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PDEPROGRAMA DEDESENVOLVIMENTOEDUCACIONALFormação Continuada em Rede
Percepção da Degradação de umLago Municipal pelos Alunos da Rede Pública de Ortigueira - PR.
Nilva Giane Trajano Gonçalves
Fonte: Google Maps, 2011 Organizador: Carvalho, 2011
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
NILVA GIANE TRAJANO GONÇALVES
PERCEPÇÃO DA DEGRADAÇÃO DE UM LAGO MUNICIPAL PELOS ALUNOS DA REDE PÚBLICA DE ORTIGUEIRA - PR.
PONTA GROSSA 2011
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SUMÁRIO INTRODUÇÃO___________________________________________________03 1. BREVE HISTÓRICO DE ORTIGUEIRA______________________________ 04 2. PARQUE MUNICIPAL NILSON GORSKI ____________________________10 3. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO _ COLÉGIO ESTADUAL ALTAIR MONGRUEL _ ENSINO F. M. E N. 15 4. O LUGAR_____________________________________________________20 5. A PAISAGEM__________________________________________________22 6. PERCEPÇÃO E REPRESENTAÇÃO ESPACIAL 24 7. O ESTUDO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS_________________________28
7. 1. O CICLO HIDROLÓGICO ____________________________________28 7. 2. BACIA HIDROGRÁFICA _____________________________________30 7. 3. GEOMORFOLOGIA E VEGETAÇÃO BACIA HIDROGRÁFICA_______32 7. 4. DEGRADAÇÃO AMBIENTAL EM BACIA HIDROGRÁFICA 34
8. REFERÊNCIAS________________________________________________42
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INTRODUÇÃO
Trabalhar com um Projeto sobre Educação Ambiental é antes de qualquer
coisa trabalhar com questões relativas às vontades individuais e também com o
conjunto da sociedade, ambos se complementando e possivelmente aumentando
as chances de atuar sobre os problemas ambientais, por meio do estudo de como
os sujeitos percebem a paisagem vivida.
É necessária a abertura de espaços de diálogo que possibilitem o a
compreensão dos conhecimentos e das experiências sobre a dinâmica da
natureza, potencializando as ações de cada um, seja nas escolhas individuais,
seja nas escolhas coletivas. Claval (2002) coloca o espaço como um teatro, onde
o palco deve seu caráter aos atores que nele se encontra, à peça que interpretam
e ao cenário em que acontece. Perspectivas novas para novos futuros para todos,
com vistas à construção de um mundo diferente.
Nesse sentido o presente trabalho de Produção Didático-Pedagógica
(Unidade Didática): Percepção da Degradação de um Lago Municipal pelos
alunos da rede pública de Ortigueira-Pr., reúne informações e materiais para dar
suporte ao projeto a ser desenvolvido, tratando de questões como: histórico da
localidade, do objeto de estudo (Parque Municipal Nilson Gorski – Arroio Água
dos Poços), do Colégio que compõe a rede pública onde será desenvolvido o
projeto, os conceitos de lugar, paisagem, percepção e representação espacial, e
estudo das bacias hidrográfica discutindo questões de sistema, resiliência e
degradação ambiental.
Que este trabalho possa sensibilizar e despertar alunos e colegas para
uma melhor compreensão da percepção, representação do espaço e da
degradação ambiental, instituindo novos valores para a preservação e melhoria
da qualidade de vida no planeta.
E que seja uma possibilidade de ferramenta de uso para o dia a dia de
sala de aula, ou no mínimo uma sugestão.
Bom trabalho a todos!
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A formação histórica das comunidades que integram o município de
Ortigueira está vinculada a vários processos migratórios, e as produções que
existem a respeito são fragmentadas não dando conta de explicar como surgiram
algumas localidades dentro do município.
Ortigueira foi colonizada por migrantes vindos de várias regiões e coincide
também com a frente de expansão que colonizou o Norte do Paraná. Que de
acordo com Alemão (2008), consiste em um processo em que determinado
número de pessoas, sem condições de comprar um lote de terras, saem do lugar
onde se encontram fixados em busca de terras ocupadas para se estabelecerem.
Calvente e Luca exemplificam que:
A partir de 1895, a região dos Campos Gerais, no Paraná, passou a ser grande foco de colonização. O caminho do sul ou estrada das tropas tornaram-se vias de desenvolvimento, formando os primeiros núcleos de povoamento através dos primeiros pousos de tropas, de onde surgiram algumas cidades, como Jaguariaíva, Piraí e Castro. (CALVENTE & LUCA, 2010, p.25)
Em 1904 Adolfo Alves de Souza, Domiciano Cordeiro dos Santos e Marcílio
Rodriguês de Almeida, saíram da localidade em que viviam, Socavão (Município
de Castro) em busca de novas terras para se fixarem. Chegaram a um lugar
chamado por eles de Monjolinho, no interior de Tibagí. Indo um pouco mais além
chegaram no rio Formiga.
Segundo Calvente e Luca (2010) para transpor o rio Formiga foi necessário
queimar um espesso taquaral seco que havia em suas margens. Plantaram feijão
nessas terras queimadas obtendo excelentes resultados o que se tornou em um
fator atrativo para a vinda de outras pessoas, formando um núcleo habitacional
que passa a ser conhecido por Vila de Queimadas.
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A Vila de Queimadas também era visitada por tropeiros, conhecidos por
“cometas”, que traziam grande variedade de mercadorias carregadas por tropas
de burros cargueiros vindos de Curitiba e de Ponta Grossa e que ajudavam a
abastecer a Vila recém nascida.
Conforme Coelho et ali (1959):
Queimadas mudou sua denominação para Ortigueira, atendendo a necessidade de ordem administrativa, uma vez que já existia no Estado da Bahia uma localidade com idêntico nome. Em 14 de novembro de 1951, em virtude da Lei Estadual no 790, foi criado o município de Ortigueira, com território desmembrado parte do município de Tibagi e parte de Reserva, sendo solenemente instalado a 14 de dezembro de 1952. Na mesma ocasião foi empossado o primeiro Prefeito Municipal, eleito pelo povo, Sr. Francisco Sady de Brito bem como instalada a primeira Câmara de Vereadores. (COELHO et ali, 1959, p. 344)
Merece destaque também a atividade de garimpo exercida na Bacia do rio
Tibagi, à procura de diamantes que ajudou na formação do município com a
localidade do Lageado Bonito, hoje distrito juntamente com Monjolinho, Natingui e
Barreiro.
Figura 1: Tropeiros – Comércio de Miguel Bufará (1950), onde hoje é o Sindicato Rural de Ortigueira. Cedida por Pedro Vicente Martins (Arquivo Pessoal, 2011).
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Barreiro também possui uma história muito particular ligada à construção
da BR 376 que corta a região, conhecida por Rodovia do Café. A localidade ficava
na antiga estrada que cortava o município e com a construção da Rodovia acabou
por quase desaparecer.
Também não pode ser esquecida a contribuição das Companhias de
Terras, como a COLIBRA (Colonizadora e Imobiliária Brasileira Ltda), que loteou
quinhões e glebas de terras para vender a terceiros contribuindo com o
nascimento de algumas localidades dentro do município, dentre elas a Briolândia,
Bairro dos França, Pinhalzinho e Vista Alegre. Arias Neto (1995) justifica que nos
anos vinte, surgem diversas companhias imobiliárias interessadas na
comercialização de terras do estado do Paraná. Essas companhias adquiriram
grandes parcelas territoriais do estado, interessado em projetos de povoamento.
Algumas dessas áreas adquiridas não conseguiram progredir, pois se
encontrava abaixo do Trópico de Capricórnio, região de clima temperado
considerada inóspita para a agricultura do café.
Conforme foi aumentando a colonização de Ortigueira, foram surgindo os
primeiros agricultores, chamados de safristas que exerciam a criação de porcos e
a produção de milho como principal atividade econômica. (CALVENTE & LUCA,
2010, p. 27)
Figura 2: Caminhões na década de 70, faziam o transporte da criação de porcos para os estados de São Paulo e Minas Gerais. Cedida por João Pereira (Arquivo Pessoal, 2011).
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Hoje a principal atividade econômica do município é em torno da produção
de grãos, do comércio, da indústria de cerâmica, da bovinocultura e da apicultura.
PRODUTO RECEITA DO MUNICÍPIO ANO BASE 2008/2009
Indústria 6.518,864
Comércio 15.148,792
Produção Primária (Produção) 88.302,701
Agropecuária (Comercialização) 187.393,719 Fonte: Dados Secretaria de Estado da Fazenda – Município de Ortigueira, 2011.
Segundo Martinez (2005):
O nome da Serra da Urtigueira surgiu no Mapa Geográfico do Paraná elaborado pelo Instituto Histórico e Geográfico do Estado, com o nome de Serra da Urtigueira, com a vogal U, nome originário de urtiga, planta urticácea coberta de pêlos finos, que provoca ardência. A região tinha essa planta em abundância. Nas reproduções do mapa, a vogal U saia semelhante à vogal O. O nome foi escolhido através do mapa, sendo adotado como nova denominação da localidade. (MARTINEZ, 2005, p. 53)
O município de Ortigueira está localizado no Segundo Planalto
Paranaense, fazendo parte da Mesorregião Geográfica Norte Central
Paranaense, sobre a estrutura geológica denominada Arco de Ponta Grossa,
composto de inúmeros diques de rochas ígneas básicas. (MINEROPAR apud
BABA & SPOLADORE, 2010, p. 09)
Caracteriza-se por apresentar relevo acidentado e possui uma área de
2.429 km2 (Dois mil, quatrocentos e vinte e nove quilômetros quadrados), tendo a
terceira maior extensão territorial do Paraná.
Sua população é de 23.380 (Vinte e três mil, trezentos e oitenta) pessoas,
conforme dados obtidos pelo censo realizado pelo IBGE em 2010 distribuída por
toda a extensão do município.
Limita-se ao norte com os municípios de Tamarana, São Jerônimo da Serra
e Sapopema; ao sul com Reserva, Imbaú e Telêmaco Borba; a leste com Curiúva
e a oeste com Faxinal, Rosário do Ivaí e Mauá da Serra.
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O clima é subtropical úmido mesotérmico, apresentando verões frescos
(com temperatura média inferir a 22o C), invernos com ocorrências de geadas
severas e freqüentes (temperatura média inferior a 18o C), não apresenta estação
seca. (MARTINEZ, 2005, p.55)
O que se observa no município hoje é que as pequenas propriedades estão
perdendo importância provocando intensos movimentos de evasão populacional
das áreas rurais.
Há o surgimento de grandes fazendas voltadas à produção de soja,
reflorestamento e pecuária. Existe, portanto, a necessidade de resgatar o
passado histórico do município, para que a comunidade perceba o potencial que
possui e investir em fontes de renda que estimulem os pequenos proprietários a
não abandonarem o campo, saindo em busca de melhores empregos, estudo e
condições de vida acabando por engrossar o número de favelas em centros
maiores.
Andrade (1994) coloca que necessária se torna uma política de
regionalização agrícola que permita melhor diversificar a sua produção e obter
maiores taxas de produtividade e de rentabilidade. Cabe aos setores
Figura 3: Vista aérea da cidade de Ortigueira em 20 . Cedida por Robson Carvalho (Arquivo da Prefeitura Municipal de Ortigueira 2011).
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governamentais diversificar a produção e corrigir os problemas econômicos e
sociais, criando alternativas para este homem do campo fixando-o a terra e não
contribuindo para a concentração de propriedade e de renda.
ATIVIDADE PARA A SALA DE AULA
• Apresente duas fotografias reproduzidas em tamanho grande para seus
alunos. Uma pode ser do início da formação da localidade, a outra atual, de
preferência escolha pontos estratégicos, que tenha apresentado certo
desenvolvimento e que não lembre os tempos antigos.
• Peça para que os alunos falem sobre o que vêem na fotografia, podendo
ser analisadas individualmente e por planos, primeiro plano, segundo plano
e terceiro plano.
• Solicite que os alunos registrem suas observações a respeito das
fotografias.
• Verifique a possibilidade dos alunos produzirem uma redação sobre a
“evolução” ou não, da localidade em questão.
• Promova uma discussão juntamente com os alunos para verificar os fatores
que levaram a essa evolução ou não. Neste momento pode ser feito um
quadro com os fatores positivos e negativos do crescimento do município.
Sugestão.: Para contribuir com esta atividade pode-se utilizar Google e outros
sítios eletrônicos para Identificar as tipologias de uso da terra, verificando as
atividades econômicas do município em questão. Também é interessante analisar
o site do município, o deste material didático é www.ortigueira.pr.gov.br que traz
informações como dados gerais da cidade, diversidade cultural, esporte e lazer,
economia e crescimento, história, meio ambiente e turismo, dentre outros. Outro
site que também poderão estar verificando é: www.ipardes.gov.br/biblioteca/docs
que traz estudos específicos sobre os municípios do Paraná.
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Na década de 50 a família Kovaleski escolhe Ortigueira, uma pequena
cidade do interior do Paraná para fixar residência. Vieram para trabalhar com
hotel e restaurante e adquirem a princípio uma propriedade na Rodovia Estadual,
chamada de Estrada Velha, local hoje conhecido como Farinheira, devido a uma
fábrica de farinha de milho que ali existia (Vila Diniz).
O hotel e restaurante funcionava naquele local, era bastante movimentado,
pois as pessoas tinham que passar por aquela estrada de chão batido para se
dirigirem a Apucarana, Telêmaco Borba, Ponta Grossa, Curitiba e outras
localidades que ligassem ao norte e ao sul do estado do Paraná. A Rodovia do
Café ainda não existia.
Com a construção da Rodovia do Café – Br 376 na década de 60, que não
seguiu o mesmo traçado da antiga estrada, a Família Kovaleski compra outra
propriedade na entrada da localidade, às margens da nova Rodovia e muda o
hotel e o restaurante acompanhando o novo fluxo de movimento que surgiu com a
construção da rodovia asfaltada, sendo um elo de ligação com a capital e com o
Porto de Paranaguá que escoava a produção de café do norte do estado.
Figura 4: Arroio Água dos Poços acima da Rua Terézio Borba em 1992. Cedida por Neusa Maria de Oliveira (Arquivo Pessoal, 2011).
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A propriedade é cortada pelo Arroio Água dos Poços onde a princípio foi
feita uma pequena represa com a finalidade de abastecer de água o restaurante
da família às margens da Rodovia. A represa também servia para animais que
eram criados soltos em volta do arroio beberem água.
Na 2a Gestão do Prefeito Sr. Antonio de Oliveira Mattos é comprado parte
do terreno que pertencia à Família Kovaleski, à margem esquerda do Arroio Água
dos Poços para a construção de casas populares, nesta altura o Sr. Vadeki
Kovaleski já havia falecido e o terreno foi comprado da Sra Saloméia Kovaleski. A
construção das casas populares não foi colocada em prática, pois o terreno é um
fundo de vale, considerado portando inadequado para tal finalidade, devido ao
processo erosivo que pode ocorrer no local.
O terreno doado pela Prefeitura pertencia à COHAPAR (Companhia de
Habitação do Paraná), com sede em Curitiba e que retorna novamente à
Prefeitura na Gestão da Prefeita Sra Marlene de Oliveira Mattos Pádua em 08 de
setembro de 1994, quando então a Prefeitura adquire outro terreno e passa à
COHAPAR para a construção do Conjunto Habitacional Santa Cecília e
Queimadas, conhecido também por 109 Casas (60 construídas em convênio com
a COHAPAR e 59 em convênio com a Caixa Econômica Federal).
A extensão de terras comprada pela Prefeitura foi de 3 hectares (30.000.00
m2), a parte restante cabendo como herança a cada filho 0,72 alqueires, ou seja,
¼ de terras. Alguns dos herdeiros lotearam as partes dos terrenos que lhes
pertencia, sendo eles oito filhos: Tereza K. Bunioski, Irene K. Moreira, Vitoldo
Kovaleski, Emílio Kovaleski, Balbina Kovaleski, Vicente Arnoldo Kovaleski, Hélio
Kovaleski e Maria Madalena K. Barboza.
Famílias que possuem propriedades de terras à margem direita do Lago
reivindicam que sejam indenizadas por terem perdido parte de suas propriedades,
sem o processo de desapropriação, devido à invasão das águas provocadas pela
criação do Lago e da estrada em todo o entorno. As terras anteriormente
pertenciam ao Sr. José Sebastião Gouveia e Sr. Osvaldo Lopes da Silveira, que
passaram suas propriedades a herdeiros ou a venderam a terceiros.
Em 1991, na Gestão do Prefeito Sr. Nelson Espaki, foi feita a construção
do Lago artificial no Arroio Água dos Poços, às margens da Avenida Paraná. A
construção contou com a ajuda da Klabim através de um convênio entre a
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Prefeitura e a Fábrica. O Arroio Água dos Poços, no local onde existia a represa,
foi esgotado e ampliado, tomando o formato que tem hoje.
No dia 14 de dezembro de 1992, foi
inaugurado e colocado à disposição de uso
pela população, através da Lei no 281/282 de
21 de dezembro de 1992. O Lago, bem como
todas as benfeitorias realizadas naquele
espaço, passa a ser denominado Parque
Municipal “Nilson Gorski”. A intenção do
Prefeito era construir um Centro Cívico com a
instalação dos Três Poderes, que pelas
mesmas razões da construção das casas
populares também não pode ser colocado em
prática.
No Parque Municipal Nilson Gorski, existem outras construções como a
Quadra de Esportes Litinho, Casa do Idoso (Centro de Convivência da Melhor
Idade), Acadêmia ao Ar Livre, Casa Liberdade Assistida/Novo Amanhã, Colégio
SESI – Ensino Médio e o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil).
Figuras 5 e 6: Inauguração do Parque Municipal Nilson Gorski, pelo então Prefeito Sr. Nelson Spaki. Cedida por Olavo da Silva Ferreira (Arquivo Pessoal, 2011).
Figura 5
Figura 6
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Construções feitas na Gestão da Prefeita Sra Marlene de Oliveira Mattos Pádua e
do Prefeito Sr. Geraldo Magela do Nascimento.
Hoje o Lago encontra-se vazio devido a um projeto do Prefeito Sr. Geraldo
Magela do Nascimento de ampliação e revitalização, através da regularização das
curvas que possui, construção de chafariz, ponte (travessia sobre o Lago), pista
de caminhada dividida em dois trajetos (ciclista e pedestre) revestida com asfalto
e iluminação.
Figuras 7, 8 e 9: Esvaziamento do Lago Municipal em Janeiro de 2011. Cedida por Marcos Sanches Alves
(Arquivo Prefeitura Municipal de Ortigueira, 2011).
Figura 7
Figura 8 Figura 9
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O objetivo é que o Lago fique pronto até a festa do Município, data em que
se comemora o aniversário da emancipação da cidade, dia 14 de dezembro de
2011.
Parafraseando Oliveira (2006) o Lago Municipal está localizado dentro do
perímetro urbano da cidade e tem um potencial para uma ampla e importante
área de lazer, pois o local é constantemente utilizado pelos moradores mesmo
sem ter as condições necessárias. Portanto, espera-se que a revitalização do
Lago traga benefícios a toda população.
ATIVIDADE PARA A SALA DE AULA
• Professor comece esta atividade conversando oralmente com seus alunos,
levantando questões como: Na sua cidade existem espaços de
convivência? Há uma relação de pertencimento com a população local? As
pessoas freqüentam esses espaços? Porque?
• Relacione juntamente com seus alunos esses espaços levantando os
pontos positivos e negativos que apresentam.
• Faça uma pesquisa sobre seu estado de conservação e registre essas
informações.
• Solicite aos alunos que façam uma redação ou um artigo para um jornal,
relatando sobre o estado de conservação desses locais dizendo se deve
ser proibida a sua visitação ou não e o porque.
• Verifique com este exercício juntamente com seus alunos a diversidade de
opiniões, podendo ser feito um quadro sobre elas. Aproveite este momento
para trabalhar a questão do “respeito” que deve existir sobre a opinião do
outro, mesmo que não concordem com ela.
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O Colégio nasceu como Ginásio Laurindo Barboza de Macedo em
08/09/1968. Funcionava no prédio da Escola Estadual Castro Alves – Ensino de
1o Grau, o atual Nilson Gorski.
Em 1970 foi incorporado à Rede de Ensino com a denominação de Ginásio
Estadual de Ortigueira e em 14/03/1975, muda o seu nome para Ginásio Estadual
Altair Mongruel. O nome veio do educador Altair Villaça Mongruel, fundador da
Academia Pontagrossense de Comércio, considerada uma iniciativa pioneira no
ensino comercial. Adepto do ideal progressista, tinha como lema: “Ser amigo do
aluno, para formar o homem”, assim foi amigo e conselheiro de várias gerações.
Também empresta seu nome ao SEPAM (Sociedade Educacional Professor Altair
Mongruel) de Ponta Grossa. (GONÇALVES, 2006)
Nesta época, as escolas e colégios da região eram jurisdicionados ao
Núcleo de Ponta Grossa, o atual Núcleo de Educação de Telêmaco Borba ainda
não existia.
No ano de 1972, passa a funcionar em instalações próprias, na Avenida
Brasil, 955 inaugurado pelo então Governador do Estado o Sro Pedro Viriato
Parigot de Souza, que governou de 23/11/1971 a 11/07/1973, eleito indiretamente
e veio a falecer no exercício do cargo.
Figura 10: Avenida Brasil, década de 1970, nesta mesma avenida é feita a construção do Ginásio Estadual de Ortigueira. Cedida por Olavo da Silva Ferreira (Arquivo Pessoal, 2011).
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Nas dependências da Escola, mediante contrato entre a Secretaria de
Estado da Educação (SEED) e a Prefeitura Municipal de Ortigueira, concomitante
com o Ginásio Estadual Altair Mongruel, funcionou o Colégio Municipal Ministro
Ney Braga – Ensino de 2o Grau, com início em 1978, ofertando as habilitações de
Magistério e Contabilidade.
Em 1980 houve uma reorganização nas dependências da Escola,
resultante da junção do Ginásio Estadual Altair Mongruel – Ensino de 1o Grau e o
Colégio Municipal Ministro Ney Braga – Ensino de 2o Grau.
Com a cessação voluntária das atividades escolares do Colégio Municipal
Ministro Ney Braga – Ensino de 2o Grau, o estabelecimento de ensino passa a
denominar-se Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino de 1o e 2o Graus,
incorporando as duas modalidades de ensino.
No decorrer do tempo foram extintos os cursos de Magistério e
Contabilidade e instituído o Curso de Educação Geral. Gradativamente a partir de
1999, passa a ser ofertado o curso no turno matutino, pois o Ensino Médio só era
oferecido no período noturno. E a partir de 2005 o Colégio volta a ofertar o Curso
de Formação de Docentes – Normal.
Figura 11: Desfile do Ginásio Estadual de Ortigueira em 1970. Da esquerda para a direita: Laura Siqueira, Eliza Justus, Eliane Justus, Elizabhet Torres Pereira. Cedida por Maria Catarina Justus (Arquivo Pessoal, 2011).
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Hoje o estabelecimento possui a seguinte denominação: Colégio Estadual
Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Situa-se na Avenida
Brasil, 955, sob a jurisdição do Núcleo Regional de Educação de Telêmaco Borba
e tendo como entidade mantenedora a Secretaria de Estado da Educação –
SEED. Funciona nos três turnos de ensino (matutino, vespertino e noturno),
atendendo aproximadamente 1.350 alunos.
_________________________________________________________________
DIRETORES DO COL. EST. ALTAIR MONGRUEL – ENS. F. M. e N.
_________________________________________________________________
08/09/1968 - Amaury Pelissary (1o Diretor)
30/12/1969 - Benedita de Godoy
20/01/1971 - João Sala
/ /1978 - João Sala
/ /1980 - Darci Moreal - Arilton de Almeida
/ /1982 - Iracema Sala Moreal
/ /1982 - Tizuko Ishinose Adatihara
/ /1983 - Ostragilda Brandeleiro França
/ /1983 - Francisco Eugênio dos Santos
Figura 12: Imagem atual do Colégio Estadual “Altair Mongruel”, 2011. Cedida por Luciane Regina Valenga (Arquivo do CEAM, 2011).
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/ /1983 - Lauro Pereira Cordeiro Filho
/ /1984 - Arilton de Almeida
/ /1987 - Lucia Bunioviski Taira
/ /1992 - Marialva Celeste do Nascimento Janacievicz
/ /1996 - Marialva Celeste do Nascimento Janacievicz
/ /2002 - Nilson Corrêa
/ /2004 - Claudia Costa Cabral
/ /2006 - Elizete Campos de Souza
/ /2008 - Claudia Costa Cabral
_________________________________________________________________
Fonte: Projeto Político Pedagógico – CEAM – 2010
Obs: Em alguns momentos se confundem os Diretores do Ginásio Estadual Altair
Mongruel – Ensino de 1o Grau, com o Colégio Municipal Ministro Ney Braga –
Ensino de 2o Grau.
ATIVIDADE PARA A SALA DE AULA
• Você conhece a História do Colégio em que estuda? Pesquise no Projeto
Político Pedagógico da Escola e faça um levantamento dos principais
momentos vivenciados pelo Estabelecimento de Ensino até os dias de
hoje.
• No portal www.diaadiaeducação.pr.gov.br você encontra várias
informações sobre sua escola.
• No site www.orgaltairmongruel.seed.pr.gov.br você encontra notícias da
educação, área pedagógica do Colégio em questão, órgãos colegiados,
formação continuada dentre várias outras informações. Como sugestão
pode-se montar um quadro sobre as instâncias que formam o espaço
escolar. Também seria importante depois da montagem do quadro
conhecer as dependências do espaço escolar, quem ocupa cada função
bem como o papel que desempenha.
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• Você conhece o site da sua escola? Pesquise! Descubra! Você pode
encontrar coisas muito interessantes!
Sugestão: Neste momento, pode-se trabalhar outro conceito geográfico que a
formação de redes, que segundo Silva (2009) é conjunto de localizações
geográficas interconectadas entre si por um certo número de ligações, baseado
na mesma autora a atividade consta das seguintes etapas:
- Peça para os alunos marcarem um ponto no centro de uma folha de papel
sulfite, que representará o local de residência desse aluno.
- Num prazo de uma semana, por exemplo, os alunos deverão marcar todo
o trajeto que percorrerem, tomando a residência como ponto fixo. A cada
deslocamento, deverá ser feito um traço ligando os pontos percorridos.
- Ao final do tempo estabelecido os aluno terão, uma rede geográfica, que
criaram através de seus deslocamentos diários. Verifique a intensidade que as
ligações ocorrem, a natureza dentre outros conceitos, pode se ampliar o conceito
para escalas maiores.
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Quando se vai à casa do melhor amigo, ao campinho de futebol ou andar
de skate na pracinha está se vivenciando situações do dia a dia. Situações que
fazem parte do cotidiano das pessoas, do lugar onde vivem, do país e por que
não do mundo, referenciando cada indivíduo ao interior de uma localidade na qual
se estabelece laços de pertencimento e identitários.
As situações descritas ocorrem em ambientes que são familiares: a casa
do melhor amigo, o campinho de futebol, o andar de skate na pracinha. Esses
locais onde a vida se desenrola, onde se desenvolve diferentes atividades são o
que a geografia denomina lugar. É nele que se vive e se convive. Mello (1990)
exemplifica que:
[...] a cama, a casa, a rua, o bairro e parte da cidade são lugares experienciados diretamente. A cidade e a nação, parcialmente conhecidos, são estimadas por elementos simbólicos, emocionais, da identidade, do pertencer, pela propriedade, pela arte ou pela educação. Não se experiência na totalidade a pátria ou o espaço urbano. Porém estes símbolos de fraternidade (homem-lugar) são na verdade um único ser. (MELLO, 1990, p. 105)
É evidente que não se pode conhecer totalmente o país ou uma cidade da
mesma forma que se experiência o bairro onde mora, o lugar que se vive o dia a
dia.
Considerando que o conceito de lugar, é um espaço conhecido, que faz
parte do dia a dia das pessoas. Que nesse lugar onde se vive e que se
estabelecem vínculos de apego, de solidariedade, é fundamental que se
compreenda o seu papel e o seu significado.
Relf apud Silva (2009) evidencia que a leitura do lugar é construída a partir
da posição do indivíduo que experiencia o espaço. As atitudes que os sujeitos tem
com o lugar dependem do grau de experiência vivenciada em relação a ele
podendo ser direta ou indireta. Segundo o autor estas relações são classificadas
de autênticas e inautênticas. A primeira originada de relações verdadeiras
21
construídas ao longo da vida. A segunda originada de relações superficiais, sem
vínculo, sem o desenvolvimento de um pertencimento pelo lugar.
Cada lugar tem suas características, tanto nas especificidades naturais,
como nas culturais. As pessoas percebem o lugar e o representam conforme suas
experiências, que podem ser individuais quanto o resultado das relações sócio
culturais. Claval (2001) afirma ser o objeto da geografia atual, compreender a
maneira como as pessoas vivem sobre a terra, experienciam os lugares que
habitam ou visitam, encontram indivíduos e grupos, dão um sentido a esses
contatos e tentam modificar as realidades nas quais vivem.
Considerando que os fatos ocorrem em um lugar e que seu entendimento
exige que se pense nas relações que aí se estabelecem procure observar com
mais atenção, com mais curiosidade o lugar onde vive. A partir daí, poderá
compreender melhor a sua realidade e a das outras pessoas.
A seguir é apresentada uma atividade que busca compreender o
significado do conceito lugar.
ATIVIDADE PARA A SALA DE AULA
• Peça para seus alunos escolherem lugares que identifiquem situações
cotidianas (ex. de atividades: skate, bicicleta, bola, estudar) referenciando
aos espaços vividos: do bairro, da rua, da própria casa, ou qualquer outro
que tenha um simbolismo para o aluno;
• Depois solicite que desenhem estes lugares;
• Em seguida montar um quadro com os tipos de relações desenvolvidas em
cada espaço desenhado, ajudando a compreender e a identificar estas
áreas como “lugares”.
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Tudo o que se pode ver e sentir no lugar onde se está em um determinado
momento é uma paisagem e ela pode ser natural (como o mar, os desertos, as
montanhas, os rios etc.), ou criada pelo homem (como as casas, os edifícios, as
ruas, pontes entre outros).
A definição apresentada pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica
(DCEB) utiliza o conceito de Milton Santos (1988), entendendo a paisagem como
o domínio do visível, aquilo que a vista abarca. Não é formada apenas de volume,
mas também de cores, movimentos, odores, sons etc. (DCEB, 2008, p.55)
Diante do exposto se percebe outros elementos na composição da
paisagem que não somente o que é visível, mas também o que é percebido
através do cheiro (odor) ou dos sons (audição), reconhecendo também aquilo que
está embutido na composição da paisagem, que só pode ser compreendido pela
objetividade. Segundo MacDowell (1996) existe uma preocupação cada vez maior
de que o conhecimento é múltiplo e situacional, que existem muitas maneiras de
ver e ler a paisagem.
O que se pode compreender é que existe a idéia que dependendo do
‘olhar’ do observador pode-se construir diferentes visões sobre a paisagem,
transparecendo inclusive as relações de poder, cultura, etc., no processo de
atribuição de significados da paisagem.
MacDowell argumenta que:
[...] as paisagens não são apenas construídas, são também percebidas através da representação de versões ideais, na pintura e na poesia, como também no discurso científico e nos escritos acadêmicos. Em conseqüência, os novos geógrafos da paisagem reteorizam a paisagem não apenas como resultado material de interações entre o ambiente e a sociedade [...]. O geógrafo encontra-se também culturalmente situado, e assim, o modo como ele/ela vê a paisagem é cultural e historicamente específico. (MACDOWELL, 1996, p. 176)
23
A paisagem deve ser analisada não só pelos elementos visíveis, mas
também pelos elementos subjetivos que representam dinâmicas sociais, culturais,
econômicas e políticas.
Como a paisagem é formada por elementos diferentes (culturais e
naturais), não se mantém sempre igual, ela está sempre modificando.
Quando se fala que a paisagem muda, ela não se modifica de uma só vez,
ao se observar uma paisagem pode-se perceber elementos recentes, e outros
que já existem há muito tempo.
No entanto, deve-se tomar cuidado para não confundir paisagem com
espaço geográfico, ela é apenas um conjunto de objetos com diferentes datações
e está em constante processo de mudança (CAVALCANTI apud DCEB, 2008,
p.55).
Agora com bastante atenção procure através da atividade proposta,
perceber as relações das pessoas com a paisagem.
ATIVIDADE PARA A SALA DE AULA
• Traga para a sala de aula diversos tipos de fotografias, podendo ser do
objeto de estudo ou não;
• Faça a análise da fotografia: o que está presente em 1o plano, o que está
presente no 2o plano e o que está presente no 3o plano;
• Em seguida faça um quadro sobre as “percepções” apresentadas a
respeito das paisagens, procurando estabelecer as similaridades e as
divergências de cada fotografia apresentada.
Sugestão: Nesse instante não é necessário tratar do universo da pesquisa, pode
ser aleatório, o que importa é que os alunos percebam as etapas do trabalho e
retirem informações da foto analisada.
24
A percepção é uma atividade mental de interação do indivíduo com o meio
ambiente que ocorre através de mecanismos perceptivos como: visão, audição,
tato, olfato e paladar; e cognitivos que envolvem a inteligência, incluindo
motivações, como humor, conhecimento prévio, valores e expectativa dentre
outros.
Nesse sentido destacamos:
[...] cada percepção tende a ser seletiva, criativa, fugaz, inexata, generalizada, estereotipada e, justamente por que imprecisa, as impressões parcialmente heterogêneas sobre o mundo em geral sempre são mais convenientes do que os detalhes exatos a propósito de um pequeno segmento do mundo. (LOWENTAL, 1982, p.122)
A percepção é referenciada não apenas como uma atividade
contemplativa, mas sim através do percepto de diversas cenas individuais, ao
mesmo tempo relacionando-se com outras paisagens.
Segundo Oliveira:
A percepção é essencialmente egocêntrica e ligada a uma certa posição do sujeito percebedor em relação ao objeto, ao percepto, sendo estritamente individual e incomunicável (senão através da linguagem ou do desenho). (OLIVEIRA, 2002, p. 192)
Cada visão é única, pois cada pessoa habita, escolhe e reage ao meio de
diferentes maneiras, influenciadas pela sua maneira de sentir, de ver e
contemplar as paisagens.
No processo da percepção da paisagem, existe outro princípio que tem que
se levar em consideração, o fato de que esta é marcada e representa processos
de transformação cultural, ou seja, ela é o resultado de uma representação da
relação homem/natureza.
Se por um lado a atividade perceptiva esta mais ligada à capacidade do
indivíduo captar, filtrar e decodificar os objetos do espaço. A codificação é o ato
de depositar sobre um determinado objeto um significado, ou um valor que
25
depende do contexto social da realidade presente. Nesse sentido, a
representação (ou seja, a modelização da realidade) é o um ato coletivo imerso
nas especificidades socioculturais de uma sociedade.
Para explicar o conceito de representação, é indispensável expor a visão
de Kozel (2002):
Caberia, sobretudo à geografia das representações entender os processos que submetem o comportamento humano, tendo como premissa que este é adquirido por meio de experiências (temporal, espacial e social), existindo uma relação direta entre essas representações e o imaginário, revolucionando a gênese do conhecimento, permitindo compreender a diversidade inerente às práticas sociais, às mentalidades, aos vividos. (KOZEL, 2002, p. 215)
A representação é uma compreensão da vivência no espaço, sobretudo por
ser feita por meio de experiências, sejam elas temporais, espaciais e sociais,
existindo uma relação direta com o imaginário, ou seja, criar ou conceber para
representar o que é pensado. Na visão de Grégory apud Kozel (2002, p. 216), é
denominado “mundo como exposição”, evidenciando que os espaços são vividos
por homens e sociedades reais, concretas.
O indivíduo pode observar e elaborar suas explicações, dividir o que sente,
e interpretar o mundo segundo suas próprias perspectivas, mas que merece ser
considerada. Ao resgatar o vivido e as subjetividades, atribuí-se à análise espacial
maior amplitude para desvendar aspirações e valores pertinentes aos grupos
humanos, refletindo-se na organização espacial. (KOZEL, 2002, p. 216)
Diante do exposto consideram-se as representações como uma
oportunidade de trabalho na área didático pedagógica, servindo de suporte para o
trabalho desenvolvido em sala de aula, ajudando na compreensão e construção
da realidade local ao global, através das representações da linguagem ou do
desenho.
É importante compreender como os alunos percebem e representam o que
está à sua volta, tornando o processo educativo mais interessante e eficaz,
evitando meras suposições do que possam pensar ou sentir, para isso sugere-se
uma atividade para avaliar as percepções que os alunos possuem, para depois
fazer um trabalho de conscientização ambiental, através dos mapas mentais.
26
ATIVIDADE PARA A SALA DE AULA
Ao se propor um trabalho sobre percepção e representação e interessante
que se crie uma situação problema, no trabalho em questão é:
• Qual a percepção e a representação de degradação da paisagem
para os alunos? Há diferenças marcantes entre as percepções de
cada aluno?
• Que modelo de atitudes a educação pode tomar para ajudar a
manter os recursos do planeta, contribuindo para um mundo mais
justo e igualitário?
O objetivo é a mobilização para a aquisição do conhecimento, deve ser
crítico, dinâmico e estar interligado com a realidade do aluno.
Para esta atividade busca-se classificar os aspectos comuns (percepção)
que possam surgir nas representações. Sugere-se trabalhar com os desenhos e
as produções escritas realizados pelos alunos no trabalho de campo e através
deles verificar se possuem relações entre o aluno e o ambiente em que vivem
apresentando informações armazenadas ao longo do tempo e também
conhecimento.
Significa, entre outras coisas classificar os aspectos de suas
manifestações, através de um diagnóstico que segundo Floriani (2011)
compreende:
1 – Conhecimento: conhecimento através de alguma coisa, que pode ser obtida
pelos sentidos (tato, olfato, paladar, visão e audição);
2 – Descrição minuciosa de algo, feita pelos examinados, classificados ou
pesquisados;
3 – Juízo declarado ou proferido sobre a característica, a composição, o
comportamento, a natureza etc., de algo, com base dados e/ou informações
destes obtidos por meio de exames.
Seguindo as orientações descritas acima classificar os desenhos (mapas
mentais), conforme Schwarz et al (2007) quanto:
a – tendências dos elementos desenhados (desenhos comuns);
27
b – verificar se os desenhos apresentam o ecossistema visitado;
c – verificar se os desenhos apresentam: i) bom estado de conservação; ii)
péssimo estado de conservação; iii) comparação entre o bom e o péssimo estado
de conservação e se apresentam como o ecossistema deveria ser tratado.
A partir da análise dos itens descritos acima, chega-se ao resultado, ou
seja, se os alunos percebem ou não um ecossistema degradado e a importância
de sua preservação para uma melhoria da qualidade de vida. Os resultados
podem ser apresentados por meio de gráficos e tabelas, ou mesmo descrição das
porcentagens verificadas em cada item ou desenho em particular.
28
7.1. O CICLO HIDROLÓGICO
A água é uma substância com características próprias, e existe em três
estados: sólido, líquido e gasoso, na atmosfera e na superfície da Terra, no
subsolo ou nas grandes massas constituídas pelos oceanos, mares e lagos. A
passagem de um estado para outro depende de um rearranjo das moléculas e da
configuração de seus componentes.
Em sua constante movimentação, configura o que se convencionou chamar de ciclo hidrológico; muda de estado ou de posição com relação à Terra, seguindo as linhas principais desse ciclo (precipitação, escoamento superficial ou subterrâneo, evaporação), mantendo no decorrer do tempo uma distribuição equilibrada, [...]. (PINTO et al, 1976, p.1)
O ciclo hidrológico apresenta os componentes de evaporação, transporte
pelos ventos, precipitação e drenagem.
Os componentes do ciclo hidrológico segundo Speidel et ali apud Tundisi &
Tundisi (2008) são:
ü Precipitação: água adicionada à superfície da Terra a partir da atmosfera.
Pode ser líquida (chuva) ou sólida (neve ou gelo);
ü Evaporação: processo de transformação da água líquida para a fase
gasosa (vapor d’água). A maior parte da evaporação se dá nos oceanos,
seguida nos lagos, rios e represas;
ü Transpiração: processo de perda de vapor d’água pelas plantas, o qual se
dispersa para a atmosfera;
ü Infiltração: processo pela qual a água é absorvida pelo Sol;
29
ü Percolação: processo pelo qual a água entra no solo e nas formações
rochosas até o nível freático;
ü Drenagem: movimento de deslocamento da água nas superfícies durante a
precipitação.
A água que atinge a superfície de uma bacia hidrográfica pode, então, ser
drenada, reservada em lagos e represas, e daí evaporar para a atmosfera ou se
infiltrar e percolar no solo. (TUNDISI & TUNDISI, 2008, p. 39)
Ciclo Hidrológico e seus principais processos:
Os principais rios e lagos da Terra são fundamentais para a sobrevivência
de organismos, plantas e animais, e a própria sobrevivência do Homem na Terra,
além de constituírem importantes reservatórios de água doce, situados no interior
dos continentes e drenando extensas áreas.
A distribuição das águas no planeta Terra é irregular, existem regiões com
muita água e outras com pouca água ou nenhuma. A disponibilidade de água
para consumo ou não depende das reservas de água existentes em lagos, rios,
represas, pântanos e águas subterrâneas; por isso a importância do cuidado e da
preservação das Bacias Hidrográficas.
ILUSTRAÇÃO: GONÇALVES, 2011 FONTE: Baseado em diversas fontes.
30
As bacias hidrográficas vem assumindo uma importância cada vez maior à
medida que aumentam os efeitos da degradação ambiental, por isso o item
seguinte trata com mais cuidado desta questão e procura explicar o que é uma
bacia hidrográfica.
7.2. BACIA HIDROGRÁFICA
Toda água que cai da chuva escorre para um rio, ou lago etc., e são
responsáveis pelo fornecimento de grande parte da água de que se necessita
para sobreviver. Também são utilizados como vias de circulação de pessoas e
mercadorias, dentre vários outros recursos utilizados para a sobrevivência
humana.
Dentro da bacia hidrográfica os rios apresentam uma hierarquia. Os cursos
de água das nascentes vão se unindo a outros, formando os córregos, que por
sua vez se unem a outros, formando os riachos, que desembocam em rios de
porte médio, fluindo para rios maiores até alcançarem o oceano.
Assim, cada curso de água vai sendo engrossado pela chegada de outros
rios que vão formando uma rede hidrográfica, que é o conjunto de cursos de
água que tomam uma direção dominante, comandados por um rio maior, ou seja,
o rio principal (GARAVELLO & GARCIA, 2002, p. 137).
Redes Hidrográficas:
ILUSTRAÇÃO: GONÇALVES, 2011 FONTE: Baseado em diversas fontes.
31
Para Tucci e Mendes (2008), a delimitação de uma bacia hidrográfica se
faz através dos divisores de água, que captam as águas pluviais e as desviam
para um dos cursos d’água desta bacia.
O espaço drenado por essa rede de rios corresponde à bacia hidrográfica. Exemplificando:
A bacia hidrográfica é um conjunto de terras drenadas por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. A idéia de bacia hidrográfica está associada à noção da existência de nascente, divisores de água e características dos cursos de água, principais e secundários, denominados afluentes e subafluentes. (ALBANO & MOARA, 2008, p. 63-64)
Bacia Hidrográfica:
Há cinco grandes bacias hidrográficas no Brasil, que são as dos rios
Amazonas, Tocantins/Araguaia, São Francisco, Paraguai e Paraná, e outras sete
menores, que são: Atlântico Nordeste Ocidental, Parnaíba, Atlântico Nordeste
Oriental, Atlântico Leste, Atlântico Sudeste, Atlântico Sul e Uruguai, conforme
Divisão Oficial do IBGE, de 15 de outubro de 2003.
ILUSTRAÇÃO: GONÇALVES, 2011 FONTE: Baseado em diversas fontes.
32
Bacias Hidrográficas do Brasil:
7.3. GEOMORFOLOGIA E VEGETAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA
Os lagos, tomados como ecossistemas formam composições importantes
na paisagem, esta com certeza relacionada à sua origem é um fator determinante
de algumas de suas propriedades gerais, (morfometria, fluxo de água, ciclo
hidrológico, geomorfologia e cobertura vegetal).
A geomorfologia e a cobertura vegetal que formam a composição da
paisagem (extensão, área, e composição), são elementos fundamentais na bacia
hidrográfica. Segundo Tundisi & Tundisi (2008) a cobertura vegetal interfere nos
mecanismos de transporte das águas, reduz a erosão e aumenta o potencial de
infiltração, sendo fundamental para a recarga dos aquíferos.
FONTE: http://www.cnrh-srh.gov.br/delibera/resolucoes/R032.htm. Acesso em jul. 2008
33
Na transição dos ecossistemas, ou seja, de uma área para outra,
apresenta-se grande variedade de diversidade de formações vegetais com
características distintas, e as que têm maior importância são as matas ciliares e
as áreas alagadas ao longo dos rios, considera-se também a orla do lago.
Baseado em Tundisi & Tundisi (2008) apresenta-se as principais
características dessas formações vegetais:
ü Matas ciliares: constituída por vegetação adaptada à flutuação do nível da
água composta por matas de galeria ou florestas ríparias. A vegetação
ripária localiza-se em áreas de sedimentação que constituem o suporte
dessa vegetação altamente diferenciada (AB’SABER apud TUNDISI &
TUNDISI, 2008). Os solos mais comuns nesse tipo de vegetação são os
orgânicos (constituídos de material orgânico).
ü As áreas alagadas: apresentam alta diversidade de espécies vegetais.
ü Orla do lago: caracteriza-se por uma ativa interação de sedimentos e de
água (crescimento de macrófitas submersas e pelo crescimento de
microorganismos).
A geomorfologia fluvial relaciona os processos de formação do relevo
fluvial aos solos correspondentes. A dinâmica hidrológica de um rio ou arroio, está
associada a um sistema de formas interconectadas, como por exemplo, a planície
de inundação, os leitos menor e maior, ao diques e terraços aluvionares, onde
serão desenvolvidas algumas classes de solos associadas à dinâmica hidrológica.
As florestas ripárias se constituem nesses tipos variados de solos que
apresentam funções diversificadas e fundamentais para a interação entre as
bacias hidrográficas, rios e lagos. Apresentando as seguintes funções (TUNDISI &
TUNDISI):
ü Reserva de água – aumento da capacidade de armazenamento de água;
ü Manutenção da qualidade da água a partir da absorção de material
particulado, de nutrientes e de herbicidas;
ü A vegetação ripária contribui para uma interação funcional permanente
entre os processos geomórficos e hidráulicos dos canais dos rios e a biota
aquática. Além da estratificação das margens a partir das raízes, a mata
34
ciliar produz permanentemente para os rios matéria orgânica que é utilizada
pelos organismos aquáticos, peixes e outros.
As matas de galeria são componentes fundamentais da paisagem da bacia
hidrográfica e contribuem para a sustentabilidade da biodiversidade e dos
processos evolutivos, contribuindo também para a dispersão de espécies
terrestres e aquáticas.
Caso haja destruição e desmatamento pode levar ao assoreamento dos
rios, diminuição das espécies vegetais e animais, além de alterar os processos de
funcionamento das bacias hidrográficas e dos sistemas terrestres e aquáticos.
7.4. DEGRADAÇÃO AMBIENTAL EM BACIA HIDROGRÁFICA Como já destacado nos itens anteriores, os ecossistemas aquáticos podem
sofrer perturbações causando um desequilíbrio em seu funcionamento.
Carpenter apud Tundisi & Tundisi (2008) discute as alterações, as
perturbações e a resiliência, que podem ocorrer nesses ecossistemas. Segundo
esse autor as alterações promovem modificações rápidas na organização e na
ILUSTRAÇÃO: GONÇALVES, 2011 FONTE: Baseado em diversas fontes.
35
dinâmica de um ecossistema, com consequências prolongadas na sua estrutura e
funcionamento. Odum (1996) caracteriza os fenômenos implicados no processo de
mudança dos sistemas ambientais, distinguindo-os em duas formas de
estabilidade nos ecossistemas: a estabilidade de resistência (inércia) e a
estabilidade de elasticidade (resiliência). A estabilidade de resistência indica a
capacidade de um ecossistema de resistir a perturbações e de manter intactos
sua estrutura e funcionamento. A estabilidade de elasticidade indica a capacidade
de se recuperar quando o sistema é desequilibrado.
A partir do estudo das mudanças dos sistemas ambientais, o autor conclui
que o grau de estabilidade alcançado por um determinado ecossistema depende
não só da sua história evolutiva, mas também da sua complexidade.
Dentro da questão da bacia hidrográfica, apresenta-se o conceito
integrador de Cunha e Guerra:
Sob o ponto de vista do Auto – Ajuste pode-se deduzir que as Bacias Hidrográficas – enquanto sistema aberto – integram uma visão conjunta do comportamento das condições naturais e das atividades humanas nelas desenvolvidas uma vez que, mudanças significativas podem gerar alterações, efeitos e/ou impactos a jusante e nos fluxos energéticos de saída (descarga, cargas sólidas e dissolvidas). Por outro lado, em função da escala e da intensidade de mudança, os tipos de leitos e de canais podem ser alterados. (CUNHA E GUERRA, 1996, p.353)
Diante das condições descritas a bacia hidrográfica, para buscar o seu
equilíbrio pode aumentar a largura do canal através da erosão das margens, ou
ainda a mudança na topografia do fundo do leito. Ou seja, a bacia hidrográfica
sempre vai buscar a estabilidade de funcionamento ao longo do tempo.
Abaixo segue uma lista simplificada das principais alterações que podem
ocorrer em lagos, rios e represas, baseado em Albano e Moara (2008):
ü Erosão e assoreamento;
ü Mudança das características de permeabilidade do solo, provocadas pelo
desmatamento e pela agricultura;
ü A poluição de qualquer ponto de um curso d’água da bacia, acarreta
consequências em todas as áreas à jusante;
36
ü A poluição do subsolo em aquífero livre leva à contaminação da água
superficial da bacia, desde que este aquífero não seja extensão.
Os rios, lagos e represas refletem o impacto de interações da bacia
hidrográfica, incluindo as atividades humanas. Estes através da capacidade de
resiliência e resposta, podem demonstrar as mudanças ocorridas ao longo do
tempo.
Uma bacia hidrográfica deve ser estudada através de uma metodologia
sistêmica e holística, que permita a investigação de sua paisagem, identificando
os impactos ambientais resultantes das ações sócio-espaciais (ALBANO e
MOARA, 2008).
Para um melhor aprofundamento sobre bacia hidrográfica, sugere-se uma
aula de campo com vistas a perceber todos os fatores que a envolvem, o
conhecimento dessas áreas e os diferentes atores sociais que dela participam.
ATIVIDADE PARA SALA DE AULA A metodologia em questão para esta atividade busca promover a reflexão
entre os alunos através do trabalho de campo, visto aqui como uma valiosa
prática pedagógica para a Educação Ambiental. Foi escolhido o Parque Municipal
Nilson Gorski – Arroio Água dos Poços (paisagem fluvial), por aproximar o objeto
estudado do aluno, sendo uma oportunidade para se aprender a ver, analisar e
refletir sobre a participação do homem na transformação espacial. Segundo
Penteado:
[...] parte-se sempre da observação metódica do objeto que se pretende conhecer, e da coleta de dados ou informações significativas para a compreensão do aspecto que está sendo focalizado. Na etapa seguinte, procede-se à análise das informações coletadas, o que conduz a ultima etapa do trabalho: a construção de conceitos e generalizações. (PENTEADO, 2008 p. 23)
Essas orientações servirão de base para o trabalho proposto, podendo
reforçar, ampliar, modificar ou mesmo negar os conhecimentos já adquiridos. As
fases do trabalho seguirão o roteiro abaixo para o trabalho de campo:
37
TRABALHO DE CAMPO
NOME:.......................................................................................................................
IDADE:.......................................................................................................................
SEXO:........................................................................................................................
RESIDÊNCIA:............................................................................................................
1ª Fase: Observação do Local Escolhido (Parque Municipal Nilson Gorski –
Arroio Água dos Poços) e Registro de Dados:
• Visita (caminhamento, travessia), ao local escolhido o Lago Municipal de
Ortigueira permitindo aos alunos observarem e pensarem sobre os
atributos da paisagem fluvial.
• Escrever três atributos da paisagem por ponto-chave visitado.
- Nascente do Arroio Água dos Poços:
a - ------------------------------------------------------------------------------------------------
b - ------------------------------------------------------------------------------------------------
c - ------------------------------------------------------------------------------------------------
- Parte do Lago Municipal acima da rua Terézio Borba:
a - ------------------------------------------------------------------------------------------------
b - ------------------------------------------------------------------------------------------------
c - ------------------------------------------------------------------------------------------------
- Lago Municipal (Parque Municipal Nilson Gorski):
38
a - ------------------------------------------------------------------------------------------------
b - ------------------------------------------------------------------------------------------------
c - ------------------------------------------------------------------------------------------------
- Parte do Lago Municipal abaixo da Avenida Paraná:
a - -----------------------------------------------------------------------------------------------
b - ------------------------------------------------------------------------------------------------
c- -------------------------------------------------------------------------------------------------
2ª Fase: Aula pós-campo:
• Resgate dos principais pontos que os alunos destacaram durante a visita
de campo.
• Convidar os alunos a desenharem individualmente em uma folha os
aspectos marcantes da paisagem levantando os pontos-chave de acordo
com o caminhamento (Construção de mapas mentais).
• Hierarquização dos elementos e processos percebidos na paisagem
(coletivo):
a - ------------------------------------------------- f - -------------------------------------------
b - ------------------------------------------------- g- -------------------------------------------
c - ------------------------------------------------- h - ------------------------------------------
d - ------------------------------------------------- i - -------------------------------------------
e - ------------------------------------------------- j - -------------------------------------------
• Hierarquizar três atributos em ordem crescente, dos elementos percebidos
durante a montagem do quadro (individual):
a - ------------------------------------------------------------------------------------------------
39
b - ------------------------------------------------------------------------------------------------
c - -----------------------------------------------------------------------------------------------
3ª Fase: Exposição de imagens, relacionando os problemas do ambiente
fluvial com os conceitos/noções: Sistema, Resiliência-Resistência.
• Exposição de imagens (fotografias e imagens orbitais) de diferentes épocas
da área escolhida para a visita de campo (Parque Municipal Nilson Gorski
– ou seja, dos três ambientes que compõem o Lago).
• Solicitar aos alunos que observem as imagens e falem sobre o que elas
mostram:
a - ---------------------------------------------------f - ------------------------------------------
b - ------------------------------------------------- g - ------------------------------------------
c - ------------------------------------------------- h - ------------------------------------------
d - ------------------------------------------------- i - -------------------------------------------
e - ------------------------------------------------- j - -------------------------------------------
• Relacionar os danos causados ao Parque Municipal Nilson Gorski, pelos
tipos de usos do entorno da paisagem do Arroio (aplicação do conceito de
sistemas aos alunos):
a - -------------------------------------------------- f - ------------------------------------------
b - -------------------------------------------------- g - -----------------------------------------
c - -------------------------------------------------- h - -----------------------------------------
d - -------------------------------------------------- i - ------------------------------------------
e - -------------------------------------------------- j - ------------------------------------------
40
• Levantar os possíveis conceitos (valores) que os alunos fazem dos “três”
ambientes do Lago:
a - ------------------------------------------------- f - -------------------------------------------
b - ------------------------------------------------- g - ------------------------------------------
c - ------------------------------------------------- h - ------------------------------------------
d - ------------------------------------------------- i - -------------------------------------------
e - ------------------------------------------------- j - -------------------------------------------
• Estimular os alunos a expressarem as noções que possuem sobre os
problemas ambientais:
a - ------------------------------------------------- f - -------------------------------------------
b - ------------------------------------------------- g - ------------------------------------------
c - ------------------------------------------------- h - ------------------------------------------
d - ------------------------------------------------- i - -------------------------------------------
e - -------------------------------------------------- j - ------------------------------------------
4ª Fase: Relacionar os problemas do Meio Ambiente com as atitudes do
homem:
• Execução de uma experiência prática com os alunos, que possibilitem
verificar os danos causados pela população ao entorno da Paisagem
Fluvial (Técnica do Dominó).
• Solicitar aos alunos que apresentem suas considerações sobre a
experiência:
a - -------------------------------------------------- f - ------------------------------------------
b - -------------------------------------------------- g - -----------------------------------------
41
c - -------------------------------------------------- h - -----------------------------------------
d - -------------------------------------------------- i - ------------------------------------------
e - -------------------------------------------------- j - ------------------------------------------
5ª Fase: Produção de imagem:
• Orientar os alunos para participarem de um desafio: a produção de
imagens ou textos.
• Cada aluno devera escolher um aspecto para produzir uma imagem e/ou
um texto sobre: “O meu lugar – como fazer a diferença?”.
• Após a produção dos alunos, organizar uma exposição na escola
apresentando os trabalhos para outras turmas e pessoas da comunidade.
• Os visitantes poderão eleger os melhores trabalhos por meio de uma
votação. No final dois trabalhos serão escolhidos para representar o
Projeto desenvolvido.
6ª Fase: Avaliação do Trabalho de Campo:
Pode se atribuir conceitos para avaliar cada etapa de desenvolvimento do
trabalho de campo: participação nos debates, produção e leitura de textos e
imagens, trabalhos em equipe entre outros. Isto permitirá traçar o
desempenho de cada aluno na atividade, bem como se houve um ganho de
informação sobre os conceitos implícitos na Geografia e no trabalho com a
questão ambiental. Cada fase desenvolvida pelo aluno deve ser avaliada
como um avanço, mesmo que o processo de aprendizagem ainda esteja em
andamento.
42
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