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IE-327 – Seminário 1Mauricio Lopes Tavares
14/03/2005
A Evolução Histórica do Setor Elétrico Brasileiro e princípios
de sua organização
Características estruturais da ISEB
• Geração: predominantemente hidráulica, com “despacho” centralizado.
• Transmissão: Sistema Interligado Nacional (SIN)
administrado pelo ONS.
• Distribuição: fornecimento ao consumidor final (mercado cativo ou consumidores livres).
– Classe residencial consome 27% da energia e representa 40% do faturamento.
Características de mercado da ISEB
– Distribuição: opera em regime de monopólio em relação ao mercado cativo e concorre por Consumidores Livres.
– Geração: predominantemente estatal e hidráulica. Há potencial de concorrência no tocante ao mercado spot.
– Transmissão: monopólio estatal por determinação legal. Forte afluxo de empresas privadas após 2001. Estritamente regulada.
Partes Partes ContratantesContratantes
Principais Principais Entidades e Entidades e Associações Associações com a antiga com a antiga EstruturaEstrutura
•• ANEEL e ( Comissões Estaduais ) / DNAEEANEEL e ( Comissões Estaduais ) / DNAEE
• ONS - GCOI• Planejador Indicativo - GCPS• Associação de Varejistas - CODI
• MAE• Agente Financeiro Setorial
Geradores Federais( Nuclen, Itaipu)
Geradores Federais Segregados(p.ex. Furnas, Chesf)
Geradores Estaduais Segregados(p.ex. sucessora CESP)
Geradores Subsidiária de D/Vs(estadual ou privada)
PIES
Auto-produtores
Transmissoras Federais
Transmissoras Subsidiárias
de DVs
NovasTransmissoras/ Novos projetos
D/Vs atuando emsuas áreas de concessão
D/Vs atuando forade suas áreas de concessão
Geradoras atuando como varejistas e varejistas sem uma área de concessão
GeraçãoGeração TransmissãoTransmissão Distribuição/VarejoDistribuição/Varejo ClientesClientes
Clientes Cativos
Clientes Livres
ESTRUTURA DA INDÚSTRIA: PRINCIPAIS AGENTESESTRUTURA DA INDÚSTRIA: PRINCIPAIS AGENTES
Andrade, MTO/2000
Fase 1 – Pioneirismo privado – até 1889
• Iniciativas de empreendedores privados nacionais;• Pouca efetividade pela escassez de Capital• Pequenos empreendimentos de alcance municipal• 1883 – Primeira cidade A.L. iluminada energia elétrica
– Campos/RJ• 1889 – Primeira Usina Hidrelétrica: Marmelos – Zero.
Construída para abastecer 4 indústrias têxteis em Juiz de Fora. As sobras foram utilizadas na iluminação da cidade.
• OBS: Invenção da lâmpada incandescente (T. A. Edison –1878)
Fase 1 – Pioneirismo privado – até 1889(continuação)
• Desenvolvimento pouco atrasado em relação à experiência estrangeira.
• 1881 – Primeira usina Comercial UK• 1886 – Primeira usina Comercial USA
(alternada)• 1890 – Primeiras usinas de grande porte
Alemanha• Nesse período a grande diferenciação era a
baixa demanda no Brasil
Fase 2 – O Capital Estrangeiro – [1889-1939]
• 1892 – Bondes elétricos RJ – Railway Light & Power• 1899 – Light inicia exploração RJ-SP, mais Sorocaba e
Santos. Permaneceu até 1978.• 1924 – AMFORP inicia exploração no interior de SP,
grandes cidades e demais capitais. A estratégia foi de aquisição de todas as pequenas empresas locais e consolidação monopolística em sua área de atuação.
• Empresas estrangeiras contavam com remuneração de 12% e “Cláusula Ouro” e as nacionais com 5-10% em valores nominais
• 1934 – Código de Águas
Fase 2 – O Capital Estrangeiro – [1889-1939](continuação)
• LIGHT em SP:– Período 1901-1920 – Instalação de 68.000 kW
– 1924: Crise de abastecimento – “secas”
– 1924: Recebe novas concessões para exploração de potencial de geração
– 1925: Consolidação Projeto Cubatão – construção de Billings/Guarapiranga/Pinheiros, o que inviabilizou as obras de regularização do Tietê e o Projeto do Alto Tietê
– 1925: Inaugura Rasgão 22.000 kW
– 1928: Inaugura Cubatão 70.000 kW + expansão
– 1930: Apresenta Projeto Global da Serra do Mar
Fase 3 – A Intervenção Estatal – [1939-1964 ]
• 1934 – Código de Águas: início da intervenção estatal para regulamentação do Setor Elétrico– Estatização dos potenciais hidráulicos– Federalização das concessões– Tarifação pelo custo– Fiscalização contábil das empresas– Novas concessões somente a empresas nacionais– DNPM – órgão regulador do setor
• 1939 – Criação do CNAEE: Planejamento e Expansão
Fase 3 – A Intervenção Estatal – [1939-1964 ](Continuação)
• 1940-1960: Constituição de empresas independentes no interior de SP (CHERP, CELUSA, etc) posteriormente encampadas pela AMFORP-CPFL e CESP;
• Década de 50 – Criação das grandes estatais • 1952 – CEMIG – BNDE• 1954 – CHESF + Plano Federal de Eletrificação e
integração RJ/SP (50-60 Hz – Aparecida)• 1956 – CELG/CELESC
Fase 3 – A Intervenção Estatal – [1939-1964 ](Continuação)
• 1957 - FURNAS
• 1958 – Encampação CEERG/AMFORP
• 1958 – Encampação CEMAT (falida)
• 1959 – CEMAR
• 1960 – COELBA (MME)
• 1962 – Lei ELETROBRÁS
• 1963 – CEEE – CELF
Fase 3 – A Intervenção Estatal – [1939-1964 ](Continuação)
• Até 1963 o setor se caracterizava por sistemas elétricos eram de pequeno porte, espalhados pelo país e construídos e operados por empresas privadas e por algumas empresas estatais que se consolidavam. As redes de transmissão então existentes eram bastante modestas, à exceção daquelas que alimentavam São Paulo e Rio de Janeiro (Santana & Oliveira, 1999), além de não haver integração dos principais ramais.
Fase 3 – A Intervenção Estatal – [1939-1964 ](Continuação)
• Grupo Light – consolidação– 1942: Inversão do Rio Pinheiros– 1940-1948: explosão de consumo em SP– 1950: Light “solicita” racionamento (secas)– 1954: Racionamento generalizado. Apesar da
vedação do Código de Águas, recebe novas concessões
• Térmica de Cubatão• Interligação RJ/SP• Usina Henry Borden (subterrânea) – 390.000 kW
– 1954: Obtém autorização para empréstimos internacionais
Fase 3 – A Intervenção Estatal – [1939-1964 ](Continuação)
• Grupo Light – consolidação
• 1954 (RJ)– Desvio do Rio Pirai para Nilo Peçanha – 330.000 kW
– Ampliação Ribeirão das Lages ( bombeamento consome 129.000 kW para geração de 720.000 kW)
– Tais obras impedem a construção da Usina Caraguatatuba de 750.000 kW
• 1955: Light solicita concessão projeto ITAIPU
• 1964: Participação em grandes obras: usinas de Furnas e Peixoto (1.677.000 kW)
Fase 4 – A Estatização [1964-1993 ]
• 1964 - Instalação da Eletrobrás (projeto de GV em 1954 e instituição por Lei em 1962)
• 1964 – MME e FFE
• 1965 – DNAE
• 1965 – Estatização ELETROSUL – CELPE – CPFL
• 1966 – Criação CESP (reunindo USELPA, CHERP e CELUSA) e EXCELSA
• 1968 – Decisão por ANGRA
• 1969 - DNAEE
Fase 4 – A Estatização [1964-1993 ](continuação)
• Recuperação tarifária: Entre 1964 e 1967 as tarifas foram reajustadas em média em 62,4% ao ano, enquanto a inflação cresceu em média 39% ao ano (Borestein & Camargo, 1997).
• SIN: época de grandes investimentos em Transmissão e coordenação (GCOI )
• Consolidação do Modelo Estatal “híbrido”: empresas federais são responsáveis pela geração e transmissão e as empresas estaduais assumem a função da distribuição da energia ao consumidor final.
•
ELETROACRE CERON CEMAT
ENERSUL
ELETROSUL COPEL
CELESC
CEEE- CO-NN -GS
CER CEA CELPA
CEAM
CELTINS CEMAR CHESF CEPISA COELCE COSERN
SAELPA
CELPE
CEAL
ENERGtIPE
COEtLBA
CELGCEBCEMIG/CFLCL
ESCELSA LIGHT FURNASCERJ/CEF
CESP/ELEKTRO ELETROPAULO/BANDEIRANTECPFL / GRUPO REDE / CMS / Sta cruz
ELETRONORTE
Fase 4 – A Estatização [1964-1993 ](continuação)
• 1973 – Choque do Petróleo - decisão de barateamento da eletricidade como compensação pelo aumento dos custos energéticos.
• 1973 – Plano 90 (Itaipu) – decisão de forte expansão do setor elétrico (capacidade de geração transmissão e consumo). Grandes obras civis
• Endividamento do setor elétrico – utilizado como fonte de empréstimos em dólares.
Fase 4 – A Estatização [1964-1993 ](continuação)
• Equalização tarifária (1973) – benefício aos consumidores de distribuidoras de alto custo ou isoladas. Expansão da ocupação de território.
• Descontos por blocos de consumo a todos os consumidores residenciais.
• Reajuste tarifário contido para controle da inflação (a tarifa de 1979 correspondia a 76% da tarifa de 1995).
Fase 4 – A Estatização [1964-1993 ](continuação)
• Situação em 1985:– Esgotamento político do modelo estatal.– Grande endividamento do setor elétrico (intra e
extra setorial). Paralisação de obras.– Recessão econômica e baixo consumo.– ISEB com excesso de capacidade de geração no
período 1980-1990, pela recessão econômica e finalização de grandes obras de geração.
– Tarifas depreciadas por sucessivos reajustes abaixo da inflação.
Fase 4 – A Estatização [1964-1993 ](continuação)
Tarifa média por setor (US$/MWh)
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1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992
Residencial Comercial Industrial
Fase 5 – Desestatização [pós 1993 ]
• 1993: Preparação para processo de privatização
• 1993: Saneamento financeiro da ISEB (Lei 8631) com dívida reduzida a 14,43%. Fim da equalização tarifária
• 1994: Início de ampla recuperação tarifária
• 1995: Aprovação da privatização – Lei 8987/95
• 1997: Nove distribuidoras foram privatizadas
• 1998: Cinco distribuidoras privatizadas
• 1999: MAE e ANEEL
Fase 5 – Desestatização [pós 1993 ]
Tarifa residencial média - US$/MWh
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1974
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
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