Pesquisa quantitativa ÉTICA - Professor

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Pesquisa quantitativa ÉTICA

Profa. Elisangela Lasta

ÉTICA na pesquisa e a epistemologia Do pesquisador

Profa. Elisangela Lasta

Ética no trabalho dos pesquisadores

◉ Não apenas como um elemento indicador dos limites;

◉ Mas, como uma maneira de ver a investigação com clareza,

profundidade e abrangência, problematizando os objetivos, métodos e

resultados.

◉ Trazer a ética para a pesquisa consiste no desafio de colaborar na

construção da vida, em seu significado mais pleno.

Profa. Elisangela Lasta

No contexto social em que vivemos, falar de ética pode significar atender a um apelo da

moda. Nunca se falou tanto em ética e talvez nunca se tenha usado de modo tão

leviano esse conceito (RIOS, 2006).

Profa. Elisangela Lasta

Ética

Consiste exatamente numa atitude crítica, um esforço de reflexão sobre os valores que orientam as ações e as relações dos indivíduos em sociedade.

A ética pode ser definida como uma atitude crítica diante da moralidade, uma investigação sobre a consistência e o significado dos valores morais.

Moral

É sempre normativa, apontando o que devemos e o que não devemos fazer.

Profa. Elisangela Lasta

ÉTICA na pesquisa e a epistemologia Da pesquisa

Profa. Elisangela Lasta

Na pesquisa

◉ A ética entra na ciência quando o pesquisador pergunta pelo sentido de sua investigação;

◉ Se vale da explicação científica para os fenômenos, mas procura ir adiante, problematizando os valores envolvidos nas descobertas, criações, investigações e intervenções da ciência na realidade.

Requer seriedade do pesquisador, mas não se pode qualificá-la de neutra.

Profa. Elisangela Lasta

DESAFIOS

PESQUISA 1. Como relatar ou

comunicar as ciências: plágio e

autoplágio.

2. Responsabilidade das comunidades científicas para

com a sociedade da qual fazem parte.

Profa. Elisangela Lasta

Como escrever os parágrafos

1ºIntrodução do tema do parágrafo (1ª frase) + citação direta curta ou indireta (2ª frase);

2º Ou sustentação do parágrafo com citação direta longa (2ª/3ª frase);

3º Ao utilizar a citação (direta ou indireta) argumentar os pontos que considera essenciais (3ª/4ª frase);

4ºConclusão: o que se pode inferir sobre a temática do parágrafo (4ª/5ª frase).

Profa. Elisangela Lasta

EXEMPLO

Façamos, nesse momento, uma pausa para esclarecer o que entendemos por media digitais, que se trata do termo no plural de medium (seu equivalente no singular) e,

Tema do parágrafo é?

como afere Rodrigues (2016:184), os media estão na categoria de dispositivos mediáticos de enunciação. Sendo assim, ele critica o fato de alguns autores partirem “[...] do pressuposto de que [...] o funcionamento dos media fosse uma realidade exterior à própria experiência do mundo, própria da sociedade que a inventou e que a utiliza”.

Citação indireta curta; Citação direta curta;

Logo, compreendemos os media como dispositivos formados por um conjunto de artefatos, nos quais os múltiplos atores podem agenciar-se e, a partir deles, produzir discursos, falas. Argumentos essenciais;

Contudo, salientamos que os media digitais por si só não qualificam a mediação. Há de se considerar o agenciamento dos múltiplos atores com eles, pois essas dinâmicas são acionadas diferentemente por cada ator e seus processos são continuadamente reconsiderados e reelaborados. Consequentemente, as áreas/setores da sociedade passam a desenvolver práticas e reflexões com as demais áreas/setores, que no

Tema do parágrafo é?

[...] espaço profissional estabelecido da comunicação social – os meios institucionalizados –, observamos a incidência de uma sobre-midiatização, quando diferentes pessoas e instituições envolvidas em fatos de atualidade se deslocam da situação de “fonte” – isto é, de fornecedores de uma informação que deve ainda passar pelo crivo interpretativo-seletivo de um jornalista – para uma posição de informadores “diretos”, com base em uma reivindicação de credibilidade por se vincularem diretamente ao acontecimento relatado (Braga, 2012: 46).

Citação direta longa;

Esse fenômeno são manifestações humanas que se encontram atreladas aos media digitais, isto é ... Conclusão;

Fonte: LASTA (2017)

Profa. Elisangela Lasta

...

EXEMPLO

◉ Silêncio da comunidade científica.

“Mas ninguém acredita em nós, porque não temos credibilidade,

porque nunca falamos com a sociedade e a sociedade não está

acostumada a nos ouvir” (PASTERNAK, 2017).

◉ Assumir nossa responsabilidade social, precisamos falar com a sociedade.

A ciência brasileira e Síndrome de Cassandra | Natália Pasternak | TEDxUSP

Profa. Elisangela Lasta

EXEMPLO ◉ Os dados não falam por si

mesmos;

Questões metodológicas: ◉ Quem produziu as evidências;

◉ Onde foram disseminadas;

◉ E como foram coletadas;

◉ A forma que se realiza a pergunta para o indivíduo;

◉ Reconhecimento dos limites da amostra;

◉ Correlações entre os dados -> tabelas cruzadas;

◉ Cruzamento entre dados de outras fontes com os achados da pesquisa específica.

Pesquisadora Débora Diniz - 03/08/18

Profa. Elisangela Lasta

Chaui (1995)

A existência da Ética

Profa. Elisangela Lasta

Senso moral e Consciência moral

◉ Nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral.

◉ E nossas dúvidas quanto à decisão a tomar põem à prova nossa consciência moral.

Ambas referem-se a:

• Valores (que são variáveis);

• Sentimentos provocados pelos valores;

• Decisões que conduzem a ações com consequências para nós e para

os outros.

Profa. Elisangela Lasta

Senso moral

Sentimos... Piedade;

Indignação;

Responsabilidade;

Vergonha;

Remorso;

Culpa;

Admiração;

Gostaríamos de voltar atrás e fazer diferente.

Profa. Elisangela Lasta

Consciência moral

Exigem ...

◉ que decidamos o que fazer;

◉ que justifiquemos para nós mesmos e para os outros as razões de nossas decisões;

◉ e que assumamos todas as consequências delas, porque somos responsáveis por nossas escolhas.

Profa. Elisangela Lasta

Não notamos a origem cultural dos valores éticos, do senso moral e da consciência moral

◉ ***Para garantir a manutenção dos padrões morais através dos tempos e sua continuidade pelas gerações, as sociedades tendem a naturalizá-los.

◉ Essa NATURALIZAÇÃO da existência moral esconde o mais importante da ética: o fato de ela ser criação histórico-cultural.

Porque somos educados para eles e neles. Como se fossem naturais ou fáticos, existentes em si e por si mesmos.

Profa. Elisangela Lasta

Campo Ético: constituído

◉ Ser consciente de si e dos outros: capaz de refletir e reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a ele;

◉ Ser dotado de vontade: capaz de controlar e orientar desejos, impulsos, tendências, sentimentos; e capaz de deliberar e decidir entre alternativas possíveis;

◉ Ser responsável: capaz de se reconhecer como autor da ação; avaliar os efeitos e consequências dela sobre si e sobre os outros; e responder por elas.

pelo Agente/Sujeito Moral:

◉ Ser livre: capaz de autodeterminar-se, dando a si mesmo as regras de conduta.

Sujeito ético

Profa. Elisangela Lasta

Campo Ético: constituído

◉ Valores e obrigações formam o conteúdo das condutas morais -> as virtudes.

pelos Valores Morais/Virtudes Éticas:

Realizada pelo sujeito moral.

Profa. Elisangela Lasta

Campo Ético: constituído

◉ Para o sujeito realizar os fins.

pelos Meios:

Profa. Elisangela Lasta

Para que haja conduta ética é preciso

◉ Do agente consciente:

Aquele que conhece a diferença entre: certo e errado; permitido e proibido; virtude e vício.

◉ E a consciência moral:

aquele que conhece essas diferenças;

é capaz de julgar o valor dos atos e das condutas;

e de agir em conformidade com os valores morais.

É responsável pelas ações, sentimentos e consequências do que faz e sente. Portanto, a consciência e a responsabilidade são condições indispensáveis da vida ética.

Profa. Elisangela Lasta

A simples existência da moral, não significa a presença explícita de uma ética

Sentimentos; Ações; Comportamentos; Condutas;

Modelados pelas condições

em que vivemos.

Somos formados pelos “costumes” de

nossa sociedade.

QUE NOS EDUCA • para respeitarmos; • e reproduzirmos;

Os valores propostos por ela como bons.

NOSSOS

Profa. Elisangela Lasta

SOMOS

◉ recompensados se seguimos;

◉ punidos quando os transgredimos.

Acabamos crendo que os valores e deveres. Logo, existem por si mesmos e em si mesmos.

PARECEM SER NATURAIS

Os costumes como são anteriores ao nosso nascimento e formam o tecido da sociedade em que vivemos são considerados inquestionáveis e quase sagrados.

***Nos indagamos: Sobre qual a origem e a essência das virtudes (valores e obrigações) que julgamos praticar ao seguir os costumes? Como e por que sabemos que uma conduta é boa ou má, virtuosa ou viciosa?

Profa. Elisangela Lasta

JOHNSON (2010)

ÉTICA na pesquisa CMC

Profa. Elisangela Lasta

PERMITIDO

◉ O que é público e o que é privado na Internet?

◉ O acesso facilitado torna comum a prática da observação sem que o pesquisador se apresente formalmente ao público observado;

◉ *Os públicos não tomam ciência de que estão ou foram estudados;

PERMITIDO acompanhar as trocas comunicativas.

Profa. Elisangela Lasta

MENKE (2016)

O que o DIREITO diz

Profa. Elisangela Lasta

PRIVACIDADE

◉ Informação relacionada à pessoa DIFERENTE da informação da pessoa (direito a propriedade).

PRIVACIDADE direito de estar só;

◉ Novas tecnologias potencializam as violações da privacidade.

Marco civil da Internet -> Lei 12.965 de 2014:

◉ Regula o uso da Internet no Brasil;

◉ Proclama a proteção da privacidade;

◉ Direito ao esquecimento. Profa. Elisangela Lasta

http://www.ufrgs.br/fabico/pesquisa/normas-e-orientacoes

Comitê de ÉTICA

Profa. Elisangela Lasta

O que NÃO precisa passar pelo sistema CEP/CONEP

◉ I – pesquisa de opinião pública com participantes não identificados;

◉ II – pesquisa que utilize informações de acesso público;

◉ III – pesquisa que utilize informações de domínio público;

◉ IV - pesquisa censitária;

◉ V - pesquisa com bancos de dados, cujas informações são agregadas, sem possibilidade de identificação individual;

◉ VI - pesquisa realizada exclusivamente com textos científicos para revisão da literatura científica;

◉ VII - pesquisa que objetiva o aprofundamento teórico de situações que emergem espontânea e contingencialmente na prática profissional, desde que não revelem dados que possam identificar o sujeito;

◉ VIII – atividade realizada com o intuito exclusivamente de educação, ensino ou treinamento sem finalidade de pesquisa científica, de alunos de graduação, de curso técnico, ou de profissionais em especialização.

Profa. Elisangela Lasta

◉ CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 2. ed. São Paulo: Ática, 1995. ◉ JOHNSON, Telma. Pesquisa social mediada por computador: questões,

metodologias e técnicas qualitativas. Rio de Janeiro: E-papers, 2010. ◉ MENKE. Anotações de palestra proferida na UFRGS em 2016. ◉ NERY, Guilherme et al. Nem tudo que parece é: entenda o que é plágio. Rio de

Janeiro, 2010. ◉ RIOS, Terezinha Azerêdo. A ética na pesquisa e a epistemologia do

pesquisador/Ethics in research and the investigator's epistemology. Psicologia em Revista, v. 12, n. 19, p. 80-86, 2006.

◉ SPINK, Peter Kevin. Ética na pesquisa científica. GV-executivo, v. 11, n. 1, p. 38-41, 2012.

Referências

Profa. Elisangela Lasta

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