O Pensamento Sistêmico em Gestão...

1

Prof. Günter W. Uhlmann29/05/2010

www.institutosiegen.com.br

O Pensamento Sistêmico

em Gestão Ambiental

2

Gestão Ambiental

3

Gestão Organizacional

Gestão / Administração :

Alcançar objetivos através e com Pessoas.

Objeto da ação : Organizações

Questionamentos à Gestão :

O QUE DEVE SER FEITO?

QUANDO DEVE SER FEITO?

COMO OS RECURSOS DEVEM SER

UTILIZADOS?

4

As Cinco Variáveis Básicas

das Teorias Administrativas

5

Fonte: Chiaventao, I. Introdução à TGA, Makron Books, 1998

Gestão Ambiental

A Gestão Organizacional X Gestão

Ambiental

Organização : objeto da Gestão “Tradicional”

Meio Ambiente : Objeto ou Variável da

Gestão Ambiental ?

Ambiente “Objeto” : Auto-regulação e

Autopoiese renegados!6

A Realidade do Sec. XXIVivemos numa sociedade

espantosamente dinâmica, instável e

evolutiva

Correrá sérios riscos quem ficar

esperando para ver o que acontece

A adaptação a essa realidade será, cada

vez mais, uma questão de sobrevivência

Os modelos antropocêntricos e

ecocêntricos necessitam dialogar –> os

extremos são perigosos!7

8

Geossistemas – HomeostaseSource: United Nations Population Division.

Population (in billions)

Near stabilization (after 2200)

0 0.30

1000 0.31

1250 0.40

1500 0.50

1750 0.79

1800 0.98

1850 1.26

1900 1.65

1910 1.75

1920 1.86

1930 2.07

1940 2.30

1950 2.52

1960 3.02

1970 3.70

1980 4.44

1990 5.27

1999 5.98

2000 6.06

2010 6.79

2020 7.50

2030 8.11

2040 8.58

2050 8.91

2100 9.46

2150 9.75

Year

O Mundo mudou mas ....... A

essência, o conceito permanece

9

Fala-se tanto em pressa ....

10

Prazo é prazo !

A Realidade, a força do

Ambiente se impõe ...

.

11

A Gestão precisa conviver com o

erro ... E APRENDER com ele!

12

Mas também não persista no

erro!

.

13

Come on! It can‘t go

wrong every time...

Vamos lá, não podemos errar todas...

Soluções não são universais!

14

Soluções Criativas

15

Acabei o meu banho.

MM... Foi

rápido.

Cada situação requer recursos

específicos!

.

16

Atrasado

Bêbado

Batom

A Realidade é complexa ...

Sistêmica!

17

Mas eu continuo não entendendo as

mulheres.

Dilema – Caos – Era da

Incerteza (Hobsbawm)

18

Gestão Ambiental – Questões

Chave

Sustentabilidade

Sustentável - ato ou efeito de sustentar(-se)

abastecimento renovado do conjunto das

substâncias necessárias à conservação da

vida; nutrição, alimentação, sustento

19

20

Ver o Todo e não somente a

Parte

21

Gestão Ambiental –

Pensamento Sistêmico

Objetivos : Desde os primórdios da civilização (homo sapiens

sapiens ) => entender sua existência;

=> entender o ambiente que o cerca;

=> => => Resolver problemas , Prever o Futuro.

1. Previsão calcada inicialmente em princípios Místicos (desígnios de uma entidade superior)

2. Fase Determinista

3. Fase Probabilista

22

Teoria Geral dos SistemasO Atomismo

As qualidades dos corpos dependem, portanto, da configuração, da ordem ou do movimento dos Átomos.

Princípio do Pensamento Analítico – Proposta de Renê Descartes (Cartesianismo)

Decompor (análise) até a menor partícula

Analisar, estudar, compreender a partícula

A partir da parte generalizar, deduzir as propriedades e comportamentos para o todo

(síntese).

23

SISTEMAS

PERDA PERDA

Partículas

Ligações Energéticas

Principio do Atomismo com o efeito do Reducionismo

A Realidade do Todo

Parte Menor "A TOMO"

Prótons Neutrons Elétrons

24

Teoria Geral dos Sistemas

O Atomismo

“Renê Descartes criou o método do pensamento analítico, que consiste em

quebrar fenômenos complexos em pedaços afim de compreender o

comportamento do todo a partir das propriedade das suas partes” ( Capra

Teia da Vida 1999:34)

25

Mecanicismo e Determinismo

Paradigma do Mecanicismo e Determinismo

Realidade é exata, determinada, formulada,

explícita

Possível controlar os fenômenos da natureza

Imagem de mundo como se fosse uma

máquina

Isso levava à uma ambição na ciência

– Dominar e conquistar a natureza

Essa visão de mundo

– Determinismo clássico

26

Mecanicismo e Determinismo

Determinismo clássico

– Para cada efeito, há uma causa

– Para cada ação, há uma reação

Animais são seres mecânicos muito bem

elaborados

Coração humano passa a ser uma bomba

Obedece princípios termodinâmicos

Sistema hidráulico/mecânico

Era Mecanicista é também a Era da Máquina

Influenciada pela Revolução Industrial

27

Teoria Geral dos Sistemas

O Holismo conforme Abbagnano (2000) consiste

“na inversão da hipótese mecanicista e em

considerar que os fenômenos biológicos não

dependem dos fenômenos físico – químicos, mas

o contrário”. => vitalismo => seres vivos são fruto

de uma criação divina não dependente de

mecanismos físico–químicos.

A dogmatização (criação pelo divino) inerente a

esta concepção torna por conseguinte inútil

qualquer investigação cientifica a seu respeito.

28

Ver o Sistema como um todo ou

apenas uma parte

HOLISMO

Oposição ao Determinismo Durante o século XX, a mudança do

paradigma mecanicista para o ecológicotem ocorrido em diferentes formas e comdiferentes velocidades nos vários camposcientíficos. Ela envolve revoluçõescientíficas, retrocessos bruscos ebalanços pendulares.

29

Ver o Sistema como um todo ou

apenas uma parte

HOLISMO

Oposição ao Determinismo A tensão básica é a tensão entre as partes e o

todo. A ênfase nas partes tem sido chamada demecanicismo, reducionismo ou atomismo; aênfase no todo, de holismo, organicismo ouecologismo.

Na ciência do século XX, a perspectiva holísticatornou-se conhecida como sistêmica, e amaneira de pensar decorrente passou a serconhecida como “pensamento sistêmico

30

Teoria Geral dos Sistemas

O HOLISMO – Sinteticamente pode ser entendido como:

Parte da Tese ontológica que dá prioridade ao TODO em

detrimento das partes;

Para o Holismo o todo é sempre maior que a soma das

partes – as propriedades emergentes pela agregação

potencializam o TODO (o tornam maior)

As propriedades emergentes só existem com o TODO

sem este desaparecem.

A tese Holística admite que o TODO precede a PARTE

Visão unicista do TODO

As causas, origens, composição do todo não são

explicadas e comprovadas.

31

Teoria Geral dos Sistemas

O HOLISMO – considerações

Leva freqüentemente a uma postura de Doutrina

Dogmática impositiva.

A imposição dogmática conduz freqüente a

movimentos de idolatria nos quais não há

preocupação com as causas primeiras, mas sim

somente com o todo. Ex. Movimentos religiosos,

políticos, carismáticos centrados em um líder.

O holismo freqüentemente apresenta condutas

que delegam o problema ao plano teológico,

sagrado, inatingível, místico.

32

Teoria Geral dos Sistemas O SISTEMISMO – Século XX

Os pioneiros do pensamento sistêmico =>

os Biólogos,

Os Psicólogos da Gestalt,

Os Ecologistas

Marco moderno ocidental é atribuído a Ludwig vonBertalanffy, (Grupo de Viena) => novas idéias científicas da abordagem dos “todos integrados”

Os “todos integrados” já haviam sido abordados por Alexander A. Bogdanov em 1922, cuja obra foi pouco ou até mesmo não divulgado no Ocidente. Ao que se sabe, até mesmo a partir das citações de Bertalanffy, não teve este efetivamente conhecimento, contato com a obra de Bogdanov;

33

SISTEMAS

Hierarquização dos Sistemas

34

Teoria Geral dos Sistemas

O SISTEMISMO – Século XX

Warren Weaver chamou a nova área de “a ciência da complexidade organizada”.

A busca por uma teoria geral de sistemas continua, estamos ainda na fase de uma Proto-teoria dos Sistemas.

35

Teoria Geral dos Sistemas O SISTEMISMO – Século XX

Contextualiza

Alia a decomposição (análise) e a recomposição (síntese) contextualizando os elementos.

o A análise significa isolar alguma coisa a fim de entendê-la; o pensamento sistêmico significa colocá-la no contexto de um todo mais amplo.

Entende o todo maior do que a soma de suas partes dadas as propriedades emergentes tal qual o Holismo.

36

Teoria Geral dos Sistemas O SISTEMISMO – Século XX

Pressuposto ontológico : O TODO justifica

as PARTES e as PARTES são

fundamentais para o TODO.

O TODO dá sentido para as PARTES que

o compõe – a assim chamada

organização.

Requer Racionalidade logo não admite

posturas dogmáticas.

37

Teoria Geral dos Sistemas

A partir de Bertalanffy um Sistema

pode ser concebido como sendo:

Um conjunto de partes interdependentes para a consecução de um objetivo

38

Teoria Geral dos Sistemas

Sistema conforme Avanir Uyemov

“sistema é um agregado de elementos, complexos ou não, que tenham um conjunto de relações que agem sobre o conjunto de elementos agregados fazendo com que daí surja a emergência de novas propriedades não existentes nos elementos isolados”

39

Teoria Geral dos Sistemas

Classificação dos Sistemas

Dicotomização de G.P.Davis (1974)

Abstrato X Físico

Determinista X Probabilista

Aberto X Fechado (contestado)

40

Teoria Geral dos Sistemas

Desenvolvimento do Pensamento Sistêmico

A. Fase Mística há pesquisas que apontam para 2500

anos a.C.

B. Transição com avanço do pensamento científico

(nos mais variados graus) na Grécia antiga (500 –

300 anos a.C)

C. Desenvolvimento do Pensamento na era Cristã

41

Teoria Geral dos Sistemas

Características dos Sistemas Katz & Kahn (1977)

Importação de energia

Transformação

Produto

Sistemas como ciclos de eventos

Entropia

Entropia negativa (contestado)

Insumo de informação, realimentação negativa e processo de

codificação

Estado estável e homeostase dinâmica

Diferenciação

Eqüifinalidade

42

SISTEMAS

Básicos ou Fundamentais – ou seja aqueles apresentados por todos os sistemas.

Permanência

Ambiente

Autonomia

Evolutivos – parâmetros emergentes pela evolução. Composição

Conectividade

Estrutura

Integralidade

Funcionalidade

Organização

Parâmetro Livre : Complexidade Vieira (1998)

43

SISTEMAS

Abordagem sistêmica : “um

continuum de percepção e ilusão;

uma contínua revisão do mundo, do

sistema total e de seus componente;

a essência da abordagem sistêmica é

tanto confusão quanto

esclarecimento – ambos, aspectos

inseparáveis da vida humana”.(Amaral J.A)

51

SISTEMAS

Sistema 1 Sistema 2 Sistema n

SISTEMA

ENTRADAS (do ambiente)

Subsistema Subsistema Subsistema

Elemento 1 Elemento 2 Elemento n

SAÍDAS (para o ambiente)

Sistema 1 Sistema 2 Sistema n

Conexões

AM

BIE

NT

E o

u M

AC

RO

SIS

TE

MA Conexões c/ o ambiente

Conexões c/ o ambiente

52

GEOSSISTEMAS

A Teoria do Geossistema (Viktor Borisovich

Sochava )

aplicar a Teoria Geral de sistemas ao estudo

das paisagens naturais extensas (URSS)

modificadas ou não

pela ação do homem (antrópica) .

Modelo de Geossistema que mostra a

intensidade das inter-relações dos elementos

naturais e antrópicos. (Troppmair, H. 2006)

53

GEOSSISTEMAS

A Teoria do Geossistema (Viktor Borisovich

Sochava ) Nos últimos anos, o estudo dos

Geossistemas tem ganhado importância e

aplicação crescente e, entre outros

objetivos, procura a conservação, o uso

racional e o desenvolvimento do espaço

geográfico beneficiando toda biosfera, em

especial, a sociedade humana. (Troppmair 2006)

54

GEOSSISTEMAS

Georges Bertrand dada ao estudo dos

Geossistemas (Buss, M. D., 1998).

Ressalta que na pesquisa dos geossistemas, deve-se

levar em consideração :

Elementos abióticos (clima, solo, hidrografia etc.);

Elementos bióticos (flora e fauna);

Elementos da sociedade, da história, da

economia, não para fazer sociologia, mas estudar

o meio ambiente... quer dizer, analisar o meio

ambiente de épocas passadas e, em particular, o

que passa na história (recente)... o meio ambiente

toma a dimensão cultural, e nós, trabalhamos com

a diversidade”.

55

GEOSSISTEMAS

Modificação Antrópica

56

GEOSSISTEMAS

Modificação Antrópica

57

GEOSSISTEMAS

Modificação Antrópica

58

GEOSSISTEMAS

Modificação Eólica (Abióticos)

59

GEOSSISTEMAS

Modificação Fluvial (Abióticos)

60

GEOSSISTEMAS

Modificação Pluvial (Abióticos)

61

GEOSSISTEMAS

Modificação Glacial (Abióticos)

GEOSSISTEMAS

Modificação Glacial (Bióticos)

Fauna Flora

62

GEOSSISTEMAS

Homeostase

Da PangeaAo Mundo

Contemporâneo

63

Gestão Ambiental

De Volta à Questão Central

O Ambiente é objeto da gestão

A Ação Antrópica, a salutar explotação

antropocêntrica com vista à

sustentabilidade deve ser o seu objeto ?

j64

Gestão Ambiental

Os obstáculos, as adversidades, as

necessidades humanas ai estão!

Requerem uma análise sistêmica para

entendê-la.

Entendo que somente uma adequada

compreensão desta realidade permite a

que se elaborem estratégias adequadas

de permanência.

j65

Gestão AmbientalLembrando!

As Estratégias são vitais,

À permanência do nosso “oikos” e

À nossa própria permanência enquanto

elementos deste ambiente.

A efetiva busca das causas primeiras dos

efeitos últimos, a racionalidade sistêmica

são argumentos,creio, irrefutáveis para

uma

Cientifica Gestão das Ações Humanas

neste Ambiente. j66

OBRIGADO !

.

67