O Declínio Das Oligarquias (1914 30) Conclusão

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O declínio das oligarquias (1914-30)

•O governo Hermes da Fonseca inaugurou uma era.•A República Velha foi caracterizada pelo imobilismo, ou seja, o presidente paulista ou mineiro. Os governadores, sempre das mesmas famílias, defendendo os mesmos interesses. Esse fato gerou as oligarquias dissidentes.•A conduta política na República Velha favorecimentos de todo tipo EX: política de valorização do café. choque inevitável.

O contexto histórico da crise oligárquica.

• A “urbanização” , e as lutas sociais daí originadas.• Grupos sociais com atuação independente. • O exército calado desde Canudos, voltou a se

manifestar.• Esses problemas são externos as oligarquias e

contribuíram para enfraquecê-la, ainda mais.• Grande crescimento demográfico imigração

européia homens mais críticos.• Região sudeste grande crescimento, população

urbana “quebra” do curral eleitoral.• Concentração da produção industrial e suas

causas.

A primeira Grande Guerra.• Esse triste episódio fomentou nossa indústria

estímulo a produção nacional.• A desvalorização da moeda brasileira, ao encarecer

as importações, diminuiu a concorrência estrangeira.

• No período 1915-19, o Brasil passa de 5.963 ind., para 13.336 uma massa de operários grupos sociais urbanos prontos a fazer pressão política.

• A indústria brasileira dessa época era basicamente de bens de consumo não duráveis.

• A Europa volta-se para a indústria bélica.

A formação da sociedade industrial brasileira. • Dentro desse contexto, grupos sociais urbanos se

desenvolveram e passaram a ter uma importância inédita no país.

Burguesia industrial: o aporte financeiro inicial foi proveniente da cafeicultura, destinados a produção de artigos manufaturados. (Fazendeiros + industriais). A lavoura ainda está em primeiro plano.O outro lada dessa burguesia foi formada por comerciantes e imigrantes enriquecidos. Ai está o embrião da burguesia nacional.

Burguesia industrial X oligarquias – para definir a política econômica. Esse combate foi silenciado, pois os dois setores estavam atrelados, e não deveriam.

A formação da sociedade industrial brasileira.• A burguesia industrial representou uma alternativa

política ao monopólio do poder exercidos pela oligarquia.

O operariado: suas origens remontam à imigração européia desde o final do século XIX. Em 1901, menos de 10% do operários eram brasileiros. A maioria absoluta de italianos.

• Industrialismo nascente é igual longas jornadas, péssimas condições de trabalho, exploração indiscriminada de mulheres e crianças e salários aviltantes.

• Ausência de legislação trabalhista provocou uma organização dos trabalhadores.

A classe trabalhadora• Organizou sua resistência e para isso nasceu uma

forte imprensa operária.• Nasce no país o anarquismo um advento da

indústria. estimulava a organização e resistência dos trabalhadores, pregava a destruição do estado e partidos políticos, falhava por não ter uma proposta viável de poder. Os operários ainda eram frágeis para uma luta tão terrível.

• Nasce em 1922 o PCB uma outra opção de luta. Bem organizados e fortalecidos pela revolução russa de 1917 e contando com a abertura de grandes unidades fabris, ou seja, vários operários em um mesmo lugar, cresce o PCB.

O Tenentismo• Movimento militar – urbano que contava com a

simpatia da classe média. grande insatisfação com a política da república velha.

• O movimento ‘Tenentista’ não representa e nem defende a classe média.

• As origens do tenentismo estão no interior do próprio exército. fechamento da Escola Militar da Praia Vermelha (1904). Abertura da Escola Militar do Realengo (1911).

• A primeira está intimamente ligada ao positivismo.• A segunda tinha um caráter técnico. As mudanças

promovidas pela primeira guerra, deu um novo alento a essa escola.

Tenentismo

• Os jovens oficiais estavam preocupados com a situação do exército, abandonado pelo governo oligárquico.

• A carreira militar estava policiada e sofrendo interferências de ordem política. Desconsiderando o profissionalismo.

• Combatiam a “velha guarda” ligados ao governo e corrompidos.

• Os tenentes não tinham um projeto político para o Brasil.

• “Ideologia difusa, baseada em vago reformismo”.• Pretendiam voto secreto, centralização política,

eliminando as oligarquias. • Defendiam a criação do ensino obrigatório.

Artur Bernardes (1922-26)

• Mineiro, representante das oligarquias, enfrentou Nilo Peçanha das oligarquias dissidentes. (RG,BA e PE).

• O movimento reação republicana tentou ganhar a simpatia do eleitorado urbano.

• O movimento Reação Republicana tinha suas origens também nas oligarquias a disputa do poder, pelo poder.

• Realiza-se as eleições, fraudulentas como sempre, e Artur Bernardes é declarado o novo presidente.

• Contra a posse de Bernardes sublevou-se os tenentes do forte de Copacabana.

• Bernardes reeditou a política das “salvações”, batendo forte, principalmente no RJ e BA.

1923 – Revolução Gaúcha• Luta oligárquica no seio do Rio Grande. “pica-pau” X “maragatos” Borges de Medeiros foi

eleito pela quinta vez consecutiva. • A luta era pelo fim do imobilismo na República Velha.

O pacto de Pedras Altas, que proibia a reeleição para governador acalmou os ânimos.

• Daí nasceu uma nova geração de políticos, dentre eles, Vargas.

Gov. Artur Bernardes• O desgaste do regime oligárquico tornou-se evidente,

pressões externas e internas.• Multiplicavam-se as dissidências oligárquicas. Revolução Paulista de 1924

Governo Washington Luís (1926-30)• Era considerado “moderno”, analisando suas passagens pela

prefeitura e estado de São Paulo.• Representante das oligarquias, mas dialogava com as

massas, mesmo que de maneira unilateral.• Ao chegar ao governo acaba com o estado de sítio,

restabelece a liberdade de imprensa e acaba com as prisões políticas.

• O construtor de estradas “governar é abrir estradas” era seu lema.

• A república velha no contexto da crise de 1929 queda brutal nos preços do café Washington rejeita ajuda aos cafeicultores.

• Washington perde sua base de apoio.

As eleições de 1930• Washington Luís, rompe a política café com leite, ao

indicar Júlio Prestes à presidência em detrimento de Antônio Carlos, governador de Minas.

• Para combater São Paulo, Minas cria a Aliança Liberal Convida Getúlio Vargas, para concorrer a vaga de presidente da república um alento para os gaúchos.

• Para atrair os pequenos estados, entregaram à João Pessoa, da Paraíba a vaga de vice.

• A Aliança Liberal atraiu para a sua campanha parte da burguesia e proletariado, classe média, ou seja, os setores urbanos.

A Revolução de 1930• Outro apoio importante, conquistado pela Aliança

Liberal, foi dado pelos tenentes, desejosos do poder.• Por último o apoio do Partido Democrático, fundado

em SP, em 1926 defendia um programa liberal, voto secreto e um reformismo.

• Observe-se o curioso rol de alianças em torno de Getúlio Vargas.

• Luís Carlos Prestes repudia a Aliança Liberal e em 1930 divulga o seu manifesto, de orientação ideológica comunista.

A decisão• Vence Júlio Prestes Em princípio, os velhos

líderes oligárquicos da Aliança Liberal aceitaram o resultado.

• O setor mais jovem da Aliança Liberal tomou o caminho da revolução os tenentes faziam um apelo às armas, as massas urbanas insatisfeitas, o campo estava fértil para a revolução.

• Assassinato de João Pessoa Tudo o que a Aliança Liberal precisava, para provocar uma comoção popular que serviria de estopim para o movimento.

• Antônio Carlos “Façamos a revolução antes que o povo a faça”. A jovem guarda das oligarquias e os tenentes em meio à intensa agitação popular.

A decisão• Os combates iniciaram-se simultaneamente em MG

e RG. As tropas marcharam para SP, onde se esperava uma resistência. Os cafeicultores abalados pela crise de 1929 e irritados com Washington, pouca resistência ofereceram.

• O golpe final foi dado no RJ, com o apoio das tropas federais, depondo Washington e impedindo à posse de Júlio Prestes.

Análise da revolução.• Revolução de complexa base social• Getúlio Vargas representava as oligarquias

dissidentes nas eleições de 1930.• A revolução não representou um rompimento decisivo

na história do país.

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