (ou conjunto de atributos) que idenca univocamente
cada entrada de uma relação. Ou seja, por meio de chaves podemos diferenciar as diversas
tuplas pertencentes a uma relação. Como consequência dessa denição, temos que os
atributos chaves não podem apresentar valores duplicados, nem podem ser nulos.
NULO - Não devemos confundir o conceito de nulo com espaços em branco ou o número zero, por
exemplo, que são valores conhecidos. Nulo é a ausência de informação.
Uma coluna de preenchimento obrigatório numa tabela deve possuir todos os seus valores não-
nulos. Se, por exemplo, uma linha da tabela Empregado conver um nulo na coluna Telefone,
signica que o telefone do empregado correspondente àquela linha é desconhecido. Assim, ou o
telefone não foi informado por algum movo ou o empregado não possui telefone, de qualquer
forma, a informação está ausente na tabela.
Uma denição mais formal para chave seria: seja R um esquema de relação. Sedissermos que um subconjunto K de atributos de R é uma uprhv6 para R, estaremos
considerando restrições para as relações r(R), nas quais não existem duas tuplas disntas
com mesmos valores em todos os atributos de K. Isto é, se as tuplas t1 e t2 fazem parte da
relação r e t1 <> t2, então t1[K] <> t2[K].
Quando há a possibilidade de mais de um atributo (isoladamente) poder ser chave
em uma relação, dizemos que esses atributos são . Por exemplo, na Tabela
4, CPF e Nome poderiam ser chaves candidatas, porque poderiam ser atributos usados para
localizar uma entrada na tabela.
C
5 O conceitode chave estádiretamente ligado
ao de idencadorda endade ourelacionamento que foiestudado no volumeanterior, quandoforam detalhados oscomponentes do MER.
C
6 Superchave é oconjunto de um oumais atributos que nospermitem idencarde maneira unívocauma tupla de umarelação.
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Banco de Dados
Tabela 4 - Tabela ou Relação Empregado
CPF (PK) N T
213415467-89 Marcos Alves 3456-8923
567324980-03 Tânia Gomes 3455-9098
765456243-45 João Pontes 3124-5645
987675456-98 Ana Marques 3245-8976
Um dos princípios do modelo relacional diz que uma linha de uma tabela deve
sempre poder ser referenciada de forma única. Por isso, entre as chaves candidatas, uma
delas deve ser eleita para ser a principal, b (P K PK),
aquela que realmente idenca univocamente cada tupla da tabela. No caso, para a Tabela
4, a melhor escolha para chave primária seria o atributo CPF, já que essa informação não se
reperia, de forma alguma, em dois empregados disntos da tabela.
A escolha da chave primária (PK) da tabela é inuenciada pelas necessidades do domíno do mundo
real que está sendo modelado.
Chaves primárias são geralmente indicadas na tabela pela sigla PK (Primary Key) e
podem também ser sublinhadas (vide Tabela 4).
As outras chaves candidatas que não forem escolhidas para chave primária, são
chamadas de . Por exemplo, na Tabela 4, o atributo Nome seria uma
chave secundária.
Muitas vezes, uma tabela não possui, entre seus atributos, um que por si só sejasuciente para idencar univocamente uma ocorrência. Nesses casos deve sempre ser
possível que a combinação de dois ou mais atributos tenha a capacidade de se constuir
numa chave primária. Chamamos a essas chaves primárias formadas pela combinação de
vários atributos de . Ou seja, uma chave primária composta é
uma chave primária que é formada por mais de um atributo ou coluna. Geralmente, uma
tabela que represente um relacionamento entre outras duas tabelas (originada de um
relacionamento do MER) irá possuir chaves primárias compostas. Por exemplo, a tabela
Alocação (vide Tabela 5), terá como chaves primárias os atributos CPF e Cod_Projeto. Isso,
porque para descobrir qual a função de um empregado em um projeto, precisamos dessas
duas informações. Nenhum dos atributos isoladamente poderia fornecer essa informação.
Tabela 5 - Tabela ou Relação Alocação
CPF (PK) C_j (PK) F
213415467-89 002 Analista
567324980-03 001 Consultor
765456243-45 003 Suporte
987675456-98 002 Programador
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Banco de Dados
Tabela 6 - Tabela ou Relação Empregado
CPF (PK) N T
213415467-89 Marcos Alves 3456-8923
567324980-03 Tânia Gomes 3455-9098
765456243-45 João Pontes 3124-5645
987675456-98 Ana Marques 3245-8976
Tabela 7 - Tabela ou Relação Projeto
C_j (PK) N Pj
001 SOFTHOUSE
002 GEOPROC
003 LINUX WORLD
Uma tabela pode incluir entre seus atributos a chave primária de outra tabela.
Essa chave é chamada . Ou seja, uma chave estrangeira é uma coluna
(ou combinação de colunas) que indica um valor que deve exisr como chave primária em
uma outra tabela (chamada de Tabela Pai). Por exemplo, na tabela Alocação (vide Tabela
5), as colunas CPF e Cod_Projeto são chaves estrangeiras, porque elas são chave primária,
respecvamente, das tabelas Empregado (vide Tabela 6) e Projeto (vide Tabela 7).
Vamos denir novamente com outras palavras: uma chave estrangeira de uma
relação R1 é um atributo (ou conjunto de atributos) que referencia a chave primária de uma
outra relação R2. Dessa forma, para qualquer tupla de R1, o valor da chave estrangeira deve
ser igual ao valor da chave primária de alguma tupla da relação R2 referenciada, ou deve ser
o valor nulo (se a chave estrangeira não zer parte da chave primária da relação R1). Com
isso queremos dizer que o atributo que é chave estrangeira em uma relação R1, pode ou não
fazer parte da chave primária de R1. No exemplo de chave estrangeira dado anteriormente,
as chaves estrangeiras CPF e Cod_Projeto fazem parte da chave primária da tabela Alocação
(vide Tabela 5). Porém, a chave estrangeira pode não fazer parte da chave primária. Observe
a tabela Funcionário (vide Tabela 8). Ela possui um campo Cod_Depto que é chave primáriada tabela Departamento (vide Tabela 9). Logo, na tabela Funcionário, o atributo Cod_Depto
é uma chave estrangeira. Chaves estrangeiras são indicadas pela sigla FK (Foreign Key ).
Tabela 8 - Tabela ou Relação Funcionário
CPF (PK) N C_D (FK)
213415467-89 Marcos Alves 11
567324980-03 Tânia Gomes 22
765456243-45 João Pontes 11
987675456-98 Ana Marques 22
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Banco de Dados
Tabela 9 - Tabela ou Relação Departamento
C_D (PK) N
11 Vendas
22 Financeiro
Uma chave estrangeira formada por mais de uma coluna é chamada de
.
No modelo relacional os relacionamentos representados no MER passam a ser
representados através de chaves estrangeiras. Ou seja, as chaves estrangeiras tornam
possível a associação lógica entre tabelas disntas. Isso cará mais claro no próximo capítulo
quando forem apresentadas as regras de derivação do MR a parr do MER.
Regras de Integridade Fundamentais
O modelo relacional, ao denir conceitos como Tabela, Tupla, Atributo, Nulo,
Domínio, Chave Primária e Chave Estrangeira deixa implícitas algumas regras fundamentais
para a manutenção da consistência do banco de dados. Elas são chamadas de Regras de
Integridade e tratam dos cuidados que analistas, projestas e programadores devem
observar ao implementar as ronas de Inclusão, Alteração e Exclusão de dados nas bases
de dados. Na práca, as restrições de integridade fornecem meios para assegurar que
mudanças feitas no banco de dados não resultem na perda da consistência sobre estes
dados.
Vamos ver agora dois dos principais pos de integridade a serem mandas emum banco de dados adequadamente projetado: a Integridade de Endade e a Integridade
Referencial. Posteriormente, discuremos regras de integridade complementares e regras
de integridade semânca.
Integridade de Endade (ou de Idendade ou Existencial)
Refere-se às chaves primárias e procura garanr que toda e qualquer linha de uma
tabela deve poder ser acessada com base apenas no conteúdo de sua chave primária. Para
isso, algumas regras devem ser observadas:
» Toda tupla tem um conjunto de atributos que a idenca de maneira única na
relação (Integridade de Chave).
» Nenhum atributo que faça parte de uma chave primária pode ter valor nulo (eles
devem ser NN = not null ).
» Não se deve permir que em uma mesma tabela existam duas ocorrências (tuplas)
com chaves primárias iguais. Ou seja, os atributos que são chave primária devem
ser únicos (ND = No Duplicate ou Unique).
Isso signica que os conteúdos de todos os atributos que constuem uma chave
primária devem ser conhecidos e únicos. Um conteúdo nulo representa uma informação
desconhecida ou, em outras palavras, a ausência da informação, o que não pode ser
permido em qualquer elemento de uma chave primária.
Algumas recomendações para se alcançar a integridade de endade são:
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Banco de Dados
» Selecione chaves primárias que realmente tenham preenchimento único no
domínio do problema.
» Se possível, prera chaves primárias simples e numéricas.
» Se não houver nenhuma coluna que possa ser uma chave candidata, ulize chaves
primárias sequenciais, geralmente, atribuídas pelo sistema.
Integridade Referencial
Diz respeito às chaves estrangeiras e visa manter a integridade dos relacionamentos
previstos no banco de dados. Ou seja, a integridade referencial cuida para que uma
relação possa ter um conjunto de atributos que contém valores com mesmo domínio de
um conjunto de atributos que forma a chave primária de outra relação. Este conjunto é
chamado chave estrangeira.
Na denição dos cuidados referentes a esse po de integridade, ulizaremos dois
conceitos:
» Tabela-Pai (Parent Table): é aquela onde o atributo de relacionamento desempenha
o papel de chave primária.
» Tabela-Filho (Dependent Table): tabela onde o atributo de relacionamento
desempenha o papel de chave estrangeira.
Para manter a integridade referencial, a regra básica é: o conteúdo de uma chave
estrangeira deve, necessariamente, ser igual ao de uma ocorrência da Tabela-Pai ou então
ser nulo. Vale ressaltar que o valor da chave estrangeira só poderá ser nulo na Tabela-Filho,
se o atributo que for chave estrangeira não zer parte da chave primária da Tabela-Filho.
Por exemplo, na úlma tupla da tabela Funcionário (vide Tabela 10), temos que o
Cod_Depto é NULL. Isso é possível apenas porque o atributo Cod_Depto não faz parte dachave primária da tabela Funcionário. E deve signicar que, por enquanto, a funcionária
Ana Marques não foi alocada em nenhum departamento (vamos supor que ela acabou
de ser contratada). Já todas as outras tuplas da tabela Funcionário possuem o Cod_Depto
preenchido e, para que a integridade referencial seja manda, como esse atributo é chave
estrangeira, ele deve exisr como chave primária em alguma outra tabela. No caso, na
tabela Departamento (vide Tabela 9). Nesse exemplo fornecido, a tabela Funcionário é a
Tabela-Filho e a tabela Departamento é a Tabela-Pai.
Tabela 10 - Tabela ou Relação Funcionário
CPF (PK) N C_D (FK)
213415467-89 Marcos Alves 11
567324980-03 Tânia Gomes 22
765456243-45 João Pontes 11
987675456-98 Ana Marques NULL
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Banco de Dados
Ob
Uma chave estrangeira pode referenciar-se a um atributo da sua própria tabela (caso queocorrerá com os auto-relacionamentos do MER). Por exemplo, a tabela Funcionário (vide
Tabela 11) poderia ter, para cada funcionário, quem é o seu supervisor direto. Assim, o campoCPF_Supervisor, que é considerado chave estrangeira, é a chave primária da própria tabelaFuncionário e não de outra tabela qualquer.
Tabela 11 - Tabela ou Relação Funcionário
CPF (PK) N CPF_S (FK)
213415467-89 Marcos Alves 765456243-45
567324980-03 Tânia Gomes 765456243-45
765456243-45 João Pontes NULL
As consequências da Integridade Referencial reetem-se nas consistências
necessárias ao se proceder às operações de Inclusão, Alteração e Exclusão de dados nas
Tabelas Pai e Filho. Veja as regras no Quadro 1.
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Banco de Dados
Quadro 1 - Regras de Inclusão, Alteração e Exclusão para manter a Integridade Referencial
O Tb_P Tb-F
I
A inclusão de dados na tabela-pai não tem
nenhuma implicação ou problema.
A inclusão de dados na Tabela-
Filho deve atentar para o fato de
que não será possível incluir uma
nova tupla se o valor do campo
que for chave estrangeira já não
esver cadastrado na Tabela-Pai.
A
Se a alteração envolver o valor da chave
primária, deve-se ulizar um dos seguintes
critérios:
» A chave não deve ser alterada se esver
sendo ulizada em alguma tabela-lho.
» A chave deve ser alterada e deve-se colocar
NULL nas chaves estrangeiras presentes na(s)
Tabela(s)-Filho (contanto que o valor em
questão não faça parte da chave primária da(s)
Tabela(s)-Filho correspondente(s)).
» A chave deve ser alterada e o novo valor deve
ser colocado no campo que é chave estrangeira
em todas as tabelas-lho relacionadas.
Se a alteração envolver o
atributo que é chave estrangeira,
a alteração só deve ser realizadausando valores que existam na
tabela pai (podendo também
usar o valor NULL, se essa chave
estrangeira não zer parte da
chave primária da Tabela-Filho).
Ex
Para excluir uma tupla dessa tabela, deve-se
ulizar um dos seguintes critérios:
» Não deletar, se a tupla esver sendo ulizada
em uma Tabela-Filho.
» Deletar a tupla e colocar NULL nas chaves
estrangeiras das Tabelas-Filhos afetadas (isso se
o atributo envolvido não zer parte da chave-
primária da Tabela-Filho).
» Deletar e, também, eliminar todas as tuplas
das Tabelas-Filho que façam uso do valor da
tupla sendo eliminada.
A exclusão de Dados na Tabela-
Filho não tem nenhuma
implicação ou problema.
As restrições de integridade devem ser implementadas pelo SGBD. Muitos SGBD’s implementam
integridade de endade, mas não implementam integridade referencial.
Regras de Integridade ComplementaresAlém das regras de integridade de endade e referencial, um banco de dados
relacional pode suportar um conjunto adicional de regras (ou restrições) cuja nalidade
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Banco de Dados
é especicar aspectos próprios de cada coluna e respecvo domínio, complementando
com isso a denição de suas caracteríscas lógicas. As principais restrições de integridade
complementares tratam da obrigatoriedade e unicidade de valores e sobre conjuntos de
valores permidos. Vamos às regras:
» Ob - Indica se deve ou não ser permida a existência de nulos em uma
coluna (ou seja, se um atributo pode ou não ser nulo). Colunas que não aceitam
nulos são de bó como, por exemplo, o nome de um
funcionário na tabela de funcionários. Campos que não possuam obrigatoriedade
de preenchimento são considerados . Por exemplo, o número do
telefone poderia ser um campo opcional, dependendo do domínio, visto que ainda
podem haver pessoas que não possuem número de telefone. A denição de se um
campo será de preenchimento obrigatório ou não, vai depender muito do domínio
do mundo real sendo modelado.
» U - Indica se deve ser permido ou não que uma coluna possua valores
idêncos em duas ou mais linhas. Uma coluna que não pode possuir valores
repedos é uma coluna de valores únicos.
» V V E - Indica explicitamente qual o conjunto de
valores permidos para uma determinada coluna. Por exemplo, para a coluna Sexo
de uma tabela Empregado só poderiam ser aceitos os valores ‘M’ ou ‘F’. Qualquer
outro valor deveria ser recusado.
Restrições de Integridade Semânca
São restrições especicadas e mandas num banco de dados relacional pelo
programa de aplicação e que são inerentes a aplicação sendo desenvolvida. Ou seja, são
as regras de negócio do domínio do mundo real sendo implementado. Por exemplo, em
um determinado sistema pode-se querer implementar a restrição que “o salário de um
empregado não pode ser maior do que o salário do seu supervisor direto” ou que “o
número máximo de horas por semana que um empregado pode trabalhar em projetos é de
40 horas” (suponha que a empresa não permite horas extras) ou, ainda, “a data de entrega
de um pedido não pode ser inferior à data em que o pedido foi realizado”. Tais restrições,
como dito, são especícas do domínio sendo implementado e necessitam ser programadas
em cada aplicação que vá fazer uso do banco de dados.
As 12 Regras de Codd
Edgard F. Codd, em 1985, estabeleceu as 12 regras de Codd que determinam o
quanto um banco de dados é relacional. Algumas vezes as regras se tornam uma barreira
e nem todos os SGBDs relacionais fornecem suporte a elas. De qualquer forma, a tulo de
conhecimento, vamos apresentá-las a seguir. Lembramos que nem todas as regras serão
completamente compreendidas nesse momento, mas o serão até o nal da disciplina.
R 1 - R b: As informações a serem armazenadas
no banco de dados devem ser apresentadas como relações (tabelas formadas por linhas e
colunas) e o vínculo de dados entre as tabelas deve ser estabelecido por meio de valores de
campos comuns (chaves estrangeiras).
R 2 - R : Todo e qualquer valor atômico em um BD
relacional possui a garana de ser logicamente acessado pela combinação do nome da
tabela, do valor da chave primária e do nome do campo/coluna que deseja acessar. Isso
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Banco de Dados
porque, com o nome da tabela, se localiza a tabela desejada. Com o valor da chave primária
a tupla desejada dentro da tabela é localizada. E com o nome do campo/coluna se acessa a
parte desejada da tupla.
R 3 - R : Valores nulos devem
ser suportados de forma sistemáca e independente do po de dado para representar
informações inexistentes e informações inaplicáveis. Deve-se sempre lembrar que valores
nulos devem ter um tratamento diferente de “valores em branco”.
R 4 - R : Toda a estrutura do banco de dados
(domínios, campos, tabelas, regras de integridade, índices, etc) deve estar disponível em
tabelas (também referenciadas como catálogo). Sua manipulação é possível por meio de
linguagens especícas (por exemplo, SQL). Essas tabelas são, geralmente, manipuladas pelo
próprio sistema no momento em que o usuário efetua alterações na estrutura do banco de
dados (por exemplo, a inclusão de um novo atributo em uma tabela).
R 5 - R -: Essa regra diz que o usuário deve
ter capacidade de manipular as informações do banco de dados em grupos de registros, ou
seja, ser capaz de irir, ltrr xluir vári rgitr mm tmp7 .
R 6 - R b- b: Pelo menos uma
linguagem, com sintaxe bem denida, deve ser suportada, para que o usuário possa
manipular a estrutura do banco de dados (como criação e alteração de tabelas), assim
como extrair, inserir, atualizar ou excluir dados, denir restrições de integridade e de acesso
e controle de transações (mmit rllbk 8 , por exemplo). Deve ser possível ainda a
manipulação dos dados por meio de programas aplicavos.
R 7 - R : Quando for necessária alguma
modicação na forma como os dados estão armazenados sicamente, nenhuma alteração
deve ser necessária nas aplicações que fazem uso do banco de dados (isolamento), assim
como devem permanecer inalterados os mecanismos de consulta e manipulação de dados
ulizados pelos usuários nais.
R 8 - R ó: Qualquer alteração efetuada na estrutura
do banco de dados como inclusão ou exclusão de campos de uma tabela ou alteração no
relacionamento entre tabelas não deve afetar o aplicavo ulizado ou ter um baixo impacto
sobre o mesmo. Da mesma forma, o aplicavo somente deve manipular viõ9 dessas
tabelas.
R 9 - R : Uma vez que as visões dos dados de uma
ou mais tabelas são, teoricamente, susceveis a atualizações, então um aplicavo que faz
uso desses dados deve ser capaz de efetuar alterações, exclusões e inclusões neles. Essas
atualizações, no entanto, devem ser repassadas automacamente às tabelas originais. Ouseja, a atualização em uma visão deve reer na atualização das tabelas representadas por
essa visão.
R 10 - R : As várias formas de integridade
de banco de dados (integridade de endade, integridade referencial e restrições de
integridade complementares) precisam ser estabelecidas dentro do catálogo do sistema ou
dicionário de dados e serem totalmente independentes da lógica dos aplicavos. Assim, os
aplicavos não devem ser afetados quando ocorrerem mudanças nas regras de restrições
de integridade.
R 11 - R b: Alguns SGBDs, notadamente os
que seguem o padrão SQL, podem ser distribuídos em diversas plataformas/equipamentosque se encontrem interligados em rede. Essa capacidade de distribuição não pode afetar a
funcionalidade do sistema e dos aplicavos que fazem uso do banco de dados. Em resumo,
C
7 Veremos como fazerisso no úlmo volumedesta disicplina,quando esvermosestudando a linguagemSQL.
C
8 Commit servepara conrmar asoperações realizadasno banco de dados.Rollback serve paradesfazer uma operaçãoque ainda não tenhasido conrmada.
C
9 Visão: é uma relaçãovirtual que não fazparte do esquemaconceitual do BD, masque é visível a umgrupo de usuários. Emoutras palavras, umavisão é uma tabela
virtual que é denidaa parr de outrastabelas, contendosempre os dadosatualizados.
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Banco de Dados
as aplicações não são logicamente afetadas quando ocorrem mudanças geográcas dos
dados (caso dos BDs distribuídos).
R 12 - R -b: O sistema deve ser capaz de impedir qualquer
usuário ou programador de transgredir os mecanismos de segurança, regras de integridade
do banco de dados e restrições, ulizando algum recurso de linguagem de baixo nível que
eventualmente possam ser oferecidos pelo próprio sistema.
Neste capítulo foram vistos conceitos básicos do modelo relacional. Para obter mais
informações ou materiais diversicados para o que foi visto aqui, você pode proceder a
uma pesquisa usando o Google (www.google.com.br) com as palavras chaves “Modelagem
Lógica” + “Banco de Dados” ou “Modelo Relacional” ou ainda “Esquema Relacional”. Você
vai ver que virá muito material. Entre eles: aposlas, notas de aula, reportagens, etc.
Adicionalmente, você pode consultar qualquer livro sobre banco de dados,
pois qualquer um deles terá um ou mais capítulos voltados para a explicação do modelo
relacional. Entre os livros que podemos indicar estão:
HEUSER, CARLOS ALBERTO. Pj D B D D – Série Livros Didácos,
V.4. Bookman Companhia Ed., 6ª Edição - 2009
SILBERSCHATZ, Abraham; KORTH, Henry F; SUDARSHAN, S. S b
. Traduzido por Daniel Vieira. Rio de Janeiro: Elsevier;Campus, 2006.
ELMASRI, Ramez; NAVATHE, Shamkant B. S b . 4a. ed. São
Paulo: Pearson Educaon do Brasil, 2005.
DATE, C. J. I b . Rio de Janeiro: Campus,
2000.
ALVES, W.P. F B D. Editora Érica, 2004.
V Sb?
A linguagem padrão dos Bancos de Dados Relacionais é a Structured Query Language, ou
simplesmente SQL, como é mais conhecida. Ela será assunto do próximo volume (Volume 4) dadisciplina.
Vamos dar uma olhada novamente em questões de concurso?
NCE-UFRJ - 2001 - TRE-RJ - A J - E - A S
- D
1) Sobre os conceitos de domínio, atributo e relacionamento, é correto armar que:
a) um domínio é denido pelo conjunto dos atributos pertencentes a um
relacionamento;
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Banco de Dados
b) domínio e atributo representam um único conceito semânco;
c) um atributo é considerado idencador se pertencer ao domínio que dene
um relacionamento;
d) todos os atributos de uma relação devem pertencer a um mesmo domínio;
e) domínio são os valores possíveis que um atributo pode assumir.
2) A cardinalidade de uma relação é caracterizada por:
a) Número de atributos dessa relação;
b) Número de campos dessa relação;
c) Quandade de chaves estrangeiras da relação;
d) Número de tuplas de uma relação;
e) Nenhuma das respostas anteriores.
3) Uma chave estrangeira:
a) Pode conter valores que não existem na Tabela-Pai (tabela referenciada);b) Pode não pertencer à chave primária;
c) Tem de pertencer, obrigatoriamente, à chave primária;
d) Podem sempre assumir o valor nulo;
e) Nenhuma das respostas anteriores.
F Gú V – 2008
4) No contexto de Banco de Dados, um conceito assegura que um valor que aparece
em uma tabela para um determinado conjunto de atributos apareça em outro
conjunto de atributos de outra tabela. Por exemplo, se é o nome de uma
agência que aparece em uma tupla da tabela , então deve exisr uma tupla
na tabela . Esse conceito é denido como um sistema de regras,
ulizado para garanr que os relacionamentos entre tuplas de tabelas relacionadas
sejam válidas e que não exclui ou altera, acidentalmente, dados relacionados. Trata-
se do seguinte conceito:
a) Integridade Funcional;
b) Dependência Funcional;
c) Integridade Relacional;
d) Dependência Referencial;
e) Integridade Referencial.
(T T I/UFT/FCC/2005)
5) Os dois principais pos de integridade a serem mandos em um banco de dados
relacional adequadamente projetado são:
a) Integridade Existencial e Integridade Permanente;
b) Integridade de Endade e Integridade de Relacionamento;
c) Integridade de Endade e Integridade Referencial;
d) Integridade Permanente e Integridade Referencial;e) Integridade Existencial e Integridade de Endade.
(A/PM SANTOS/FCC/2005)
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Banco de Dados
6) Um po de dado especíco, como por exemplo Nome do Funcionário, é armazenado
numa localização da estrutura do banco de dados denominada.
a) Tabela;
b) Linha;
c) Planilha;
d) Coluna;
e) Registro.
R:
1) E – O domínio de um atributo são os valores que ele pode assumir. Ou seja, é o po
deste atributo. Por exemplo, o atributo dia do mês tem como domínio os valores
naturais entre 1 e 31.
2) C – A cardinalidade de uma relação é o número de linhas ou tuplas dessa relação.
Assim, uma relação com quatro tuplas, tem cardinalidade 4.
3) B – Uma chave estrangeira pode não pertencer à chave primária, não pode conter
valores que não existam na tabela-pai e só podem assumir valor nulo se não
pertencer à chave primária da tabela onde é chave estrangeira.
4) E – Integridade Referencial. Ela checa todas as validações necessárias referentes ao
uso de chaves estrangeiras.
5) C – os dois principais pos de integridade que podem ser vericados em um BD
relacional são a integridade de endade (que se referem às checagens da chave
primária) e a integriadade referencial (que se refere às checagens da chave
estrangeira).
6) D – Nome do funcionário é picamente um atributo e um atributo é representado
no BD relacional por uma coluna.
Agora vamos exercitar o que foi estudado neste capítulo. Assim sendo, faça as
avidades sugeridas a seguir. Lembre que exercitar vai ajudá-lo(a) a xar melhor o conteúdo
estudado. E o conteúdo desse capítulo é fundamental para o capítulo seguinte, onde vamos
aprender a construir o Modelo Relacional. Mãos à obra!
A P:
Responda as questões a seguir em um documento de texto (doc) e poste as respostas
no ambiente virtual, no local indicado. Esse trabalho deve ser feito individualmente.
(Exercícios adaptados do livro de Carlos Heuser (1998) - capítulo 4).
Ex 1: Abx
b . I , ,
:
Aluno (CodigoAluno,Nome,CodigoCurso)
Curso(CodigoCurso,Nome)
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Banco de Dados
Disciplina(CodigoDisciplina,Nome,Creditos,CodigoDepartamento)
Curriculo(CodigoCurso,CodigoDisciplina,Obrigatória-Opcional)
Conceito(CodigoAluno,CodigoDisciplina,Ano-Semestre,Conceito)
Departamento(CodigoDepartamento,Nome)
Ex 2: C BD :
Paciente(CodigoConvenio (FK), NumeroPaciente, Nome)
Convenio(CodigoConvenio, Nome)
Medico(CRM, Nome, Especialização)
Consulta(CodigoConvenio (FK), NumeroPaciente (FK), CRM(FK), Data-Hora)
A , x /
SGBD :
a) Uma linha é incluída na tabela Consulta.
b) Uma linha é excluída da tabela Paciente.
Você estudou, neste capítulo, os conceitos básicos referentes ao modelo relacional.
Entre eles, os conceitos de tabela ou relação, tuplas ou linhas, atributos ou colunas e chaves
(chave candidata, primária, secundária e estrangeira). Esses conceitos serão todos ulizados
no próximo capítulo onde você aprenderá a derivar o modelo relacional a parr do modelo
endade-relacionamento. Adicionalmente, foram vistos também neste capítulo os principais
pos de integridade (de endade e referencial), além de integridades complementares e
integridade semânca.
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Banco de Dados
Capítulo 8
O ?
Neste capítulo, vamos estudar os seguintes temas:» Como derivar o MR a parr do MER.
M
Após o estudo deste capítulo, esperamos que você consiga:
» Derivar o MR a parr do MER.
» Vericar a corretude do modelo derivado.
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Banco de Dados
Capítulo 8 – Derivando o MR a partirdo MER
“Vimos no capítulo anterior os conceitos básicos do modelo relacional. Porém,
ainda não vimos como gerar o modelo relacional, que faz parte da modelagem lógica do
banco de dados, que é a terceira etapa do projeto de banco de dados como um todo. A
melhor maneira de produzir o modelo relacional é derivá-lo a parr do modelo endade-
relacionamento. Para fazer isso, existem algumas regras. São justamente essas regras que
discuremos neste capítulo.”
Neste capítulo, você vai aprender como derivar o MR a parr do MER, para isso,
todas as instruções de como fazer isso serão dadas. Vamos lá?
Algumas Informações Iniciais
A terceira fase do projeto de banco de dados é o j ó que objeva mapear
o modelo de dados conceitual para o modelo de dados relacional. Essa fase dá origem ao
esquema lógico representado pelo modelo relacional que já é um modelo que depende do
SGBD e será usado para implementar o banco de dados.
É comum, em projetos de banco de dados, se realizar a modelagem dos dados
através de um modelo de dados de alto-nível. O modelo de dados de alto-nível normalmente
adotado é o Modelo Endade-Relacionamento (MER) e o esquema das visões e de toda
a base de dados são especicados em diagramas endade-relacionamento (DER). O passo
seguinte à modelagem dos dados conceitual é o mapeamento do diagrama da base de
dados global para um modelo de dados de implementação. Existem três pos de modelos
de dados de implementação: hierárquico, rede e relacional. Para cada um desses modelos,
podem-se denir estratégias de tradução a parr do DER. A estratégia de tradução, ou de
mapeamento, que trataremos neste capítulo e nesta disciplina será apenas para o modelo
de dados relacional.
O Modelo Relacional é a representação do modelo lógico do projeto de banco
de dados, sendo que a forma de representação dos conceitos necessários ao projeto
deve passar a ser mais detalhada e se aproximar um pouco mais da representação sica.
Dessa forma, várias mudanças devem ser realizadas no DER gerado na fase de modelagem
conceitual, como, por exemplo: endades passam a ser representadas por relações ou
tabelas. Atributos passam a ser representados em colunas. O atributo idencador passa
a ser a chave primária (PK) da tabela. Os relacionamentos e as dependências passam a
ser representados por chaves estrangeiras (FK) e assim por diante. Na Figura 3, pode ser
visto um exemplo do resultado da transformação de um MER em MR. Cada etapa desse
mapeamento será estudada na seção a seguir.
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Banco de Dados
Figura 3 - Passagem do MER para o MR
Regras para Derivar o Modelo Relacional apartir do MER
Agora, iremos estudar cada uma das etapas de derivação do MR a parr do MER.
» M E F – Cada conjunto de endades fortes é mapeado
como uma relação que envolve todos os atributos da endade correspondente do
DER. Assim, para cada endade regular E no DER, criar uma relação R que inclua
todos os atributos simples de E. Se houver atributos compostos, inclua apenas
os atributos simples que compõem o atributo composto (ou seja, decomponha o
atributo composto). O(s) atributo(s) idencador(es) da endade E deve(m) ser
marcado(s) como chave primária da relação R. Por exemplo, suponha a endade
Aluno que possui dois atributos CPF e Nome, sendo o CPF o atributo idencador da
endade (vide Figura 4). No MR, seria criada uma relação ou tabela de nome Aluno,
com duas colunas (atributos) CPF, que deveria ser marcado como chave primária
(PK) e Nome. Como, anteriormente explicado, se houvesse atributos compostos,
esses deveriam ser substuídos pelos atributos simples que o compõem (vide
Figura 5). Assim, o atributo Endereço, que é composto pelos atributos Rua, Numero
e Bairro, seria representado na relação apenas por estes úlmos.
Figura 4 - Exemplo de Mapeamento de Endade Forte
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Banco de Dados
Figura 5 - Exemplo de mapeamento de atributo composto
» M Ab M – Os atributos mulvalorados vão se
tornar relações cujas chaves primárias serão compostas pela chave da endade
possuidora do atributo mais o atributo mulvalorado. Ou seja, para cada atributo Amulvalorado, deve-se criar uma nova relação R que inclua o atributo mulvalorado
A e a chave-primária K da relação que representa o po de endade ou o po de
relacionamento que tem A como atributo. O detalhe é que a chave-primária da
relação R será composta por K e pelo atributo A. Se o atributo mulvalorado for
composto, você deve seguir a instrução anteriormente dada de decompô-lo (usar os
atributos simples que o compõem). Por exemplo, suponha a endade Empregado
(vide Figura 6). Ela possui os atributos CPF e Nome simples e o atributo Telefone
que é mulvalorado. Essa endade seria mapeada para a relação Empregado (pela
regra já descrita anteriormente) e o atributo muvalorado Telefone daria origem a
outra relação, que chamamos de Telefone_Empregado, contendo a chave primária
da relação Empregado (que originou-se da endade possuidora do atributo) e o
atributo valorado, também fazendo parte da chave primária dessa nova relação.
Figura 6 - Exemplo mapeamento de atributo mulvalorado
» M E F – São mapeadas em uma relação formada por
todos os atributos da endade fraca mais os atributos que formam a chave primária
da relação da qual a endade fraca depende. O relacionamento não é mapeado.
Assim, para cada po de endade fraca EF do DER, criar uma relação R e incluir
todos os atributos simples (ou os componentes simples de atributos compostos)
de EF como atributos de R. Além disso, incluir como a chave-estrangeira de R a
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Banco de Dados
chave-primária da relação que corresponde à endade forte, da qual a endade
fraca depende. Logo, a chave primária da endade fraca deverá ser formada pela
chave primária da relação que representa a endade forte da qual a endade
fraca depende e pelo atributo idencador da endade fraca. Por exemplo, vide
a Figura 7. A endade forte Empregado foi mapeada para a relação Empregado,
como explicado anteriormente. A endade fraca Dependente deu origem a uma
relação cuja chave primária é formada pela chave primária de empregado (CPF) epelo idencador da própria endade fraca (RG), além do atributo adicional Nome.
Figura 7 - Exemplo de mapeamento de endade fraca
» M R B 1:1 – Esse po de relacionamento
não é mapeado em uma nova relação. Seus atributos são colocados em qualquer
uma das relações que mapeiem as endades envolvidas. A endade escolhida
para receber os atributos do relacionamento receberá, também, a chave primária
da outra endade envolvida. Assim, temos que, para cada po de relacionamento
binário 1:1 R do DER, devem-se criar as relações E1 e E2 que correspondem aos
pos de endade parcipantes do relacionamento R. Depois, deve-se escolheruma das relações, por exemplo, E1, para incluir nela, como chave-estrangeira, a
chave-primária de E2. Devem-se incluir também em E1 todos os atributos simples
(ou os componentes simples de atributos compostos) do po de relacionamento
R. Por exemplo, suponha que “Um empregado trabalha em uma empresa e uma
empresa possui um único empregado” (vide Figura 8). Esse é um relacionamento
binário 1:1. Para mapeá-lo para o MR, devem-se criar duas relações Empregado e
Empresa, conforme a maneira anteriormente explicada (mapeamento de endade
forte). Depois, seria escolhida uma das relações (suponha que escolhemos a relação
Empregado) para receber os atributos do relacionamento (no caso, Dt_admissao) e
a chave primária da relação que não for a escolhida (no caso, o atributo Codigo,
que pertence à relação Empresa). Se a endade escolhida fosse a relação Empresa(a escolha é sua) seria necessário colocar a chave primária da endade Empregado
na relação Empresa, assim como o atributo do relacionamento. Todas as duas
abordagens seriam possíveis.
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Banco de Dados
Figura 8 - Exemplo de mapeamento de relacionamento binário 1:1
» M R B 1:N – Esse po de relacionamento
não é mapeado em uma nova relação. Seus atributos são colocados na relação
que mapeia a endade com cardinalidade N. Os atributos-chaves da endade
com cardinalidade 1 são mapeados (passam a fazer parte) na endade com
cardinalidade N. Ou seja, para cada po de relacionamento binário 1:N (que não
envolva endades fracas) R, você deve idencar a relação S que representa o
po de endade que parcipa do lado N do po de relacionamento. Depois, deveincluir em S, como chave-estrangeira, a chave-primária da relação T que representa
o outro po de endade que parcipa em R. Por m, devem-se incluir, também,
quaisquer atributos simples (ou componentes simples de atributos compostos) do
po de relacionamento 1:N como atributos de S. Por exemplo, suponha que “Uma
empresa tem zero ou mais empregados e um empregado trabalha para uma e
apenas uma empresa” (vide Figura 9). Esse é um relacionamento binário 1:N. Para
mapeá-lo para o MR, devem-se criar duas relações Empregado e Empresa, conforme
a maneira anteriormente explicada (mapeamento de endade forte). Depois, deve-
se incluir na relação que representa a endade do lado N do relacionamento (no
caso, Empregado), a chave primária da relação que representa a endade do lado
1 (no caso, Empresa). Por m, os atributos do relacionamento devem também
ser incluídos na relação do lado N. Neste caso, obrigatoriamente o lado escolhido
deveria ser o lado N do relacionamento.
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Banco de Dados
Figura 9 - Exemplo de mapeamento de relacionamento binário 1:N
» M R B M:N – O relacionamento é mapeado
em uma nova relação que recebe os atributos do relacionamento mais os atributos-
chaves das endades envolvidas no relacionamento. Assim, a chave da relação
seria a concatenação das chaves das endades envolvidas (e, em alguns casos,
também o atributo idenfcador do próprio relacionamento10 ). Então teríamos que,
para cada po de relacionamento binário M:N R, criar uma nova relação S para
representar este relacionamento R. Nesta nova relação seriam incluídas, comochave-estrangeira, as chaves-primárias das relações que representam os pos de
endade parcipantes do relacionamento. A combinação dessas chaves-primárias
irá formar a chave primária da nova relação S. Também seriam incluídos na relação
S qualquer atributo simples do po de relacionamento M:N (ou componentes
simples dos atributos compostos). Relacionamentos M:N sempre derivam uma
nova relação, para o po relacionamento. Por exemplo, temos que “Um projeto
aloca zero ou mais empregados e um empregado pode trabalhar em zero ou mais
projetos.” (vide Figura 10). Como o relacionamento é binário e M:N, seriam criadas
três relações: Projeto, Empregado e Alocação (melhor passar o verbo para um
substanvo, assim o relacionamento aloca passa a ser a relação alocação). As duas
primeiras relações seriam criadas pela regra já vista de mapeamento de endadesfortes. Quanto ao relacionamento, seria criado para ele uma relação Alocação
que teria como chave primária as chaves das duas relações que representam as
endades envolvidas no relacionamento (no caso, CPF e Código), além do atributo
do próprio relacionamento (no caso, Dt_alocação).
C
10 Isso ocorrerá quandofor necessário queo relacionamentoreita algum aspectotemporal ou mantenha
algum po dehistórico. Consulte ocapítulo 5 do Volume2 da disciplina paramais informações arespeito.
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Banco de Dados
Figura 10 - Exemplo de mapeamento de relacionamento binário M:N
Se, como mencionado anteriormente, fosse necessário armazenar algum aspecto
temporal do relacionamento (no caso, guardar o histórico das alocações feitas),
o atributo Dt_alocação do relacionamento viria no DER como idencador do
relacionamento. Isso faria com que ele no mapeamento também passasse a fazer
parte da chave primária da relação que representa esse relacionamento (no caso, a
relação Alocação), conforme pode ser visto na Figura 11. Consegue perceber o quemuda? (Observe as guras 10 e 11).
Figura 11 - Exemplo de mapeamento de relacionamento binário M:N (guardando aspecto temporal)
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Banco de Dados
» M R T, Q, – Usualmente,
mapeamos tais relacionamentos como se todos fossem de cardinalidade M:N.
A relação será formada pelos atributos do relacionamento e as chaves primárias
das endades envolvidas neste relacionamento. Por exemplo, suponha o
relacionamento ternário da Figura 12. Cada endade forte seria mapeada em uma
relação, conforme regra já vista. E o relacionamento matricula, seria mapeado na
relação Matricula que seria composta pelas chaves primárias de cada uma dasrelações que representam as endades envolvidas no relacionamento (no caso,
Sigla, CPF e Código), mais a o atributo existente no próprio relacionamento (no
caso, Dt_matricula). Sendo que as chaves primárias comporiam as chaves primárias
da própria relação.
Figura 12 - Exemplo de mapeamento de relacionamento ternário
» M E/G – Há dois casos. Primeiro, se
a especialização for mutuamente exclusiva e total. Ou seja, nenhum elemento é
membro de mais de uma endade e se todas as endades do nível superior forem
membros dos níveis inferiores (por exemplo, todo cliente ou é pessoa sica ou épessoa jurídica, nunca será apenas um cliente). Neste caso são criadas relações
apenas para as especializações (endades lhas, no nível inferior) e elas usarão
como chave primária o atributo idencador da endade de nível superior. Por
exemplo, atente para a Figura 13. Temos que o Cliente foi especializado em Pessoa_
Fisica e Pessoa_Juridica e essa é uma especialização mutuamente exclusiva e total.
Dessa forma, esse diagrama dará origem a duas relações. Ambas terão os atributos
da endade de nível superior (e a chave primária será o idencador da mesma – o
código), além de seus próprios atributos.
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Banco de Dados
Figura 13 - Exemplo de mapeamento de especialização/generalização total e mutuamente exclusiva
Se a especialização não for mutuamente exclusiva, deve ser criada uma tabela
para cada endade, todas tendo como chave primária o atributo idencador da endade
principal (de nível superior). Por exemplo, vide a Figura 14. Uma conta pode ser apenas
uma conta normal, pode ser uma poupança ou uma conta de invesmento. Assim, a
especialização não é mutuamente exclusiva, como consequência, cada endade dará
origem a uma tabela e todas terão como chave primária a chave da endade principal.
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Banco de Dados
Figura 14 - Exemplo de mapeamento de especialização/generalização não exclusiva
» A E A – Envolvem um relacionamento entre
relacionamentos. Para fazer o mapeamento, primeiro, criamos relações para
todas as endades envolvidas. Segundo, criamos uma relação para o primeirorelacionamento (a endade associava) que terá como chave primária as chaves
primárias das endades diretamente envolvidas. Terceiro, criamos uma relação para
o relacionamento externo, contendo as chaves primárias de todas as endades. Por
exemplo, vide a Figura 15. Nela temos um exemplo de uso de endade associava
para poder especicar que em uma consulta feita por um médico a um paciente,
medicamentos podem ser prescritos. Cada endade forte dará origem a uma
relação. Depois, a endade associava Consulta também dará origem a uma
relação que terá como chave primária as chaves das duas endades diretamente
envolvidas (no caso, Medico e Paciente) no relacionamento da endade associava.
Por úlmo, o relacionamento externo, que se liga com a endade associava (no
caso, o relacionamento prescreve que passamos a chamar de prescrição no MR)também dará origem a uma relação que terá como chave primária a chave da
endade associava e a chave da endade que a ela se liga.
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Banco de Dados
Figura 15 - Exemplo de mapeamento de diagrama envolvendo endade associava
» M A-R –. Existem duas maneiras de transformar um
auto-relacionamento (vide Figura 16) em relações:
Figura 16 - Exemplo de auto-relacionamento
› A primeira é usar para representar a endade e seu auto-relacionamento
apenas uma relação com duas ocorrências da chave primária. Por exemplo,
o auto-relacionamento da Figura 16 que representa que um empregado é
gerenciado por zero ou um empregado e esse empregado-gerente pode
gerenciar zero ou mais empregados, daria origem a uma única relação
chamada Empregado, onde haveria duas ocorrências da chave primária CPF:
uma para o próprio empregado e outra para o seu gerente, como apresentado
a seguir:
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Banco de Dados
› A outra opção é criar duas relações, uma para representar a endade e outra
para representar o auto-relacionamento. Dessa forma, o DER da Figura 16
daria origem a duas relações: Empregado e Gerência. A relação Empregadoseria mapeada da forma já explicada para endades fortes. E o auto-
relacionamento seria mapeado em uma relação que conteria duas entradas
da chave primária da endade: uma para o empregado e outra para o seu
gerente, como apresentado a seguir.
Considerações Finais
O principal ponto que deve ser considerado em um esquema relacional, quando
comparado ao esquema do MER, é que os pos de relacionamento não são representados
explicitamente; eles são representados por dois atributos A e B, um para a chave-primária e
outra para a chave-estrangeira – sobre o mesmo domínio – incluídos em duas relações S e T.Duas tuplas em S e T estão relacionadas quando elas verem o mesmo valor para A e B, ou
seja, os relacionamentos são denidos pelos valores dos atributos A e B.
Uma vez que o modelo relacional esteja pronto, ele deve ser normalizado
(omizado). O como fazer isso é assunto do próximo capítulo. Depois, com o MR
Normalizado, o projeto do banco de dados estará pronto para passar da sua fase lógica
(Projeto Lógico), para a fase sica, o Projeto Físico ou de Implementação.
C M
Alguns livros que podem ser usados para aprofundar o estudo nesse capítulo são:
HEUSER, CARLOS ALBERTO. Pj B D D – Série Livros Didácos,
V.4. Bookman Companhia Ed., 6ª Edição - 2009
SILBERSCHATZ, Abraham; KORTH, Henry F; SUDARSHAN, S. S b
. Traduzido por Daniel Vieira. Rio de Janeiro: Elsevier;Campus, 2006.
ELMASRI, Ramez; NAVATHE, Shamkant B. S b . 4a. ed. São
Paulo: Pearson Educaon do Brasil, 2005.
DATE, C. J. I b . Rio de Janeiro: Campus,
2000.
ALVES, W.P. F B D. Editora Érica, 2004.
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Banco de Dados
A P
A , MER
MR, .
Vamos começar o mapeamento pela especialização/generalização do lado esquerdo
do diagrama. Se observar, a especialização do diagrama é mutuamente exclusiva e total. Um
cliente não pode ser pessoa sica e jurídica. Ele ou é pessoa sica ou é pessoa jurídica.
Também, ele não pode ser simplesmente um cliente. Dessa forma, precisamos criar relações
apenas para as especializações (endades lhas, no nível inferior), no caso Pessoa_Fisica e
Pessoa_Juridica. E, essas relações usarão como chave primária o atributo idencador da
endade de nível superior (no caso Cliente).
Uma vez mapeada a especialização, vamos tratar agora de mapear o relacionamento
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Banco de Dados
superior (circulado no diagrama acima). Se observar, esse é um relacionamento 1:N. E, como
vimos, em relacionamento binário 1:N, os atributos chaves da endade com cardinalidade 1
são mapeados (passam a fazer parte) da endade com cardinalidade N, bem como qualquer
atributo que o relacionamento vesse (o que não é o caso, pois o relacionamento
não tem nenhum atributo). Logo, caríamos com:
Não é tão complicado! Quanto mais você exercitar, mais vai memorizar as regras e
conseguir aplicá-las com mais facilidade. Porém, para isso, você realmente precisa pracar!
A O E
A ! Lb,
x ú !
A P
Resolva as avidades a seguir em um documento texto e poste o mesmo no
ambiente virtual, no local indicado. Essa avidade é para ser realizada em DUPLA (escolha
seu companheiro de trabalho!) e fará parte da avaliação somava de vocês.
A parr das regras de mapeamento estudadas neste capítulo, mapeie os MER, a
seguir, para o MR, apresentando o esquema das relações que são originadas.
) C A
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Banco de Dados
b) C F
V R?
A modelagem lógica que vem em seguida a modelagem conceitual é caracterizada
pela criação do modelo relacional (MR). Uma das formas de criar esse modelo é derivando
o mesmo a parr do modelo endade-relacionamento, criado na etapa anterior de
modelagem conceitual. Para derivar o modelo, existem diversas regras que seguidas,
produzem os esquemas relacionais. Foram justamente essas regras que foram apresentadas
nesse capítulo, bem como alguns exemplos de mapeamento do MER para o MR. No próximo
capítulo veremos como omizar os esquemas relacionais através da normalização de dados.Até lá!
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Banco de Dados
O ?
Neste capítulo, vamos estudar os seguintes temas:
» Dependências Funcionais.
» Normalização de Dados.
M
Após o estudo deste capítulo, esperamos que você:
» Saiba o que são dependências funcionais.
» Saiba normalizar o seu modelo relacional, pelo menos, até a 3ª Forma Normal.
» Conheça todas as formais normais (1FN, 2FN, 3FN, 4FN e 5FN), além da formanormal de Boyce-Codd.
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Banco de Dados
Capítulo 9 – Normalização de Dados
Projetar um banco de dados relacional signica agrupar atributos para formar bons
esquemas de relações. Mas o que seria um bom esquema? Em nível geral, poderíamos dizer
que seria um esquema fácil de entender e em que as tuplas da relação fossem armazenadas
e acessadas de forma eciente. Para isso, é preciso que sejam minimizadas, ao máximo,
a redundância nos dados e as anomalias de inserção, atualização e exclusão. Além disso,
é preciso garanr a integridade dos dados, evitando que informações sem sendo sejam
inseridas e é preciso organizar e dividir as tabelas da forma mais eciente possível. Uma
forma de colaborar com essas necessidades é fazer a normalização dos dados. Esse é
justamente o assunto deste capítulo.
Neste capítulo estudaremos o que são dependências funcionais, seu impacto sobre
os dados e como realizar a omização do MR através da normalização dos dados. Vamos lá?
Dependências Funcionais
Sempre que um atributo X idenca um atributo Y dizemos que entre eles há uma
pêi fuil 11. Temos, portanto, que X é o determinante e que Y é o dependente.
A representação é: X → Y. Em outras palavras, se o valor de um atributo X permite descobriro valor de um outro atributo Y, dizemos que X determina funcionalmente Y. Por exemplo,
dada uma determinada cidade (não considerando cidades homônimas) sabemos o seu
estado e com o estado temos o país. Isso é representado da seguinte forma:
Cidade → estado
Estado → país
Em outras palavras, estado é funcionalmente dependente de cidade e país é
funcionalmente dependente de estado. Ou ainda, cidade determina estado e estado
determina país.
Logo, a dependência funcional é caracterizada pela existência de campos em umadeterminada tabela relacional cuja ocorrência de valores está associada a valores que
são preenchidos em outros campos na mesma tabela. Por exemplo, suponha uma tabela
EMPREGADO que possui dois atributos CPF e NOME. O atributo NOME é funcionalmente
dependente do atributo CPF. Assim, CPF → Nome. Com isso, queremos dizer que nome é
função do CPF, ou seja, se eu ver um número de CPF, poderei encontrar o nome da pessoa
correspondente. Em outras palavras, CPF determina o Nome (vide Figura 17).
V Sb?
11 O Modelo Relacionalpegou emprestado dateoria de funções damatemáca o conceitode dependênciafuncional.
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Banco de Dados
Figura 17 – CPF determina o Nome
Para efetuar a normalização de um modelo de dados relacional, como veremosdaqui a pouco, alguns pos de dependências funcionais são de extrema relevância:
» D P – Ocorre quando a chave primária é composta e existe um
campo da relação que depende somente de parte desta chave primária composta.
Por exemplo, veja a Relação Alocação (vide Tabela 12). Ela possui a chave composta
CPF_Empregdo e Cod_Projeto. O ideal seria que todos os campos (atributos) da
relação dependessem (fossem funcionalmente dependentes) da chave primária
total, completa. Porém, o campo Nome_Empregado depende apenas de parte da
chave primária (no caso, do CPF_Empregado). O mesmo ocorre com o atributo
Nome_Projeto que só depende do atributo Cod_Projeto. Apenas o atributo Horas_
Trabalhadas é funcionalmente dependente da chave primária completa (porquepara determinar as horas trabalhadas, precisamos saber o CPF do empregado e
para qual projeto ele está trabalhando através do código do projeto).
Tabela 12 - Relação Alocação
CPF_E
(PK)
C_
Pj (PK)N_E N_Pj H_Tb
123456 11 Ana Maria Gomes SoHouse 40
654321 22 José da Silva HardCore 20
789654 33 Cláudio Alencar LinuxP 40
» D T – Ocorre quando uma coluna depende não somente da
chave primária da tabela, mas também de uma segunda coluna (ou conjunto de
colunas) da tabela, que não fazem parte da chave primária. Em outras palavras,
a dependência funcional transiva é a dependência funcional indireta existente
entre dois ou mais atributos. Assim, se um atributo C depende funcionalmente de
um atributo B e o atributo B depende funcionalmente de um atributo A, então diz-
se que o atributo C depende indiretamente (transivamente) do atributo A (vide
Figura 18).
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Banco de Dados
Figura 18 - Exemplo de dependência transiva
Por exemplo, a relação Pedido_Venda (vide Tabela 13) tem como chave primária
o atributo Cod_Pedido. Os atributos Data_Pedido, Situação_Pedido e CPF_Cliente
dependem funcionalmente dessa chave primária. Porém, o atributo Nome_Cliente depende
funcionalmente do CPF_Cliente (que não é a chave primária) e, apenas, indiretamente do
Cod_Pedido, o que é uma anomalia, visto que, todos os atributos de uma relação deveriam
depender funcionalmente apenas da sua chave primária.
Tabela 13 - Relação Pedido_Venda
C_P
(PK)D_P S_P CPF_C N_C
1 18/03/2010 Pendente 123456 Pedro Alves
2 22/02/2010 Entregue 654211 Carolina Dantas
3 10/01/2010 Entregue 987654 Olívia Duncan
» D M – Ocorre quando o valor de um atributo determina
um conjunto de valores de um outro atributo. Por exemplo, até agora vimos que
um atributo (que deve ser a chave primária da relação) determina outro atributo:
CPF → Nome (ou seja, o CPF determina o nome, sendo um nome para cada
CPF). Porém, se considerarmos: CPF → Dependente teremos um problema para
expressar a realidade, porque através de um CPF poderia ocorrer de mais de um
dependente ser determinado e não apenas um. Isso caracteriza uma dependência
mulvalorada. Uma dependência mulvalorada é representada por X →→ Y (que
quer dizer, X muldetermina Y ou Y é muldependente de X).
Uma dependência funcional (DF) é uma propriedade do esquema da relação e não de uma
instância parcular da relação (tupla). Assim, uma DF não pode ser automacamente inferida a
parr de algumas tuplas da relação, mas deve ser denida por alguém que conheça a semânca
dos atributos da relação. Isso, porque a DF deve ser válida para todas as tuplas de uma relação, ou
seja, para a denição do esquema da relação como um todo.
Anomalias de Atualização
A mistura de atributos de várias endades pode gerar problemas conhecidos como
e essas anomalias podem, por sua vez, causar problemas tais
como a ocorrência de:
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Banco de Dados
» Grupos repevos de dados;
» Dependências parciais de chave;
» Redundâncias desnecessárias de dados;
» Perdas acidentais de informações;
» Diculdade de representação de fatos da realidade (modelos); e
» Dependências transivas entre atributos.
As anomalias de atualização podem ser de 3 pos:
» A – Causam a repeção desnecessária de dados (redundância);
» A – Levam as inconsistências e aumentam o esforço para a
atualização dos dados;
» A x - Causam a perda de informações associadas a um dado
registro.
Para car mais claro, vamos demonstrar essas anomalias através de exemplos.
Ex 1 - Considere uma única relação VENDAS para representar as informações
sobre os negócios de uma loja de CDs (vide Tabela 14)
Tabela 14 - Relação Vendas
N_C
(PK)C_CD (PK) D_C (PK) N_CD C P
Carlos Veneza 22 20/05/2009 Tribalistas Tribalistas 22,00
Juliano Morais 10 13/02/2010 Siderado Skank 10,00
Joana Pena 45 10/10/2009 Amaranne Enya 18,00
Agora imagine a seguinte situação: o cliente João Pontes deseja comprar 5 CDs
iguais (por exemplo, Perl de Ivete Sangalo, que custa 15 reais). Como essa operação
reeria na Relação Vendas? Seria possível realizá-la?
O primeiro problema seria: como não podemos ter mais de uma tupla com a
mesma chave primária, o cliente não poderia comprar os 5 cds no mesmo dia. Isso, porque,
se comprasse, haveria 5 tuplas com a mesma chave primária (Nome_Cliente, Cod_CD e Dt_
Compra), o que não seria possível. Se o cliente comprasse em dias diferentes, mesmo assim,
poderiam ser observadas as seguintes anomalias:
» A – Redundância em quase todas as colunas (5 linhas
pracamente iguais – mudando só o campo Dt_Compra - na tabela), anal, é o
mesmo CD e o mesmo cliente.
» Anomalia de alteração – se houvesse um aumento de preço do CD, a atualização do
preço deveria ser feita em todas as linhas referentes àquele CD na tabela.
» A x – A tabela só guarda registro dos CDs que foram comprados.
Dessa forma, se só ocorreu uma única venda de um CD e ela fosse apagada, não
haveria na loja mais nenhuma informação sobre aquele CD.
Ex 2 – Suponha que você criou uma relação Empregado para armazenar asinformações sobre os empregados de uma empresa X qualquer (vide Tabela 15).
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Tabela 15 - Relação Empregado
CPF (PK) N_E E_E C_D N_D
123456 Carlos Veneza R. das Flores, 10 12 Vendas
987654 Juliano Morais R. ABC, 230 55 Suporte
007654 Joana Pena Av. João XX, 11 43 Financeiro
Na relação criada dessa forma, é possível observar as seguintes anomalias de
atualização:
» A - Para inserir uma nova tupla Empregado na relação
Empregado, deve-se incluir, também, valores para os atributos do departamento
em que o empregado trabalha ou colocar null em qualquer campo referente
ao departamento. Além disso, deve-se tomar cuidado ao inserir dados de um
departamento que já conste na tabela. Por exemplo, para inserir uma nova tuplapara um empregado que trabalhe no departamento 55, é preciso tomar cuidado
para poder assegurar que os valores dos atributos sejam inseridos corretamente,
tal que quem consistentes com os valores do departamento 55 que já existe na
relação (segunda linha da Tabela 15), senão, seriam inseridos dados inconsistentes
na relação. Adicionalmente, seria dicil inserir um novo departamento que ainda
não vesse empregados na relação Empregado. A única maneira de fazer isso seria
colocar valores null nos atributos relavos aos empregados. Porém, isso provocaria
um problema, pois o CPF do empregado faz parte da chave primária da relação
Empregado, e supõe-se que cada tupla deva representar um empregado e não um
departamento.
» A - Se for mudado o valor de um dos atributos de um
departamento qualquer, por exemplo, o nome do departamento 43 passar a ser
“Administração”, esse valor precisaria ser mudado em todas as tuplas referentes a
todos os empregados que trabalhassem neste departamento ou a base de dados se
tornaria inconsistente.
» A - Se for removida uma tupla da relação Empregado e esta for
a úlma ocorrência de um departamento em parcular (por exemplo, remover o
empregado “Carlos Veneza”), a informação correspondente ao departamento seria
perdida (no caso, as informações sobre o departamento “Vendas”).
De acordo com as anomalias exemplicadas acima, pode-se vericar a importânciade projetar esquemas de relações de maneira que nenhuma anomalia de atualização ocorra.
Neste contexto, podem ser usadas as técnicas de normalização, pois um dos objevos das
mesmas é justamente evitar anomalias de atualização no banco de dados. Veremos essas
técnicas ainda neste capítulo.
O que é Normalização?
Em 1970, o Professor Dr. Egr F. C 12, analista da IBM, desenvolveu uma série
de estudos sobre como tratar os dados, a m de eliminar as anomalias de atualização e
as suas consequências desagradáveis para as organizações. Deste esforço surgiram duas
inovações que revolucionaram a maneira de tratar os dados. A primeira destas inovações
foi o Modelo Relacional, no qual se basearam os Sistemas Gerenciadores de Base de Dados
C
12 Já falamos sobre ele,lembra?
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46
Banco de Dados
(SGBD) da metade da década de 1980 e início de 1990. A segunda inovação foi o processo
de Normalização, sendo que ambas estão inmamente relacionadas.
O processo de normalização como foi proposto por Codd sujeita um esquema de
relação a uma série de testes para cercar-se de que ele sasfaça certa forma normal.
Na verdade, a normalização de dados pode ser vista como o processo de análise de
determinados esquemas de relações com base em suas dependências funcionais e chaves
primárias para alcançar as propriedades desejáveis de: (1) minimização de redundâncias e (2)minimização de anomalias de inserção, exclusão e alteração. Nesse processo, os esquemas
de relações insasfatórios, que não alcançam certas condições (no caso, os testes de forma
normal) são decompostos em esquemas de relações menores que passam nos testes e,
consequentemente, possuem as propriedades desejadas. Em outras palavras, quando uma
tabela não atende ao critério de uma forma normal, sua estrutura é redesenhada através
da projeção (jogar para fora) de alguns atributos, levando a construção de novas tabelas
contendo algum atributo que possa refazer o conteúdo da tabela original através da junção
(reunir) das tabelas resultantes.
Assim, podemos dizer que o processo de normalização tem as seguintes funções:
» Analisar tabelas e organizá-las de forma que a sua estrutura seja simples, relacional
e estável, para que o gerenciamento delas possa ser também simples, eciente e
seguro;
» Evitar a perda e a repeção da informação;
» Conseguir uma forma de representação adequada para o que se deseja armazenar;
» Oferecer mecanismos para analisar o projeto do BD (idencação de erros e
possibilidades de melhorias) e oferecer métodos para corrigir problemas que, por
ventura, sejam encontrados.
E, com essas funções, pretende-se alcançar os seguintes objevos:
» Garanr a integridade dos dados, evitando que informações sem sendo sejam
inseridas no banco de dados;
» Organizar e dividir as tabelas da forma mais eciente possível, diminuindo a
redundância e permindo a evolução do banco de dados com o mínimo de efeito
colateral.
Inicialmente Codd propôs três formas normais que ele chamou de primeira (1FN),
segunda (2FN) e terceira (3FN) forma normal. Uma denição mais forte da 3FN (chamada
forma normal BOYCE-CODD - FNBC ou BCNF) foi depois proposta por Boyce e Codd. Todas
essas formas normais são baseadas nas dependências funcionais entre os atributos de uma
relação. Posteriormente, uma quarta (4FN) e quinta (5FN) forma normal foram propostas.
As formas normais são aplicadas para evitar redundância de dados, inconsistências
e anomalias de atualização. Isso porque, redundância de dados é um fato gerador de
inconsistências. Já as anomalias de atualização criam diculdades operacionais para
manutenção do banco de dados, quebrando a conabilidade no dado ou ferindo a
integridade dos dados.
Uma forma normal engloba todas as outras anteriores, ou seja, a hierarquia entre
as formas normais indica que uma tabela só pode estar numa forma mais avançada se, além
de atender as condições necessárias, já esver na forma normal imediatamente anterior.
Por exemplo, para que uma tabela esteja na 2FN, ela obrigatoriamente deve estar na 1FN e
assim por diante.
Na práca, o mais comum é normalizar relações apenas até a 3FN. Isso porque
as três primeiras formas normais (1FN, 2FN e 3FN) atendem à maioria dos casos de
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Banco de Dados
normalização e já são sucientes para organizar as tabelas de um BD.
Apresentaremos cada uma das formas normais nas seções a seguir, ilustrando cada
uma delas com exemplos.
Primeira Forma Normal (1FN)
Para o Modelo Relacional a Forma Normal mais importante consiste da Primeira
Forma Normal, pois é considerada parte da própria denição de uma relação. Uma relação
se encontra na Primeira Forma Normal (1FN) se todos os domínios de atributos possuem
apenas valores atômicos (indivisíveis), e que o valor de cada atributo na tupla seja um valor
simples. Ou seja, a 1FN b
(vide o atributo Graus das Lentes na Tabela 16) b x
b ( b C Tb 17) . Os únicos
valores de atributos permidos devem ser simples e atômicos.
Tabela 16 - Relação Paciente (fora da 1FN)
CPF (PK) N T_S G_L
123456 Jonas Borges AB+ 0.25, 0.50
987659 Cássia Lima O- 1.0,0.5
007543 Túlio Gomes A+ 0.0,0.25
Tabela 17 - Relação Matricula_Aluno (fora da 1FN)
CPF (PK) N C
123456 Jonas Borges Programador, Arquiteto
987659 Cássia Lima Analista
007543 Túlio Gomes Operador, Programador, Analista
Para normalizar para a Primeira Forma Normal deve-se:
I) Ab C - cada um dos atributos compostos (ou não atômicos) devem
ser “divididos” em seus atributos componentes. Por exemplo, na Tabela 16, o
atributo “Graus_Lentes” poderia ser subdivido em Grau_LenteEsq e Grau_LenteDir,
visto que temos de armazenar o grau de cada olho separadamente, quebrando
assim o atributo composto nos dois outros que o compõe. Com essa quebra,
caríamos com a relação apresentada na Tabela 18. Observe que, agora, todos os
atributos são indivisíveis (atômicos).
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48
Banco de Dados
Tabela 18 - Relação Paciente (na 1FN)
CPF (PK) N T_S G_LE G_LD
123456 Jonas Borges AB+ 0.25 0.50
987659 Cássia Lima O- 1.0 0.5
007543 Túlio Gomes A+ 0.0 0.25
II) Ab M- – temos dois tratamentos possíveis:
a) Quando a quandade de valores a serem preenchidos no atributo mulvalorado
for pequena e conhecida a priori, substui-se o atributo mulvalorado
por um conjunto de atributos de mesmo domínio, cada um monovalorado
representando uma ocorrência do valor. Por exemplo, na relação Matricula_
Aluno representada na Tabela 17, suponha que a pessoa possa se matricular,
no máximo, em três cursos. Dessa forma, poderíamos decompor o atributoCursos em três colunas (vide Tabela 19). Essa opção é menos ulizada do que a
opção que explicaremos a seguir, porque ela pode gerar colunas de valor Null e,
com isso, desperdiçar espaço de armazenamento.
Tabela 19 - Relação Matricula (na 1FN, considerando quandade pequena e conhecida de valores)
CPF (PK) N C1 C2 C3
123456 Jonas Borges Programador Arquiteto Null
987659 Cássia Lima Analista Null Null
007543 Túlio Gomes Operador Programador Analista
b) Quando a quandade de valores for muito variável, desconhecida ou grande,
rera-se da relação o atributo mulvalorado, e cria-se uma nova relação que
tem o mesmo conjunto de atributos chave, mais o atributo mulvalorado
também como chave, mas tomado como monovalorado. Em outras palavras,
projetam-se os atributos com domínio mulvalorado para fora da tabela,
levando um atributo (geralmente a chave da tabela original) como elo para
refazer a ligação e recuperar o conteúdo da tabela original. Por exemplo, na
relação Matricula_Aluno representada, na Tabela 17, se não soubéssemos a
quandade de cursos nos quais um aluno pode se matricular, deveríamos rar
o atributo Cursos da relação Matricula_Aluno (vide Tabela 20). Depois, criar
uma nova relação, que chamamos Aluno_Curso (vide Tabela 21), onde seria
colocada a chave primária da relação Matricula_Aluno (no caso, o atributo CPF)
e o atributo mulvalorado (agora, como monovalorado), também como chave
primária (no caso, o atributo Curso). Dessa forma, cada curso cursado pelo
aluno, daria origem a uma tupla dessa nova relação (videTabela 21). Essa opção
é a mais ulizada por não dar origem a campos de preenchimento null. Só seria
usado o espaço de armazenamento necessário.
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Banco de Dados
Tabela 20 - Relação Matricula_Aluno (na 1FN), considerandoquandade variável ou desconhecida de valores
CPF (PK) N
123456 Jonas Borges
987659 Cássia Lima
007543 Túlio Gomes
Tabela 21 - Relação Aluno_Curso – criada para atender a 1FN
CPF (PK) C (PK)
123456 Programador
123456 Arquiteto
987659 Analista
007543 Operador
007543 Programador
007543 Analista
Mesmo que uma relação esteja na 1FN, ela pode apresentar redundâncias e
anomalias de atualização. Para eliminar ou minimizar estes problemas, devemos prosseguirno processo de normalização, aplicando as outras formas normais.
Segunda Forma Normal
Uma relação está na segunda forma normal quando duas condições são sasfeitas:
» A relação está na primeira forma normal;
» Todos os atributos que não fazem parte da chave-primária dependem
funcionalmente de toda a chave primária, ou seja, nenhum dos atributos da relaçãopossui dependência parcial. Em outras palavras, todo atributo A da relação R não é
parcialmente dependente da chave-primária de R.
D
Relações na 1FN e que possuam chave primária simples estão, automacamente, na 2FN.
Por exemplo, veja a Relação Alocação (vide Tabela 22). Ela possui a chave composta
CPF_Empregdo e Cod_Projeto. Essa relação se encontra na 1FN porque não possui atributos
mulvalorados ou compostos. Porém, não está na 2FN porque o campo Nome_Empregado
depende apenas de parte da chave primária (no caso, do CPF_Empregado) e o atributo
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50
Banco de Dados
Nome_Projeto só depende do atributo Cod_Projeto. Apenas o atributo Horas_Trabalhadas
é funcionalmente dependente da chave primária completa (porque para determinar as
horas trabalhadas, precisamos saber o CPF do empregado e para qual projeto ele está
trabalhando através do código do projeto). Dessa forma, como existe dependência parcial, a
relação não está na 2FN.
Tabela 22 - Relação Alocação
CPF_E
(PK)
C_Pj
(PK)N_E N_Pj H_Tb
123456 11 Ana Maria Gomes SoHouse 40
654321 22 José da Silva HardCore 20
789654 33 Cláudio Alencar LinuxP 40
E 2FN? Para passarmos uma
endade da 1FN para a 2FN, devemos eliminar as dependências parciais. E como fazer isso?
1) Para cada atributo que não faça parte da chave primária da relação, analisar se
existe dependência parcial da chave primária. Para idencar a dependência parcial
de uma coluna em relação à chave primária, deve-se indagar: Para que o valor
do atributo seja determinado, quais as partes da chave primária que devem ser
conhecidas?
2) Para cada grupo de atributos que tenham a mesma dependência parcial da chave
primária, devem-se criar novas relações (tabelas) que terão como chave primária
a chave parcial que estava na relação original e todo o grupo de atributos que
depende da mesma chave parcial;3) Excluir da relação original o grupo de atributos para o qual foi criada uma nova
relação;
4) Reper esses procedimentos para cada grupo de atributos que tenha dependência
parcial da chave primária da relação original, até que todas as relações somente
contenham atributos que dependam de toda a chave primária.
Por exemplo, a relação Alocação (Tabela 22) daria origem a duas v rlçõ13
13(vide Tabelas 23 e 24), uma vez que há dois grupos e dependências parciais nesta relação:
Cod_Projeto a NomeProjeto e CPF_Empregado a Nome_Empregado. Veja que em cada nova
relação criada, foi colocada a parte da chave primária da tabela original da qual o atributo
depende. E, posteriormente, os atributos que nham dependência parcial foram rerados
da relação original (vide Tabela 25), só cando nela o atributo (no caso Horas_Trabalhadas)
que dependia da chave primária completa.
Tabela 23 - Relação Empregado
CPF_E (PK) N_E
123456 Ana Maria Gomes
654321 José da Silva
789654 Cláudio Alencar
D
13 O nome das novasrelações deve ser
escolhido de acordocom suas chavesprimárias.
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Banco de Dados
Tabela 24 - Relação Projeto
C_Pj (PK) N_Pj
11 SoHouse
22 HardCore
33 LinuxP
Tabela 25 - Relação Alocação
CPF_E (PK) C_Pj (PK) H_Tb
123456 11 40
654321 22 20
789654 33 40
Relações que não estão na 2FN podem apresentar problemas de inconsistência
devido à duplicidade dos dados e à perda de dados em operações de remoção/alteração
(anomalias de atualização). Por exemplo, veja a relação Turma na Tabela 26. Se a disciplina
BD não for oferecida para nenhuma turma, isso levará à remoção da terceira tupla da relação
Turma, o que ocasionaria a perda do número de horas da disciplina BD, pois esta informação
não se encontra em outra relação ou tupla. Adicionalmente, outra anomalia é a duplicidade
do número de horas das disciplinas, que pode levar à inconsistência (por exemplo, caso
o número de horas da disciplina IP fosse atualizado na primeira tupla e não na segunda).Observe que esses problemas são causados porque o atributo Num_horas depende apenas
de parte da chave primária (no caso, depende da Sigla_Disciplina).
Tabela 26 - Relação Turma (fora da 2FN)
C_T (PK) S_D (PK) N_SA N_H
11 IP S15 6
22 IP S16 6
11 BD S02 4
22 SO S10 4
22 SO S12 4
E, então, como caria essa relação Turma (Tabela 26) na 2FN? Observe as Tabelas
27 e 28 e reita sobre como elas foram obdas.
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Banco de Dados
Tabela 27 - Relação Disciplina
S_D (PK) N_H
IP 6
BD 4
SO 4
Tabela 28 - Relação Turma (na 2FN)
C_T (PK) S_D (PK) N_SA
11 IP S15
22 IP S16
11 BD S02
11 SO S10
22 SO S12
Terceira Forma Normal
Uma relação está na terceira forma normal quando duas condições são sasfeitas:
» A relação está na segunda forma normal;
» Não exisr dependência transiva na relação, ou seja, nenhum dos atributos não
chave depende de outro atributo que também não é chave. Ou seja, se todos os
atributos dependerem completa e exclusivamente da chave primária. Ou ainda,
se não houver relação de idencação entre os atributos que não façam parte da
chave primária (dependência transiva).
D
Relações que estejam na 2FN e que não tenham nenhum ou apenas um atributo além da chaveestão automacamente na 3FN.
Por exemplo, observe a relação Funcionário (Tabela 29). Ela está na 2FN porque
não contém chave composta. Porém, há uma dependência transiva na mesma. O atributo
Salário depende do atributo Cargo (que não faz parte da chave primária). Já o atributo Cargo,
por sua vez, depende da chave primária Cod_Empregado. Assim, temos: C_E
→ C → S.
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Banco de Dados
Tabela 29 - Relação Funcionário (fora da 3FN)
C_E (PK) N_E C S
100 Carlos Alves Programador 2000
101 José Souza Analista 3500
102 Maria Ramos Programador 2000
E 3FN? Para passarmos uma
endade da 2FN para a 3FN, devemos eliminar as dependências transivas. E como fazer
isso?
1) Para cada atributo que não parcipe da chave primária da relação, analisar se existe
dependência transiva da chave primária. Para idencar a dependência transiva
de um atributo deve-se indagar: Qual outro atributo não pertencente à chave e
poderia determinar o valor do atributo em análise? Ou seja, você vai analisar se
o valor de um atributo não-chave pode ser determinado por algum outro atributoque também não pertença à chave primária da relação;
2) Para cada grupo de atributos não-chaves dependentes funcionalmente de outros
atributos não-chaves, cria-se uma nova relação. Essa nova relação vai ter os
atributos dependentes como não-chaves e os atributos que causam a dependência
(determinantes) como chave primária. Ou seja, vai ser chave primária da nova
relação os atributos dos quais os atributos não-chave da relação original dependem.
O nome das novas relações deve ser escolhido de acordo com a chave primária das
mesmas;
3) Reper os passos anteriores até que todos os atributos restantes na relação original
dependam diretamente de toda a chave primária. Em outras palavras, repete-seaté que todas as relações não contenham atributos dependentes de atributos não-
chaves;
4) Excluir da tabela original todos os atributos com dependência transiva, mantendo
o atributo determinante da transividade. Deve-se excluir, também, os atributos
derivados a parr de outros (atributos calculados), como por exemplo, se houver
um atributo data de nascimento e outro atributo idade, o atributo idade deve ser
excluído, uma vez que, a qualquer momento, ele poderá ser calculado a parr do
atributo data de nascimento.
Vamos exemplicar. Para passar a Tabela 29 para a 3FN, iríamos criar uma nova
relação (que chamamos de Salario_Cargo, vide Tabela 30) que terá como chave primária o
atributo não-chave determinante da dependência transiva (no caso, o Cargo) e o atributo
não-chave dependente (no caso Salário), uma vez que Cargo a Salário na relação Funcionário
original (vide Tabela 29). Depois, o atributo em dependência transiva deve ser rerado
da relação original (no caso, Salário é rerado da relação Funcionário – vide Tabela 31).
Assim, a relação original ca apenas com atributos que dependem funcionalmente apenas
da chave primária (no caso, Cod_Empregado).
Tabela 30 - Relação Salario_Cargo
C (PK) S
Programador 2000
Analista 3500
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Banco de Dados
Tabela 31 - Relação Funcionário (na 3FN)
C_E (PK) N_E C
100 Carlos Alves Programador
101 José Souza Analista
102 Maria Ramos Programador
Relações que não estão na 3FN podem apresentar problemas de inconsistência
devido à duplicidade dos dados e à perda de dados em operações de remoção/alteração
(anomalias de atualização). Por exemplo, a relação Turma (vide Tabela 32) está na 2FN,
mas não está na 3FN, pois o atributo Capacidade depende do atributo Sala e não da chave
primária da relação que é Cod_Turma. Considerando que a sala S23 vesse sua capacidade
atualizada de 50 para 60 apenas na segunda tupla, teríamos um caso de anomalia de
alteração, com consequente inconsistência nos dados armazenados (a segunda tupla
marcaria que a sala S23 tem capacidade para 60 pessoas e a terceira tupla marcaria queessa mesma sala teria capacidade para 50 pessoas).
Tabela 32 - Relação Turma (fora da 3FN)
C_T (PK) P S C
IP501 Carlos Alves S09 40
BD210 José Souza S23 50
PR900 Maria Ramos S23 50
E, então, como caria essa relação Turma (Tabela 32) na 3FN? Observe as Tabelas
33 e 34 e reita sobre como elas foram obdas.
Tabela 33 - Relação Sala
S (PK) C
S09 40
S23 50
Tabela 34 - Relação Turma (na 3FN)
C_T (PK) P S
IP501 Carlos Alves S09
BD210 José Souza S23
PR900 Maria Ramos S23
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Banco de Dados
Forma Normal de Boyce-Codd
Uma relação é considerada pertencente à FNBC quando esver na Primeira Forma
Normal (1FN) e para cada chave candidata, todos os atributos que não parcipam da
chave candidata forem dependentes não transivos de toda a chave candidata. Em outras
palavras, quando todo trmit14, existente na tabela, zer parte da chave.
A FNBC é uma forma mais restriva de 3FN, isto é, toda relação em FNBC está
também em 3FN; entretanto, uma relação em 3FN não está necessariamente em FNBC. Por
exemplo, na relação Turma (vide Tabela 35) cada tupla informa que um aluno A estuda em
uma disciplina D com um professor P. Para esta relação, considere as seguintes regras:
» Para cada disciplina, um aluno tem um único professor;
» Cada disciplina pode ser ensinada por mais de um professor; e
» Cada professor só pode ensinar uma disciplina.
Tendo em mente estas regras, quais são os determinantes dessa relação? Temos
que (Aluno, Disciplina) → Professor (sabendo o aluno e a disciplina, podemos determinaro professor) que Professor → Disciplina (ou seja, através do professor, podemos descobrir/
determinar a disciplina). Como não há dependência transiva, ou seja, nenhum atributo
não-chave é determinado por outro atributo não-chave, a relação está na 3FN. Porém, ela
não está na FNBC, porque temos que Professor é um atributo determinante e ele não faz
parte da chave primária. Isso acaba ocasionando anomalia de remoção. Vamos exemplicar:
Observando a relação Turma na Tabela 35 temos que, se removermos a informação de que
o aluno “Carlos Alves” está matriculado na disciplina de BD, não haveria mais no banco de
dados nenhum registro de que “Paulo Bennet” leciona a disciplina de BD. A informação
seria perdida.
Tabela 35 - Relação Turma
A (PK) D (PK) P
Carlos Alves IP Joana Mendes
C A BD P B
José Souza IP Joana Mendes
José Souza PRG Garcia Lopes
Maria Ramos PRG Rui Carneiro
Ob
Na práca, quando um esquema relacional está na 3NF, normalmente, também está na BCNF.
A exceção é quando existe uma dependência X → A onde X não é uma superchave e A é um
atributo da chave (vide Figura 19).
C
14 Chamamos dedeterminante umatributo do qualalgum outro atributoé funcionalmentedependente.
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Banco de Dados
Figura 19 – Ocorrência da BCNF
P N F N B-C seguem-se os mesmos
passos da Terceira Forma Normal. Deve-se vericar se há algum determinante que não é
chave primária e, em caso armavo, deve-se criar uma nova relação com os que dependem
funcionalmente deste determinante e com o próprio determinante como chave primária
da nova relação. Por exemplo, a relação Turma (Tabela 35) seria decomposta nas seguintes
relações apresentadas nas tabelas 36 e 37, de acordo com os determinantes idencados.
Tabela 36 - Relação Aluno-Professor
A (PK) P
Carlos Alves Joana Mendes
Carlos Alves Paulo Bennet
José Souza Joana Mendes
José Souza Garcia Lopes
Maria Ramos Rui Carneiro
Tabela 37 - Relação Professor-Disciplina
P (PK) D
Joana Mendes IP
Paulo Bennet BD
Garcia Lopes PRG
Rui Carneiro PRG
Quarta Forma Normal
Uma relação está na Quarta Forma Normal (4FN) se não possuir dois ou mais
atributos mul-valorados independentes. Em outras palavras, se não possuir casos de mul-
dependência funcional. Mas o que é mesmo mul-dependência funcional? Se cada valor
de um Atributo A permite descobrir um conjunto de possíveis valores de um outro Atributo
B, dizemos que A determina mul-funcionalmente B (A → → B). Por exemplo, geralmente,em uma universidade um professor ministra mais de uma disciplina. Logo, Nome_Prof → →
Disciplina (Nome_Prof determina mul-funcionalmente disciplina) e, assim, sempre que o
nome do professor for pesquisado será possível obter os nomes de suas disciplinas.
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Banco de Dados
Ob
Para se vericar a 4FN a relação deve ter, no mínimo, três atributos.
Por exemplo, analise a relação Alocação_Professor (vide Tabela 35). Nela temos
as seguintes mul-dependências funcionais: Nome_Prof → → Sigla_Disciplina (ou seja, a
parr do nome do professor podemos saber as disciplina que ele ministra) e Nome_Prof
→ → Orientando (ou seja, a parr do nome do professor é possível saber os alunos que ele
orienta).
Tabela 35 - Relação Alocação_Professor (fora da 4FN)
N_P (PK) S_D (PK) O (PK)
André Fernandes BD Tadeu Basta
André Fernandes ES Tadeu Basta
Jorge Macedo IP Oo Melo
Jorge Macedo IP Paulo Gouveia
Márcia Gadelha SO Jonas Bastos
Observe que as disciplinas que o professor leciona devem ser independentes dos
alunos que ele orienta. Se a relação acima signicasse que o professor orienta determinadoaluno em uma determinada disciplina, a relação estaria correta e não necessitaria ser
normalizada. Porém, estamos considerando mul-dependências funcionais entre atributos
independentes.
Relações que não estão na 4FN podem apresentar problemas de inconsistências
devido à duplicidade dos dados. Por exemplo, na Tabela 35, o professor “André Fernandes”
só tem um orientando “Tadeu Basta”, mas ministra duas disciplinas. Devido a esse fato,
o nome do orientando precisou ser duplicado sem necessidade. O mesmo ocorreu com o
professor “Jorge Macedo” que só ministra uma disciplina “IP” e possui dois orientandos
(houve duplicação da sigla da disciplina). Adicionalmente, relações desse po podem
apresentar anomalias de atualização, por exemplo:» Anomalia de inserção – um orientando só pode ser inserido se o professor esver
ministrando alguma disicplina (veja que todos os atributos são chaves, nenhum
deles pode car com valor null);
» Anomalia de remoção – deletar uma disciplina ou um orientando levaria a perda de
informação;
» Anomalia de alteração – se necessitássemos alterar o nome de um orientando,
precisaríamos alterar o mesmo em todas as tuplas em que ele aparecesse.
Para Normalizar para a Quarta Forma Normal, você deve rerar da relação o
atributo mul-valorado e criar uma nova relação, tendo-o como parte da chave, a m deseparar as dependências. Ou seja, deve-se usar o mesmo procedimento feito para passar
uma relação para a 1FN, visto anteriormente. Uma observação importante é que, para se
normalizar em 4FN, a endade tem que estar (obrigatoriamente) na 3FN. Por exemplo, a
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Banco de Dados
relação Alocação_Professor daria origem à nova relação Orientações_Professor (vide Tabela
36) e provocaria mudanças na relação original Alocação_Professor (vide Tabela 37).
Tabela 36 - Relação Orientações_Professor
N_P (PK) O (PK)
André Fernandes Tadeu Basta
Jorge Macedo Oo Melo
Jorge Macedo Paulo Gouveia
Márcia Gadelha Jonas Bastos
Tabela 37 - Relação Alocação_Professor (na 4FN)
N_P (PK) S_D (PK)
André Fernandes BD
André Fernandes ES
Jorge Macedo IP
Márcia Gadelha SO
Veja que, agora, assuntos diferentes são tratados em relações diferentes, evitando
duplicações e anomalias.
É importante relembrar que a necessidade de aplicar a 4FN ocorre apenas quando
se tem tabelas que mantêm relacionamentos ternários ou superiores e se detectam
dependências funcionais mulvaloradas independentes.
Quinta Forma Normal
Não vamos dar uma exposição abrangente sobre a quinta forma normal, vamos
apenas apresentar uma noção da sua ideia central. A quinta forma normal (5FN) é
também chamada de Forma Normal de Projeção / Junção (FNPJ) e trata de casos bastante
parculares que ocorrem na modelagem de dados: os relacionamentos múlplos (ternários,
quaternários e n-ários).
Uma relação R está na quinta forma normal (5FN) se está na 4FN e não possui
nenhuma dependência de junção. Mas o que é uma dependência de junção?
D J: Dada uma relação R e certas projeções (subconjuntos da relação) R1,..., R
n
diz-se que há uma dependência de junção (de R em relação a R1,..., R
n) se R pode ser reconstuída
com a junção de R1,..., R
n.
Em outras palavras, uma relação na 4FN estará na 5FN, quando seu conteúdo nãopuder ser reconstruído (junção), porque há perda de informação, a parr das diversas
relações menores (subconjuntos extraídos da relação principal). Ou seja, se ao parcionar
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Banco de Dados
uma relação, sua junção posterior não conseguir recuperar as informações condas na
relação original, então esta relação está na 5FN.
Assim, se uma relação não está na 5ªFN, então, existe uma decomposição de
R em um conjunto de projeções (subconjuntos) que estão na 5ªFN e cuja junção natural
restabelece a relação original. Esta forma normal trata especicamente dos casos de perda
de informação, quando da decomposição de relacionamentos múlplos.
Para exemplicar, pode acontecer de uma tabela representar um relacionamento
triplo que não pode ser simplicado, pois se for quebrado em relacionamentos binários
poderá gerar informações incorretas. Neste caso, a tabela já está na 5FN. Para checar esse
fato, pode-se ulizar a seguinte pergunta: é possível substuir o relacionamento ternário
por relacionamentos binários?
Vamos a outro exemplo. Se um vendedor vende certo po de veículo e ele
representa o fabricante daquele po de veículo, então ele vende aquele po de veículo
para aquele fabricante (regra de simetria), tal como representado na relação Vendas (vide
Tabela 41). Essa relação pode ser decomposta em três outras relações, portanto não está
na 5NF (observe que há uma redundância de informações na relação, que irá requerer mais
atenção na atualização de dados).
Tabela 41 - Relação Vendas
V (PK) Fb (PK) V (PK)
André Fernandes Ford Automóvel
André Fernandes Ford Caminhão
André Fernandes GM Automóvel
André Fernandes GM Caminhão
Jorge Macedo Ford Automóvel
Assim, para transformar em 5FN podemos quebrar a relação Vendas em 3
relações diferentes, representadas nas Tabelas 42, 43 e 44. Essas relações não podem ser
decompostas, estando assim na 5NF. Para conseguir recompor a relação Vendas originais
seriam necessárias as três relações.
Tabela 42 - Relação Vendedor-Fabricante
V (PK) Fb (PK)
André Fernandes Ford
André Fernandes GM
Jorge Macedo Ford
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Banco de Dados
Tabela 43 - Relação Vendedor-Veículo
V (PK) V (PK)
André Fernandes Automóvel
André Fernandes Caminhão
Jorge Macedo Automóvel
Tabela 44 - Relação Fabricante-Veículo
Fb (PK) V (PK)
Ford Automóvel
Ford Caminhão
GM Automóvel
GM Caminhão
Qualquer outra decomposição da relação original poderia ocasionar informações
incorretas (tuplas espúrias). Como pôde ser observado, a 4NF decompõe uma relação aos
pares (substui uma relação por duas de suas projeções – em pares), enquanto que a 5NF
é ulizada quando uma decomposição aos pares não é possível, como no caso anterior (a
relação foi decomposta em três outras, sem perdas).
Um Roteiro para a Normalização
A parr do modelo relacional gerado a parr do modelo endade relacionamento,
construído na fase de modelagem conceitual, proceda os seguintes passos:
» Elimine os atributos repedos (se houver), de modo a obter um modelo na 1FN;
» Elimine as dependências parciais da chave primária em suas relações (se houver)
para obter o modelo na 2FN;
» Elimine as dependências transivas nas tabelas (se houverem), obtendo um
esquema na 3FN;
» Avalie se vale a pena aplicar mais algum po adicional de normalização 4FN, 5FN e
FNBC.
Algumas Informações Adicionais
Para nalizar esse capítulo, vamos dar algumas informações adicionais sobre
cuidados que você precisará ter no renamento do seu modelo relacional.
» O ? Realmente, poderá
haver algumas ocasiões que, no momento da geração da estrutura de tabelas, você
não consiga determinar um ou mais atributos que garantam a idencação única de
alguma relação, ou seja, não conseguirá denir uma chave primária. Nestes casos,
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61
Banco de Dados
será necessário criar um atributo arcial (por exemplo, um código, geralmente,
sequencial) para servir como chave primária.
» Ab I – Alguns atributos de um
relatório não necessitam estar armazenados em um BD, pois serão determinados
em tempo de execução. Por exemplo, número de páginas de um relatório ou a sua
data de emissão. Estes dados não devem ser considerados atributos da estrutura de
tabelas aninhadas.
» Ab b – Informações que são
deduzidas a parr de dados do BD, como cálculos (somas, médias, valor máximo)
ou a idade, que pode ser deduzida a parr da data do nascimento podem ser
eliminadas do conjunto de atributos da estrutura de tabelas aninhadas. Esta
armação não é uma exigência. Isso porque, às vezes, um somatório, por exemplo,
é solicitado com tanta frequência em uma consulta, que se torna mais ecaz manter
o seu resultado no BD, do que calculá-lo diversas vezes em pouco tempo.
» V N T – as relações devem ser projetadas de forma que suas
tuplas tenham a menor quandade possível de valores nulos. Normalmente, os
atributos que possuem valores nulos podem ser colocados em relações separadas.
E quais as razões para se usarem valores nulos? Quando o valor é não aplicável
ou inválido, quando o valor é desconhecido (embora possa exisr) ou está,
temporariamente, indisponível (embora se saiba que ele exista).
» T Eú - projetos incorretos de bancos de dados relacionais podem gerar
resultados inválidos (tuplas espúrias) em certas operações de juçã rlçõ15
(Join). A propriedade de “junção sem perdas” é usada para garanr resultados
corretos em operações de junção, de forma que nenhuma tupla espúria seja gerada.
Considerações Finais
O processo de Normalização pode ser considerado como a aplicação de uma
série de regras, que constuem as Formas Normais, que irão provocar a decomposição de
esquemas de dados insasfatórios de algumas relações, em novas relações.
O processo de normalização é aplicado em uma relação por vez. Durante o processo,
a relação vai sendo “quebrada”, criando-se outras relações. Geralmente, o processo de
normalização é realizado em etapas, começando através das formas normais menos rígidas
e depois através de renamentos sucessivos, até chegar a uma normalização considerada
sasfatória para a aplicação.
A decisão de normalizar ou não uma relação é um compromisso entre garanr
a eliminação de inconsistências no BD e alcançar a eciência de acesso (pois normalizar
demais pode diminuir a eciência dos aplicavos). Por isso mesmo, deve ser realizada
alguma ponderação antes de se tomar uma decisão.
Existem diversos livros de Banco de Dados que possuem um capítulo especíco
sobre Normalização e Dependências Funcionais. Aqui vão o nome apenas de alguns:RAMAKRISHNNAN, R.; GEHRKE, J. Db M S. McGraw-Hill,
2003.
C
15 Quando relaçõessão combinadas aparr de um atributo
(geralmente a chaveprimária) em comum.
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Banco de Dados
DATE, C. J. I S B D. Elsevier Editora, 2004.
ELMASRI, Ramez; NAVATHE, Shamkant B. S b . Traduzido
por: Marilia Guimarães Pinheiro et al. 4a. ed. São Paulo: Pearson Educaon do
Brasil, 2005.
HEUSER, Carlos Alberto. Pj B D. 3. Edição., Porto Alegre :
Sagra-Luzzao, 2004.
KORTH, H. F.; SILBERSCHATZ, A.; SUDARSHAN, S. S B D.
Elsevier Editora, 2006.
Adicionalmente, para elaboração desse capítulo foram consultados os materiais e
notas de aulas dos professores citados a seguir, a quem deixamos nossos agradecimentos:
Prof. Roberto Schaefer (FACNET), Prof. Luiz Camolesi Jr. (UNIMEP – Universidade Metodista
de Piracicaba), Prof. Jeerson S. Silva (CEFET- PHB – PI), Professores Osvaldo Kotaro Takai,
Isabel Crisna Italiano e João Eduardo Ferreira (DCC-IME-USP), Prof. Cláudio Márcio (UNP),
Prof. Clodis Boscarioli (Unioeste), Profa. Marilde Santos (Departamento de Computação
– UFSCar), Prof. João Araújo (FCT/UNL), Prof. Cláudio Márcio (Sistemas de Informação
– UNP), Prof. Márcio Antônio Duarte (UFG – Catalão/GO), Prof. Marcelo Nogueira (UNIP -Universidade Paulista), Prof. João Murilo Azevedo (Faculdade Guararapes/PE) e Prof. Brenno
E. Albert (UFRJ).
A P
A tabela abaixo representa os pedidos de produtos de soware para uma loja e
não obedece nenhuma das formas normais vistas (1FN, 2FN e 3FN). Indique os passos para
deixá-la em cada uma dessas formas normais.
TABELA_PEDIDO
N_
P
(PK)
C_
P
(PK)
N_P DN_
F
E_
FQ
P_
T
111
001
002
003
Photoshop
Coreldraw
Flash
10/02/2010 InfoSo R. Flor, 25
02
03
02
500,00
350,00
100,00
222
002
003
005
Coreldraw
Flash
ABC
23/03/2010 BRSos Av. Itu, 33
03
05
10
350,00
100,00
200,00
Em uma primeira avaliação, já podemos vericar que a tabela Pedido não está na
1FN, pois há vários atributos não atômicos, ou seja, atributos mul-valorados. Para deixar a
tabela em 1FN é preciso dividir esses atributos em linhas. Com isso, camos com a tabela a
seguir.
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Banco de Dados
TABELA_PEDIDO
N_
P
(PK)
C_
P
(PK)
N_P DN_
F
E_
FQ
P_
T
111 001 Photoshop 10/02/2010 InfoSo R. Flor, 25 02 500,00
111 002 Coreldraw 10/02/2010 InfoSo R. Flor, 25 03 350,00
111 003 Flash 10/02/2010 InfoSo R. Flor, 25 02 100,00
222 002 Coreldraw 23/03/2010 BRSos Av. Itu, 33 03 350,00
222 003 Flash 23/03/2010 BRSos Av. Itu, 33 05 100,00
222 005 ABC 23/03/2010 BRSos Av. Itu, 33 200,00
Reavaliando a tabela, podemos perceber que ela não se encontra na 2FN, pois
há atributos que dependem apenas de parte da chave primária composta (dependência
parcial). Quais seriam? Temos que: Data, Nm_Fornecedor e Endereco dependem apenas de
Num_Pedido. Nm_Prod depende apenas de Cod_Produto. Apenas Qtd e Preco dependem
da chave composta. Assim redividimos as tabelas, segundo essas dependências e camos
com:
TABELA_PEDIDO
N_P (PK) D N_F E_F
111 10/02/2010 InfoSo R. Flor, 25
222 23/03/2010 BRSos Av. Itu, 33
TABELA_PRODUTO
C_P (PK) N_P
001 Photoshop
002 Coreldraw
003 Flash
005 ABC
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Banco de Dados
TABELA_PRODUTOS_PEDIDO
N_P (PK) C_P (PK) Q P_T
111 001 02 500,00
111 002 03 350,00
111 003 02 100,00
222 002 03 350,00
222 003 05 100,00
222 005 10 200,00
Agora, só falta avaliar se as tabelas já estão na 3FN, ou seja, se há alguma
dependência transiva. Se avaliarmos a Tabela_Pedido, o atributo Endereço_Fornec
depende de um atributo não-chave (dependência transiva), no caso, o Nm_Fornecedor.
Dessa forma, é preciso criar uma nova tabela (Tabela_Fornecedor) e ajustar a Tabela_
Pedido. As outras tabelas cariam iguais, não haveria modicação nas mesmas.
TABELA_PEDIDO
N_P (PK) D N_F
111 10/02/2010 InfoSo
222 23/03/2010 BRSos
TABELA_FORNECEDOR
N_F (PK) E_F
InfoSo R. Flor, 25
BRSos Av. Itu, 33
Agora, se reavaliar as tabelas, vai vericar que as mesmas se encontram na 3FN.
V Sb?
Você sabia que, algumas vezes, precisaremos fazer uma do Banco de Dados?Mas o que é isso? Desnormalização é uma técnica usada para converter uma ou mais tabelasrelacionadas em uma única tabela com informações possivelmente redundantes, a m demelhorar o desempenho no acesso aos dados. Essa técnica é usada em casos parculares para
evitar junções e proporcionar agilidade nas consultas aos dados, como no caso do projeto dedata warehouses.
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Banco de Dados
A O E
A ! Lb
x ú !
A P:
Resolva as avidades a seguir em um documento texto e poste o mesmo no
ambiente virtual, no local indicado. Essa avidade é para ser realizada em DUPLA (escolha
seu companheiro de trabalho!) e fará parte da avaliação somava de vocês.
I) Faça a Normalização, pelo menos até a 3FN, das relações a seguir. Atributos entre
chaves indicam atributos mulvalorados. Atributos sublinhados indicam as chaves
primárias.
a) Tabela_Ocina (cod_cliente, nome, endereco, cod_carro, modelo, ano_
fabricacao, {cod_servico, descricao}, data_servico,valor_servico,{cod_produto,nome_produto})
b) Tabela_Hospital (cod_paciente, nome, tel, endereco, crm, nome_med, tel_med,
endereco_med, cod_especialidade, nome_espec, data_consulta, diagnosco)
c) Tabela_Locadora (cod_cliente, nome, tel, {cod_ta, nome_lme, duracao, cod_
genero, descricao}, data_locacao, data_devolucao, valor)
d) Tabela_Estoque (cod_peca, descricao, quandade_comprada, {cod_fornecedor,
nome, telefone})
e) Tabela_Biblioteca (cod_aluno, nome, telefone, end, {cod_livro, tulo, editora,
volume, cod_autor, nome, genero}, data_empresmo, data_devolucao)
f) Tabela_Matricula (cod_aluno, cod_turma, cod_disciplina, nome_disciplina,
nome_aluno, cod_localnascaluno, nome_localnascaluno)
g) Tabela_Consulta (cod_medico, nome_med, crm, fone, cod_paciente, nome_
pac, fone_pac, end_pac, dt_consulta, diagnosco)
II) Considere a relação para livros publicados:
LIVRO (tulo_livro, nome_autor, po_livro, preço_tabela, aliação_autor, editora)
Suponha as que existam as seguintes dependências:
tulo_livro → editora, po_livropo_livro → preço_tabela
nome_autor → aliação_autor
a) Em que forma normal está esta relação? Jusque sua resposta.
b) Aplique a normalização até que não possa mais decompor as relações.
Jusque as razões de cada decomposição.
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Banco de Dados
O Modelo Relacional, devido à sua natureza inerentemente formal, dispõe de uma
ferramenta conceitual que permite modelar diversas formas de controle de consistência.
O controle através da própria estrutura do BD é obdo no Modelo Relacional construindo-
se as relações, segundo regras que garantam a manutenção de certas propriedades. Essas
regras são chamadas Formas Normais.
As principais formas normais são a 1FN (que trata atributos compostos e
mulvalorados), a 2FN (que trata dependências parciais) e a 3FN (que trata dependências
transivas). E, geralmente, só normalizamos as relações até essa 3FN. Adicionalmente,
existem a BCNF, a 4FN e a 5FN que só são aplicadas em casos especiais.
Qualquer um que projete um sistema a ser implementado em banco de dados
relacional deve estar familiarizado com as técnicas básicas da normalização, pois elas podem
contribuir para melhorar a qualidade do projeto do banco de dados.
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Banco de Dados
Considerações Finais
Olá, cursista!
Esperamos que você tenha aproveitado este terceiro módulo da disciplina B
D. Com os assuntos vistos até agora, você já tem tudo para criar o seu banco de dados
e começar a trabalhar com ele, armazenando, alterando, deletando e consultado os dados
armazenados. É justamente isto que estudaremos no próximo módulo: a linguagem SQL que
vai lhe ajudar a criar e manipular o seu banco de dados!
Aguardamos sua parcipação no próximo módulo.
Até lá e bons estudos!
S Ab Sb
Autora
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Banco de Dados
Referências
BATINI, C.; CERI, S.; NAVATHE, S. B. C b : -
. San Francisco: Benjamim Cummings, 1992.
COUGO, Paulo Sérgio. M C Pj B D.Elsevier Editora, 1997.
DATE, C. J. B : ó . Rio de Janeiro : Campus, 1988.
DATE, C. J. I S B D. Elsevier Editora, 2004.
ELMASRI, Ramez; NAVATHE, Shamkant B. S b . Traduzido
por: Marilia Guimarães Pinheiro et al. 4a. ed. São Paulo: Pearson Educaon do
Brasil, 2005.
HEUSER, Carlos Alberto. Pj B D. 3. Edição., Porto Alegre: Sagra-
Luzzao, 2004.
KORTH, H. F.; SILBERSCHATZ, A.; SUDARSHAN, S. S B D:
Elsevier Editora, 2006.
KROENKE, David M. B D: F, Pj I. 6ª
Edição: Editora LTC, 1999.
LAENDER, A. H. F. ; CASANOVA, M. A. ; TUCHERMAN, L.. O D
M O R R E-R
S. Data & Knowledge Engineering, Amsterdam, v. 11, n. 1, p. 1-20, 1993
R SQL M - hp://www.sqlmagazine.com.br
SETZER, V. W. B . 3.ed. São Paulo : Revista Edgard Blucher, 1989.
SILBERSCHATZ, Abraham; KORTH, Henry F;SUDARSHAN, S. S b
. Traduzido por Daniel Vieira. Rio de Janeiro: Elsevier; Campus, 2006.
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Banco de Dados
Conheça a Autora
S Ab Sb
Doutora em Ciência da Computação, pelo Centro de Informáca da UFPE ondetrabalhou com Ambientes Virtuais de Aprendizagem e Ambientes Colaboravos em Geral.
Ensinou na Faculdade Integrada do Recife (FIR) e na Universidade Católica de Pernambuco
(UNICAP), além de ter trabalhado como gerente de projetos no Centro de Estudos e Sistemas
Avançados do Recife (CESAR). Atualmente, é professora da Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE). Atua na equipe de Educação a Distância da UFRPE e no Departamento
de Estasca e Informáca (DEINFO), como professora autora de materiais didácos para
cursos a distância, já tendo também atuado como coordenadora de curso e professora
executora de disciplinas. Tem experiência, trabalhos desenvolvidos e argos publicados nas
áreas de Educação a Distância, Interfaces Homem- Máquina, Sistemas Colaboravos, Banco
de Dados, Análise e Projeto de Sistemas Orientados a Objetos, Sistemas de Informação e
Engenharia de Soware. Atualmente, desenvolve pesquisas sobre contextualização de
interações em ambientes virtuais de aprendizagem e trabalho cooperavo.
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