View
214
Download
1
Category
Preview:
Citation preview
O Processo de Regionalização em Escala Internacional: Quais Lições podem ser Aprendidas?
Luís PiscoVice Presidente ARSLVT
Universidade de São Paulo8 de Dezembro de 2015
Seminário Internacional de Política, Planejamento e Gestão das
Regiões e Redes de Atenção à Saúde no Brasil
Lisboa - Portugal
Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Residentes
3.659.868Área: 12.211,4 km215% de PortugalDP 299,7 hab./km2
RecursosHumanos
Médicos – 1.714Enfermeiros – 2.310Secretariado – 1.908
Usuários
Com MF – 2.852.896Sem MF – 667.531Sem MF por opção – 9.259
Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Abrange uma área geográfica com cerca de 13 mil km2 correspondente a cerca de 15% do território de Portugal.
Os 3,6M habitantes representam cerca de 36% da população nacional de 10,5 M habitantes
É constituída por 5 NUTS III e por 52 Municípios.
A Região regista nos últimos 3 anos um envelhecimento progressivo e um decréscimo da população.
Médio Tejo6%
Oeste10%
Lezíria do Tejo7%
Península de Setúbal
21%
Grande Lisboa
56%
A ARSLVT tem uma elevada disparidade da densidade populacional por município.
Os 7 municípios com maior densidade populacional representam cerca 50% do total da população.
A Grande Lisboa é a área com maior densidade populacional, nomeadamente os municípios da Amadora, Lisboa e Odivelas.
Ourém
Ferreira do Zêzere
Tomar
V. Nova Barquinha
Torres NovasAlcanen
a
Rio Maior
Santarém
Chamusca
Entroncamento
GolegãConstância
Abrantes
Sardoal
Mação
Alpiarça
Almeirim
Salvaterra de Magos
Coruche
Benavente
MontijoMontijo
Palmela
Setúbal
Moita
Alcochete
Barreiro
Seixal
Sesimbra
Almada
Lourinhã
Torres Vedras
Cadaval
Alenquer Azambuja
Cartaxo
S. Mte Agraço Arruda
dos V.V. F. Xira
Loures
OdivelasAmador
aOeiras
LisboaCascais
Sintra
Mafra
Alcobaça
Caldas da
RainhaÓbidos
Peniche
Bombarral
Ponte de Sôr
Vila de Rei
Gavião
Legenda: densidade populacional (habitantes por Km2):
250 - 1.000 1.000 - 2.000
< 250
2000 - 5.000> 5.000
Fonte: INE. Mapa de elaboração pela Antares Consulting
Densidade populacional da Região de LVT (2012)
Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Plano EstratégicoARSLVT 2014-2016
MISSÃO:Garantir à população, da Região de Lisboa e Vale do Tejo, o acesso à prestação de cuidados de saúde, adequando os recursos disponíveis às necessidades e cumprir e fazer cumprir políticas e programas de saúde na sua área de intervenção.
Plano Estratégico da ARSLVT 2014-2016
Mais Saúde e Bem-estar para a Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo,
atingindo os melhores indicadores de saúde do País.Visão
Criação de Valor
Responsabilidade
Entreajuda e Reciprocidade
Valores
1. Promover e melhorar a Saúde da população
2. Reforçar o Sistema de Saúde
3. Garantir um SNS Sustentável e Bem Gerido
Vetoresestratégicos
Plano atividades ARSLVT Vetores estratégicos
1. Promover e melhorar a saúde da população A promoção de estilos de vida indutores de saúde e a
informação aos cidadãos, como estímulo para a adoção de comportamentos saudáveis, constituem elementos centrais da estratégia de atuação da ARSLVT.
Plano atividades ARSLVT Vetores estratégicos
2. Reforçar o Sistema de Saúde Os desafios do SNS devem ser no sentido de melhorar a
qualidade dos resultados e corrigir as desigualdades ainda existentes.
Estes Objetivos passam pelas seguintes ações: ganhos de eficiência na gestão, ganhos no acesso aos cuidados de saúde, garantia da sustentabilidade, valorização dos profissionais de saúde.
Plano atividades ARSLVT Vetores estratégicos
3. Garantir um SNS sustentável e bem gerido A sustentabilidade do SNS é fundamental para a sua
sobrevivência, devendo, no entanto, a mesma ser assegurada através da valorização da importância da saúde e da eficiência dos serviços.
É determinante a aposta na melhoria da gestão do SNS, potenciando a eficiência e combatendo o desperdício, valorizando os seus recursos humanos, ao nível da formação e do seu aperfeiçoamento profissional.
Também se reveste de grande relevância a inovação ao nível da organização dos cuidados de saúde, particularmente na Atenção Primária já em curso.
1. Promover e melhorar a Saúde da população. Objectivos estratégicos
OE 1 – Alinhar os Programas de Saúde com as Prioridades do Plano Nacional de Saúde
OE 2 – Garantir a Escola como Promotora de Saúde OE 3 – Promover a realização de rastreios de base
populacional OE 4 – Promover a equidade no acesso aos serviços
de saúde OE 5 – Integrar os Programas de Saúde na perspetiva
do Idoso
2. Reforçar o Sistema de Saúde Objetivos estratégicos
OE 6 – Consolidar a Implementação da Reforma da Atenção Primária e Requalificar instalações e equipamentos
OE 7 – Promover a Governaça Clínica e de Saúde em Atenção Primária
OE 8 – Melhorar a oferta e promover a qualidade em Cuidados Continuados Integrados
OE 9 – Adequar a oferta e promover a qualidade de Serviços Hospitalares
OE 10 – Promover a articulação/integração dos Cuidados de Saúde
3. Garantir um SNS sustentável e bem gerido. Objectivos estratégicos
OE 11 – Valorizar os Recursos Humanos OE 12 – Racionalizar a utilização do medicamento e
exames complementares de diagnóstico OE 13 – Melhorar a eficiência económica e
operacional OE 14 – Criar uma agenda de mudança e de
comunicação OE 15 – Promover a participação do cidadão e a
Responsabilidade Social
Plano Regional de SaúdeARSLVT 2013-2016
Com o objectivo de dar resposta aos compromissos nacionais da Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, foi elaborado o Plano Regional de Saúde 2013-2016.O Plano Regional de Saúde não é um Plano estático e fechado – pretende ser dinâmico, flexível e em permanente construção.
Perfis de Saúde
UMA ESTRUTURA CENTRALIZADA
Em 1971 foi reconhecido o direito à saúde e lançadas as bases para o Serviço Nacional de Saúde que vigora desde 1979.
Descentralização de cuidados de saúde em Portugal (1975-2015)
Direito à saúde e SNS
Enorme tradição de poder local.O estado era supletivo da iniciativa das famílias em relação a saúde. Reconhecido o direito à saúde
PORTUGAL
1971
Criação do Serviço Nacional de Saúde 1979
Não á Regionalização em Referendo Nacional 1998
Revolução 25 Abril. Instauração da Democracia 1974
Direito à saúde e SNS
A ideia de descentralização está presente no regime jurídico das autarquias locais:• Transferência de competências• Aproximação das decisões aos cidadãos• Coesão territorial• Reforço da solidariedade inter-regional• Melhoria dos serviços prestados às populações• Racionalização de recursos
PORTUGAL
2013
A descentralização está a corresponder a uma maior centralização na área da saúde! 2015
Organograma do Ministério de Saúde
Ministro da Saúde
Secretário Adjunto do Ministro da
Saúde
Secretário de Estado da Saúde
Conselho Nacional da Saúde
Entidade Reguladora da Saúde
Organograma do Ministério da Saúde
Administração Direta
Secretaria Geral
Inspeção Geral das Atividades
em Saúde
Direção Geral da Saúde
SICAD
ADSE
Setor Empresarial do Estado
SPMS, EPE
ULS, EPE
Centros Hospitalares,
EPE
Hospitais, EPE
Organograma do Ministério da Saúde
Administração Indireta
ACSS, IP INFARMED INEM IPST INSA Organismos periféricos
Estabelecimentos públicos do SNS
(SPA)
ARS NORTE, IP
ARS ALGARVE, IP
ARS ALENTEJO, IP
ARS LVT, IP
ARS CENTRO, IP
Fluxo financeiro no sistema de saúde
Impostos diretos e indiretos
ARS
Governo
Ministério da Saúde
UCSP
USF
Hospitais ContratualizaçãoFinanciamento diretoDespesas de capital
ContratualizaçãoSaláriosDespesas de capitalOutros pagamentos
O processo de regionalização
Este tem sido um processo norteado pela economia e qualidade dos serviços, pugnando por maior eficiência e racionalidade na utilização dos recursos públicos para tornar possível o cumprimento dos objetivos de redução da despesa pública a que o país está vinculado.
A questão da regionalização é antiga e foi primeiramente discutida em Portugal por Amorim Girão, que em 1930 (in Esboço De Uma Carta Regional de Portugal, Coimbra, 1930),
dividiu geograficamente o território continental com base em 13 províncias geograficamente identificáveis e economicamente diferenciáveis.
Descentralização
Portugal sempre funcionou numa articulação entre os poderes 'central' e 'local': nunca houve espaço para um órgão político a nível regional.
No entanto, a realidade da economia e da sociedade portuguesa das últimas décadas tem demonstrado a urgência de se criarem órgãos administrativos neste nível de decisão.
O Estado Português aprovou uma lei em 2003 para estimular os governos locais a associar-se, principalmente, de acordo com o tamanho da população, em três novos tipos de entidades governamentais: Grandes Áreas Metropolitanas, Comunidades Urbanas e Comunidades Intermunicipais.
Princípios constitucionais da organização administrativa
Princípio da desburocratização
Princípio da descentralização
Princípio da participação dos interessados na
gestão da Administração
Pública
Princípio da desconcentração
Princípio da aproximação dos
serviços às populações
O processo de regionalização
A regionalização: processo de racionalização dos serviços forma de encorajar os seus membros a
participar na solução dos seus próprios problemas de saúde.
articulação horizontal de níveis de saúde.
1979
Criadas 18 administrações
distritais dos serviços de saúde.
EFICIÊNCIA
QUALIDADE
ECONOMIA
O processo de regionalização
1982
Criadas 18 administrações regionais dos
serviços de saúde: concentração de
meios e eficiência de serviços.
O processo de regionalização
1993Estatuto do Serviço Nacional de Saúde.
Criadas as 5 ARS e as unidades integradas
de cuidados de saúde.
As sub-regiões correspondem aos
distritos de Portugal Continental
Sede no Porto. Inclui: os distritos de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real.
NORTE
Sede em Lisboa. Inclui os distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal.
LISBOA E VALE DO TEJO
Sede em Évora. Inclui: os distritos de Beja, Évora e Portalegre.
ALENTEJO
Sede em Faro e com área coincidente com a do distrito de Faro.
ALGARVE
Sede em Coimbra. Inclui: os distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu.
CENTRO
O processo de regionalização
2007
É revista a legislação das ARS
mas são mantidas as cinco regiões de
saúde.
ARS ALGARVE
ARS NORTE
ARS ALENTEJO
ARS CENTRO
14
15
12
13
6
4 3 125
10 10
119
7
8
ARS LISBOA E VALE DO TEJO
Regiões Autónomas
As regiões autónomas dos Açores e da Madeira têm a sua própria administração e regulamentação em matéria de organização, gestão, financiamento e operação dos serviços de saúde e a sua política é definida e executada pelas agências governamentais regionais.
O processo de Regionalização
2008
Criação dos
Agrupamentos
de Centros de
Saúde (ACeS).
Substituiram as sub-regiões de saúde, forma de melhorar o acesso das populações a cuidados de saúde
Serviços públicos com autonomia administrativa agrupando um ou mais centros de saúde
Garantir a prestação de cuidados de saúde primários à população de determinada área geográfica
2012
O processo de Regionalização
ARSLVT, passa de 22 a 15 ACeS
ARS Centro passa de 14 a 6 ACeS
22/15 ACES EM LVT
SISTEMA DE AVALIAÇÃOREGIONALIZAÇÃO
Sistema de Avaliação
Quadro de Avaliação e
Responsabilização
QUAR
QUAR Avaliação de todos os
serviços da Administração Pública.
Relaciona-se com o ciclo de gestão do serviço.
Coerente com os documentos previsionais e de prestação de contas.
Obrigatoriamente publicado na página eletrónica do serviço.
Parâmetros de avaliação do QUAR
Aferida pelos utilizadores externos (utilizador de um serviço público) e os internos (outros serviços públicos que beneficiem da atividade do serviço).
Aferida pelo
impacto, pelo
resultado e
pelo realizado.
EFICÁCIA
This is a placeholder
text. EFICIÊ
NCIA
QUALIDADE
Melhorar o acesso da pessoa com diabetes aos cuidados de saúde
• Produzir a mesma atividade com os mesmos recursos• Produzir mais atividade com os mesmos recursos
Agrupamento dos objetivos do QUAR
Eficácia
Aumentar a capacidade de resposta do SNS no apoio à cessação tabágica
Garantir desenvolvimento de respostas especializadas ao consumo de substâncias psicoativas, comportamentos aditivos e dependências
Aumentar em 5% o número de camas de cuidados continuados integrados na região da grande Lisboa
Otimizar o processo de aquisição e distribuição de medicamentos por forma a manter o stock de medicamentos no nível ótimo
Promover o diagnóstico precoce da infeção por HIV
Aumentar a taxa de cobertura total dos rastreios oncológicos
Melhorar o acesso da pessoa com diabetes aos cuidados de saúde
Agrupamento dos objetivos do QUAR
Eficiência
Promover a criação de uma rede de recursos de saúde, numa lógica de proximidade do cidadão e à comunidade, com vista à definição das respostas prestadas ao nível dos CAD
Divulgar iniciativas estratégicas de comunicação junto do público externo
Acompanhar quadrimestralmente o consumo de medicamentos pelos Serviços Farmacêuticos
Reduzir os custos com medicamentos e MCDT nos CSP
Desenvolver iniciativa comunicacional garantindo a transversalidade da ação e participação alargada de vários intervenientes
Agrupamento dos objetivos do QUAR
QualidadeImplementar um sistema de gestão da qualidade na UOF
Criar instrumentos, normas e orientações que promovam a qualidade dos serviços
Promover a vigilância em saúde materno-infantil
Promover a vacinação contra a gripe sazonal
Promover a aplicação do Programa Nacional de Vacinação garantindo o controlo ou eliminação de doenças alvo de vacinação
ACeS em termos de acesso, desempenho assistencial e eficiência
Lisboa Norte
Lisboa Oriental
Lisboa Central
Oeiras
Odivelas
Loures
AmadoraSintra-Mafra
Algueirão - Rio de MouroCacém-Queluz
Cascais
Vila Franca de Xira
AlmadaSeixal - Sesimbra
Arco Ribeirinho
Setúbal- Palmela
Oeste Norte
Oeste Sul
Serra d'Aire
Zêzere
Ribatejo
Lezíria II
-15
-10
-5
0
5
10
15
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
Eficiência
Acesso e Desempenho Assistencial
2.ºQ
3.ºQ 1.ºQ
4.ºQ
DESCENTRALIZAÇÃO
A descentralização, na generalidade dos países é um tema de debate atual e permanente…
Há argumentos que sugerem que a "Europa das Regiões", por um lado, e os poderes centralizados da União Europeia, por outro, reduzem a influência dos Governos Nacionais (Rodríguez-Pose 2002).
Outros analistas políticos afirmam exactamente o contrário, que a União Europeia parece ter reforçado o poder dos Governos Nacionais (Milward 2000).
Descentralização
O livro analisa as vantagens e inconvenientes das políticas de descentralização e de recentralização em curso em muitos Países.
Nas cuidadosas palavras dos seus autores as evidências recolhidas são complexas e ambíguas e por exemplo relativamente á equidade e á eficiência não são particularmente positivas.
Na generalidade as políticas de descentralização conduziram a aumento de custos e a aumento de desigualdades.
Descentralização
Recentemente, houve um pequeno mas crescente número de países que parecem estar a recuar nos princípios básicos da descentralização e estão, em vez disso, a recentralizar funções importantes do sistema de saúde.
Nos países nórdicos, a Noruega recentralizou a autoridade operacional de 19 concelhos municipais em 6 comités regionais, nomeados de novo. O financiamento do sector da saúde na Noruega manteve-se uma responsabilidade nacional e não regional.
O governo dinamarquês recentralizou tanto a responsabilidade operacional como de financiamento de 14 concelhos municipais eleitos, para dar autoridade operacional a 5 novas entidades regionais.
Descentralização
Uma questão importante para os decisores políticos é se existe alguma dimensão ideal para as unidades administrativas e de gestão.
Todos os países avaliados parecem ter estado à procura de um nível apropriado, para as suas circunstâncias específicas, em que as questões da saúde devem ser tratadas.
O tamanho das regiões em vários países varia consideravelmente. Por exemplo, a região média alemã tem um tamanho aproximadamente igual ao da Dinamarca.
Isto sugere que o que é considerado uma estrutura descentralizada num país pode ser percebido como centralizada noutro.
Descentralização
Mills (1994) sugere que um bom compromisso seria uma zona geográfica compacta entre 50 000 e 500 000 habitantes, muitas vezes, uma unidade do governo local, que pode fornecer serviços abrangentes para a maioria das condições de saúde.
O tamanho das unidades do governo local pode variar muito: de uma média de pouco mais de 1.600 habitantes em França a 140 000 na Inglaterra.
O maior governo local em cada país geralmente coincide com a capital (por exemplo, o governo local Budapeste, na Hungria ou Copenhaga governo local na Dinamarca).
Descentralização
Na Dinamarca a população das 14 regiões varia entre 200 e 600 mil habitantes.
Em França há regiões com 270 a 700 mil habitantes. Na Itália onde as regiões apresentam uma população média de
2,8 milhões a menos populosa conta com 115 mil. Na Alemanha há regiões que abrangem uma população de 1,5
milhões de habitantes. Em Espanha onde a dimensão média das regiões ronda os 2,2
milhões de habitantes há as que não ultrapassam os 300 mil. A área média das regiões é de 3070 Km2 na Dinamarca, 3290
na Holanda, 10170 na Bélgica e 15060 na Itália.
Descentralização
O grau apropriado de descentralização em saúde depende de um juízo político bastante difícil, envolvendo interações entre um número considerável de objectivos.
Um serviço de saúde pode garantir “igual acesso, para igual necessidade” se conseguir conjugar níveis de forte centralização, definição de boas práticas e disseminação de informação, com elevada eficiência local, através de uma identificação de necessidades objectiva e da prestação responsável de serviços de saúde.
Descentralização
Três categorias de influências:Desempenho:
Os fatores históricos, sociais e de contexto são determinantes e diferentes, exigindo adaptações estruturais e alterações ao longo dos percursos.Legitimidade:
Trazer os níveis de decisão para junto das populações ou a adoção de soluções à medida das necessidades locais, pode ser visto como a necessidade de obter legitimidade nas opções, já que corresponde ao conjunto de valores social e culturalmente partilhados.
Descentralização
Interesses: As políticas de saúde não são mais do que uma luta
contínua pela aquisição de poder e de posições de influência e decisão, operando no interior de estruturas institucionais, que condicionam ou conferem oportunidades aos vários atores políticos e sociais.
A captura das políticas locais por parte de grupos de interesse (por exemplo grupos de doentes ou de indústrias) é um aspeto de vulnerabilidade política que tem de ser controlado.
As prioridades dos sistemas de saúde quando o dinheiro é escasso
No seguimento da Reunião Ministerial sobre Saúde em 2010, a OCDE publicou este documento em resposta à constatação que os gastos com a saúde continuavam a crescer mais rapidamente do que a economia em muitos dos países da OCDE.
Tendo em conta a recente crise económica, a severa realidade fiscal e o facto da maioria dos gastos na saúde vir dos orçamentos públicos, a generalidade dos países continua a procurar formas de melhorar a eficiência dos seus sistemas de saúde.
65 Utilizar os recursos racionalmente66 Dez causas principais de ineficiência66 Eliminar despesas desnecessárias em medicamentos68 Melhorar o controlo de qualidade dos medicamentos69 Utilização apropriada dos medicamentos69 Retirar o máximo benefício dos serviços e da tecnologia71 Motivar as pessoas72 Melhorar eficiência hospitalar-dimensão e duração da estadia73 Definir o tratamento correcto desde o início73 Eliminar o desperdício e a corrupção74 Levantamento crítico dos serviços necessários76 Benefícios potenciais de melhorar a eficiência78 Incentivos, financiamento da saúde e eficiência80 Pagamentos de acordo com o desempenho82 Aquisições estratégicas83 Fragmentação84 Corrigir as desigualdades85 Conclusão
Relatório Mundial de SaúdeOMS 2010
A eficiência é a dimensão da qualidade do nossos tempo.
Todos na área da saúde têm um papel a desempenhar na redução dos custos e do desperdício, mas são aqueles que trabalhando no ambulatório e participando em programas de melhoria, são a chave para a prestação de melhores cuidados de saúde com menores custos.
Donald BerwickDezembro de 2011
Eficiência
Um Futuro para a Saúde: todos temos um papel a desempenhar
O relatório propõe uma transição do sistema actual, centrado no hospital e na doença, em que todas as acções têm como objecto e alvo o doente,
para um sistema centrado nas pessoas e baseado na saúde, em que os cidadãos são parceiros na promoção da saúde e na organização dos cuidados.
Relatório GulbenkianSetembro 2014
Obrigado pela vossa atenção
luis.pisco@arslvt.min-saude.pt
Recommended