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Pavimentação Intertravada
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CODESA COMPANHIA DOCAS DO ESPRITO SANTO
PROJETO BSICO/EXECUTIVO DE RECUPERAO DO PTIO DO CAIS DE CAPUABA - BEROS 201 E 202 VILA VELHA -E.S.
VOLUME NICO
Elaborao:
MAIO/2005
ENGEPAVI CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
-1-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
NDICE
-2-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
NDICE
1) APRESENTAO .......................................................................................................4
2) INFORMAES GERAIS............................................................................................6
3) ESTUDOS ...................................................................................................................9
3.1) ESTUDOS TOPOGRFICOS............................................................................10
3.2) ESTUDOS HIDROLGICOS.............................................................................12
3.3) ESTUDOS DE TRFEGO .................................................................................17
3.4) ESTUDOS GEOTCNICOS ..............................................................................24
4) PROJETOS ...............................................................................................................26
4.1) PROJETO GEOMTRICO ................................................................................27
4.2) PROJETO DE DRENAGEM ..............................................................................30
4.3) PROJETO DE PAVIMENTAO ......................................................................43
4.4) PROJETO DE OBRAS COMPLEMENTARES ..................................................54
5) ESPECIFICAES ...................................................................................................64
5.1) ESPECIFICAO CONCRETO ROLADO .....................................................65
5.2) ESPECIFICAO DE PAVIMENTAO PAVIMENTO COM PEAS PR-MOLDADAS DE CONCRETO .......................................................................................78
5.3) ESPECIFICAO DE PAVIMENTAO CONSTRUO DE PAVIMENTOS DE BLOCO DE CONCRETO.........................................................................................88
5.4) ORAMENTO..................................................................................................120
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
APRESENTAO
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
1) APRESENTAO
A ENGEPAVI Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda, empresa responsvel pelos servios de Consultoria de confeco de projetos, conforme
termos do contrato firmado com a CODESA, vem por meio desta encaminhar o
Projeto Bsico/Executivo de Recuperao do Ptio do Cais de Capuaba
Beros 201 e 202, localizado no municpio de Vila Velha -E.S.
Em termos gerais o presente Projeto refere-se definio de solues corretivas
serem introduzidas de forma a recuperar as condies de operacionalidade da
faixa em estudo.
O presente Volume nico objetiva reunir a metodologia considerada no
desenvolvimento dos estudos e projetos, agrupar as especificaes contendo as
aes a serem observadas na implantao dos servios previstos no mbito deste
projeto bem como o Oramento da Obra.
ENGEPAVI Consultoria e Projeto de Engenharia LTDA
-5-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
INFORMAES GERAIS
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
2) INFORMAES GERAIS
Os elementos de anlise ora desenvolvidos, referem-se indicao de solues
corretivas necessrias Recuperao do Ptio do Cais de Capuaba.
O estado das condies superficiais atualmente observada em vrios pontos a
estrutura encontra-se totalmente danificada, impossibilitando a operao porturia
satisfatria na regio.
O segmento em estudo a rea de Ptio do Cais de Capuaba, nos Beros 201 e
202.
A seguir est sendo apresentado o Mapa de Situao ilustrando a regio em que
est inserido o segmento em estudo.
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Mapa de Situao
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
ESTUDOS
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
3) ESTUDOS
O presente captulo relaciona os vrios aspectos alusivos aos estudos
preliminares, mediante o desenvolvimento dos seguintes itens:
Estudos topogrficos;
Estudos hidrolgicos;
Estudos de trfego;
Estudos geotcnicos.
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
3.1) ESTUDOS TOPOGRFICOS
3.1.1) ASPECTOS GERAIS
Face s caractersticas industriais da regio em que se desenvolve o traado o
estudo topogrfico consistiu no cadastro plani-altimtrico da rea compreendida
entre a Portaria Principal de Capuaba at a beira do Cais nos Beros 201 e 202.
3.1.2) METODOLOGIA
Na execuo dos estudos topogrficos usaram-se procedimentos eletrnicos de
medio em campo e processamento dos dados, ou seja, a manipulao
topogrfica foi integralmente efetuada sem processamento manual.
Os servios de campo foram efetuados com estao total TC-605R LEICA, e foi
materializado mediante desenvolvimento de irradiaes aos pontos de interesse
no desenvolvimento do projeto.
Todos os pontos visados foram registrados pela estao total.
Os registros de campo foram ento compilados pelo software TopoGRAPH, que
automaticamente gerou arquivo grfico dos pontos levantados, bem como efetuou
a modelagem do terreno (triangulao dos pontos cotados e gerao das curvas
de nvel).
O referencial topogrfico considerado refere-se aos RNs 03 e 04 localizados no
Cais de Capuaba. Tais marcos esto referenciados ao sistema SAD-69.
Todo o trabalho foi desenvolvido em conformidade com a NBR 13.113
Execuo de levantamento topogrfico da ABNT Associao Brasileira de
Normas Tcnicas.
3.1.3) RESULTADOS OBTIDOS
O processamento eletrnico dos dados resultou nos Elementos grficos resultante
do levantamento efetuado, apresentado a seguir.
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Planta Topogrfica
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
3.2) ESTUDOS HIDROLGICOS
3.2.1) ASPECTOS GERAIS
Os estudos hidrolgicos foram desenvolvidos objetivando determinar a
capacidade de vazo das obras de drenagem ao longo do segmento em estudo.
3.2.2) METODOLOGIA
O desenvolvimento dos estudos hidrolgicos fundamentou-se nas premissas do
projeto original e constituiu-se das seguintes etapas:
Coleta de dados hidrolgicos;
Estudo das bacias;
Clculo das vazes de projeto.
3.2.2.1) Coleta dos dados hidrolgicos
Esta etapa foi desenvolvida mediante grupamento de informaes necessrias ao
desenvolvimento dos estudos hidrolgicos. Desta feita foram pesquisados os
seguintes tpicos:
Caractersticas Fsico-Regionais;
Chuvas Intensas do Esprito Santo.
3.2.2.1.1) Caractersticas Fsico-Regionais
Na anlise das caractersticas fsico-regionais, avaliou-se o clima, solos e perodo
de recorrncia.
a - Clima
A regio analisada, situada no Municpio de Vitria, encontra-se totalmente
envolvida em regio de clima Af, da classificao de Koeppen, que se caracteriza
pelo clima de chuvas distribudas.
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Os ndices que caracterizam o clima desta regio, so resumidamente
apresentados seguir. Tais valores referem-se observaes efetuadas entre os
anos de 1980 e 1989, constante no Anurio Estatstico do Brasil ( I.B.G.E. )
ndice Xerotrmico 0
Temperatura mdia anual 24,7C
Temperatura mdia de vero 28,1C
Temperatura mdia no inverno 21,4C
Amplitude trmica anual 6,6C
Precipitao mdia anual 1.215mm
Precipitao mdia no vero 460mm
Precipitao mdia no inverno 192mm
Dias de chuvas no ano 154
Umidade mdia do ar 81,4%
Classificao 6 a Eutermaxrico
Nebulosidade 5.52
Insolao 2.143 h/ano
Presso atmosfrica 1.012 mb
b - Tempo de Recorrncia
Na fixao do tempo de recorrncia, foi observado principalmente a possibilidade
de danos s obras de drenagem e pavimentao projetadas.
Adotou-se para o sistema de drenagem TR = 25 anos.
O valor acima objetiva verificar a capacidade, resguardando uma ampla margem
de segurana.
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
3.2.2.1.2) Chuvas intensas do Esprito Santo
As informaes pluviomtricas levadas a efeito na efetivao dos Estudos
Hidrolgicos, foram obtidas na publicao da U.F.E.S. "Altura x Durao x
Freqncia das Chuvas Intensas no Estado do Esprito Santo", de maro de 1985,
de autoria do professor Robson Sarmento.
Nesta publicao, foi obtida a equao Intensidade - Durao - Freqncia,
determinada atravs do mtodo estatstico de Ven Te Chow (1953). A expresso
levada a efeito a seguinte:
77,0
19,0
)20(47,973+= tc
xTI
Onde:
I = Intensidade da chuva em mm/hora;
T = Perodo de recorrncia em anos;
tc = Durao da chuva em minutos com valor igual ao tempo de concentrao.
3.2.2.2) Estudo das Bacias
Para a caracterizao das bacias de contribuio, foi necessrio simplesmente
avaliar a rea das instalaes estudadas, incluindo-se as reas das edificaes
existentes.
3.2.2.3) Calculo das vazes de projeto
O clculo das vazes das bacias de contribuio, para efeito de dimensionamento
das obras de drenagem, foi efetivado mediante utilizao do mtodo racional.
Na aplicao do mtodo racional o clculo da vazo das bacias de contribuio foi
obtida pela resoluo da seguinte equao:
603,... AICQc =
Onde:
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Qc = descarga de projeto, em m/s;
C= coeficiente adimensional de escoamento superficial (runnoff), classificada
em funo do tipo de solo, da cobertura vegetal da declividade mdia da
bacia, etc...
I = intensidade mdia da precipitao sobre toda a rea drenada. O tempo de
durao foi tomado igual ao tempo de concentrao, o qual, para estas bacias
adotou-se o mnimo de 3 minutos. expresso em mm/h;
A = rea de bacia drenada, em km;
3,60 = fator de converso de unidades.
A frmula que expressa o tempo de concentrao Tc constitudo por duas
parcelas:
Tc = Ti + Tp
Onde:
Ti =Tempo de escoamento superficial ou de entrada [min];
Tp = Tempo de percurso dentro da galeria [min].
O Ti foi determinado utilizando-se o mtodo do Califrnia Culverts Practice, obtido
pela resoluo da seguinte equao:
0,385
HL0,95tc
=
Onde:
Ti = Tempo de escoamento superficial [mim];
L = Comprimento do talvegue [km];
H = Desnvel do talvegue [m].
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Entretanto no de dimensionamento adotou-se para efeitos de clculo a preposio
proposta por Horner (1910) e amplamente recomendada pelo PLANEPAR, que
consiste em atribuir valores entre 2 e 5min.
O clculo do Tp tempo de percurso dentro das galerias foi obtido utilizando-se a
seguinte expresso:
)(Ltp60Vx
=
Onde:
L = Extenso da galeria [m];
V = Velocidade de escoamento.
O tempo de percurso foi considerado apenas em situaes em que h a
conduo do impluvium dentro de galerias.
O coeficiente de deflvio - C comumente denominado coeficiente de escoamento
superficial, foi determinado em funo da predominncia de ocupao superficial
de determinada bacia. Os valores mais comumente observados so os
constantes da tabela a seguir:
Tabela 3.2-1 - Coeficiente de deflvio - C
Terreno Coeficiente de deflvio Superfcie impermevel 0,90 - 0,95 Terreno estril ondulado 0,60 - 0,80 Terreno estril plano 0,50 - 0,70 Prados, campinas em terrenos ondulados 0,40 - 0,65 Matas decduas, folhagem caduca 0,35 - 0,60 Matas conferas, folhagem permanente 0,25 - 0,50 Terrenos cultivados zonas altas 0,15 - 0,40 Terrenos cultivados vales 0,10 - 0,30
Fonte: Centro de Estudos e Pesquisas Hidrulicas da Universidade do Paran
3.2.3) RESULTADOS OBTIDOS
Considerando-se a metodologia anteriormente relacionada efetuou-se o clculo
das vazes de contribuio que subsidiaro o dimensionamento que resultou nas
dimenses da rede projetada.
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
3.3) ESTUDOS DE TRFEGO
3.3.1) ASPECTOS GERAIS
Os vrios aspectos observados no mbito do estudo de trfego foram
desenvolvidos a partir da anlise da movimentao porturia e conseqentemente
do trfego gerado pela operao.
Os elementos obtidos e processados objetivam caracterizar o nmero N, que
balizar o dimensionamento do pavimento.
3.3.2) METODOLOGIA
Os valores desenvolvidos e considerados no mbito deste projeto foram os
seguintes:
Composio da frota;
Fatores de veculo;
Taxa de crescimento do trfego.
3.3.2.1) Composio da frota
A composio da frota foi obtida mediante anlise da movimentao porturia
observada no Cais de Capuaba.
Para efeitos de clculo considerou-se como premissa inicial o volume total
movimentado de 1.290.000 t/ano via transporte rodovirio. A este valor refere-se
ao volume de carga considerando-se as cargas e descargas efetuadas de acordo
com o Anurio estatstico de 2000.
A transformao volume movimentado em nmero de viagens de caminhes foi
efetuada considerando-se que cada caminho movimentaria por viagem uma
carga de 18 toneladas. O processamento dos valores consta da tabela seguir:
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Tabela 3.3-1 - Volume de caminhes
Movimentao pico [Ton] 1.290.000
Carga/caminho [Ton] 18
N caminhes /ano 71.667
N caminhes / dia 197
A fim de se obter a composio da frota, foi considerado a contagem volumtrica
efetuada em 1998 no Cais de Capuaba considerada no desenvolvimento deste
item de estudo consta da tabela seguir:
Tabela 3.3-2 - Contagem volumtrica classificada total 24 horas Perodo : 28/11/98 04/12/98 - Terminal Capuaba
DATA/ DIA DA
SEMANA
28/11/98 Entrada no terminal 95 0 2 4 28 1 17 3 0 0 1 151Sbado Sada do terminal 92 0 2 4 13 3 35 0 0 0 1 150
TOTAL 187 0 4 8 41 4 52 3 0 0 2 30129/11/98 Entrada no terminal 31 0 0 1 14 0 5 0 0 0 0 51Domingo Sada do terminal 37 0 0 1 2 0 2 0 0 0 2 44
TOTAL 68 0 0 2 16 0 7 0 0 0 2 9530/11/98 Entrada no terminal 141 0 5 4 18 3 71 9 0 0 2 253Segunda Sada do terminal 117 0 4 5 13 4 86 1 0 0 1 231
TOTAL 258 0 9 9 31 7 157 10 0 0 3 48401/12/98 Entrada no terminal 149 0 6 2 16 21 165 3 0 0 4 366
Tera Sada do terminal 139 0 8 4 12 17 118 1 0 0 2 301TOTAL 288 0 14 6 28 38 283 4 0 0 6 667
02/12/98 Entrada no terminal 117 0 3 4 1 6 64 0 0 0 2 197Quarta Sada do terminal 97 0 2 2 1 2 71 0 0 0 0 175
TOTAL 214 0 5 6 2 8 135 0 0 0 2 37203/12/98 Entrada no terminal 117 0 2 4 24 4 162 7 0 0 3 323Quinta Sada do terminal 105 0 2 2 18 4 109 1 0 0 3 244
TOTAL 222 0 4 6 42 8 271 8 0 0 6 56704/12/98 Entrada no terminal 129 0 7 2 35 25 170 0 0 0 3 371
Sexta Sada do terminal 129 0 5 1 17 16 106 0 0 0 3 277TOTAL 258 0 12 3 52 41 276 0 0 0 6 648
SENTIDO NMERO DE VECULOS POR TIPO
CAMINHESCP ON TOTAL2 EIXOS
LEVE2 EIXOS MDIO 3 EIXOS 4 EIXOS 5 EIXOS 6 EIXOS
SEMI REB. REB.
MOTOS
Tabela 3.3-3 - Composio da frota
Categoria %
2C 10,703C 36,602S2 3,602S3 46,403S3 2,70
Total 100,003.3.2.2) Taxa de crescimento do trfego
A metodologia utilizada para a determinao da taxa de crescimento do trfego de
caminhes foi centrada nos dados de evoluo da produo de cargas
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
estabelecida para o Terminal Vila Velha TVV nos estudos de Avaliao
Econmica-Financeira do terminal, realizados pela CVRD, para os prximos 25
anos de operao, contados a partir de 1998.
Os volumes de produo por tipo de carga foram transformados em nmero de
viagens de caminhes, sendo estabelecido inicialmente um percentual desta
carga que ser transportada por ferrovia, que varivel ao longo dos perodos de
projeo considerados. Com isso, calculou-se uma taxa de crescimento do
trfego de caminhes do terminal para os diferentes perodos de anlise.
Os valores considerados e os resultados obtidos so apresentados no quadro a
seguir:
Tabela 3.3-4 - Taxa de crescimento de trfego de caminhes
Incio Trmino Incio Trmino Incio Trmino Total AnualConteiner unid. 49.500 66.500 5 5 47.025 63.175 34,34 7,66Produtos siderrgicos t 100.000 100.000 70 70 1.500 1.500 - -Mrmore/Granito t 395.000 417.500 10 10 17.775 18.788 5,70 1,39Veculos unid. 30.000 30.000 - - 4.286 4.286 - -Total - - 70.586 87.748 24,31 5,59Conteiner unid. 66.500 102.000 5 10 63.175 91.800 45,31 3,81Produtos siderrgicos t 100.000 100.000 70 90 1.500 500 (66,67) (10,40)Mrmore/Granito t 417.500 525.000 10 40 18.788 15.750 (16,17) (1,75)Veculos unid. 30.000 30.000 - 10 4.286 3.857 (10,00) (1,05)Total - - 87.748 111.907 27,53 2,46Conteiner unid. 102.000 135.000 10 15 91.800 114.750 25,00 2,26Produtos siderrgicos t 100.000 100.000 90 90 500 500 - -Mrmore/Granito t 525.000 600.000 40 80 15.750 6.000 (61,90) (9,20)Veculos unid. 30.000 30.000 10 20 3.857 3.429 (11,11) (1,17)Total - - 111.907 124.679 11,41 1,09
- Conteiner 01 unidade / caminho - Produtos siderrgicos / mrmore e granito: 20 t / caminho - Veculos: 7 unidades / caminho
Taxa estimada de cresc.do trfego de caminhes
[%]UnidadeDiscriminao da carga
1998
a 2
002
PerodoProduo de carga
(1) (2)
Estimativa do percentualda carga transp. por
ferrovia
Estimativa de viagensgeradas por caminhes (3)
(3) - Consideraes sobre a carga mdia transportada por viagem de caminho:
2002
a 2
012
2012
a 2
022
(1) - Produo de carga no terminal, por perodo, foi fornecida pela Gerncia de Desenvolvimento e Logstica do TVV (documento : Avaliao Econmico-financeira - CVRD/Capuaba - Programa de Produo - Perodo ano 1 (1998) ao ano 25);(2) - Produo de carga em 1998 foi estimada e no representa a efetivamente realizada pelo terminal
Sendo assim a taxa de crescimento de trfego adotada foi de 2,46% a.a para
2002 a 2012 e de 1,09% a.a para 2012 a 2022.
3.3.2.3) Evoluo do Trfego
Aplicando-se as taxas de crescimento aos volumes anuais, obteve-se a evoluo
de cada tipo de veculo ao longo do perodo de projeto.
-20-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Considerou-se o ano 2006 como marco de abertura da via ao trfego, sendo o
ano de 2015 equivalente ao 10 ano.
Tabela 3.3-5 Evoluo do Trfego
ANO DE PROJETO ANO 2C 3C 2S2 2S3 3S3
2000 21 72 7 91 52001 22 76 7 97 62002 24 80 8 102 62003 24 82 8 104 62004 25 84 8 107 62005 25 86 9 110 6
1 2006 26 89 9 112 72 2007 27 91 9 115 73 2008 27 93 9 118 74 2009 28 95 9 121 75 2010 29 98 10 124 76 2011 29 100 10 127 77 2012 30 103 10 130 88 2013 30 104 10 131 89 2014 31 105 10 133 8
10 2015 31 106 10 134 8
3.3.3) DETERMINAO DOS PARMETROS DE PAVIMENTAO
As rodovias so trafegadas por eixos de diversas conIlustraoes com cargas
diversas. Convencionou-se internacionalmente um eixo de referncia que
pudesse traduzir a influncia deletria dos eixos diversos sobre o pavimento. Foi
escolhido o eixo simples padro ESP com roda dupla, com carga total de 8,2 tf
(18.000lb) e presso de pneu de 5,6kgf/cm (80 psi), conforme ilustra a Ilustrao
a seguir:
Ilustrao 3.3-1 - Eixo simples padro
A determinao do nmero N, nmero de operaes do eixo padro de 8,20
toneladas, foi efetivada utilizando-se a metodologia do Eng Murilo Lopes de
Souza, cuja expresso de clculo a seguinte:
N = 365 x VMDcom x FV
-21-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
VMDcom = Volume mdio dirio comercial (nibus e caminhes na faixa mais
solicitada);
FV = Fator de veculo mdio.
FV o fator de veculos, isto , um nmero que multiplicado pelo nmero de veculos que operam na rodovia resulta no nmero equivalente ao eixo padro N.
O clculo do FV foi efetivado considerando as seguintes etapas de
desenvolvimento:
Determinao do fator de Equivalncia de operaes FEO;
Determinao do Fator de Veculo para cada categoria FVi;
Determinao do Fator de Veculo FV;
3.3.3.1) FEO
O Fator Equivalente de Operaes (FEO) referente a um eixo o nmero de ESP
equivalente ao eixo considerado.
Fator de Veculo FVi de um determinado veculo i o nmero de ESP equivalente
a esse veculo.
A determinao do FEO foi efetivada considerando o Mtodo de
Dimensionamento do DNER/1966 (com base no Corpo de Engenheiros do
Exrcito Americano);
Ilustrao 3.3-1 - FEO Eixo simples
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Ilustrao 3.3-2 - FEO Eixo duplo
Tabela 3.3-6 - FEO Eixo Triplo
EIXO TRIPO - FEO - DNER/66
Q - tf FEO Q - tf FEO Q - tf FEO Q - tf FEO 8 0,08 16 0,92 24 6,11 32 40,30
10 0,18 18 1,50 26 9,88 34 46,80 12 0,29 20 2,47 28 14,82 36 59,80 14 0,58
22 5,59 30 20,88 38 91,00
3.3.3.2) Determinao do FEO
Os FEOs, observando-se os valores das cargas anteriormente descritos, so
apresentados no quadro a seguir:
Tabela 3.3-7 Fator de Equivalncia de Operaes
Simples 6,00 0,09 Duplas 10,00 0,70
Tandem Duplo Duplas 17,00 10,00 Tandem Triplo Duplas 25,50 8,94
FEO/qEixos
Simples
Rodas q(ton.)
3.3.3.2.1) Determinao do Fvi
O Fvi, Fator de veculo para cada categoria de veculo que compe o trfego, o
apresentado a seguir:
-23-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Tabela 3.3-8 - Fator de Veculos das Categorias 0,09 0,70 10,00 8,94
SIMPLES DUPLA DUPLA TRIPLA SIMPLES DUPLA DUPLA TRIPLA2C 1 1 0 0 0,09 0,70 - - 0,79 3C 1 0 1 0 0,09 - 10,00 - 10,09 2S2 1 1 1 0 0,09 0,70 10,00 - 10,79 2S3 1 1 0 1 0,09 0,70 - 8,94 9,73 3S3 1 0 1 1 0,09 - 10,00 8,94 19,03
Mtodo DNER
FVIVECULO
QUANTIDADEFEO
Fator de Veculo para cada eixoRODAS
RODAS RODAGEM
EIXOSIMPLES TANDEM SIMPLES TANDEM
O Fator de veculo FV, considerando-se os valores para Fvi e a composio do
trfego comercial so os apresentados nos quadros a seguir:
Tabela 3.3-9 - Fator de Veculos
VECULO VMDcom F.V % F.V*%
2C 26 0,79 10,70% 0,08
3C 89 10,09 36,60% 3,69
2S2 9 10,79 3,60% 0,39
2S3 112 9,73 46,40% 4,51
3S3 7 19,03 2,70% 0,51
TOTAL 242 100,00% 9,19
3.3.3.2.2) Determinao do nmero N
O clculo do nmero N, nmero de repeties do eixo simples padro (ESP)
usado no dimensionamento de pavimentos para um perodo de projeto de 10
anos, apresentou os seguintes valores:
Tabela 3.3-10 - Nmero N
ANO VMDcom N (ano) N (acumul.)
2006 242 8,12E+05 8,12E+052007 248 8,32E+05 1,64E+062008 254 8,53E+05 2,50E+062009 260 8,74E+05 3,37E+062010 267 8,95E+05 4,27E+062011 273 9,17E+05 5,18E+062012 280 9,40E+05 6,12E+062013 283 9,50E+05 7,07E+062014 286 9,60E+05 8,03E+062015 289 9,71E+05 9,01E+06
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3.4) ESTUDOS GEOTCNICOS
3.4.1) ASPECTOS GERAIS
Os estudos geotcnicos efetuados no mbito desta adequao consistiu na
efetivao de sondagens e coleta para caracterizao geotcnica dos materiais
constituintes do subleito.
3.4.2) CARACTERIZAO DO SUB LEITO
O sub-leito foi caracterizado mediante execuo de 10 (dez) furos de sondagem,
tais furos prolongaram-se at a profundidade mxima de 3,00m.
Para cada furo executado efetivou-se a coleta e caracterizao geotcnica dos
materiais.
Observou-se que o subleito bastante heterogneo, tendo com base do
pavimento produtos de britagem ou materiais naturais (saibros).
A camada subjacente composta por produtos de britagem, areia ou material
silto-argiloso misturados blocos rochosos (pedra de mo ou mataces).
possvel observar ainda que a regio no possui influencia de lenol dgua
1,50m de profundidade.
3.4.3) RESULTADOS OBTIDOS
Em decorrncia dos valores bastantes heterogneos observados para o subleito,
optou-se por considerar um valor geotcnico caracterstico de CBR = 7,00% para
toda a extenso observada.
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PROJETOS
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4) PROJETOS
Os itens de projeto revisados no mbito desta adequao foram os seguintes:
Projeto Geomtrico
Projeto de Drenagem;
Projeto de Pavimentao;
Projeto de Obras Complementares.
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4.1) PROJETO GEOMTRICO
4.1.1) ASPECTOS GERAIS
O projeto geomtrico ora apresentado foi desenvolvido observando-se os
seguintes itens:
Conformao planimtrica;
Conformao altimtrica;
4.1.2) METODOLOGIA
No mbito do desenvolvimento dos itens componentes do projeto geomtrico,
buscou-se:
Adequar geometria da via projetada s disponibilidades fsica da rea em
estudo.
O greide de pavimentao de um modo geral ser mantido, fazendo pequenas
correes de greide com intuito de se obter uma drenagem superficial
adequada.
Ilustrao 4.1-1 Vista superior da rea de ptio
Ilustrao 4.1-2 Vista da rea prxima ao cais na qual ser removido o pavimento de concreto e construdo nova pavimentao
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
4.1.3) RESULTADOS OBTIDOS
O processamento do projeto geomtrico resultou nos desenhos com as solues
previstas, apresentados nos itens de projeto adiante.
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projeto
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4.2) PROJETO DE DRENAGEM
4.2.1) ASPECTOS GERAIS
O presente item de projeto objetiva reavaliar os vrios dispositivos que so
responsveis pela captao e conduo do impluvium, ao longo da rea em
estudo.
4.2.2) ANLISE IN LOCO
Em anlise de campo foi possvel observar a total ineficincia da drenagem
superficial da regio em questo com canaletas de drenagem danificadas, caixas
coletoras totalmente destrudas, conforme observado nas Ilustraes a seguir.
Ilustrao 4.2-1 Vista da canaleta de drenagem totalmente entupida
Ilustrao 4.2-2 Vista da Canaleta danificada
Ilustrao 4.2-3 Vista da caixa coletora danificada
Ilustrao 4.2-4 Vista da Tampa da Canaleta com tampa solta
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Ilustrao 4.2-5 Buracos nas proximidades do poo de visita
Ilustrao 4.2-6 Vista de canaleta sem tampa dificultando a operao porturia
Sendo assim est sendo proposto a reconstruo de todo o sistema de drenagem
superficial do Ptio do Cais de Capuaba.
4.2.3) METODOLOGIA
Os dispositivos analisados no mbito deste projeto so os seguintes:
Caixa Coletora e Poo de Visita;
Canaleta;
Bueiros tubulares;
4.2.3.1) Caixa Coletora e Poo de Visita
A caixa coletora e poo de visita assemelha-se boca de lobo de guia, consiste
de um ponto de captao lateral pista, sua funo captar o fluxo da pista e
conduzi-lo ao sistema de coletores subterrneos.
Para efeitos prticos de dimensionamento, considerou-se que a gua acumulada
sobre a boca de lobo apresenta altura mxima de 5cm.
A vazo de engolimento deste dispositivo pode ser obtida por:
23
h x P x CwQbl = Onde:
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Qbl = Vazo de engolimento [m/s];
Cw = Coeficiente de descarga Cw = 1,655;
h = Altura da lmina dgua prxima da guia h = 5cm;
P = Comprimento da soleira da boca de lobo P = 2,34m.
Aplicando-se os valore a equao de dimensionamento, obtm-se o seguinte
valor para o engolimento: Qbl = 0,043m/s.
4.2.3.2) Canaleta de Concreto
A capacidade de vazo do Projeto foi calculada pela equao da continuidade,
associada frmula de Manning. A Equao de Continuidade a seguinte:
A x V Q = Onde:
Q = Vazo [m/ s]
A = Seo de vazo do dispositivo [m];
V = Velocidade de escoamento, obtida pela expresso de Manning [m/s]:
n]I R [ V
1/2X
2/3
=
Onde:
n = Coeficiente de Rugosidade de Manning
R = Raio Hidrulico
I = Declividade m/m.
O clculo dos deflvios superficiais relativos s reas a serem drenadas pelos
dispositivos foram determinados pelo mtodo racional, tendo sido adotado o
coeficiente de escoamento C= 0,80, para os segmentos relativos drenagem da
pista pavimentada.
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3,60A x I x C Q =
Para obteno da I (intensidade mm/h) foi adotado um tempo de recorrncias Tr =
10 anos e tempo de concentrao mnimo de 5min.
De um modo geral est sendo prevista a reconstruo de todas as canaletas de
drenagem com uso de grelha de ferro dctil de classe 600 (60 ton) de resistncia.
Ilustrao 4.2-7 Canaleta construda no Porto de Paranagu, similar indicada em
projeto
4.2.3.3) Bueiros tubulares
No clculo do dimetro do tubo de concreto eficiente para escoar determinada
vazo, foi utilizada a frmula de Manning&Strikler. Tal metodologia aplicada
considerando-se o sistema operando como em um conduto livre, ou seja: a linha
de energia paralela ao greide dos condutos. A expresso de clculo a
seguinte:
inxQxD
83
][55,1=
Onde:
Q = Vazo [m/s]; n = Coef. de Manning = 0,015;
I = Decliv. do conduto [m/m]; D = Dimetro do tubo [m].
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Esta expresso valida, verificando-se limite de velocidade situada entre 0,75m/s
e 5,00m/s.
4.2.4) RESULTADOS OBTIDOS
O processamento dos elementos originou os desenhos dos dispositivos previstos
apresentados a seguir.
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4.3) PROJETO DE PAVIMENTAO
Os elementos necessrios para o dimensionamento relacionam-se com o trfego
(tipo, cargas e freqncia dos veculos solicitantes), as caractersticas dos
materiais que compem as camadas de subleito, sub-base e base,
complementados pelos dados sobre as camadas de assentamento e de
rolamento.
4.3.1.1) TRFEGO
A anlise do trfego feita dividindo-se em dois grandes grupos aos quais as
reas porturias ou industriais esto normalmente sujeitas: veculos de linha e
veculos especiais.
Em alguns casos possvel delimitar reas do pavimento onde trafegaro
veculos de apenas um dos grupos, ou, ainda, rea em que haver diferenas de
freqncia ou de tipo de cargas solicitantes.
Compem o primeiro grupo os caminhes, os reboques e outros equipamentos
sobre esteiras ou empilhadeiras de pequeno porte.
Uma vez determinado o nmero previsto de solicitaes de cada tipo de carga por
eixo durante o perodo de projeto adotado, esse nmero multiplicado por seu
respectivo fator de equivalncia em relao ao eixo padro de 8,2 tf (80kN). O
fator de equivalncia fornecido pela tabela a seguir.
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Ilustrao 4.3-1 - Fator de equivalncia em relao ao eixo padro de 8,2 tf (80 kN) para
os veculos de linha (veculos do 1 grupo)
O novo valor assim obtido o nmero de solicitaes equivalentes do eixo padro
de 8,2 tf (80kN) correspondente a cada uma das cargas por eixo; tais cargas
podem ser afetadas de um fator de segurana.
Para caminhes e reboques, as cargas por eixo adotadas so normalmente pelo
Conselho Nacional de Trnsito.
A soma dos valores individuais fornece o nmero total de solicitaes
equivalentes do eixo padro 8,2 tf (80kN), correspondente ao trfego de veculos
de linha.
Do segundo grupo (veculos especiais) fazem parte os guindastes, empilhadeiras
de grande porte, transportadores de cofres de carga etc.
O tratamento que se d ao trfego proveniente do segundo grupo similar ao
anterior. A diferena reside apenas no padro adotado para a uniformizao do
trfego: o efeito destrutivo de cada um deles sobre o pavimento convertido no
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
nmero de solicitaes necessrias da empilhadeira Caterpillar 988B (adotada
como padro) para provocar um efeito equivalente.
O fator de equivalncia para se determinar o nmero de solicitaes
equivalentes do equipamento Caterpillar 988B, referente ao trfego de outros
veculos especiais, pode ser obtido da tabela a seguir, desde que se conhea a
conIlustraoo de seus eixos e suas cargas correspondentes.
Ilustrao 4.3-1 Fator de Equivalncia em relao ao equipamento Caterpillar 988B
(veculos do 2 grupo)
A tabela a seguir fornece, em funo do ndice de Suporte Califrnia (CBR) do
subleito e do nmero de solicitaes equivalentes do eixo padro de 8,2 tf (80
kN), o nmero de solicitaes equivalentes do equipamento Caterpillar 988B,
em relao ao trfego de veculos de linha.
Ilustrao 4.3-2 Converso do nmero de solicitaes do eixo padro de 8,2 tf (80 kN)
em solicitaes equivalente do Caterpillar 988B
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Por fim, o nmero total de solicitaes equivalentes do Caterpillar 988B
(correspondente ao trfego de veculos de linha mais o de veculos especiais)
consiste no dado final para o clculo das espessuras necessrias de base e sub-base
granulares, em funo do valor do CBR do subleito. As espessuras necessrias so
obtidas das tabelas apresentadas adiante.
Ilustrao 4.3-2 Espessura necessria de base e sub-base granulares de pavimentos
submetidos exclusivamente ao trfego de veculos do primeiro grupo (no inclui as espessuras dos blocos e da camada de assentamento)
Ilustrao 4.3-3 Espessura necessria de base e sub-base granulares de pavimentos submetido ao trfego de veculos do 2 grupo (no inclui as espessuras de blocos e da
camada de assentamento)
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4.3.1.2) FUNDAO
a) Subleito
O principal parmetro relativo ao subleito a ser utilizado no procedimento de clculo
o valor do ndice de suporte Califrnia (CBR).
Considera-se indispensvel, no entanto, os ensaios de caracterizao, de expanso
e a determinao dos ndices fsicos do material.
O mtodo faculta alguns ajustes no valor do ndice de supor te Califrnia adotado para o
projeto, desde que no seja esperada a saturao completa do subleito e quando
o nvel d'gua estiver numa profundidade superior a 0,30 m a partir da cota
final do leito do pavimento:
Quando CBR 2%, adotar no projeto um ponto percentual a mais (recomenda-se construo de uma camada de reforo do subleito ou de sua
remoo e substituio);
Para valores de CBR compreendidos entre 3% e 10%, major-los de 2 pontos
percentuais;
Para valores de CBR do subleito maiores que 10%, nenhuma modificao
dever ser feita.
b) Sub-babe e base
Em funo da qualidade dos materiais disponveis, de seus custos e das
espessuras necessrias das camadas de base e sub-base, torna-se muitas vezes
vantajosa a utilizao do material selecionado para a camada de base em toda
a espessura do pavimento, dispensando-se a camada de sub-base.
Para o caso especifico dos pavimentos de blocos pr-moldados de concreto em
reas porturias ou industriais, sujeitas a trfego pesado, recomenda-se sempre a
adoo de materiais mais nobres na construo da camada de base, o que permitir
uma reduo da espessura obtida no dimensionamento, a qual de faz dividindo-
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
se a espessura necessria calculada pelo fator de equivalncia apropriado ao tipo de
material utilizado.
O Mtodo de Projeto de Pavimentos Flexveis, Rio de Janeiro, IPR, 1966, do
Murilo Lopez de Souza traz alguns fatores de equivalncia que podem ser
usados; para as bases tratadas com cimento, de alta qualidade, como o
concreto rolado, por exemplo, adota-se o valor de 1,65.
Recomenda-se que a espessura mnima para a camada de base seja de:
0,15 m para materiais granulares;
0,10 m para bases tratadas com cimento.
c) CAMADA DE ASSENTAMENTO
A camada de assentamento composta por 4 a 5 cm de areia limpa, contendo
no mximo 10% de material retido na peneira de 4,8 mm e, no mximo, 5%
de silte mais argila (em massa).
Tabela 4.3-1 Granulometria da Areia de Assentamento
Peneira % passa
0,60 mm 25 - 60 %
0,15 mm 5 - 15 %0,30 mm 10 - 30 %
0,075 mm 0 - 10 %
No 30
No 100No 50
No 200
9,5 mm 100 %
2,36 mm 80 - 100 %4,75 mm 95 - 100 %
1,18 mm 50 - 85 %
3/8 in
No 8No 4
No 16
Peneira % passa
0,60 mm 25 - 60 %
0,15 mm 5 - 15 %0,30 mm 10 - 30 %
0,075 mm 0 - 10 %
No 30
No 100No 50
No 200
9,5 mm 100 %
2,36 mm 80 - 100 %4,75 mm 95 - 100 %
1,18 mm 50 - 85 %
3/8 in
No 8No 4
No 16
d) CAMADA DE ROLAMENTO
Formada por blocos pr-moldados de concreto que atendam s normas NBR-
9780 e NBR-9781. Para reas porturias e industriais a espessura mnima dos
blocos deve ser igual a 8cm. Para o projeto em questo est sendo adotada
espessura de 10cm.
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
importante ressaltar que o uso do p de pedra no recomendado, mas sim areia
para o preenchimento das juntas entre os blocos, devendo ser limpa e fina, com
aproximadamente 100% passando na peneira n 16 e 10% passando na peneira n
200.
4.3.2) DIMENSIONAMENTO
De acordo com a metodologia explicitada anteriormente foi efetuado o
dimensionamento da pavimentao intertravada a partir dos dados de trfego e
fundao obtidos nos respectivos estudos.
a) Dados de Projeto:
Subleito: Composto por um material cujo valor do seu CBR igual a 7,00%;
Sub-base: Bica corrida;
Base: Concreto Rolado;
Trfego: Nmero de repeties padro N igual 9,01 x 106;
b) Clculos:
A Espessura necessria de Base e sub-base granular de pavimento submetidos
exclusivamente ao trfego de veculos do primeiro grupo, conforme Ilustrao
apresentada anteriormente igual:
Base granular de 25,00cm
Considerando uma camada de concreto rolado para base (hb), e admitindo-se um
coeficiente de equivalncia estrutural de 1,65:
Hb = 10,00*1,65;
Hb=16,50cm
Ou seja, a camada de concreto rolado equivale a 16,50cm de base granular.
Considerando-se uma estrutura de 15,00 cm mnima para base granular, tem-se o
restante da estrutura.
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
c) Estrutura Final do Pavimento:
Tendo em vista o trfego predominante do tipo comercial de mdia a alta
solicitao, foram adotados os blocos pr-moldados de concreto com 10cm de
espessura para aqueles que no forem reaproveitados da pavimentao existente
(considerou-se um ndice de reaproveitamento de 40% dos blocos sextavados
existentes).
A estrutura final da pavimentao adotada ser:
Bloco pr-moldado Retangular de Concreto, tipo Holands (vide Ilustrao),
com 10,00cm de espessura, fck=35 MPa, com espaador em 60% da rea de
ptio;
Ilustrao 4.3-4 Tipos de Blocos
Ilustrao 4.3-5 Bloco Retangular tipo Holands com espaador
Colcho de areia de assentamento com 4cm de espessura;
Base de concreto rolado com 10cm de espessura;
Sub-base granular de Bica Corrida de 15cm de espessura;
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Obs.: Os blocos pr-moldados de concreto novos foram indicados com espaador
visando a obteno de juntas padro de 2,50mm, e evitando assim o
aparecimento de vegetao conforme foto abaixo.
Ilustrao 4.3-6 Vegetao oriunda do excesso de juntas
4.3.2.1) Observaes Importantes para o Pavimento Intertravado
Quanto camada de areia (espalhamento):
Caso chova com forte intensidade antes da colocao dos blocos, a camada
de areia deve ser retirada e substituda por areia com umidade natural.
Se chover logo aps a colocao dos blocos necessrio verificar o estado da
camada da areia. A forma de realizao desta anlise consiste na retirada de
alguns blocos, verificando-se sulcos coincidentes com as juntas dos blocos.
Ocorrendo ser a indicao de que devero ser retirados todos os blocos e
toda a camada de areia, dever ser substituda.
Nos vazios deixados pela guia deve-se preencher com areia solta e rasados
cuidadosamente com uma desempenadeira.
Quanto colocao dos blocos:
Colocar primeiramente todos os blocos inteiros que caibam em um trecho;
Os blocos de ajustes devem ser cortados 2mm mais curto que o espao a ser
preenchido;
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Para preencher espaos vazios menores que 1/4 do bloco melhor usar uma
argamassa de concreto bem seca (1:4 ).
Quanto compactao final:
Se for possvel, deixar sobre o pavimento o excesso de areia para rejunte de
modo que o prprio trfego contribua para selar as juntas.
Caso contrrio uma ou duas semanas depois deve-se voltar e refazer a
selagem com nova varrio;
A compactao final dever ser realizada com quatro passadas em todas as
direes.
Quanto ao uso e manuteno:
Para uma junta intertravada funcionar bem necessrio que permanea
constantemente cheia de areia;
O pavimento de bloco de concreto deve ser limpo apenas por varrio;
Aspergir gua em excesso deve ser evitado;
Pavimentos que apresentem ondulaes ao longo do tempo pode ser problemas
de base de capacidade portante insuficiente. necessrio verificar a causa,
arrumando-a antes de reconstruir o pavimento.
A seguir est sendo apresentado em planta o detalhamento executivo da
pavimentao.
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Plantas
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
4.4) PROJETO DE OBRAS COMPLEMENTARES
4.4.1) SINALIZAO VERTICAL
um subsistema de sinalizao viria, que se utiliza de placas, onde o meio de
comunicao (sinal) est na posio vertical, fixado ao lado ou suspenso sobre a
pista, transmitindo mensagens de carter permanente e, eventualmente,
variveis, diante smbolos e/ou legendas pr-reconhecidas e legalmente
institudas.
As placas, classificadas de acordo com as suas funes, so agrupadas em um
dos seguintes tipos de sinalizao vertical:
Sinalizao de Regulamentao;
Sinalizao de Advertncia;
Sinalizao de Indicao.
4.4.1.1) Sinalizao De Regulamentao
Tem por finalidade informar aos usurios das condies, proibies, obrigaes
ou restries no uso das vias. Suas mensagens so imperativas e seu
desrespeito constitui infrao.
a) Forma e Cores
A forma padro do sinal de regulamentao a circular, nas seguintes cores:
Fundo - Branco Tarja - Vermelha Orla - Vermelha Smbolo - Preto
OBRIGAO PROIBIO Letras - Pretas
Constituem exceo quanto a forma, os sinais Parada Obrigatria R-1 e D a
Preferncia R-2, com as seguintes caractersticas:
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
R-1 CORES R-2 CORES Fundo Vermelho Fundo Branco Letras Brancas Orla Vermelho Orla Interna Branca Orla Externa Vermelha
b) Dimenses
Dimetro - 0,500m Tarja - 0,050m Orla - 0,050m
SINAIS DE FORMA OCTOGONAL R-1
Lado - 0,250m Orla Interna Branca - 0,020m Orla Externa Vermelha - 0,010m
SINAL DE FORMA TRIANGULAR R-2
Lado - 0,750m Orla - 0,100m
4.4.1.2) Sinalizao De Advertncia
Tem por finalidade alertar aos usurios da via para condies potencialmente
perigosas, indicando sua natureza. Suas mensagens possuem carter de
recomendao.
a) Forma Cores
A forma padro do sinal de advertncia quadrada, devendo uma das diagonais
ficar na posio vertical, nas seguintes cores:
Fundo - Amarelo Orla Interna - Preta Orla Externa - Amarela Smbolo e/ou Legenda - Pretos
b) Dimenses
SINAIS DE FORMA CIRCULAR
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
SINAIS DE FORMA QUADRADA
PISTAS LATERAIS E DE ACESSO
Lado - 0,450m Orla Externa - 0,010m Orla Interna - 0,010m PISTA PRINCIPAL
Lado - 0,600m Orla Externa - 0,020m Orla Interna - 0,020m
4.4.1.3) Sinalizao De Indicao
Tem por finalidade identificar as vias, os destinos e os locais de interesse, bem
como orientar condutores de veculos quanto aos percursos, os destinos, as
distncias e os servios auxiliares, podendo tambm ter como funo a educao
do usurio. Suas mensagens possuem um carter meramente informativo ou
educativo, no constituindo imposio.
a) Placas de Localizao e Identificao de Destino
Posicionam o condutor ao longo do seu deslocamento, ou com relao a
distncias ou ainda aos locais de destino.
b) Placas de Orientao de Destino
Indicam ao condutor a direo que o mesmo dever seguir para atingir
determinados lugares, orientando seu percurso e distncias.
c) Placas Indicativas de Sentido (Direo) CORES
Fundo - Verde Orlas Internas - Brancas Orla Externa - Verde Legenda - Branca
XXXXX
YYYYY
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Smbolos -Rodovia Nacional
FORMAS E DIMENSES MNIMAS:
Largura - 1.000m Altura - 0,400m Altura da Letra - 0,150m Orla Interna e Tarja - 0,020m Orla Externa - 0,010m
d) Placas Indicativas de Servios Auxiliares
Indicam aos condutores e pedestres os locais onde os mesmos podem dispor dos
servios indicados.
CORES DIMENSES MNIMAS Fundo - Azul Placa Quadro Interno - Branco Largura - 0,400m Seta - Branca Altura - 0,600m Legenda - Branca Quadro Interno Smbolo - Preto Largura - 0,300m
Altura - 0,500m Margem Superior - 0,070m
Compe-se a sinalizao vertical de trs grupos de sinais destinados
regulamentao, advertncia e informao, associados a um grupo de
dispositivos especiais de balizamento e indicao de extenso de percurso.
4.4.2) SINALIZAO HORIZONTAL
A sinalizao horizontal desempenha funes importantes e definidas em um
adequado sistema de orientao e controle de trfego.
Compreende as marcas no pavimento, utiliza-se a cor branca para canalizao,
alm de orientao nos casos de faixas adicionais: a cor amarela para
advertncia e regulamentao, incluindo-se orientao nos casos de aproximao
de faixas de reteno.
A indicao executiva para a implantao da sinalizao ser efetivada no mbito
da implantao, observando a organizao operacional da rea em estudo, bem
como o Plano de Segurana Pblica da Portaria do Porto Organizado de Vitria.
-58-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
a) Padro de Traado
Seu padro de traado pode ser:
CONTNUA: so as linhas sem interrupo pelo trecho da via onde esto
demarcando; podem estar longitudinalmente ou transversalmente apostas
via.
TRACEJADA OU SECCIONADA: so linhas secionadas com espaamentos
de extenso igual ou maior que o trao.
SMBOLOS E LEGENDAS: so informaes escritas ou desenhadas no
pavimento indicando uma situao ou complementando sinalizao vertical
existente.
b) Cores
A sinalizao horizontal utilizada, apresenta trs cores:
AMARELA: para a regulao de fluxos de sentidos opostos.
VERMELHA: utilizada na regulao do espao destinado ao deslocamento
de bicicletas leves (ciclovias).
BRANCA: para a regulao de fluxos de mesmo sentido e na marcao
de faixas de travessias de pedestres; na pintura de smbolos e legendas.
4.4.2.1) Classificao
A sinalizao horizontal classificada em:
Marcas longitudinais;
Marcas transversais;
Marcas de canalizao;
Inscries no pavimento.
a) Marcas Longitudinais
-59-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Separam e ordenam as correntes de trfego, definindo a parte da pista destinada
ao rolamento, a sua diviso em faixas, a diviso de fluxos opostos, as faixas de
uso exclusivo de um tipo de veculo, as reversveis, alm de estabelecer as regras
de ultrapassagem.
De acordo com a sua funo as marcas longitudinais so subdivididas nos
seguintes tipos:
LINHAS DE DIVISO DE FLUXOS OPOSTOS
(cor amarela) SIMPLES CONTNUA
SIMPLES SECCIONADA
DUPLA CONTNUA
Largura das linhas: 0,100m
Distncia entre as linhas: 0,100m
Relao entre A e B: 1:2
LINHAS DE DIVISO DE FLUXOS DE MESMO SENTIDO
(cor branca)
Largura da Linha: 0,100m
Relao entre A e B: 1:2 Dimenses: A = 4,00m B = 8,00m
LINHAS DE BORDO
-60-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
(cor branca, exceto em vias com canteiro central muito estreito quando ento
so amarelas separando fluxos opostos)
CONTNUA
Largura da Linha:0,10m
SECCIONADA
Relao entre A e B. 1:2 Dimenses: A = 4,00m
B = 8,00m LINHA DE CONTINUIDADE
(cor branca quando d continuidade a linhas brancas; cor amarela quando d
continuidade a linhas amarelas)
TRACEJADA
Largura da Linha: 0,100m Relao entre A e B = 1:1
b) Marcas Transversais
Ordenam os deslocamentos frontais dos veculos e os harmonizam com os
deslocamentos de outros veculos e dos pedestres, ou seja, adverte os
condutores relativamente sobre a necessidade de reduzir a velocidade e indica a
posio de parada, de modo a garantir sua prpria segurana e a dos demais
usurios da via.
De acordo com a sua funo, as marcas longitudinais so subdivididas nos
seguintes tipos:
LINHAS DE RETENO
(cor branca)
-61-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Largura da Linha: 0,400m
FAIXAS DE TRAVESSIA DE PEDESTRES
(cor branca)
Largura da Linha A: 0,400m Distncia entre as linhas B: 0,400 Largura da Faixa C : 4,000m
c) Marcas de Canalizao
Tambm chamadas de Zebrado ou Sargento, orientam o fluxo de trfego em
uma via, direcionando a circulao de veculos pela marcao de reas de
pavimento no utilizveis.
Podem ser na cor branca quando direcionam fluxos de mesmo sentido e na cor
amarela quando direcionam fluxos de sentidos opostos.
SEPARAO DE FLUXO DE TRFEGO
DE SENTIDOS OPOSTOS DO MESMO SENTIDO
Largura da linha lateral: A 0,200m.
Largura das linhas transversais: B 0,300m.
Distncia entre as linhas: C 2,00m.
d) Inscries no Pavimento
Melhoram a percepo do condutor quanto s condies de operao da via,
permitindo-lhe tomar a deciso adequada, no tempo apropriado, para as
situaes que se lhe apresentarem. So subdivididas nos seguintes tipos:
-62-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
SETAS DIRECIONAIS
(cor branca) SIGA EM SIGA EM
FRENTE FRENTE OU OU RETORNO RETORNO
SIGA EM VIRE VIRE VIRE VIRE FRENTE ESQUERDA DIREITA ESQUERDA DIREITA ESQUERDA DIREITA
Comprimento das setas igual a 5,00m.
4.4.2.2) Dispositivos Delimitadores
So elementos refletores ou que contenham unidades refletoras, apostos em
srie, fora ou sobre a superfcie pavimentada, com o objeto de melhorar a
percepo do condutor quanto aos limites do espao destinado ao rolamento e a
sua separao em faixas.
4.4.3) OBRAS COMPLEMENTARES
-63-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
ESPECIFICAES
-64-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
5) ESPECIFICAES
As especificaes do DNIT no que se refere a pavimentao de concreto foram
ilustradas com algumas fotos e foram apresentadas a seguir.
No mais, devero ser obedecidas todas as especificaes de servio e materiais
prescritas pelo DNIT e ABNT.
-65-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
5.1) ESPECIFICAO CONCRETO ROLADO
5.1.1) OBJETIVO
Esta Norma baseada na especificao do DNIT ES-322/97, apresenta os
procedimentos a serem adotados na construo de Base ou sub-base de
concreto de cimento Portland, compactada com rolo, incluindo, os aspectos
relativos ao recebimento de materiais, execuo, inspeo (da camada) e critrios
de medio.
5.1.2) DEFINIO
Para os efeitos desta Norma, adotada a definio seguinte: Concreto rolado em
concreto simples para emprego em Base ou sub-base, com baixo consumo de
cimento e consistncia bastante seca, permitindo a compactao com rolos
compressores ou equipamento similar.
5.1.3) CONDIES GERAIS
5.1.3.1) Concreto da Sub-Base
O concreto de cimento Portland compactado por meio de rolos compressores
(concreto rolado) se destina execuo da sub-base e dever apresentar as
seguintes caractersticas:
Ser dosado por mtodo racional, de modo a obter-se com os materiais
disponveis, uma mistura fresca, de trabalhabilidade adequada, para ser
compactada com rolo vibratrio, e resulte em produto endurecido com grau de
compactao e resistncia compresso exigida por esta Norma.
A camada de concreto rolado que atenda s exigncias desta Norma, tambm
poder ser empregada como base de pavimento flexvel e semi-rgido.
-66-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
5.1.3.2) Recebimento do Material
O recebimento e o armazenamento do cimento Portland e agregados na obra
dever ser como o recomendado nas DNIT-EM 036 e DNIT-EM 037.
5.1.4) CONDIES ESPECFICAS
5.1.4.1) Material
Cimento Portland:
O cimento Portland poder ser de qualquer tipo, desde que satisfaa as
exigncias especficas da DNIT-EM 036 para o cimento empregado.
Agregados:
Os agregados mido e grado devero atender respectivamente s exigncias da
DNIT-EM 037.
A gua destinada ao amassamento do concreto dever atender s exigncias da
DNIT-EM 034.
A cura de superfcie da sub-base dever ser realizada com pintura betuminosa,
utilizando-se emulses asflticas catinicas de ruptura mdia ou rpida.
O concreto rolado dever ser dosado em laboratrio, com os materiais disponveis
na obra, determinando-se a umidade tima que permita obter a densidade
mxima para a energia compatvel com os equipamentos de compactao a
utilizar na execuo da sub-base e resistncia compresso exigida nesta
Norma.
Este concreto dever apresentar as seguintes caractersticas:
gua:
Materiais para a Cura:
Concreto:
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
a) Resistncia caracterstica compresso (fck) aos 7(sete) dias, determinada
em corpos de prova moldados de maneira indicada no item Inspeo e
rompidos segundo a ABNT NBR-5739:
(fck = 5,0 MPa)
b) Consumo de cimento:
80 kg/m a 120 kg/m
c) A dimenso mxima caracterstica do agregado no concreto no dever
exceder 1/3 da espessura da sub-base ou 32mm, obedecido o menor valor;
d) O grau de compactao, considerando a energia normal ou intermediria
definida na dosagem ser determinado conforme a ABNT NBR-7182:
GC 100%. 5.1.4.2) Equipamento
Alm do equipamento necessrio explorao de pedreiras e britagem so
indicados os seguintes:
Central de mistura para dosagem, umidificao e homogeneizao do
material;
Equipamento mecnico para espalhamento do concreto;
Rolos compressores autopropelidos dos tipos liso (vibratrios e esttico) e
pneumtico;
Placa vibratria;
Caminho-basculante;
Pequenas ferramentas complementares como ps, enxadas, rguas, etc;
Martelete pneumtico, para execuo de eventuais junta de construo.
-68-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
5.1.4.3) Execuo
Mistura:
O concreto poder ser produzido em betoneiras estacionrias ou em centrais, os
materiais medidos tanto em peso como em volume, exceto o cimento que sempre
dever ser medido em peso.
A capacidade e o tipo do aquecimento de produo de concreto sero
determinados em funo do volume de concreto da obra e das disponibilidades de
mquinas e mo de obra.
Os agregados empregados no concreto, normalmente possuem trs graduaes
de dimenses mximas distintas, e devero ser estocados convenientemente, de
modo que, cada uma ocupe um silo da usina, no sendo permitida mistura prvia
dos materiais. Quando que estabelecida dosagem, cada uma das fraes
dever apresentar homogeneidade granulomtrica.
As fraes sero combinadas enquadrando a mistura final na faixa granulomtrica
determinada, quando da dosagem do concreto. Os silos devero conter
dispositivos que os abriguem da chuva.
A umidade dos agregados, principalmente, mido, dever ser medida cada 2
(duas) horas.
Transporte:
O transporte do concreto dever ser feito por meio de equipamentos que no
provoquem a sua segregao. Os materiais misturados devero ser protegidos
por lonas, para evitar perda de umidade durante transporte ao local de
espalhamento.
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Espalhamento:
Poder ser executado manualmente ou mecanicamente, empregando-se neste
ltimo, distribuidores comuns de agregados ou, de preferncia, vibro-acabadora
de asfalto que permita obter melhor nivelamento e acabamento superficial da
camada. A espessura da camada solta dever ser tal que, aps a sua
compactao, seja atingida a espessura definida no projeto para a Base ou sub-
base.
Imediatamente antes do espalhamento, a superfcie do subleito dever ser
umedecida sem excesso de gua, para que no se formem poas dgua.
A largura de cada pano de concretagem no dever permitir que eventuais juntas
longitudinais de construo fiquem situadas abaixo de futuras trilhas de trfego.
O mesmo procedimento deve ser adotado nas juntas transversais, tambm
ocasionais, no devendo coincidir com bueiros, drenos ou outras interferncias
que venham a enfraquecer a seo.
A superfcie acabada dever ser plana e uniforme, sendo toleradas
irregularidades graduais de at 1cm em faixas de 3m de largura.
-70-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Compactao:
A compactao dever ser feita preferencialmente por meio de rolos lisos,
vibratrios ou no, podendo tambm ser utilizadas placas vibratrias.
O tempo decorrido entre a adio de gua mistura e o trmino da compactao
dever ser, no mximo, de 2 horas.
A compactao ser iniciada nas bordas do pavimento, devendo as passagens
seguintes do rolo recobrir, pelo menos, 25% da largura da faixa anteriormente
compactada.
A espessura da camada compactada nunca dever ser inferior a trs vezes a
dimenso mxima do agregado no concreto, podendo ser admitida a espessura
-71-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
de at 20cm, desde que, os ensaios de densidade demonstrem a homogeneidade
de toda a profundidade da camada.
O desvio mximo da umidade em relao umidade tima dever ser de 1 ponto
percentual e o grau de compactao ser igual ou maior que 100%, em relao
massa especfica aparente seca mxima obtida em laboratrio, sendo a energia
do ensaio definida durante a dosagem do concreto rolado, segundo a norma
ABNT NBR-7182.
Cura:
A superfcie do concreto rolado dever ser protegida contra evaporao de gua
por meio de uma pintura betuminosa. A pelcula protetora ser aplicada em
quantidade suficiente para construir uma membrana contnua (0,8 a 1,5 l/m). Este
procedimento dever ser executado imediatamente aps o trmino da
compactao. Dever ser interditado o trfego ou a presena de qualquer
equipamento, at que a sub-base tenha resistncia compatvel com sua
solicitao de carga.
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Ao fim de cada jornada de trabalho ser executada uma junta transversal de
construo, em local j compactado, com face vertical.
Juntas longitudinais, caso necessrias, sero construdas entalhando-se ou
cortando-se verticalmente a borda da camada. A face da junta dever ser
umedecida antes da colocao da camada adjacente.
5.1.5) MANEJO AMBIENTAL
Os cuidados a serem observados visando a preservao do meio ambiente, no
decorrer das operaes destinadas execuo do pavimento de concreto so:
5.1.5.1) Na Explorao das Ocorrncias de Materiais
Atendimento s recomendaes preconizadas na especificao;
No caso de material ptreo (agregado grado) os seguintes cuidados devero
ser observados na explorao das ocorrncias de materiais:
O material somente ser aceito aps a Executante apresentar licena
ambiental de operao da pedreira, para arquivamento da cpia junto ao
Livro de Ocorrncias da obra.
Evitar a localizao da pedreira e instalaes de britagem em rea de
preservao.
Juntas de Construo:
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Caso a brita seja fornecida por terceiros, exigir documentao atestando
a regularidade das instalaes, assim como, sua operao junto ao rgo
ambiental competente.
5.1.5.2) Na Execuo
Os cuidados para a preservao ambiental referem-se disciplina do trfego e
estacionamento dos equipamentos.
Deve ser proibido o trfego desordenado dos equipamentos fora do corpo
estradal, para evitar danos desnecessrios, vegetao e interferncias na
drenagem natural.
As reas destinadas ao estacionamento e aos servios de manuteno dos
equipamentos devem ser localizadas, de forma que resduos de lubrificantes
e/ou combustveis no sejam levados at cursos dgua.
5.1.6) INSPEO
5.1.6.1) Controle do Material
No controle de recebimento dos materiais devero ser adotados os
procedimentos recomendados nesta Norma.
5.1.6.2) Controle da Execuo
Realizar no controle do concreto cimento os ensaios seguintes:
Dever ser determinado cada vez que moldados corpos de prova para ensaio de
resistncia compresso, segundo a DNIT-ME 196.
Dever ser determinada cada 2.500,00m de base ou sub-base, no mnimo,
uma determinao por dia, de acordo com a DNIT-ME 083.
Teor de Umidade do Concreto Fresco:
Granulometria da Mistura de Agregados:
Compactao:
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Quando a curva granulomtrica da mistura de agregados estiver fora da faixa de
trabalho estabelecida na dosagem, realizar ensaio segundo a ABNT NBR-7182,
adotando-se a energia de compactao definida na dosagem.
cada trecho de 2.500,00m de base ou sub-base devero ser moldados
aleatoriamente e de amassadas diferentes, no mnimo, 6 exemplares de corpos
de prova. Cada exemplar constitudo por 2 corpos de prova cilndricos, de uma
mesma amassada.
Os corpos de prova tero 15cm de dimetro e de 30cm de altura, moldados em 5
camadas de alturas aproximadamente iguais, compactadas com soquetes de
4,5kg, com altura de queda de 45cm, recebendo cada camada, o nmero de
golpes da energia definida na dosagem, e o molde ser completado com concreto
at o seu topo.
Logo aps a moldagem, os corpos de prova devero ser cobertos com um pano
molhado por um perodo mnimo de 24h, a seguir desmoldados e levados para a
cura em cmara mida ou imerso at a idade do ensaio compresso, de
acordo com a ABNT NBR-5739.
Determinao do grau de compactao, no mnimo, 20 pontos da base ou sub-
base, igualmente espaadas ao longo do eixo, utilizando os valores obtidos para a
massa especfica aparente seca nestes pontos, segundo DNIT-ME 092, e o valor
obtido no laboratrio.
Resistncia Compresso
Grau de Compactao
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
5.1.6.3) Verificao Final da Qualidade
Aps a execuo de cada trecho de 2500m de base ou sub-base proceder
relocao e o nivelamento do eixo e dos bordos, de 20m em 20m ao longo do
eixo, para verificar o atendimento ao projeto, largura e espessura da base ou sub-
base.
5.1.6.4) Aceitao e Rejeio
Determinao da Resistncia Caracterstica
A resistncia caracterstica estimada do concreto a compresso axial de cada
trecho inspecionado, ser dada por:
fck,est = fc7 - k s
Sendo:
f ck,est = valor estimado da resistncia caracterstica do concreto a
compresso axial;
fc7 = resistncia mdia do concreto compresso axial, na idade de 7 dias;
s = desvio padro dos resultados;
k = coeficiente de distribuio de Student;
n = quantidade de exemplares do lote.
AMOSTRAGEM VARIVEL
N 6 7 8 9 10 12 15 18 20 25 30 32 > 32K 0,92 0,90
60,89
60,88
90,88
30,87
60,86
80,86
30,86
10,85
70,85
40,84
20,84
2 Aceitao Automtica
O lote ser automaticamente aceito se:
fck,est 5,0 MPa Verificaes Suplementares
Resistncia do Concreto
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Quando no houver aceitao automtica devero ser extrados do trecho, no
mnimo seis corpos de prova de 15cm de dimetro, seguindo a ABNT NBR-7680,
ensaiados a compresso conforme a ABNT NBR-5739, determinando-se a
resistncia caracterstica estimada conforme o item Inspeo desta Norma.
Caso contrrio, de comum acordo entre as partes interessadas, pode ser tomada
uma das seguintes decises:
a) A parte condenada ser demolida e reconstruda;
b) A sub-base ser reforada.
O valor caracterstico estimado do grau de compactao da base ou sub-
base no trecho inspecionado ser dado por:
GC est = GC - K s
Sendo:
GC est = valor estimado do grau de compactao caracterstico;
GC = grau de compactao mdio;
s = desvio padro dos resultados;
n = nmero de determinaes no trecho inspecionado;
k = determinado em funo do nmero de determinaes no
trecho inspecionado, conforme a tabela a seguir:
Ser controlado o valor caracterstico estimado do grau de compactao,
adotando-se o procedimento seguinte:
Grau de Compactao
AMOSTRAGEM VARIVEL
n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21 k 1,5
51,41
1,36
1,31
1,25
1,21
1,16
1,13
1,11
1,10
1,08
1,06
1,04
1,01 0,4
50,35
0,30
0,25
0,19
0,15
0,10
0,08
0,06
0,05
0,04
0,03
0,02
0,01n = n de amostras k = coeficiente multiplicador = risco do Executante
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
GC est 100% aceita-se o servio
GC est < 100% rejeita-se o servio
Os servios rejeitados devero ser corrigidos, complementados ou refeitos.
Os resultados de controle sero registrados nos relatrios peridicos de
acompanhamento.
5.1.7) CRITRIOS DE MEDIO
Os servios aceitos, sero medidos de acordo com os critrios seguintes:
A base ou sub-base ser medida em metros cbicos de concreto, conforme
previsto em projeto.
No clculo dos valores dos volumes sero consideradas as larguras e
espessuras mdias obtidas no controle geomtrico.
No sero considerados quantitativos de servio superiores aos indicados no
projeto.
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
5.2) ESPECIFICAO DE PAVIMENTAO PAVIMENTO COM PEAS PR-MOLDADAS DE CONCRETO
5.2.1) RESUMO
Esta Norma apresenta os procedimentos a serem adotados na construo de
pavimentos com peas pr-moldadas de concreto cimento, incluindo as condies
de execuo, inspeo, proteo ambiental e critrios de medio.
Esta norma baseada na Especificao de servios rodovirios do DNIT
n327/97.
5.2.2) DEFINIO
Para os efeitos desta Norma adotada a definio seguinte:
Pavimento de peas pr-moldadas de concreto - tipo de pavimentao adequada para estacionamentos, vias de acesso, desvios ou rodovias de
trfego leve e preferencialmente urbanos, constitudo por peas pr-moldadas
de concreto, com diversos formatos, que colocados justapostos, com ou sem
articulao e rejuntados com asfalto.
5.2.3) CONDIES GERAIS
5.2.3.1) Sub-Base
As peas pr-moldadas de concreto devero assentar sobre uma sub-base,
executada com material que no apresente expansibilidade, ou seja, bombevel,
intercalando-se entre ambos um cobelio de areia para melhor assentamento.
5.2.3.2) Peas Pr-Moldadas de Concreto
As peas pr-moldadas de concreto podero ser fabricadas na obra ou adquiridas
de fornecedores.
5.2.4) CONDIES ESPECFICAS
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
5.2.4.1) Material
Peas Pr-Moldadas de Concreto: As peas pr-moldadas de concreto
devero atender as exigncias da norma ABNT 9781, devendo ter formato
geomtrico regular, com as seguintes especificaes:
Bloco Retangular tipo Holands, com espaador, arestas chanfradas e h= 8,00
cm, fabricado com concreto de 35 MPa rolado.
Areia: A areia destinada a execuo do colcho para apoio das peas pr-
moldadas de concreto dever atender norma DNIT-EM 038.
5.2.4.2) Equipamento
Os equipamentos destinados execuo do pavimento so os seguintes:
Rolo compactador por placas vibratrias com peso esttico mnimo de
150 kgf;
Pegadores com capacidade de 10 a 20 litros com bico em forma de
cone;
Outras ferramentas: ps, picaretas, carrinhos de mo, rgua, nvel de
pedreiro, cordes, ponteiras de ao, vassouras, alavanca de ferro, soquetes
manuais ou mecnicos, e outras.
5.2.4.3) Execuo
Subleito: O subleito dever ser regularizado segundo a DNIT-ES 299/97 e se
necessrio reforado de acordo com a DNIT-ES 300/97.
Sub-Base: Ser executada de acordo com as especificaes estabelecidas
pelo DNIT para o tipo empregado na execuo do pavimento, devendo manter
sua conformao geomtrica at o assentamento das peas pr-moldadas. Os
caimentos da superfcie do pavimento destinados drenagem da gua
superficial devero ser dados na sub-base.
Para melhor desempenho do pavimento sugere-se que o material da sub-base
seja coesivo ou utilizar brita graduada de granulometria fechada. A espessura da
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
sub-base dever ser definida em projeto no podendo, entretanto ser inferior a
15cm.
Colcho de Areia: Para assentamento dos blocos dever ser colocado sobre a
sub-base um colcho de areia mdia, que depois de compactado e adensado
dever ter espessura uniforme e igual a 4cm.
Adotar medidas que garantam a espessura constante da camada de
assentamento como a adoo de guias (canos metlicos ou gabaritos de
madeira) com altura igual espessura desejada da camada solta de material,
sobre as quais correro sarrafos para rasamento da superfcie, sem movimentos
de vai-vem.
O confinamento do colcho de areia ser feito pelas guias e sarjetas, cuja
colocao obrigatria neste tipo de pavimento.
Pavimento de Peas Pr-moldadas
Distribuio dos blocos
As peas pr-moldadas transportadas para o ptio devem ser empilhadas, de
preferncia margem. O nmero de peas de cada pilha deve ser tal que cubra a
primeira faixa da frente, mais o espaamento entre elas.
No sendo possvel utilizar as reas laterais para depsito, empilhar as peas no
prprio ptio, tendo-se o cuidado de deixar livres as faixas destinadas colocao
das linhas de referncia para o assentamento.
Colocao das Linhas de Referncia
No construir o pavimento sem que antes se tenha algum tipo de confinamento,
seja ele provisrio ou no.
Adotar fios-guia, tanto no sentido longitudinal quanto transversal ao assentamento
das peas, de modo que os encarregados pelo servio nas trs frentes de
trabalho tenham sempre e a qualquer momento as referncias de alinhamento e
de abertura de juntas. Estes fios-guia devem acompanhar o avano das frentes
de servio. Qualquer anormalidade verificada dever ser corrigida de imediato.
-81-
ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Distender fortemente um cordel pelas marcas de giz, de ponteiro a ponteiro,
segundo a direo do eixo da pista, de modo que restem linhas paralelas e
niveladas.
Assentamento das Peas
Em trechos retos
Terminada a colocao de cordis, iniciar o assentamento da primeira fileira,
normal ao eixo.
Faz-se a colocao da primeira pea com a aresta coincidindo com os eixos da
pista. As peas devero ser colocadas sobre a camada de areia, acertadas no ato
do assentamento de cada pea, de modo que sua face superior fique pouco
acima do cordel. Para tanto, o calceteiro deve pressionar a pea contra a areia,
ao mesmo tempo em que acerta a sua posio. Assentada a primeira pea, a
segunda ser encaixada da mesma forma que a primeira. Depois de assentadas,
as peas so batidas com o mao.
A fileira no apresenta mais dificuldades de colocao, uma vez que, os encaixes
das articulaes definem as posies das peas. Iniciar encaixando a primeira
pea, de modo a ficar a junta no centro da pea da primeira fileira que se encontra
a frente.
Na colocao das peas, o calceteiro dever de preferncia trabalhar de frente
para a fileira que est assentando, ou seja, de frente para a rea pavimentada.
Para as quinas devem ser empregados segmentos de peas de de pea.
O controle das fileiras feito por meio de fios-guia (catetos de 1,50 2,00m),
colocando-se um cateto paralelo ao cordel, de forma que o outro cateto defina o
alinhamento transversal da fileira em execuo.
O nivelamento controlado por meio de uma rgua de madeira, de comprimento
pouco maior que a distncia entre os cordis, e acertando o nvel dos blocos entre
os cordis e nivelando as extremidades da rgua a esses cordis.
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
O controle do alinhamento feito acertando a face das peas que encostam nos
cordis, de forma que as juntas definam uma reta sob o cordel.
Em cruzamentos e entroncamentos retos
O assentamento na via principal deve seguir normalmente, na passagem do
cruzamento ou entroncamento, inclusive acompanhando o alinhamento das guias.
Na via secundria que entronca ou cruza, o assentamento deve prosseguir
inclusive pela faixa fronteira ao arco da concordncia da quina, at encontrar o
alinhamento das peas inteiras, distribuir a diferena pelas fileiras anteriores. Em
geral, utilizam-se amarraes de 10 em 10m, para permitir a distribuio da
diferena a ser corrigida por toda a extenso da quadra em pavimentao.
Em cruzamentos e entroncamentos esconsos
O assentamento da via principal segue normalmente na via secundria, a
superfcie final a ser assentada, formar um tringulo. O preenchimento desse
tringulo feito da forma normal, providenciando-se peas de forma e dimenses
exigidas para a concluso de cada linha.
Rejuntamento
O rejuntamento da peas ser feito com areia fina mantendo a evoluo dos
servios de espalhamento da camada de assentamento, assentamento das
peas, compactao inicial, preenchimento das juntas e compactao final mais
prxima: na medida que se conclui uma etapa, imediatamente se inicia a
seguinte, na mesma rea trabalhada. Tal medida visa aumentar o controle de
qualidade e evitar a perda de um servio j concludo de uma determinada etapa
caso haja acontecimentos fortuitos, como por exemplo, chuvas, quebras de
equipamentos, falta de material na obra, dentre outros.
Fazer sempre a compactao inicial (antes do preenchimento das juntas) para
iniciar o processo de intertravamento atravs da ascenso do material da camada
de assentamento na poro inferior das juntas e nivelar o pavimento.
Outras recomendaes
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ENGEPAVICONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA
Tanto a compactao inicial
quanto compactao final do
pavimento no deve ir alm de um
metro da borda livre (sem
confinamento) do pavimento,
conforme mostra a Ilustrao ao
lado.
Deve-se retirar as peas
quebradas aps a compactao
inicial, antes do preenchimento
das juntas e da compactao final.
A compactao inicial e a compactao final devem ser realizadas com
passadas em todas as direes sendo necessrio haver recobrimento dos
percursos para no ocorrer formao de degraus, conforme mostram as
Ilustraos abaixo.
Verificar se todas as juntas esto totalmente preenchidas.
Repetir a operao de selagem, caso seja necessrio.
Nunca deixar grandes reas de peas assentadas sem compactao.
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Antes da abertura ao trfego verificar se a superfcie do pavimento est nivelada,
se atende aos caimentos para drenagem, se todos os ajustes e acabamentos
foram feitos adequadamente ou se h alguma pea que deva ser substituda.
5.2.5) INSPEO
5.2.5.1) Controle do Material
No controle de recebimento dos materiais devero ser adotados os
procedimentos recomendados no item 5.1 desta Norma.
5.2.5.2) Controle da Execuo
Devero ser realizados no concreto os seguintes ensaios:
Determinao do Abatimento: Dever ser feita segundo a norma ABNT NBR-
7223, cada vez que forem moldados corpos de prova para o ensaio de
resistncia compresso;
Determinao de Resistncia:
Resistncia de Controle
Na inspeo do concreto dever ser determinada a resistncia trao na flexo
na idade de controle fixada no projeto.
Dever ser feita segundo a norma ABNT NBR-9780.
5.2.5.3) Verificao Final da Qualidade
Aps executar cada trecho de pavimento definido para inspeo proceder a
relocao e o nivelamento de 20m em 20m ao longo do eixo para verificar se a
largura e a espessura do pavimento esto de acordo com o projeto.
O trecho de pavimento ser aceito quando:
Controle Geomtrico:
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a) A espessura mdia do pavimento for igual ou maior que a espessura de
projeto e a diferena entre o maior e o menor valor obtido para as espessuras
seja no mximo de 5mm.
Caso o trecho no seja aceito, as partes interessadas podero tomar uma das
decises citadas anteriormente.
5.2.5.4) Aceitao e Rejeio
Resistncia do Concreto
a) Determinao da Resistncia Caracterstica
A resistncia caracterstica estimada do concreto do trecho inspecionado trao
na flexo ou compresso ser determinada a partir da expresso:
f ctMk,est = fctM28 - Ks ou
f ck,est = fc28 - Ks
Onde
fctMk,est = valor estimado da resistncia caracterstica do concreto trao
na flexo
f ck, est = valor estimado da resistncia caracterstica do concreto
compresso axial
f c28 = resistncia mdia do concreto compresso axial, na idade de 28
dias
s = desvio padro dos resultados
k = coeficiente de distribuio de Student
n = nmero de exemplares
b) Caso a espessura mdia do pavimento seja inferior de projeto dever ser
feita reviso, adotando-se para o trecho a espessura mdia determinada e a
resistncia caracterstica estimada para o concreto.
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O valor do coeficiente k funo da quantidade de exemplares do lote, sendo
obtido na tabela a seguir.
AMOSTRAGEM VARIVEL
n 6 7 8 9 10 12 15 18 20 25 30 32 > 32 k 0,92 0,906 0,896 0,889 0,883 0,876 0,868 0,863 0,861 0,857 0,854 0,842 0,842
Aceitao Automtica
O pavimento ser aceito automaticamente quanto resistncia do concreto,
quando se obtiver as condies seguintes :
f ctM, est f ck ou f ck,est f ck
Verificaes Suplementares
Quando no houver aceitao automtica devero ser extrados no trecho, em
pontos uniformemente espaados, no mnimo, 6 corpos de prova cilndricos de
15cm de dimetro, segundo a ABNT NBR-7680, ou corpos de prova prismticos,
conforme a norma ASTM-C 42, os quais sero ensaiados respectivamente
compresso axial ( ABNT NBR-5739) e trao na flexo (ABNT NBR-12142).
Estes corpos de prova devem ser extrados das placas que apresentarem as
menores resistncias nos resultados do controle.
Com os resultados obtidos nestes corpos de prova ser determinada a resistncia
caracterstica conforme o procedimento indicado no anterior.
O trecho ser aceito se for atendida a condio exigida no item anterior:
Caso esta condio no seja atendida, dever ser feita a reviso do projeto,
adotando para a resistncia do concreto do trecho a resistncia caracterstica
estimada e a espessura mdia determinada no controle geomtrico.
Se o trecho ainda no for aceito dever ser adotada, em comum acordo entre as
partes, uma das condies seguintes:
Aproveitamento do pavimento com restries ao carregamento ou ao
uso;
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Pavimento ser reforado;
Demolio e reconstruo pavimento.
5.2.6) CRITRIOS DE MEDIO
Os servios aceitos sero medidos de acordo com os critrios seguintes:
O pavimento dever ser medido em metros quadrados de pavimentao. No
sero motivo de medio a mo de obra, materiais, equipamentos, transporte
e encargos.
No sero includos quantitativos de servios superiores aos indicados no
projeto.
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5.3) ESPECIFICAO DE PAVIMENTAO CONSTRUO DE PAVIMENTOS DE BLOCO DE CONCRETO
5.3.1) RESUMO
Esta Norma complementar apresenta os procedimentos a serem adotados na
construo de pavimentos intertravados.
Esta norma baseada Boletim Tcnico n135 da ABCP para Construo de
Pavimentos de Blocos de Concreto.
5.3.2) MATERIAIS: TIPOS E QUALIDADES DAS AREIAS
Para a construo de pavimentos de blocos de concreto so utilizados dois tipos
de areia: uma areia grossa, para as camadas de assentamento dos blocos, e uma
areia fina, para o rejuntamento ou preenchimento das juntas entre as faces
laterais dos blocos. recomendvel que o peneiramento, a lavagem e a
estocagem das areias seja feito sobre um piso firme ou lona para evitar a
contaminao com o solo natural.
. Areia grossa (camada de assentamento dos blocos)
A areia grossa para a camada de assentamento dos blocos deve ser de qualidade
semelhante quela usada em concretos ou argamassas de assentamento. De
preferncia, ser areia de rio, no lugar de saibro ou p-de-pedra. Caso a areia
tiver muitas partculas finas (silte ou argila), ter que ser lavada com gua
aspergida por cima para permitir o escape da gua com as partculas suspensas
por baixo.
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Aps a lavagem, a areia esta deve ser peneirada em peneira com malhas de 1 cm
de abertura, com o objetivo de retirar as pedras de maior tamanho e os corpos
estranhos contaminantes, tornando-a tambm fofa.
. Areia fina (rejuntamento)
A areia fina para o enchimento das juntas deve ser semelhante quela utilizada
em argamassas de reboco de paredes, No necessrio lav-Ia, mas sim pass-
Ia por uma peneira fina (malhas com 2,5 mm de abertura), para a retirada dos
gros maiores (pedras e material vegetal) e torn-Ia fofa.
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