Para além das ilusões perdidas_ juventude e mobilização social do Brasil dos megaeventos.pdf

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Brasil Categoria:Reportagens

PublicadoemSbado,22Junho201315:07

Paraalmdasilusesperdidas:juventudeemobilizaosocialdoBrasildosmegaeventos

Brasil Dirio Liberdade [Rogrio Ferreira de Souzae Carlos Eduardo RebuOliveira] DesencantamentocomFria

Estreou h pouco no Brasil oinstigante filme do diretorfrancs Olivier Assayas,"DepoisdeMaio".Aobratratoude pr em tela todaefervescncia juvenil do ps1968,capturando,inicialmente,toda a exploso cultural e os

inmeros caminhos de possibilidades libertrias e democrticas que a juventude francesa (e mundial)acreditaraatingir.Eraapromessadeumanovadcada,deumnovomilnioedeumanovasociedademundial. Em defesa desses ideais estes jovens no se furtaram luta, ao enfrentamento sempre emsituaes desiguais com o aparato policial militar. Todavia, isso pouco importava. A causa da luta eramaior! O diretor, no entanto, vai alm do clich revolucionrio e apresenta um desvanecer lento emelanclico,ondesonhoerealidadeconcretaentramemrotadecolisolevandoosjovensprotagonistasaodesencantoanestesiador.Soengolidospelomardacotidianidadeemquenecessidadesmateriaissepautam prementes aomundo capitalista. Emprego, carreira, status, situao financeira, enfim: caise ovu e o mundo os engole. Iniciara o que os tericos sociais ulteriores classificariam como juventudealienada, como uma frao social desinteressada, desmotivada, despolitizada. Uma juventude sedentaporindividualizaonarcsicaefugaz,umajuventudeneoliberal.

OfilmedeAssayas,trazidoaquicomointroduo,permitenos,aocontrriodapropostadodesencanto,doolharlacrimaldaesperanaperdidaedoqueficoubenjaminianamenteretidonaauradosmovimentosde1968,refletirsobreasinmerasmanifestaespblicaspromovidaselideradasporjovensemnossasociedade. Destarte, propemse dois pontos de reflexo: primeiro, pensar no que eles tm a dizerquandosemanifestamviolentamentepodeserumcaminhoabertoparaentenderanossasociedadeeolegadodeencantamentopropagadopelosmegaeventos?E,almdisso,comoeporqueoditoEstadoDemocrtico de Direito lana mo de prticas do Estado de Exceo para lidar com as mobilizaespblicaspromovidaspelosjovens?

Nasfranjasdoprocesso

Carnavaiscustammuitopoucooverdadeiroteste

devaloroquepermanecenodiaseguinte,oucomo

nossavidacotidianamodificada.

(SlavojZizek)

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A advertncia que o filsofo esloveno faz s manifestaes populares no mundo contemporneo sosrias e de profunda reflexo. No entanto, s podero ser apreendidas em sua totalidade em outromomento, em um psprocesso. Cabenos, mesmo que epidermicamente captar o momento, perceberdiferenas e continuidades. Parafraseando a afirmativa que Karl Marx e Friedrich Engels fizeram naaberturadoManifestodoPartidoComunista,hmaisde150anosatrsUmEspectrorondaaEuropapodesedizerqueumespectrohojetambmestarondar.Umespectroquejsematerializounasruas,naspraas,nasavenidasdasgrandesmetrpolesmundiais.Umespectroqueassimcomoomovimentocomunista do sculo XIX, descrito por Marx e Engels, vem questionando e tensionando os poderesestabelecidos do status quo capitalista. A juventude contempornea vem assumindo um papel deprotagonistanasmanifestaese levantespopularesdosltimosanose trazendoparaaarenapblicaquestes candentes s toda a populao. Queremos democracia diziam os jovens egpcios na PraaTahrir!Queremosnossosempregosesalrios,bradavamos jovensgregos!Queremosumnovo tipodecapitalismo,MainStreet,notWallStreetargumentavamosnorteamericanosnomovimentoOccupyWallStreet! Queremos vida digna e o fim da corrupo no governo, em coro gritavam os Indignados naEspanha! Queremos um transporte digno, cidado e pblico, protesta o Movimento Passe Livre nascapitaisdoBrasil!

Dopontodevistadosenunciadosproferidospelosjovensmanifestantesmundoafora,diferentementedoque foi a dcada de 1980, como demonstrado por Manuel Castells, esses novos movimentos emanifestaespblicasnosefragmentamemlutasisoladasporidentidades,etnias,degneroetc.Eleslutam e reivindicam causas comuns, ou seja, so contra o modelo econmico capitalista financeiro econtraaformadedemocraciarepresentativa.SejanosEUA,sejanospaseseuropeus,sejanaAmricaLatina, a insatisfao contra um sistema poltico e econmico a tnica desses novos movimentos,dessas manifestaes pblicas e desses enfrentamentos com poder policial. A ocupao de praas,avenidas, prdios e espaos pblicos carregados de significados tornase expresso mxima daindignaocontraomodelohegemnicoquecentralizougrandepartedasdiscusses/questespolticas,sociaiseeconmicasdasltimasquatrodcadas.

Mas quem so esses jovens?O que pensam e o que desejam?Seriam eles a anttese domovimentoproletariadoquenosanosde1980,comasgrevesdoABCpaulista,apresentavaaopasasalternativasparaumestadodemocrticoemais justo?Seriameleso inciodeumnovopartidopoltico,oudeumanovaconcepopoltica?Talvezsejacedoeprecipitadoparaapresentarmosuma radiografiaexatadacomposioorgnicadessajuventudeporquetalvez,estamesmaconscinciadoqueelessejam,doquepensamedoqueidealizamnoestejaclaranaprpriajuventude.Oqueclaroesignificativo,eissonorestadvida,amotivaovoluntriaqueessesjovens,organizadoreseparticipantesdosmovimentosemanifestaesexpressamnaarenapblica.Soestudantesuniversitriosemsuamaioria,sensveisaosproblemas sociais que atravessam toda a sociedade, principalmente osmais frgeis e vulnerveis.Porissoseucarteremergencial.Queremproduzir rudos.Queremserouvidose levadosasrio.Por issoestonodissenso.Polticaparaosdebaixonosefaznoconsenso.Fazsenaluta,nogrito,nosefazerpresente.

O que estamos acompanhando recentemente no Brasil, com o Movimento Passe Livre, olhandoretrospectivamente,vemsendoummovimentocomforteparticipaodosjovensdesdeasmanifestaesantiglobalizaonosanosde1990.Oquesepodeperceberumcontinuumdoprocesso.Pensandoporessepontodevista,oquehojeparecetomardeassaltoosgovernanteseaascamadasconservadorasda sociedade, como algo isolado de baderna e vandalismo, faz eco a um processo muito maior deinsatisfaosocialanvelmundial.A juventudebrasileiraquesemanifestapelasgrandesavenidasdascidades no esto atrasadas em relao s lutas e manifestaes mundiais. Esto inseridas em umsincronismodialgico comasgrandesdemandassociais.Oquesemostraestarna contramo,emumprofundodiacronismoem relaosconquistaseavanospolticosnombitodasdemocraciassoosgovernos,seusmandatrioseseusaparelhosrepressores.Comoservistoaseguir.

EstadodeExceonacontemporaneidadeearelaoforaconsenso

EquemgarantequeaHistriacarroaabandonadaNumabeiradeestrada

Ounumaestaoinglria

AHistriaumcarroalegreCheiodeumpovocontente

QueatropelaindiferenteTodoaquelequeanegue

(Cancinporlaunidadlatinoamericana,

ChicoBuarqueePabloMilans)

Hexatos35anos,em junhode1978,ocorrianaArgentinaa11CopadoMundodeFuteboldaFifa,durante um dos seis governos oriundos de golpes civilmilitares ocorridos naquele pas no sculo XX.

Voltaraotopo

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Este, omais brutal deles (19761983), responsvel pelamorte/desaparecimento de cerca de trintamilpessoas,soubeutilizaromegaeventofutebolsticocomopropagandadoregimeepropulsordoufanismo,coroadocomoprimeirottuloemCopasdoMundodaquelepas.Dooutrolado,ajuventude,militantesdaesquerda,movimentossociais,parentesdevtimas, jornalistasengajados, identificavamnaqueleeventoumaoportunidadepara, atravsdasagncias denotcia internacionais, romperemo silncio imposto edenunciarem o terrorismo de Estado apoiado e financiado por Washington. O mundo tomaria

conhecimentodoperododeamnsiaobrigatria,comodizEduardoGaleano1,eaCopaargentinateriaseuefeitocolateral:adivulgaodetalhadadoEstadodeExceonopas.

Hoje, s vsperas da Copa das Confederaes da Fifa, a antesala da Copa de 2014, inmerasmanifestaes capitaneadas pela juventude ocorrem nas grandes capitais brasileiras, tendo comopautaasmaisvariadasreivindicaes,notadamenteadiminuio/supressodopreodaspassagensdenibus.AreaodochamadoEstadodeDireitobrasileiro temsido imediataeviolenta(comoemtantosoutros episdios), reprimindo com vigor aqueles que no discurso da grande mdia so taxados comomarginais,arruaceirosebrbaros.

Com Gramsci, entendemos que tais manifestaes so, na grande maioria, de carter econmicocorporativo(reduodopreodastarifasdotransporteurbano),comalgunsensaiosdereivindicaesmaispolticas.Pelomenosataqui.Osparticipantesdetaisatossoemsuamaioriajovensestudantese trabalhadores, mas o carter heterogneo (e as redes sociais, instrumentos importantes nadivulgao/organizaodediversasmanifestaesemtodoomundo,contribuemparaessadiversidade)e aberto do movimento no permite rotulaes, enquadramentos tericos. Ao mesmo tempo em queproduz aes espontanestas, rene grupos com pautas polticas mais slidas, mais organizados(sobretudooriundosdossetoresmdios)damesmaformaquequemquebraumavidraapodeserumtrabalhador indignado, tambmpode ser um representantedealgumgrupomais radicalizado.Todavia,comodepraxe,osatosviolentos,independentedecomoeporquemforampraticados,sofundamentaisparaapasteurizao ideolgica realizadapela imprensaburguesa,quehomogenezaosmanifestantes(todos so violentos!) ao mesmo tempo em que deslegitima sua luta, dando seu aval para o usoindiscriminadoda foraporpartedoEstado. fundamental frisarquenoestamoscondenandoaesmaisradicalizadaseseussignificados:aquebrademquinasdo ludismodoXIX temseusequivalentesno presente, quando, por exemplo, um nibus depredado, pois materializa/simboliza o capital dasempresasdetransportecoletivo.

imprescindveldizerqueaviolnciaprmegaeventosnocomeounestasemanaenoseresumeaoenfrentamentonas/dasruas.Jhalgumtempo,ascidadessededaCopade2014tmsidoopalcodaschamadaslimpezasurbanas(modernizaesnodiscursooficial)jhalgumtempo,emqueremoode pessoas fora de suas casas, proibio do direito de greve durante os eventos, destruio decentrosdecultura,privatizaodoespaopblico,dentreoutrasaes, tmprovocadoenfrentamentosentreopoderestatalsobagidedograndecapital(imobilirio,financeiro, industrial,etc.),donodosmegaeventosemassociaocomopoderpolticofederal,estadualemunicipaleasociedadecivil.

ApartirdeAgambenentendemosqueoEstadodeExceonoserestringeaosperodosdeditadurascivilmilitares, mas representa um modus operandi, um recurso sempre mo dos governos dassociedadesatuais,ditosdemocrticos:

Diantedo incessanteavanodoque foidefinidocomouma guerracivilmundial,oestadodeexceotendesempremaisaseapresentarcomooparadigmadegovernodominantenapolticacontempornea.Esse deslocamento de uma medida provisria e excepcional para uma tcnica de governo ameaatransformarradicalmentee,defato,jtransformoudemodomuitoperceptvelaestruturaeosentidodadistinotradicionalentreosdiversostiposdeconstituio.Oestadodeexceoapresentase,nessaperspectiva,comoumpatamarde indeterminaoentredemocraciaeabsolutismo(AGAMBEN,2004,p.13).

A concepo do filsofo italiano coaduna com a perspectiva de um clssico conterrneo seu: AntonioGramsci. Para Gramsci, o Estado o somatrio dialtico da sociedade poltica (aparato burocrticorepressivo)comasociedadecivil (aparelhosprivadosdehegemonia),ouseja,hegemonia revestidadecoero, fora e consenso, orquestrados magistralmente pelo establishmentburgus. Segundo ele, aforanuncapodepesardemaissobreoconsensoedeveseapoiarnaaprovaodamaioria,expressapor intermdio dos canais de opinio pblica, os quais se destacam os meios de comunicao e aescola/universidade,porexemplo.Damesmaforma,oconsenso,aadesoaumaagenda,aumaordemsocial,somentesogarantidosseaiminnciadousodaforaestiversemprepresente.Emsuma,paraointelectual marxista a supremacia de um grupo social se manifesta de duas formas: pela fora e peloconsenso.Pormaisqueodomniodeumaclassesejaconsensual,talclassenopodenuncaprescindirda fora, e demaneira dialtica, o uso exclusivo da fora no garante o poder de uma classe e suasfraessobreasdemais.

Com o desquite cada vez maior entre capitalismo e democracia como afirma Zizek2 e com oacirramentodalutadeclassesemvriasregiesdomundo(destaqueparaaPrimaverarabeem2010,oOccupyWallStreetem2011eosatuaismovimentosemEspanha,Portugal,Grcia,etc.),oEstadodeExceo,ousoda foracomogarantiadahegemonia temse tonadoregraemdiversospases,comopudemosvernestasemananasgrandescapitaisbrasileiras.Nocampodoconsenso,quaseimediataaao do partidomdia na ascepo gramsciana e seus portavozes da sociedade civil, quecriminalizam qualquer forma de interveno poltica mais incisiva e negam cinicamente as demandas

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sociais, polticas, econmicas destes indivduos/grupos que se manifestam, quando no negam suaprpriaexistncia:Quemsoeles?Oquequerem?Deondevm?,esbravejaagrandemdia.

Comoexemplosdodiscursodosgruposdominantes,podemoscitarochefedacasacivildaPrefeituraRio

deJaneiro(gestoEduardoPaes),RgisFichtner3,eocientistapolticoFernandoLuisSchller4,diretordoIBMEC/RJ.Ambosdefenderamnamdiatelevisiva,nosltimosdias,queasmanifestaessereferema questes ideolgicas/polticas, ou seja, no representam demandas materiais, reais dostrabalhadores/estudantes.Schllerchegaaafirmarquetaismanifestaesrenempessoasquequeremaparecerepessoas/movimentosmarginaisdosistemapolticotradicional.

Obviamente,noquisemosigualaraditaduraargentinadosanos1970/80comoBrasildehoje,tampoucoafirmar que tais manifestaes foram previamente planejadas para ocorrerem na conjuntura dosmegaeventos.Aindaquenosepossaafirmarcategoricamentequehumavinculao,tambmnosepode negar o uso poltico disso por parte dosmanifestantes/movimentos. Nossa inteno foi provocarreflexes acerca da necessidade de um Estado de Exceo mesmo em regimes caracterizados comodemocrticos, bem como instigar no leitor o esforo de construo de uma anlise de conjuntura, quesejacapazdeenxergarasdinmicas/necessidadesatuaisdocapital,ondeosmegaeventosdiretaouindiretamenteafetamavidadaspopulaes,sejacomospesadosinvestimentosdirecionadosparaasobras (emdetrimentode inversesna sade, educao, transportes, habitao, etc.), seja comonobeneficiamentodascidadessedecomobrasdemobilidadeurbana,infraestrutura,etc.,agravandoaindamaisoatualestadodecoisas,quenoestbemnemnaslentesdateveseuespetculo.

Tais questes no so apenas circunstanciais ao calor da hora, ao theDay after da forte repressopolicial smanifestaes populares, ocorridas nesta semana de junho de 2013, em vrias cidades dopas.Essasquestessoimprescindveisaodebatepoltico,acadmicoesocialqueestajuventudenos

trazaoimprimirnoespaopblicoaurgnciadamudanaemnossostemposfraturados5.

Referncias

AGAMBEN,Giorgio.Estadodeexceo.SoPaulo:Boitempo,2004.

BIANCHI,Alvaro.OlaboratriodeGramsci:filosofia,histriaepoltica.SoPaulo:Alameda,2008.

CASTELLS,Manuel.OPoder da Identidade. In:A era da Informtica: Economia, Sociedade eCultura.Volume2.SoPaulo:EditoraPazeTerra,2001.

COUTINHO, Carlos Nelson. Gramsci: um estudo sobre seu pensamento poltico. Rio de Janeiro:CivilizaoBrasileira,2007.

GRAMSCI,Antonio.Concepodialticadahistria.RiodeJaneiro:CivilizaoBrasileira,1989.

HOBSBAWM, Eric. Tempos fraturados: cultura e sociedade no sculo XX.Cia das Letras: So Paulo,2013.

MSZROS,Istvn.Paraalmdocapital:rumoaumateoriadatransio.SoPaulo:Boitempo,2011.

QUINO.TodaMafalda.RiodeJaneiro:MartinsFontesEditora,2002.

ZIZEK,Slavoj.Oanoemquesonhamosperigosamente.Boitempo:SoPaulo,2012.

1 Extrado de: http://www.dhnet.org.br/desejos/sentidos/delirio/ddelirio.htm Acesso em 14 de junho de2013.

2Extradode: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18669 Acesso em14dejunhode2013.

3Extradode:http://www.espbr.com/noticias/copavaiocorrerrelacaomanifestacoesdizministroesporte

4TalafirmaoocorreunoprogramadocanalGloboNews,EntreAspas,nodia13dejunhode2013,nodebatecomoprofessordaPUCSPecientistapolticoLcioFlviodeAlmeida.Odebate/entrevista,nantegra,estdisponvelem:http://globotv.globo.com/globonews/entreaspas/v/especialistasdiscutemosmotivoseefeitosdasmanifestacoesemsaopauloerio/2633797/Acessoem14dejunhode2013.

5ObrapstumadohistoriadormarxistabritnicoEricHobsbawm,lanadaesteano(2013).

Rogrio Ferreira de Souza Economista, Doutor em Cincias Sociais pela UERJ e Coordenador doProgramadePsGraduaoemSociologiado InstitutoUniversitriodePesquisasdoRiodeJaneiro IUPERJ/RJ

Carlos Eduardo Rebu Oliveira Historiador, Doutorando em Educao pela UFF e professor dagraduaobilngueemPedagogiadoInstitutoNacionaldeEducaodeSurdosINES/RJ

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