O e Portefólio como instrumento de avaliação Ana Salema e Graciete Brito 13 de Março de 2008

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O ePortefólio como instrumento de avaliação

Ana Salema e Graciete Brito13 de Março de 2008

AVALIAR – conjunto organizado de processos que visam o acompanhamento regulador de qualquer aprendizagem pretendida, e que incorporam, por isso mesmo a verificação da sua consecução. (Roldão, 2003)

AVALIAR é:

Verificar se…

Orientar/reorientar…

Principal finalidade da avaliação – conseguir que os alunos aprendam

Da investigação: • A avaliação formativa é um poderoso processo de desenvolvimento das aprendizagens dos alunos;• Os alunos que frequentam aulas em que a avaliação formativa é a modalidade de avaliação por excelência aprendem mais e, acima de tudo, melhor do que os alunos que frequentam aulas em que a avaliação realizada é de incidência essencialmente sumativa;• Os alunos com mais dificuldades beneficiam muito do facto de serem avaliados através de estratégias de avaliação formativa;• Os alunos que frequentam aulas em que a avaliação formativa é claramente predominante obtêm melhores resultados em avaliações externas, nomeadamente em exames;• Os alunos que são avaliados através de estratégias de avaliação formativa desenvolvem aprendizagens mais significativas e mais profundas, isto é, compreendem melhor o que aprendem e são capazes de transferir tais aprendizagens para contextos diferentes.In, APM (2005). Parecer acerca do

desenvolvimento da avaliação formativa.

SOBRE A AVALIAÇÃO FORMATIVA

A avaliação do Portefólio ( ePortefólio incluído) é …

… uma das mais consistentes possibilidades de prática da avaliação formativa.

Vincula a avaliação a um trabalho pedagógico em que o aluno :

• faz escolhas• toma decisões• formula as suas próprias ideias• reflecte sobre as suas aprendizagens

O que importa não é verificar se o aluno sabe o conteúdo, mas responder a questões como:

-O que ficou o aluno a compreender? Que operações mentais pretendidas activou ou não activou?

-O que alcançou do objectivo pretendido? Que uso consegue fazer do que aprendeu? Como o concretiza?

- As estratégias do professor foram eficazes/adequadas? Que aspectos se revelaram inadequados e porquê?

Avaliação sumativa

Avaliação formativa

Dois princípios que a avaliação deve respeitar

O currículo e a avaliação são componentes integradas de um mesmo sistema e não sistemas separados

A avaliação envolve interpretação, reflexão, decisão e informação sobre os processos de ensino e aprendizagem, tendo como principal função ajudar a promover ou melhorar a formação dos alunos

SOBRE A AVALIAÇÃO FORMATIVA

Para promover a aprendizagem, a avaliação formativa deve envolver:

• Segurança – ajudar a consolidar a confiança do aluno

• Assistência – marcar etapas, dar pontos de apoio para a progressão• Feedback – dar informação útil sobre as etapas vencidas e dificuldades encontradas ( regulação “interactiva”)

• Processos de comunicação professor-aluno – alimentar um verdadeiro diálogo entre aluno e professor, com dados precisos sobre o estádio em que o aluno se encontra relativamente aos critérios previamente definidos

• Cultura de sucesso – gerar um ambiente de sala de aula baseado no princípio de que todos os alunos são capazes de aprender.

Assumido como uma estratégia conjunta de reflexão-acção-avaliação, o portefólio constitui-se como uma poderosa ferramenta ao serviço do processo ensino-aprendizagem pois,

“…esta modalidade de avaliação tem enormes vantagens relativamente a outras, ao permitir a

avaliação do processo e do produto” ( Nunes, 2000)

SOBRE A AVALIAÇÃO FORMATIVA com recurso a portefólios

SOBRE A AVALIAÇÃO FORMATIVA com recurso a portefólios

A avaliação de portefólios coloca alguns obstáculos:

• o professor não está a reavaliar trabalhos eventualmente já avaliados, ou até classificados, em momentos pontuais do percurso dos alunos, mas sim …

• a focalizar a avaliação em aspectos diferenciados como as capacidades de selecção, de organização, de reflexão, de criatividade ,etc…

Cultura de avaliação

Professor

Alunos Enc. educ.

Refle

xão Negociação

Consistência Transparência Diversidade

Adaptado de Nunes, C. , PROFMAT 2006

Diversidade & Representatividade

dostrabalhos

Sugere-se um instrumento de

avaliação, apoiado nas seguintes

categorias, referidas por Lamddim e Walker (1994)

ORGANIZAÇÃO

Estrutura & Apresentação

Inovação & Sentido estético

Adequação das reflexões & Qualidade dos comentários Adaptado de NCTM,1999

CRIATIVIDADE

REFLEXÃO

SELECÇÃO

Exemplo de Grelha de Avaliação do ePortefólio

Selecção Criatividade Reflexão Organização

Diversida-de dos

trabalhos

Representati-vidade

dos trabalhos

Inovação

Sentido estético

Qualidade das

justifica-ções

Qualidade dos

comentá-rios

Estrutura Apresenta-ção

Possibilidade de atribuição de níveis de desempenho – MBom, Bom, Suf, Insuf-

Comentários do professor

Sendo o portefólio uma estratégia de auto-aprendizagem na qual o seu autor, ao elaborar reflexões, formula ideias e se expõe pessoalmente mais do que em qualquer trabalho de outra natureza, o professor tem na sua avaliação responsabilidades éticas acrescidas.

Da forma como é avaliado o portefólio pode depender o progresso futuro do aluno.

Dimensão ética

AIDO, J. P. (2003). “Portefólios: uma luz na sombra da voz”. In Educação e Matemática n º 74.

INSTITUTO DE INOVAÇÃO EDUCACIONAL. Dossier de trabalho – Pensar avaliação, melhorar a aprendizagem. Lisboa: IIE.

LOURENÇO, A., Paula, I.(2003). Avaliando competências através de portfólios. Educação e Matemática n º 74, p. 11.

National Council of Teachers of Mathematics (1991). Normas para o currículo e a avaliação em Matemática escolar. Lisboa: APM e IIE.

ROLDÃO, M. Céu (2003). Gestão do Currículo e Avaliação de Competências, As Questões dos Professores. Lisboa: Editorial Presença.SANTOS, L. (2006). Portefólio: O quê e para quê? . Viana do Castelo.

SILVA, A. L.; DUARTE, A. M.; SÁ, I.; VEIGA SIMÃO (Eds.) (2004). Aprendizagem Auto – Regulada pelo Estudante. Porto: Porto Editora  VILLAS BOAS, M. B. (2006). Portefólio, Avaliação e Trabalho Pedagógico. Porto: Edições Asa

Referências Bibliográficas