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Matriz Tributária e o impacto na Indústria Nacional
Cristiano Carvalho
Livre-Docente em Direito Tributário (USP)
Mestre e Doutor em Direito Tributário (PUC-SP)
Pós-Doutor em Direito e Economia (U.C. Berkeley)
Advogado
Sistema tributário brasileiro
• O pior do mundo! (World Economic Forum, comparando com outros 137 países).
• Maior carga tributária entre os BRICS e maior carga tributária entre os emergentes.
• País mais difícil do mundo para pagar tributos
• Cada vez mais ineficiente!
Tributação em relação ao PIB • BRICS
• Brasil – 37%
• Rússia – 23%
• Índia – 13%
• China – 20%
• South Africa – 18%
• América Latina
• Peru – 17%
• Chile – 22%
• Colômbia – 19%
• Uruguai – 26,5%
• México – 11,4%
Crescimento da carga tributária sobre o PIB
Relatório “Doing Business” 2015 (World Bank) e os Custos de Conformidade Países Número anual de horas para cumprir
com a legislação tributária
Brasil 2.600
Bolívia 1.025
Nigéria 908
Líbia 889
Vietnã 872
Carga Tributária por setores com proporção do PIB - 2012
Setor Industrial R$ bilhão Participação
ICMS PIS/Cofins
Outros INSS IPI IRPJ CSLL
Serviços + Construção + SIUP
467,8 45,1% 21,1%
16,0% 24,9% 18,2% 0,3%
13,1% 6,4%
Indústria de Transformação
322,7 31,1% 37,3%
21,7% 13,3% 13,2% 7,0%
5,1% 2,5%
Comércio 227,3 21,9% 47,2%
16,3% 9,1% 15,1% 1,7%
6,8% 3,7%
Agropecuária + Indústria Extrativa
19,9 1,9% 19,3%
12,6% 27,1% 19,6% 0,4%
13,4% 7,5%
Total Federais + ICMS 1.037,7
100,0%
31,8%
17,8% 17,9% 16,0% 2,7%
9,2% 4,6%
Tabela 1 – Distribuição da arrecadação por setores econômicos e tributos – 2012 Fonte: RFB e Confaz | Elaboração: Sistema FIRJAN
Fonte: RFB e Confaz | Elaboração: Sistema FIRJAN
Distribuição da arrecadação por setores econômicos e tributos – 2012
Tabela 2 – Crescimento real da arrecadação por setor econômico e tributo – 2012/2009
Setor Industrial Total ICMS PIS/Cofins Outros INSS IPI IRPJ CSLL
Serviços + Construção + SIUP
24,4% 17,6% 22,3% 28,2% 33,9% 18,2%
25,6% 13,2%
Indústria de Transformação
10,5% 15,4% 12,9% 15,5% 23,2% 4,2% -26,9% -20,2%
Comércio 31,7% 22,2% 41,7% 60,2% 35,4% 41,0%
38,7% 33,8%
Agropecuária + Indústria Extrativa
22,8% 2,1% 46,3% 101,7% 51,7% 54,5%
-10,6% -38,4%
Total Federais + ICMS 21,1% 18,0% 22,1% 29,2% 31,6% 8,8% 12,3% 5,9%
Fonte: RFB e Confaz | Elaboração: Sistema FIRJAN
• A Indústria de Transformação tem a maior participação na arrecadação dos setores 12 setores de atividade econômica no Brasil (Agropecuária. Indústria Extrativa; Indústria de Transformação; Serviços Industriais de Utilidades Públicas; Construção Civil; Comércio; Serviços de Informação; Transportes; Aluguéis; Intermediação Financeira; Administração Pública e Outros Serviços). Portanto, ao analisá-la é possível identificar o cenário econômico do setor industrial no Brasil.
• Segundo dados das Contas Nacionais do IBGE, em 2014, a Indústria de Transformação foi responsável por 10,9% do PIB, sendo esse o valor mais baixo desde 1947, portanto, sustenta-se a existência de uma expressiva perda de participação da indústria na produção agregada do país, o que configura um processo de desindustrialização.
• Fonte: DECOMTEC/FIESP, A Carga Tributária no Brasil: Repercussões na Indústria de Transformação.
Subsídios, benefícios, moratórias, anistias e a parábola do bode na sala
• Refis em média a cada dois anos;
• Incentivos mal-desenhados (rent-seeking);
• Problema agente-principal e risco moral (moral hazard)
Reforma Tributária?
• Tributação brasileira é um dilema do prisioneiro;
• Para romper o dilema é necessário alterar as recompensas (pay-offs).
Tributação “ótima”
1. Base grande de contribuintes;
2. Incide sobre bens e serviços de demanda inelástica;
3. Baixo custo administrativo;
4. Justo (proporcional)
5. Poucas regras, simples e objetivas.
Tributo ótimo?
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