O papel do CCAB Comitê Codex Alimentarius do Brasil · A Comissão do Codex Alimentarius é o...

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Léa Contier de Freitas Chefe da Divisão de Superação de Barreiras Técnicas

Coordenação-Geral de Articulação Internacional, INMETRO

O papel do CCAB

Comitê Codex Alimentarius do Brasil

A Comissão do Codex Alimentarius é o

órgão estabelecido para desenvolver as normas

para alimentos no âmbito do

Programa Conjunto FAO/OMS sobre Normas Alimentares

O Codex Alimentarius

Codex é o nome comum para a

Comissão do Codex Alimentarius (CAC)

Codex Alimentarius

O Codex Alimentarius tem como mandato

estabelecer normas internacionais para alimentos

que visam

proteger a saúde dos consumidores e

assegurar práticas equitativas no comércio

internacional de alimentos.

O Codex Alimentarius

Estabelecimento do Codex

1963 – Criada a Comissão do Codex Alimentarius (CAC), com duas organizações patrocinadoras: FAO e OMS

são 189 membros: 188 países e 1 organização membro (EU)

são 225 observadores (IG, NGO e UN)

Reuniões da CAC se alternam entre Roma e Genebra

Reunião CAC na FAO

CAC

COMITÊ EXECUTIVO SECRETARIADO

COMITÊ DE

ASSUNTOS GERAIS

PR - China

FICS - Austrália

RVDF - USA

NFSDU - Alemanha

FL - Canadá

MAS - Hungria

GP - França

FA - China

FH-USA

COMITÊ DE

PRODUTOS

PFV - USA

FO - Malásia

FFV - México

CPL – USA*

SH - Reino Unido*

SCH - Índia

MMP - N. Zelândia*

FFP – Noruega

MH - N.Zelândia** NMW - Suiça**

VP - Canadá**

Resistência

Antimicrobiana

- Coréia do Sul

GRUPO Ad Hoc INTER-

GOVERNAMENTAL

COMITÊ REGIONAL

DE COORDENAÇÃO

Ásia - Índia

Europa - Holanda

Oriente Próximo -

Irã

África - Quênia

América Latina

e o Caribe - Chile

Amér. Norte e Pacíf.

Sudocidental -

Vanuatu

FC - Países Baixos

CPC - Suíça**

1963 – Estabelecimento do Codex Alimentarius

1968 – Associação do Brasil ao Codex

1980 – Criação do Comitê Codex Alimentarius do Brasil

CCAB – Comitê Codex Alimentarius do Brasil

• Criado em 1980, por Resolução Conmetro nº 01/1980;

• Comitê Assessor ao Conmetro;

• 14 membros: Governo, Indústria, Consumidores e Academia;

• Regimento Interno;

• Subcomitês / Grupos Técnicos (espelho da CAC);

• Coordenado pelo INMETRO.

Membros do Comitê Codex Alimentarius do Brasil

Secretaria - INMETRO Coordenação – INMETRO

Ponto de Contato Codex – MRE/DPB

ABNT

MRE ANVISA MDIC MAPA MCTIC MJ

ABC CNC CNA CNI ABIA IDEC

Subcomitês/Grupos Técnicos do CCAB (espelho da CAC)

CCAB

INMETRO ANVISA MAPA

Importação e Exportação de Alimentos

MRE

Princípios Gerais

Higiene de Alimentos

Contaminantes

Aditivos Rotulagem de Alimentos

Métodos de Análise e

Amostragem

Nutrição e Dietas

Especiais

Óleos e Gorduras

Pesticidas

Resíduos Medicamentos

Veterinários

Frutas e Vegetais

Processados

Frutas e Vegetais Frescos

Peixes e Produtos de Pesca

Leite e Produtos Lácteos

Ervas e especiarias

América Latina e Caribe

Resistência Anti-

microbiana

ANVISA

MAPA

• Coordenar as atividades sobre o Codex Alimentarius no País;

• Representar o Brasil nas reuniões da Comissão e dos Comitês do Codex Alimentarius;

• Aprovar a posição brasileira para as reuniões do Codex;

• Propor à Comissão a elaboração ou revisão de normas de interesse para o País;

• Subsidiar os órgãos regulamentadores nacionais na elaboração de suas normas e regulamentos com base nos textos Codex;

Finalidades do CCAB

• Comunicar com o Secretariado do Codex.

• Promover o Codex no país em articulação com as autoridades nacionais competentes;

• Realizar treinamentos sobre estrutura e funcionamento do Codex;

• Formular/aprovar respostas às consultas da Comissão;

• Estabelecer subcomitês;

• Endereçar questões técnicas aos subcomitês;

• Articular com países e regiões;

• Propor e implementar Programa Anual de Trabalho.

Finalidades do CCAB

Principal desafio:

Comunicação e coordenação entre partes interessadas

Mesma questão sob ângulos diferentes

Papel do Coordenador do CCAB

Pesticidas para razões ambientais

MRL para proteção da saúde

humana

Elaboração de Posição Nacional

MRL - minimum risk level for hazardous substances

• O coordenador do subcomitê correspondente circula o documento para os membros do GT;

• O coordenador estabelece um cronograma de reuniões do GT;

• O GT reúne, discute e prepara uma minuta de posição (importância da Academia e Setor Privado);

• Consultas entre GT;

• A minuta de posição é encaminhada para a Coordenação do CCAB e distribuída aos membros para comentários;

Como as Posições Brasileiras são elaboradas?

• Na reunião do CCAB o coordenador do GT apresenta a minuta de posição;

• O CCAB avalia e aprova a minuta de posição;

• Caso exista item pendente – discussão e decisão eletrônica – tudo registrado em atas.

Como as Posições Brasileiras são elaboradas?

Previsão de voto - Regimento

Posições elaboradas por consenso respeitando a competência legal da autoridade

Não se posicionar

Pode ser uma

posição EVITAR

• Na reunião do CCAB o coordenador do GT apresenta a minuta de posição;

• O CCAB avalia e aprova a minuta de posição;

• Caso exista item pendente – discussão e decisão eletrônica – tudo registrado em atas.

Como as Posições Brasileiras são elaboradas?

• Norma geral para aditivos em alimentos;

• Princípios e diretrizes para o estabelecimento de Sistemas Nacionais de Controle de Alimentos;

• Código de práticas de higiene para leite e lácteos;

• Norma para abacate;

• Limites máximos para aflatoxina em Castanha do Brasil e Planos de Amostragem associados;

• Código de práticas para prevenção e redução de aflotoxina aflatoxina em Castanha do Brasil

Exemplos de normas Codex

1. Definição de limites de aflatoxinas em Castanha do Brasil

• A Castanha do Brasil seria classificada na mesma categoria de outras castanhas, por puro desconhecimento sobre sua cultura de produção, que é extrativista;

• Brasil coordenou dois trabalhos no Comitê de Contaminantes em alimentos:

• Definição de limites de aflatoxinas em Castanha do Brasil (factíveis e que contribuíssem para a inocuidade do alimento);

• Código de Práticas para prevenção e redução de aflatoxinas em castanhas de árvores;

• Brasil mostrou sua realidade na prática e conseguiu que não fossem estabelecidos limites extremistas;

• A contribuição da indústria foi fundamental.

Os benefícios para o Brasil – exemplos

2. Abertura de mercado para sucos de frutas produzidos no Brasil

• Recomendação para revisão/atualização das normas Codex após GATT;

• Brasil coordenou Força Tarefa de Sucos de Frutas e Vegetais;

• As normas vigentes não contemplavam os produtos brasileiros;

• Por influência do Brasil foi elaborada uma norma geral para sucos de frutas e vegetais;

• Brasil conseguiu incluir frutas como caju e tamarindo, abrindo mercado para esses produtos.

Os benefícios para o Brasil – exemplos

3. Definição de limite de Salmonela em carne de frango

• Tentativa dos grandes países importadores de frango de estabelecer limite zero para Salmonela, o que inviabilizaria o comércio internacional;

• Brasil hospedou reunião de um grupo de trabalho – uma das atividades: visita a uma planta produtora de frango;

• Boa impressão quanto ao tamanho e controle da produção;

• Brasil teve papel decisivo no estabelecimento de padrões microbiológicos para carne de frango: demonstrou que limite zero impactaria/inviabilizaria comércio;

• Há presença de Salmonela no trato intestinal do frango, mas qualquer processamento térmico elimina esse patógeno.

Os benefícios para o Brasil – exemplos

Sardinhas: Peru x Comunidade Europeia

Regulamento da Comunidade Europeia (EEC) 2136/89

• A disputa concernia ao nome sob o qual certas espécies de peixes poderiam ser comercializadas na União Europeia.

Somente produtos preparados exclusivamente com a espécie de peixe Sardina pilchardus Walbaum

poderiam ser comercializados como sardinha enlatada na CE.

Os benefícios para outros países – exemplo

Produto em disputa

Peru

Presente principalmente no leste do Oceano Pacífico, nas costas do Peru e do Chile.

Comunidade Europeia

A espécie é encontrada principalmente a leste do Atlântico Norte, no Mediterrâneo e no Mar Negro.

« Sardinha Peruana »

Sardinops Sagax Sagax Sardina Pilchardus Walbaum

« Sardinha Europeia»

Sardina Pilchardus Walbaum

Produto em disputa

Norma Codex “standard” para sardinha enlatada e produtos tipo-sardinha (Codex STAN 94)

Provê que sardinhas enlatadas or produtos do tipo-sardinha podem ser preparados de peixe fresco ou congelado de uma lista de 21 espécies, incluindo:

• Sardina pilchardus Walbaum

• Sardinops sagax sagax

Produto em disputa

Solução Mútua Acordada Notificada a OMC em 25 de julho de 2003

Preserved “sardine-type products”

Produtos do tipo-sardinha enlatada podem ser comercializados na Comunidade Europeia sob a descrição comercial da palavra “sardinha” junto com o nome científico da espécie:

EC Regulamento nº 1181/2003 (02/07/2003), emenda ao Regulamento nº 2136/1989

ex. “Sardines – Sardinops sagax”

CAC

COMITÊ EXECUTIVO SECRETARIADO

COMITÊ DE

ASSUNTOS GERAIS

COMITÊ DE

PRODUTOS

GRUPO Ad Hoc INTER-

GOVERNAMENTAL

COMITÊ REGIONAL

DE COORDENAÇÃO

Ásia - Índia

Europa - Holanda

Oriente Próximo -

Irã

África - Quênia

América Latina

e o Caribe - Chile

Amér. Norte e Pacíf.

Sudocidental -

Vanuatu

NFSDU - Alemanha

MAS - Hungria

GP - França

SH - Reino Unido

FFP – Noruega NMW - Suiça

FC - Países Baixos CPC - Suíça

Europa – 7 países

RVDF - USA

FL - Canadá

PFV - USA

FFV - México CPL – USA

VP - Canadá

Américas – 3 países

FH-USA

FICS - Austrália

MMP - N. Zelândia

MH - N.Zelândia

Oceania – 2 países

Resistência

Antimicrobiana

- Coréia do Sul PR - China

FA - China

FO - Malásia

SCH - Índia

Ásia – 4 países

Obrigada

lcontier@Inmetro.gov.br

barreirastecnicas@inmetro.gov.br

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