PETIÇÃO SALÁRIO MATERNIDADE

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AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE SALÁRIO MATERNIDADE

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 9ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA PARAÍBA.

 

 

 

MARIA, brasileira, união estável, agricultora, portadora do RG: 0000000-SSPPB e CPF: 0000000000 com CTPS nº 00000, Série: 000000-PB, residente e domiciliada no Sitio Chã de Barra – Zona Rural do Município de Aroeiras, Paraíba, por meio de seu advogado signatário, legalmente constituído, conforme procuração em anexo, com endereço na Rua Vidal de negreiros, 91, - Sala 08, Centro, Campina Grande, Paraíba, na melhor forma de Direito, vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a presente;

 

AÇÃO DE COBRANÇA DE SALÁRIO MATERNIDADE

 

em face do INSS - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, instituição previdenciária, com endereço na rua João Lourenço Porto, s/n, centro, Campina Grande, Paraíba, pelos seguintes fatos e fundamentos:

 

 

I - DOS FATOS

 

A Autora exerce a profissão de agricultora, nasceu e se criou na propriedade agrícola conhecida como Sítio Chão da Barra de Aroeiras, sempre contribuiu na atividade agrícola ajudando seus pais, quando solteira, e agora depois de sua convivência marital com seu companheiro, José da Silva, passou a ajudá-lo também na agricultura de subsistência sob o regime de economia família.

Em meados de março/2011, ficou sabedora de seu estado gravídico, passando a ser submetida ao devido exame pré-natal no Posto de Saúde – PSF/5 localizado no Sitio Chã da Barra, conforme prova documento incluso.

 

Ainda estando grávida, jamais deixou trabalhar na agricultura, e, juntamente com seu grupo familiar permaneceu exercendo a atividade rurícola, até porque, é dela que mantém seu sustento e de sua prole.

 

A criança nasceu em 24/11/2011, no Hospital da CLIPSI em Campina Grande-PB, conforme inclusa certidão de nascimento.

 

Em 20/03/2012, apresentou junto ao INSS o pedido administrativo de Salário-Maternidade, juntando a devida documentação necessária para concessão do referido beneficio previdenciário devido também à segurada especial por ocasião da sua gestação.

 

Ocorre que seu intento restou frustrado em vista da resposta negativa do INSS, que indeferiu o pedido administrativo, sob argumento de não ter a autora, provado o exercício de atividade rural nos dez meses anteriores ao nascimento.

 

Excelência, conforme acima aduzido, desde sua infância, a autora trabalhou como rurícola, juntamente com seus genitores, em regime de economia familiar, subsistindo nesta situação mesmo após a data em que passou a conviver em união estável, vindo a gerar uma criança, portanto faz jus ao recebimento do benefício salário maternidade.

 

Do conjunto probatório, observa-se que a requerente demonstrou sua condição de rurícola, através de contrato particular de união estável realizado em 02/02/2009; cadastro no PRONAF, Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar; Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher – PSF/5 do Sítio Chã da Barra de Aroeiras-PB, conforme ficha PERINATAL em anexo; Ficha de prontuário odontológico do paciente, que consta a profissão de agricultora desde 24/10/06, perdurando até os dias atuais; Ficha de prontuário do paciente da Secretaria Municipal de Saúde de Aroeiras; Ficha do cadastro emitido pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Aroeiras; Certidão do Juízo Eleitoral em 02 de setembro de 2011, dando conta que é agricultora conforme declaração de emissão do titulo eleitoral em 20/04/1998.

 

Bom que se diga que as provas produzidas restam em nome da própria requerente, outras em nome do companheiro da autora, pai da criança, que também aproveita para provar o exercício da atividade rural da sua companheira.

Nesse sentido, vê se a jurisprudência:

 

"A qualificação profissional de lavrador ou agricultor do marido, constante dos assentamentos de registro civil, é extensível à esposa, e constitui indício de prova material do exercício da atividade rural, corroborada com os depoimentos testemunhal" (STJ -Resp 278.986-SP, Rel. Min. Jorge Scartezzini -DJU 05.02.2001).

 

 

 

II - DOS FUNDAMENTOS

 

Afirma a Autora preencher todos os requisitos que autorizam a concessão de salário-maternidade, conforme informação supra, entretanto, o benefício lhe fora negado pelo INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS.

 

A pretensão da Autora vem amparada nos Arts. 71 a 73, da Lei 8.213/91.

 

O benefício será pago durante 120 dias e poderá ter início até 28 dias antes do parto. Se concedido antes do nascimento da criança, a comprovação será por atestado médico, se posterior ao parto, a prova será a Certidão de Nascimento.

 

Para concessão do salário-maternidade, a segurada especial que não paga contribuições receberá o salário-maternidade se comprovar no mínimo dez meses de trabalho rural imediatamente anteriores à data do parto, mesmo que de forma descontínua.

 

 

III - DOS PEDIDOS

 

Dessa forma, requer:

 

1. Que seja citado o INSS, a fim de responder aos termos da presente demanda;

 

2. A condenação do INSS a conceder à Autora o salário-maternidade, bem como a pagar as diferenças vencidas e vincendas, monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros legais moratórios, incidentes até a data do efetivo pagamento;

 

3. A renúncia ao que exceder à soma de 60 (sessenta) salários mínimos;

 

4. A concessão do benefício de assistência judiciária gratuita por ser a Autora pobre na forma da lei;

 

5. A produção de todas as provas admitidas em Direito, notadamente a oitiva das testemunhas que compareceram em audiência independente de intimação.

 

                        Dá-se à causa o valor de R$ 2.500,00(dois mil e quinhentos reais).

                        Termos em que,

                        Pede deferimento.

                        Campina Grande-PB, Paraíba, 12 de junho de 2012.

 

               Nome do Advogado

                      ADVOGADO – OAB/PB 0000

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