O Antigo Regime - coelhoneto.org 1-O_Antigo_Regime.pdfCONCEITUAÇÃO A expressão “Antigo...

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A vida social e política na

Europa Moderna

O ANTIGO REGIME

CONCEITUAÇÃO

A expressão “Antigo Regime” foi cunhada pelos

historiadores para designar o conjunto de

características predominantes nas sociedades

europeias entre os séculos XVI e XVIII.

CONCEITUAÇÃO

Essa expressão teria sido usada primariamente

entre os revolucionários franceses, no século

XVIII, para se referir ao sistema político e social

contra o qual se insurgiu a Revolução Francesa.

CONCEITUAÇÃO

O chamado Antigo Regime foi modificado ou

eliminado após os processos revolucionários

específicos de cada país.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

• Sociedades rurais e estamentais;

• Absolutismo monárquico;

SOCIEDADES RURAIS

Entre os séculos XVI e XVIII, a distribuição da

população europeia era bem diferente da de

hoje. Em todos os países havia:

SOCIEDADES RURAIS

Predomínio numérico da população rural

sobre a urbana – cerca de 80% das pessoas

viviam no campo, desde o período medieval.

A Charrete, Louis Le Nain, 1641

SOCIEDADES RURAIS

Entretanto, isso não significa que toda essa

população trabalhasse diretamente na

agricultura ou na pecuária.

SOCIEDADES RURAIS

Grande parte da população rural era

composta por comerciantes e artífices que

exerciam ofícios variados, como os de:

SOCIEDADES RURAIS

ferreiro, metalúrgico, carpinteiro, ceramista,

armeiro, moleiro, mineiro, seleiro,

trabalhadores das pedreiras da construção

civil, construtores de carroças e carruagens

etc.

SOCIEDADES RURAIS

O grupo familiar dos proprietários de terra e

dos arrendatários também não trabalhava na

lavoura. Em geral, explorava a mão-de-obra

camponesa através das relações de servidão.

SOCIEDADES RURAIS

Grande parte das indústrias também se

encontrava espalhada naquela época na área

rural, próxima de rios (fonte de energia

hidráulica para moinhos, prensas de papel,

forjas) ou de florestas (para aproveitamento

da madeira).

SOCIEDADES RURAIS

As cidades eram, predominantemente,

centros de comércio permanente ou

temporário (feiras). Por isso, grande parcela

de sua população fazia parte da burguesia

comercial.

SOCIEDADES RURAIS

Os burgueses comecializavam com diferentes

regiões do mundo, por isso, as grandes

cidades situavam-se em zonas litorâneas e

tinham portos.

A velha praça do Mercado de Dresden, na Saxônia. Bernardo Belloto, 1751

Mercado de Natal em Dresden

Veneza, Itália

Veneza, Itália

Gênova, Itália

Marselha, França

Sevilha, Espanha

Londres, Inglaterra

Lisboa, Portugal

Bruges, Bélgica

Amsterdã, Holanda

OS ESTAMENTOS

Essas sociedades predominantemente rurais

do Antigo Regime estavam organizadas em

três estamentos (também chamados ordens

ou estados): o clero, a nobreza e o terceiro

estado.

OS ESTAMENTOS

O terceiro estado era constituído de grupos

sociais de diferentes níveis econômicos:

comerciantes, artesãos, agricultores e

profissionais liberais, dentre outros.

OS ESTAMENTOS

O estamento de cada pessoa era definido por

nascimento. Uma das poucas possibilidades

de ascensão social para os membros do

terceiro estado era o ingresso no corpo social

da igreja, tornando-se parte do clero.

DESIGUALDADE JURÍDICA

Cada estamento tinha estatuto jurídico

próprio, que assegurava direitos e deveres a

seus componentes.

DEVERES

Clero – praticar ofício religioso, conduzindo os fiéis a salvação eterna;

Nobreza – garantir a defesa militar da sociedade;

Terceiro estado – trabalhar para o sustento de todos.

DIREITOS

Clero – ser alimentado e defendido;

Nobreza – contar com as orações e o

trabalho dos outros;

Terceiro estado – receber orações e

segurança.

DESIGUALDADE JURÍDICA

A nobreza e clero não pagavam tributos, só

eram julgados por tribunais especiais e

ocupavam os cargos mais elevados na

administração do Estado.

DESIGUALDADE JURÍDICA

Os membros do terceiro estado pagavam

tributos e, geralmente, estavam excluídos das

decisões políticas.

DESIGUALDADE JURÍDICA

Em suma, como os seres humanos não eram

considerados iguais, a lei não era igual para

todos.

O ABSOLUTISMO

• São características do absolutismo:

- Centralização do poder nas mãos do rei

- Aliança entre rei e burguesia

- Mercantilismo

• O mercantilismo é um conjunto de regras criado

para regulamentar a economia mercantil

OS PRINCIPAIS DEFENSORES DO

ABSOLUTISMO

• Os teóricos do absolutismo foram filósofos que

defenderam a centralização do poder dos reis

como sendo a melhor forma de se governar um

país.

• Os principais teóricos foram:

NICOLAU MAQUIAVEL

• Filósofo italiano

• Escreveu O Príncipe, livro

considerado um manual

para os reis absolutistas

• Para ele os fins justificam os

meios

JACQUES BOSSUET

• Justificava o poder dos reis pela vontade de Deus: o rei era escolhido por Deus para governar.

• Suas ideias deram origem à TEORIA DO DIREITO DIVINO DOS REIS.

THOMAS HOBBES

• Hobbes afirmava que o rei deveria

impor sua autoridade para poder

manter a ordem social, mesmo que

tivesse que impor a força.

• Para ele, o homem era incapaz de

viver em sociedade sem leis e sem

justiça.

• Sua frase mais famosa é “o

homem é lobo do próprio homem”.

O ABSOLUTISMO NA FRANÇA

• O absolutismo vigorou na França entre os séculos 16 e 18,

período conhecido como Antigo Regime - ou Ancien Regime,

para os franceses. Trata-se de uma longa fase da história

monárquica francesa, dominada em sua maior parte pela

dinastia dos Bourbon.

• O ápice do absolutismo francês ocorreu sob o reinado de Luís

XIV, o Rei Sol. Seu extenso governo foi o modelo acabado do

Antigo Regime francês, tendo influenciado outras monarquias

europeias, suas contemporâneas.

LUIZ XIV – O REI SOL

• Também conhecido como Rei Sol, Luís XIV

governou a França entre 1643 a 1715, período em

que promoveu mudanças na economia, na política,

no exército e nos costumes franceses.

• Associava sua figura a imagens míticas, como a do

Sol e usou da Teoria do Direito Divino para exercer

seu poder de forma centralizada.

• Luís XIV foi um dos maiores exemplos de rei

absolutista especialmente pela organização

político-social que construiu em torno de si mesmo.

Sua frase mais famosa traduz a extensão do seu

poder: L'État c'est moi - o Estado sou eu.