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8/8/2019 Parte.2 - Textual
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1. INTRODUO
A partir dos anos noventa, teve incio uma nova poca caracterizada pelas
fortes mudanas ocorridas no mundo inteiro, em um cenrio em que os avanos
cientficos e tecnolgicos passaram a acontecer de forma muito rpida e a interferir
no comportamento das pessoas, dos governos e das empresas. Aqui no Brasil nada
foi muito diferente. Alm dos grandes projetos cientficos e tecnolgicos, a abertura
do mercado tambm influenciou a mudana de perfil da demanda, que cria novas
oportunidades de negcios, mas acirra a concorrncia e impe investimentos em
modernizao e eficincia administrativa.
Todos esses acontecimentos nos remetem a uma reflexo e tornou
obrigatria uma profunda reviso de todos os processos de gesto e controle
empresarial at ento adotados, para uma melhor compreenso do funcionamento
dos mercados e das empresas, de modo a torn-las aptas a atuarem em um
mercado globalizado e altamente competitivo. Porm, esta no uma tarefa fcil,
por vrias razes, entre elas a resistncia s mudanas necessrias para
adequao ao mercado, a falta de consenso entre empresas e indstrias
concorrentes e a exigidade de tempo, j que o mercado implacvel e no permite
lentido, assim como a lei no perdoa aos que dormem.
Apesar dessas dificuldades, pensamos que preciso e possvel alargar os
horizontes das atividades de um administrador de empresas, partindo de algumas
medidas bsicas como a reciclagem de conhecimentos, a incluso de novas
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1.1 Identificao do Problema
Com o advento da globalizao, as empresas, de um modo geral, perderam a
referncia de mercado como o ambiente em que se acham inseridas ou mesmo as
reas adjacentes, mas o mercado passou a ser entendido totalmente dissociado de
limite territorial ou continental a prxima esquina ou o outro lado do mundo;
independe da presena fsica de ofertantes e demandantes, pode ser pela internet ,
esse feliz acontecimento oportunizou negcios, mas decretou que qualidade e
competitividade deixaram de ser diferenciais, passando a ser questes bsicas de
sobrevivncia.
Partindo desse entendimento que o corpo diretivo da empresa DIADEMA
DERIVADOS DE PETRLEO LTDA., sociedade por cotas de responsabilidade
limitada, com dois scios, administrao profissional, processo decisrio de forma
colegiada, vem atuando no mercado h cinco anos, no segmento de varejo de
combustveis lquidos automotivos e outros derivados de petrleo, desejosos de
buscar a competitividade como item de sobrevivncia no mundo dos negcios,
recorrem ao concurso da Anlise Financeira para obterem detalhamento de sua
eficincia/ineficincia operacional, no que tange a LIQUIDEZ, LUCRATIVIDADE E
ENDIVIDAMENTO.
Em que pese a administrao da DIADEMA utilizar-se de vrias ferramentas
de gesto, controle e acompanhamento de suas operaes e resultados, os seus
investidores no conhecem os nmeros que demonstram o desempenho da
empresa, seno em valores monetrios absolutos, o que no lhes permite uma
avaliao atualizada e muito menos comparativa com o prprio desempenho em
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perodos anteriores, com outras empresas do setor, ou mesmo para melhor
respaldar a tomada de decises, alm de no medir, efetivamente, o grau de
eficincia da empresa. Para tanto, necessitam de uma ANLISE DAS
DEMONSTRAES FINANCEIRAS, atravs de ndices para um perfeito
conhecimento de suas possibilidades de gerao de melhores resultados,
potencialidades e, sobretudo, ter retratado o seu modelo de gesto.
1.2 Objetivos
1.2.1 Geral
Realizar anlise das demonstraes contbeis dos anos 2000, 2001 e 2002
da empresa DIADEMA DERIVADOS DE PETRLEO LTDA., com vistas a avaliar a
sua gesto econmica, atravs da decomposio dos diversos ndices e obter maior
conhecimento no que concerne a sua lucratividade, liquidez e endividamento.
1.2.2 Especficos
Avaliar a situao econmica da empresa atravs da anlise horizontal, vertical e
por ndices;
Analisar, a partir dos demonstrativos, a lucratividade da empresa;
Diagnosticar os fatores que influenciaram na lucratividade;
1.3 Justificativa e Importncia do Trabalho
bastante oportuna a realizao do presente trabalho, tendo em vista ser de
vital importncia para os administradores o pleno conhecimento dos indicadores
econmicos e financeiros das entidades sob o seu comando.
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A posse dos referidos indicadores e a sua adequada interpretao
possibilitam ao administrador tomar decises de forma eficiente, servindo-lhe como
ferramenta indispensvel para gerir os negcios, diante de um cenrio de grandes
incertezas e de necessidades constantes de mudanas de rumos.
O resultado das anlises propostas, baseadas nas demonstraes
financeiras, informaes, documentos internos, em conjunto com anlise de
cenrios, iro retratar a situao da empresa e permitiro aos gestores focar melhor
as suas decises de forma a obter os melhores resultados e sem comprometer a
capacidade da empresa de gerar lucros para os scios, compatveis com os capitais
investidos; satisfazer a exigibilidade de remunerao dos emprstimos e
financiamentos contrados e sem prejuzo de sua solidez, continuar honrando os
compromissos nas datas aprazadas.
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2. REVISO DE LITERATURA
nosso escopo, antecedendo a elaborao e apresentao do presente
TRABALHO, levar a efeito uma garimpagem literria, procedendo-se pesquisa na
literatura cientfica disponvel. Todas as informaes necessrias ao
desenvolvimento deste trabalho sero exaustivamente coletadas nos temas
abordados nas reas de Contabilidade, Administrao, Administrao Financeira e
Anlise Financeira. Ressalte-se que as informaes aqui elencadas sero
essenciais para o perfeito entendimento das anlises das demonstraes financeiras
da empresa em estudo.
2.1 O Administrador Financeiro
Funo com status de diretoria, cujo executivo denominado Diretor
financeiro ou Vice-Presidente de Finanas. Tem finalidade principal de coordenar as
atividades de tesouraria e controladoria. Esse profissional deve ter sempre presente,
dentre outras, trs preocupaes basilares: Oramento de Capital, Estrutura de
Capital e Administrao do Capital de Giro.
[...] O Administrador Financeiro deve preocupar-se com trs tipos bsicos dequestes. [...] O processo de Planejamento e Gerncia dos investimentos deLongo Prazo, denominado Oramento de Capital [...] Estrutura de Capital
refere-se a combinao especfica entre Capital de terceiros a longo prazo eCapital prprio. [...] Administrao do Capital de Giro [...] refere-se ao aosativos a curto prazo da empresa. (ROSS, 2000, p. 39,40)
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Cabe ao Administrador Financeiro, alm de deter conhecimentos especficos
sobre a sua rea, manter estreito relacionamento com outras reas da empresa para
a consecuo de seus objetivos maiores. necessrio valer-se de outros ramos do
conhecimento humano, buscando a contribuio que cada um destes poder
oferecer para a tomada de decises.
2.1.1 Administrao Financeira
Ramo da Administrao que tem por finalidade gerir o patrimnio da empresa,
tendo como principal enfoque o processo decisrio e a ao que afetam diretamente
a valorizao do negcio, cujo tema central para o administrador a valorizao da
empresa e como as decises devem ser tomadas, de modo a maximizar o valor do
negcio.
Segundo Kwasnicka (1995, p.112) O valor da empresa hoje depende do
fluxo de ganho que se espera gerar no futuro.
2.1.2 Finanas
Qualidade essencial ao Administrador para levar a efeito a gesto da
transferncia de fundos entre a empresa e o ambiente onde esta se insere.
Segundo Gitman (1997, p. 4), Finanas a arte e a cincia de administrar
fundos entre pessoas, empresas e governos.
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2.2 Atividade Financeira
2.2.1 Anlise e planejamento financeiro
a tarefa atribuda ao administrador financeiro, com a finalidade de vista
dos dados produzidos pelos analistas, produzir informaes consistentes que sero
utilizadas como ferramentas capazes de monitorar a entidade, quanto a sua
capacidade de alavancar o fluxo de ganho ou lucratividade. As decises de
investimento seriam a combinao referente ao montante de recursos aplicados em
ativos circulante e permanente, analisando a quantidade, tipos e qualidades dos
ativos a adquirir.
Cabe ao administrador, ainda, tomar as decises de INVESTIMENTO e
FINANCIMENTO, mediante processo seletivo em que considere o curto ou longo
prazos e busque obter o montante adequado de Capitais, conserve o Capital e saiba
maximizar lucros com o uso do Capital.
Segundo Gitman (1997, p. 21):
Anlise e planejamento financeiro
Balano patrimonial
Ativoscirculantes
PassivosCirculantes
AtivosPermanentes
RecursosPermanentes
2.3 Contabilidade
2.3.1 Conceito
8
Decises deinvestimento
Decises definanciamento
(1)
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A Contabilidade, desde o seu surgimento como conjunto ordenado de
conhecimentos, com objetivo e finalidade definidos, tem sido considerada como arte,
como tcnica ou como cincia, de acordo com a orientao seguida pelos
doutrinadores ao enquadr-la no elenco das espcies do saber humano. Ao
consider-la um conjunto de conhecimentos sistematizados, com princpios e
normas prprias, ela no conceito amplo de cincia, uma das cincias econmicas
e administrativas.
2.3.2 Objetivos:
A contabilidade , objetivamente, um sistema de informaes e avaliao
destinado a prover os seus usurios com demonstraes e anlises de natureza
econmica, financeira, fsica e de produtividade, com relao entidade objeto da
contabilizao.
Compreende-se por sistema de informao um conjunto articulado de dados,
tcnicas de acumulao, ajustes e edio de relatrios que permite tratar essas
informaes de natureza repetitiva, com relevncia e reduo de custo:
Informao de Natureza econmica
Informao de natureza fsica
Informao de natureza de produtividade
Seu objetivo de estudo , pois, o patrimnio, e seu campo de aplicao odas entidades econmico-administrativas, assim chamadas aquelas que ,para atingirem seu objetivo, seja ele econmico ou social, utilizam benspatrimoniais e necessitam de rgo administrativo, que pratica os atos denatureza econmica e financeira necessrios a seu fim. (FRANCO,1996, p. 19).
2.4 Demonstraes Financeiras
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As Demonstraes Financeiras, aqui no Brasil, esto definidas na Lei 6.404
Lei das Sociedades por Aes , em seu Artigo 187. A referida Lei torna
obrigatria a apresentao das Demonstraes por parte das empresas
sociedades annimas, em nmero de quatro Balano Patrimonial, Demonstrao
de Resultados do exerccio, Demonstraes de Lucros e Prejuzos Acumulados e
Demonstrao das Origens e Aplicao de Recursos. As empresas constitudas
por quotas de responsabilidade limitada esto dispensadas da publicao, porm
vital que mantenham as demonstraes financeiras para controle interno, alm da
exigibilidade para pleitos de emprstimos e financiamentos bancrios.
As demonstraes financeiras apresentam tanto a posio da empresa emum ponto no tempo, como suas operaes durante algum perodo parado.Entretanto, o valor real das demonstraes financeiras est no fato de queelas podem ser utilizadas para ajudar a prever os lucros e os dividendosfuturos da empresa (BRIGHAM, 1999, p.70).
Segundo Gitman (1997, p. 67), As demonstraes financeiras fornecem uma
rpida viso intuitiva da situao da empresa.
2.4.1 Balano Patrimonial
O Balano Patrimonial representa a demonstrao resumida da posio
financeira da empresa em determinado perodo. Para Damodaran (1997, p. 90), o
balano um demonstrativo de fundamental importncia quando se pretende
realizar um estudo financeiro, visto que no Balano Patrimonial constam todos os
dados referentes aos ativos, passivos e contas patrimoniais.
No quadro a seguir, encontra-se a estrutura legal do balano patrimonial:
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Ativo Passivo
Circulante Disponibilidade Direitos realizveis no exerccio social
subseqente Despesas do exerccio seguinte
Realizvel em longo prazo Direitos realizveis aps o trmino do
exerccio
Adiantamento ou emprstimos
Permanentes Investimentos Imobilizado
Despesas
Circulante Obrigaes vencveis no exerccio
seguinte
Exigvel em longo prazo Obrigaes vencveis aps o trmino do
exerccio
Resultado de exerccios futuros
Receitas, menos custos e despesascorrespondentes
Patrimnio Lquido Capital subscrito, menos parcela no
realizada Reservas de capital Reservas de realizao Reservas de lucros Lucros ou prejuzo acumulado
Fonte: Manual de Contabilidade das Sociedades por Aes, 1995.
Num balano, segundo abordagem de Matarazzo (1998, p. 44), o ativo mostra
o que existe de concreto na empresa, todos os bens e direitos so comprovados por
documentos, e o passivo e o patrimnio lquido mostram como se originaram os
recursos investidos.
2.4.2 Demonstrao do Resultado do Exerccio
As demonstraes do resultado do exerccio fornece um resumo financeiro
dos resultados das operaes da empresa durante um perodo especfico.
Normalmente, a demonstrao do resultado cobre o perodo de um ano encerrado
em uma data determinada, em geral 31 de dezembro do ano calendrio.
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Estrutura da demonstrao do resultado do exerccio DRE
Demonstrao do Resultado de Exerccio
RECEITA OPERACIONAL BRUTA(-) Venda cancelada(-) Abatimentos sobre vendas
(-) Impostos sobre vendasRECEITA OPERACIONAL LQUIDA
(-) Custo dos produtos, mercadorias ou servios vendidosLUCRO BRUTO(-) Despesas c/vendas
(-) Despesas administrativas(-) Despesas financeiras, lquidas das receitas(-) Outras despesas operacionais
(+) Resultado de equivalncia patrimonialLUCRO OPERACIONAL(+) Receitas no operacionais
(-) Despesas no operacionais(+) Saldo de correo monetria*LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS, CONTRIBUIES E PARTICIPAES
(-) Proviso para Imposto de Renda(-) Proviso para contribuio social(-) Participaes
LUCRO LQUIDO DO EXERCCIOLUCRO LQUIDO POR AO
*Nas demonstraes financeiras por correo integral no h essa rubrica.Fonte: Manual de Contabilidade das Sociedades por Aes, 1995.
2.4.3 Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados
Demonstrao de lucros ou prejuzos acumulados um demonstrativo que
indica a forma como o resultado geral da empresa, seja lucro ou prejuzo, ser
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distribudo. Essa distribuio tem como destaque uma transferncia para a reserva e
a distribuio que ocorreu com os respectivos scios da empresa.
Estrutura da Demonstrao de Lucros ou prejuzos Acumulados
Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados
Saldo do incio do perodo
(+) Ajustes de exerccios anteriores
(+) Correo monetria do saldo inicial*
(+) Reverses de reservas
(+) Lucro/Prejuzo Lquido do Exerccio
(-) Transferncia para reservas
(-) Dividendos
(-) Parcelas dos lucros incorporadas ao capitalSaldo ao fim do perodo* Nas demonstraes financeiras por correo integral no h essa rubrica.
Fonte: Manual de Contabilidade das Sociedades por Aes, 1995.
2.4.4 Demonstraes das Origens e Aplicaes de Recursos
Este demonstrativo, segundo Silva (1996, p. 73), um instrumento valiosopara o analista, pois mostra a movimentao dos recursos.
[...] atravs desta demonstrao, o analista pode saber se a empresa gerourecursos em suas operaes, se imobilizou recurso no perodo, se obtevenovas fontes de financiamento de longo prazo e se os acionistas fizeramnovos aportes de capital[...] (SILVA, 1996, p. 73).
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Apresenta-se, a seguir, a estrutura da demonstrao das origens e aplicaes
de recursos:
Demonstraes das Origens e Aplicaes de Recursos
ORIGENS DOS RECURSOSDas operaes Lucro lquido do exerccio Resultado das correes monetrias do balano* Depreciao, amortizao e exausto
Juros de emprstimos a longo prazo Resultado da equivalncia patrimonialDos acionistas Integralizao de capitalDe terceiros Emprstimos a longo prazo Reduo do realizvel a longo prazo Venda de ativo permanenteTOTAL DAS ORIGENS(A)
APLICAES DE RECURSOS Dividendos distribudos Aquisio de direitos do ativo imobilizado Aquisio de investimento Adies no ativo diferido Aumento do realizvel a longo prazo Transferncia para o curto prazo de obrigaes do longo prazoTOTAL DAS APLICAES(B)VARIAO DO CAPITAL CIRCULANTE LQUIDO(A-B)
2005 2006 VARIAOAtivo circulante(-) Passivo circulante
Capital circulante lquido
*Nas demonstraes financeiras por correo integral no h essa rubrica.
Fonte: Manual de Contabilidade das Sociedades por Aes, 1995.
2.5 Anlises das Demonstraes Financeiras
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Consiste na arte de decomposio das demonstraes financeiras da
empresa sob estudo, de modo a oferecer aos usurios interno e externo ,
particularmente o administrador Financeiro, informaes detalhadas do
comportamento e nvel de eficincia da entidade, bem como sua maior ou menor
capacidade quanto ao fluxo de ganho ou rentabilidade.
Ressalte-se que a anlise produto da transformao de dados em
informaes que posteriormente se tornam preciosas para os administradores. Por
conseguinte, os dados contidos nas peas contbeis devem ser preparadosadequadamente, mediante processo de planilhamento chamado padronizao, que
visa uma melhor visualizao e ordenamento do contedo das demonstraes.
Segundo Matarazzo (1998, p. 141) As demonstraes financeiras devem ser
preparadas para a anlise, da mesma forma que um paciente vai submeter-se a
exames mdicos.
Para se proceder anlise, Treuherz (1999, p. 37), afirma que necessrio
decompor um todo em partes, examinando com mincia cada uma das partes em
busca de explicaes ou do entendimento do todo, da parte, ou de alguma
caracterstica ou anormalidade que se pretende identificar. E ainda segundo Silva
(1997, p. 74), a anlise financeira um processo de averiguao e de reflexo com
determinado fim.
Do ponto de vista do investidor, o objetivo da anlise das demonstraesfinanceiras a previso do futuro, enquanto, do ponto de vista dagerncia, a anlise das demonstraes financeiras til tanto paraajudar antever condies futuras quanto e ainda mais importante como partida para o planejamento de aes que iro influenciar ofuturo desenrolar dos eventos. (BRIGHAM, 1999, p. 79) (Grifos do autor)
2.5.1 Anlises por ndices
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Os ndices financeiros so relaes entre contas ou grupos de contas das
demonstraes financeiras, que tm por objetivo fornecer-nos informaes que no
seriam visualizadas diretamente nas demonstraes. Segundo Sanvincente (1987,
p. 177), Os ndices so indicadores da situao da empresa que permitem uma
visualizao das demonstraes financeiras. Por outro lado, pode-se explicar
enfatizando que os ndices financeiros so grandezas comparveis a partir de
valores monetrios absolutos, visando mensurar tanto a posio financeira quanto
os nveis de desempenho da empresa, alm de outros aspectos. Ainda como
medida relativa de grandeza, o ndice fornece a idia quantitativa das relaes
estabelecidas, sem, entretanto, nos fornecer os elementos qualitativos contidos nas
mesmas (SILVA, 1995, p. 208).
Ao serem comparados ano a ano os ndices de uma determinada
empresa, pretende-se verificar as tendncias de suas atitudes e o seu
comportamento; da mesma forma, quando se determina os ndices de uma
empresa, pretende-se retratar o seu desempenho atravs de uma medida
econmico-financeira. Como explica Matarazzo (1995, p. 153), A caracterstica
fundamental dos ndices fornecer viso ampla da situao econmica ou
financeira da empresa.
2.6 Principais ndices
Para melhor compreenso os ndices financeiros podem ser subdivididos em
quatro categorias bsicas: ndices de liquidez, ndices de atividade, ndices de
endividamento e ndices de lucratividade.
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Os ndices de liquidez, de atividade e de endividamento medem,
fundamentalmente o risco; os ndices de lucratividade medem retorno. Para prazos
curtos, os elementos importantes so a liquidez, a atividade e a lucratividade, visto
que eles fornecem informaes que so crticas para as operaes de curto prazo
da empresa. (Se a empresa no puder sobreviver no curto prazo, no preciso
preocupar-se com as suas perspectivas a longo prazo) (GITMAN, 1997, p. 107).
2.6.1 ndices de Liquidez
Os ndices desse grupo mostram a base da situao financeira da empresa.
Ressalte-se que no so ndices extrados do fluxo de caixa da entidade, portanto,
no medem a capacidade de pagamento, mas, a partir do confronto dos ATIVOS
CIRCULANTES com as DVIDAS, procuram medir quo slida sua base
financeira.
ndices de liquidez - Quocientes que mostram a relao entre caixa e
outros ativos circulantes de uma empresa e seus passivos circulantes, assim
afirma: Brigham (1999, p. 80). Grifos nossos.
Entendido que liquidez a medida de solvncia da empresa, elencaremos
trs medidas bsicas: ndice de liquidez corrente, ndice de liquidez geral e Capital
Circulante Lquido.
2.6.1.1 Liquidez corrente
Este ndice calculado mediante diviso do ATIVO CIRCULANTE pelo
PASSIVO CIRCULANTE e indica at que ponto os passivos de curto prazo esto
17
ACLC = _____
PC (2)
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cobertos por aqueles ativos que se espera sejam convertidos em Caixa em um
futuro prximo.
Sendo: LC = ndice de Liquidez Corrente;
AC = Ativo Circulante;
PC = Passivo Circulante.
[...] Este ndice relaciona, atravs de um quociente, os ativos e passivos demesmo prazo (curto) de vencimento, sendo uma das medidas mais usadaspara avaliar a capacidade de uma empresa para saldar os seuscompromissos em dia. (SAN VICENTE, 1987, p. 177)
2.6.1.2 Liquidez Geral
Uma medida de liquidez que indica quanto a empresa possui em dinheiro, bens
e direitos para pagar sua dvida total. calculada dividindo-se o Ativo Circulante
mais o Realizvel a longo prazo pelo Passivo Circulante mais Exigvel de Longo
Prazo. Note-se que pra a sua avaliao quanto maior melhor:
Sendo: LG = Liquidez Geral;
AC = Ativo Circulante;
RLP = Realizvel a Longo Prazo;
PC = passivo Circulante;
ELP = Exigvel a Longo Prazo.
2.6.1.3 Capital Circulante Lquido
18
AC + RLPLG = __________
PC + ELP(3)
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Em que pese o CCL no ser propriamente um ndice, largamente usado
como medida da liquidez global da empresa. Calcula-se, mediante subtrao do
PASSIVO CIRCULANTE do ATIVO CIRCULANTE. Vale salientar que quanto maior
for o valor resultante melhor ser a avaliao.
Sendo: CCL = capital Circulante Lquido;
AC = Ativo Circulante;
PC = Passivo Circulante
V-se que para a avaliao deste ndice, quanto maior o seu valor, melhor
ser a condio de liquidez da empresa, sendo considerado bastante til para o
controle interno. Este capital tem uma relao muito grande com a liquidez da
empresa no seu processo de tomada de deciso.
2.6.2 ndices de Atividade
Esta ferramenta pode ser usada como medida da rapidez com que as contas
circulantes estoques duplicatas a receber e duplicatas a pagar se convertem em
caixa. Ou seja, quanto a empresa pode gerar em caixa para suprir suas
necessidades, dentro de todo um processo que envolve as operaes de compra,
venda e estocagem de forma dinmica e contnua. Sero ento, os ndices de
rotao, que indicaro o grau de desempenho das operaes da empresa, ou seja, a
eficcia com que a empresa gere seus ativos. ndices de atividade Conjunto de
19
CCL = AC-PC(4)
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ndices que medem a eficcia como uma empresa gerencia seus ativos (BRIGHAM,
1999, p. 81). (Grifos nossos).
2.6.2.1 Giro dos Estoques
Giro dos Estoques ou Prazo mdio de Rotao dos estoques mede a
atividade ou liquidez dos estoques da empresa. Esse ndice indica quantos dias, em
mdia, os produtos ficam armazenados na empresa antes de serem vendidos. E, se
os estoques permanecerem por perodos elevados, pode prejudicar, sobremaneira,o desempenho da empresa, o que pode levar, a qualquer momento, necessidade
de caixa para cumprir obrigaes. Uma vez apurado o perodo de rotao de
estoque ter o administrador um indicador para possvel tomada de decises quanto
poltica de vendas.
Sendo: PMRE = Perodo Mdio de Rotao de Estoques;
E = Estoques;
CMV = Custo de Mercadoria Vendida
2.6.2.2 Perodo Mdio de Cobrana
Perodo mdio de cobrana ou Prazo mdio de Recebimentos indica quantos
dias, em mdia, a empresa leva para receber suas vendas.
Para esse ndice, deve-se levar em considerao a sazonalidade, o volume
de vendas a prazo, assim como a poltica de crdito da empresa. Analisar esse
prazo para uma empresa requer a avaliao de alguns critrios.
20
E*360PMRE = _________
CMV (5)
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[...] A definio de prazos depende da poltica adotada pela concorrncia,das caractersticas e dos riscos inerentes ao mercado consumidor, danatureza do produto vendido, do desempenho da conjuntura econmica, doatendimento de determinadas metas gerenciais internas, de mercadologia,do prazo dos fornecedores e outros fatores. [...] (SOUZA , 1996, p. 3)
Sendo: PMRV = Perodo de Recebimento das Vendas;DR = Duplicata a Receber;V = Vendas Lquidas
Baseado ainda em suas explicaes, essas duplicatas funcionam como uma
concesso de crdito para manter e atrair clientes, preciso que se tenha ateno
quanto ao volume deste investimento, principalmente na avaliao de seus riscos.
2.6.2.3 Perodo mdio de Pagamento
Dados extrados da carteira de contas a pagar -- duplicatas e mede a idade
mdia das duplicatas a pagar. Esse ndice indica, em mdia, quantos dias a
empresa demora para pagar seus fornecedores.
Sendo: PMPC = Perodo Mdio de Pagamento das Compras;F = Fornecedores;C = Comparas (70% do Custo das Mercadorias Vendidas)
2.6.2.4 Ciclo Operacional e Ciclo financeiro
.
21
DR* 360PMRV = ____
V
F*360
PMPC = ___C
(6)
(7)
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Fonte: Material de apoio da disciplina Administrao Financeira Prof. Robson Braga.
2.6.3 ndices de Lucratividade
O Lucro o principal atrativo para os scios/investidores, constituindo sua
principal fonte de estmulo para atuar no mercado. Ningum montaria uma emprese
sem antes pensar na palavra lucro. E o que esses ndices fazem justamente
esclarecer quanto situao do lucro da organizao. De acordo com a explicao
de Silva (1995, p. 238), este ndice indica qual o retorno que o empreendimento est
propiciando.
.6.3.1 Giro do Ativo Total
Giro do Ativo Total ou simplesmente Giro do Ativo refere-se eficincia com a
qual a empresa utiliza seus ativos para gerar vendas.
Determina aquilo que a empresa vendeu em relao ao investimento total que
ela fez. Para cada aplicao no ativo, possvel saber quanto foi o valor de sua
venda quando feita a relao. Vale salientar, para efeito de avaliao, que esse
ndice, quanto maior o seu valor, melhor o desempenho financeiro e obtido,
mediante aplicao da frmula abaixo:
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Sendo: GA = Giro do Ativo;
V = Vendas Lquidas;
AT = Ativo Total
2.6.3.2 Margem Operacional
Enquanto medida de eficincia operacional, determina de forma clara os
lucros puros obtidos em cada unidade monetria de venda. Ignora quaisquer
obrigaes financeiras ou governamentais. Segundo Gitman (1997, p. 122), Mede a
porcentagem de lucro obtido em cada unidade monetria de venda, antes dos juros
e do imposto de renda:
Sendo: MOP = Margem Operacional;
V = Vendas Lquidas;LO = Lucro Operacional
Ressalta-se que esse indicador procura mensurar o xito alcanado pela
empresa na obteno de preos de venda superior aos custos.
2.6.3.3 Margem Lquida
23
VGA = _____
AT
LOMOP = ______
V
(9)
(10)
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Diferentemente da MOP, a margem operacional lquida mede a eficincia na
gerao de lucros aps a deduo de todas as despesas, mediante comparao do
lucro final com as vendas:
Sendo: ML = Margem Lquida;
LL = Lucro Lquido
V = Vendas Lquidas
Na viso de Gitman (1997, p. 122), esse indicador visa mensurar o percentual
de cada unidade monetria de venda que restou, depois da deduo de todas as
despesas, inclusive o imposto de renda.
2.6.3.4 Retorno Sobre o Patrimnio Lquido
A taxa de retorno sobre o patrimnio lquido mede o ganho obtido sobre o
investimento dos proprietrios ou acionistas. Quanto maior essa taxa, mais atrativa
torna-se a empresa:
Sendo: RSPL = Retorno Sobre o Patrimnio Lquido;
LL = Lucro Lquido;
PL = Patrimnio Lquido
2.6.3.5 Retorno Sobre o Ativo
24
LLML = ______
V
LL
RSPL = _______PL
(11)
(12)
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25/51
A taxa de retorno sobre ativo total, -- alguns prefere nominar simplesmente
taxa de retorno sobre investimentos da empresa --, tem como finalidade medir a
eficincia global da gesto em produzir lucros.
Sendo: RSA = Retorno Sobre Ativo;
LL = Lucro Lquido;
AT = Ativo Total.
Com fiel observncia da explicao a seguir, possvel um melhor
entendimento da anlise desse ndice, quanto sua utilidade na avaliao da
organizao.
[...] uma diminuio nos ndices do ROA decorrente de umdecrscimo na margem ou no giro. Se foi a MARGEM, porque olucro desse perodo oscilou em relao ao montante das vendas(volume, preo). Se o lucro diminuiu porque as vendas diminuramou os custos aumentaram, ou ainda uma combinao de ambos. [...](KASSAI, 2000, p. 179)
2.6.4 ndices de Endividamento
O endividamento de uma empresa pode ser visto por dois prismas, tanto
atravs do grau de endividamento, quanto de sua capacidade para pagar as dvidas.
A situao de endividamento de uma empresa ocorre quando toma dinheiro
emprestado em curto prazo, principalmente, para financiar seu Grau de
Alavancagem Financeira Capital de Giro a longo prazo, para comprar instalaes ou
equipamentos, sabendo-se que o financiamento a longo prazo implica em
amortizao peridica de juros e pagamento do principal no vencimento. Este ndice
25
LL
RSA = _______AT
(13)
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26/51
vai indicar a porcentagem do ativo total que financiado por capital de terceiros, ou
quanto este ativo da empresa est comprometido com recursos de terceiros e at
mesmo o comprometimento quanto ao patrimnio lquido. A empresa com um menor
ndice de endividamento ter uma menor alavancagem financeira. Este ndice diz o
montante de recursos de terceiros que est sendo usado na tentativa de gerar
lucros. Quanto maior a participao de terceiros, maior risco da empresa.
2.6.4.1 ndice de Endividamento Geral
Refere-se ao grau em que a empresa utiliza capitais de terceiros, ou
alavancagem, em relao ao ativo total quanto maior o seu valor, maior ser a
dependncia de capitais de terceiros para gerar lucros, ao mesmo tempo em que
aumenta a alavancagem financeira da empresa. O valor encontrado neste ndice
aquele que indicar quanto do ativo est sendo financiado com recursos de
terceiros. A equao que calcula esse ndice pode ser visualizada a seguir:
Sendo: EG = ndice de Endividamento Geral;
PC = Passivo Circulante;ELP = Exigvel a Longo Prazo;
AT = Ativo Total
2.6.4.2 Endividamento a Longo Prazo
ndice exigvel a longo prazo patrimnio lquido indica a relao existente
entre os recursos de longo prazo fornecidos por credores diversos e os aportados
26
PC+ELP)EG = ___________
AT
PC+ELPESPL = _______
PL
(14)
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pelos proprietrios da empresa (PL). Enfim, mede-se o quanto representa o capital
de terceiros em relao ao patrimnio lquido. Aplica-se a seguinte equao:
Sendo: ESPL = Exigvel Sobre o Patrimnio Lquido;
PC = Passivo Circulante;
ELP = Exigvel a Longo Prazo;
PL = Patrimnio Lquido
Esse ndice procura relacionar as duas grandes fontes de recursos da
empresa, capitais prprios e capitais de terceiros, sendo um indicador de risco ou de
dependncia a terceiros, por parte da organizao.
2.6.4.3 ndice de Imobilizao do Patrimnio Lquido
ndice de imobilizao do Patrimnio lquido, na verdade no um ndice de
endividamento, mas de estrutura e presta grande servio ao analista ao informar
quanto do patrimnio lquido da empresa est sendo aplicado no seu ativo
permanente, ou seja, quanto est se investindo nos recursos imobilizados da
empresa, para melhoria de sua qualidade. O ndice restante deste patrimnio
aplicado no ativo circulante, sendo chamado de Capital Circulante Prprio.
Sendo: IPL = ndice de Imobilizao do Patrimnio Lquido;
AP = Ativo Permanente;PL = Patrimnio Lquido
27
APIPL = ______
PL
(15)
(16)
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28/51
2.7 Anlise Vertical e Horizontal
Os mtodos de anlises vertical e horizontal so fundamentais na
interpretao dos nmeros da empresa, porm para Silva (1995, p. 182), desse
modo, as anlises horizontal e vertical devem ser entendidas como um dos
instrumentos de trabalho do analista e no como, instrumento nico, visto que no
oferece respostas e sim ajudam a levantar questes de risco para a organizao.
Sendo assim, este mtodo bastante eficiente para se adquirir uma viso geral
sobre os demonstrativos econmico-financeiros das empresas, por ser uma forma
simples e prtica muito usado por analistas na fase inicial de estudo.
A anlise vertical, segundo Matarazzo (1997, p. 178):
[...] baseia-se em valores percentuais das demonstraes financeiras,tomando como parmetro um ano-base, pois esta anlise mais bemaproveitada quando usada no balano e nas demonstraes de resultados,para executar a comparao entre diversos exerccios.
A anlise horizontal baseia-se segundo Matarazzo (1997, p. 187), na
evoluo de cada conta de uma srie de demonstraes financeiras em relao a
demonstraes anteriores e/ou em relao a uma demonstrao financeira bsica,
geralmente a mais antiga da srie, ou seja, este mtodo permite o exame da
evoluo histrica de uma srie de valores.
28
Rubrican
AVn=___________X 100
Base
AH em 19Xn=(rubrica em anlise em 19Xn : Rubrica em anlise em 19X1) X 100
(18)
(17)
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29/51
Lembrando que estes dois tipos de anlise devem ser utilizados juntos,
ressaltado que um completa o outro, pois se analisado separadamente podem
apresentar variaes desproporcionais e incertas.
3. METODOLOGIA
Trata o presente trabalho de Pesquisa-Diagnstico, com adoo da
metodologia de Estudo de Caso da Empresa DIADEMA DERIVADOS DE
PETRLEO LTDA., cuja pesquisa quantitativa utilizou-se da tcnica de coleta de
dados, mediante realizao de entrevistas e vista de relatrios demonstraes
financeiras. Etapas do processo:
Recebimento da documentao para anlise;
29
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30/51
Balanos Patrimoniais dos anos 2004, 2005 e 2006;
Demonstraes de Resultados dos Exerccios: 2004, 2005 e 2006;
Demonstraes de Mutaes do Patrimnio Lquido;
Conferncia dos documentos recebidos;
Leitura e padronizao das demonstraes financeiras;
Clculo dos indicadores e montagem de relatrios;
Anlise dos indicadores e relatrios;
Elaborao de parecer
Pesquisa exploratria junto aos scios da empresa e os contadores
responsveis pela mesma, que se deu atravs de conversas informais e
entrevistas.
30
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4. ANLISES DAS DEMONSTRAES CONTBEIS: Caso Diadema Derivados
de Petrleo Ltda.
4.1 Coleta de informaes e demonstraes financeiras
4.1.1 Recebimento de Balanos, DRE e DMPL, pasta de
atas/correspondncias/ordens de servios etc.
4.1.2 Reunies com scios, colaboradores e contador
4.1.3 Acesso ao sistema de contabilidade Gerencial da empresa.
4.2 Conferncia dos documentos recebidos
31
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4.2.1 Balanos Patrimoniais
Balano ano 2004
Balano ano 2005
Balano ano 2006
4.2.2 Demonstraes de Resultados do Exerccio
DRE - ano 2004
DRE ano 2005
DRE ano 2006
4.3 Padronizao das demonstraes recebidas
4.3.1 Balanos Patrimoniais
4.3.1.1 Balano ano 2004 (Anexo 01)
4.3.1.2 Balano ano 2005 (Anexo 02)
4.3.1.3 Balano ano 2006 (Anexo 03)
4.3.2 Demonstraes de resultados do Exerccio
4.3.2.1 DRE ano 2004 (Anexo 04)
4.3.2.2 DRE ano 2005 (Anexo 05)
4.3.2.3 DRE ano 2006 (Anexo 06)
32
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4.3.3 Demonstraes de Mutao do Patrimnio Lquido
4.3.3.1 DMPL ano 2004 (Anexo 07)
4.3.3.2 DMPL - ano 2005 (Anexo 08)
4.3.3.3 DMPL ano 2006 (Anexo 09)
4.4 Clculo dos ndices e montagem de relatrios
4.4.1 ndices de Solvncia
4.4.1.1 Liquidez Corrente
Frmula Anos Clculos ndices
2004LC = 869.786,74 = 3,71
234.175,47 3,71
LC = ACPC 2005 LC = 1.070.263,41 = 3,38316.987,02 3,38
2006LC = 1.208.794,83 = 3,03
398.985,78 3,03
Fonte: Dados da pesquisa, 2007
O ndice de liquidez corrente da DIADEMA vem apresentando declnio a cada
ano, na ordem de 8,89 % para 2005 e 18,33 % em 2006, contudo h de se
ressaltar que os ndices se situam em patamares considerados excelentes,
ademais, a variao do ATIVO CIRCULANTE se situa em 38,98 % -- 2004/2006 --,
registrando, portanto, um excelente crescimento dos direitos no curto prazo. Sob
outra tica, verifica-se que para cada R$-1,00 de dvida no curto prazo a empresa
dispe de mais de R$-3,00.
4.4.1.2 Liquidez Geral
33
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Frmula Anos Clculos ndices
2004869.786,74 + 19.284,63 =
234.175,47 + 444.000,00 1,31
LG = AC + RLPPC + ELP 2005
1.070.263,41 + 15.944,20316.987,02 + 200.591,61 2,10
2006. 1.208.794,83 + 0 .398.985,78 + 92.489,22 2,46
Fonte: Dados da pesquisa, 2007
Situao bastante favorvel. Para cada R$-1,00 de dvida, no curto e longo
prazos, a analisada acumula R$-2,46 2006 . ndices acima de 1 e crescentes,
ano-a-ano, cuja taxa de variao atingiu 87,79% no ano de 2006 .
4.4.1.3 Capital Circulante Lquido
Frmula Anos Clculos ndices
2004869.786,74 234.175,47 =
635.611,27635 mil
CCL = AC PC2005
1.070.263,41 316.987,02 =753.276,39
753 mil
20061.208.794,83 398.985,78 =
809.809,05809 mil
Fonte: Dados da pesquisa, 2007
Nesta relao, que fornece um valor monetrio absoluto e que corresponde a
mesma noo subjacente ao ndice de liquidez corrente, a analisada apresenta boa
34
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35/51
situao, haja vista um crescimento em nvel percentual da ordem de 27,41 % do
ano 2004 para 2006.
4.4.2 ndices de Atividade
4.4.2.1 Prazo Mdio de Rotao dos Estoques (Giro dos Estoques)
Frmula Anos Clculos N de dias
2004192.336 x 360 =
6.261.444,51 11,06
PMRE = E x 360CMV 2005 315.979,56 x 360 =7.033.326,36 16,17
2006532.858,42 x 360 =
7.805.967,42 24,57
Fonte: Dados da pesquisa, 2007
Este ndice indica quantos dias, em mdia, os produtos ficam armazenados
na empresa. Registra-se um crescimento do prazo mdio de permanncia dos
35
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36/51
estoques -- saindo de 11 dias em 2004, para 24 dias em 2006 --, o que no um
bom indicador, contudo, os prazos, ainda, se situam em patamares aceitveis. H
de se ressaltar que o mix de produtos da analisada heterogneo,
conseqentemente apresenta ndice de rotao discrepante, porquanto, alguns
giram muito rpido outros, por natureza, demoram um pouco mais. O ideal seria
decompor o volume de estoques agrupados por velocidade de giro.
4.4.2.2 Prazo Mdio de Recebimentos das Vendas
Frmula Anos Clculos N de dias
2004402.294,57 x 360 =
7.335.498,63 19,74
PMRV = DR x 360V 2005 604.788,77 x 360 =8.437.859,34 25,80
2006539.419,25 x 360 =
9.225.969,96 21,05
Fonte: Dados da pesquisa, 2007
Indica quantos dias, em mdia, a analisada leva para receber suas vendas.
Na srie sob anlise observa-se uma oscilao mais forte no seguindo ano mais
de 30% e uma acomodao em 2006.
4.4.2.3 Perodo Mdio de Pagamentos das Compras
Frmula Anos Clculos N de dias
2004191.361,96 x 360 =
4.383.011,16 15,72
36
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37/51
PMPC = F x 360C 2005
207.303,99 x 360 =4.923.328,45 15,16
2006310.257,24 x 360 =
5.464.177,19 20,44
Fonte: Dados da pesquisa, 2007
O PMPC indica quantos dias, em mdia, a empresa leva para pagar seus
fornecedores. No caso da analisada, nos dois primeiros anos o prazo ficou situado
ao redor de 15 dias, mantendo-se estvel, em 2006 houve uma elevao para 20
dias, o que positivo.
4.4.2.4 Ciclo Operacional / Ciclo Financeiro 2006
CICLO OPERACIONAL = 45 DIAS
0 20 24 45
PRAZO DE ROTAO DE ESTOQUES = 24 DIAS
PRAZO REC. VENDAS = 21 DIAS
CICLO FINANCEIRO = 25 DIAS
37
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38/51
0 20 24 45COMPRA PAGAMENTO VENDA RECEBIMENTO
O Ciclo Operacional tem aumentado ano aps ano, em que pese o prazo de
recebimento das vendas ter se mantido praticamente estvel e o prazo de
pagamento das compras ter sido ampliado em 5 (cinco) dias 15 dias nos dois
primeiros anos e 20 em 2006.
Ciclo Financeiro crescente 15 dias em 2004 e ao redor de 25 nos ltimos
anos. Poltica onerosa para a empresa e se deve basicamente ao crescente prazo
de permanncia de estoques 11 dias em 2004; 16 dias em 2005 e 24 dias em
2006.
4.4.3 ndices de Lucratividade
4.4.3.1 Giro do Ativo total
Frmula Anos Clculos ndices
2004
7.310.030,52
1.274.470,35 5,74
GA = VAT
2005
8.413.972,381.543.244,91 5,45
20069.201.248,071.703.505,72 5,40
Fonte: Dados da pesquisa, 2007
38
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39/51
Os ndices alcanados pela analisada 5,74; 5,45 e 5,40 , em 2004, 2005 e
20006, respectivamente, so excelentes e estveis. Este ndice denota o nmero de
vezes em que os ativos operacionais so utilizados para gerar o volume de
operaes no perodo, que neste caso foi 5,40 em 2006.
4.4.3.2 Margem Operacional
Frmula Anos Clculos ndices
2004377.251,59 = 0,05
7.310.030,52 5 %
MOP = LOV
2005369.816,36 = 0,048.413.972,38 4 %
2006312.020,94 = 0,039.201.248,07 3 %
Fonte: Dados da pesquisa, 2007
Trata-se de uma medida do xito alcanado pela empresa na obteno
preos de venda superiores aos seus custos totais. A analisada obteve ndices ao
redor dede 5%, 4% e 3%, em 2004, 2005 e 2006, respectivamente. Observa-se uma
perda substancial da capacidade de gerar lucros.
4.4.3.3 Margem Lquida
Frmula Anos Clculos ndices
39
8/8/2019 Parte.2 - Textual
40/51
2004274.117,29
7.310.030,52 0,04
ML = L LV
2005
249.371,408.413.972,38 0,03
2006180.364,44
9.201.248,07 0,02
Fonte: Dados da pesquisa, 2007
Este ndice compara o lucro pertencente aos acionistas com o volume de
vendas gerado pela empresa em suas operaes, ou seja, a lucratividade sobre
vendas. No caso da analisada, registramos um declnio desses ndices, que esteve
situado ao redor de 4% em 2004 e fecha o ano de 2006, com algo em torno de 2%,
denotando reduo da capacidade de gerao de lucro operacional.
4.4.3.4 Retorno Sobre o Patrimnio Lquido
Frmula Anos Clculos ndices
2004274.117,29 = 0,46596.294,88 46 %
RSPL = L LP L
2005
249.371,40 = 0,241.025.666,28 24 %
2006180.364,44 = 0,15
1.212.030,72 15 %
Fonte: Dados da pesquisa, 2007
A analisada apresenta forte declnio neste ndice -- 46%, 24% e 15% --, em
2004, 2005 e 2006, respectivamente, registrando, assim, uma queda percentual na
40
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41/51
ordem de 67,39%, no ano de 2006, em relao a 2004. O ndice de Retorno sobre
o Patrimnio Lquido mede o retorno obtido sobre o investimento dos proprietrios
da empresa e, no caso da analisada, o declnio no coloca o ndice em estado de
deteriorao, contudo, o investimento se apresenta com menor taxa de atratividade.
4.4.3.5 Retorno sobre o Ativo TotalFrmula Anos Clculos ndices
2004274.117,29 = 0,22
1.274.470,35 22 %
RSA = L LA T
2005
249.371,40 = 0,161.543.244,91 16 %
2006180.364,44 = 0,11
1.703.505,72 11 %
Fonte: Dados da pesquisa, 2007
Registra-se uma queda substancial nos ndices 22%, em 2004; 16%, em
2005 e 11%, em 2006 , cuja variao percentual atinge o patamar de menos 50%
no ano de 2006. Este ndice mede a eficincia global da empresa na gerao de
lucros com seus ativos disponibilizados, evidente se torna a reduo dessa
capacidade da empresa analisada, contudo, h de se ressaltar que 11% menor
ndice alcanado no um nmero ruim.
4.4.4 ndices de Endividamento
4.4.4.1 Endividamento Geral
41
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42/51
Frmula Anos Clculos ndices
2004234.175,47 + 444.000,00
1.274.470,35 0,53
EG = PC + ELPAT
2005
316.987,02 + 200.591,611.543.244,91 0,34
2006398.985,78 + 92.489,22
1.703.505,72 0,29
Fonte: Dados da pesquisa, 2007
A empresa apresenta reduo do seu ndice de endividamento global, que,
alis, j inicia em patamar considerado baixo 0,53 em 2004 -- e chega a 0,29 em
2006. Este ndice indica a proporo dos ativos totais da empresa financiada pelos
credores.
4.4.4.2 Endividamento de Longo PrazoFrmula Anos Clculos ndices
2004234.175,47 + 444.000,00
596.294,88 1,14
ESPL = PC + ELPPL
2005
316.987,02 + 200.591,611.025.666,28 0,50
2006398.985,78 + 92.489,22
1.212.030,72 0,41
Fonte: Dados da pesquisa, 2007
Registra-se a reduo gradual do ndice de endividamento de longo prazo
1,14, 0,50 e 0,41, em 2004, 2005 e 2006, respectivamente, que, ao contrrio do
endividamento geral, inicia em patamar desfavorvel, mas, a evoluo do PL, aliada
42
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amortizao de dvida de Longo prazo, proporciona um deslocamento no ndice de
1,14 em 2004 para 0,41 em 2006, com reduo percentual da ordem de 64%.
4.4.4.3 Imobilizao do Patrimnio Lquido
Frmula Anos Clculos ndices
2004385.399,98 = 0,65596.294,88 65 %
IPL = APPL 2005 456.987,30 = 0,451.025.666,28 45 %
2006494.710,89 = 0,41
1.212.030,72 41 %
Fonte: Dados da pesquisa, 2007.
A imobilizao do PL situa-se em limite bastante confortvel para o ano de
2006 cujos valores absolutos do Permanente mantm-se estveis. O declnio dos
ndices deve-se ao aumento do PL. Este ndice indica o percentual dos recursos
prprios comprometidos com o Ativo Permanente.
4.5 Anlises Vertical e Horizontal
4.5.1 Balanos Patrimoniais
43
8/8/2019 Parte.2 - Textual
44/51
4.5.1.1 Anlise Vertical (2004, 2005 e 2006) (Anexo 10)
TOTAL DO ATIVO/PASSIVO 1.274.470,35 100 1.543.244,91 100 1.703.505,72 100
Clientes 402.294,57 31,57 604.786,77 39,19 539.419,25 31,67
Estoques 192.338,00 15,09 315.979,58 20,48 532.858,42 31,28
Ativo Circulante 869.785,74 68,25 1.070.263,41 69,35 1.208.794,83 70,96
Fornecedores 191.361,96 15,02 207.303,99 13,43 310.257,24 18,21
Emprstimos / Financiamentos 444.000,00 34,84 200.591,61 13,00 92.489,22 5,43
Patrimnio Lquido 596.294,88 46,79 1.025.666,28 66,46 1.212.030,72 71,15
Ativo
A conta clientes em relao ao ativo total situa-se em patamar acima de 30
% -- 31,57 em 2004; 39,19 em 2005 e 31,67 em 2006 mantendo-se
estvel;
A rubrica Estoques crescente -- em 2004 representa 15,09% do Ativo; em
2006 atinge 31,28 --. Em valor absoluto praticamente triplica.
Circulante estvel Mantm-se em torno de 70% do ativo.
Passivo
Fornecedores relao percentual estvel;
A rubrica emprstimos tem comportamento decrescente, sai de 34 % em
2004 e atinge 5,43 em 2006, o que evidencia a liquidao dos
emprstimos de longo prazo;
O PL tem aumento de participao atingindo 71 % do passivo, em funo
do aumento de capital e lucros acumulados, exprimindo com clareza maior
investimento/reinvestimento dos scios na atividade.
4.5.1.2 Anlise Horizontal (2004, 2005 e 2006) (Anexo 11)
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TOTAL DO ATIVO/PASSIVO 1.274.470,35 1.543.244,91 21,09 1.703.505,72 33,66
Clientes 402.294,57 604.786,77 50,33 539.419,25 34,09
Estoques 192.338,00 315.979,58 64,29 532.858,42 177,05Ativo Circulante 869.785,74 1.070.263,41 23,05 1.208.794,83 38,98
Fornecedores 191.361,96 207.303,99 8,33 310.257,24 62,13
Emprstimos / Financiamentos 444.000,00 200.591,61 (54,82) 92.489,22 (79,17)
Patrimnio Lquido 596.294,88 1.025.666,28 72,01 1.212.030,72 103,26
No ativo destaca-se o comportamento dos estoques que tem variao
positiva em ndice considerado elevado -- 64,29 % e 68,64 % --, o que
evidencia maior investimento em estoques/reduo de giro.
No passivo registram-se maior participao de capitais dos scios
variao positiva do PL e reduo dos emprstimos.
4.5.2 Demonstrativos de Resultados do Exerccio
4.5.2.1 Anlise Vertical (2004, 2005 e 2006) (Anexo 12)
RECEITA OPERACIONALLQUIDA
7.310.030,52 100 8.413.972,38 100 9.201.248,07 100
LUCRO BRUTO 1.048.586,01 14,34 1.380.646,02 16,409 1.395.280,65 15,164
LUCRO OPERACIONAL 377.251,59 5,161 369.816,36 4,3953 312.020,94 3,3911
LUCRO LQUIDO DOEXERCCIO
274.117,29 3,75 249.371,40 2,9638 180.364,44 1.9602
Lucro Bruto tem participao estvel. ndices registrados ao redor de 14
%, considerado bom.
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Lucro operacional e Lucro Lquido decrescentes. ndices considerados
bons para o segmento.
4.5.2.2 Anlise Horizontal (2004, 2005 e 2006) (Anexo 13)
RECEITA OPERACIONALLQUIDA
7.310.030,52 8.413.972,38 15,102 9.201.248,07 25,87
LUCRO BRUTO 1.048.586,01 1.380.646,02 31,667 1.395.280,65 33,06
LUCRO OPERACIONAL 377.251,59 369.816,36 (1,971) 312.020,94 (17,20)
LUCRO LQUIDO DOEXERCCIO 274.117,29 249.371,40 (9,027) 180.364,44 (34,20)
Receita Operacional apresenta variao positiva e estvel em relao ao
ano base.
Lucro bruto variao positiva, tmido crescimento. ndice considerado
excelente.
Lucro Operacional e Lucro Lquido valores absolutos positivos. Variaes
negativas crescentes.
4.6 Resumo dos ndices
4.6.1 Quadro Resumo de ndices utilizados na anlise
SEES NDICES 2004 2005 2006 05 06 INTERPRETAO
4.4.1.1 LIQUIDEZ CORRENTE 3.71 3.38 3.03 Qto. maior, melhor
4.4.1.2 LIQUIDEZ GERAL 1.31 2.10 2.46 Qto. maior, melhor
4.4.2.1 PRAZO MDIO ROT.ESTOQUES
11 d. 16 d. 24 d. Qto. maior, pior
4.4.2.2 PRAZO MDIO REC.VENDAS
19 d. 25 d. 21 d. Qto. maior, pior
4.4.2.3 PRAZO MDIO PAG.COMPRAS
15 d, 15 d. 20 d. _ Qto. maior, melhor
4.4.3.1 GIRO DO ATIVO 5.74 5.45 5.40 Qto. maior, melhor
4.4.3.3 MARGEM LIQUIDA 4% 3% 2% Qto. maior, melhor
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4.4.3.2 MARGEMOPERACIONAL
5% 4% 3% Qto. maior, melhor
4.4.3.4 RETORNO SOBREPATRIMNIO LQUIDO
46% 24% 15% Qto. maior, melhor
4.4.3.5 RETORNO SOBRE OATIVO
22% 16% 11% Qto. maior, melhor
4.4.4.1 ENDIV. GERAL 0,53 0,34 0.29 Qto. maior, pior
4.4.4.2 ENDIV. LONGO PRAZO 1.14 0,50 0.41 Qto. maior, pior
4.4.4.3 IMOBILIZAO DOPATRIMNIO LQUIDO
0.65 0,45 0.41 Qto. maior, pior
4.4.1.3 CAPITAL CIRCULANTELQUIDO
635mil
753mil
809mil
Qto. maior, melhor
4.7 Concluses
A empresa atua no segmento de postos de combustveis h mais de 20 anos
e h quatro anos teve sua composio societria alterada, permitindo o aporte de
novos capitais e, por conseguinte, dividindo o controle societrio. Seu ramo de
atividade o comrcio varejista de combustveis automotivos, lubrificantes,
pneumticos, loja de convenincias, GLP, bebidas, servios de lavagens de
veculos, etc.
Sua unidade comercial est localizada numa praa de 320 mil habitantes, que
conta com 42 estabelecimentos congneres e a analisada ocupa o 3 lugar no
ranking, fazendo parte do seleto grupo dos 5 melhores estabelecimentos da
cidade.
A partir de acurado exame das Demonstraes Contbeis da analisada,
compreendendo os exerccios de 2004 a 2006, mediante a aplicao de
ferramentas/modelos de anlise constatamos a seguinte situao:
a) Receitas lquidas de vendas crescentes -- em R$ mil: 7.310 (2004); 8.413
(2005) e 9.201 (2006) --, variao percentual de 15 e 25,87%, respectivamente para
o ano de 2005 e 2006.
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b) Lucro bruto crescente, enquanto que o Lucro operacional e o lucro lquido
involuiram, com reflexos nos ndices de rentabilidade, tais como: Margem
Operacional, Margem Lquida, Retorno Sobre PL e Retorno sobre Ativo Total, que
no Chegam a ser assustadores, mas, registram declnio.
c) ndices de Endividamento Geral e de Longo Prazo decrescentes, variao
percentual acentuada -- (64)% para Longo prazo e (45)% para Endividamento Geral.
Registra-se que apenas as dvidas de longo prazo atingiram ndice maior que 1
(ano de 2004), com reduo imediata e gradual nos anos seguintes: 0,50 em 2005e 0 ,41 em 2006.
d) ndices de liquidez apresenta situao bastante confortvel, particularmente a
liquidez corrente que para cada uma unidade de dvida dispe de mais de 3 no
circulante. de se ressaltar o excelente desempenho da empresa no que diz
respeito ao Capital Circulante Lquido, cujo valor monetrio absoluto crescente.
e) ndices de Atividade, em que pese o aumento de faturamento o nvel de
contribuio desses ndices ainda deixa a desejar, vistos a partir da documentao
disponvel. Prazo de Recebimentos praticamente estvel e Prazo de Pagamentos a
Fornecedores aumentou em 5 dias, em contra-partida o Prazo Mdio de Giro dos
estoques cresceu em 13 dias do 1 para o ltimo exerccio analisado, o que contribui
decisivamente para a elevao do Ciclo Financeiro, causando inevitveis reflexos
nos ndices de lucratividade.
f) Com referncia ao Prazo Mdio de Rotao dos Estoques, h de se ressaltar
que o mix de produtos da analisada heterogneo, apesar de similares,
conseqentemente apresenta ndice de rotao discrepante, porquanto, alguns
giram muito rpido, outros, por natureza, demoram um pouco mais. O ideal seria
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decompor o volume de estoques agrupados por velocidade de giro, permitindo,
destarte, a apurao do ndice com maior grau de acerto.
Conclumos, destacando a maior participao da empresa em seu
segmento e sobretudo, pontuando como favorvel a deciso da diretoria de
manuteno dos Lucros acumulados e, ainda, ter aumentado o Capital Social
atravs de subscrio, com reflexos altamente positivo no declnio da imobilizao
do PL. E, por fim, com o escopo de melhorar a compreenso de todos quantos
este relatrio virem, disponibilizamos o quadro resumo dos principais ndicesutilizados, com seus resultados, comportamentos e interpretao, que certamente
confere maior clareza quanto a situao da analisada ( pgina 46, quadro 4.6.1,
onde e identificam os ndices que sobem e que descem no perodo sob
referncia).
5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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