Metodologia Científica Editoração dos Trabalhos Científicos

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Metodologia Científica

Editoração dos Trabalhos Científicos

Este texto procura apresentar orientações rigorosamente embasadas nas normas ABNT. Mas nem tudo está prescrito pelas normas e, por isso, há espaço para liberdade do autor e mesmo para modelos alternativos de apresentação. Detalhes omitidos, nesta apresentação didática, deverão ser buscados no próprio texto das normas. Cabe lembrar que reedições futuras das normas ABNT poderão trazer pequenas alterações às orientações.

Partes de um trabalho acadêmico, sua seqüência e obrigatoriedade

As partes que compõem um trabalho acadêmico são denominadas, seqüenciadas e prescritas pela Norma NBR 14724, na qual baseia-se o quadro a seguir. Elementos pré-textuais são as partes que identificam o trabalho e informam o leitor sobre sua natureza, finalidade, instituição, autoria, composição das partes etc.

Elementos textuais são as partes principais do trabalho, o texto em que serão expostas e discutidas as idéias que o autor quer transmitir. Elementos pós-textuais informam as fontes que serviram de referência ao autor e acrescentam informações suplementares que enriquecem a compreensão do leitor. Um trabalho acadêmico bem composto e apresentado é aquele que contém os elementos obrigatórios e, ao menos, os principais elementos opcionais.

Elementos pré-textuais

Capa Obrigatória

Lombada Opcional

Folha de Rosto Obrigatória

Errata Opcional

Folha de Aprovação

Obrigatória

Dedicatória Opcional

Agradecimen-

tos

Opcional

Elementos pré-textuais

Epígrafe Opcional

Resumo em Português

Obrigatório

Resumo em língua estrangeira

Obrigatório

Lista de Ilustrações

Opcional

Lista de abreviaturas e siglas

Opcional

Lista de símbolos

Opcional

Sumário Obrigatório

Elementos Textuais

Introdução Obrigatório

Seções do Texto (Desenvolvi-

mento

Obrigatório

Conclusão Obrigatório

Elementos

Pós-textuais

Referências Obrigatória

Glossário Opcional

Apêndice(s) Opcional

Anexo(s) Opcional

Índice Opcional

Contracapa Obrigatório

Observação importante Trabalhos "escolares", isto é, aqueles que são entregues às disciplinas dos cursos de graduação para avaliações regulares, podem receber uma apresentação mais simples. Nesse caso, além dos elementos opcionais, podem ser dispensados, também, os resumos em português e em língua estrangeira; a folha de aprovação deve ser também adaptada, retirando-se as menções à banca e seus membros.

Papel, fontes, cores, margens, paragrafação e

espacejamento

Os trabalhos devem ser apresentados em papel A4 (21,0 cm x 29,7 cm), de cor branca, digitados ou datilografados apenas numa das faces da folha. Não há especificação de gramatura do papel. Recomenda-se o uso de fonte (tipo de letra) de tamanho 12 para o texto e de tamanho menor (a experiência sugere 10 ou 11) para citações longas, notas de rodapé, paginação e legendas das ilustrações e tabelas.

As normas oficiais não determinam o tipo da fonte, podendo ser escolhida pelo autor. Em geral, utilizam-se as mais conhecidas, como Times New Roman ou Arial. A utilização conjunta de várias fontes ou de fontes exóticas deve ser evitada. O texto deve ser impresso em tinta preta, o que facilita a leitura, reservando outras cores para eventuais ilustrações.

Todas as folhas devem respeitar margens superior e esquerda de 3 cm e margens inferior e direita de 2 cm. O recuo à esquerda, para sinalizar o início do parágrafo, não é obrigatório, mas sua utilização assinala, com clareza, o início de um novo parágrafo, evitando confusão visual. Um modo alternativo de distinguir os parágrafos é alinhá-los na margem esquerda e separá-las entre si por dois espaços.

O espacejamento entre as linhas do texto deve ser de 1,5.

. Entretanto, há diversas situações em que deve ser simples: citações com mais de três linhas; notas de rodapé; referências; legendas das ilustrações e das tabelas; natureza, objetivo, instituição e área de concentração do trabalho (constantes da folha de rosto e da folha de aprovação). O autor fica livre para justificar ou não a mancha gráfica (alinhar o texto nas duas margens verticais), mas esse procedimento melhora muito a aparência final do trabalho. Referências devem ser alinhadas apenas à esquerda.

Capa A capa de um trabalho não é considerada folha,

mas proteção externa. Contudo, deve portar as informações indispensáveis à sua identificação, na ordem abaixo descrita:

Nome da instituição (opcional); Nome do autor do trabalho (o aluno); se houver

mais de um autor, seus nomes deverão aparecer em ordem alfabética;

Título do trabalho; Subtítulo, se houver; Número do volume, caso haja mais de um; Cidade onde se situa a instituição; Ano da entrega.

A capa respeita as mesmas margens previstas para o trabalho.

Não é numerada nem contada como folha. Como já mencionado acima, o projeto gráfico não é prescrito pela norma. Assim, o autor fica livre para utilizar letras maiúsculas ou minúsculas na capa e fontes de tamanho 12 ou maior. Os exemplos seguintes contêm duas sugestões que consideramos compatíveis com a tradição e com o bom senso. Nelas, utilizamos letras maiúsculas, fonte 14, negrito e centralização para os nomes de autor( es) e instituição; letras maiúsculas, fonte 16, negrito e centralização para o título do trabalho; letras maiúsculas e minúsculas, fonte 16, negrito e centralização para o eventual subtítulo; letras maiúsculas e minúsculas, fonte 14, negrito e centralização para a cidade e para o ano de entrega.

NOME DO AUTOR DO TRABALHO

TÍTULO DO TRABALHO

Subtítulo se houver

Campinas 2004

NOME DA INSTITUIÇÃO

NOME DO AUTOR DO TRABALHO

TÍTULO DO TRABALHO

Subtítulo se houver

Campinas 2004

Lombada é a parte da capa do trabalho que é dobrada, de forma a reunir as margens internas das folhas que constituem o trabalho. Apesar de ser opcional, pode se tomar um importante elemento de identificação de um trabalho acadêmico, especialmente, quando ele está depositado numa biblioteca, entre muitos outros volumes. Na lombada, devem ser impressos o nome do autor do trabalho, o título do trabalho e os elementos alfanuméricos de identificação, como, por exemplo, o número do volume. O nome do autor e o título do trabalho devem ser impressos longitudinalmente, de modo que se estendam do alto para o pé da lombada, permitindo leitura normal quando o volume estiver na posição horizontal com a face voltada para cima. Como na capa, não há prescrição de fontes ou de caracteres maiúsculos ou minúsculos para essa impressão.

Folha de rosto Como sugere o nome, é a primeira folha do trabalho. Por isso, é contada como folha número 1, mas não leva marcado esse número. Contém os mesmos elementos da capa (exceto o nome da instituição, que é deslocado), acrescido da indicação da natureza, finalidade, instituição de apresentação e, se for o caso, área de concentração. Nos casos em que couber, leva, ainda, o nome do orientador. Esses elementos são grafados em espacejamento simples e alinhados do meio da mancha gráfica para a margem direita.

Teses, dissertações e trabalhos que serão encaminhados à biblioteca deverão conter, ainda, no verso da folha de rosto, a ficha catalográfica, em geral, elaborada por bibliotecários, segundo o Código de Catalogação Anglo-Americano.

Figura 3. Modelo de folha de rosto.

NOME DO AUTOR DO TRABALHO

TÍTULO DO TRABALHO Subtítulo se houver

Trabalho de aproveitamento apresentado à disciplina Metodologia do Trabalho Científico do curso de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, sob orientação do Prof. Ms. Paulo Pozzebon, para obtenção de créditos.

Campinas 2007

Errata A errata é uma lista opcional que indica ao leitor a ocorrência de erros que passaram despercebidos pela revisão do trabalho. Em geral, é uma folha avulsa acrescentada ao trabalho após a impressão; deve ser inserida entre a folha de rosto e a folha de aprovação, e seu texto deve ser organizado como no exemplo a seguir:

ERRATA

Folha Linha Onde se lê Leia-se 32 3 publiacao publicação 41 7 anatomia autonomia

63 12 1967 1969

Folha de aprovação É a folha em que os membros da banca, que julgam o trabalho, registram a sua aprovação, assinando-a. Podem, eventualmente, registrar, nessa folha, os seus pareceres. Os elementos constitutivos são: nome do autor ou autores, título por extenso, subtítulo se houver, natureza e objetivo do trabalho, nome da instituição a que é submetido, área de concentração, data de aprovação, nome, titulação, assinatura e instituição de origem dos membros da banca examinadora. Essa folha não recebe título.

Dedicatória É opcional. Na dedicatória o autor oferece seu trabalho a al guém. Pode, igualmente, homenagear alguém. Se houver dois ou mais autores, podem fazê-Io em conjunto ou separadamente. A for ma de apresentação é livre, mas tem se tomado freqüente a disposi ção em forma de retângulo no canto inferior direito da folha. Não recebe qualquer título. Devem ser evitadas frases piegas.

Agradecimentos

É opcional. Na maioria dos casos são feitos a pessoas que contribuíram, de alguma forma, para a realização do trabalho. Entretanto, pode ser uma obrigação ética agradecer a instituições que colaboraram ou financiaram a pesquisa. Recebe o título "Agradecimentos" centralizado, sem numeração. Evite, aqui, também, o texto piegas.

AGRADECIMENTOS

A realização desse trabalho tornou-se possível devido à colaboração pronta e generosa de muitas pessoas. Destaco em especial as orientações da Profa. Dra. Isabel... E as críticas e sugestões do Prof. Dr. Pedro...

Epígrafe Consiste na apresentação de uma citação, com indicação de autor (não é necessária referência bibliográfica), que esteja relacionada com a matéria do trabalho. Sua disposição é livre, mas vem se tomando costume apresentá-Ia no canto inferior direito da folha, em itálico. Com a mesma finalidade, pode incluir, também, alguma figura ou fotografia. Não recebe a palavra "epígrafe" como título. As epígrafes longas costumam não ser lidas.

Mar Português

Ô mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantosfilhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar, Para quefosses nosso, ó mar. Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa

Resumo em português O resumo é um texto de um só parágrafo, contendo, no máximo, 500 palavras, em que são apresentados, por meio de frases concisas e objetivas, a problemática tratada, a metodologia utilizada, os resultados e conclusões alcançados. Em seguida, são apresentadas palavras-chaves, representativas do conteúdo do trabalho, que servirão para identificá-lo. O título "Resumo" não é numerado e aparece centralizado.

RESUMO

O presente trabalho trata do conceito de linguagem proposto por Hans-Georg Gadamer, na 3" Parte de Verdade e Método, com o intuito de superar o reducionismo do Método Científico e mostrar sua incapacidade para atingir a Verdade. Pretende-se, a partir de Gadamer, chegar à compreensão da linguagem e do diálogo hermenêutico como único caminho possível para a compreensão do Ser. Trata-se, portanto, de elevar a experiência hermenêutica à categoria de Ontologia. Palavras-chave: Gadamer, linguagem, experiência hermenêutica, verdade, ontologia hermenêutica.

Resumo em língua estrangeira Escrito em uma língua estrangeira moderna (a NBR 14724 exemplifica com o inglês Abstract, o francês Résumé e o espanhol Resumen), possui as mesmas características do resumo em português e é seguido de palavras-chaves vertidas à língua escolhida.

ABSTRACT

This article discusses the concept of language proposed by Hans George Gadamer in Part ITI of "Truth and Method", with the objective of surpassing the reduction of the Cientific Method and its incapacity to reach the truth. It intends, based ofGadamer's ideas, to arrive at a comprehension of language and hennetic dialog as the only possible way to comprehend being. Thus, it deals with the elevation of the henneneutic experience to the category of ontology.

Key words: Gadamer, language, hermeneutic experience, truth, hermeneutic ontology.

Lista de ilustrações Apresenta, segundo a ordem de aparecimento no texto, o tipo e o título específico de cada ilustração, seguido do respectivo número da página em que aparece. Em trabalhos que contêm muitas ilustrações, é recomendável elaborar uma lista própria para cada tipo: desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 - Classificação das doenças tropicais .............................................17

Quadro 2 - Cronologia do aparecimento dos principais métodos terapêuticos..29 Gráfico 1 - Incidência da Dengue no Brasil- década de 90...........................35

Lista de tabelas

Tabelas são recursos demonstrativos autônomos, que apresentam informações tratadas estatisticamente. Devem, portanto, conter quantidades e não devem ser confundidas com quadros conceituais. A lista de tabelas apresenta, segundo a ordem de ocorrência no texto, o nome específico de cada tabela, seguido do respectivo número da página em que aparece.

.

. 23

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Distribuição de salários no Brasil, por sexo e faixa etária ............15 Tabela 2 - Remuneração direta dos empregos criados nos anos 2000

e 200 I ...............................................18 Tabela 3 - Variação das principais formas de remuneração indireta na indústria paulista, anos 1996-200 I .. 23

Lista de abreviaturas e siglas É opcional, mas faz-se necessária quando o trabalho recorre com freqüência a siglas e abreviaturas para evitar repetição de nomes e expressões longas. Torna-se indispensável se o trabalho for extenso. A lista deve conter a relação, em ordem alfabética, das siglas e abreviaturas utilizadas no trabalho, acompanhadas dos correspondentes significados.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABF - Academia Brasileira de Filosofia

AFZ - Assim Falava Zaratustra (F. Nietzsche)

CAPES - Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior

DS- Les Degrés du Savoir (1. Maritain)

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Lista de símbolos As relação de símbolos utilizados no trabalho deve seguir a ordem em que aparecem, seguidos dos respectivos significados.

Sumário Sumário é a apresentação, meramente indicativa, das partes em que se divide um trabalho. Deve enumerar as seções e suas subdivisões pelos respectivos títulos e por sua numeração progressiva, na mesma ordem, com a mesma grafia com que aparecem no corpo do texto. Acompanham essas divisões os números de páginas que lhes correspondem. Esses números podem indicar tanto as páginas em que se inicia cada seção, quanto as páginas de início e fim de cada seção, com números separados por hífens. As normas que regem o tema não determinam o uso de pontos, espaços ou vírgulas para separar o título de cada parte da correspondente indicação de página.

Introdução É elemento indispensável a qualquer texto, pois apresenta informações que permitem ao leitor compreender melhor o texto que lerá. A introdução de um trabalho científico pode apresentar diferentes componentes, conforme o modelo utilizado para a construção do trabalho. É costumeiro apresentar o tema principal abordado no trabalho, os objetivos da pesquisa sobre o tema, o problema a ser investigado, a hipótese, a indicação da metodologia utilizada e a indicação sintética das grandes partes do texto (o que não é descrever cada capítulo). A introdução é, ainda, a oportunidade para justificar a escolha do tema, do problema e, eventualmente, dos objetivos e da metodologia.

Seções do texto (capítulos) São as partes principais do trabalho, nas quais são expostas e discutidas, em detalhes, todas as informações factuais e conceitos envolvidos no tratamento do tema. Seções primárias (capítulos) são unidades temáticas. São utilizadas para tratar, extensivamente, os temas (matérias) principais dos trabalhos. Por isso, seu número varia conforme as exigências do tratamento das matérias.

Uma seção secundária é uma subdivisão do capítulo. Serve para indicar e desenvolver os pontos que, em seu conjunto, constituem a unidade temática do capítulo. Dentro da seção secundária, bem como de suas eventuais subdivisões, far-se-á a exposição dos temas, sua discussão, e a elaboração progressiva de conclusões.

Subdivisões não devem ser abertas sem que haja a necessidade de, pelo menos, duas delas para tratar, satisfatoriamente, a matéria. Contudo, deve-se evitar um texto com poucas subdivisões, bem como um texto, excessivamente, subdividido. Não se utilizam subdivisões para listar elementos que não estejam logicamente ordenados.

O primeiro parágrafo de uma seção primária (capítulo) destina-se a esclarecer qual será o tema e os objetivos da seção e estabelecer as relações da seção que se inicia com as precedentes e as seguintes. Portanto, o tema e sua importância já são enunciados no primeiro parágrafo, mas o desenvolvimento do capítulo inicia-se depois, em geral, dentro de uma seção secundária.

Uma seção secundária é uma subdivisão do capítulo. Serve para indicar e desenvolver os pontos que, em seu conjunto, constituem a unidade temática do capítulo. Dentro da seção secundária, bem como de suas eventuais subdivisões, far-se-á a exposição dos temas, sua discussão, e a elaboração progressiva de conclusões.

Subdivisões não devem ser abertas sem que haja a necessidade de, pelo menos, duas delas para tratar, satisfatoriamente, a matéria. Contudo, deve-se evitar um texto com poucas subdivisões, bem como um texto, excessivamente, subdividido. Não se utilizam subdivisões para listar elementos que não estejam logicamente ordenados.

O primeiro parágrafo de uma seção primária (capítulo) destina-se a esclarecer qual será o tema e os objetivos da seção e estabelecer as relações da seção que se inicia com as precedentes e as seguintes. Portanto, o tema e sua importância já são enunciados no primeiro parágrafo, mas o desenvolvimento do capítulo inicia-se depois, em geral, dentro de uma seção secundária.

A seção primária, sendo uma unidade temática, deve receber, também, uma conclusão breve que terá, como finalidade, retomar, resumidamente, o que foi obtido por meio das discussões desenvolvidas na seção. Permitirá não apenas relacionar o conteúdo da seção com a seguinte, mas também auxiliar a esclarecer o leitor. Mesmo sem receber o título explícito de "conclusão", será indicada por expressões como "concluindo esta seção, pode-se afirmar que ... ", ou ainda "em conclusão, observou-se que ... ", ou mesmo "o que até aqui se obteve ... ".

As seções organizam-se segundo a numeração progressiva. Seções primárias (capítulos) são numeradas com algarismos arábicos, separados dos respectivos títulos apenas por um espaço equivalente a um caractere (não se utilizam pontos, nem hífens, nem parênteses). O conjunto formado pelo título e sua numeração são alinhados junto à margem esquerda, segundo prescreve a NBR 14724. Entretanto, a confusão visual, que freqüentemente daí resulta, justifica o uso de recuos nos títulos das subseções, desde que não sejam excessivos. A mesma norma não exige mais o recuo do título da seção primária em relação à margem superior (8 cm). Dada a liberdade de projeto gráfico, esse recuo não está proibido.

Os títulos das seções e subseções devem ser destacados por meio de recursos gráficos como negrito, itálico, redondo, letras maiúsculas, minúsculas etc. No entanto, o modo de operar a distinção não é estabelecido, claramente, pelas normas que tratam desse assunto. Ao autor do trabalho é, portanto, facultado invocar a prerrogativa de criar o projeto gráfico e, por meio dela, fixar seu modo de distinguir os títulos das seções. As formas de destaque dos títulos, apresentadas neste trabalho, são meras sugestões, não constituindo prescrição. Entretanto, a forma de destaque adotada deverá ser utilizada consistente e uniformemente ao longo de todo o trabalho.

Os títulos das seções e subseções devem ser destacados por meio de recursos gráficos como negrito, itálico, redondo, letras maiúsculas, minúsculas etc. No entanto, o modo de operar a distinção não é estabelecido, claramente, pelas normas que tratam desse assunto. Ao autor do trabalho é, portanto, facultado invocar a prerrogativa de criar o projeto gráfico e, por meio dela, fixar seu modo de distinguir os títulos das seções. As formas de destaque dos títulos, apresentadas neste trabalho, são meras sugestões, não constituindo prescrição. Entretanto, a forma de destaque adotada deverá ser utilizada consistente e uniformemente ao longo de todo o trabalho.

Veja o exemplo: 1 SEÇÃO PRIMÁRIA (tamanho de letra 12 ou 14, negrito, maiúsculas) 1.1 Seção secundária (12 ou 14, negrito, inicial maiúscula) 1.1.1 Seção terciária ( 12, itálico) 1.1.1.1 Seção quaternária (12, letras comuns) Os títulos das subseções (secundárias, terciárias etc.) devem ser separados do texto das seções anteriores ou seguintes por dois espaços duplos. A forma mais eficaz de destaque é separar um título do texto que o precede por dois espaços duplos

Conclusão A conclusão do trabalho não é uma despedida. É um componente importante para a compreensão do conjunto do trabalho. Para maior clareza do leitor, aqui se reapresentam, de modo ordenado, as conclusões parciais, correspondentes aos objetivos ou às hipóteses, que foram elaboradas ao longo das seções. Deve apresentar, como elementos mínimos, uma retomada das principais idéias tratadas nas seções, a repetição da tese demonstrada ou das conclusões obtidas e, finalmente, palavras de encerramento do trabalho. Nenhuma nova informação deve ser apresentada na conclusão.

Os conteúdos da introdução e da conclusão, apesar de aparente proximidade, não devem se repetir; essas partes constituem uma espécie de "negativo" uma da outra: a primeira enuncia sobre que tratará o trabalho e como o fará; a segunda retoma, pelo conteúdo, o que concluíram as discussões. A palavra "Conclusão" serve de título a esta parte do texto. Não sendo numerada, deve vir centralizada.

Referências Nessa parte do trabalho, relacionam-se as publicações e os documentos efetivamente utilizados para sua elaboração, mesmo que não tenham sido citados no texto. Não deve ser confundida com uma bibliografia sugerida para aprofundamento. As referências devem ser apresentadas, conforme o sistema de citações adotado no corpo do texto, ou seja, em ordem alfabética ou em ordem numérica, acompanhando os números de chamada inseridos no texto. Devem ser alinhadas à esquerda e digitadas em espaço simples, cada uma separada da subseqüente por um espaço duplo. A elaboração das referências deve seguir a NBR 6023 de Agosto de 2002. O título "Referências", não sendo numerado, deve ser centralizado.

REFERÊNCIAS CARVALHO, Maria Cecília Maringoni de (org.). Construindo o saber: metodologia científicas fundamentos e técnicas. 4. ed., Campinas: Papiros, 1994. CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A. Metodologia científica. 5. Ed., São Paulo: Prentice Hall, 2002. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4.ed., São Paulo: Atlas, 1994. KOCHE, José Carlos. Fundamentos de metodofogia científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 14. Ed., Petrópolis: Vozes, 1997. MATIAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na era da injormática. São Paulo: Saraiva, 2002.

Glossário É uma lista que apresenta, em ordem alfabética, conceitos e termos técnicos utilizados no trabalho, seguidos dos respectivos significados.

Apêndice Apêndice é um texto ou documento, elaborado pelo(s) mesmo(s) autor(es) do trabalho, para oferecer ao leitor informações suplementares ou para enriquecer o trabalho. Não se trata de parte do trabalho, mas de acréscimo ao trabalho já considerado completo. Pode haver mais de um apêndice. Para identificá-Ios, no sumário e no texto, deve-se utilizar letras maiúsculas consecutivas, seguidas dos respectivos títulos, intercalados por um travessão. A numeração de suas folhas deve ser contínua à do trabalho.

Veja o exemplo abaixo: APÊNDICE A - A utilização da obra de Jacques Maritain no Brasil, segundo

seus principais comentadores brasileiros

Anexos Anexos são textos (que não fazem parte do trabalho) ou documentos que servem para ilustrar, comprovar ou fundamentar o trabalho. Diferenciam-se do apêndice por não serem elaborados pelo mesmo autor do trabalho. São freqüentemente utilizados para ajuntar ao trabalho documentos como autorizações, pareceres de Comitê de Ética em Pesquisa, artigos de jornais, catálogos ou cópias de documentos históricos. Sua apresentação é semelhante à do apêndice; utiliza-se letra maiúscula, travessão e título. A numeração das folhas dos anexos deve ser contínua à do trabalho.

ANEXO A - Coletânea de artigos inéditos e de correspondência entre João José de Souza e Silva e seus amigos

Índices Índices são recursos de localização de palavras ou frases contidas no texto. Têm a forma de listas de palavras, em ordem alfabética, que indicam a página do texto em que se encontram as informações buscadas. Podem ser organizados segundo diferentes critérios: índice de nomes de autores citados, índice de assuntos, índice de obras mencionadas, ou outros. A sua utilização é conveniente em trabalhos grandes que contenham numerosas menções a pessoas, livros, conceitos, localidades etc.

Títulos não numerados Como se pode notar, alguns títulos de

partes do trabalho não são numerados, a saber, Agradecimentos, Resumos,

Listas, Sumário, Introdução, Conclusão e Referências. Por não serem

numerados, devem vir centralizados. Sugere-se escrevê-Ios em letras

maiúsculas destacadas com negrito.

Prefácio Um Prefácio é um texto de algumas páginas em que um especialista da área apresenta ao leitor o trabalho de um outro autor. É mais propriamente direcionado a publicações e, portanto, sua utilização, raramente, cabe num trabalho acadêmico.

Livros não são modelos A forma de apresentação dos livros e revistas segue normas próprias. Portanto, livros não servem de modelo para apresentação gráfica de trabalhos científicos.

O papel do bom senso Todas essas normas e indicações não dispensam uma boa dose de bom senso, seja para os casos omissos, seja para os casos em que as determinações das normas, eventualmente, não se apliquem. Nessas situações, deve-se buscar sempre a clareza e a precisão das· informações, se necessário, acrescentando observações explicativas ao texto para orientar o leitor. Lembre-se de que o leitor não percorreu as mesmas etapas da elaboração da pesquisa, mas deve receber todas as informações para que possa julgar suas conclusões, concordando com elas ou formulando outras conclusões.

POZZEBON, Paulo Moacir Godoy (org.) Mínima metodológica. Campinas: Alínea, 2004.

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