Não sei se saudade tem cor. Dizem que sim. O que eu sei é que ela tem forma. Não sei se saudade...

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Não sei se saudade tem cor. Dizem que sim.

 O que eu sei é que ela tem forma.

Tem gosto. Tem cheiro. E peso também.

 E, acreditem, ela tem asas !!!

Se não, como nos transportaria tantas vezes a lugares

tão distantes ?

E sei ainda que ela se agiganta quando mais tentamos

diminuí-la. Sei que ela dói de dor intensa e

sem remédio.Se não fosse ela, não sei se

teríamos consciência do tamanho da importância

das pessoas pra gente.

Porque quando amamos alguém, a saudade já chega por antecipação, sorrateira,

disfarçada de algo que não conseguimos decifrar.

É aquela dor fininha de não sei o quê, a angústia boba que nos

invade só de imaginar a separação.

E a gente fica meio sem saber o que fazer.

Mas é assim ...

é uma dor que gostamos de sentir,  um sabor que queremos provar, é

algo que não sabemos explicar, mas é quase palpável.

É amor disfarçado de muita coisa.

São emoções guardadas bem lá no fundo.

Saudade... 

do que foi e do que vai ser.

Saudade que nos acompanha pra

diminuir a solidão e que nos mostra, sobretudo, que estamos

vivos.

Aprendi ainda que saudade não mata.

 É só quase. A gente pensa que vai morrer, mas sobrevive sempre, porque ela traz escondidinha nela uma

outra coisa que chamamos de esperança,

que nos ajuda a caminhar, porque saudade, como o amor, não é cega, saudade vê mais

além.

Produzido por :CrystalSoélis Sanches

Autoria :Letícia Thompson

Formatado por :Sandra Mara

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