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O GIGÃO E O ANANTE
Era uma vez
O Gigão e o Anante.
Foram os dois acampar
Para uma terra muito distante.
Estava sol.
Foram numa aventura.
O Gigão magoou-se
E não teve cura.
Foram ao médico
Para o problema resolver.
O Anante subiu para a cadeira
E começou a dizer:
- O meu amigo tem de ficar bom
Senão vou ficar sozinho,
Vou sentir tanta falta
Do meu querido amiguinho.
Foram os dois para casa
E o Anante contou-lhe uma história.
O Gigão adorou
E ficou para sempre na sua memória.
Texto: Ana Francisca Teixeira, 5.º A
Ilustração: Rodrigo Alves, JI da Valinha
O MEU QUERIDO IRMÃO
O meu irmão, Afonso Alves é, neste momento,
estudante, apesar de ainda não falar nem andar.
Tem apenas 356 dias. O seu local de trabalho é o
infantário de Nespereira, local que também já
frequentei em miúdo, mas isso não interessa.
Ele é muito fofinho e gorducho e é capaz de
atrair todas as atenções. O seu problema é ser
muito rabugento e querer fazer as coisas sozinho.
Adora tomar banho, mas detesta sair da banheira
onde já quase não cabe. Cresceu muito! Também
ficou mais pesado, pois está sempre a comer, mas
desgasta a energia ao andar por toda a casa a tirar
tudo do sítio, a abrir as gavetas e já quase caiu
pelas escadas abaixo.
Faz isto tudo de gatas ou então com as mãos
nos móveis e vai andando de lado. Gosta muito de
cães, especialmente de lhes meter a mão na boca.
Adora-me e a toda a minha família, tal como nós
o adoramos. Somos como uma equipa de futebol,
bem unida!
Esperei cinco anos por ele, mas valeu a pena,
pois ele é perfeito!
Texto: Luís Alves, 6.º C
Ilustração: JI da Quinta do Vale e JI da Valinha
MARIA
Maria tem dez anos e gosta de nadar. Os seus
pequenos olhos pretos assemelham-se a duas
azeitonas debruçadas sobre o seu rosto. Embora
eu ache os seus olhos bonitos, o seu sorriso é o
que mais me encanta. Quando ela sorri parece
que entro noutro mundo, num lugar onde todos
os pássaros cantam e onde o ar cheira a rosas…
Num mundo muito diferente daquele que hoje
temos.
As suas mãos suaves e delicadas parecem uma
manta de veludo! Um engraçado brilho percorre
os seus longos cabelos negros.
Amável e doce são os melhores adjetivos que a
descrevem. Maria tem uma voz agradável, que
lembra a de um pequeno rouxinol, que espera um
longo dia pela frente...
Embora, na minha opinião, ela tenha diversas
qualidades também possui alguns defeitos: por
vezes é impaciente e demasiado generosa com
pessoas que não merecem!
Amor e carinho batem no seu coração e as suas
palavras deveriam voar com o vento, para que
todas as pessoas as ouvissem.
Julgo que ela tem o melhor coração alguma vez
visto!
Texto: Inês Abreu Lima, 6.ºE
Ilustração: Ana Beatriz Pinto, JI da Valinha
A MENINA FRANCISCA
A menina Francisca
Aprecia uma patanisca.
Gosta de ir para a escola
Com os livros na sacola
Aprender a ler e a escrever.
Utiliza o computador
De modo inteligente
E não é viciada
Como muita gente.
Gosta de rir e de falar
Mas não esquece o dever.
Primeiro há que trabalhar
Porque aprender dá prazer!
Ela tem muitos amigos
Que gostam dela como é.
É uma menina especial
E ajuda todos em geral! Texto: Francisca 6.º A
Ilustração: Gabriela Morais, JI da Valinha
O NATAL DOS MEUS AVÓS QUANDO
ERAM CRIANÇAS
Antigamente, quando os meus avós eram
crianças, o Natal era festejado em família. Apesar
dos vários anos passados, há ainda tradições
desse tempo que se mantêm na minha família.
Nesta altura do ano, os meus avós reuniam-se
nas suas casas com os seus familiares esperando
ansiosamente por uma refeição melhor do que o
costume. Era impensável faltar à Missa do Galo,
tradicionalmente celebrada à meia-noite.
Ao contrário dos dias de hoje, anteriormente e
posteriormente ao Natal, as famílias passavam
dias de união, felicidade e de uma grande alegria.
Agora, o Natal está automaticamente associado
ao Pai Natal e consequentemente às prendas.
Aliás, no tempo dos meus avós não se costumava
oferecer muitos presentes, apenas se colocava
uma meia ao lado da lareira, onde os meus
bisavós, na manhã de Natal, punham as poucas
prendas.
Mesmo sendo um Natal diferente dos atuais, os
meus avós consideram que era um Natal bastante
divertido e feliz. As recordações são bastantes e
porque recordar é viver nunca as vão esquecer.
Texto: Cátia Gonçalves, 7.º B
Ilustração: Rodrigo, JI da Quinta do Vale
SE EU FOSSE BAILARINA
Se eu fosse bailarina, dançava toda a vida.
Os meus passos voavam como o vento.
As minhas pernas seriam tão leves que, ao
pôr-me na ponta do pé, pareceria um golfinho a
flutuar sobre o mar.
As minhas mãos seriam como gansos
selvagens que levavam a lua nas suas asas.
O meu tronco seria elegante e esbelto como
um tigre.
Ao dançar eu rodava, rodopiava e saltitava e a
todos agradava.
Seria a figura central dos espetáculos e
receberia imensos aplausos.
As pessoas ficariam impressionadas com o
meu trabalho, pois eu fazia aquilo que amava.
A minha dança era magia!
Texto: Francisca Salgado do 7.ºB
Ilustração: JI da Quinta do Vale
UMA AMIZADE ESPECIAL
Era uma vez um rato que numa noite decidiu
ficar numa casota enorme, pensando que estava
abandonada. Não tinha onde ficar, então escolheu
aquele sítio que não tinha ninguém para dormir
sossegadamente!
Mas afinal vivia e era um gatarrão! Como todos
sabem os gatos não gostam nada de ratos...
À noite, quando o gato foi dormir, estava tão
ensonado e com a barriga cheia que nem reparou
que lá estava o rato, mas durante a noite ouviu ic,
ic, ic e, de repente, percebeu quem era e ficou
muito satisfeito.
Este rato tinha um dom de se transformar nos
animais que quisesse e então, logo que percebeu
o perigo, transformou-se numa bela gata com
pelo branco e castanho.
-És uma gata muito linda!- disse o gato muito
encantado e ao mesmo tempo admirado - Não sei
como vieste ter aqui! Ainda há pouco estava
nesse lugar um rato que anda por aí a enganar
todos os gatos da cidade!
-Mas, mas, como é que eu poderia ser um rato?
Tu não vês como sou uma gata inofensiva!? -
disse o rato muito atrapalhado.
-Sim, mas... andam aí boatos na cidade por
causa desse rato poderoso... - e acrescentou com
um ar autoritário - por acaso eu acho que és tu!
Com medo, o rato fugiu a sete pés e o feitiço que
não durava muito tempo passou e ele voltou à sua
forma normal. Entretanto, o gato que tem as
pernas maiores caçou-o, mas
porque ele o admirava pensou que
se o rato fosse amigo dele ia ser
um acontecimento histórico e logo
disse:
-Ó rato, não precisas de
FUGIR, eu protejo-te e ajudo-te a
esconder. Em troca só me arranjas
alguns petiscos de vez em quando!
Durante muitos anos tiveram uma
vida de príncipes e quando
morreram fizeram-lhes uma
estátua! Texto: Miguel Pereira 6.º B
Ilustração: Rodrigo Alves, JI da Valinha
A minha querida mãe
Hoje, vou falar-vos de uma pessoa que amo
muito, do fundo do meu coração! A minha mãe.
A minha mãe tem 39 anos, chama-se Célia e
trabalha num hospital como auxiliar de bloco. Ela
tem olhos castanhos e cabelo castanho com
madeixas cor de mel.
Ela é muito simpática e tem um lindo sorriso, é
trabalhadora e generosa e quando estou triste ela
alegra-me sempre.
É muito divertida e engraçada, e está sempre
presente quando algo de mau me acontece. Ela
ajuda-me quando preciso e apoia-me sempre;
apesar de não estar sempre com ela, guardo-a no
meu coração e ela guarda-me no dela.
E quando nos “zangámos” não conseguimos
ficar assim por muito tempo, porque nos
adoramos e apesar de eu ser parecida com o meu
pai, tenho o coração da minha mãe e para mim ela
é a melhor mãe do mundo! Texto: Lara, 6.º A
Textos e ilustrações : alunos do 4.º ano da EB1 da Valinha
CICLOPE
Era uma vez uma manada de cães, que andava
a passear pela floresta até que apareceu um
esquilo e disse:
-Alto lá! – exclamou o esquilo. Que andam
vocês aqui a fazer de lá para cá e de cá para lá?
-Tu ainda não sabes! Anda por aí um ciclope
que assusta todos os animais - disseram eles
muito assustados.
De repente apareceu um leão e declarou:
- Alto lá! O que andam vocês a fazer de cá
para lá e de lá para cá?
-Tu ainda não sabes?- perguntou ele.
-Anda por aí o ciclope que assusta toda a
gente.
E apareceu uma chita e repetiu sempre a
mesma pergunta e respondiam eles:
-Ai tu não sabes! Anda por ai o ciclope que
assusta todos os animais.
E de repente apareceu uma raposa:
-Alto lá, o que andam vocês a fazer de cá para
lá e de lá para cá?
-Ainda não sabes! Quase toda a gente sabe que
anda por aqui um ciclope a assustar todos os
animais.
E de seguida apareceu o ciclope:
-O que andam vocês aqui todos juntos a
murmurar? Também quero saber! – Gritou ele
Eles estavam cheios de medo e disseram todos
em coro:
-Ai tu não sabes! Anda por aí um ciclope que
assusta todos os animais – murmuraram pela
última vez.
bbbbbbbbbbbbbbbbbbbuuuuuuuuuuuuuuuuu
e todos fugiram para a gruta
Texto: Luís Filipe Oliveira, 3º ano, EB1 da Valinha.
A AVENTURA NO LIVRO ENCANTADO
Num dia de sol de estio estavam sete meninas
na praia a observar um livro desconhecido que
estava abandonado no areal. Este livro era
diferente dos outros. Não tinha imagens nem
textos escritos, a sua lombada era larga e este era
enorme. Ele era assim porque a bruxa Rafaela fez
um feitiço e as histórias misturaram-se umas com
as outras, não fazendo sentido o seu conteúdo.
De seguida uma das sete meninas teve uma
ideia e comentou:
- Podemos falar à bruxa Mimi e pedimos-lhe
um spray, com uma poção, para organizarmos as
histórias e metermos as personagens nos seus
respetivos lugares..
Então, uma menina pediu a poção à bruxa e
esta logo se pôs a trabalhar no seu laboratório.
- Daniela já está aqui a poção feita, vem
comigo colocá-la no livro.
A bruxa e a Daniela deitaram delicadamente o
spray no livro sem o rasgar.
Quando as meninas esfolhearam as folham as
personagens ganhavam vida. As meninas tão
distraídas e nem deram conta disso, mas quando elas
abriam o livro na narrativa do “Capuchinho
Vermelho “ o lobo ganhou vida e muito furioso
como um tigre atacou as crianças dando-lhe
dentadas na cara.
O caçador ao ver tal ocorrência foi a correr com a
sua espingarda para junto do lobo e rapidamente
salvou as crianças, ameaçando-o que o iria matar.
O lobo cheio de medo fugiu e todas as crianças
ficaram contentes e agradeceram ao caçador.
Logo de seguida as sete meninas foram ler outra
história, a da “Cinderela” e os guardas do castelo
protegeram sempre todas as crianças daquele lobo,
que tinha a magia de sair das histórias e aterrorizar
os leitores, que se deleitavam com as suas aventuras.
Finalmente o feitiço quebrou-se e as personagens
voltaram às suas histórias e nunca mais emergiram,
tornando-se novamente personagens inanimadas,
que só ganhavam vida, quando o livro fosse aberto e
lido.
Texto: Teresa e Gonçalo do 3.º e 4.º ano EB1 da Valinha
Ilustração: Tomás e Pedro, 7.º B
AS CONQUISTAS
Numa noite de tempestade
Estava uma nau a andar pelo mar
Quem ia lá dentro não era nenhum padre
Eram marinheiros e estes tinham muita esperança.
Uma nau que passou o Cabo Bojador
Logo foi em direção à Índia
Alguns dos marinheiros ficaram felizes,
Mas os outros parece que ficaram com uma dor.
Passando alguns dias,
Os marinheiros começaram a dizer como
passaram
E logo todos foram tentar,
Mas alguns atiraram-se para o mar,
Pois parecia que ouviam melodias.
Muitas terras foram conquistadas,
Mas algumas conquistas foram desanimadas.
Texto: Joana, do 4. º ano da EB1 da Valinha
Ilustração: Ana Francisca, 7.º B
UM DIA SEM INSPIRAÇÃO
Sem saber o que no poema
escrever,
pensei, pensei
e não sei mesmo o que dizer.
Podia falar sobre o mar e os dias
de verão,
mas com o dia frio de hoje
nem para isso tenho imaginação.
Podia imaginar se eu fosse um
animal.
Mas isso seria um pouco banal.
Podia falar do amor e de rapazes
Mas acho que não estariam
interessados.
Podia realmente escrever sobre
muitas coisas,
mas fico-me por aqui,
sem mais nada para dizer!
Texto: Abigail, 6.º C
O CASAMENTO DOS MEUS PAIS
Nem todos acreditam no chamado "amor à primeira vista",
mas eu posso afirmar com toda a certeza que sou o resultado
de um desses casos.
Tudo começou com um simples olhar.
Num dia de sol, o meu pai decidiu passear com um amigo
e mal ele sabia que ia dar de caras, pela primeira vez, com a
sua futura esposa. Nesse mesmo dia, a minha mãe resolveu
encontrar-se com umas amigas no café.
Então, foi nessa tarde, que os seus destinos se cruzaram.
Na rua, passaram um pelo outro e sentiram que havia
qualquer coisa entre eles.
Quando se cruzaram, o meu pai comentou com o seu
amigo:
- Esta rapariga é muito bonita, não achas?
- Chama-se Carla, é engraçada sim, mas acima de tudo é
simpática, havias de gostar de conhecê-la! - respondeu o seu
colega.
- Conhece-la?-entusiasmou-se o meu pai.
- Sim, sou amigo dela...
A partir daí, o meu pai ficou a saber dos locais que a minha
mãe frequentava e passou a frequentá-los, ficou a saber mais
coisas sobre ela e a apaixonar-se cada vez mais...
Um dia, o meu pai ganhou coragem e foi até à escola da
minha mãe para falar com ela.
Ao chegar lá, foi ter com ela, disse-lhe que gostava de a
conhecer melhor e pediu-lhe para que ela passasse o dia
com ele:
-Não posso, tenho aulas! E que tal combinarmos para
outro dia? -sugeriu a minha mãe.
Foi nesse momento que o meu pai lhe tirou os livros,
guardando-os dentro do carro e afirmando que nesse dia ela
não iria às aulas.
Ficaram a conversar, apercebendo-se de como
eram parecidos.
Passado algum tempo, o meu pai levou a minha mãe a
casa e despediu-se dela com um primeiro beijo
inesquecível.
Ao entrar em casa, a minha mãe, felicíssima da vida,
dirigiu-se à minha avó, afirmando ter encontrado o seu
príncipe encantado.
Nesse dia, os meus pais começaram a namorar.
Os anos passaram e eles começaram a pensar em casar-se e
em viver juntos.
Este casal era cada vez mais feliz e portanto uniram-se,
finalmente, pela Igreja.
Não havia nada que os separasse, eles amavam-se, disso
tinham a certeza, e isso era mais importante do que tudo o
resto.
Cátia Gonçalves, 7.º B
Durante o estudo que realizámos do Diário de Anne Frank,
experimentámos redigir uma página do diário ao seu jeito. Dessa
experiência resultaram os seguintes textos:
Segunda-feira, 22 de junho de 1942
Querida Kitty,
Nem acredito que terminei a redação, deu algum
trabalho, mas consegui! Enchi as três folhas obrigatórias.
Hoje entreguei-a ao sr. Kepler, estava muito nervosa.
Cheguei à aula, pousei-a em cima da sua secretária e
sentei-me calada no meu lugar. Não falei para ninguém.
Quando o professor de matemática chegou, viu que eu já
tinha entregue a redação. Pegou nela e leu-a. Estava tão
sério e concentrado que isso me deixou ainda mais
nervosa. De seguida, pousou-a na minha carteira, mas
não me dirigiu a palavra. Depois, a aula começou.
Conseguimos terminar a matéria. A matéria fora toda
dada, já cheirava a férias. Mas eu nem pensava nisso. O
que quereria dizer aquele silêncio do velho sr. Kepler?
Foi então que tocou. Toda a gente saiu e o professor
pediu-me para ficar e ler a minha redação em voz alta. Eu
estava tão nervosa que a minha voz saiu esganiçada e as
minhas pernas tremiam. No final, bateu palmas e disse
que eu tinha um jeito “brutal” para a escrita. Queria falar
com o meu pai e tudo.
Ainda bem que correu tudo bem.
Tua Anne
Ana Sofia Poleri, 8.ºD
Terça-feira, 25 de junho de 1942
Querida Kitty,
Hoje foi o dia da temida reunião do Conselho de Turma,
em que foi decidido quem passou e quem reprovou. Eu
achava que ia passar e pelos vistos o meu pensamento
estava correto. A Miep de Jong também passou, estou
muito contente por ambas continuarmos juntas. Mas, como
eu previa, mais de metade da turma chumbou. É merecido,
pois estes mandriões ainda têm muito para aprender. Acho
que as nossas colegas de carteira perderam o dinheiro todo
das apostas porque apostaram que só reprovariam dois ou
três. Elas também passaram, mas os professores disseram
que foi por um fio e que têm de se esforçar mais, senão
para o ano reprovam.
A turma ficou reduzida, para o próximo ano letivo terão
de vir alunos novos. Apesar dos meus colegas deste ano
terem sido uns mandriões, acho que vou ter um pouquinho
de saudades deles. Agora que chegaram as férias, já não
tenho trabalhos de casa e ainda não sei o que fazer com
tanto tempo livre.
Só sei que não me vou esquecer de ti.
Da tua Anne
Rafaela Silva, 8.ºB
LIBERDADE É …
Saber bem crescer,
Saber bem viver,
Aprender direitos e deveres
E não os esquecer!
Trabalhar muito, muito,
Ser persistente,
Alcançar vitórias
Que alegram a mente.
Escolher caminhos,
Agarrar oportunidades,
Aceitar os desafios
E ouvir certas verdades!
Saber ouvir,
Falar com sentido,
Ver com justiça,
Ter amor no agir
Acabar com preguiça!
Ter liberdade é bom!
Ser livre é ainda melhor!
Texto: professora Maria Antónia Silva
Ilustração: Ana Roriz, 7.º C
3 de Outubro de 1344
Querido diário,
Um manto colorido cobria já as copas das
árvores do bosque onde vi Pedro pela última vez.
O dia estava ensolarado e era possível sentir o
alvoroço das aves que se preparavam para emigrar
para os países quentes.
Esperava Pedro junto a uma pequena fonte. Eu
estava realmente feliz que depois de tanto tempo e
tanto esforço, nos pudéssemos encontrar de novo.
Observava o leve esvoaçar das árvores e a
suavidade com que as folhas tocavam o chão,
quando ele surgiu. Galopando no seu cavalo, ele
aproximou-se. Os raios tocavam o seu rosto
deixando-o ainda mais angelical. Desceu do seu
cavalo e, elegantemente, pegou minha mão
beijando-a.
Era incrível como, mesmo com todos os falares
do povo e a negação do seu pai em relação ao
nosso amor, Pedro continuava a visitar-me e a dar-
me todo o seu amor. Apesar de todas as
pretendentes,
ele continua a preferir-me a mim, e isso faz-me
sentir realmente honrada.
Passeamos a cavalo por todo o bosque, trocando
carinhos e promessas de amor eterno. Gravamos os
nossos nomes numa das maiores árvores que
encontrámos, com a navalha de Pedro. Escrevemos
algo como: " Pedro e Inês - um amor eterno".
Infelizmente o nosso maravilhoso encontro
terminou cedo. Pedro precisava de voltar para o
palácio antes que seu pai mandasse os seus homens
procurá-lo, e aí seríamos descobertos e as
consequências seriam trágicas.
Pedro despediu-se de mim, não sem antes deixar
um leve beijo nos meus lábios rosados, e entregar-
me um colar de ouro e prata com um coração
simbolizando que eu estaria sempre no seu coração.
Dar-te-ei novidades brevemente.
Filipa Ribeiro, 9.º D
VOAR MAIS ALTO…
O mundo avança,
se fores mais além:
Mais alto, mais forte, mais longe.
E assim a vida não cansa!
E tu, sentes-te alguém…
Tenta!
Nunca desistas!
«O mundo é dos audazes»!
A vida que se te apresenta,
pede-te que persistas.
Prova-lhe que és capaz…
E vai!
Segue o teu caminho
com segurança e amor.
Leva o teu olhar sereno,
a vontade de construir,
o saber feito do dever…
e ajuda, se puderes,
a espalhar a paz desse querer…
Texto: Professoras Manuela Silva e Maria Antónia Silva
HOJE JÁ NÃO SOU A MESMA…
Hoje já não sou a mesma de ontem e daqui a uns
anos já não serei a mesma de hoje.
Mudo e cresço, não pelos outros, mas por mim.
Luto, continuo, acredito, não me rendo tão
facilmente aos obstáculos impostos pela vida,
sonho e acredito verdadeiramente que os meus
sonhos se podem tornar realidade.
Todos os dias é um novo dia, com novas
oportunidades, sei que nem sempre o sol vai estar a
brilhar mas é passando pelos maus dias, pelos maus
momentos e sobretudo pelos erros que me
completo, que aprendo o que é melhor para estar
bem comigo e com aqueles que me rodeiam.
Ter objetivos é o principal, e esses já estão bem
traçados no meu pensamento, sei que os vou alterar
ou até mudar completamente porque a vida é
mesmo assim, a vida ensina e faz mudar o rumo de
um dia para o outro.
Quero sobretudo ser feliz, acho que toda a gente o
deseja, mas de maneira diferente. Para mim sentir-
me-ei verdadeiramente feliz quando tudo acabar
e olhar para trás e ver todo o caminho que percorri.
Ver que lutei para alcançar os meus objetivos e os
alcancei, que contribui para a felicidade de muitas
pessoas, que por mais pequena que seja eu fiz
alguma coisa para ajudar o mundo a ser melhor.
A vida não é curta se for bem aproveitada!
Aproveitar é arriscar.
Rir é correr o risco de parecer tolo. Chorar é
correr o risco de parecer fraco. Expor os
sentimentos é correr o risco de se mostrar. Amar é
correr o risco de não ser correspondido. Confiar é
correr o risco de se dececionar. Tentar é correr o
risco de falhar. Viver é correr o risco de morrer. E
correr riscos é ser livre e é viver.
E é assim que a cada dia me torno uma pessoa
melhor, é assim que no futuro espero ser, ter
capacidade para tomar as minhas próprias decisões,
saber o que é melhor para mim e o que me faz bem.
Já me contaram a história e eu já sei como o filme
vai acabar mas vivo sem medo de viver!
Márcia Freitas, 9.ºD
DOR
Não sei de onde, nem como, nem porquê,
nem desde quando.
Sei que é dor, que apoquenta, que me
consome a alma mais do que o que eu
aguento.
Invade-me de nada e arrepia-me, como
que um vazio.
Vazia de tudo diria, estou cheia de nada,
porque o que me completa me falta, sem
que eu saiba o que me completa. Pior que
saudade mais longo que o tempo e maior
que o mar, e como ele vem e vai e torna
voltar, e fico sem saber se estou bem ou a
piorar.
Incerteza, insuficiência, insatisfação,
incapacidade e infelicidade,
interminavelmente indetermináveis, as
incensações em que me encontro. Só
queria poder parar, pôr fim.
Radical e definitivamente, acabar a
prolongação desta condição de insana, e
desta vontade de o ser, desta prontidão para
o ser, mas prefiro deixar-me levar a ter de
me levantar e lutar, prefiro sofrer de mal
nenhum do que temer mal algum, arriscar o
que nem tenho para alcançar o que não
desejo.
Acho que motivação é a palavra que te
define, pedaço e pessoa de mim, que fugiste
para onde os cumes das árvores não avistam.
Porque fugiste de mim se a mim pertences,
porque não queres voltar se nada és sem
mim? Que pernas te levaram para o calor em
que estás, se tu só sabes voar? Serás tu
capaz de me enganar? E se a mim não vem,
de ti nada sei.
Pois se fui pôr as mãos de fogo, não me
havia eu de queimar?
Vera Silva , 9.º D
O MEU AVÔ
O meu avô chama-se Diamantino. Nasceu a 27
de fevereiro de 1922, logo tem 93 anos. É
simpático, divertido, interessante, conversador,
amigável e por vezes um pouco resmungão.
É uma das pessoas por quem eu tenho muito
carinho, respeito, amor e muita admiração.
Quando era mais nova, ele levava-me a passear,
contava-me histórias engraçadas que serviam
como lições de vida, ensinou-me muito e
ajudava-me com os trabalhos da escola.
Eu tento retribuir o carinho, o amor, o que ele
me deu e que ainda dá.
Ele está bem fisicamente, embora a memória
dele lhe falhe um pouco. Também ouve um
pouco mal, por isso sempre que converso com
ele, tenho que repetir duas e por vezes três vezes
o que digo.
O meu avô vai diariamente ao café ler o jornal,
que é o seu passatempo favorito. Ele também
gosta muito de caminhar, apanhar sol, de ver o
telejornal e de ler livros. Por vezes, para exercitar
a memória, fazemos sopas de letras, apesar de ele
não gostar muito.
Vou tentar estar o mais presente possível na
vida do meu avô, e ajudá-lo no que precisar,
embora eu saiba que, por muito que eu tente
retribuir tudo o que ele fez por mim, vou ficar
sempre com uma dívida constante.
Texto: Bárbara Martins, 7.º B
Ilustração: alunos do 6.º ano
Ela abriu e logo fechou,
Com medo de doer,
Eu queria tudo sentir,
Tudo menos sofrer.
Abri e só o melhor deixei entrar,
Com medo de ser magoada,
Nada melhor que amar,
Nada melhor que ser amada.
Texto: Filipa Teixeira, 9.º C
Ilustração: Francisca, 7.º B
NO MEU PEITO HÁ UMA PORTA…
No meu peito há uma porta,
E a chave só o amor tem,
Um dia resolvi procurá-la,
Embora não soubesse em quem.
E um dia lá encontrei,
E a porta do peito abri,
O dono da chave entrou
Grandes sentimentos descobri.
PROCURANDO O AMOR
Nos finais do século XX, havia um
índio, com apenas 7 anos, que já sabia
fazer de tudo um pouco e, por isso, todos
gostavam dele.
Num certo dia de Verão, o índio
completou os seus 18 anos e, por lei, teve
de encontrar o seu verdadeiro amor.
Por essa razão, pegou nos seus pertences
e foi procurar a sua bela amada. Dias
depois, chegou a um reino com o seu
elegante cavalo Alado, mas de imediato foi
expulso pelo monarca da Eufánia; aquele
rei não conseguia suportar um índio tão
convencido e que se armava por tudo o que
era e por tudo o que fazia.
Então, voou para outros reinos, mas o
mesmo foi acontecendo em todos os reinos
por onde passava.
Então decidiu desistir da sua missão,
optando ir para um deserto desconhecido
onde se dizia que havia uma rapariga muito
pobre mas muito bela.
Já no deserto apareceram umas cobras
gigantescas que o amedrontaram e logo de
seguida surgiu uma tempestade horrível que
não o deixou continuar. Além disso,
deparou-se com um burro gigante que sendo
muito inteligente terminaria com o seu azar.
Este disse-lhe:
- Para a próxima tem mais cuidado! Estas
cobras são horríveis e digo-te que fazem
muitos estragos.
O enforcado, ao ver o rapazinho índio,
exclamou:
- O que te trás por cá? O que queres meu
jovem?
O Índio, bastante assustado, respondeu:
- Vim à procura daquela bela menina que
está dentro dessa cabaninha.
O enforcado ao ouvi-lo declarou-lhe uma
luta pelo amor da sua futura esposa; quem
perdesse ficaria prisioneiro do vencedor,
que casaria com ela.
Deu-se a luta, mas o azar do Índio afinal
continuava; ele perdeu o combate e acabou
prisioneiro. Com o passar dos dias a tal
rapariga acabaria por o libertar e fugindo do
enforcado que se afundara numa grande
bebedeira.
Francisca Teixeira 6.ºD
O índio respondeu-lhe:
-Para a próxima vou ter mais cuidado.
Agora pode ajudar-me a encontrar aquela
rapariga encantadora que dizem morar por
estes lados, numa numa cabana muito
pobre?
O Burro sentiu-se orgulhoso por poder
ajudar alguém em apuros e respondeu-lhe:
- É já ali! É só virares à direita,
contornares a cabana abandonada, dares
meia volta e logo a encontrarás!
O Índio seguiu as indicações do animal e
encontrou a tal cabana.
Ao vê-la correu até ao lugar, mas foi
surpreendido por um enforcado que queria
casar-se com ela.
UM AMIGO VERDADEIRO
Há muito tempo, nascera uma menina à
qual a mãe lhe pusera o nome de Alice. Ela
já em pequena demonstrava ser fascinada
por descobrir coisas que ninguém sabia
existirem. Depois de já ter maturidade, a
menina, andava pelo mundo fora, até que
ouviu dizer que havia numa floresta uma
casa abandonada, que continha um valioso
tesouro em ouro. Apressou-se a procura-lo
e, pelo caminho observou um cavalo a
caminhar apenas com duas patas no solo.
Cada vez mais se aproximava dela e, então,
Alice ficou um pouco assustada.
Então o cavalo acalmou-a:
- Não te assustes. Não te quero fazer
mal, apenas quero ser teu amigo!
- Olá! Tu não devias deslocar-te sobre
quatro patas? – perguntou Alice.
- Sim, mas como eu não sou um cavalo
igual aos outros desloco-me desta maneira-
respondeu ele convencido.
Alice já muito confusa perguntou:
- Não és um cavalo igual aos outros!
Porquê?
- Porque eu tenho poderes mágicos!
E continuavam caminho a conversar.
Mas algo de inesperado aconteceu;
começou a chover torrencialmente e a
Alice e o cavalo não tinham onde se
abrigar. Mas, como a menina era muito
corajosa, foi à procura de um abrigo e
acabou por avistar uma pequena casa
desabitada. Quando lá entrou de imediato a
porta se fechou e ela ficou presa lá dentro.
Era um caçador que queria raptá-la.
O cavalo estava a ficar preocupado, pois
ela estava a demorar muito tempo e sem
demoras foi à sua procura.
Ao avistar a casa desabitada, onde se
encontrava a Alice, o cavalo bateu à porta
mas foi mal recebido; ninguém lha abriu.
Ao ouvir os pedidos de socorro da sua
amiga, decidiu utilizar um dos seus
poderes mágicos para entrar e ajudá-la a
sair daquele perigo. E assim foi; o cavalo
fez aparecer uma chave que encaixava
perfeitamente na fechadura, mas havia um
problema … ele só o podia faze-lo quando
o caçador saísse de casa.
Esperou…
Esperou…
Esperou…
Até que…
Ttrim… trim…Era o telemóvel do caçador!
Aí estava a oportunidade do cavalo entrar e
salvar a vida de Alice.
O Caçador, ao sair para atender e ao
trancar a porta, permitiu com que o cavalo
entrasse e retirasse a amiga.
No caminho da saída daquela casa
abandonada, atrás da porta estava o tesouro
que Alice procurava e, naturalmente,
levaram-no.
Chegando a casa, os pais da menina não
podiam acreditar; estavam ricos e a família
passava a ter um novo amigo.
Texto: Maria Beatriz Fraga Costa, 6.º D
Ilustração: Bárbara Fernandes, 7.º B
UM CÃO SORTUDO
Nasci no Canil Municipal e fui alimentado pela
minha mãe cerca de dois meses. Um dia, fui levado
para uma casa, onde estava uma linda menina que
fazia 10 aninhos. Soube logo que tinha sido uma
prenda de todos os seus amiguinhos!
Nem imaginam a sorte que tive! Chamaram-me
BILL e era a atenção de toda a família. Deram-me
tudo o que de bom se dá a um animal de estimação.
Era muito meigo, mesmo quando ia ao veterinário
fazer aquelas “coisas” aborrecidas e um pouco
dolorosas. O que eu queria era sair depressa
dali…Mas também, fui traquinas, fiz malandrices,
errei porque quis, no entanto, tinha a “decência” de
cumprir o pequeno castigo que me davam e
apresentar o meu pior olhar de “vítima”.
A minha dona ensinou-me “as primeiras letras”
que um cão que se preza tem de aprender, mas eu
obedecia a qualquer membro desta família. Com o
irmão mais velho aprendi a jogar à bola e a correr;
com o pai aprendi a saltar bem alto; com o avô
aprendi a dar as minhas caminhadas, a saber ter
cuidado na estrada e com as senhoras da casa
aprendi a ter modos e calma para poder entrar em
casa e gozar do comodismo
que apreciava bem…
Tornei-me adulto e durante
14 anos vi e vivi as
transformações desta família
de acolhimento, que
rapidamente me considerou
elemento fundamental, que
eu recordarei sempre. Não esqueço o amor de todos, nem o meu
companheiro de brincadeira, o gatarrão JESSE, que
se tornou adulto como eu e quase ao mesmo tempo.
Dizem que nós não gostamos de gatos? Claro, só
gostava deste meu amigo, que defendia dos outros
invasores. Lembro-me bem das nossas corridas,
quando estávamos sem os donos, e do cuidado que
tinha com as suas garras de respeito!
Peço a todos os leitores que gostam de animais que
vão ao canil ou gatil da terra e adotem um destes
meus irmãos. Todos aprendemos a ser melhores e
mais respeitadores!
Texto: professora Maria Antónia Silva
Ilustração: alunos do 6.º ano
O Barnabé já conhece todos os continentes. A
Europa, onde vive, a África, a Ásia, a Oceânia e a
América – a do Sul e a do Norte. Visitou,
igualmente, as zonas mais frias do planeta, os
Polos, mas não gostou muito da experiência, pois
as hélices encheram-se de gelo e ele teve de
aterrar num iceberg para as poder descongelar.
Foi nessa viagem atribulada ao Polo Sul que ele
conheceu os Pingu, uma divertida família de
pinguins reais, que o ajudaram na resolução do
seu tão maçador problema.
AS AVENTURAS DO AVIÃO BARNABÉ
O Barnabé é um
aviãozinho aventureiro que gosta de viajar pelo
mundo fora para conhecer lugares diferentes e
encontrar novos amigos.
Durante a semana, o Barnabé trabalha no
aeródromo da cidade Perninha Às Costas, mas mal
chega a sexta-feira, ele lubrifica o trem de
aterragem, limpa o vidro dianteiro, ajeita-se na pista
e lança-se à descoberta. Por todos os lugares por
onde passa, as pessoas acham imensa piada quando
o pequeno bimotor se apresenta:
- Olá, chamo-me Barnabé Pé Coxinho e venho da
Cidade Perninha Às Costas.
O pai Pingu era um pinguim anafado, com um
porte majestático, que se arrastava pelo gelo
tamanho era o seu peso. A mãe Pingu era uma
ternura, sempre preocupada com os três filhotes que
não paravam de fazer disparates. As tropelias dos
membros mais novos da família Pingu divertiram
imenso o Barnabé, sobretudo as escorregadelas
pelas encostas dos icebergs e as brincadeiras com a
velha amiga da família, a baleia Filomena.
O Salvador, o Gil e a Berta adoravam trepar
pelo dorso da Filomena e esperar que ela largasse
o seu potente jato de água para o qual se
lançavam, deixando-se subir e descer naquele
chafariz improvisado. Às vezes, aquela água toda
era desviada pelos fortes ventos vindos do Oeste
e os pequenos pinguins eram transportados pelo
ar até caírem na neve fofinha de um iceberg. A
Filomena aproximava-se logo para ver se nada de
mal tinha acontecido aos seus pequenos
amiguinhos.
A Foca Maroca não compreendia aquela
amizade entre a baleia e a família Pingu.
- Onde já se viu uma baleia andar a brincar com
pinguins! Se eu os apanhasse dava-lhes uma
dentada, ai se dava! – Comentava a velha foca
cinzenta, arrastando-se para a água
vagarosamente.
A Maroca era pitosga e os irmãos Pingu
adoravam pregar-lhe partidas. Às vezes, erguiam
montinhos de neve no trajeto que ela fazia
diariamente para ir pescar, fazendo- -a tropeçar e
estatelar-se no chão. Outras, escondiam-se e
atiravam-lhe bolas de neve e, em tentativas mais
arriscadas, atavam-lhe os bigodes enquanto ela
dormia a sesta.
Ora, enquanto os miúdos brincavam com a
Filomena e arreliavam a Foca Maroca, o Barnabé
ultimava os arranjos da hélice com a ajuda do pai
Pingu que, numa coreografia engraçada, se
deslocava para trás e para a frente na neve
imaculadamente branca, levando e trazendo
ferramentas.
Chegou a hora de partir e as despedidas foram
acompanhadas pela promessa de um dia voltar ao
Polo Sul.
- Adeus, amigos! – Gritou o Barnabé enquanto
Texto: Professora Cristina Fontes e filhos (Afonso e Henrique)
Ilustração: Bruna, 7.º A
fazia um looping para deleite da pequenada que, no
cimo do chafariz da Filomena lhe acenava.
- Adeus, adeus! Volta depressa. – Exclamava o
Gil, ao mesmo tempo que tentava imitar o looping
do aviãozinho, mas sem muito sucesso, pois
estatelou-se no dorso da Filomena.
-Até à vista, amigo! – Disse o pai Pingu,
acenando do topo do iceberg onde morava com a
família. A mãe Pingu não conteve uma ou outra
lágrima que teimavam em bailar-lhe nos olhos.
E com mais uma acrobacia, o pequeno bimotor
deixou as terras geladas da Antártida e voou rumo à
sua cidade-natal. Tinham passado duas semanas
sem que ninguém soubesse do seu paradeiro e com
certeza estariam preocupados.
E com mais uma acrobacia, o pequeno bimotor
deixou as terras geladas da Antártidae voou rumo à
sua cidade-natal. Tinham passado duas semanas
sem que ninguém soubesse do seu paradeiro e com
certeza estariam preocupados.
Os professores de Português
querem agradecer a todos os que
participaram no Livro do
Agrupamento.
Agrupamento de Escolas Gil Vicente
Capa: Ryan de Faria, 7.º A
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