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Os obstáculos à internacionalização
de empresas inovadoras e o papel
dos Ambientes de Inovação no Brasil
Daniele Prozczinski
Alexandre Martins Steinbruch
11 de Agosto de 2014
Página 2 de 30
Resumo:
O presente artigo tem por objetivo apresentar os principais obstáculos à
internacionalização de empresas inovadoras e como os Ambientes de Inovação têm um
papel determinante nesse processo. O artigo baseia-se nos dados coletados por meio de
uma pesquisa aplicada entre Outubro-Fevereiro de 2014, em empresas inovadoras,
utilizando-se de questionário respondido de forma espontânea por 49 empresas com
interesse em internacionalizar-se. Com perguntas fechadas e abertas, permitiu uma
tabulação e análise lexical, complementada por pesquisa bibliográfica, adotando um
modelo explicativo e compreensivo. Os obstáculos inerentes às empresas inovadoras
podem ser divididos em dois níveis: internos e externos. Em termos internos, os mais
significativos estão relacionados com a falta de recursos, dificuldades de gestão interna
para ações de internacionalização e ausência de conhecimento acerca dos procedimentos
necessários para a internacionalização da empresa. No nível externo destacam-se as
dificuldades em estabelecer parcerias e encontrar o mercado alvo adequado para o seu
produto. Igualmente, existe a falta de uma consciência empreendedora na busca por
mercados internacionais. Nesse sentido, os Ambientes de Inovação têm um papel
fundamental na orientação das empresas sobre os programas de apoio existentes para a
internacionalização, assim como na conscientização da importância de uma cultura
empreendedora que vá além fronteiras. A maior parte das empresas instaladas em
Ambientes de Inovação são pequenas e médias empresas, tendo, por vezes, pouca
capacidade organizacional e um conhecimento reduzido do mercado. Existem, desta
forma, ações que podem ser desenvolvidas pelos Ambientes de Inovação, potencializando
o processo de internacionalização de empresas brasileiras, que sentem-se hesitantes em
buscar mercados desconhecidos. As ações podem envolver divulgações institucionais e
de programas de apoio à internacionalização desenvolvidos no âmbito nacional e
regional, conferências, reuniões, workshops, serviços gratuitos de mentoria e também
um impacto positivo na formação de uma consciência empreendedora mais assessoria,
auxiliar na conexão com parceiros chave, entre outros. Estas ações permitiriam diminuir
sobremaneira as dificuldades das empresas no processo de internacionalização, tendo
voltada para a internacionalização.
Palavras-chave: ambientes de inovação, consciência empreendedora, empresas
inovadoras, internacionalização de empresas, obstáculos
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Abstract
The purpose of this article is to present the main obstacles to the
internationalization of innovative companies and how the Innovation Environments have
a decisive role in this process. The article is based on collected data made with
innovative companies between October-February 2014, using questionnaires, answered
in a spontaneous way by 49 companies that have interest in being international. With
opened and closed questions, it was possible to have a tabulation and a lexical analysis,
complemented by bibliographical research, adopting an explanatory and comprehensive
model. The obstacles associated with innovative companies can be divided in to levels:
internal and externals. In internal terms, the most significant are related to the lack of
resources, internal management difficulties for internationalization actions and lack of
knowledge of the procedures necessaries for the internationalization of companies. At
the external level, stand out the difficulties in establishing partnerships and finding the
right target market for its product. In addition, there is a lack of entrepreneurial
awareness in the search for international markets. Accordingly, Innovation
Environments have an important role in the orientation of the companies about support
programs to the internationalization, as well as in the awareness of the
importance of an entrepreneurial culture that transcends national borders. Most
companies located in Innovation Environments are small and medium companies,
which sometimes have less organizational capacity and a reduced market knowledge.
There are thus actions that can be developed by the Innovation Environments, driving
the internationalization of Brazilian companies, who feel hesitant to search for unknown
markets. This actions may involve: institutional disclosures and national and regional
programs supporting the internationalization, conferences, meetings, workshops, free
mentoring and consultancy services, assistance in connecting with key partners, among
others. These actions allow reducing greatly the difficulties of companies in the
internationalization process, and having a positive impact on the development of a more
entrepreneurial awareness focused on internationalization.
Keywords: Entrepreneurial Awareness, Innovative Companies, Innovation
Environments, Internationalization of Companies, Obstacles.
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Índice de Gráficos:
Gráfico 1 – Faturamento Bruto e Investimento em P&D entre 2011 e
2013.................................................................................................................................13
Gráfico 2 – Mercado alvo das
empresas..........................................................................14
Gráfico 3 – Tipos de parcerias no
Exterior......................................................................15
Gráfico 4 – Principais dificuldades para a internacionalização das
empresas..................16
Gráfico 5 – Necessidades de Apoio para promoção e concretização de
Negócios..........................................................................................................................17
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Índice de Tabelas
Tabela 1 - Potencial de Inovação nos Países Latino-Americanos ...................................23
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Sumário:
Resumo: .................................................................................................................................................. 2
Abstract .................................................................................................................................................... 3
Índice de Gráficos: ................................................................................................................................... 4
Índice de Tabelas ..................................................................................................................................... 5
Siglas ........................................................................................................................................................ 7
Introdução ................................................................................................................................................ 8
1. Obstáculos à Internacionalização ................................................................................................... 10
2. Papel dos AI’s na superação dos obstáculos ...................................................................................... 20
Considerações Finais.............................................................................................................................. 25
Anexos: .................................................................................................................................................. 27
1. Modelo do questionário aplicado às empresas para aferir o seu potencial de
internacionalização. ................................................................................................................... 27
Bibliografia: ........................................................................................................................................... 29
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Siglas
AI – Ambiente de Inovação
ANPROTEC - Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos
Inovadores
APEX-BRASIL - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos
EUA – Estados Unidos da América
MPE – Micro e Pequena Empresa
PMBOK - Project Management Body of Knowledge
P&D – Pesquisa e Desenvolvimento
UE – União Europeia
Autores: Daniele Prozczinski, Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa,
dpr@certi.org.br. Alexandre Martins Steinbruch, Pós Graduado em Comércio Exterior e em Marketing pela
Faculdade Dom Cabral e Escola Superior de Propaganda e Marketing, Coordenador GO!, Fundação CERTI,
amt@certi.org.br. Parque Tecnológico Alfa, CELTA, Sala T17, Rodovia SC 401, km1 – 88030-000,
Florianópolis, SC. Página 8 de 30
Introdução
A globalização, com o consequente estreitamento das fronteiras, trouxe inúmeras
oportunidades e alguns obstáculos às empresas. Primeiramente, a intensificação do
comércio permitiu o desenvolvimento de uma série de mecanismos que permitem a
comercialização de produtos numa escala global, abdicando da perspectiva interna, por
uma visão comercial à escala mundial. Aliás, em 2005, Thomas L. Friedman lançou o
livro “O mundo é Plano”, enfatizando a ideia de que existe um nivelamento competitivo
entre os países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Nesta lógica, as empresas
têm oportunidades em nível global, não estando restritas ao seu mercado interno, mas,
por outro lado, enfrentam competidores na mesma escala. Esta forte competição faz com
que as empresas tenham que estar cada vez mais preparadas, aptas de uma consciência
empreendedora que permita contornar os obstáculos e aproveitar as oportunidades desta
nova realidade.
Tendo em vista amenizar a difícil entrada no mercado, os Ambientes de Inovação
– AIs - os quais incluímos principalmente os Parques e Incubadoras, desempenham um
papel fundamental para diminuir os obstáculos e potencializar os benefícios da
globalização. Para além de uma estrutura de suporte, estes têm também um networking
privilegiado, e uma ligação às instituições de pesquisa e desenvolvimento especializadas,
que beneficia sobremaneira as empresas residentes/incubadas. Igualmente, desenvolvem
programas de apoio específicos, visando atender às demandas das empresas. Desta forma,
empresas que estão nesses ambientes são beneficiadas e os obstáculos à
internacionalização são amenizados.
A concepção deste artigo foi baseada numa investigação para aferir o potencial de
internacionalização das empresas inovadoras brasileiras. Para tanto, foi realizado um
levantamento, com perguntas abertas e fechadas (disponível nos anexos), de onde foram
validadas as respostas de 46 empresas, entre Outubro e Fevereiro de 2014, cujos
resultados serão apresentados no decorrer do artigo. Assim, o trabalho está organizado
da seguinte forma: primeiro, discussão acerca dos obstáculos na internacionalização e os
Autores: Daniele Prozczinski, Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa,
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Faculdade Dom Cabral e Escola Superior de Propaganda e Marketing, Coordenador GO!, Fundação CERTI,
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resultados da enquete, em segundo, abordaremos o papel dos AIs para diminuir as
dificuldades com a internacionalização e, por fim, apresentaremos as nossas conclusões.
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1. Obstáculos à Internacionalização
Quando uma empresa pensa em internacionalizar-se, a primeira dificuldade com
que se defronta são os obstáculos internos. Internacionalizar a atividade de uma empresa
é um processo complexo, demorado e que exige uma grande preparação prévia.
Começar algo novo, e que esse atinja seus objetivos, deve ser gerido por um
empreendedor com perfil desafiador e que tenha em sua bagagem conhecimentos
científicos de administração, como, planejar, organizar, dirigir e controlar todas as
atividades relacionadas direta ou indiretamente com o negócio1.
Existem, do mesmo modo, motivações que fazem com que as empresas
procurem uma atividade no exterior, podendo ser classificadas como internas e externas.
Em relação as questões internas, as motivações surgem da procura pela expansão dos
negócios da empresa e pela busca de novas oportunidades. Externamente, procuram
mercados mais atrativos para o produto da empresa, assim como existem negócios que
têm uma vocação internacional a priori. Igualmente, motivações podem ser geradas
devido à proximidade geográfica, língua semelhante/comum, cultura, ou mesmo de
parcerias firmadas. O mercado externo pode apresentar-se como mais vantajoso para a
empresa, mas isso não diminui os obstáculos referentes à internacionalização da sua
atividade.
Segundo a metodologia PMBOK (Project Management Body of Knowledge),
referente à administração, desenvolvimento e avaliação do projeto de
internacionalização, antes de uma empresa pensar na internacionalização, uma empresa
deve seguir os seguintes pontos: 1) avaliação preliminar; 2) determinação de
mercados-alvo; 3) avaliação dos tratados comerciais; 4) definição da estratégia de
internacionalização (forma de entrada); 5) avaliação de aspectos legais; 6) registro de
marca; 7) normas técnicas internacionais; 8) dimensionamento do mercado versus a
capacidade produtiva; 9) estrutura organizacional da empresa;10) desenvolvimento de
recursos humanos; 11) nomeação dos intermediários; 12) logística2. Desta forma, pelos
pontos apresentados, existem uma série de obstáculos que surgem em cada uma das
etapas. A internacionalização, é, assim, um processo complexo, que exige uma grande
1 LUCIANO, Olacir Martins, Competências Empreendedoras: A nova ordem da Globalização, 2011, p. 3.
2 ORSI, Ademir, GOES, Andreia, Internacionalização de Empresas Brasileiras - O Caso Bemfixa
Industrial, Administração no Contexto Internacional, v. IX SemeAd, , p. 9.
Autores: Daniele Prozczinski, Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa,
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pela Faculdade Dom Cabral e Escola Superior de Propaganda e Marketing, Coordenador GO!, Fundação
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dedicação da empresa. Ora, micro e pequenas empresas (MPE’s) dependem muito dos
seus fundadores, que acabam, muitas vezes, por desempenhar todas as funções dentro
da empresa numa fase inicial. Assim, primeiramente, existe uma preocupação adicional
que é fazer com que a empresa consolide-se no mercado interno. Internacionalizar-se é,
antes de mais nada entender outra cultura e verificar se o produto ou solução da empresa
atende a uma necessidade/demanda do mercado pretendido melhor que um produto
local pré-existente. Para que este trabalho seja realizado identificar e formar parcerias
locais é um dos caminhos mais curtos para que o processo de entendimento e introdução
do produto/solução neste novo mercado ocorra, e isto é algo que normalmente não é
uma prioridade nas fases iniciais do desenvolvimento empresarial.
Em termos de fatores determinantes para a internacionalização, podemos dividir
em três estágios, que se caracterizam pelo nível de inserção no mercado externo. O
primeiro refere-se à entrada inicial no mercado estrangeiro, o segundo à expansão no
mercado estrangeiro, e, por fim, a globalização. Manuela Cristina da Costa Ferreira
Dias3, adaptando o modelo de Carlos Machado
4, classifica-os de acordo com seus
fatores determinantes. O primeiro estágio assinala a fase inicial de internacionalização,
onde a empresa deve explorar os seus ativos, já explorados no mercado interno e utilizá-
los no mercado internacional. Há alguns fatores determinantes nesta fase: 1) melhores
oportunidades de abastecimento no exterior; 2) incentivos e flutuações cambiais; 3)
redução de custo através do progresso no transporte e comunicação; 4) seguir
concorrentes para melhor defesa, dentre outros.
O segundo estágio consiste na expansão dos negócios da empresa no estrangeiro,
havendo um “impulso” na sua internacionalização. Esta fase é caracterizada pelo
crescimento e penetração no mercado, pela concorrência, e pelas barreiras naturais do
mercado, alavancagem de competências adquiridas localmente – diversificação de
produto e linha de negócio.
Por fim, a empresa entra na sua terceira fase, denominada “Globalização”. Neste
estágio a empresa já encontra-se instalada no mercado internacional e procura a sua
3 DIAS, Manuela C. Ferreira, A internacionalização e os factores de competitividade: o caso Adira,
Universidade do Porto, 2007. 4 MACHADO, Carlos. Factores de Internacionalização das Empresas. Textos de Apoio à matéria de
Estratégias de Internacionalização de Empresas da EEG da Universidade do Minho, 2004.
Autores: Daniele Prozczinski, Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa,
dpr@certi.org.br. Alexandre Martins Steinbruch, Pós Graduado em Comércio Exterior e em Marketing
pela Faculdade Dom Cabral e Escola Superior de Propaganda e Marketing, Coordenador GO!, Fundação
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expansão a nível global. Este estágio distingue-se dos outros pela procura de melhores
ligações entre infraestruturas nacionais de marketing, conducentes a uma infraestrutura
global, pela ampliação de segmentos de mercado para maximização do lucro global,
aumento da concorrência a nível global e pela oportunidade de transferência de
produtos, marca, experiência de um mercado para outro5.
A gestão estratégica é essencial para o sucesso da inciativa da empresa no
exterior. Para além de conciliar ferramentas de gestão eficazes, é preciso que haja um
investimento constante em P&D, para que os produtos mantenham-se adequados às
tendências de mercado e às exigências dos consumidores. A necessidade de reinvenção
dos processos é condição fundamental para a competitividade a nível global6. Tendo
em vista a importância do investimento em P&D que caracteriza as empresas
inovadoras de base tecnológicas, é que na enquete realizada para aferir o potencial de
internacionalização das empresas brasileiras, foi questionado qual era o montante
investido em P&D e desta resposta realizou-se a comparação com o faturamento bruto.
Assim, a média anual de faturamento, considerando os anos de 2011 a 2013, das
empresas que responderam a esta questão, foi de R$ 1.446 mil, já o valor médio
investido em P&D corresponde a R$ 245 mil, o que representa o equivalente a 20% do
faturamento informado (Gráfico 1). Logo, existe, por um lado, uma consciência da
importância em investir em P&D nas empresas, mas, por outro, esse investimento é
ainda reduzido. Todavia, de acordo com a pesquisa Global Innovation 1000 da Booz &
Company de 2012,
No Brasil, o investimento em inovação cresceu de R$ 4 bilhões (US$ 2,4
bilhões), em 2010, para R$ 6,2 bilhões (US$ 3,7 bilhões), em 2011. Além
disso, o número de empresas brasileiras no ranking subiu de cinco, em
2010, para sete companhias, em 2011, com a inclusão da Cia Paraense de
Energia e Gerdau SA. O investimento total das sete empresas brasileiras
que mais investem em inovação no Brasil representa 0,61% do total de
gastos com P&D nas 1000 identificadas no ranking7.
5 DIAS, A internacionalização e os factores de competitividade: o caso Adira.
6 PAROLIN, Sonia Regina (org.); VOLPATO, Marcilia (org.), Faces do Empreendedorismo Inovador,
[s.l.: s.n., s.d.], p.13. 7 FERNANDES, Lívia, Investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento no mundo crescem 9,6% e
voltam a níveis pré-recessão, revela estudo da Booz & Company, Strategy&, disponível em:
<http://jornaldeeconomia.sapo.ao/gestao/internacionalizacao-preocupa-gestores>, acesso em: 6 abr. 2014.
Autores: Daniele Prozczinski, Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa,
dpr@certi.org.br. Alexandre Martins Steinbruch, Pós Graduado em Comércio Exterior e em Marketing
pela Faculdade Dom Cabral e Escola Superior de Propaganda e Marketing, Coordenador GO!, Fundação
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R$1.625.223,49
R$1.315.223,76
R$1.452.699,74
R$277.600,00 R$227.986,67 R$232.154,33
R$-
R$200.000,00
R$400.000,00
R$600.000,00
R$800.000,00
R$1.000.000,00
R$1.200.000,00
R$1.400.000,00
R$1.600.000,00
R$1.800.000,00
2011 2012 2013
Faturamento Bruto
Investimento P&D
Gráfico 1 – Faturamento Bruto e Investimento em P&D entre 2011 e 2013
Fonte: Elaboração própria, pesquisa Anprotec, realizada entre Outubro e Fevereiro de 2014
Referente ao valor médio exportado, ficou na ordem de R$ 135 mil, mas apenas
4 empresas informaram valores exportados em 2013. Poucas são as empresas que
exportam os seus produtos, no contexto das respondentes. Não obstante, das 46
empresas respondentes, 89% informaram conhecer o público alvo que desejam atingir
no exterior. Destas, 80% responderam ter uma proposta de valor definida, mas apenas
43% dizem ter um modelo de negócios estruturado para atender o mercado internacional
pretendido. Em relação ao destino das exportações, 65% delas afirmaram saber para
qual mercado será o foco de sua comercialização. Entre os mercados mais citados, os
EUA são o primeiro destino vislumbrado (Gráfico 2), seguindo-se a América Latina e
Europa.
Autores: Daniele Prozczinski, Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa,
dpr@certi.org.br. Alexandre Martins Steinbruch, Pós Graduado em Comércio Exterior e em Marketing
pela Faculdade Dom Cabral e Escola Superior de Propaganda e Marketing, Coordenador GO!, Fundação
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Gráfico 2 – Mercado alvo das empresas – 2013/2014
Fonte: Elaboração própria, pesquisa Anprotec, realizada entre Outubro e Fevereiro de 2014.
Com relação ao atendimento do mercado externo, 17% das respondentes já
exportavam ativamente para mais de dois países, conhecendo os passos que devem ser
dados para expansão a outros mercados. Os mercados de destino mais citados foram na
América do Norte: EUA; na América Latina: Peru, Chile e Argentina; e África. Além
disso, 20% das empresas afirmaram ter comercializado a mais de um cliente, onde pelo
menos um seja líder ou referência no seu setor de atuação. Ainda, 41% das respondentes
afirmam ter parcerias em um outro país. Os tipos de parcerias apontadas (Gráfico 3) são
de caráter comercial/distribuição (47%), para Pesquisa e Desenvolvimento (24%), para
promoção dos seus produtos (12%) e outras/não informadas (17%).
Podemos aferir, portanto, que atividades relacionadas com a internacionalização
das empresas são feitas, sobretudo, por empreendimentos de maior porte, já
consolidados no mercado brasileiro, sentindo-se mais capazes de acarretar com os riscos
de expandir a sua atividade para outros países. Para uma MPE, um programa de
internacionalização mal concebido/executado pode significar o fim da atividade
comercial da empresa. Igualmente, apesar da emergência de novos mercados mais
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atraentes aos investimentos externos, persiste ainda uma preferência clara pelos
mercados tradicionais.
Gráfico 3 – Tipos de parcerias no Exterior – 2013/2014
Fonte: Elaboração própria, pesquisa Anprotec, realizada entre Outubro e Fevereiro de 2014.
Referente à necessidade de abrir uma subsidiária/filial no exterior, 40%
informaram ser necessário para sua expansão, sendo os EUA o principal mercado,
seguindo-se mercados como o Canadá, México, Inglaterra, Alemanha, África e China.
O mercado estadunidense, por fatores como a facilidade de abertura de uma empresa, ou
em conseguir investimentos, continua a ser o foco principal das empresas brasileiras.
No contraponto da preparação para exportação, 85% das empresas afirmaram
não conhecer todos os passos para internacionalização, nem ter definidos metas e
cronogramas para tal. Além disso praticamente 85% delas também não têm recursos
próprios para executar seu plano de internacionalização. Logo, falta de preparação é um
grande entrave para as empresas, que, aliada a falta de recursos, acaba por refletir-se no
baixo índice de internacionalização das empresas brasileiras.
Quando as respondentes foram questionadas sobre sua principal dificuldade para
atuar no mercado internacional, a falta de recursos financeiros para o desenvolvimento,
manutenção e promoção dos negócios foi a mais citada (16 vezes). Depois a dificuldade
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pela Faculdade Dom Cabral e Escola Superior de Propaganda e Marketing, Coordenador GO!, Fundação
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de identificar e estabelecer parcerias no exterior e o desconhecimento das leis,
procedimentos, barreiras e do próprio comportamento do mercado pretendido, foram as
citações mais recorrentes.
Gráfico 4 – Principais dificuldades para a internacionalização das empresas –
2013/2014
Fonte: Elaboração própria, pesquisa Anprotec, realizada entre Outubro e Fevereiro de 2014.
Ainda como forma de levantar as necessidades de apoio para a promoção
comercial e concretização de negócios no exterior (Gráfico 5), identificou-se que as
principais citações estão relacionadas a prospecção de parceiros no exterior (9), seja
para identificação de representantes técnicos/comerciais, ou para distribuição. A
necessidade de promoção dos produtos, também foi uma das questões mais indicadas,
juntamente com a necessidade de assessoria jurídica (com 7 citações cada uma) em
questões relacionadas a registro de marcas e patentes no exterior, procedimentos de
pagamentos e recebimentos, entre outras questões legais. Além disso, foram
referenciadas a prospecção de mercado (6) para identificação de clientes alvo e equipe,
além das questões relacionadas as necessidades de marketing (orientações e definições
de estratégias e políticas) 5 vezes.
Autores: Daniele Prozczinski, Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa,
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0 2 4 6 8 10
Prospecção de parceiros
Promoção do produto
Assessoria Jurídica
Prospecção de mercados
Marketing
Escritório no exterior
Pesquisa de mercado
Adequação de produto
Serviços de tradução
Envio de Amostras
Gráfico 5 – Necessidades de Apoio para promoção e concretização de Negócios – 2013/2014
Fonte: Elaboração própria, pesquisa Anprotec, realizada entre Outubro e Fevereiro de 2014
Aliado a estes fatores está a falta de uma consciência empreendedora, voltada para
ações de internacionalização. Logo, para além das dificuldades referentes à falta de recursos e
dificuldade em estabelecer parcerias, está também uma fraca cultura empreendedora que
procure sempre inovar, melhorar e apostar na capacitação dos seus membros. Segundo uma
reportagem da BBC, a cultura empreendedora brasileira está abaixo da média, quando
comparada com a de outros vinte e quatro países8. Num índice que vai de 1 a 4, o Brasil
obteve 2,33 – abaixo da média global de 2,49. Os países com maior cultura empreendedora,
segundo a pesquisa, são Indonésia (2,81), Estados Unidos (2,80) e Canadá (2,78)9.
Existe também uma resistência à inovação. A maior parte das MPEs, por exemplo, não
tem recursos para investir em websites interessantes e práticos, onde estejam presente
informações sobre os seus produtos ou até a possibilidade de efetuar compras pela internet.
Ora, numa era cada vez mais dependente da internet, a não utilização desta ferramenta
dificulta o acesso das empresas aos clientes, potenciais parceiros ou mesmo investidores. Da
8 BBC Brasil - Notícias - Cultura empreendedora brasileira está abaixo da média, diz pesquisa da BBC,
disponível em:
<http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/05/110525_pesquisa_empreendedorismo_bbc_rw.shtml>,
acesso em: 10 jun. 2013. 9 Ibid.
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mesma forma, os sites estão disponibilizados sobretudo em português, o que dificulta o acesso
aos stakeholders internacionais.
Apesar de o tecido empresarial brasileiro ter progredido nos últimos anos, ainda
persiste uma disparidade em termos do avanço tecnológico das empresas nacionais e
internacionais. Para além disso, empresas internacionais têm acesso à matérias-primas a
preços mais baixos, o que torna o seu produto mais competitivo. Muitas são as empresas que
exportam matérias-primas, não só pela produção industrial brasileira ser deficitária, mas
também porque, mesmo com os custos elevados das importações, importar tornar-se mais
barato do que comprar nacionalmente. Claramente, este tipo de situação reflete-se também na
produção industrial brasileira, que tem dificuldades de competir e acaba por ter menos
investimentos. Paralelamente a este fator, ainda persiste uma falta de credibilidade dos
produtos brasileiros internacionalmente, sendo mais uma barreira que as empresas enfrentam
quando pensam em internacionalizar a sua atividade ou exportar o seu produto. Mas isso não
é algo que se possa considerar insuperável, haja vista os exemplos de corporações
brasileiras como a Weg, fabricante de motores elétricos, presente em mais de 100 países nos
cinco continentes10
.
Por fim, gostaríamos de destacar outro obstáculo à internacionalização: Segundo
estudo da UNCTAD (2005) o que restringe a capacidade das empresas de se
internacionalizar não é tanto o conjunto de oportunidades disponíveis, mas as políticas
herdadas pelos países em desenvolvimento. Existem limites quantitativos e qualitativos e falta
de seguro para os investimentos externos, além de controles cambiais11
. A burocracia, os
procedimentos internos e a carga tributária incidentes, direta ou indiretamente, também
tornam-se barreiras por vezes intransponíveis. Desta forma, as políticas públicas têm que
acompanhar e incentivar esses tipos de ações, pois caso isto não ocorra, nunca iremos
aumentar o número de empresas exportadoras, seja no Brasil, ou em qualquer outro país em
desenvolvimento.
Em síntese, segundo o estudo publicado pela Apex-Brasil, podemos resumir os
entraves à internacionalização em:
10
ORSI, Ademir, Internacionalização de Empresas Brasileiras - O Caso Bemfixa Industrial, p. 3. 11
Internacionalização de empresas Brasileiras, 2009, p. 18.
Autores: Daniele Prozczinski, Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa,
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a) Elevado custo de capital para financiar as operações internacionais;
b) Elevada carga tributária no país de origem;
c) Volatilidade cambial, que não permite planejamento de médio e longo prazo;
d) Inexistência de incentivos e programas de apoio do governo que possam minimizar os
custos da operação no exterior, como prospecção de mercado, instalação física, apoio
jurídico, marketing, reconhecimento de marca, normas técnicas;
e) Ausência de celebração dos acordos bilaterais de proteção e promoção de
investimentos;
f) Questões técnicas que impedem a celebração de acordos para evitar a bitributação
entre o Brasil e parceiros de vital importância, como EUA e Reino Unido;
g) Limitado acesso ao financiamento.
h) Tributação sobre ganhos decorrentes de variação cambial do valor dos ativos no
exterior;
i) Limitação da compensação do Imposto de Renda pago ou assumido pela controlada
do exterior12
.
12
Ibid., p. 19.
Autores: Daniele Prozczinski, Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa,
dpr@certi.org.br. Alexandre Martins Steinbruch, Pós Graduado em Comércio Exterior e em Marketing pela
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2. Papel dos AI’s na superação dos obstáculos
As incubadoras e parques tecnológicos são polos de inovação, desenvolvimento,
estruturação e apoio, vinculadas às instituições mantenedoras, como: universidades,
comunidades, institutos de pesquisa, empresas, consórcios, organizações governamentais
(prefeituras), ou não-governamentais (ONGs)13
.
O papel dos AIs é fundamental para o desenvolvimento de novos negócios inovadores.
Eles cumprem uma função importante na viabilização do crescimento e manutenção do
desenvolvimento supervisionado de empresas inovadoras, proporcionando um conjunto de
serviços de suporte, experiência em negócios, acessos a recursos e mercado, contribuindo para
o fortalecimento das empresas assistidas pelos AIs, até seu amadurecimento. Referente às
incubadoras, segundo Conceição Vedovello e Paulo N. Figueiredo:
Ao prover as PMEs com instalações físicas adequadas e de qualidade, com
serviços de apoio compartilhados e com aconselhamento sobre o
funcionamento do mercado, sobre tecnologias e seus aspectos, e sobre
viabilidade de apoio financeiro, as incubadoras buscam explorar e potencializar
os recursos existentes e fomentar as sinergias entre pares. Elas procuram,
ainda, criar um ambiente favorável ao surgimento e fortalecimento de novos
empreendimentos, ou seja, objetivam tornar as suas incubadas em empresas
graduadas bem sucedidas14
.
A fragilidade inicial de negócios inovadores e tecnológicos são inerentes as atividades
que tem um alto grau de incerteza e a dependência de “janelas de oportunidades” relacionadas
a demandas de mercado e o desenvolvimento de soluções que envolvem novas tecnologias.
Neste contexto uma empresa precisa do suporte e este os AIs estruturados podem oferecer.
Além de um ambiente propício ao empreendimento, com infraestrutura, networking,
assessoria e consultoria, benefícios fiscais (em determinados casos), entre outros. Fazer parte
deste ambiente faz com que as empresas possam encontrar sinergia e parcerias com outras
13
PAROLIN, Sonia Regina (org.); VOLPATO, Marcília (org.), Faces do Empreendedorismo Inovador, [s.l.:
s.n., s.d.], p. 47. 14
VEDOVELLO, Conceição; FIGUEIREDO, Paulo N., Incubadora de Inovação: Que nova espécie é essa? RAE
- eletrônica, v. v. 4, n. 1, 2005, p. 6.
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empresas, realidade que seria muito mais difícil num ambiente comum. Logo, podemos
afirmar que:
A incubadora atua como grupo suporte na ligação do grupo fonte ao grupo
mercado e, para tanto, faz uma seleção dos empreendimentos potenciais, apoia
a empresa durante certo período (tempo de residência (tr)) até ela se tornar
auto-suficiente. A partir desse ponto, o empreendimento pode se graduar,
passando a vivenciar um período de pós-incubação. À relação entre o número
de empresas, que entram na incubadora e que permanecem operando por cinco
anos após a graduação, chama-se taxa de sobrevivência (ts)15
.
Atualmente as empresas não necessitam tanto de infraestrutura, ou equipamentos para
se desenvolverem, como em décadas passadas. Hoje o importante é ter relacionamentos,
network, saber onde encontrar e como trilhar os caminhos, sem precisar investir muito para
apreender. Por isso, o processo de apoio e suporte de um AI, que antes era oferecer espaço
físico, mobiliário e equipamentos a um custo mais acessível, hoje vai além, e conta com o
conhecimento de pessoas capacitadas, como mentores, ações de suporte estratégico, conexões,
investidores, entre outros. O valor tangível atualmente passou a ser o intangível.
No entanto, para apoiar a internacionalização de negócios inovadores o processo
perpassa pela identificação do que é um negócio “internacionalizável”. Desta forma, faz-se
importante que os AIs tenham possibilidades de reconhecer uma empresa/produto que tenha
capacidade de galgar mercados fora do Brasil. Para isso, é fundamental o entendimento de
determinados indicadores, que incluem os níveis de inovação do produto/solução a
internacionalizar, se é mundial, regional, ou para outro país apenas. Também deve ser
considerada a capacidade interna da empresa para dar continuidade ao processo de
internacionalização, seja pelo perfil dos seus representantes, ou pelos recursos humanos
disponíveis para atender as demandas dos novos clientes e parceiros. Deve-se considerar,
igualmente, o estágio de maturidade que o produto está, entre outros pontos fundamentais,
para que a empresa possa alçar voos além das fronteiras nacionais. O uso de boas ferramentas
e diagnósticos que identifiquem as empresas com este potencial também é altamente
recomendável.
15
Ibid., p. 43
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Reconhecido o que é internacionalizável, os AIs podem adotar algumas estratégias:
a) Preparar-se, disponibilizando pessoal especializado em consultoria de
desenvolvimento de negócios internacionais, internamente, ou terceirizando, para
oferecer serviços de apoio a expansão de suas empresas;
b) Buscar conhecer quais são os principais projetos de agências
financiadoras como APEX-BRASIL, Banco Mundial, BID, entre outros para ajudar a
capacitar sua equipe ou viabilizar projetos/atividades que possibilitem a inserção das
suas empresas nesse processo.
c) Propor projetos do seu ambiente, em conjunto com outros ambientes de
inovação para realizar ações que suportem atividades de apoio a internacionalização.
d) Buscar junto as associações como a Anprotec, ou suas redes regionais
ou interestaduais a viabilização de ações podem auxiliar esses tipos de ações.
e) Participar de redes internacionais, buscar parcerias com ambientes em
países foco de mercado, ou referências mundiais para os produtos das suas empresas
também estão entre os caminhos indicados.
Existe, também, uma série de programas e iniciativas de diversas entidades nacionais e
estrangeiras de projetos que apoiam a internacionalização de empresas inovadoras. Ora, os
AIs têm um papel importante na persecução de recursos para as suas empresas, assim como
na divulgação dessas iniciativas às empresas residentes/incubadas. Da mesma forma, pela sua
proximidade e ligação com parceiros internacionais, fomentar parcerias e intercâmbios
empresariais pode ser benéfico para muitas empresas. Ações de matchmaking devem ser
privilegiadas, já que as MPEs não têm capacidade para ter iniciativas desse tipo sem o devido
suporte de entidades credíveis. Um exemplo recente e que demonstra a importância do papel
dos AIs, é o projeto Ryme, desenvolvido através de uma parceria União Europeia e
associações estrangeiras, dentre elas a Anprotec. Cinco países foram selecionados para
participar: França, Espanha, Portugal, EUA e Brasil. Visando aproximar MPEs brasileiras e
europeias, os participantes selecionados colocaram numa plataforma online o seu perfil, onde
incluam também as suas demandas e produtos/serviços. Desta forma, as empresas
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visualizavam os perfis e entravam em contato com as empresas de setores correlacionados e
com potencial para formação de parcerias futuras. Para além disso, foram marcadas reuniões
multilaterais e bilaterais com as empresas que manifestaram interesse em participar. O
encerramento do projeto conta com um evento em Madri, onde serão selecionadas as três
empresas brasileiras para participar.
Outro fator muito importante é a promoção de ações que incitem a cultura
empreendedora dos empresários brasileiros. Ações de formação, palestras, divulgação de
casos de sucesso podem aumentar a assimilação dessa cultura que é vital para a manutenção
de negócios inovadores. Em parceria com o Sebrae, por exemplo, Parques e Incubadoras têm
lançado iniciativas e programas para capacitar os empreendedores, como na elaboração do
planejamento estratégico de Marketing, do plano de negócio e gestão empresarial, entre outras
atividades. Outra iniciativa relevante é o programa de capacitação da Apex-Brasil para ações
de internacionalização, chamado Inter-Com – Programa Internacionalização e
Competitividade.
A Tabela 1 estabelece uma comparação entre alguns dos países latino-americanos
mais relevantes em termos do seu potencial de inovação. O Brasil é o país com pior resultado
em termos do potencial máximo, quando comparado com os seus pares. Desta forma, o
aumento do protagonismo dos AIs pode aumentar esse potencial e diminuir os obstáculos que
essa falta de inovação pode trazer nas ações de internacionalização de uma empresa brasileira.
Igualmente, é preciso ter em atenção que os dados apresentados são de 2006, e que, nos
últimos anos, o tecido empresarial brasileiro tem evoluído de forma muito positiva, assim
como houve um aumento do protagonismo das empresas brasileiras a nível internacional.
Paralelamente a isto, vários programas e subsídios do governo têm sido lançados, visando
aumentar a competitividade das empresas brasileiras no exterior.
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Tabela 1 - Potencial de Inovação nos Países Latino-Americanos – 200616
Em síntese, os AIs são peças fundamentais neste processo de internacionalização de
negócios inovadores e por isso necessitam adotar estratégias que atendam os anseios e
demandas das suas empresas que tenham capacidade de internacionalizar-se.
16
Ibid., p.21
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Considerações Finais
Os obstáculos à internacionalização de empresas inovadoras são numerosos, mas
podem ser atenuados pela ação dos AIs, através de ações de apoio concretas. Tendo em vista
que a grande maioria das empresas respondentes indicaram estar numa relação de incubação
com os AIs (74%), infere-se que o nível de maturidade para internacionalização não é muito
avançado, dado que as empresas que encontram-se neste estágio ainda têm alguns desafios a
transpor. Destes citam-se: a geração de receitas próprias, conquista de clientes e mercado
interno, implementação de práticas de gestão, captação de recursos, desenvolvimento de
portfólio de produtos, novas tecnologias, entre outros aspectos. Isto vem a corroborar com os
comentários de necessidades citados, relacionados as atividades de gestão e preparação destas
para internacionalização, aliado a uma baixa capacidade de resposta das empresas que tem
capacidade para financiar suas ações de internacionalização, representando apenas 15% do
universo de todas as empresas respondentes.
A pesquisa reforça, igualmente, o entendimento de que as empresas precisam de ações
de preparação para iniciarem o seu processo de internacionalização, pois 85% das empresas
afirmam não conhecer todos os passos para sua internacionalização. Mesmo as empresas que
já estão neste caminho, apresentam dificuldades em termos de estabelecer parcerias e têm
dúvidas sobre os procedimentos de exportação. A necessidade de abertura de uma filial no
exterior é também importante e pode ser respondida com mecanismos desenvolvidos em
conjunto com os AIs, já que 40% das empresas indicaram ter necessidade de abrir uma filial
fora do Brasil. Desta forma, as ações que tenham foco na preparação das empresas são
fundamentais.
No que tangem as dificuldades, há uma forte indicação de falta de conhecimento dos
aspectos fundamentais para a internacionalização, como de leis e procedimentos, que acabam
sendo barreiras a este processo, para além da falta de conhecimento sobre os mercados
externos, que acaba sendo uma dificuldade para a empresa.
O levantamento realizado, aliado à pesquisa bibliográfica, indica porque as empresas
atuam de forma tão tímida na internacionalização, sendo o principal motivo apontado a falta
de recursos para este processo. Por outro lado, também é possível compreender os tipos de
ações que serão necessárias para minimizar os obstáculos à internacionalização. Por exemplo,
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uma ação concreta seria a viabilização de mecanismos para a prospecção de parceiros e
mercados, de forma a promover os produtos das empresas e assessorá-las em aspectos
jurídicos e de marketing.
Para auxiliar as empresas do seu ecossistema, os AIs devem adotar uma
postura semelhante ao que os tornou tão importantes para o desenvolvimento de novos
negócios inovadores, quando eles foram criados no Brasil. Contribuir para
internacionalização dos negócios inovadores impacta em um protagonismo e pro-atividade
para identificar onde estão as lacunas e o que precisa ser feito. Ao longo deste artigo
descreveram-se quais foram os principais obstáculos identificados pelas empresas no
processo de internacionalização e que, para transpô-los, as empresas devem contar com AIs
mais preparados, com um corpo técnico ou de parceiros, competências que assessorem as
empresas na sua trajetória de expansão internacional. Conhecer e estar conectado aos
projetos de internacionalização que podem beneficiar as empresas fazem parte do rol de
ações que o AI deve realizar periodicamente. Identificar oportunidades ou propor
atividades, ou até mesmo desenvolver um projeto nesta direção também são caminhos que
contribuem para o sucesso das empresas incubadas/residentes. Neste sentido, a integração
com iniciativas das organizações que congregam outros Ambientes na busca de
complementariedade e inserção nas redes de cooperação internacionais, são pontos
fundamentais para este processo.
Concluiu-se, então, que desenvolvendo ações concretas de apoio e suporte a
internacionalização, será possível aumentar o número de empresas brasileiras exportadoras ou
com filiais no exterior, contribuindo para a agregação de valor, o aumento e a diversificação
da pauta de exportações brasileiras.
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Anexos:
1. Modelo do questionário aplicado às empresas para aferir o seu potencial de
internacionalização.
1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA:
Razão Social: CNPJ:
Endereço:
Cidade: UF: CEP:
Telefone: Website:
Data de criação da empresa (dd/mm/aaaa):
Nome do dirigente: E-mail:
Faturamento bruto 2011: 2012: 2013:
Núm. colaboradores 2011: 2012: 2013:
Valor Investido em P&D 2011: 2012: 2013:
Valor Exportado 2011: 2012: 2013:
Descreva os principais produtos e serviços comercializados (breve descritivo):
Pra qual setor/tipo de negócio seu produto/serviço está direcionado:
Sua empresa possui alguma parceria em outro País?
Não Sim. Indique o tipo de parceria (qual a finalidade)?
2. RELAÇÃO DA EMPRESA COM A INCUBADORA OU PARQUE TECNOLÓGICO
Incubada / Residente Graduada Associada
Nome da Incubadora ou do Parque:
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3. MERCADO
Você conhece o público alvo que deseja atingir no exterior? Sim Não
Já tem uma proposta que adicione valor para os clientes alvo de outro país? Sim Não
Já tem um modelo de negócio estruturado para atuar no mercado internacional? Sim Não
Já sabe para qual mercado no exterior será a comercialização?
Não Sim, para qual(is) país(es)?
Sua empresa tem o produto para comercialização internacional finalizado? Sim Não
Já comercializa seu produto a mais de um cliente no Exterior, onde pelo menos um destes clientes, seja líder
ou referência no setor de atuação dele?
Não Sim, para qual(is) cliente(s)?
Você já conhece todos os passos e procedimentos, têm definidos metas e cronograma de atividades para
internacionalização? Sim Não
Já exporta ativamente e constantemente, a pelo menos 2 países, conhecendo todos os passos que devem ser
dados para expansão internacional a outros países?
Não Sim, para qual(is) país(es)?
Sua empresa tem a necessidade de abrir subsidiária no exterior?
Não Sim, em qual(is) país(es) e com que finalidade(s)?
Sua empresa tem recursos para executar seu plano de internacionalização?
Sim Não
Qual sua principal dificuldade para atuar no mercado internacional?
Quais ações sua empresa necessitaria de apoio para promoção comercial e concretização de negócios no
exterior?
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