OBSERVATÓRIO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO Greves na Europa

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OBSERVATÓRIO DO MUNDO

CONTEMPORÂNEO

Greves na Europa

Fábio Ruela de Oliveira

““Na Europa como um todo, cresce a percepção popular nos Na Europa como um todo, cresce a percepção popular nos seus países mais prósperos de que a União Européia é um seus países mais prósperos de que a União Européia é um pretexto para minar direitos sociais e trabalhistas – pretexto para minar direitos sociais e trabalhistas – naqueles que mais claramente haviam se beneficiado da naqueles que mais claramente haviam se beneficiado da integração, os países menos ricos da periferia européia, o integração, os países menos ricos da periferia européia, o sonho subitamente acabou.” (Antonio Luiz M. C. Costa – sonho subitamente acabou.” (Antonio Luiz M. C. Costa – revista revista Carta CapitalCarta Capital nº. 605, 21 de julho de 2010) nº. 605, 21 de julho de 2010)

Trata-se essencialmente da resistência Trata-se essencialmente da resistência dos trabalhadores aos projetos de dos trabalhadores aos projetos de reformas previdenciárias apresentados reformas previdenciárias apresentados aos vários parlamentos europeus, de aos vários parlamentos europeus, de aumento da idade mínima para a aumento da idade mínima para a aposentadoria dos trabalhadores. aposentadoria dos trabalhadores.

Além das reformas previdenciárias, essa Além das reformas previdenciárias, essa movimentação na Europa apresenta movimentação na Europa apresenta ainda outros elementos ainda outros elementos desencadeadores, como a crise desencadeadores, como a crise financeira mundial iniciada nos EUA em financeira mundial iniciada nos EUA em fins de 2008 e que agora parece atingir fins de 2008 e que agora parece atingir brutalmente o velho mundo, ou ainda as brutalmente o velho mundo, ou ainda as altas taxas de desemprego entre os altas taxas de desemprego entre os países europeus, que oscilam entre os países europeus, que oscilam entre os 10% e 15% de suas populações de 10% e 15% de suas populações de trabalhadores.trabalhadores.

Assim, na atual conjuntura, se faz Assim, na atual conjuntura, se faz necessário o impertinente trabalho dos necessário o impertinente trabalho dos historiadores, ou, o “de lembrar aquilo que os historiadores, ou, o “de lembrar aquilo que os outros esquecem”, pois devemos recordar que as outros esquecem”, pois devemos recordar que as mesmas reformas que hoje são propostas aos mesmas reformas que hoje são propostas aos trabalhadores europeus, também já foram trabalhadores europeus, também já foram aprovadas aqui no Brasil, durante o primeiro aprovadas aqui no Brasil, durante o primeiro governo Lula e com o apoio das centrais governo Lula e com o apoio das centrais sindicais brasileiras. Como aqui, as centrais sindicais brasileiras. Como aqui, as centrais sindicais européias se constituem atualmente sindicais européias se constituem atualmente como braços aparelhados do estado vigente, como braços aparelhados do estado vigente, entretanto, os últimos eventos no continente entretanto, os últimos eventos no continente europeu mostraram que os movimentos de base europeu mostraram que os movimentos de base literalmente atropelaram as direções das literalmente atropelaram as direções das centrais. Contrariando suas lideranças os centrais. Contrariando suas lideranças os trabalhadores foram às ruas e fizeram piquetes trabalhadores foram às ruas e fizeram piquetes em várias empresas, tais como as refinarias e em várias empresas, tais como as refinarias e distribuidoras de petróleo francesas, distribuidoras de petróleo francesas, ocasionando a falta de combustível e levando ocasionando a falta de combustível e levando suas populações a lotarem o sistema de metrô.suas populações a lotarem o sistema de metrô.

Na Espanha

Fabíola Waiss FarherrMarcos da Silva de Oliveira

Sem dúvida o dia 29 de setembro de 2010 foi uma data para ficar na história da luta sindical da população espanhola, cerca de 10 milhões de trabalhadores foram às ruas na Espanha em greve geral, pedindo o fim das reformas que estão sendo implantadas pelo governo espanhol, como também pelo bloco econômico União Européia (UE) em parceria com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Sob alegação de rombo no orçamento público, o governo espanhol como demais países que compõe a União Européia, vem defendendo reformas como a trabalhista e a da previdência, que visam o corte de verbas para serviços públicos como saúde, educação, moradia e demais áreas.

A população vem sentindo na pele as conseqüências destes cortes no orçamento público, uma vez que 38% de investimentos em educação e saúde já foram retirados, cortes salariais nas empresas públicas e demissões têm sido recorrentes na Espanha, aumentando assim a violência e a miséria entre os mais pobres.

Estas reformas se fazem necessárias nos países capitalistas devido ao fato de este ser um sistema econômico no qual são recorrentes as crises, que consequentemente levam o Estado a investir dinheiro público em empresas privadas.

Embora a palavra reforma pareça interessante e até mesmo soe como mudança para algo melhor, a experiência com a implementação destas tais reformas conduzem a outros resultados. A chamada reforma da previdência tem o real objetivo de aumentar a idade mínima para se aposentar, fazendo deste modo com que as pessoas trabalhem muito mais e recebam seu beneficio muito mais tarde.

Já a reforma trabalhista tenta subtrair direitos históricos conquistados pelos trabalhadores europeus e retira ainda outros benefícios, como: o décimo terceiro salário, o seguro de vida e propõe diminuir o trabalho formal introduzindo a terceirização.

A lição que podemos tirar do desfecho deste dia 29 de setembro espanhol, é que somente com a articulação entre os trabalhadores será possível enfrentar esta onda de ataques aos direitos conquistados como já dissemos anteriormente. Nesse sentido não acreditamos que a Europa esteja caminhando para uma revolução social, pois a questão principal ainda é barrar as reformas. Entretanto, a participação da população nas greves e nos protestos foi maciça e não ficaria assim descartado que no decorrer do processo, surja uma possibilidade de revolução social. Porém, só o tempo poderá nos confirmar se a Europa está diante de uma reforma ou de uma revolução.

Grécia: a democracia em conflito.

Guilherme Dotti GrandoLúcio Fellini Tazinaffo

Um sistema em criseUm sistema em crise

Fim do século XXI: contexto de Fim do século XXI: contexto de grandes crises econômicas e sociais;grandes crises econômicas e sociais;

Crises esporádicas em regiões Crises esporádicas em regiões diferentes do planeta, mas que estão diferentes do planeta, mas que estão conectadas num problema comum, o conectadas num problema comum, o sistema capitalista;sistema capitalista;

Crise na Grécia que estourou em Crise na Grécia que estourou em maio deste ano tem relação com a maio deste ano tem relação com a crise imobiliária nos EUA em 2008.crise imobiliária nos EUA em 2008.

O que ocasionou a crise na O que ocasionou a crise na Grécia?Grécia?

Diminuição na arrecadação de Diminuição na arrecadação de impostos;impostos;

Empresas começaram a quebrar, o Empresas começaram a quebrar, o desemprego aumentou e o consumo desemprego aumentou e o consumo diminuiu, obrigando o país a realizar diminuiu, obrigando o país a realizar empréstimosempréstimos;;

No último ano o valor da dívida No último ano o valor da dívida grega (€ 300 bilhões) foi maior do grega (€ 300 bilhões) foi maior do que o seu PIB (€ 255,3 bilhões);que o seu PIB (€ 255,3 bilhões);

Comparação com uma pessoa Comparação com uma pessoa endividada.endividada.

A ajuda que não ajuda A ajuda que não ajuda em nadaem nada

O FMI (Fundo Monetário Internacional) e O FMI (Fundo Monetário Internacional) e a UE (União Européia) organizaram um a UE (União Européia) organizaram um pacote no valor de 112 bilhões de dólares pacote no valor de 112 bilhões de dólares para “salvar” a Grécia;para “salvar” a Grécia;

Mas quem vai pagar por essa quantia? É Mas quem vai pagar por essa quantia? É claro que será o povo grego, através de claro que será o povo grego, através de medidas que o governo grego aceitou medidas que o governo grego aceitou realizar;realizar;

Mesmo com esse pacote, a Grécia teria de Mesmo com esse pacote, a Grécia teria de obter abatimentos de 30 a 50% da obter abatimentos de 30 a 50% da negociação das dívidas públicas, segundo negociação das dívidas públicas, segundo apontam alguns críticos.apontam alguns críticos.

As medidas As medidas

Aumentos dos tributos de combustíveis, Aumentos dos tributos de combustíveis, álcool e tabaco;álcool e tabaco;

Congelamento dos salários dos Congelamento dos salários dos funcionários públicos até 2014;funcionários públicos até 2014;

A reforma previdenciária que adiaria para A reforma previdenciária que adiaria para mais três anos a aposentadoria dos mais três anos a aposentadoria dos trabalhadores gregos, e que estipularia o trabalhadores gregos, e que estipularia o valor da aposentadoria não mais pelo valor da aposentadoria não mais pelo valor dos últimos meses de trabalho, mas valor dos últimos meses de trabalho, mas pelo salário médio durante a carreira.pelo salário médio durante a carreira.

Os gregos protestam contra Os gregos protestam contra o seu governoo seu governo

Revoltados com a situação, a Revoltados com a situação, a população foi às ruas protestar;população foi às ruas protestar;

Estudantes saíram às ruas, Estudantes saíram às ruas, invadiram lojas, vandalizaram invadiram lojas, vandalizaram bancos e enfrentaram policiais com bancos e enfrentaram policiais com pedras e garrafas;pedras e garrafas;

68% dos gregos desaprovavam os 68% dos gregos desaprovavam os sacrifícios do governo para pagar a sacrifícios do governo para pagar a dívida;dívida;

O governo governa para quem O governo governa para quem afinal?afinal?

Onde está o governo liberal e Onde está o governo liberal e democrático?democrático?

O pilar no neo-O pilar no neo-liberalismoliberalismo

O descaso da mídiaO descaso da mídia

Diante desses problemas que o povo Diante desses problemas que o povo grego está passando, notamos um grego está passando, notamos um imenso descaso por parte da mídia imenso descaso por parte da mídia brasileira;brasileira;

Notícias curtas sobre a crise na Notícias curtas sobre a crise na Grécia, não explica os motivos da Grécia, não explica os motivos da mesma;mesma;

Ridicularização dos movimentos Ridicularização dos movimentos sociais;sociais;

Por que a mídia brasileira tem agido Por que a mídia brasileira tem agido dessa forma? Por que ocultar do dessa forma? Por que ocultar do povo brasileiro a crise grega?povo brasileiro a crise grega?

Luta de Classes na Luta de Classes na FrançaFrança

Fagner PereiraFagner Pereira

Lucas Blank FanoLucas Blank Fano

►Recentemente as manifestações de Recentemente as manifestações de estudantes e trabalhadores de vários estudantes e trabalhadores de vários segmentos vêm tomando conta da segmentos vêm tomando conta da Europa.Europa.

►Essas manifestações são reflexos de Essas manifestações são reflexos de mais uma das crises do sistema mais uma das crises do sistema vigente. vigente.

►Porém, essa crise tem raízes mais Porém, essa crise tem raízes mais profundas do que imaginamos. Uma profundas do que imaginamos. Uma delas foi a invenção do EURO. A delas foi a invenção do EURO. A tentativa de unificar as principais tentativa de unificar as principais economias da Europa em 2002 deu economias da Europa em 2002 deu suporte necessário para o suporte necessário para o boom boom econômico em países cuja economia é econômico em países cuja economia é mais fraca. mais fraca.

►A recessão, o desemprego, os ataques A recessão, o desemprego, os ataques xenófobos principalmente pela direita xenófobos principalmente pela direita nacional, resultou em uma frente de nacional, resultou em uma frente de resistência que se alastrou pela Europa resistência que se alastrou pela Europa nos últimos meses. nos últimos meses.

►Um dos principais atingidos por essa Um dos principais atingidos por essa desastrosa tentativa de unificação da desastrosa tentativa de unificação da economia foi a França. No dia 12 de economia foi a França. No dia 12 de outubro, entre 1,2 e 3,5 milhões de outubro, entre 1,2 e 3,5 milhões de franceses saíram às ruas. franceses saíram às ruas.

►Os efeitos das crises do capitalismo Os efeitos das crises do capitalismo geram conseqüências catastróficas, geram conseqüências catastróficas, principalmente na camada mais baixa principalmente na camada mais baixa da divisão de classes. da divisão de classes.

►A luta de classes na França significa a A luta de classes na França significa a insatisfação dos trabalhadores com a insatisfação dos trabalhadores com a recessão econômica, e com as medidas recessão econômica, e com as medidas tomadas pelo presidente Nicolas Sarkozy tomadas pelo presidente Nicolas Sarkozy no que diz respeito à reforma no que diz respeito à reforma previdenciária do país. previdenciária do país.

►O senado passou por cima do apelo O senado passou por cima do apelo popular e aprovou o artigo 6° do projeto popular e aprovou o artigo 6° do projeto de lei sobre a reforma da previdência.de lei sobre a reforma da previdência.

►O colapso gerado pelas crises que O colapso gerado pelas crises que assolam a economia dos grandes assolam a economia dos grandes investidores do capital, repercute investidores do capital, repercute devastadoramente na vida dos devastadoramente na vida dos trabalhadores, que não tem a trabalhadores, que não tem a possibilidade de participação na possibilidade de participação na deliberação e aprovação destes artigos.deliberação e aprovação destes artigos.

►Atualmente, a França enfrenta uma Atualmente, a França enfrenta uma elevada taxa de desemprego, que está elevada taxa de desemprego, que está na faixa de 10%. Os habitantes que na faixa de 10%. Os habitantes que trabalham ou poderiam trabalhar são de trabalham ou poderiam trabalhar são de aproximadamente 27,6 milhões de aproximadamente 27,6 milhões de pessoas, ou seja, 10% de pessoas, ou seja, 10% de desempregados representam 2,76 desempregados representam 2,76 milhões de pessoas, é um número milhões de pessoas, é um número bastante alto. bastante alto.

►Com a reforma da previcência, esse Com a reforma da previcência, esse contingente de desempregados irá contingente de desempregados irá aumentar.aumentar.

►A luta de classes na França transparece A luta de classes na França transparece a contradição do sistema capitalista. De a contradição do sistema capitalista. De um lado a classe dominante em crise um lado a classe dominante em crise tenta resolver seus problemas às custas tenta resolver seus problemas às custas dos trabalhadores. No outro, os dos trabalhadores. No outro, os trabalhadores resistem para garantir trabalhadores resistem para garantir seus direitos. seus direitos.

Equipe do Observatório Coordenador: Fabio Ruela de Oliveira

Estagiários:• Guilherme Dotti Grando• Fabíola Waiss Farehrr

• Fagner Guglielmi Pereira• Lucas Blank Fano

• Lúcio Fellini Tazinaffo• Marcos da Silva de Oliveira

Marechal Cândido Rondon, Outubro, Novembro e Dezembro de 2010.

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trabalhadores-insatisfeitos-com-a-crise-entenda-problemas-do-pais-20100505.html http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/a-mania-historica-dos-franceses-de-ir-

as-ruas-protestar www.conlutas.org.br Revista Caros Amigos, ano XIV, número 161, agosto de 2010.

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