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JSD Regional de Lisboa
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Moção Estratégica Global | JSD Regional de Lisboa
Criar um Futuro: Com Todos, Para Todos
Junho 2012
Índice 1. Mensagem da Candidata
2. PENSAR-NOS
Qual é o papel de uma Distrital?
Jovens e Política combinam?
Manutenção e funcionamento da Engrenagem
Autárquicas: Objectivo 2013.
3. PENSAR A REGIÃO
Introdução
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Bem Estar e Qualidade de Vida
Cultura
Turismo
Mar e Rio
Emprego, Empreendedorismo e Inovação
Educação
Habitação
Transportes
As respostas da Comunidade
4. PENSAR A SOCIEDADE
– Pistas de reflexão na Mudança de Paradigma
5. A NOSSA EQUIPA
Lista Candidata à Comissão Política Regional de Lisboa AM
Lista Candidata à Mesa do Conselho Regional de Lisboa AM
6. AGRADECIMENTOS
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Criar um Futuro: Com Todos, Para Todos
Junho 2012
MENSAGEM DA CANDIDATA
“Sê a Mudança que queres ver no Mundo.”
Ghandi
Caros Amigos e Companheiros,
Há mais de um ano e meio atrás, quando me candidatei à Comissão Política Regional de Lisboa
pela primeira vez, fi-lo com duas convicções profundas:
a convicção de que era possível trabalhar com o Distrito de Lisboa para o engrandecimento da
nossa JSD junto de todos e dos Jovens em particular;
e a convicção de que isso só acontece verdadeiramente quando a JSD nos merece o maior
respeito e carinho possíveis. Ser JSD sem o brilho nos olhos que nos diferencia, não é
verdadeiramente ser Militante da nossa Jota.
Hoje, no momento em que me recandidato, estou ainda mais convicta disso mesmo.
A lista que tenho a honra de encabeçar, integra em si todos os Concelhos da nossa Regional e
isso só acontece porque foi possível pensar e trabalhar JSD respeitando todos na sua
diversidade de opiniões, perspectivas ou facções políticas. Fomos exemplo, Concelhias e
Regional, da concepção de JSD como um bem maior que cada um dos nossos interesses
próprios. E é isso que nos engrandece.
Aqueles que integram esta lista partem de pontos diferentes: pontos diferentes da Região,
pontos diferentes da sua militância; pontos diferentes de origem político-partidária; pontos
diferentes da experiência de JSD. Mas têm todos uma mesma característica que os torna
ímpares e que nos une acima de tudo: a forma como sentimos e practicamos a nossa Jota.
Dizia Francisco Sá Carneiro no Congresso do PSD, em 1978 que viria o tempo “(…)em que os
partidos se podem preocupar sobretudo com o poder. Neste momento é essencial que se
preocupem acima de tudo com os homens: defendendo os seus direitos, liberdades e
garantias.”
Não pretendo aqui tecer consideraçãoes quanto à postura que os Partidos devem ter ao dia de
hoje, se considerarmos o pressuposto de que decorre esta frase. Mas há uma coisa que para
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mim é muito clara: o centro da preocupação da JSD não poderá ser nunca o exercício de
poder, terá sempre de ser a defesa dos direitos, liberdades e garantias dos Jovens. Seja qual
for o tempo em que vivemos.
Vem daí o apelo mais fervoroso que tenho feito: àqueles que interesse, em primeiro lugar, o
poder político-partidário, o seu exercício e a sua manutenção, ou a instrumentalização dos
mecanismos da estrutura juventude partidária para o objectivo da comodidade política dentro
do Partido - não sejam da JSD.
Ser da JSD é uma escolha. Mas aqueles que fizerem essa escolha baseados nesses princípios,
nunca conhecerão a sua essência. Porque os olhos só brilharão quando os seus objectivos
pessoais forem cumpridos; os olhos não brilharão quando veem uma multidão laranja a gritar
JSD; os olhos não brilharão depois de dias e dias mal dormidos de uma campanha só por
verem que os militantes da JSD continuam a estar incansavelmente presentes; os olhos não
brilharão por ouvirem falar jovens militantes que não conhecem de lado nenhum e lhes
reconhecerem a chama inconfundível da JSD que nunca baixa os braços; os olhos não brilharão
quando ouvirem os protagonistas da História da JSD contarem as suas histórias na primeira
pessoa.
E se os olhos não brilharem por coisas como esta, a JSD, como eu a conheço, defendo e
acarinho, não resulta. Porque a “camisola” da JSD tem tamanho específico e não serve a
qualquer um – é na dimensão da capacidade com que ousamos sonhá-la.
No exercício da nossa vida política dentro da Jota, temos vitórias e derrotas. Mais vitórias que
derrotas, espera-se. Mas no fim das contas, aquilo que as pessoas à nossa volta recordarão é a
forma como a vivemos e o que demos de nós; a forma como batalhámos pelas nossas
convicções; a forma como convivemos com convergências e divergências; a forma como
liderarmos, ou não, pelo exemplo. Recordarão de nós as escolhas pelo facilitismo ou pela
preservação da lealdade, recordarão de nós as escolhas que fazemos pela indiferença ou pela
indignação. Recordarão de nós as vezes em que privilegiámos o mérito ou o compadrio.
Recordarão de nós a coerência das atitudes com os princípios e valores que defendemos. E é
cada um de nós que escolhe a forma como quer ser recordado.
O exercício do poder é tão somente isso mesmo: a possibilidade de comprovar que pomos em
prática aquilo que defendemos. E só vale de alguma coisa quando alguma coisa boa para
outros, que não nós próprios, daí resulte.
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Criar um Futuro: Com Todos, Para Todos
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Dizia Jean Monnet: “Não sou pessimista nem optimista: sou determinado.” Essa é a JSD como
eu a vejo: determinada. Sem baixar os braços porque desalentada de pessimismo, sem baixar
os braços porque confortável de optimismo.
A JSD é aquilo que fizermos dela. E esta é a JSD Regional de Lisboa que eu quero: determinada.
Para CRIAR UM FUTURO: Com Todos, Para Todos.
“Nós vamos pegar o Mundo pelos cornos da desgraça e fazermos da tristeza, Graça.” Ary dos Santos
Joana Barata Lopes.
(Candidata à Comissão Política Regional de Lisboa AM da JSD)
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PENSAR-NOS
“Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo.”
Platão
Qual é o papel de uma Distrital?
Quando pensámos esta Moção de Estratégia Global, pensámos numa abordagem que pudesse
conter em si a própria essência da JSD, por um lado, e a especificação do que nos torna únicos,
por outro - a estruturação em Região.
Por um lado e como pedra de toque, estruturámos a Moção de Estratégia Global com a
terminologia Pensar. E não o escolhemos na divisão entre vertente prática ou vertente teórica,
pelo contrário. Só teria sentido que nos pensássemos em teoria para nos prepararmos para
actuar na prática.
Escolhemos Pensar pelo que isso significa em terminologia JSD: sem dogmas, sem verdades
inquestionáveis, sem tabus intransponíveis. Próprio de quem tem o mundo pela frente.
Já a questão da estruturação em Região é, mesmo dentro da JSD, uma noção nem sempre
consensual. Não representando directamente militantes ou território único, qual é o seu core?
Além do papel importantíssimo que uma Regional cumpre bidireccionalmente, na ligação com
a Nacional, é o facto de não sermos o primeiro ponto de contacto no acompanhamento e
representação dos militantes na base que nos permite o tempo e as condições necessárias
para desenvolver políticas que possam depois ser adaptadas para o uso específico de cada
Concelhia, na sua ligação a cada um dos seus militantes.
O trabalho de uma Regional é centrado nesse apoio e na missão de garantir, a todo o tempo,
as ferramentas necessárias, mais matérias ou mais formais, mais processuais ou mais de
conteúdo, para que cada uma das Concelhias que representa desempenhe o seu papel de
estrutura localmente ligada a cada um daqueles que nela militam.
É essa divisão de tarefas que possibilita que as Concelhias trabalhem o seu core político: a vida
do seu município e das suas freguesias.
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Mais ainda, cabe à Regional, nessa mesma visão global, garantir que as especificidades de cada
Concelhia não são impedimento (por caracterização político-partidária do território, por
exemplo) para o desenvolvimento da marca JSD. Manter o funcionamento da engrenagem é
estar atento a isto – as especificidades terão sempre de ser convertidas em oportunidades.
O ganho de escala é, justamente, a nossa característica mais importante. O facto de não
termos correspondência com um território único mas antes a um conjunto de vários
territórios, com as suas especificidades, é o que nos permite retirar o melhor dele, como um
todo. Compreensível e necessariamente, cada Concelhia tem a visão do território global
partindo do seu próprio Concelho.
Mas Regional representa o todo dos jovens de cada um dos seus 10 Concelhos.
Faixas Etárias
15-19 20-24 24-29 Jovens por Concelho % de Jovens no Concelho Residentes no Conselho
Amadora 8.549 9.087 11.084 28720 16,88% 170152
Azambuja 996 1.125 1.443 3564 16,27% 21902
Cascais 9.649 9.799 11.565 31013 16,31% 190116
Lisboa 19.586 20.840 27.345 67771 14,28% 474697
Loures 9.853 10.447 12.975 33275 17,25% 192901
Mafra 3.766 3.909 4.738 12413 16,74% 74169
Odivelas 7.465 8.252 10.648 26365 16,79% 156985
Oeiras 7.815 8.134 10.594 26543 15,36% 172779
Sintra 25.562 24.257 27.006 76825 16,77% 458085
Vila Franca de Xira 7.253 7.817 9.830 24900 17,16% 145088
TOTAL 331389 16,11% 2056874
Total Jovens Lisboa AM
331389 % Jovens em Lisboa AM vs Portugal
Total Residentes Lisboa AM
2056874 17,43%
Total de Jovens Portugal
1900816
% Jovens em Lisboa AM vs Residentes
Total Residentes Portugal
10637346
16,11%
Com as características de mobilidade da nossa Região, cada jovem não pertencerá,
exclusivamente, a um só território. A proximidade geográfica de cada um dos Concelhos da
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Regional de Lisboa dá ainda mais sentido à necessidade de uma visão supra municipal que
esteja preparada para os representar nessa rede. Foi essa a razão pela qual entendemos
abordar as temáticas políticas Pensando a Região.
JOVENS E POLÍTICA COMBINAM?
“Entre as brumas da memória Ergue-se a mesma história
Em repetições, Neste nobre povo,
Se o discurso não é novo Que sejam acções.
Tragam-me o Livro de Reclamações.” cantam os ANAQUIM
Quando tentamos perceber qual é a primeira preocupação que a JSD deve ter, a resposta vem
em uníssono – o distanciamento dos jovens e o sentimento de aversão aos partidos políticos e
às juventudes partidárias.
Foi também esse o mote que compunha a nossa génese: a necessidade de desmistificar,
através do exemplo, para podermos, pelo menos, comunicar. Parece-nos evidente que assim
seja: como podemos não nos preocupar com o facto dos jovens não quererem saber de nós se
nos arrogamos ser os seus representantes e agir em nome deles?!
Sobre esta matéria muito tem sido já dito. À pergunta evidente e necessária: “Como
invertemos a situação?”, seguem invariavelmente um conjunto de justificações. Os jovens não
querem saber porque estão acomodados; os jovens não querem saber porque têm o mundo à
distância de um clique e isso chega-lhes; os jovens não querem saber porque o Sócrates era
corrupto e agora somos todos; os jovens, os jovens, os jovens. E nós?
Nós, que nos candidatamos à JSD Regional de Lisboa, não nos arrogamos ter encontrado a
solução. Quem dera. Mas fomos nós, cada um dos militantes da JSD que, sendo também
jovem, escolheu fazer política partidária, escolheu militar na JSD. É nossa a responsabilidade
de inverter a situação, seja qual for a justificação que arranjemos para a opção deles.
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Talvez devêssemos começar por deixar de falar de “nós” e “eles”. Todas as pessoas são actores
políticos, o que difere é a especificidade do onde escolhemos sê-lo e a intensidade com que o
fazemos. A acrescer a isso e deitando por terra toda a teoria “da geração do comodismo e
facilitismo máximos” como resposta à nossa incapacidade para inverter a situação, o célebre
estudo encomendado pelo Sr. Presidente da República que consagra através de dados
estatísticos este afastamento diz, simultaneamente que esses mesmos jovens são cada vez
mais participativos em sede de associações juvenis. Que se organizam e movimentam e largam
os sofás em nome das causas com que se identificam. A questão torna-se clara: a juventude
portuguesa não se identifica connosco.
Daqui podemos decidir vários caminhos.
Podemos entender que, apesar de tudo, a JSD é a Juventude Partidária com que os Jovens
mais se identificam e manter-nos satisfeitos com isso.
Podemos entender que não tem mal que não se identifiquem, porque basta que nós saibamos
o bem que lhes fazemos.
Podemos entender que a JSD, então, não tem sentido, e optamos por nos organizarmos em
associações subordinadas a temáticas específicas que recolham adeptos específicos, até numa
base eventual de valores social-democratas.
Por exemplo.
Para nós, a JSD faz sentido. Porque a Política é a missão Nobre de servir a sociedade. Porque
acreditamos que o papel que assumimos na definição da Agenda dos decisores Políticos é a
forma de fazermos a diferença pela Juventude Portuguesa. Que é “nós” e “eles”.
Mas também para nós só faz sentido se não desistirmos nunca desta batalha de os liderar, de
facto. Não queremos que todos os Jovens portugueses militem em juventudes partidárias!
Queremos que, concordando ou não com os caminhos que propomos, vejam sentido na nossa
existência.
Para que os jovens se identifiquem connosco, saibamos nós sempre com que se identificam
eles. Não interessa o que nós achamos que os preocupa: interessa o que os preocupa
realmente.
Como vão os jovens identificar-se connosco, se nós não nos identificarmos com eles?
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Para que os jovens vejam sentido na nossa existência, possamos nós garantir e demonstrar, de
facto, que compreendemos o que sentem.
Só podemos mostrar caminhos e direcções DEPOIS de compreendermos o sítio onde estão.
A Juventude Portuguesa está indignada. Como poderia não estar, na iminência do desespero
de uma sociedade que, afinal, não tem nada do que lhes tinha prometido?
ANTES de bradarmos que essas promessas são inválidas porque não há dinheiro para as fazer
cumprir, demonstremos que também nós crescemos na miragem delas!
ANTES de culparmos as irresponsabilidades políticas daqueles que lhes hipotecaram o futuro e
clamarmos que temos soluções, façamos entender que queremos soluções porque o nosso
futuro também foi hipotecado!
Tentemos fazer ANTES isso tudo. Na tentativa de que DEPOIS lhes façamos sentido. Porque,
sentindo “eles” que compreendemos e sentimos isso tudo, podemos “nós” estar a lutar, de
facto, pela solução.
Com uma certeza que não admite hipocrisias: as estruturarias partidárias só vão parecer
diferentes da imagem que nos atribuem e repudiamos, sempre e só quando, efectivamente,
agimos de maneira diferente.
A JSD Regional de Lisboa não tem a fórmula mágica. E, não tendo a solução, sabemos que este
é o maior dos desafios e que cada momento terá de ser uma batalha incessante para o
enfrentar. Tentando e recomeçando. Por todos.
Manutenção e funcionamento da Engrenagem
No mandato passado, a Regional de Lisboa definiu um caminho Recuperar a Engrenagem,
Melhorar a Engrenagem e, fazendo-o, Reconquistar a Confiança dos Jovens.
Por essa razão, a mensagem mais importante que esteve subjacente a todo o projecto e que
direccionou o caminho desta Regional:
“Dignificar (Desmistificando!) para Promover. Recuperar a estrutura. Demonstrar utilidade.”
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Este foi e é o mote de orientação base aos quatro vectores estratégicos que constituíram a
nossa prioridade de acção: Educação, Autarquias, Formação e Acções e Campanhas. Um mote
que assenta intransigentemente em três valores: 1) o profundo respeito pela JSD; 2) a defesa
da Meritocracia; 3) a Nobreza da actividade político-partidária no serviço à sociedade.
Do ponto de vista prático, considerámos ainda noções fundamentais ao sucesso no
desempenho desta missão: 1) a noção de realismo e 2) a noção de exequibilidade, porque não
há perigo maior para um projecto que a desadequação da realidade, por um lado, e a falta de
aplicabilidade prática, por outro.
Foi com a observação da emergência do desencanto dos portugueses que abraçámos o
desígnio político da Devolução da Esperança. Dizer aos Portugueses e em particular aos Jovens
do nosso Distrito que podia e viria a ser diferente e apelar a que acreditassem sem desistir,
constituiu a prioridade da nossa mensagem política. Mostrámos exemplos concretos de
actuação diferenciada, apresentámos os problemas à luz de perspectivas diferentes, vincámos
incansavelmente que a JSD e o PSD eram, mais que uma alternativa à desgovernação, o único
caminho possível a um País que se quer com Futuro. Contribuímos incansavelmente para a
Mudança e os Portugueses quiseram Mudar.
Hoje, quando analisamos o mandato passado para melhor planearmos e aproveitarmos aquele
ao qual nos propomos, mantemos os vectores, os valores e as noções que nos norteiam desde
o início conscientes de que abraçamos um novo desígnio político – a manutenção da
esperança na Mudança por que lutámos. Que fazemos nós para mostrar aos Jovens
portugueses que a Mudança valeu a pena?
O próximo mandato, na consolidação de todos os vectores, terá de ser orientado para dar
resposta a esta questão na prossecução deste novo desígnio. E corresponder a este desafio
junto dos milhares de Jovens do nosso Distrito exigirá de nós ainda mais do que já damos.
Construir uma resposta que se quer solidária a um Governo em que acreditamos, mas
consolidada na mais-valia da crítica sólida do pensamento “fora da caixa” que diferencia a JSD.
É isso que os jovens esperam, é isso que Portugal nos exige. É esse o compromisso que temos
de honrar.
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Provar aos Portugueses e principalmente aos Jovens do nosso Distrito que Mudar valeu a
pena é provar que a JSD no Distrito de Lisboa é uma instituição ao serviço dos Jovens e não o
seu contrário.
Recuperada a engrenagem interna é tempo não só de a manter como de a pôr a funcionar
para fora! Abrir a JSD a sociedade, fazer passar a mensagem, provar utilidade.
O que querem os Jovens? Quais os problemas que realmente os afectam e de que é que
precisam?
A nossa mais valia é a profunda consciência de que sem perguntarmos directamente aos
Jovens, e aos seus representantes nos mais diversos fóruns, nunca saberemos, nunca
conseguiremos responder ás suas elevadas expectativas. Assim, é fundamental que o primeiro
passo seja chamá-los, ouvi-los, ouvir os mais preparados nas várias temáticas, recolher
contributos, promover a discussão, pôr a pensar. Juntos, somos melhores, mais capazes,
chegamos mais longe.
A REGIONAL E OS ESTUDANTES
Numa época em que assistimos ao declínio da participação e intervenção cívica e política por
parte dos jovens, urge que seja a JSD a reclamar para si própria a responsabilidade de inversão
do status quo. Para tal, o reconhecimento de que são os estudantes o universo prioritário de
acção, formação e militância políticas é essencial. Queremos ter e contar com a opinião dos
estudantes na nossa actividade política, fazendo com que participem activamente na vida da
JSD, dando-lhes assim a devida e merecida dignidade como parceiros de excelência que são.
Para a viabilização de quaisquer políticas educativas, é imperativo que fomentemos a noção do
diálogo com os estudantes e com as estruturas que os representam:
Articular a actividade política da regional com as associações de estudantes;
Promover reuniões entre a regional e as associações de estudantes, tanto do básico
como do secundário, para irmos de encontro às suas preocupações, defendendo os
seus interesses;
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Promover acções de formação para dirigentes associativos, dotá-los de ferramentas
de apoio à sua actividade e informações úteis para a vida diária das associações de
estudantes;
Promover a ligação entre as várias associações de estudantes para troca de ideias,
experiência e conhecimento;
A REGIONAL E OS AUTARCAS
Em 2013 realizam-se as eleições autárquicas. Desde 2010 que a Comissão Política Regional de
Lisboa tem vindo a construir uma base de trabalho junto dos jovens autarcas da Região de
Lisboa.
Os jovens autarcas de hoje e aqueles que o poderão assumir em 2013 têm de estar preparados
para esse desafio. Neste sentido, estes têm de ser acompanhados, criando uma verdadeira
rede de partilha de ideias, valores e experiências. Os jovens autarcas assumem uma maior
importância, tanto na estrutura interna da Juventude Social-democrata, como em particular e
de forma pioneira na Regional de Lisboa.
Para a viabilização de quaisquer políticas autárquicas, é imperativo que fomentemos a noção
do diálogo com os autarcas e com as estruturas que os representam:
Promoção de reuniões entre a Regional e todos os autarcas eleitos;
Elaboração de documentos de suporte ao trabalho desenvolvido pelos jovens
autarcas;
Promover acções de formação para os actuais e os futuros jovens autarcas;
Plataforma de Comunicação entre jovens autarcas.
ESD e JASD
A JSD viveu recentemente um processo de revisão estatutária que revolucionou a sua relação
com os estudantes. Autonomizou-se a estrutura dos estudantes sociais-democratas,
demonstrando claramente o reconhecimento da já referida noção da prioridade que
representam.
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Formação
A JSD é, só por si, uma escola. A forma como cada militante exige e dá a cada dia mais de si
para atender às elevadas expectativas que os jovens em nós depositam, a forte relação
interpessoal que cultivamos diariamente, a tradição de partilha de experiências com aqueles
que já estiveram no nosso lugar, a humildade de perguntarmos aqueles que mais sabem e
apoio entre concelhos e regional, fazem de nós inevitavelmente os melhor preparados. No
entanto como aquilo que ambicionamos para o nosso distrito é a excelência, queremos mais,
precisamos, a cada dia de dotar os nossos militantes de mais competências técnicas, politicas e
cívicas e por esse motivo continuaremos a formar porque só assim estaremos preparados para
servir a causa pública.
Promover acções de formação para a transmissão de conteúdos científicos que sirvam
de apoio á intervenção política de cada militante, aperfeiçoando conhecimentos e
suprindo lacunas;
Fomentar a obtenção de aptidões comunicacionais, técnicas de transmissão da
mensagem e domínio das ferramentas tecnológicas a disposição para esse propósito
(Inserem-se neste âmbito formativo os media trainings, simulações de assembleias,
oficinas, criaçãos de Dossiers Temáticos, disponibilização de documentos base ao
desempenho de funções, etc);
Promover acções de formação direccionadas às necessidades específicas das
estruturas Jovens Autarcas Sociais-Democratas, Estudantes Sociais-Democratas;
Conselho de Dirigentes – Promover a formação de dirigentes da JSD através da
interacção destes com os dirigentes do PSD/Governo que a cada momento os possam
dotar de conteúdo e informação sobre as mais variadas áreas de acordo com a agenda
política;
Conselho de Dirigentes – Pensar a Sociedade: Promover a formação de dirigentes da
JSD através da interacção destes com intervenientes exteriores ao partido nas mais
diversas áreas, abrir horizontes, explorar visões distintas, opiniões e propostas de
soluções;
Há Conversa – Promoção de tertúlias entre militantes da JSD e do PSD/Governo sobre
temáticas da ordem do dia, partilha de conhecimento e experiências.
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Comunicação
A abertura da JSD à sociedade e particularmente aos jovens é o maior desafio que a estrutura
enfrenta neste momento. Fazer passar a nossa mensagem, ultrapassando as resistências e
preconceitos relativos às jotas e partidos com que muitas vezes somos confrontados é o
grande desafio. Para superá-lo não bastam a vontade e as boas ideias é preciso saber
comunicar.
Externamente:
Site: divulgação de conteúdos, noticias, fotos, intervenções;
Newsletter: continuação da sua apresentação trimestral com a divulgação de
iniciativas e tomadas de posição;
Redes Sociais, Facebook: dinamização e actualização diária com iniciativas, tomadas
de posição, links para todas as entradas do site, espaço de sondagem de varias
temáticas e lançamento de assuntos relevantes da ordem do dia para debate;
Actualização dos contactos dos órgãos de comunicação locais e regionais;
A marca JSD Regional de Lisboa está criada é preciso divulgá-la e promovê-la.
Internamente:
Actualizar a mailing list do distrito para que o contacto entre regional e militantes seja
mais eficaz;
Envio regular de informação sobre actividades a desenvolver pela regional e
concelhias para que todos sejam chamados a participar;
Envio regular de informação sobre as tomadas de posição da regional, para que todos
os militantes, a cada momento, estejam devidamente informados e possamos falar a
uma só voz;
Envio regular de informação sobre os temas que marcam a agenda política,
simplificando a mensagem e dotando os militantes de conteúdos para que no seu dia
a dia possam transmitir com segurança e conhecimento dos factos mensagens menos
claras que possam circular no momento relativas a determinada temática;
Manter contacto de proximidade com as concelhias, agilizar as vias de comunicação
através da criação de ferramentas que permitam a discussão e interacção entre todos
os militantes e dirigentes dos 10 concelhos e entre estes e a regional.
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Secretaria-geral
Para a manutenção e consolidação da engrenagem anteriormente conquistada é fundamental
a interligação e comunicação entre as várias áreas de acção. Cabe por isso a secretaria geral
em primeira instancia colaborar em estreita ligação e dar apoio ás várias áreas e gabinetes no
que respeita ás acções e campanhas temáticas e desenvolver a área de acções e campanhas
própria. Assegurar a manutenção da ligação e estreita colaboração com as 10 concelhias.
Desenvolvimento de campanhas específicas sobre diversos temas aproveitando os
dias nacionais, europeus ou mundiais já existentes para maior projecção da
mensagem;
Desenvolvimento em parceria com as várias áreas e gabinetes de campanhas
temáticas;
Organização de acções de Team Building;
Organização de iniciativas em parceria com as concelhias;
Comunicação com as concelhias e disponibilização de todos os documentos e
ferramentas necessárias ao seu bom funcionamento;
Promoção de encontros de presidentes e secretários-gerais, troca de experiencias;
Elaboração de documentos e suportes de trabalho param dirigentes;
Acções de formação específica para secretários-gerais;
Criação de plataforma de contacto directo entre a regional e os jovens do distrito, que
responda ás suas questões mais prementes e os direccione através da disponibilização
de informação – Orienta-te;
Reforço da militância - recepção ao militante, disponibilização dos conteúdos
necessários ao início da militância activa, partilha de todas as ferramentas com as
concelhias ;
Formação especifica para todos os novos militantes do distrito – ideologia e história
social-democrata, estrutura, órgãos, funcionamento da JSD.
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Gabinete de Estudos
“Somos livres para escolher, porém prisioneiros das consequências”
Fernando Pessoa
Em primeira instância o Gabinete de Estudos (GE) tem por missão fundamental apoiar
tecnicamente a Comissão Política Distrital em matéria de conteúdo político e social do Distrito
de Lisboa e dos Jovens do Distrito de Lisboa.
Não se trata apenas de um grupo de pessoas a “marrar temas”, mas uma equipa que se
propõe pensar o Distrito de forma abrangente e de diferentes prismas.
A liberdade de pensamento é uma das marcas do PPD/PSD e como tal essa liberdade guia a
acção de todo o Gabinete de Estudos.
O Gabinete de Estudos da JSD Regional de Lisboa divide-se em duas formas de trabalho:
Causas
GUP
No que diz respeito às Causas, o GE utiliza o blogue onde partilha algumas análises, relatórios e
questões sobre determinado tema.
No que concerne ao GUP – Gabinete Urgência da Presidente, trata-se de uma forma de
comunicação rápida de apoio permanente à Presidente da JSD Regional de Lisboa. Desta
forma, o GE apoia a Presidente, nas diferentes acções em que participa. Ao longo do ano, tem
preparado documentos sobre determinados eventos; tem elaborado moções de
representação da Regional de Lisboa e tem preparado de conteúdos programáticos para as
diferentes áreas.
O Gabinete de Estudos trabalha na retaguarda de forma a potenciar o trabalho existente no
Distrito de Lisboa.
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AUTÁRQUICAS: OBJECTIVO 2013!
Paralelamente, ao Pensar a Região, queremos começar a construir o que irá guiar muito do
trabalho desta Comissão Política Regional: Autárquicas 2013! O grande objectivo: 2013! Ou
Autárquicas - Objectivo 2013, O futuro!!
As eleições autárquicas de 2013 assumem um momento histórico e de viragem na até então
organização e funcionamento dos órgãos autárquicos, sem esquecer a inovação da
reorganização administrativa do território, inalterada há quase 150 anos e proposta pelo XIX
Governo de Portugal.
Consideradas umas eleições ímpares na democracia portuguesa, estas surgem como a
possibilidade de um momento de renovação “forçada” em que a JSD assume grande
importância. Acreditamos que a JSD se possa apresentar como solução na renovação das listas
do Partido às autarquias da nossa Região, não por uma questão de quotas, mas sim porque
acreditamos que os autarcas da JSD são os melhores, os mais preparados, os mais aptos, os
mais empenhados, os mais dedicados à causa autárquica.
Entendemos esta situação, como uma oportunidade de promover novas ideias e uma
possibilidade de a JSD e os seus militantes terem uma palavra a dizer sobre o futuro dos seus
Concelhos, querendo lutar por uma maior representatividade dos jovens e marcar os
programas autárquicos para cada um dos dez Concelhos.
São quase cem os autarcas eleitos da JSD, desde vereadores em Câmaras Municipais,
Deputados Municipais, membros dos Executivos da Junta de Freguesia ou membros das
Assembleias de Freguesia, uma centena dos autarcas eleitos nos dez municípios têm a marca
da JSD. Em 2009 reconheceram-nos capazes, seremos ainda mais, em 2013.
As eleições autárquicas de 2013 trarão novas realidades, a limitação de mandatos, uma nova
reorganização territorial, novas competências e uma nova lei das finanças locais.
Importa destacar o timing em que irão decorrer as próximas eleições, em contra ciclo de poder
com o PSD. Seremos Governo em Portugal e governamos numa conjuntura pouco favorável
para os portugueses.
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Criar um Futuro: Com Todos, Para Todos
Junho 2012
Dos dez municípios do mapa autárquico da Região de Lisboa, duas são de coligações lideradas
pelo PSD, uma exclusiva do nosso Partido, seis do PS e uma independente que com toda a
certeza, será PSD em 2013. São cento e sessenta e três o número de freguesias da região de
Lisboa, das quais cinquenta e nove exclusivas ou lideradas em coligação pelo PSD, setenta e
seis do PS, catorze da CDU, três do Bloco de Esquerda e onze atribuídas a outros.
Infelizmente a Região de Lisboa, não acompanhou o sucesso de 2009, onde o PSD a nível
nacional atingiu um dos melhores resultados autárquicos de sempre, difíceis de igualar.
Não será por isso que desistiremos, pelo contrário, a JSD assumirá esta responsabilidade, obter
o melhor resultado em cada um dos dez concelhos da região de Lisboa.
Será este um grande desígnio desta Regional neste mandato, preparar os militantes da JSD
para o próximo combate político, em total sintonia com as concelhias.
Os municípios da Região de Lisboa apresentam, também, em geral, uma dinâmica nacional.
Recordamos a lição de 2001, com o “cartão encarnado” a António Guterres, em plenas
eleições autárquicas, que na altura permitiu excelentes resultados ao nosso Partido.
Resultados que se sentiram no Distrito de Lisboa, retirando Mafra e Oeiras, com as vitórias em
Câmaras como Sintra e Cascais, dois bastiões socialistas e a enorme vitória no Concelho de
Lisboa que arrancou uma coligação entre Socialistas e Comunistas do poder. Foi uma noite
eleitoral de grande expressão nacional. Um alerta para o ano que iremos enfrentar e que nos
obriga a trabalhar ainda mais.
Trabalhar é a palavra-chave para o sucesso. É normal a celebre frase de que o Sucesso só
aparece antes de Trabalho no dicionário, mas a JSD na Região de Lisboa tem que arregaçar as
mangas e trabalhar muito para ajudar a vencer cada Concelho, é no trabalho local que se
sentem as maiores vitórias em que se sente que a política vale a pena, onde podemos idealizar
e concretizar com as pessoas.
O poder autárquico é a arte de servir directamente a população.
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Junho 2012
Concelho a Concelho
Amadora
A Amadora, concelho socialista há muitos anos, sobre a liderança de Joaquim Raposo,
apresenta uma janela de oportunidade que pode ser aproveitada. Tipicamente conotado como
um concelho mais à esquerda importa destacar as escassas vitórias da direita como as eleições
presidenciais. Obviamente são eleições excepcionais e a dinâmica eleitoral diferente.
A Amadora é o município com a mais elevada densidade populacional do país. Concelho
interior, que tem Lisboa, Oeiras, Sintra e Odivelas como concelhos vizinhos e conta com 175
135 habitantes e uma população jovem a rondar os 30 000 segundo os últimos censos.
Nas últimas eleições autárquicas em 2009, o PSD concorreu com o CDS-PP e o PPM pela
coligação Amadora Tem Futuro, tendo obtido 16 043 votos e elegeu três vereadores em onze
para o executivo camarário. Notoriamente o Partido Socialista tem maioria absoluta, tendo
obtido 46.51 % dos votos e elegeu seis vereadores. Contudo o Presidente está em limite de
mandatos, surgindo aqui uma oportunidade para a JSD/Amadora melhorar os seus resultados
eleitorais, aumentando o número de representantes nas Juntas de Freguesias.
Das onze juntas de freguesia, o PSD apenas preside a uma, Alfragide, sendo de uma tremenda
importância o PSD e em particular a JSD local, conseguir aumentar o número de eleitos
autárquicos tanto nas Juntas de Freguesia como na Assembleia Municipal.
Em 2009 a JSD Amadora elegeu cinco autarcas, quatro nas Assembleias de Freguesia e um na
Assembleia Municipal. Esta é uma situação a explorar e incentivar.
A representação jovem neste concelho poderá contribuir para que o PSD em 2013 obtenha um
melhor resultado eleitoral, são estes, que com a sua participação, os seus contributos farão da
Amadora uma cidade melhor.
A Amadora é um concelho fortemente inserido na Área Metropolitana de Lisboa,
nomeadamente devido aos fluxos casa-trabalho/escola que gera e por acompanhar as
tendências da evolução do tecido económico da região.
Com efeito, em 2001 cerca de 64,1% dos activos e estudantes residentes na Amadora
trabalham ou estudam noutros concelhos da região, constituindo Lisboa o destino
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Junho 2012
predominante. Ao longo da década de noventa esta tendência manteve-se uma vez que a
Amadora em 1991 exportava diariamente 63,7% dos seus activos e estudantes residentes.
Azambuja
Este Concelho, que conta com cerca de 22 000 habitantes, é liderado pelo socialista Joaquim
António Ramos, que venceu as últimas eleições com maioria absoluta. Com uma população
jovem a rondar os 4 000, este é um concelho constituído por nove freguesias. Destas Juntas de
Freguesias, sete pertencem ao Partido Socialista e duas ao Partido Comunista Português.
Neste concelho o PSD apresenta-se às urnas em coligação com o CDS-PP, PPM e o MPT
reunindo apenas 17,18 % dos votos, um sinal claro que esta coligação ainda tem um longo
trabalho a desenvolver ao nível autárquico.
Esta coligação tem desenvolvido um contacto pessoal com a população, com o lançamento de
novas ideias e medidas a implementar neste concelho, o que tem vindo a dar os seus frutos. A
limitação do mandato por parte do Presidente da Câmara Municipal, o elevado passivo,
recentes medidas polémicas praticadas pelo executivo camarário e em particular pelo suposto
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Junho 2012
candidato do Partido Socialista, trarão ao PSD uma oportunidade de aumentar o número de
votos neste concelho.
A Azambuja é o Concelho mais interior do Distrito de Lisboa. Uma cidade considerada como
pertencendo à NUT II - Lezíria do Tejo. A Lezíria do Tejo é uma sub-região estatística
portuguesa, parte da Região Estatística (NUTS II) do Alentejo, incluindo também vários
municípios do Distrito de Santarém.
O envelhecimento demográfico é particularmente evidente quando se observa a Pirâmide
Etária do concelho da Azambuja. Com efeito, é notório o duplo fenómeno de envelhecimento,
quer na base (devido à quebra da taxa de natalidade) quer no topo da pirâmide (devido ao
aumento da proporção de idosos reflexo, em parte, do aumento da esperança média de vida).
Uma outra componente relevante para a caracterização dos recursos demográficos (humanos)
no concelho da Azambuja prende-se com os seus níveis de qualificação. Apesar do concelho
em análise apresentar carências consideráveis neste domínio, têm ocorrido algumas
transformações positivas.
Com efeito, a percentagem de população com o ensino médio e superior aumentou,
contrariamente à população sem qualquer nível de ensino. Não obstante, permanece muito
elevada a percentagem de população com baixos níveis de instrução (12,7% da população
residente é analfabeta, percentagem semelhante à Lezíria do Tejo, mas acima da média
nacional).
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Junho 2012
Cascais
O Concelho de Cascais situado a ocidente do estuário do Tejo, entre a serra de Sintra e o
oceano Atlântico, o território ocupado pelo concelho de Cascais é limitado a norte pelo
concelho de Sintra, a sul e a ocidente pelo oceano e a oriente pelo concelho de Oeiras.
Este Concelho é actualmente liderado pelo PSD em coligação com o CDS-PP.
Após a vitória em 2001, sobre José Luis Judas, o nosso Partido tem liderado o Município de
Cascais desde então. Nos tempos actuais, a liderança da Câmara Municipal está a cargo de
Carlos Carreiras, anterior Vice-Presidente e autarca em Cascais há muitos anos.
Este Concelho conta com seis Juntas de Freguesia, cinco das quais pertencentes à coligação
Viva Cascais e São Domingos de Rana pertencente ao Partido Socialista.
Com o próximo acto eleitoral a aproximar-se, o PSD Cascais irá contar com três mandatos
anteriores para demonstrar trabalho e deve ter como objectivo além de aumentar os 53,04 %
da votação, conquistar a única freguesia que nos escapa.
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Junho 2012
A JSD Cascais com o total de doze autarcas, representados tanto nas Assembleias de Freguesia,
como na Municipal elegeu ainda um dos poucos vereadores da JSD, tendo em particular o
pelouro das finanças do Município. A marca da JSD neste concelho é visível, pelo papel
fundamental que tem assumido ao longo dos anos, como na confiança depositada pelo partido
nos jovens militantes de Cascais.
Este é um Concelho com mais de 200 000 habitantes, onde se estima que existam cerca de 40
000 jovens.
Concelho característico pela riqueza de recursos naturais, conta com 33% de áreas protegidas
ou parques naturais e 30 Km de costa marítima.
Segundo dados recentes, ocupa o 4º lugar do ranking de riqueza concelhia, e o 7º menos
industrializado do país, Cascais ocupa actualmente o 4º lugar como concelho com maior
número de empresas (277/ Km2), gerando 2,3% do PIB português.
A dinâmica que a cidade apresenta e o fomento ao empreendedorismo são uma imagem de
marca que deve ser replicada nos concelhos vizinhos. O projecto DNA Cascais de apoio à
implementação de ideias em criação de empresas é uma das respostas para os tempos que o
País atravessa.
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Junho 2012
Lisboa
O nosso distrito de Lisboa tem a particularidade e oportunidade de receber a capital de
Portugal.
Lisboa é hoje capital do nosso país e como tal uma cidade diferente das demais. Desde logo
pela co-existência de órgãos nacionais com órgãos locais.
O Governo de Portugal, a Assembleia da República, a residência oficial de Sua Excelência o
Presidente da República situam-se em Lisboa. Esta situação cria naturalmente uma dinâmica
diferente dos restantes concelhos.
Sendo hoje uma autarquia liderada pelo Socialista António Costa, Lisboa é uma cidade
emblemática nas próximas eleições autárquicas. Após tempos atribulados com saídas a meio
do mandato e eleições intercalares, o PPD/PSD deixou de liderar os destinos da capital do País.
Com a chefia do Governo e a presença do Professor Cavaco Silva em Belém, Lisboa é para o
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Junho 2012
Partido Socialista o grande pólo de poder. Esta situação deve ser encarada pelo PSD com a
devida atenção.
A existência de um pólo socialista de poder pode servir de contraponto ao nosso Partido.
Desde logo, pela projecção mediática de António Costa, putativo candidato a São Bento ou
Belém. Para além, de ser hoje o único local de clientelismo socialista, é visto como a Aldeia dos
Gauleses no império romano.
Não nos compete a nós enumerar prioridades, pois consideramos fulcral que o PSD se
apresente em todos os concelhos de forma digna e capaz de disputar todas as Câmaras,
porém, a cidade de Lisboa tem um impacto que não podemos deixar de entender como além
da cidade ou do distrito.
Com um quadro de 53 juntas de freguesia, Lisboa tem debatido e recentemente aprovou uma
reforma administrativa que reduziu o número de 53 para 24. Esta reforma para além da
redução de freguesias aproveitou para reforçar os poderes de cada executivo das Juntas.
Trata-se de uma situação pioneira no País, que obviamente causou acaloradas discussões e
apaixonadas posições, que a Comissão Política Regional cessante acompanhou e promoveu um
debate de esclarecimento.
Com esta alteração no número de Juntas de Freguesia, o PSD vê na “teoria” reduzir o número
de executivos que domina. Mas deve concentrar-se na tentativa de capitalizar ao máximo a
reforma, apresentando programas ambiciosos para todas as novas Juntas.
Há um fenómeno, que na linha de preparação para as próximas eleições autárquicas, deve ser
tido em conta, que foi o resultado eleitoral de 2009, em que se assistiu a uma deslocalização
do voto do Partido Comunista para o Partido Socialista nos boletins para o executivo
camarário, permitindo com isso o PS vencer a Câmara, mas a um bom resultado do PCP nas
Juntas, dando assim a vitória ao PSD em número de Juntas.
Lisboa tem uma população de 547 631 habitantes. Uma situação que deve preocupar quem
governa a cidade. É uma cidade que recebe por dia na ordem dos 2 milhões de pessoas, para
trabalhar, estudar ou passear e que no final do dia vê partir muitos para concelhos vizinhos.
Uma situação que se explica pelos preços das casas e rendas, que afastam muitos da cidade.
Paralelamente, Lisboa tem um sem número de casas abandonadas, muitas delas da Câmara
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Municipal e da Santa Casa da Misericórdia, que poderiam e deveriam ser aproveitadas a baixo
custo, para atrair jovens que estudam na cidade.
Nos anos 90 lançaram-se as bases para a reabilitação dos bairros históricos; valorizou-se o
património cultural e arquitectónico; recuperou-se toda a zona ribeirinha agora local de lazer e
convívio; construi-se a nova ponte Vasco da Gama; reabilitou-se toda a área Oriental para a
realização da Exposição Mundial dos Oceanos (1998). À entrada do novo século Lisboa é uma
cidade de múltiplos contrastes, moderna e antiga, que fascina os que a visitam.
Assente em serviços e no Turismo, importa destacar os prémios que a cidade conquistou, fruto
da sua beleza natural, através da ligação da cidade com o Rio Tejo e da sua “luz natural”.
Estima-se que a cidade de Lisboa tem cerca de 80 a 90 mil jovens. Este é um número
importantíssimo de cativar. Sabemos que nem todos são simpatizantes das nossas cores, mas
importa começar a dar sinais de que Lisboa tem estado parada desde que António Costa
assumiu funções. É uma cidade sem visão para os jovens, com apostas ao lado em ciclovias ou
quiosques na Avenida da Liberdade, mas sem uma política integrada de juventude e
dinamismo próprio de uma capital.
Importa também frisar a existência de uma vereação em Lisboa em total confronto interno,
numa coligação “às três pancadas”, que engloba vereadores que quase nem se falam entre si.
É urgente aproveitar a desordem do executivo.
É uma cidade que precisa de ser desafiada e conquistada.
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Loures
Os resultados provisórios dos Censos de 2011 demonstram que a população residente no
Município de Loures cresceu 3 %, fixando-se em 205 054 habitantes. Estima-se que mais de 40
000 são jovens.
Esta cidade, bastião socialista, liderado pelo Presidente Carlos Dias Teixeira, conta com uma
maioria de esquerda e que tem afastado o nosso Partido da liderança do município.
Com dezoito juntas de freguesia, em que destas, treze são do PS, três do PCP e duas do PSD,
apresentamo-nos como a terceira força política no concelho.
Apesar de terceira força política do concelho, o PSD terá em 2013, oportunidade de aumentar
a sua votação e daí o número de autarcas eleitos nos órgãos autárquicos. A conquista da
Câmara Municipal poderá ser em 2013 uma utopia, contudo, sermos segunda força política
poderá ser uma realidade.
Até há pouco tempo, Loures foi um concelho que viu nascer do seu seio um novo Município,
Odivelas, discutindo-se nos dias de hoje a cedência do Parque das Nações para Lisboa,
formando uma Junta de Freguesia única, afecta a Lisboa. É por isso um Concelho com
fronteiras “difíceis” e que se tem visto envolvido em constantes alterações.
O Concelho de Loures está de modo grosso dividido em três grandes áreas: a rural, a urbana e
a industrializada. Composta por uma malha empresarial muito diversificada em termos de
dimensão e sectores de actividade, sendo sede para importantes empresas da Área
Metropolitana de Lisboa que são grandes empregadores de mão-de-obra.
Analisando o tecido empresarial por sectores de actividade, verifica-se uma tendência para a
diminuição do peso relativo do sector primário no desenvolvimento sócio-económico do
concelho. No entanto, constata-se que apesar de uma classe envelhecida se assiste ao
aparecimento de uma classe de jovens empresários agrícolas com qualificações profissionais e
uma maior dinâmica face às exigências do mercado.
Embora o abandono do sector primário seja uma realidade, também é verdade que Loures se
apresenta como um centro de produção e venda de produtos hortícolas e vitivinícolas, com
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Junho 2012
destaque para o Mercado Abastecedor da Região de Lisboa e para as freguesias do norte do
concelho, particularmente a de Bucelas e Lousa.
Já no que concerne à indústria e construção civil, em 2002 existiam 20.283 empresas em
actividade no concelho, destacando-se a importância do comércio a retalho e da indústria
transformadora, que absorvem 29,8% e 26,1% respectivamente, do emprego gerado no
município.
Os produtos com maior peso na indústria transformadora são produtos metálicos,
alimentares, bebidas, edição, impressão e mobiliário. A indústria transformadora continua a
empregar o maior número de assalariados por conta de outrem, destaca-se, sobretudo, nas
freguesias de Santa Iria da Azóia e São João da Talha. As actividades de construção civil
assumem também uma importância relevante, com a existência de cerca de 3.000 empresas
dispersas por todo o município.
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Mafra
O Concelho de Mafra é um bastião laranja. Sob a gestão do Presidente Ministro dos Santos, o
PSD tem assumido a liderança do município. Dezassete juntas de freguesia fazem parte deste
concelho, destas, dezasseis são do PSD e apenas uma do PS, nomeadamente a Ericeira. Local
que é hoje a primeira Reserva Mundial de Surf na Europa e a segunda no mundo. Um trabalho
que deve encher de orgulho os fregueses da Ericeira e que vai potenciar ainda mais um sector
como o turismo para dinamizar o Concelho.
Com uma população a situar-se na ordem dos 75 000 habitantes, em que se estima que a
população jovem ronde os 15 000, Mafra é hoje um Concelho que apresenta uma estrutura
empresarial com forte peso do sector terciário (68,0%), relativamente ao primário (3,6%) e ao
secundário (28,3%).
Mafra cresceu na última década em 22 000 habitantes e deveu-se em parte ao trabalho
desenvolvido pelo executivo camarário tanto no desenvolvimento do parque habitacional, do
concelho, como na melhoria dos acessos, em particular a construção de uma nova
Autoestrada.
O executivo camarário conta com seis vereadores do PSD em nove e os restantes três do PS,
tendo apresentado uma maioria absoluta de mais de 52 % dos votos. A JSD conta com jovens
autarcas, tanto nas assembleias de freguesia, Municipal e até mesmo um vereador, totalizando
seis autarcas. Acreditamos que com o trabalho desenvolvido pela JSD se possa aumentar o
número de autarcas eleitos nos diversos órgãos, bem como, aumentar e difundir a marca
destes no concelho.
Em 2013 realiza-se um duro teste que deve ser preparado e acautelado bem cedo, de forma a
permitir uma transição suave e que permita continuar o bom caminho seguido até agora.
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Odivelas
Este é o Concelho mais jovem do Distrito de Lisboa. Liderado por Susana Amador do PS, ainda
não contou com a gestão do PSD. Nas últimas eleições autárquicas, com a candidatura de
Hernâni de Carvalho, a tão desejada vitória esteve a pouco mais de mil votos de acontecer.
Este Distrito presenciou uma campanha intensa e dinâmica que quase chegou a levar a
mudança necessária a Odivelas.
Sob o lema, Em Odivelas Primeiro as Pessoas, apresentou-se a coligação do PSD, CDS-PP, PPM
e MPT tendo reunido 35, 74 % dos votos e elegeu quatro vereadores dos onze eleitos, sendo
os restantes, cinco do PS e dois do PCP.
Odivelas não se encontra em limitação de mandatos e a Presidente encontra-se com uma
imagem bastante desgastada, além disso, com a construção e desenvolvimento de novas zonas
urbanas no concelho, como a recente zona das colinas do cruzeiro, poderão dar de uma forma
clara a vitória ao PSD local. Tal como em 2009, a JSD assumiu um papel primordial no combate
autárquico, em 2013 terá de fazer o mesmo, tal como tem feito até agora.
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Junho 2012
A JSD tem feito um trabalho meritório e de proximidade junto da população, preparando o
acto eleitoral de 2013 e tudo tem para conseguir fazer história neste concelho.
Nas últimas eleições autárquicas, a JSD elegeu nove autarcas, quer nas assembleias de
freguesia, como na assembleia municipal.
Este Concelho saído de Loures há poucos anos, como Concelho jovem que é, conta com sete
freguesias, seis lideradas pelo PS e apenas a freguesia de Odivelas liderada pelo PSD.
Este Concelho, nascido em 1998, conta com 144 549 habitantes, em que cerca de 30 000 são
jovens, com idade para votar. Ora, nesta situação, dado os últimos resultados eleitorais, é
perceptível, que a vitória pode ser alcançada se os jovens forem mobilizados a votar no nosso
Partido. Há por isso um importante trabalho a realizar.
No que diz respeito à avaliação socioeconómica do concelho, o sector terciário é de longe o
que mais predomina no concelho, seguindo-se o sector secundário e depois o sector primário,
com uma presença muito reduzida.
As actividades mais representadas no concelho são por ordem decrescente: o comércio
(comércio a retalho e comércio por grosso) a hotelaria e restauração, a indústria
transformadora (indústria de papel, artes gráficas e edição, indústria metalúrgica e
metalomecânica, indústria de máquinas e electrónica) e a construção civil.
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Junho 2012
Oeiras
O Concelho de Oeiras é um Concelho que apresenta uma situação política díspar dos restantes
concelhos do nosso Distrito.
Desde logo, pelo desenrolar político e eleitoral que sofreu nos últimos anos. Já foi um
“bastião” do PSD, passando depois pela saída do executivo por parte de Isaltino Morais, saída
essa que o levou a ocupar o cargo de Ministro no Governo de Durão Barroso, sendo que
acabaria por regressar mais tarde e que levou posteriormente a uma situação em que não
contou com o apoio da Comissão Política Nacional do PSD, liderado à época por Luís Marques
Mendes.
Esta situação levou a que o município de Oeiras seja, hoje, liderado por um Presidente
independente, relegando o nosso Partido para a terceira força política no concelho elegendo
apenas dois vereadores para o executivo camarário, entre os quais um vereador da JSD.
O Concelho de Oeiras conta com dez juntas de freguesia, sendo que o PSD ficou afastado de
qualquer liderança de executivos das juntas de freguesia.
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Junho 2012
Oeiras tem mais de 170 000 habitantes e perto de 40 000 jovens com idade para votar, é hoje
considerado um lugar de atracção de emprego e um dos concelhos mais desenvolvidos e ricos
da península Ibérica e mesmo da Europa. No seu território encontram-se instaladas muitas
empresas multinacionais como são o caso da Microsoft, Nokia, Toshiba, a Nestlé, a Netjets, a
General Electric, a HP, a Philips, a Glaxo Smith Kline, a LG, entre outras.
O concelho concentra ainda cerca de 30% da capacidade científica do país sendo um dos
principais pólos de I&D da Europa, em que pontificam os casos da instalação de centros de
investigação da Fundação Calouste Gulbenkian e Champalimaud.
Estudos apontam, dados de 2003 que o volume de negócios de empresas sedeadas no
concelho de Oeiras atingiu cerca de 18 000 milhões de euros. Actualmente pensa-se que esse
valor tenha crescido entre 40% a 60%.
É recorrente ouvir a comparação de Oeiras com Silicon Valley, transformando-se hoje num
concelho atractivo quer para empresas, quer para as pessoas.
Este é um caminho reconhecido por todos e que deve ser continuado e potenciado. O know-
how existente no município só poderá permitir mais sinergias e atrair mais negócios.
No entanto, o próximo acto eleitoral revela-se pois de uma importância extrema. Com a
limitação de mandatos, o actual Presidente Isaltino Morais não poderá ser candidato e o
Partido Socialista irá “jogar forte” neste concelho. O trabalho de campo já está no terreno e
deve ser aglutinador do Partido em prol de um novo projecto para o município.
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Sintra
Em Dezembro de 2001, era então Edite Estrela Presidente da Câmara Municipal de Sintra, até
que Fernando Seara conquistou uma saborosa vitória para todos os sociais-democratas que foi
posteriormente reforçada com candidaturas sempre fortes por parte do PS, como João Soares
ou Ana Gomes.
Fernando Seara é hoje o actual Presidente de Câmara em final de ciclo, encontrando-se em
limite de mandato, deixando Sintra com uma nova cara e com um acréscimo de
responsabilidade para quem vier.
Sintra é hoje PSD, bem como treze das suas vinte juntas de freguesia. Em coligação com o CDS-
PP, o PPM e o MPT pela coligação Mais Sintra, o domínio do número de freguesias é evidente,
bem como a maioria absoluta dos vereadores do executivo camarário, totalizando seis em
onze.
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Junho 2012
A JSD encontra-se representada nos órgãos autárquicos do concelho, totalizando onze entre as
assembleias de freguesia e a assembleia municipal.
Este é um concelho muito particular. Com freguesias como Massamá, Cacém, Rio de Mouro e
Algueirão Mem-Martins a terem um número de habitantes maior que muitas cidades do País.
Sintra conta com mais de 377 000 habitantes, em que se estimam aproximadamente, 100 000
jovens que podem votar.
Estes números demonstram bem a dimensão de Sintra. Mais do que a vila, onde está situado o
edifício da Câmara Municipal ou o Palácio da Vila, Sintra é uma cidade com uma enorme
dimensão populacional, sendo que se encontram zonas com uma densidade populacional
muito acima da média.
Estima-se que Sintra dentro de 15 a 20 anos irá ultrapassar Lisboa como o Concelho mais
populoso, pois os dados mais recentes apontam para um Crescimento efectivo da população
residente entre 1991 e 2001 de 39,4%.
Embora se observe um aumento no índice envelhecimento (47,2 em 1991 e 56,5 em 2001),
Sintra é o concelho com a estrutura etária mais jovem em toda a Área Metropolitana de
Lisboa, em que predominam no concelho os indivíduos com idades entre os 30 e os 39 anos,
de ambos os sexos.
Cerca de 80% da população não é natural de Sintra, reforçando a teoria de “dormitório” que
existe sobre o Concelho.
Este é um Concelho muito fragmentado, com grandes disparidades de zonas habitacionais.
Estima-se também que 45,7% da população residente no concelho desloca-se por motivos de
trabalho ou estudo. Um dado a reter é também a incidência de aproximadamente 50% da
população adquirir formação superior ou ao nível do secundário.
Sintra é por todos estes indicadores um local atractivo e que irá ser novamente alvo de uma
aposta forte do PS. Os 3 mandatos que o nosso Partido liderou são uma boa apresentação para
as próximas eleições, mas não permitem descorar a necessidade de um trabalho consolidado e
uma renovação de pessoas, objectivos e motivações.
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Junho 2012
Vila Franca de Xira
Por último, não de importância, mas pela ordem ter seguido o critério alfabético, chegamos ao
concelho de Vila Franca de Xira.
Terra de touros, Vila Franca é há muitos anos um bastião da esquerda. A emblemática Maria
da Luz Rosinha tem este ano a sua despedida da cadeira da Presidência da Câmara Municipal
que já ocupa há muitos anos.
Vila Franca tem sido uma terra sempre mais à esquerda, com o Partido Comunista a estar
como segunda força política e a coligação Novo Rumo do PSD, CDS-PP, PPM e MPT elegeu três
vereadores em onze. Em 2009, voltou a suceder o mesmo, porém, com um dado encorajador
para o PSD. Maria da Luz Rosinha perdeu a maioria absoluta, perdendo dois vereadores que
foram transferidos para a nossa coligação. A passagem de um para três vereadores foram
sinais claros de progressão.
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Junho 2012
É com esta “embalagem” que deveremos encarar as próximas eleições autárquicas, onde a JSD
poderá assumir um papel fundamental.
Vila Franca com uma população jovem a poder votar na ordem dos 40 000, representando
quase um terço dos 136 886 habitantes que fazem parte de Vila Franca de Xira. As próximas
eleições encerram o ciclo desta Presidente e abrem portas para uma viragem clara no
concelho.
A caracterização económica do concelho hoje é definida, essencialmente, por uma
concentração de actividades no sector terciário, nomeadamente ao nível do comércio e
serviços, devido à progressiva regressão do sector industrial.
É um Concelho que integra características urbanas e rurais, que convive com a ligação ao Tejo
e tem uma componente rural muito forte com a ligação aos montes e campos.
Tem uma forte ligação à tauromaquia sendo que o executivo camarário aprovou que os
festejos taurinos fossem Património Cultural Imaterial do Concelho.
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PENSAR A REGIÃO
“O todo é mais que a soma das partes”
Introdução
Quando nos propomos abordar um conjunto de temáticas que queremos trabalhar durante o
mandato, decidimos faze-lo na óptica da mais-valia que a nossa forma de estruturação nos
concede: a região de Lisboa como um todo.
A aplicação do conceito “Pensar Global, Agir Local” é aqui encarada numa lógica de
identificação das características da Região - os seus desequilíbrios, características e
potencialidades – considerando que a globalização da sociedade corresponde também a uma
globalização das necessidades, na procura da solução e do caminho que melhor se adeque às
especificidades dos jovens de cada concelho.
Acresce a isto que a nossa Região em particular, pelas características de desenvolvimento que
tem, resulta numa mobilidade altíssima entre Concelhos – para fins de estudo, trabalho ou
lazer. Por essa razão, nenhuma resposta é estanque ou isolada numa lógica de município.
Além disso, é também dever da Regional conhecer aquilo que são as respostas encontradas
nos vários Concelhos para as suas questões concretas e perceber, no conhecimento supra
municipal que tem da natureza específica de cada um, que respostas e soluções podem ser
analogamente adoptadas por outros concelhos.
É hoje notório que cada Concelho não pode viver de costas voltadas para os seus Concelhos
limítrofes. A envolvência e necessidade de medidas e políticas em consonância com os
concelhos vizinhos impõe-se, sobretudo nas actuais condições em que o País se encontra.
Ganhos de eficiência.
Com isto, lançamos a discussão sobre a necessidade de uma concentração de meios. Pensar
a região como um todo.
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Não temos o condão de inventar uma solução. Queremos com esta moção sobretudo começar
a levantar questões. Provocar reflexões e contribuir na busca de melhores soluções.
É impreterível que identifiquemos os planos administrativos correspondentes às temáticas que
definimos para que a nossa acção política seja mais que um conjunto de intenções sem
enquadramento de gestão e saibamos para onde direcionar as nossas questões, por exemplo.
Quem manda em quê, na Região de Lisboa?
Desta abordagem e em conjunto, a todo o tempo, com os Concelhos, queremos o nosso
trabalho político concretizado em acções direccionadas para os órgãos municipais e de
freguesia, supra municipais e nacionais.
Por fim e tomando como referência a organização da Área Metropolitana de Lisboa,
percebemos que há problemas e soluções supra distritais que merecem a nossa atenção. Não
somos apologistas da noção das “quintinhas” ou da gestão do “poderzinho”. Como exemplo: E
do outro lado do Tejo? De costas voltadas? Não existem duas pontes e muitos problemas em
comum?
Preconizamos a cooperação. Queremos os melhores Concelhos, numa Região que seja o
melhor possível, para um País de fazer inveja ao Mundo. E que valha muito a pena. Pela
Juventude da Região de Lisboa.
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
O tema da moda há mais de 20 anos, tem sido debatido e explorado muitas vezes com a
necessária profundidade, outras nem tanto, sendo apenas uma forma de políticos aparecerem
“mais verdes” junto do eleitorado.
Ora debater o tema do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável deve ser um debate de
convicção sobretudo para os jovens. Assegurar boas condições no nosso planeta no dia de
amanhã, diz-nos respeito a nós e ao mundo que queremos deixar aos nossos filhos e netos.
É nesse âmbito que queremos lançar um longo debate sobre esta temática. Não somos
especialistas, no tema, apesar de no nosso Distrito contarmos com alguns militantes bem
qualificados e conhecedores desta área, situação que iremos ter em linha de conta e com
quem contamos para um amplo debate.
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Para uma melhor preparação do tema, procurámos conhecer os passos que estão a ser dados.
Destacamos por isso a leitura que fizemos de um documento deveras interessante e que
importa ter presente: ESTRATÉGIA NACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
2005-2015.
Este é um documento que visa o período 2005/15 e consiste “num conjunto coordenado de
actuações que, partindo da situação actual de Portugal, com as suas fragilidades e
potencialidades, permitam num horizonte de 12 anos assegurar um crescimento económico
célere e vigoroso, uma maior coesão social, e um elevado e crescente nível de protecção e
valorização do ambiente.”
Deste conteúdo várias reflexões por áreas são elaboradas e que no nosso objectivo de lançar o
debate e provocar mentalidades queremos destacar.
Numa região com 10 concelhos, mais urbanos, apesar de conter um componente rural, de
forma a assegurar uma dinâmica urbana que seja menos destrutiva do ambiente e mais
solidária existem medidas que fazem todo o sentido saírem do papel:
Actuar eficazmente no sentido de inverter a tendência ao crescimento urbano
extensivo e de baixa qualidade, intervindo no modo de financiamento das autarquias,
na fiscalidade sobre o património, nos instrumentos de regulação do uso do solo e na
dinamização do mercado imobiliário;
Reduzir os movimentos pendulares da população nas grandes Áreas Metropolitanas,
promovendo a redistribuição de funções económicas no seu interior, no sentido da
afirmação de novas centralidades especializadas;
Explorar as oportunidades das tecnologias da informação e telecomunicações para
reorganizar o espaço urbano e melhorar a qualidade de vida;
Criar e consolidar espaços e corredores “verdes” nas áreas urbanas e exigir uma
melhor articulação entre urbano e rural nas grandes Áreas Metropolitanas;
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Estas são medidas que dizem respeito à capacidade de colocar o nosso país mais propício a
compatibilizar tantas pessoas por metro quadrado e um ar mais saudável para todos.
Outro tema muito caro, normalmente ao Partido Socialista, que devemos abraçar e tendo em
conta que somos uma região denominada como potencialmente sísmica, antecipando algumas
catástrofes naturais, deveríamos reflectir sobre a importância de pequenas medidas para a
prevenção dessas mesmas catástrofes. Organizar de forma rigorosa a preparação do País para
o risco sísmico. Mais testes, mais sessões de esclarecimento. Prevenção não é demais!
Somos um distrito com uma orla costureira de grande dimensão e importa tomar medidas
como ordenar o território na orla costeira por forma a antecipar eventuais riscos associados às
causas da erosão, prevenindo ou mitigando os eventuais impactes das alterações climáticas.
Importa também dotar o País com os meios para garantir a segurança marítima, reforçando as
suas funções europeias nesta área.
Outro tema que o nosso distrito também se vê fustigado é na época dos incêndios. O verão
está à porta, as temperaturas aumentam e melhorar a prevenção e o combate aos incêndios,
nomeadamente através de estratégias preventivas nas áreas florestais, deve ser uma
prioridade nas zonas mais rurais do Distrito.
Não queremos deixar no entanto de salientar duas moções recebidas e aprovadas nos
Conselhos Regionais do último mandato. A ideia proposta pelo companheiro Bernardo Villa
Lobos que defendia a criação de hortas urbanas e bancos municipais de terras, através dos
quais os proprietários podem ceder terrenos para cultivos. Medidas que têm em consideração
os bons solos da Área Metropolitana de Lisboa e que podem ajudar a preservar e cuidar os
espaços verdes de forma sustentável e inovadora. Também o companheiro Luís Castro
apresentou uma proposta semelhante em sede de Assembleia de Freguesia de Marvila.
Esta é mais uma medida proposta por companheiros nossos que não iremos deixar cair e que
apoiaremos e divulgaremos nas nossas possibilidades.
Destacamos também a proposta do companheiro David Alexandre da Silva que chamou a
atenção dos militantes da JSD no Distrito de Lisboa, para a necessidade de adopção e
implementação de um sistema nacional de certificação ambiental nos edificados, para uma
melhor gestão ambiental e de resposta aos graves problemas de ordenamento do território.
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Medidas pensadas, que devem avançar o quanto antes e que a futura Comissão Política
Regional irá colocar, na medida do possível, na ordem de prioridades das respectivas entidades
responsáveis.
Como sempre afirmámos a roda não deve ser reinventada e pugnar para que as boas ideias se
materializem deve ser o papel de uma Juventude Partidária.
Bem-Estar e Qualidade de vida
Este é um tema que nos deveria ocupar mais tempo. Os tempos de hoje são tempos de intenso
stress, de várias solicitações e por vezes para dar resposta a tudo descoramos a parte do nosso
bem-estar e qualidade de vida.
Dizem os mais entendidos, que mais tarde, com os anos a “factura” chega. Mas é certo que
muitos jovens com o calor da idade e as forças no máximo perdem um pouco a noção de
algumas extravagâncias evitáveis.
Ora, à JSD não compete substituir o papel de Pais ou de Escola. Consideramos sobretudo que o
papel máximo da educação de um filho está nos Pais. É deles a responsabilidade de educar,
ensinar, acarinhar, “ralhar” e dar as ferramentas para os filhos crescerem e estarem
preparados para o mundo!
Por isso, passa a necessidade de uma maior consciencialização dos Pais e do seu papel crucial
na educação dos filhos. Os pais são o exemplo marcante do filho. A sua responsabilidade e
capacidade de lidar com o filho irá marcar todo o percurso da criança, jovem e adolescente,
quando entrar no dito “mundo dos adultos”.
Ser pai ou mãe é uma oportunidade e alegria imensa, mas acarreta responsabilidades.
Noutro âmbito está a escola. Não no mesmo patamar que os pais, mas com uma função
complementar. Deveria ser o caso, apesar de alguns problemas familiares e a escola e os
professores assumirem quase a substituição das tarefas dos pais.
Com a filosofia de que “de pequenino é que se torce o pepino”, importa por isso, criar uma
cultura de preocupação com o bem-estar da pessoa.
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Mente sã e corpo são, fazem com que a pessoa adquira uma estabilidade emocional e física
que lhe servirá para alcançar mais conquistas e objectivos pessoais. Aos jovens de hoje, não
basta viver a vida intensamente, é preciso um equilíbrio e uma busca de não cair em excessos.
Uma vida regrada desde início, evita futuras doenças e pensando de forma contabilística, evita
futuros gastos em saúde e tratamentos que podem e devem começar logo na infância e
adolescência.
Todos nós sabemos que a alimentação é um dos pilares essenciais. A necessidade de um bom
pequeno-almoço é por isso uma das principais lutas a travar. Aqui entra a JSD. Não na
atribuição de pequenos-almoços, mas na tentativa de em campanhas atractivas lembrar os
jovens que “barriga vazia” não serve para estudar, brincar, correr ou namorar.
A alimentação regrada, não é só no âmbito da obesidade. Existem hoje muitos jovens sub-
nutridos que não comem correctamente de acordo com a roda dos alimentos. É importante
por isso criar condições para uma boa nutrição por parte dos jovens.
Muitos estudos revelam que os exageros feitos ao nível do sal e gorduras têm sido nefastos
para a saúde dos portugueses. O típico fast food, a comida rápida, a falta de um horário de
alimentação regulado, provoca excessos que são mais tarde sentidos com o aparecimento de
diabetes, obesidade mórbida e insuficiência cardíaca.
Juntamente a uma correcta alimentação, está a necessidade de praticar desporto. O corpo são,
vive do que se come e do que se despende de energia. A prática de desporto é pois uma
necessidade imperiosa e que deve ser sempre incentivada. Por exemplo, deixamos a reflexão,
e dado que o nosso Distrito possui inúmeras faculdades, deixamos a reflexão de que o
desaparecimento da disciplina Desporto pode provocar a um certo desleixo por parte dos
estudantes universitários. Poderia ser uma boa forma de continuar uma manutenção semanal
e de obrigar as pessoas a cuidarem mais de si.
O desporto é por isso uma resposta muito importante para diversas situações. É por isso
determinante que relação entre a comunidade escolar e as diversas entidades (colectividades
e outras) que possibilitam a prática da actividade desportiva tem e deve ser MAIOR do que a
simples cedência dos espaços para a prática da actividade desportiva.
O desporto permite criar laços entre jovens, fomentar o espírito de equipa (logicamente,
dependendo da modalidade em si), criar uma vontade competitiva, sempre bem limitada e
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dentro da ética e das regras básicas, situação que permite ao jovem criar mecanismos para no
futuro enfrentar situações adversas.
Ao falarmos de ética no desporto, importa por isso referir o Plano Nacional de Ética no
Desporto, desenvolvido pelo Instituto Português do Desporto e Juventude e que tem como
Missão “a promoção, disseminação e facultar a possibilidade de vivenciação, de forma
transversal, dos denominadores comuns da essência desportiva: o espírito desportivo
enraizado nos valores e nos comportamentos éticos.”
Perante este plano que sugerimos a leitura, a futura Comissão Política Regional irá dar enfoque
ao mesmo e tentar juntar-se nas mais diversas campanhas, tentando com essa atitude
acrescentar e apoiar a necessidade de fomentar o desporto.
Nem todos podem e vão ser Cristianos Ronaldos, muitos irão encontrar as normais
dificuldades, mas o desporto pode e deve ser visto como uma libertação de energia e um
apoio para passar melhor o dia-a-dia. Muitas são também as reflexões que nos colocam no
Desporto a salvação dos jovens para os ditos comportamentos desviantes. É claro, que o facto
de um jovem estar totalmente integrado num determinado tipo de desporto, irá evitar outras
distracções e caminhos diferentes.
Mas não nos podemos enganar. Os caminhos desviantes estão ao virar da esquina e não
podemos fingir que não existem.
Todos nós de uma forma ou de outra deparámo-nos com pessoas que incentivaram a “outras
práticas”. O mundo é assim, a escola é por vezes o lugar que potencia esses encontros,
sobretudo nos intervalos ou períodos sem aulas e não podemos negar a sua existência.
O primeiro cigarro, a primeira passa, a primeira bebedeira é uma experiência que afecta uma
elevada percentagem de jovens. A típica boca de que fulano não é cool, não faz parte do
grupo, é betinho ou nada radical é comum e por muitos já ouvida. É claro que a integração de
um jovem num grupo de amigos deve ser um momento de crescimento. Mas esse crescimento
nunca pode ser feito de forma a rebaixar-se perante qualquer outro ser humano. É aqui que
entra a necessidade de uma campanha eficaz, para complementar os avisos dos pais e o
“controlo” das escolas.
Fumar faz mal e certamente não é aos 25 ou 30 ou 40 anos que iremos para a rua dizer às
pessoas que deixem de fumar. Esta é uma “semente a germinar” bem cedo nas mentalidades
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das crianças e adolescentes. O consumo de álcool e drogas vem também no mesmo sentido.
Não podemos negar que por vezes estas práticas sofrem um elevado aumento na faculdade,
mas á neste caminho de uma criança, para pré-adolescente, para adolescente, para jovem e
adulto que devemos apostar num maior processo de divulgação. Chamar a atenção dos jovens
e também dos pais. Que não deixem de notar e acompanhar os filhos. Para os pais é fulcral
que criem uma ligação e relação aberta com os filhos, que conheçam os amigos dos filhos, que
não os prendam, que permitam que os filhos possam sair de forma regrada e acompanhada,
que permitam uma vida natural e não proíbam liminarmente nada! De outra forma irão criar
mais “vontades” e potenciar o risco de os filhos experimentarem.
O consumo do álcool, atinge cenários mais preocupantes nas ditas semanas académicas, com
um elevado número de pacientes em coma alcoólico, a entrarem pelas urgências dentro.
Importa por isso manter a necessidade de sensibilizar que beber socialmente é bom, ninguém
o nega, porém em excesso só prejudica. As figuras que os jovens com os copos fazem são o
centro do universo durante o êxtase que é a bebedeira, porém, no dia seguinte, não só a
ressaca é das piores formas de um ser humano acordar, como vai cortando e limitando a
capacidade da pessoa se concentrar e corresponder às exigências escolares e profissionais.
Mas a piorar o abuso de álcool está a possibilidade de conduzir embriagado. E aqui sim, entra a
necessidade de uma forte acção de sensibilização e mecanismos de prevenção. Quem bebe
não conduz. Assim, não pode colocar a sua vida, mas sobretudo a vida de outros em causa.
Muitos são os casos de pessoas que beberam, foram para a estrada e tiveram acidentes em
que vitimaram alguém totalmente inocente.
Esta é uma situação que não merece qualquer condescendência e deve ser claramente
evitada.
Se conduzir não beba!!
A juntar ao álcool e drogas, está também o tema da sexualidade. De facto, o inicio da vida
sexual de um jovem deve ser bem enquadrado e acompanhado. Um jovem deve estar ciente
do que implica essa decisão. A necessidade de uma correcta educação sexual é pois prioritária
para a formação de um jovem.
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É um tema sensível e que provoca dificuldades aos pais, professores e entre amigos também.
Por vezes, a educação sexual dos jovens está nas conversas de café com os amigos. É pois,
crucial alertar para que as vontades do momento acarretam responsabilidades no amanhã.
Desde o risco de doenças sexualmente transmissíveis, passando pela possibilidade de gravidez
indesejada ou precoce, importa demonstrar que existem métodos contraceptivos e que por
um amigo fazer de determinada forma, não significa que teremos que o imitar.
A estes temas devemos olhar com atenção e preocupação. Cientes de que a educação é
responsabilidade dos pais, mas a necessidade de sensibilizar os jovens é de todos!
Também a questão da prostituição deve ser pensada. Não sendo uma questão fácil ou
simpática é algo a que a sociedade não deve, nem pode virar as costas.
A denominada “mais antiga profissão do mundo” tem relacionada muitos problemas para o
qual todos estamos despertos, doenças sexualmente transmissíveis, toxicodependência,
lenocínio ou tráfico de seres humanos.
Muitos das situações associadas a esta temática são consequência da sua marginalização.
A JSD não pode fugir deste problema e tem obrigatoriamente de o pensar e encarar de frente!
Será a marginalização e a negação deste problema uma boa solução? Ou deveremos deixar de
fugir e seriamente encarar a possibilidade da legalização, como uma solução para a resolução
deste problema e principalmente para combater todas as práticas criminosas que lhe estão
associadas?
Cultura
A Cultura como factor diferenciador de sociedades desenvolvidas ou de maior civismo é um
conceito largamente aceite, quase dogmático.
Projectos como a Orquestra Geração, que através da música clássica e num âmbito social
desfavorecido integra crianças e jovens, abrem horizontes e dão perspectivas de mobilidade
social, são exemplo do papel cívico e transformador da cultura.
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Quando se luta por uma sociedade mais solidária, igualitária e livre, como o PSD faz, não se
pode descurar o papel da cultura no caminho para este fim.
A importância de um conhecimento, aparentemente, menos prático, mais filosófico e artístico
é muitas vezes descurada por uma sociedade cada vez mais direccionada para a eficiência, a
eficácia e o lucro. Porém, a negação da importância deste tipo de conhecimento, intimamente
relacionado com um forte espírito crítico, é um erro que a sociedade não pode cometer. Só
com espírito crítico, arrojo e por vezes um pouco de loucura, as sociedades e a própria
economia se ultrapassarão.
Sem Da Vinci teríamos helicópteros? Sem Júlio Verne teríamos submarinos? Sem Jean Monet
teríamos Europa? Sem Henry Ford teríamos a massificação do automóvel?
A genialidade, ou loucura, destes exemplos é a prova de que um “pensamento fora da caixa” é
essencial para a evolução do mundo.
Porém há perguntas que se impõem: Estaremos a fomentar a criação destes génios?
Estaremos a promover o espírito crítico? Estaremos a promover a Cultura?
Sem dúvida que sim, porém o espírito crítico impõe a premissa de que se pode sempre fazer
mais.
Mesmo na actual situação económica e financeira em que o país se encontra há algo, não
dispendioso, que o país pode fazer para a promoção da cultura: A educação para a Cultura!
Embora nos programas lectivos do ensino básico e secundário o contacto com a cultura seja
evidente, a forma não é por certo a mais sedutora, derivando deste facto que a desejada
aproximação dos jovens a este meio não seja conseguida e que muitas vezes até seja facilitado
o seu afastamento.
Consideramos que a importância dada nos planos curriculares a factores formais nas obras
artísticas ou culturais é excessivo e impede, por vezes, a compreensão e o verdadeiro contacto
com as obras.
É difícil apreciar ou criticar um poema de Camões quando se está somente concentrado em
dissecá-lo em silabas métricas!
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É difícil apreciar ou criticar uma obra musical de Mozart quando se está somente concentrado
em executar o seu solfejo!
É difícil apreciar ou criticar o conteúdo filosófico de uma obra de Pessoa quando se está
somente concentrado em identificar as características de um qualquer heterónimo!
É difícil apreciar ou criticar um quadro de Michelangelo quando se está somente concentrado
em identificar as especificidades da paleta de cores utilizada.
É difícil contactar, viver ou gostar da arte quando se está somente concentrado nas suas
questões formais!
Uma sociedade que não se eduque para as artes e para a cultura será sempre uma sociedade
mais pobre, menos Humana, mais bruta!
Não sendo essa evidentemente a sociedade que defendemos, somos obrigados a promover o
sentido crítico, a análise, a diversidade, a Cultura!
Turismo
O planeamento é fundamental para assegurar a competitividade e sustentabilidade dos
destinos turísticos. Entretanto, os benefícios do planeamento nos campos ambiental, sócio--
económico e cultural somente são alcançados quando o processo de planeamento é
implementado de forma adequada. Para tanto, há a necessidade de compreender a estrutura
organizacional do Planeamento Turístico, assim como identificar e analisar as funções
inerentes ao papel do planeador.
O turismo é composto por três dimensões: a dimensão operacional, que envolve a prestação
dos serviços; a dimensão de suporte, que sustenta os operacionais; e a dimensão estrutural,
que afecta as decisões estratégicas, envolvendo os dirigentes e o conjunto da organização o
que, no caso dos destinos, se consubstancia em processos estruturais relativos ao consenso e
às decisões estratégicas em matéria de marketing, de recursos humanos, de tecnologias, de
logística, de construção ou de planeamento dos recursos financeiros.
E é sobre a dimensão estrutural que nos debruçaremos. E isto deve-se à carga eminentemente
política deste aspecto; pois envolve a escolha de alternativas, uma vez que planear é um acto
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político que implica tomar decisões sobre acções presentes e futuras. O planeamento deverá
ser estratégico e integrador, orientado para a acção, proactivo e contínuo, não sendo,
portanto, uma mera elaboração de planos.
A informação relativa ao passado e ao presente são os alicerces para o planeamento. Há falta
de informação estatística dos vários concelhos que pertencem a esta região - é certo que há
bons exemplos, como o do Observatório de Turismo de Lisboa e do Turismo de Portugal que
providenciam muita informação e de qualidade, mas muito concentrada no Município lisboeta.
Há que mudar, em nome do desenvolvimento da Região como um todo.
Será através de um planeamento integrado de toda a oferta turística da Região que se
garantirá a competitividade desta, incrementando – a e divulgando-a, vendendo-a no
estrangeiro como um todo, e atraindo a iniciativa privada.
Só assim haverá mais investimento adequado para cada Concelho; só assim será possível que
as grandes cadeias – Portuguesas e Internacionais - invistam com as diversas marcas que
gerem; só assim será possível evitar projectos descabidos da realidade que por vezes destroem
o potencial de um destino; só assim será possível transformar, recuperar e/ou reajustar a
oferta existente. Só assim se garantirá o desenvolvimento sustentável de toda uma Região,
numa altura em que o crescimento económico é tão premente e para o qual o turismo é vital.
E é através do crescimento da economia local e nacional, no rescaldo de uma inevitável fase de
ajustamento económico, que se cria valor para os agentes económicos e riqueza passível de
ser redistribuída na sociedade, salvaguardando o próprio Estado Social e propiciando postos
de trabalho. E é precisamente aqui, na debelação da esmagadora taxa de desemprego jovem
de que padecemos, que se apresenta a grande relevância da actividade turística da Região
para a juventude local e o desafio para os agentes políticos intervenientes no processo de
planeamento do turismo.
Património Material
O património material na sua componente de património edificado, museológico e
arquitectónico é uma dimensão da salvaguarda da memória e cultura de uma Região, sobre
cuja preservação importa fazer algumas considerações.
Propomos a organização em rede das unidades museológicas da região. O conceito de redes
regionais começou a ser delineado em 2009, quando se avançou com uma rede regional no
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Algarve. A criação de uma rede regional de Lisboa seria uma forma de diminuir custos de
funcionamento e optimizar os meios existentes pela partilha de sinergias entre cada unidade.
A organização em rede - que seria complementar à Rede Nacional de Museus - seria uma
vantagem, permitindo criar uma economia de escala, o que garantiria a sustentabilidade das
inúmeras unidades da Região, cujas estruturas são naturalmente onerosas e atravessam
dificuldades financeiras. Para além de garantir a sobrevivência das unidades mais pequenas,
estas beneficiariam do acesso ao co-financiamento europeu, da partilha de equipamentos
técnicos e de meios de divulgação.
A organização em rede não seria um fim em si próprio. Poder-se-ia ir mais longe, fomentando
a fusão ou integração de várias unidades museológicas com a finalidade da criação de um
grande museu português de carácter abrangente e de nível internacional, rivalizando com
congéneres mundiais, constituindo-se como um pólo de atracção turística ímpar. A criação de
roteiros turísticos e a introdução de um efeito cénico na forma como se frui e apresenta o
património material ganham particular relevo neste contexto.
Este modelo organizativo, para além da sustentabilidade financeira, teria como objectivo
primeiro, o aumento da qualidade e divulgação da oferta cultural da Região, dentro de um
contexto de desenvolvimento sustentável; ou seja, um desenvolvimento entendido como as
múltiplas alternativas que a Região tem, pelas suas diferenças culturais e ambientais, de
inserir-se num processo geral potenciando os seus recursos. Por mais que tenhamos um
mundo dito “globalizado”, irão sempre permanecer diferenças peculiares entre os povos e
acreditamos, que elas devem ser fundamentalmente respeitadas e aproveitadas
economicamente. E esse aproveitamento passa indubitavelmente pelo turismo.
O turismo é uma pedra de charneira na cadeia de criação de valor na economia da Região de
Lisboa, que dada a conjuntura actual atinge maiores proporções de relevância. A actividade
turística, dentro do sector da prestação de serviços, é um factor estratégico no processo de
recuperação e crescimento económico, gerando riqueza e postos de trabalho. E é neste
aspecto que esta temática ganha importância para a juventude da Região. Sendo a enorme
taxa de desemprego jovem, um dos desafios da nossa geração; as saídas profissionais na área
do turismo e o aumento da empregabilidade na mesma são uma hipótese de futuro.
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Património imaterial
Este património cultural concerne nas expressões culturais e tradicionais intangíveis que nos
caracterizam enquanto povo. A este respeito ganha relevância a música e em particular o fado,
canção marcadamente lisboa porém de dimensão nacional, recentemente classificada como
Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. O fado tem tido um
recrudescimento notável nos últimos anos surgindo novos públicos entre as camadas mais
jovens, acentuando-se o aparecimento de uma nova geração ligada ao fado, ao nível dos
intérpretes, executantes, compositores e letristas. A preservação e divulgação do fado tem um
carácter imperativo por se tratar de um elemento importante da nossa identidade e um
enorme contributo para a cultura mundial, sendo necessário criar condições para potenciar o
seu aproveitamento turístico.
Também a tauromaquia tem um papel de relevo na cultura nacional e na nossa Região. É de
realçar o movimento de classificação da festa brava como património cultural imaterial ao
nível municipal, iniciado por Vila Franca de Xira e rapidamente replicado por outros municípios
do resto do País. O futuro da tauromaquia passa pela adopção de planos de dinamização e
divulgação pelas entidades públicas, sendo de realçar a necessidade mudanças na forma como
as escolas de toureio estão concebidas. Estas não asseguram as alternativas dos toureiros em
Portugal nem garantem quaisquer contratos após a profissionalização. Em virtude da
regulamentação existente obriga-se os jovens a ir para o estrangeiro, para que estes tenham
um diploma que as escolas portuguesas não lhes podem dar. Também neste ponto somos um
País de formação que não aproveita os seus formados.
Pela sua marca na identidade cultural da Região, bem como pelo impacto económico, ligação à
juventude e potencial turístico, importa aqui fazer esta referência à tauromaquia.
Por último, gostaríamos de fazer uma menção à língua portuguesa; a nossa língua. Em
consequência das dificuldades detectadas na aplicação, compreensão e ensino da norma
constante do Acordo Ortográfico; lançamos à discussão a eventual pertinência de revisão ou
aperfeiçoamento da dita convenção internacional.
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Património natural
A Região de Lisboa é uma zona privilegiada em termos de património natural. Este
entendimento deve-se ao facto de numa área relativamente pequena, em comparação com
outras, dispormos de diferentes características paisagísticas e biodiversidade; da lezíria,
mouchões e sapais às praias da orla atlântica, da Tapada de Mafra ao sistema dunar do
Guincho, do bucólico da Serra de Sintra à ruralidade da zona saloia, do Mar da Palha e estuário
do Tejo às arribas vivas das Azenhas do Mar. E tudo isto a curta distância, com boas vias de
transportes, inserido numa Área Metropolitana de 3 milhões de pessoas.
Este é um factor com capacidade de atracção turística único na Europa. A aposta num turismo
de nicho ambiental que simultaneamente assegure a preservação de habitats e espécies
biológicas e consagre a noção de criação de valor económico para a Região é o único caminho
que garante a conservação das Zonas Especiais de Conservação e das Zonas de Protecção
Especial constantes da Rede Natura 2000. Tanto o Parque Natural Sintra/Cascais como o
Estuário do Tejo devem ser enquadrados neste paradigma.
Mar e Rio
À semelhança do passado, o futuro de Portugal passa inequivocamente pelo mar. A história de
Portugal está entrelaçada indelevelmente ao mar. É impossível pensar em Portugal e não
pensar na sua história marítima.
Esta relação imemorial que imediatamente nos transporta para o passado despoleta uma
reacção instintiva que leva muitos portugueses a associar o mar a tudo, menos ao recurso
natural e activo económico que ele essencialmente é. Não se trata de termos uma visão
passadista sobre o mar, bem pelo contrário! O que está em causa é o aproveitamento do
nosso maior recurso constituindo-se como alavanca de desenvolvimento económico.
Portugal tem a maior Zona Económica Exclusiva da Europa e uma das maiores do mundo. Qual
é o seu impacto na economia nacional? Certamente poderia ser muito maior do que é na
actualidade. O Mar pode ser o campo de acção no sector das Pescas, obviamente, mas o
Turismo, o Comércio Marítimo e a Industria Naval são outros sectores onde o investimento
pode trazer retorno concreto e a longo prazo até colaborar para a retoma económica. Mas
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estes são apenas os sectores mais imediatos e acessíveis. Os recursos minerais metálicos; o
petróleo, gás natural, hidratos de metano e outras formas energéticas; ou a bioprospecção dos
fundos marinhos são apostas de médio, longo prazo a explorar.
O Estado, através do projecto de extensão da plataforma continental deu um bom sinal nesta
matéria, no entanto urge garantir o seu aproveitamento económico.
O próprio posicionamento geo-estratégico de Portugal, ao invés do que nos foi inculcado
desde sempre, não é um óbice mas sim uma grande vantagem. Podemo-nos assumir como a
porta de entrada da Europa uma vez que passam nas nossas águas 80% das rotas marítimas de
mercadorias, beneficiando também da saturação dos portos do norte do continente.
A actividade marítima tem um impacto muito significativo na economia da Região de Lisboa. A
sua promoção e a remoção de obstáculos administrativos passando por incentivos à iniciativa
privada são essenciais. É também necessário ter presente que o porto de Lisboa se reveste de
grande importância económica devendo a sua acção ter o enfoque na actividade portuária e
não noutras, deixando estas últimas para os privados.
A orla marítima da Região dadas as suas condições de excelência reserva ainda algum
potencial turístico a aproveitar não só do ponto de vista balnear como também no que
concerne aos desportos náuticos, afigurando-se o Concelho de Mafra exemplar, com a criação
da primeira Reserva Mundial de Surf da Europa.
Trata-se portanto de uma visão de futuro, sem reminiscências saudosistas, mas sim com uma
noção clara de planeamento estratégico com objectivos definidos, constituindo-se como uma
proposta de rumo a seguir, atendendo ao progresso das gerações actuais e das que hão-de vir.
Também o Rio Tejo é um recurso natural precioso para a Região.
No estuário do Tejo desenvolvem-se algumas actividades como a pesca, a exploração de
bivalves, a aquacultura, a produção de sal, o lazer, a indústria, a navegação e o turismo.
A área envolvente do estuário do Tejo tem características únicas a nível nacional. O clima, a
costa atlântica, o estuário e as riquezas naturais conferem a esta área, um potencial ambiental,
paisagístico, económico e de lazer que importa preservar. A zona costeira adjacente ao
estuário é uma zona de praias de importância turística considerável. Há um plano de
requalificação das zonas ribeirinhas que visa a preservação destes recursos naturais e usufruto
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pelas populações ribeirinhas para actividades de recreio e lazer. A sua concretização é capital
dado que as populações da orla ribeirinha viveram por muito tempo de costas viradas ao rio,
negligenciando as oportunidades que este oferece, sendo um recurso disponível para dar o seu
contributo à retoma económica e à criação de postos de trabalho.
Emprego, Empreendedorismo e Inovação
Emprego
Os tempos que Portugal enfrenta hoje são do conhecimento de todos. Tempos difíceis que
obrigam a respostas duras e medidas claras. A situação é difícil quer do ponto de vista
económico, quer do ponto de vista social. Os governos sucederam-se e Portugal esteve sempre
numa rota de endividamento excessivo que hipotecou o futuro de gerações.
Nesta hipoteca de futuro, nós os jovens portugueses somos os principais afectados. Se por um
lado esta crise que assola o país retira capacidade de integrar os jovens qualificados, os jovens
que mesmo assim conseguem emprego, só o arranjam de forma precária, a baixo custo e
normalmente a recibos verdes.
Esta falta de trabalho, o facto de cada vez mais jovens estarem sujeitos a condições laborais
menos favoráveis e mesmo para aqueles que ainda mantem o seu emprego, acabam por não
ter condições para começarem a sua vida profissional e familiar com a estabilidade necessária.
A actual situação financeira do país leva-nos a perceber que somos a geração que irá ganhar
menos que a anterior. É verdade. E é uma verdade que nos deve consciencializar. Os nossos
pais ganharam, em média, mais que os nossos avós, os nossos avós ganharam mais que os
nossos bisavôs. Em geral, esta foi a situação que vigorou de geração em geração. A nossa
geração tem por isso enormes desafios pela frente. Somos hoje mais dependentes dos pais do
que nunca. Na ida para a faculdade, na aquisição de casa, no simples aluguer, no apoio dos
primeiros anos de trabalho, no apoio quando estamos a estagiar e nada recebemos. Somos
uma geração que vê os ordenados descerem e poucas oportunidades de progressão. O
desemprego jovem, tantas vezes falado, é um drama que nos afecta. A porta da emigração
escancarada é uma solução, mas não pode ser a solução. Quem trabalha e é jovem, tem em
média salários de 700 euros.
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O desemprego jovem é alarmante. Neste particular, importa destacar ainda para o
desemprego de jovens licenciados, cuja taxa é já uma das maiores da União Europeia. Dado
que nos leva a pensar que a geração mais preparada, não tem perspectivas de futuro. O jovem
emancipa-se cada vez mais tarde e com muitas dificuldades para fazer face aos custos do dia-
a-dia.
O Emprego é uma realidade que diz respeito a todos os jovens, sejam eles estudantes,
empregados ou desempregados. Por outro lado, está intrinsecamente ligado ao problema da
integração social, onde os jovens, enquanto promotores e protagonistas de mudanças, têm
também uma palavra a dizer.
A JSD Regional de Lisboa tem como obrigação o acompanhamento constante destas questões,
velando pela aplicação das respostas que vão surgindo á realidade da nossa Região. Estaremos
atentos à implementação do programa Impulso Jovem, ainda não finalizado, que diz respeito á
criação de estágios remunerados e decorre da iniciativa Europeia “Oportunidades para a
Juventude”.
Da mesma maneira, importa que reivindiquemos a aplicação do Plano de Relançamento dos
Centros de Emprego à realidade concreta dos nossos municípios, para a adequação da oferta
às necessidades e potencialidades específicas da nossa Região.
Se a nossa Geração atravessa um dos momentos mais difíceis de sempre, é nossa função
primeira a de compreendermos e envidarmos esforços para qualquer demonstração de
utilidade que minimize esta situação.
Assim, a JSD Regional de Lisboa lançará um projecto que, através do uso das tecnologias de
informação, auxilie, esclareça e acompanhe os jovens ao longo das etapas que vai
atravessando. A primeira ida a uma entrevista, o preenchimento de um formulário de
candidatura, a elaboração de um CV atractivo e diferente, dicas de sites e locais para procurar
emprego, os passos legais que tem de cumprir, etc.
Inovação
Portugal hoje não se pode fechar ao mundo. É neste contexto que é urgente passarmos da
típica análise aos problemas que nos afectam, desde o défice, da dívida pública, da balança
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comercial desfavorável até aos típicos problemas do português de falta de planeamento, para
novas soluções.
O desenrascanço é, de facto, um traço luso. Mas, hoje Portugal vive num mundo global, somos
apenas 10 milhões de portugueses, admito que podemos ser 11 milhões de portugueses, e
como tal, para crescermos e gerarmos mais emprego, a internacionalização das nossas
empresas torna-se urgente e premente.
Ora, neste contexto, as empresas portuguesas necessitam de ir para o mercado externo, com
algumas valências diferentes.
É neste momento que surge a bandeira da inovação. Todos nós utilizamos a palavra inovação a
toda a hora mas, na verdade, ela é apenas compreendida em parte ou utilizada de forma
abusiva. A necessidade de apresentarmos ao mundo, em Portugal e em qualquer país um
produto ou serviço diferente ou significativamente melhorado é a chave para um aumento do
número de vendas e um crescimento da produtividade.
As empresas devem encarar o futuro com um grau de especialização e de espírito sem aversão
a mudanças, quer de modelos de negócio, quer de relações humanas. Deve existir um sentido
de fomentar a inovação. Mas como?
De facto, longe vão os tempos de que inovação era apenas e só uma ideia genial de um
qualquer colaborador num determinado momento. Agora, os tempos são outros, o
investimento em inovação carece de um processo claro de gestão de inovação.
É um conceito que deve começar a entrar nas empresas portuguesas, quer sejam micro, nano,
pequenas, médias ou grandes. Todos, sem excepção devem começar a fazer um esforço de
gerir a inovação tanto intra-muros, como extra-muros através de vigilância ou
acompanhamento dos mercados onde operam.
A inovação começa nos locais de trabalho, nas metodologias utilizadas e na sensibilização de
todos para participarem com ideias, sugestões e opiniões. Do funcionário da fábrica ao CEO,
do responsável de vendas ao Director Financeiro, é inegável que uma melhoria, uma nova
ideia ou uma pequena alteração pode estar bem presente e permitir apresentar ao mercado
global novas soluções de negócio.
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Deve, porém, existir um espírito claro: não reinventar a roda. Este é um erro, que muitas
empresas, organizações e associações promovem.
Fazer em duplicado só para mostrar serviço, só atrasa, só piora. Bem sabemos que hoje o
mercado é competitivo. Mas cooperar, por vezes, pode ser bem mais rentável do que apenas
competir por imitação ou seguidismo. É urgente a criação de uma cultura de inovação em
Portugal. Essa cultura necessita de rigor, planeamento, coordenação.
A comunicação interna é fundamental para a possibilidade inovar, mas deve ser acompanhada
do envolvimento dos clientes das empresas e dos fornecedores. Inovação deve fazer parte das
preocupações das administrações, da gestão de topo, deve ser claramente incentivada
internamente.
Portugal precisa de uma sociedade civil forte. De empresas pujantes e com capacidade de
crescimento acima da média. Não será na quantidade que iremos concorrer com os
produtos/serviços de outros países, tem e só pode ser através da qualidade e de factores
diferenciados.
Não é ao Estado que compete salvar todas as empresas, o Estado deve ter aqui um papel de
incentivar, deve apoiar de forma a dar asas e não subsidiar e garantir tudo a todos. O papel do
Estado na Inovação do País deve ser feito internamente e nas estruturas da função pública, a
torná-las menos burocráticas e mais eficientes.
Neste caso é importante referir que o Plano Tecnológico deu alguns passos positivos nesse
sentido. Mas não chega. É preciso mais e ir mais além.
É preciso criar um espírito de inovação, de apelo à criatividade dos portugueses. Esse espírito
poderá ser uma boa forma de aparecimento de empreendedores. Aproveitar o típico
desenrascanço luso e introduzir planeamento e rigor só pode tornar Portugal um país
competitivo e capaz de criar emprego e uma vida mais benéfica a quem mora neste país.
Exemplos de sucesso em Portugal existem, exemplos de sucesso de portugueses na Diáspora
existem, agora é tempo de Portugal ser um exemplo de sucesso e não apenas de casos
isolados de sucesso.
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Incentivos à Inovação – práticas de Concelhos da Região, apoios comunitários; Os
Assuntos Sociais em geral e o Emprego em particular não podem deixar de fazer
Perante os números preocupantes do desemprego entre os jovens, acima referidos, e perante
o crescimento económico anémico a que assistimos no nosso País, urge criar condições e
mecanismos que incentivem e mobilizem os jovens portugueses, nesta área em concreto, na
criação de riqueza e na geração de emprego, considerando que o empreendedorismo seja no
momento presente uma alavanca, um meio e um fim para atingir os objectivos pretendidos
pelos jovens que enfrentam este que é o maior flagelo da actualidade, o desemprego.
A preocupação com o crescimento económico deve ser uma constante, daí que se deva
apostar no potencial dos jovens e reforçar o estímulo à criação de micro, pequenas e médias
empresas, dinamizar o recurso a fundos de capital de risco, a business angels e ao
microcrédito, assim como, reforçar a ajuda técnica, por exemplo através de gabinetes de
inserção profissional para jovens desempregados, essencialmente com o objectivo de dar a
conhecer quais as possibilidades, incentivos e meios existentes para a criação do próprio
emprego. Fica a sugestão já referida por muitos, que importa reforçar.
Empreendedorismo Jovem
Há muito tempo que o empreendedorismo jovem deixou de ser uma questão de moda e
passou a ser um meio de salvação da nação e que pode potenciar as economias regionais. É
imperioso que os jovens tenham ao seu dispor ferramentas e os meios possíveis e necessários
para que tenham oportunidade de começar o seu negócio, individualmente ou em equipa com
outros e de o gerir nos primeiros tempos da sua existência.
Estudos dizem-nos que cerca de 35% da população activa considera a existência de
oportunidades de negócio. Neste sentido o incentivo ao empreendedorismo, a formação e
informação sobre empreendedorismo, proporcionará a uma maior envolvência das pessoas e a
estarem melhor informadas, melhor formadas e que vendo uma oportunidade de negócio
decidam aproveitá-las, sendo válido e vantajoso para todas as regiões e para o próprio País.
Neste campo, manifesta-se a intenção de criar novos incentivos à colaboração entre empresas
e universidades, a inclusão de metas para a criação de spin-offs, o registo e licenciamento de
patentes nos contratos com as universidades, a criação de incubadoras de nova geração que
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permitam a pré-incubação e incubação de tecnologias e produtos com diferenciação e elevado
potencial nos mercados nacional e internacional.
Importa ainda destacar o Senhor Presidente da República e o seu papel na promoção de casos
de sucesso pelo país e pelo mundo. Nos seus habituais roteiros tem procurado dar a conhecer
casos de jovens que através da inovação empreenderam e conseguiram internacionalizar as
suas ideias e empresas. São casos destes que devemos destacar e dar a conhecer.
A este propósito, o destaque vai para os dados sobre emprego jovem organizada em Abril, do
ano passado, pelo Conselho Nacional de Juventude, que constatam que a proporção de
jovens empreendedores e criadores do seu próprio emprego, em Portugal, é ainda muito
baixa e que continuam a observar-se dificuldades na elaboração de candidaturas aos apoios
existentes.
Pode ler-se inclusive nas recomendações e conclusões deste estudo que, no âmbito das
políticas de educação, deve incentivar-se a promoção de competências e de uma atitude
empreendedora desde os vários graus de ensino; que existe uma deficiente divulgação dos
programas de empreendedorismo nacionais e europeus existentes; que escasseiam incentivos
fiscais à criação por parte dos jovens de novas empresas; que existem poucas linhas de crédito
com bonificações para jovens empreendedores e que os apoios existentes estão demasiados
focados em determinadas áreas, sendo que o empreendedorismo social, cultural e artístico ou
o empreendedorismo verde continuam pouco fomentados quando estes possuem um elevado
potencial de criação de emprego, de inclusão e de reforço da coesão social.
É também aqui que a JSD pode e deve dar uma resposta de partilha de informação.
O Senhor Presidente da República promoveu também o Prémio Empreendedorismo Inovador
na Diáspora Portuguesa, que conta já com 5 edições e que tem dado a conhecer a Portugal o
bom trabalho dos portugueses residentes no estrangeiro. Pessoas que venceram em
economias exigentes e adversidades de vários tipos, mas que devem ser reconhecidos pelos
portugueses a viver em Portugal e devem ser convocados para apoiarem a Pátria deles.
Entre os resultados que se esperam do empreendedorismo estão sem dúvida a criação de
emprego, o crescimento da economia e o aprofundamento de uma cultura empresarial
baseada na inovação.
Assim e jeito de desafio deve pensar-se até que ponto poderá o país:
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Proceder ao reforço da ajuda técnica ou à criação de gabinetes de apoio, a nível municipal
que posam vir organizar-se numa perspectiva de área metropolitana, à elaboração de
candidaturas, como por exemplo, na estruturação da ideia e na definição de business e
marketing plans, bem como no acompanhamento ao desenvolvimento do negócio nos
primeiros anos – aceleradores de negócio;
Ou que promova, através do QREN, uma linha financeira dirigida ao empreendedorismo de
base local.
Como? Através de:
Sensibilização para a importância do associativismo como alavanca do
empreendedorismo;
Criação de uma plataforma de partilha municipal e supra municipal de ideias e de
projetos, com ligação a potenciais investidores, para os jovens empreendedores dos
países de língua oficial portuguesa e dos jovens portugueses espalhados pelo mundo.
Aposta na promoção e maior divulgação do programa Erasmus para jovens
empreendedores recentemente criado pela Comissão Europeia; É importante que se
conjuguem ainda mais esforços ao nível da divulgação.
Estimular a especialização das instituições de ensino superior em determinadas áreas
do conhecimento, concentrando saber e investimento, criando clusters locais,
envolvendo entidades e empresas, permitindo um mais fácil spin-off de soluções que
acrescentem valor e permitam a criação de novos negócios e empregos associados a
essa área.
EDUCAÇÃO
A temática da Educação é talvez a mais sensível, a mais importante e a mais vasta de todas as
temáticas que incorporam a base de acção da JSD.
Deve ser dado o acompanhamento às grandes questões estruturais da Educação que a JSD,
como um todo e num debate conjunto com todos, tem prosseguido e defendido publicamente
(as questões da autonomia das escolas, da liberdade de escolha, da revisão curricular, da
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reorganização da rede de oferta de Ensino Superior, da obrigatoriedade de divulgação dos
dados de empregabilidade dos cursos superiores, etc) algumas já até acolhidas por este
Governo e tantas já referenciadas pelos nossos companheiros de Distrito das secções de
Loures e Oeiras em Moções levadas a Conselho Regional.
É também da nossa máxima responsabilidade o acompanhamento e dever de informação nas
respostas que existem na Acção Social Escolar Directa e Indirecta. Compreendemos que os
meios são escassos: no entanto têm sido criadas respostas para obviar à situação, como o
Fundo de Emergência que é praticamente desconhecido por todos. Acresce que recentemente
foi anunciado pela tutela da abertura permanente dos períodos para pedidos à Acção Social.
Agora estes podem ser efectuados durante todo o ano lectivo. A divulgação destes
mecanismos é um dever da Regional dada a enorme população estudantil que esta contém.
Além disso, entendemos que a Regional de Lisboa, na perspectiva geral que tem supra
concelhias deve estar atenta à globalidade da Região, preparada para, no conjunto das várias
realidades, detectar e trabalhar as questões que os jovens estudantes da nossa Região
identificam, para que possam depois ser debatidas e defendidas em uníssono, com eles e para
eles.
O ganho de escala nesta apreciação e a sua necessidade tornam-se evidentes nos números: na
Região que representamos, existem cerca de 720 escolas do ensino básico públicas e privadas
e cerca de 100 do ensino secundário, públicas e privadas. O universo ronda os 500 000 jovens
alunos. No ensino superior, temos à volta de 16 instituições de ensino superior público e
privado, 24 de ensino politécnico público e privado e 2 instituições de ensino superior militar.
O universo dos estudantes universitários na Região de Lisboa ronda os 150 mil alunos.
Na forma como entendemos esta temática, acreditamos que a abordagem que fazemos ao
Ensino deve ser tendencialmente global, na tentativa de acabar com a separação quase
estanque e pouco proveitosa destes graus de ensino. Acreditamos que o entendimento do
processo enquanto caminhada em que se vão introduzindo novas metodologias ao longo do
tempo e de forma consistente (à semelhança do conceito das escolas integradas) contribuem
para o princípio de responsabilização e aquisição de ferramentas próprias que defendemos
intransigentemente: a Educação e o Ensino não são apenas colecções de avaliações
maioritariamente anuais; são a construção dos pilares que vão sustentar cada aluno, enquanto
pessoa, ao longo da sua vida.
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Deixamos algumas questões que queremos abordar de início:
Cartas educativas
O conceito de territorialização é utilizado para significar uma grande diversidade de princípios,
dispositivos e processos inovadores, no domínio da planificação, formulação e administração
das políticas educativas que, de um modo geral, vão no sentido de valorizar a afirmação dos
poderes periféricos, a mobilização local dos actores e a contextualização da acção política.
Mas o cerne da territorialização também é diversidade de tendências e de dinâmicas,
ambiguidades e conflitualidade.
Uma Carta Educativa Municipal, cuja elaboração resulta da iniciativa da Câmara Municipal, é a
tentativa de superação destas ambiguidades e conflitualidades, através da leitura lúcida,
politicamente consistente e tecnicamente rigorosa, das realidades sociais, dinâmicas e
capacidade de intervenção dos actores sociais.
A Carta Educativa é actualmente entendida, a nível municipal, como o instrumento de
planeamento e ordenamento prospectivo de edifícios e equipamentos educativos a localizar
no concelho, de acordo com as ofertas de educação e formação que seja necessário satisfazer,
tendo em vista a melhor utilização dos recursos educativos, no quadro do desenvolvimento
sócio demográfico de cada município.
O conhecimento das Cartas Educativas é assim fundamental ao trabalho das concelhias no
desenvolvimento de políticas educativas nos seus conselhos.
Cabe à Regional de Lisboa acompanhar as Concelhias na sua observação e implementação.
Autoridade dos professores e responsabilização dos mesmos.
A evolução da sociedade levou a que a escola se debata com um novo paradigma na educação.
Com a competitividade do mercado de trabalho, que cada vez exige mais dedicação e tempo
por parte dos seus colaboradores, o papel de pais e de família tem de ser muitas vezes
diminuído.
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Este facto leva a que escola tenha de muitas vezes aliar ao seu papel formador também o de
educador. Porém esta, e em especial os seus professores, não foi dotada de meios para
cumprir com este novo desafio. Mais do que novos currículos ou meios financeiros, são
mecanismos de defesa da autoridade dos professores que se exigem.
É impossível educar sem ter autoridade!
Evidentemente não se pretende voltar ao tempo da “menina dos cinco olhos” ou de uma
reguada por cada erro de ortografia. Porém os professores têm de se sentir seguros no
exercício das suas funções, facto que muitas vezes não acontece. Episódios como o “dá o teu
telemóvel já!” ou de agressões a professores são cada vez mais “normais”.
O combate a esta “normalidade” é urgente.
Também o reverso da medalha é igualmente preocupante: se os professores são dotados de
mais autoridade terão obviamente mais responsabilidade. Como tal também os professores
que excederem o limite da autoridade que lhes é concedida deverão ser punidos.
Vemos por isso com muito agrado o anúncio, do Ministério da Educação, de que todos os
Professores estão sujeitos a exame no acesso à profissão, que entronca directamente com a
avaliação do nível académico e pedagógico dos professores.
Este equilíbrio entre dever e poder é essencial para que se vença este desafio de nova
realidade na educação.
Uma medida que poderia reforçar a autoridade do professor, seria a desafectação de apoios
sociais a alunos que apresentem recorrentemente comportamentos incorrectos, reflectidos
em faltas de comportamento ou em medidas disciplinares mais graves. Esta noção de que
faltas de comportamento possam acarretar a perda de apoios sociais, obriga a uma análise
parcimoniosa e sensata, de avaliação caso a caso.
À liberdade e direitos deve corresponder um igual nível de responsabilidade. Deverá ser este o
princípio norteador.
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Espírito de Bolonha pensado como um todo – ensino secundário
A adequação do espírito de Bolonha ao ensino secundário é uma oportunidade que necessita
ser olhada de frente e de uma forma séria.
A auto-aprendizagem e a responsabilização são conceitos que têm de ser incutidos desde
cedo.
Mais do que serem ensinadas a conseguir fazer algo as crianças têm de ser ensinadas a
conseguir aprender a fazer algo!
Estes dois conceitos de ensino podem parecer similares mas são bastante diferentes, basta
pensar que a única forma de aprender a escrever bem é escrevendo e não somente saber as
regras gramaticais.
A troca de experiências e o alargamento de horizontes de uma pessoa é também algo muito
presente no espírito de Bolonha, porém a divulgação e adesão a programas como o Comenius
no nosso país, está muito longe da atingida com programas similares para ensino superior,
como o Erasmus.
Além disso, o Espírito da Declaração de Bolonha deve ser pensado como um todo também no
fomento de uma maior ligação entre Secundário e Superior, de forma a debelar o
desconhecimento generalizado das oportunidades existentes.
Acompanhar a batalha dos estudantes contra o fim da sua representatividade nos
Conselhos Pedagógicos
A exclusão dos representantes dos alunos nos Conselhos Pedagógicos é algo que a JSD não
deve aceitar como uma batalha perdida.
Apesar de esta medida ter sido tomada por governantes de um governo PSD não a torna mais
justa ou justificável.
A JSD não pode aceitar que com a justificação de querer “profissionalizar os Conselhos
Pedagógicos” o acesso dos alunos ao direito de participar democraticamente na vida escolar,
seja mais uma vez vedado.
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Numa altura em que muitos directores de escola não permitem a criação de Associações de
Estudantes e que o Ministério ainda nada fez para combater este problema, a JSD não pode
ser cúmplice com mais este ataque aos estudantes.
O ensino profissional e/ou profissionalizante
A aposta no ensino profissional e profissionalizante é algo há muito defendido por vários
especialistas em educação.
O facto de o ensino profissional ou profissionalizante ser encarado como uma opção séria e
não como uma alternativa menor é um excelente indicador daquilo que é o rumo a que este
Governo se vinculou, desde o “momento zero” do período eleitoral. Porém este facto só será
consumado se os níveis de rigor exigidos nestes currículos forem tão elevados como naquele
que continua a ser denominado de “ensino normal”.
Tem de ser esta a marca distintiva nesta mudança: o ensino profissional não deverá ser uma
opção por ser mais fácil, mas por ser mais específico e adequado aos objectivos do aluno.
Acompanharemos de perto o caminho a que se propõe a Agência Nacional para a Qualificação
e o Ensino Profissional, não apenas na garantia de que tudo faremos para que os jovens
estudantes tenham conhecimento dos caminhos que existem e possam escolher, realmente,
com base naquilo que melhor se adequa às suas valências, mas também no sentido inverso,
velando e alertando a todo o momento para que os caminhos governativos estejam
adequados à realidade e necessidades desses mesmos jovens estudantes.
Empreendedorismo e Impreendedorismo como parte do Ensino
Urge abordar o empreendedorismo como conceito aplicado no Ensino e como noção
fundamental à lógica da Educação.
Se defendemos o caminho da Educação para a responsabilização e aquisição e
desenvolvimento de competências próprias para a sustentação do aluno/indivíduo, não
podemos não compreender a urgência deste conceito introduzido tão naturalmente como o
desenvolvimento das competências linguísticas de cada jovem aluno, por exemplo.
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Entendamos: a capacidade de (im)empreender é um dos factores que o diferenciará no
sustentação do seu percurso de vida.
A aplicação deste conceito poderá sujeitar-se a duas vertentes. Por um lado, esta noção de
“conceito introduzido naturalmente”. Os textos que se estuda nos primeiros anos, quando o
jovem aluno aprende a ler, por exemplo, não podem continuar a desenhar uma noção de
sociedade em que, para a história ser correcta, o adulto da história tem um emprego para a
Vida, ou a conotar negativamente aqueles que, ao longo da vida vão experimentando fazer
várias coisas, tentar caminhos diferentes, ousando empreender.
Também nesta vertente e com uma importância grande, importa combater a “aversão ao
risco”. Definir um caminho e não acertar à primeira não é nem pode ser sinónimo de fracasso,
mas antes a incapacidade de pensar e definir caminhos.
Por outro lado e de um ponto de vista mais formal: a promoção de uma maior sensibilização
para o empreendedorismo em contexto escolar, desde o ensino básico e secundário até às
instituições de ensino superior, de modo a criar, desde cedo, oportunidades na escola para
que os jovens se sintam empreendedores e motivados para o empreendedorismo com o
incentivo á concretização de projectos concretos; a introdução de conteúdos de gestão de
projecto, gestão de risco, empreendedorismo e internacionalização de forma transversal aos
vários cursos leccionados no ensino universitário e politécnico (ciências sociais, ciências
exactas) como forma de dotar os alunos de maior conhecimento e capacidade de gestão, para
que estes possam aplicar o seu conhecimento a casos práticos; a criação de estágios
curriculares para os alunos do ensino secundário que frequentem as vias profissionalizantes,
em empresas e instituições locais (sendo que estes estágios devem ter um forte envolvimento
das empresas da respectiva área escolar), são caminhos que importa perceber, explorar,
valorizar e prosseguir.
Trabalhador- Estudante e Estudante-Trabalhador
Portugal é um dos países europeus com menor percentagem de trabalhadores-estudantes, ao
contrário da realidade dos países com maiores índices de desenvolvimento.
É possível e compreensível que na origem disto residam questões culturais: para as gerações
dos nossos pais e avós, a frequência do Ensino Superior era, na grande maioria das vezes, um
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privilégio. A noção de Trabalhador-Estudante e a sua regulamentação de génese nasce, aliás,
disso mesmo: de uma geração de trabalhadores que voltam a estudar quando já têm
condições, numa outra altura das suas vidas, para conseguir faze-lo.
Eventualmente pela razão apontada, subsiste ainda algum preconceito associado à aplicação
desta figura num jovem aluno: se os pais podem pagar os estudos, o filho não deve trabalhar
até que conclua os seus estudos.
Este é um preconceito que importa combater. Por um lado porque a aquisição de experiência
no mercado de trabalho é sempre uma mais valia distintiva no momento em que, concluídos
então os estudos, o jovem aluno passa à condição de jovem trabalhador. Por outro lado
porque a responsabilização, emancipação e gestão de autonomia que defendemos como
lógica do conceito Educação desde que ela se inicia deve, também aqui, assumir uma vertente
fora do conceito formal de Ensino, antes completando e enriquecendo o percurso académico.
Ao momento e em face da situação que o país atravessa, esta preocupação de inversão de
paradigma e mudança de mentalidade assume uma relevância ainda maior: o aluno, por
necessidade mais ou menos maior ao momento e pela noção das dificuldades que o mercado
de trabalho lhe apresentará, é cada vez mais, simultaneamente, trabalhador.
Esta constatação obriga-nos a um conjunto de reflexões:
O quadro legal que enquadrava esta figura, serve a nova figura de estudante-trabalhador (em
que, contrariamente a antes, se é prioritariamente estudante e, em segundo plano,
trabalhador) nas várias vertentes que a sua regulamentação engloba?
Numa região com o universo imenso de estudantes como é a nossa, está fomentada nas
empresas a cultura de assimilação deste tipo de trabalhadores, sequer nas actividades de
trabalho não diferenciado?
É coerente um Estado e uma sociedade que clama reconhecimentos de competências e
preconiza programas de Aprendizagem ao Longo da Vida mas não reconhece a importância
desta ligação estudante-mercado de trabalho?
É coerente a Universidade que, alegadamente alicerçada no auto-didactismo tutorado e na
noção de que é o aluno que busca e alcança o seu conhecimento, na situação em que este não
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seja apenas aluno, por necessidade ou vontade de emancipação, não só não o protege como
se direcciona, constantemente, no sentido da sua penalização?
Como tornamos atractiva a contratação de um trabalhador que estuda?
Estas são algumas questões que devemos abordar.
Estratégia 2020 e o nosso lugar no espaço europeu de Ensino
Outro vector da área educativa prende-se com a Estratégia 2020. A educação é um dos cinco
grandes objectivos da União Europeia para 2020. A redução das taxas de abandono escolar
para níveis abaixo dos 10% e o aumento para, pelo menos, 40% da percentagem da população
na faixa etária dos 30-34 anos que possui um diploma do ensino superior são as metas
propostas. Cabe-nos a nós nomeadamente a nível da Regional, reflectir sobre medidas
concretas para alcançarmos estas metas.
Para além dos objectivos da Estratégia 2020, entendemos que a promoção e divulgação do
Lifelong Learning Programme nas suas várias vertentes (Comenius, Erasmus, Leonardo da Vinci
e Grundtvig) que patrocinam o intercâmbio de estudantes, professores, formadores e demais
agentes educativos ganha grande relevância; não só pelo acumular de conhecimentos e
experiências como também pelo fomento à circulação de pessoas no espaço comunitário,
aprofundando a integração europeia.
Habitação na Região de Lisboa
Chegamos a mais um tema que consideramos do interesse dos jovens. De facto, após os anos
de estudo e de normal acompanhamento por parte dos pais, os jovens deparam-se com uma
situação bem complexa no que à habitação diz respeito.
A saída para estudar numa cidade diferente, da terra onde passou a infância e adolescência ou
a ida para o mercado de trabalho coloca a tónica na necessidade dos jovens começarem a
ganhar maior independência.
A saída da casa dos pais é pois um passo de enorme importância e que marca a vida futura da
pessoa.
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Hoje, falar de habitação, sobretudo ao nível de habitação para jovens pode ser uma
oportunidade para ajudar um sector que vive dias complexos: o mercado imobiliário. Sabemos
que vivemos um boom de construção de casas que levou a que inúmeras famílias adquirissem
habitação com empréstimos baixos e que a tendência fosse de casa própria. Paralelamente, o
mercado de arrendamento não acompanhou a tendência nacional e criou enormes
disparidades.
Ao mesmo tempo que novos prédios foram sendo construídos nas cidades, sobretudo nas
zonas mais longe dos centros, as casas dos centros das cidades, geralmente de pessoas mais
idosas, foram perdendo população e criando o tão falado “efeito donut”.
Perante esta situação importa começar a perceber que podemos estar perante uma
oportunidade e não uma fatalidade.
Em 2007, foi lançado o tão badalado programa Porta 65, que era um instrumento de apoio aos
jovens para arrendamento. Esta foi uma medida que procurou estimular o mercado do
arrendamento e contrariar o tal “efeito donut”. Com o apoio através de uma subvenção
mensal, o jovem poderia passar a arrendar casa e assim criava-se um efeito de
rejuvenescimento das zonas mais centrais das cidades.
Porém, esta medida que já conta com mais de 4 anos, não alcançou os resultados desejados.
Sofreu inúmeras alterações e não acompanhou a realidade dos jovens portugueses.
Esta situação não pode no entanto ser vista como um baixar de braços e não continuar a
procura formas mais criativas de apoio aos jovens.
O apoio aos jovens no que há habitação diz respeito é fulcral e deve continuar. Entendemos
por isso que devemos olhar para modelos já utilizados e tentar com vontade implementar
novos conceitos.
É então que surge a ideia, já experimentada em diferentes países da “Reabilitação Low cost”.
Não somos inventores de nada também, mas chamamos a atenção para esta possibilidade de
criar condições mais em conta para os jovens conseguirem um tecto. Ora, como se sabe esta
reabilitação low cost funciona como uma reabilitação de prédios devolutos ou degradados, em
que se junta, na velha e sábia expressão popular, “o útil ao agradável”. A recuperação de
imóveis para o proprietário e a capacidade de baixo custo para os jovens. Obviamente que
perante esta situação importa ter em consideração que não estaremos perante uma luxuosa
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reabilitação, mas em condições com menor exigência, mas acima de tudo garantindo a máxima
dignidade.
Para esta reabilitação low cost ser uma realidade importa por isso criar as ditas condições
burocráticas, desde logo ao nível das exigências de construção e dos materiais a utilizar, sendo
de equacionar também uma discriminação positiva para este tipo de reabilitação. Isto são tudo
ideias já faladas e pensadas, mas que consideramos serem interessantes e que nos permitem
reforçar a iniciativa.
Neste ganho comum, as cidades devem encarar também a entrada de uma população mais
jovem bem no centro das suas terras e com essa situação a criação de novas dinâmicas e
possibilidades de maior interacção e criação de novas oportunidades de negócios.
Os jovens no centro dão outra cara à cidade. São medidas a serem implementadas pelas
Câmaras Municipais e também em parcerias com, por exemplo, as Santas Casas da
Misericórdia, normalmente as maiores proprietárias das casas nas cidades.
Por último e juntando a questão da habitação com o tema de apoio aos idosos, tem surgido a
ideia de juntar jovens com idosos. É um projecto recente e que temos e queremos
acompanhar a sua evolução. Por apresentar riscos e variáveis que por vezes não são
facilmente controladas, importa reflectir se o modelo de um idoso abrir a sua casa a um jovem
em troca de companhia e apoio no dia-a-dia pode funcionar.
Mais recentemente também no nosso Distrito surgiu a ideia da Junta de Freguesia de São José
querer criar o primeiro hotel social em Lisboa, recuperando um edifício devoluto da câmara
municipal, para instalar temporariamente famílias em situação de emergência, como
desalojados por incêndios e derrocadas ou sem-abrigo.
Estaremos atentos e criaremos mecanismos de discussão para estas diferentes possibilidades.
Estas e outras que com naturalidade possam vir a surgir.
Transportes na Região de Lisboa
Em qualquer grande metrópole, os sistemas de transporte assumem uma importância
vital no assegurar da deslocação de pessoas e bens ao longo da região.
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O desafio colocado às entidades públicas e privadas passa pela realização dum
planeamento que englobe todos os concelhos, tratando realidades iguais da mesma
forma, diferenciando localidades que não possuam o mesmo cenário. A região de
Lisboa comporta dez concelhos – Amadora, Azambuja, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra,
Odivelas, Oeiras, Sintra e Vila Franca de Xira - que possuem àreas de actuação
diferentes, embora os planos intermodais de deslocação de pessoas penalizam alguns
concelhos em detrimento de outros.
O desafio colocado às várias empresas públicas/privadas de transportes na região de
Lisboa será deixarem, definitivamente, de serem empresas que transportam
passageiros em autocarro / barco / comboio para passarem a ser empresas
especializadas em soluções de mobilidade. Para isso serão necessários três vectores:
Conhecimento da realidade implementada; (passado - análise)
Comunicação; (presente – discussão da solução)
Partilha de Recursos e diferenciação. (futuro – solução)
Numa primeira fase passa pelo conhecimento que as várias empresas possuem do
tecido onde actuam, ou seja, os vários concelhos têm meios de transportes
rodoviários, ferroviários e, em alguns casos, fluvial que são diferentes, podendo levar a
uma maior objectividade na definição da solução. Isto leva a que os fluxos de
passageiros sejam diferentes e requiram graus de especificidade diferentes, consoante
a região onde se insiram, ou seja, um passageiro que habite / estude / trabalhe em
Mafra terá necessidades diferentes do passageiro que resida em Lisboa. O nível de
granularidade é de tal forma diferente, que apenas uma comunicação efectiva entre
entidades municipais e empresas de transporte podem levar a uma solução integrada
de transportes.
Este conhecimento leva-nos ao segundo ponto que ficou definido: a comunicação. A
grande maioria dos interessados num sistema de transportes eficiente diria que seria o
ponto mais fácil de se concretizar. Para se perceber bem a dificuldade desta
comunicação, existem sistemas de transportes em que é o estado Central a definir as
alterações, existem entidades privadas que eliminam ou criam “carreiras” consoante
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os proveitos próprios que daí podem advir, e temos ainda sistemas de transportes
municipais que são as Câmaras Municipais a gerir. Comunicar, em muitos casos é,
mesmo, o maior problema, pois sem comunicação entre os vários agentes não será
possível a definição de uma politica de transportes integrada e regional que permita,
rapidamente e facilmente a deslocação de pessoas entre os vários concelhos do
distrito. Se juntarmos às dificuldades que foram enumeradas, a dificil comunicação que
existe entre áreas supra municipais distintas, como é o caso do estado central ou da
comunicação que terá de existir entre entidades do distrito de Lisboa e do distrito de
Setúbal.
Identificado o problema, importa saber quais os passos seguintes para estudar e
perceber de que forma podemos efectivar o “pensar Região” de que necessitamos de
efectivar noutras áreas relevantes para a juventude e para a sociedade.
Conforme referido nos três vectores, a solução passa por haver cada vez mais partilha
de recursos entre as várias entidades mencionadas e pela diferenciação de soluções
em concelhos onde, havendo realidades diferentes, exigem respostas diferentes.
Actualmente, existem cada vez mais pólos de interesse académicos, culturais,
desportivos e juvenis espalhados pela área metropolitana de Lisboa, levando a
população jovem a ter de se deslocar com maior rapidez. O desafio colocado aos
decisores politicos passa por definir uma politica integrada, resolvendo desta forma os
problemas de mobilidade da região. Actualmente, não existem números concretos,
mas calcula-se que, aproximadamente, 1 milhão de pessoas se desloquem diariamente
na região de Lisboa, sendo a grande maioria, através de meios de transporte público.
A JSD Regional de Lisboa, tem o dever de indagar, discutir e propor às entidades
responsáveis pela politica de transportes da região de Lisboa. Fará sentido, haver
concorrência entre as várias empresas de transporte da região, ao invés de uma
interligação? Existe, na região de Lisboa, o “passe” sub-23 para jovens inscritos em
estabelecimentos de ensino superior e que tenham menos de 23 anos. Havendo a
possibilidade de ter o Cartão Jovem até aos 26 anos, não faria sentido haver um passe
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com o mesmo limite de idade, não colocando barreiras na idade nem no facto de se
ser (ou não) estudante universitário?
O caminho passará por uma gestão eficiente dos sistemas centrais e dos recursos
partilhados, procurando contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços dos
operadores aos cidadãos da Área Metropolitana de Lisboa e apostando no
desenvolvimento tecnológico de produtos e serviços inovadores.
As RESPOSTAS DA COMUNIDADE
ASSOCIATIVISMO Jovem e Conselhos Municipais de Juventude
Hoje, mais do que nunca, os jovens estão na base das preocupações sociais. A Juventude,
como tema transversal e no contexto das dificuldades socioeconómicas que vivemos, necessita
de respostas concretas em vertentes que garantam e consolidem a sua autonomia,
imprescindível ao seu bem-estar ao longo da vida.
Quando falamos no acompanhamento e auscultação das políticas transversais de juventude, é
inquestionável o papel que as Associações de jovens têm tido junto das comunidades onde se
inserem.
A JSD tem a obrigação de velar pela garantia das melhores condições para que os jovens se
envolvam, o mais possível, na vida das suas comunidades.
A Regional de Lisboa entende que, em nenhum momento, deve procurar substituir-se ou
competir com as mais variadas formas de participação. Pelo contrário. O reconhecimento
destas formas de serviço, a sua valorização e reforço deve ser encarados como um dever da
JSD. Quanto mais activos forem os jovens na defesa das causas em que acreditam e no serviço
que prestam, nos vários âmbitos, à sociedade, tão melhor será a sua componente humana, o
desenvolvimento das suas competências e, consequentemente, a nossa sociedade.
Acreditamos profundamente no valor da participação juvenil – que vai para além de qualquer
orientação politico-partidária e deve, aliás, complementá-la.
Assim, entendemos também como nossa missão:
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Estar atentos ás várias formas de serviço à sociedade para as quais devemos estar
preparados para sensibilizar e esclarecer, nomeadamente mantendo uma ligação
constante com o Conselho Nacional de Juventude e a Direcção Regional do IPDJ;
Acompanhar aquela que também já é a intenção deste Governo na dignificação do
Voluntariado, batalhando por uma atenção especial à realidade do Voluntariado
Jovem;
Ouvir, acompanhar e esclarecer os jovens da nossa Região nas suas questões
recorrentes como o Dirigente Associativo Juvenil, o Registo Nacional de Associações
Juvenis, o mecenato aplicado ao associativismo juvenil, citando algumas;
Participar activamente na divulgação de programas de participação Juvenil, quer
nacionais quer internacionais;
Acompanhar os jovens na luta pelo reconhecimento das suas competências não-
formais.
Conselhos municipais da juventude
A promoção da participação cívica dos jovens na vida pública deve ser, portanto, um
objectivo central das democracias modernas.
Assentes nesta prioridade, figuram os Conselhos Municipais de Juventude (CMJ). Um
espaço democrático, onde os jovens tenham a possibilidade de influenciar a elaboração de
melhores políticas, de levar as suas reivindicações até aos poderes constituídos e desta forma
serem eles também sujeitos activos do processo político.
Com os Conselhos Municipais de Juventude, cumprem-se os fins imediatos de alargar a
participação democrática dos cidadãos em geral e dos jovens em particular, bem como de os
formar e dar-lhes experiência na vida cívica e no envolvimento na gestão da causa pública,
tornando a juventude protagonista do debate, da troca de opiniões e experiências, da
exposição e formulação de políticas municipais.
A JSD tem, também aqui, um espaço muito importante de acção, como interveniente directo
na vida do seu município numa modalidade diferente daquela a que estamos habituados
enquanto juventude partidária: políticas municipais em debate directo com as mais variadas
formas de participação juvenil do Concelho. Esta é, portanto, uma oportunidade. A
oportunidade de percebermos perspectivas de quem não está, por natureza, inserido no
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mecanismo da participação na vida política da sociedade. Uma oportunidade para recolher
sensibilidades que não temos, para conhecer cada um dos nosso municípios através dos olhos
daqueles que, a uma escala diferente, pretendemos representar.
Assim:
Importa batalhar pela implementação dos Conselhos Municipais de Juventude nos
municípios da Região onde estes ainda não existem;
Garantir que, nos municípios onde estes já estão em funcionamento e prosseguindo a
lógica de sessões de esclarecimento que já antes proporcionara sobre este assunto, os
representantes da JSD nos CMJs tenham, da parte da Regional, o suporte e
acompanhamento constantes para o melhor desempenho desta representação.
A importância do terceiro sector – A INCLUSÃO SOCIAL
Se o contexto socioeconómico que vivemos nos levanta, enquanto geração dita hipotecada,
tanta indignação, muito maior é essa indignação na constatação daquilo que provoca aos
grupos mais frágeis da sociedade.
Revemo-nos totalmente no princípio de que o Estado deve deixar fazer, quem sabe fazer
melhor e a esses, reconhecendo-os num reforço da sua dignificação institucional, apoiar. É da
primeira parte prova a Lei de Bases da Economia Social, ainda a ser trabalhada na
especialidade, que dignifica, reforça e reconhece, inequivocamente, a importância das
organizações que a própria sociedade criou para dar resposta aos problemas sociais (e que o
PS rejeitara quando tinha maioria parlamentar). Tal como é prova do objectivo de apoiar o
denominado Terceiro Sector, o reforço orçamental e as medidas fiscais que este Governo
incluiu logo em sede de Orçamento de Estado.
Na prossecução disto, damos continuidade a um projecto criado no mandato anterior, a que
chamámos “Roteiro Social”. O objectivo é conhecer de perto a realidade social concreta da
nossa Região, na tentativa de sermos úteis àqueles que, de forma tão nobre e altruísta, se
organizam para dar resposta aos problemas sociais das suas comunidades.
Entendemos que podemos ser úteis e que dispomos da característica ímpar da proximidade
política àqueles que podem, no limite, garantir a subsistência destas organizações e não
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conseguem conhecer o concreto de cada realidade. E que a mais-valia de estarmos
organizados localmente e, portanto, perto das pessoas, enquanto Concelhias e Regional, deve
ser utilizada para suprir esse desconhecimento.
Envidaremos todos os esforços de colaboração e entendimento de dinâmicas com a CASES -
Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, que tem justamente como missão o
reconhecimento, promoção, dinamização, fortalecimento e qualificação do sector da
Economia Social, assente numa parceria efetiva entre o Estado e as organizações
representativas do setor da economia social.
Queremos que o nosso trabalho de terreno possa promover ao máximo a integração das várias
organizações no seu reconhecimento enquanto parceiros para o desenvolvimento social.
Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações
A evolução demográfica, nomeadamente no que respeita ao aumento da esperança média de
vida, determina a adopção de novas políticas que promovam o desenvolvimento harmonioso
das sociedades, com observância dos princípios e valores europeus tais como a solidariedade,
a não discriminação, a independência, a participação, a dignidade, os cuidados e a auto-
realização das pessoas idosas.
Trata-se de delinear e pôr em prática políticas pluridisciplinares e inclusivas que valorizem os
idosos e aproveitem o seu saber e experiência.
O ano de 2012 é o Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações.
Em Portugal as estatísticas são claras quanto ao crescimento da população com mais idade. A
este fenómeno acresce a alteração da realidade sócio-familiar que tem determinado uma
diminuição da função da família como suporte dos seus elementos com idades mais
avançadas.
Por outro lado, um parque habitacional degradado, determina ainda um maior isolamento e
fragilidade dos nossos idosos, em especial nos centros urbanos como os do nosso Distrito,
onde estes se vêm reféns, muitas vezes, de verdadeiras “aldeias de mansardas” constituídas
por habitações de último piso de prédios antigos e sem elevador.
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Estas, entre outras razões, fazem com que muitos idosos vivam sozinhos, em grande
isolamento social e tristeza.
Assim e em cumprimento do valor da Solidariedade entre Gerações que é tão querido à JSD,
juntamo-nos a este desígnio nacional, salientamos a importância:
de incentivar o voluntariado de vizinhança, coordenado pelos Concelhos Locais de
Acção Social e em estreita articulação com as forças de segurança e os serviços da
segurança social, com o fim de identificar pessoas idosas em situação de isolamento,
abandono e violência, e encaminhar para a rede social ou comissões sociais de
freguesia que deverão providenciar, tendo em consideração a vontade e autonomia da
pessoa idosa, as respostas adequadas junto das entidades competentes;
– de valorizar o envelhecimento activo, potenciando o relacionamento inter-geracional
através da troca de experiências, da passagem de testemunho cultural e assegurando
um combate efectivo ao isolamento da pessoa idosa e favorecendo a sua saúde física e
mental.
No dia em que a JSD deixar que os jovens esqueçam e abandonem aqueles que sonharam e
lutaram por um mundo e uma vida melhores para nós, a JSD terá falhado – porque quem não
sabe cuidar dos mais velhos, não saberá nunca honrar os mais novos.
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PENSAR A SOCIEDADE
- Pistas de reflexão na Mudança de Paradigma
“E se todo o Mundo é composto de Mudança, Troquemos-lhe as voltas que ainda o dia é uma criança.”
canta José Mário Branco
Além daquilo que é o pensamento das temáticas aplicadas aos jovens direccionadas para a
Região que representamos e pela qual temos o dever de velar e potenciar, a JSD Regional de
Lisboa deve, também, pensar a sociedade como um todo. Reflexões que, sendo devida e
responsavelmente estruturadas, possam servir de contributo à nossa JSD nos vários patamares
em que esta se divide, para que, também neles, se faça a discussão.
É altura de decidirmos por onde e de que maneira queremos seguir enquanto Jovens,
enquanto Juventude Partidária, enquanto Políticos. Se a Política é a forma que escolhemos
para servir a sociedade, então façamo-lo. Mas façamo-lo usando ao expoente máximo a nossa
característica maior: não há verdades inquestionáveis ou tabus intransponíveis.
Sejamos, pois, JSD.
A JSD Regional de Lisboa entende que é altura de acabarmos com a segurança precavida do
político-economês. A JSD não se coaduna, em nenhum momento, com seguranças precavidas.
Assumimos que é o Modelo de Sociedade que queremos discutir e que o Modelo de Sociedade
é tão mais que o Modelo Económico que a Sociedade adopta. Não temos a solução, mas
queremos muito procurar o caminho.
Identifiquemos as questões
Debrucemo-nos sobre cada uma delas e ouçamos os tantos que já as pensaram, dos
mais improváveis aos mais evidentes
Analisemos os caminhos propostos
Escolhamos o caminho
Queremos contribuir, passo a passo, para a construção de um Modelo de Sociedade
necessariamente diferente daquele que desilude hoje os que nos antecederam e nos colocou a
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nós numa de duas situações: num beco sem saída porque as soluções antigas se esgotaram; ou
no quilómetro zero de um mundo à espera de ser descoberto e percorrido. Por nós.
“Enquanto houver estrada para andar A gente vai continuar.
Enquanto houver ventos e mar, A gente não vai parar.”
canta Jorge Palma
Reconhecendo a mudança de paradigma com que nos confrontamos e norteados pela direcção
que as Três Setas nos apontam, discutamos e pensemos.
Afinal as Três Setas apontam para onde? A Liberdade, a Igualdade e a Solidariedade são o
cerne de tudo o que fazemos? Pensamos sequer nisso quando decidimos ou a espuma dos dias
é mais forte que o peso das palavras pesadas? Ainda somos Social-Democratas?
O rumor é de que o Estado não vai ter dinheiros para as nossas reformas. Temos o Futuro
Hipotecado? Há alguma coisa tão taxativamente irremediável, de facto? Bastaria apenas que a
pirâmide demográfica invertesse? Ainda que apregoemos um novo Baby Boom, qual a margem
de tempo que os nossos filhos teriam para resolver o nosso problema? A urgência do assunto
trará soluções de penso rápido ou a importância vai ser capaz de fazer um curativo a sério? E
que curativo?
Queremos um país com bebés. Estamos envelhecidos e isso não é bom. Apelamos a que se
façam filhos e pedimos dinheiro para apoiar a nossa vontade de os fazer? Ou queremos que
antes do dinheiro venham as medidas que asseguram que além de nascer, nascem dentro de
uma estruturação sustentada? Incentivar a Natalidade é lógico sem políticas de
sustentabilidade das famílias? Queremos contribuintes ou encargos?
O país é assimétrico. E não dista de nenhum ponto mais de 3 horas de viagem até à costa mais
próxima. Mas é um país com litoral e interior e isso não tem nada a ver com mar ou terra. O
País está mal pensado. E isso interessa a todos: aos que ficaram sem ninguém e aos que
ficaram com gente a mais. Se o território português fosse uma folha em branco, como o
ordenávamos? Em quantas entidades administrativas podemos dividir um mesmo lugar até
que nos pareça um absurdo? Qual é o ganho de escala de divisões diferentes se elas estiverem
empenadas na confusão do seu próprio objecto?
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Da filosofia do eixo franco-alemão Schuman - Adenauer ao eixo Merkl-Sarkozy (que agora
passou a Hollande), o que resta? Fracassou o sonho de Jean Monnet e a União nunca será
verdadeiramente Política porque ninguém lhe percebe o sentido? Ou fracassou derrotado
pelos fortes egoísmos nacionais? Ou não fracassou ainda? E caminha para o fracasso? Ou a
visão europeísta do senhor da Europa Unida triunfará? E sob que modelo? E que modelo
queremos nós?
Pensemos, então, o Mundo que temos. E construamos aquele que queremos ter!
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A NOSSA EQUIPA "Quem caminha sozinho
pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado,
com certeza vai mais longe." Clarice Lispector
LISTA CPR
Presidente Joana Barata Lopes
Vice-Presidente Tiago Albuquerque
Vice-Presidente Frederico Nunes
Vice-Presidente André O’Neill
Vice-Presidente Hugo Roque
Secretário-Geral Patrícia Brito Leitão
Vogal – SG Adjunto Tânia Silva
Vogal André Gomes
Vogal Pedro Roberto
Vogal Tiago Fonseca
Vogal Nuno Jorge
Vogal David Ferreira
Vogal Ricardo Dias
Vogal Carla Marcelino
Vogal – Dir. G. Estudos Diogo Agostinho
Vogal Suplente Miguel Roberto
Vogal Suplente Diogo Açafrão
Vogal Suplente Francisco Canas
Vogal Suplente Daniela Duarte
Vogal Suplente Carlos Fonseca
Vogal Suplente Ricardo Caldas
Vogal Suplente Michal Maganlal
Vogal Suplente João Bernardes
Vogal Suplente Luís Veríssimo
Vogal Suplente Guilherme Canedo Correia
Vogal Suplente Ricardo Silva
Vogal Suplente Ricardo Carvalho
Vogal Suplente Tomás Gonçalves
Vogal Suplente Madalena Barcelos
Vogal Suplente- SG Adjunto João Magalhães
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LISTA MESA
Presidente Ricardo Júlio Pinho
Vice-Presidente João Correia
Vice-Presidente Teresa Ribeiro
Secretário Luís Castro
Secretário Rui Bento
Suplente Filipa Macedo
Suplente Rui Miguel Macedo
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AGRADECIMENTOS
O meu pai ensinou-me a trabalhar; não me ensinou a amar o trabalho.
Abraham Lincoln
Quando finalizamos este documento que é apenas de contribuição para um trabalho
tão maior e marca o início dessa viagem, há agradecimentos que não posso deixar de
fazer:
Um agradecimento sentido a todos os que, de uma maneira ou de outra, contribuíram
para esta Moção de Estratégia Global;
Um agradecimento enorme à JSD Odivelas e ao Paulo Pinheiro, seu Presidente, pela
competência e disponibilidade ímpar com que se propuseram organizar o I Congresso
da JSD Regional de Lisboa AM;
Um agradecimento a toda a Equipa que constituiu a Comissão Política Regional que
agora termina mandato e que é a génese deste novo desafio. Dos eleitos aos
nomeados, agradecer profundamente por terem embarcado nesta aventura de liderar
o Distrito de Lisboa. Sair à Avenida da Liberdade com a JSD Regional de Lisboa
literalmente estampada no peito, entre Confederações Sindicais e Manifestantes
Partidários de uma Esquerda profundamente facciosa, para clamarmos sem medo que
a Liberdade também é nossa, é a imagem de uma JSD que obriga ao respeito de todos
e que guardarei sempre comigo.
Obrigada a todos por terem embarcado tão solidariamente na primeira parte da
aventura que agora continuamos;
Agradecer igualmente às Concelhias da JSD que compõem o Distrito de Lisboa. Por
terem provado durante o mandato que termina que é possível construir em conjunto,
em prol de um bem comum que é a nossa JSD e a sua presença junto dos Jovens
Portugueses. Por provarem que é possível fiscalizar construtivamente e contribuir para
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um Futuro que tem de ser maior que quaisquer manobras de facção ou de interesse
próprio. Obrigada. Porque é assim que provamos que este Distrito ultrapassou o
epíteto constante do “potencialmente muito bom”.
Somos, todos juntos, efectivamente muito bons.
Agradecer-vos porque agora, no momento de provar isso mesmo, apoiam esta
candidatura.
Reunimos nesta candidatura todos os Concelhos. Ao jeito do tema deste Congresso
Regional:
Juntos Superamos Desafios;
Agradecer a todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, tornaram isto possível. A
todos os militantes e amigos que, não estando inseridos nesta ou naquela estrutura,
fizeram parte da construção de um trabalho político em que se reviam, sem quererem
em troca outra coisa que não a realização de objectivos comuns em nome dos ideais
que partilhamos. Muito Obrigada por esse exemplo;
Agradecer a todos aqueles que, não sendo da JSD, sabem estar disponíveis para
partilhar experiências e sabedoria de forma genuína, que é de partilha ao invés de
imposição, num respeito verdadeiro pela autonomia da JSD. Obrigada por saberem
reconhecer a Grandeza que essa autonomia, verdadeiramente honrada e respeitada,
traz continuamente ao (também nosso!) PSD. Muito Obrigada por isso;
Deixo para o fim o agradecimento mais importante de todos. Obrigada a todos aqueles
que fazem parte desta equipa candidata a CRIAR UM FUTURO: Com Todos, Para Todos.
Obrigada pela confiança que depositam em mim e neste projecto. É uma
responsabilidade imensa que espero, sempre, saber honrar;
Termino agradecendo também aos que partem e aos que, agora, deixam a JSD. É o
legado que cada um vai deixando de si que faz desta Juventude Partidária a única
capaz de liderar a Juventude Portuguesa. Pessoalizo no Rudolfo Castro Pimenta, Vice-
Presidente da Comissão Política Regional que agora cessa mandato, este último
Moção Estratégica Global | JSD Regional de Lisboa
Criar um Futuro: Com Todos, Para Todos
Junho 2012
agradecimento. Meu caro Rudolfo, obrigada. Pelo exemplo de uma militância A TODO
O TEMPO, daquelas em que se dá tudo e não se recebe nada que não seja o
sentimento de dever cumprido. Obrigada pelo tempo que roubaste ao tempo para
responder “Presente!” a uma Missão que foi em partes iguais feita de sonho e ousadia,
dependente de uma abnegação e esforço brutais, num Amor profundo à nossa JSD.
Espero que, quando chegue o meu tempo de sair da Jota, possa ser metade do
exemplo que tu foste para mim.
Joana Barata Lopes
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