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PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 1
Índice
1. Introdução
2. Compromissos e orientações estratégicas
3. Áreas de intervenção prioritárias
4. Anexos
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1. Introdução
O Plano de Atividades para 2016, assente no Plano para o triénio 2014-2016, assume a visão
essencial e determinante da CIP: “ser a confederação empresarial mais representativa a nível
nacional, uma estrutura associativa patronal forte, homogénea e abrangente que possa
defender mais eficazmente os interesses das empresas portuguesas.”
Através da sua rede associativa, a CIP representa 114.566 empresas, que empregam 1.541.539
trabalhadores e têm um volume de negócios de €105.208 milhões.
Este Plano de Atividades para 2016, que o Conselho Geral da CIP apresenta à Assembleia Geral,
dá sequência dos Planos para 2014 e para 2015, cujos compromissos e orientações estratégicas
se mantêm válidos.
2. Os compromissos e orientações estratégicas
No quadro do novo contexto político resultante das eleições de 4 de outubro, a CIP será firme
na defesa da estabilidade do quadro fiscal, laboral e económico. É importante que a
Confederação defina um conjunto de medidas e posições que não devem ser alteradas ou
revogadas, deixando claro e sem ambiguidades quais as matérias que considera fundamentais
e inegociáveis.
O principal critério objetivo de avaliação da política económica e das políticas públicas basear-
se-á nos efeitos positivos ou negativos que tais políticas venham a provocar na competitividade
das empresas.
A CIP bater-se-á pela valorização do diálogo em sede da Comissão Permanente de Concertação
Social, recusando eventuais retrocessos no importante papel que este órgão tem vindo a
desempenhar nos últimos anos. Pelo contrário, a Concertação Social deve ganhar um novo
dinamismo e acrescidas responsabilidades, visando a salvaguarda das condições de
competitividade das empresas e a estabilidade social.
A CIP manter-se-á fiel ao seu compromisso de se colocar ao serviço do desenvolvimento
económico e social do nosso País, de modo a contribuir para a ultrapassagem das dificuldades e
dos bloqueamentos que têm vindo a condicionar a evolução da economia portuguesa.
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No cumprimento destes compromissos, a CIP manter-se-á fiel às suas causas matriciais:
• o primado da iniciativa privada e da economia de mercado,
• a aposta na produção de bens e serviços transacionáveis,
• a defesa das empresas, nomeadamente das PME,
• a promoção do empreendedorismo e a defesa dos empresários.
A CIP tem identificado os problemas e apresentado propostas de solução. No 2º Congresso das
Empresas e das Atividades Económicas, realizado em julho de 2015, foram aprovadas as
propostas da CIP para o programa do Governo.
Em 2016, manteremos o objetivo de prosseguir estes debates, organizando, sempre que
oportuno, encontros que reúnam dirigentes associativos e empresários, sobre temas
importantes e do interesse de todos e dinamizará iniciativas com vista ao aprofundamento e
divulgação das suas ideias e propostas.
A CIP intervirá sobre as principais questões estratégicas que enfrentamos, identificadas no
programa para o triénio 2014/2016.
A sua intervenção será desenvolvida em estreita articulação com todos os seus associados. Para
tal, a CIP recorrerá a consultas à estrutura associativa sobre as principais matérias a que será
chamada a pronunciar-se e valorizará o papel dos seus Conselhos Consultivos.
A abordagem da CIP aos fatores essenciais para o crescimento económico e o desenvolvimento
das empresas será feita, sempre que possível, com as demais Confederações Empresariais.
Há, na verdade, que prosseguir as iniciativas visando a consolidação do movimento associativo
empresarial de cúpula.
Esse objetivo pode ser prosseguido através da intensificação do diálogo entre as Confederações
Empresariais – quer as que têm assento no Conselho Económico e Social e na Comissão
Permanente de Concertação Social quer as que foram, entretanto, constituídas – mas deve
também ponderar-se a constituição de um Conselho das Confederações Empresariais, que
represente a expressão articulada e consensual dos interesses da economia e das empresas. A
CIP deverá manter esse objetivo durante o exercício de 2016.
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A CIP continuará a trabalhar, proativamente, com as Confederações Empresariais procurando
encontrar as formas mais adequadas para a expressão e defesa dos nossos interesses comuns,
com especial enfoque quanto às matérias transversais à economia e às empresas no seu
conjunto.
3. Áreas de intervenção prioritárias
Dando cumprimento ao Programa para o Triénio 2014-2016, a CIP intervirá, ao longo do ano de
2016, nas seguintes áreas prioritárias:
Reindustrialização e a nova política industrial para o século XXI;
Promoção da competitividade e do crescimento económico;
Reforço do papel e da influência do associativismo empresarial;
Relações laborais: Concertação Social e Diálogo Social;
Reforço da intervenção no âmbito da UE e da lusofonia económica.
3.1 Reindustrialização e a nova política industrial para o século XXI
No 2º Congresso das Empresas e das Atividades Económicas, realizado em julho de 2015, a CIP
defendeu um conceito de reindustrialização alargado à produção de todos os bens e serviços
transacionáveis, passíveis de exportação ou de contribuir para a redução das importações, em
mercado aberto e concorrencial.
Tal conceito não pode confundir-se com o retorno a modelos dum passado assentes em mão-
de-obra barata, mas sim recorrendo a um modelo de economia do conhecimento com mão-de-
obra qualificada, injetando conhecimento nas empresas em articulação com as Universidades,
os Politécnicos e o Sistema de Ciência e Tecnologia.
Tal implica a realocação dos recursos para a produção de bens e serviços transacionáveis, com
muito maior valor acrescentado, avançando para “clusters” mais desenvolvidos e promovendo
a inovação radical e incremental dos nossos produtos e processos produtivos.
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Com este objetivo, a CIP apresentou a proposta de um Compromisso Nacional para a
Reindustrialização e Competitividade de Portugal, como instrumento de um nova Política
Industrial para o nosso País, concretizado num Programa de Desenvolvimento da Indústria e dos
Bens Transacionáveis assente numa diversidade de eixos, que vão das políticas de ciência,
tecnologia e inovação à internacionalização, incluindo a atração de investimento direto
estrangeiro, passando pela qualificação da mão de obra, pelo sistema logístico e de
infraestruturas, pelo financiamento às empresas, pela fiscalidade, pela redução dos custos
energéticos.
Em 2016, a CIP desenvolverá um conjunto de iniciativas para aprofundar e divulgar as suas ideias
e propostas sobre esta nova política industrial para o século XXI que pretende para Portugal.
3.2 Promoção da Competitividade e do Crescimento Económico
Na sua intervenção junto das instâncias económicas, políticas e sociais, a CIP assumirá a defesa
da competitividade e do crescimento económico, tendo por base as conclusões do 2º Congresso
das Empresas e das Atividades Económicas e, em particular, as recomendações para o novo
Governo que resultaram deste Congresso.
Esta intervenção será concretizada por ocasião da discussão dos principais documentos que
suportam a política económica, mas também de forma contínua, no acompanhamento regular
da produção legislativa, e de forma pró-ativa, através da apresentação de propostas.
A CIP atuará através de uma participação ativa nos diversos organismos de decisão e de consulta
nacionais e internacionais nos quais tem assento, bem como da promoção de um diálogo crítico,
mas construtivo com o poder político.
A CIP defenderá a prossecução de uma trajetória orçamental compatível com os seus
compromissos europeus. No quadro de uma rápida reversão das medidas temporárias de
consolidação orçamental, será prioridade da CIP pugnar para que o controlo do défice não
ponha em causa a redução da carga fiscal sobre as empresas. Nesta linha, e convicta de que a
estabilidade fiscal é crucial para o relançamento do investimento empresarial, a CIP considera
fundamental o cumprimento do calendário previsto para a redução das respetivas taxas e
rejeitará qualquer retrocesso da reforma do IRC, nomeadamente no que respeita ao prazo de
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reporte de prejuízos fiscais. De igual forma, será frontalmente contra quaisquer aumentos de
tributação das empresas, seja por via da redução de benefícios fiscais ou dos incentivos fiscais
ao investimento seja por via do agravamento de outras formas de tributação, seja por via da
criação de qualquer novo imposto.
A CIP continuará a defender que a conciliação entre a sustentabilidade orçamental e o estímulo
ao crescimento passa pela redução estrutural da despesa pública corrente, alicerçada numa
verdadeira Reforma do Estado.
Na linha da atuação desenvolvida nos anos anteriores e das orientações definidas no Congresso
da CIP, será dada prioridade a uma forte e fundamentada intervenção na defesa de melhores
condições de financiamento do setor produtivo. Nesta linha, a CIP procurará que a intervenção
da Instituição Financeira de Desenvolvimento vise efetivamente colmatar as insuficiências de
mercado no financiamento e na capitalização de PME.
A resolução do problema das dívidas das entidades públicas às entidades privadas e promoção
da redução dos respetivos prazos de pagamento estarão igualmente entre as nossas prioridades.
A CIP contribuirá para uma verdadeira política de simplificação administrativa que concorra para
eliminar custos desnecessários para as empresas e para os cidadãos. Será dada particular
atenção ao impacto nas empresas de eventuais custos de contexto decorrentes de nova
legislação que venha a ser proposta ou publicada.
A CIP continuará a acompanhará atentamente a implementação dos programas operacionais
decorrentes do Programa Portugal 2020 e dos Programas da União Europeia, nomeadamente
Horizon 2020 (Investigação, Desenvolvimento e Inovação) e COSME (PME). Em particular, a CIP
bater-se-á pela adequada participação das associações empresariais na implementação do
Portugal 2020, no respeito por um quadro de colaboração e contratualização de ações de
promoção de competitividade e internacionalização, de qualificação do tecido empresarial e de
desenvolvimento do capital humano. Em todas estas vertentes, a CIP estará atenta a eventuais
derivas incompatíveis quer com o que foi decidido neste domínio em sede de concertação social
quer com o importante papel que deve ser atribuído às associações empresarias no
desenvolvimento económico e social do país e das suas regiões.
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A estratégia do Governo em matéria de política energética será objeto de um acompanhamento
rigoroso, intervindo a CIP no sentido de pugnar por preços da energia mais competitivos.
3.3 Reforço do papel e da influência do associativismo empresarial
O Programa para o triénio 2014-2016 define como área prioritária de intervenção prioridade a
implementação de ações que visem o reforço do papel e influência do associativismo
empresarial.
Neste contexto, será organizado um evento de reflexão de cariz internacional que permita
debater os desafios do Associativismo empresarial na Europa tendo em vista a partilha de
experiências e procura conjunta de cenários de viabilidade futura.
Consciente de que o futuro do associativismo empresarial passa pelo reforço do papel das
associações empresariais, a CIP velará ainda pelo fortalecimento das associações que a
integram, fomentando a partilha de conhecimento e a cooperação entre os associados,
promovendo o desenvolvimento do trabalho em rede e reforçando a conciliação de posições
tendo em vista a defesa dos interesses da economia nacional e das empresas.
A CIP procurará, ainda, estimular o processo de convergência do associativismo empresarial,
contrariando a tendência de aumento do número de organizações associativas empresariais e
incentivando uma melhor organização dos interesses a nível nacional, regional e setorial.
Por outro lado, será dada particular atenção à comunicação dentro da rede de associados
melhorando os atuais instrumentos de comunicação e criando novas ferramentas de partilha de
conhecimento e de disseminação de informação que facilitem a participação dos associados no
processo de decisão e, ao mesmo tempo, permitam exponenciar a divulgação das nossas
posições.
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3.4 Relações Laborais: Concertação Social e Diálogo Social
A CIP reitera a convicção de que a Concertação Social é – tem sido e dispõe de potencialidades
para ser ainda mais – um polo de entendimento onde grandes vetores de temas bem gerais
podem obter equação e definição pelos seus principais destinatários: os trabalhadores e as
empresas, num imprescindível clima de paz social.
Alicerçada nesta convicção, a participação e intervenção na Concertação Social têm constituído
uma das atividades centrais da CIP, cujo desenvolvimento tem contado com forte empenho e
envolvimento de Estrutura Associativa.
O próximo ano não será exceção.
Antevê-se, aliás, uma forte solicitação da CIP no sentido de preservar os avanços alcançados que
muito contribuíram para conferir competitividade aos setores e empresas, permitindo-lhes
reestruturar-se, investir e captar investimento, inovar, gerar riqueza e criar empregos.
Os últimos 12 anos foram decisivos. Empresas mais empenhadas e competitivas alavancaram a
saída da crise e constituem hoje o motor económico do País.
A CIP, como paladino do primado da economia de mercado e da iniciativa privada, será firme na
defesa deste empenho e competitividade, contribuindo para potenciar, ainda mais, o seu
desenvolvimento, com o objetivo de colocar o tecido empresarial português ao nível que outros
países conhecem e proporcionam às suas empresas nossas concorrentes.
A defesa destas causas tem ganho particular ressonância, precisamente, na Comissão
Permanente da Concertação Social (CPCS), onde os compromissos assumidos entre os governos
e parceiros sociais, com decisivo empenho da CIP, têm ido muito para além da complexa
regulação de institutos jurídico-laborais.
Tais compromissos passaram a versar, também, matérias como as finanças públicas, o sistema
fiscal, o funcionamento do mercado interno, os custos de contexto, a concorrência, a reforma
da administração pública, o combate à fraude e à evasão fiscal e contributiva, a economia
informal, a reabilitação urbana, a internacionalização, a captação de investimento, o
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empreendedorismo, a inovação, o funcionamento da justiça, a competitividade, a segurança
social e o emprego.
O resultado de muitos dos compromissos assumidos na Concertação Social vai tendo
concretização e desenvolvimento ao nível da Contratação Coletiva, com resultados concretos na
economia do País.
A Contratação Coletiva – expressão do diálogo social ao nível setorial – não só permite
ajustamentos do quadro legal às especificidades setoriais e a melhoria das condições de
trabalho, como, sobretudo, se revela indispensável, também ela, à manutenção da paz social,
decisiva na produtividade e, assim, na competitividade das nossas empresas.
Perante este cenário, a CIP, enquanto parceiro social, opor-se-á frontalmente ao esvaziamento
do âmbito e alcance da intervenção da CPCS. Tentativas de tal esvaziamento, com apelo e
justificação à remissão de matérias integradas nesse domínio para análise e discussão em
quaisquer outras instâncias políticas onde não se encontrem devidamente representados, como
tais, as empresas e os trabalhadores, merecerão linear e inequívoca rejeição por parte da CIP.
Matérias essas, como o salário mínimo nacional, que, pela sua própria natureza, deve ser
discutida e decidida em diálogo social, na CPCS, com a participação ativa e responsável de todas
as partes nela representadas.
O “Acordo relativo à atualização da Retribuição Mínima Mensal Garantida, Competitividade e
Promoção do Emprego”, subscrito entre o Governo e a maioria dos Parceiros Sociais com
assento na CPCS, em 23 de setembro de 2014, não só atualizou, de 485 para 505 euros, o valor
da retribuição mínima mensal garantida (RMMG) para vigorar a partir de 1 de outubro de 2014
e durante o ano de 2015, como, também, permitiu estabelecer condições essenciais para aquilo
que a CIP há muito vinha solicitando como inerente à fixação de quaisquer retribuições no setor
privado, ou seja, a definição de critérios para a determinação das atualizações futuras da
RMMG, com especial incidência na conciliação da produtividade, competitividade e política de
rendimentos e preços.
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No Acordo ficou bem expresso e vincado que tal definição seria obtida no âmbito de uma
“comissão tripartida, em sede de Comissão Permanente de Concertação Social, composta por
representantes dos parceiros sociais e Governo”.
Esta Comissão terá, assim, que se pronunciar de acordo com o mandato que lhe foi fixado.
O respeito pelos consensos obtidos na Concertação Social impõe que, qualquer intervenção nos
equilíbrios acordados entre parceiros sociais, tenha de ser reequacionada no mesmo âmbito.
A este, agregam-se múltiplos outros domínios e institutos e respetivos regimes jurídicos, em que
não se pode regredir, sendo exemplos:
Quadro de relação entre a Lei e a Contração Coletiva preservando e favorecendo a
liberdade negocial;
Os institutos da sobrevigência e caducidade das convenções coletivas de trabalho
Organização do tempo de trabalho, incluído os institutos do banco de horas (nas
modalidades previstas em contratação coletiva e por acordo individual), da
adaptabilidade e dos horários concentrados;
O montante dos acréscimos por realização de trabalho suplementar;
A duração das férias;
Possibilidade de ajustamento no regime de mobilidade profissional e geográfica;
O regime da contratação a termo, incluindo a contratação de trabalhador à procura de
primeiro emprego, em situação de desemprego de longa duração, para lançamento de
nova atividade de duração incerta, bem como início de laboração de empresa ou de
estabelecimento pertencente a empresa com menos de 750 trabalhadores, e, ainda,
qualquer outra prevista em legislação especial de política de emprego, bem como a
possibilidade de este instituto poder ser regulado por convenção coletiva;
O número de feriados obrigatórios e o regime de feriados facultativos;
O regime da cessação do contrato de trabalho e respetivas compensações;
Os exemplos enunciados, a que outros se adicionam, constituem matérias essenciais,
instrumentos bem decisivos à competitividade das empresas e setores, que deles não se podem
ver privados, sob pena de operar um retrocesso económico e social, dificilmente ultrapassável
e com pesados custos para o País.
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3.5 Reforço da intervenção no âmbito da UE e da lusofonia económica
Em 2016, a CIP irá continuar o caminho percorrido em 2015, de reforço da defesa dos interesses
da economia nacional em Bruxelas, assegurando que a voz das empresas portuguesas é tida em
consideração nos processos de decisão.
A CIP atuará de forma cada vez mais participativa na preparação das posições da
BUSINESSEUROPE – Confederação Europeia de Empregadores, bem como diretamente junto
dos representantes nacionais no Parlamento Europeu e na Comissão Europeia, de forma a
assegurar que estes conhecem as nossas posições nos vários dossiers em negociação, dando
particular atenção aos seguintes temas:
Revisão da Estratégia Europa 2020;
Plano para reforçar a União Económica e Monetária europeia;
Plano da Comissão Europeia para o investimento;
Construção da União de Mercados de Capital;
Política comunitária para as PME e para a Industria;
Reforço e aprofundamento do Mercado Interno (em particular no que respeita à livre
circulação de serviços e a implementação do mercado único digital);
Politica de comércio externo e em particular as relações com a China e o Acordo
Transatlântico de Comercio e Investimento (TTIP);
Pós-Acordo de Cotonou com os países de Africa, Caraíbas e Pacifico;
Política europeia em matéria de energia-clima.
Para além da regular participação em reuniões de comités e grupos de trabalho, destaca-se a
participação nas duas reuniões anuais do Conselho de Presidentes da BUSINESSEUROPE e uma
visita de trabalho da Direção da CIP a Bruxelas, a realizar no primeiro semestre 2016, durante a
qual serão realizadas reuniões com as várias Instituições Europeias.
A CIP é, desde 2014, Presidente do Conselho Geral da ELO, através da qual manterá a sua
intervenção nas atividades do Projeto Lusofonia Económica e na atividade da SOFID-Sociedade
para o Financiamento do Desenvolvimento, no âmbito da política de financiamento aos
investimentos das empresas nos países em desenvolvimento e emergentes, incluindo os países
da CPLP. Será ainda reforçada, em cooperação com a ELO, a atuação junto das Instituições
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europeias no âmbito do desenvolvimento económico e cooperação, em particular no que diz
respeito à Nova Facilidade de Investimento para África.
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4. Anexos
ORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA INTERNA
A alteração, ao nível da gestão, operada em 2014 - que passou da existência de um Diretor Geral
executivo para uma Comissão Executiva composta por 7 membros da Direção - implicou um
reajuste nos métodos de trabalho e responsabilidades face ao organigrama então em vigor.
A CIP tem um quadro de pessoal de elevada competência técnica, cuja dedicação e empenho
tem permitido responder sempre de forma eficiente e eficaz a todas as solicitações, quer da
Direção quer externas.
Em 2011, no inicio da CIP-Confederação Empresarial de Portugal, a CIP tinha 30 colaboradores,
terminando o ano de 2015 com 20 colaboradores. Esta redução tem também implicado um
esforço acrescido dos colaboradores, que urge reconhecer e estimular.
Por outro lado, em 2014 e 2015 foi feita uma aposta na modernização dos instrumentos de
comunicação digital e das ferramentas informáticas que dão hoje aos colaboradores da CIP a
possibilidade de trabalhar em equipa, de forma mais eficaz em qualquer local.
Neste contexto, no final de 2015, a Comissão Executiva decidiu reorganizar os serviços da CIP,
convergindo esforços para a implementação de uma estrutura mais ágil e flexível.
A alteração da estrutura organizacional consubstanciou-se na redução do número de unidades
orgânicas e na criação de uma Secretaria Geral com a missão de apoiar o Presidente da CIP na
coordenação geral dos serviços.
Esta Secretaria Geral, composta por uma equipa multifuncional, terá, em 2016, como principais
desafios:
Desenvolver ações que visem a promoção da filiação de novos associados;
Dinamizar novas formas de relação e comunicação com os associados que assegurem
elevados níveis de satisfação destes e um reforço do trabalho em rede, permitindo uma
definição mais célere e coordenada das posições da CIP e uma maior visibilidade destas
perante o exterior;
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Desenvolver uma ferramenta informática acessível a todos os colaboradores que facilite
a comunicação regular com os associados e outros organismos institucionais e assegurar
a sua constante atualização;
Melhorar os processos administrativos, nomeadamente de faturação e reporte
financeiro;
Desenvolver instrumentos de gestão de pessoal que visem a motivação dos
colaboradores para um trabalho de excelência e rever o regulamento interno.
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ASSUNTOS JURÍDICOS E SÓCIO-LABORAIS
I – Ao nível Nacional
1. Apoio à Direção
O apoio técnico-jurídico direto e regular à Direção da CIP, constituirá, em 2016, um dos
principais eixos de atuação do DAJSL.
O referido apoio materializar-se-á em informação jurídica e, particularmente, na elaboração de
documentos e intervenções e na preparação e acompanhamento em reuniões com a Assembleia
da República, o Governo, os Partidos Políticos, outros Parceiros Sociais e as mais diversas
entidades e instituições, nacionais, comunitárias e internacionais.
Destaca-se, também, a participação, intervenção e apoio direto, em sede de Comissão
Permanente de Concertação Social (CPCS) e do Conselho Económico e Social (CES).
O Departamento assegurará, igualmente, o apoio técnico que lhe for solicitado, ou de que for
incumbido, aos diversos Órgãos de Consulta da Confederação.
2. Relação com os Associados
Em 2016, o Departamento, no seu domínio de atuação, procederá à divulgação das iniciativas
legislativas de maior relevo para as empresas, bem como articulará com a estrutura associativa
da Confederação as posições sobre as matérias em que tem de se pronunciar, articulação que
irá desde a consulta formal à realização de reuniões ou, mesmo, troca e subsequente
harmonização de documentos para o efeito formulados.
Uma outra importante vertente de atuação do Departamento será a resposta às consultas
jurídicas que lhe sejam endereçadas pelas Associações e Empresas.
A promoção e desenvolvimento da contratação coletiva continuará a ser objeto de particular e
cuidada atenção.
Neste contexto, o Departamento promoverá ações no âmbito da contratação coletiva,
recomendando à estrutura representada institutos e modo da sua operacionalização, dentro do
legalmente consentido e correspondendo aos objetivos legais, procurando dinamizar e
promover, ao nível de toda aquela estrutura, o referido mecanismo, o que fará quer por
contacto individual quer através de reuniões, em particular no contexto do futuro Conselho
Emprego que se intenta promover, de forma como adiante se verá.
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O Departamento, com o contínuo objetivo de reforçar a comunicação e um intercâmbio
informativo, em particular, com a estrutura associativa da CIP, irá criar, na área de atividade dos
assuntos sócio-laborais do Portal da Confederação, um domínio autónomo com Instrumentos
de Regulamentação Coletiva de Trabalho (IRCT) publicados no Boletim do Trabalho e Emprego
(BTE).
Neste âmbito, serão identificados e inseridos os principais IRCTs da estrutura associada da
Confederação.
Por outro lado, como já tem sucedido, o DAJSL, em representação da CIP, participará, a convite,
em sessões de esclarecimento organizadas pela sua estrutura associativa.
3. Concertação Social
A intervenção na Concertação Social continuará a constituir um dos principais pilares da
atividade do Departamento.
Assim, o Departamento prestará o apoio técnico aos representantes da CIP:
No Conselho Económico e Social (CES);
Na Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS);
Na Comissão Especializada de Política Económica e Social (CEPES); e
Na Comissão Especializada Permanente do Desenvolvimento Regional e Ordenamento do Território (CDROT).
4. Código do Trabalho e respetiva Regulamentação
Neste domínio, o DAJSL continuará a acompanhar com especial atenção alguns diplomas que
procederam à revisão do Código do Trabalho, entre os quais se destaca, a Lei n.º 27/2014, de 8
de maio, que procede à sexta alteração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de
12 de fevereiro, e que estabelece novos requisitos para o despedimento por extinção de posto
de trabalho e por inadaptação.
O mesmo sucederá com a Lei n.º 55/2014, de 25 de agosto, que procede à sétima alteração ao
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, e que altera o regime da
sobrevigência e caducidade de convenções coletivas e da cessação e suspensão da sua vigência,
a qual também será alvo de particular atenção.
O DAJSL, como habitualmente, acompanhará a implementação do Código do Trabalho no
“terreno”, tendo em vista a melhor definição dos domínios e orientações que, oportunamente,
possam sustentar a sua reformulação.
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Promoverá, igualmente, ações com vista a potenciar o conhecimento, junto da sua estrutura
associativa, de algumas virtualidades que o Código do Trabalho tem ínsitas ou que remete para
a contratação coletiva, quer ao nível da flexibilidade externa quer ao nível da flexibilidade
interna (p. ex. na organização do tempo de trabalho ou na formação profissional).
Continuará, ainda, a insistir e a atuar com vista a ressaltar algumas das soluções contidas no
Código do Trabalho que, no contexto atual, ainda se revelam como falhas de adequação.
No quadro das desajustadas soluções, impõe-se:
I. Ao nível constitucional:
No artigo 53.º da CRP, onde se consagra a garantia da segurança do emprego e a proibição dos despedimentos sem justa causa, deve acrescentar-se, no final da redação vigente, a expressão: “nos termos legais”;
Deve ver-se constitucionalmente expressa a legitimidade das associações empregadoras e empresas para celebrar convenções coletivas de trabalho;
Nos n.ºs 2 e 3 do artigo 57.º da CRP, a forma irrestrita como se encontra garantido o direito à greve, deve este direito ficar associado à defesa dos interesses socioprofissionais dos trabalhadores envolvidos e ressaltar uma ideia de proporcionalidade entre os interesses afetados.
II. Ao nível do Código do Trabalho, para além do que anteriormente ficou expresso, é necessário, proceder aos seguintes ajustes:
Possibilitar a diminuição da retribuição por acordo;
Prever expressamente a existência de justas causas subjetivas de despedimento, a operarem juris et de jure, ou seja, consagrar que os comportamentos enunciados no n.º 2 do artigo 351º do Código do Trabalho constituem, automaticamente, justa causa de despedimento;
Limitar a reintegração obrigatória aos casos de despedimento ilícito fundado em violação de direitos fundamentais (motivos políticos, ideológicos, étnicos ou religiosos);
Deixar consagrado que, concluindo o Tribunal pela existência de justa causa de despedimento, qualquer vício formal, ao nível do procedimento, apenas determina irregularidade e não ilicitude;
Definir que, como regra, todas as faltas, ainda que justificadas, determinam a perda de retribuição, e reduzir o elenco de faltas que, nos termos da lei, são consideradas justificadas;
Deixar expresso que a aferição do princípio “trabalho igual, salário igual”, tem como âmbito de aplicação, e pressuposto, a subsunção ao mesmo IRCT;
Definir critérios conducentes à não aplicação, em simultâneo, de mais de um IRCT, ao nível de Sector ou empresa;
Consagrar a necessidade de renovação do quadro das empresas como fundamento objetivo de despedimento.
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5. Emprego
Não obstante a existência de alguns indicadores positivos, o binómio emprego/desemprego em
Portugal manter-se-á, em 2016, preocupante, pelo que o DAJSL irá conferir particular atenção
ao acompanhamento da política de Emprego.
Neste âmbito, a CIP reitera e vinca: A tendência de desemprego registada no nosso mercado de trabalho só deverá inverter-se quando tiver lugar um verdadeiro e sustentado crescimento económico, pelo que só com a conjugação de políticas que fomentem a competitividade e o crescimento das empresas podemos aspirar a ter sucesso. Com vista a reforçar a tendência de retoma, é necessário, igualmente, desenvolver um conjunto de medidas que passam, nomeadamente, por:
Conceber a adotar um novo regime de contrato de trabalho.
Temos, atualmente, uma proteção demasiado rígida ao nível do despedimento
individual para os empregados com contrato sem termo, mormente no que diz respeito
ao conceito de justa causa de despedimento, à reintegração obrigatória e aos
montantes das indemnizações;
É, portanto, necessário implementar um outro regime, bem mais flexível – nas
componentes assinaladas e não só – nomeadamente para aqueles que, agora,
pretendem ingressar no mercado de trabalho;
Facilitar o enquadramento legal em que se processa a renovação do quadro de pessoal das empresas, permitindo o acesso de recém-licenciados desempregados ao mercado de trabalho;
Flexibilizar a contratação a termo, o trabalho temporário, a comissão de serviço e a prestação de serviços - quanto aos fundamentos, à duração, às renovações, à sucessão de contratos e às compensações -, potenciando o emprego de mão-de-obra atualmente desempregada e o aproveitamento, por parte das empresas, de todas e quaisquer oportunidades que surjam nos mercados interno, europeu e internacional;
Assegurar que, em qualquer situação de desemprego, não seja compensador permanecer nessa situação.
O Departamento continuará a acompanhar a implementação do Decreto-Lei n.º 13/2015, de 26
de janeiro, que define os objetivos e os princípios da política de emprego e regula a conceção, a
execução, o acompanhamento, a avaliação e o financiamento dos respetivos programas e
medidas.
É ainda de destacar que, no âmbito do combate ao desemprego jovem, a participação do
Departamento, igualmente em representação da CIP, na Comissão de Coordenação e
Acompanhamento do Plano Nacional de Implementação de Uma Garantia Jovem (PNI-GJ).
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 19
6. Formação Profissional e Educação
A CIP sempre defendeu - e defende - que a Formação Profissional constitui um relevante
instrumento de resposta às necessidades presentes e futuras do mercado de trabalho, bem
como de apoio à transição/requalificação dos trabalhadores, dotando-os, assim, de
competências mais atualizadas e adequadas às necessidades do tecido produtivo.
Assim, o Departamento atuará no sentido de acompanhar o Sistema Nacional de Qualificações
e procurará identificar os principais constrangimentos ao desenvolvimento da Formação
Profissional.
O DAJSL intervirá, igualmente, nesta matéria, no âmbito do Conselho Geral da Agência Nacional
para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP).
Acresce, ainda, que o DAJSL assegurará a necessária articulação que se impõe entre a matéria
da Educação e Formação Profissional, por forma a ser garantida a coerência de posições
assumidas pela CIP.
7. Segurança Social
Como é recorrente, o Departamento acompanhará todos os desenvolvimentos relevantes que
se verificarem no domínio da Segurança Social.
Não obstante o supra mencionado, o Departamento dedicará especial atenção à matéria da
revogação de contrato de trabalho por mútuo acordo e acesso ao subsídio de desemprego.
Há muito que a CIP tem, de forma repetida, realçado o seguinte: A imposição de limites ao
número de revogações de contratos de trabalho por mútuo acordo com acesso ao subsídio de
desemprego, decorrente da publicação do Decreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de Novembro, e
respetivas alterações, conduziu e conduz, inevitavelmente, ao despedimento coletivo (ou à
extinção do posto de trabalho, para números pequenos), o qual tem ínsito um estigma
fortemente negativo e com os maiores reflexos, quer ao nível da reputação junto do sistema
bancário, quer ao nível do mercado.
Não obstante os avanços introduzidos nesta matéria, através do regime de cessação por acordo
para reforço da qualificação e capacidade das empresas, considera-se que a referida situação
cria um estigma que as empresas tudo farão para evitar num momento marcado por fortes
dificuldades de acesso ao crédito, pelo que o Departamento continuará a atuar e a promover
ações no sentido de reformular o regime legal nesta matéria.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 20
8. Segurança e Saúde no Trabalho
O Departamento participará nas principais iniciativas, designadamente legislativas, que serão
desenvolvidas em matéria de Saúde e Segurança no Trabalho (SST).
Na sequência da publicação da Resolução do Conselho de Ministros n.º 77/2015, de 18 de
setembro, que aprova a Estratégia Nacional para a Segurança e Saúde no Trabalho 2015-2020,
o Departamento atuará no sentido de acompanhar e colaborar nas principais iniciativas
tendentes à implementação da nova Estratégia Nacional.
O Departamento assegurará, igualmente, a representação da CIP no Conselho Consultivo para a
Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho da Autoridade para Condições de Trabalho (ACT)
e participará nos vários eventos organizados por esta entidade.
9. Contratação Coletiva
A CIP tem reiterado e vincado: a contratação coletiva, em particular no contexto socioeconómico que ainda se atravessa, constitui um real estabilizador das relações laborais, potenciando, assim, a atividade empresarial. Este objetivo, porém, como se sabe, foi manifestamente condicionado pela não emissão das Portarias de Extensão, em resultado da posição assumida pela Troika e pelo Governo nesta matéria. No entendimento da CIP, a emissão das Portarias de Extensão revela-se fulcral e absolutamente decisiva, desde logo, para a estabilidade e paz social, sem as quais a economia não pode desenvolver-se. Posteriormente, foi publicada a Resolução do Conselho de Ministros n.º 43/2014, de 27 de junho, que procede à primeira alteração à Resolução do Conselho de Ministros n.º 90/2012, de 31 de outubro, que define os critérios mínimos, necessários e cumulativos a observar no procedimento para a emissão de portaria de extensão. A referida Resolução vai no sentido de corresponder às preocupações manifestadas pela CIP nesta matéria. Neste contexto, a CIP continuará a dedicar especial atenção à implementação no “terreno”, da citada Resolução do Conselho de Ministros n.º 43/2014, de 27 de junho. Por outro lado, o DAJSL representará a CIP no Centro de Relações Laborais (CRL), o qual tem por missão apoiar a negociação coletiva, bem como acompanhar a evolução do emprego e da formação profissional.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 21
Serão, ainda, objeto de atenção, o acompanhamento da contratação coletiva e o incremento da articulação ao nível dos processos negociais que venham a ser desenvolvidos pela estrutura integrada. Neste âmbito, o Departamento promoverá, com o apoio do Programa Operacional Inclusão
Social e Emprego - Reforço da Capacitação Institucional dos Parceiros Sociais com assento na
Comissão Permanente de Concertação Social, a criação do Conselho Emprego, o qual visa, em
geral, analisar a realidade económica e social ao nível nacional.
O Conselho reunirá com uma periodicidade bimestral, será composto por representantes da
estrutura da CIP, e analisará, designadamente do ponto de vista sectorial, entre outros assuntos,
o estado da negociação coletiva, a situação e evolução do emprego e os principais
constrangimentos vividos pelas empresas.
Acresce, também, que o DAJSL continuará a proceder à análise global da negociação coletiva, através, nomeadamente, da apreciação de relatórios do ministério responsável pelos assuntos laborais sobre a contratação, conferindo particular atenção aos processos conflituais. Também como já foi referido anteriormente, o DAJSL irá promover a criação, na área de atividade dos assuntos sócio-laborais do Portal de Confederação, de um domínio autónomo onde serão identificados e inseridos os principais IRCTs da estrutura associada da CIP publicados no BTE. 10. Justiça
A Confederação, também nesta matéria, tem repetido e vincado: as empresas confrontam-se
com sérios e graves problemas que resultam de um funcionamento inadequado do sistema
judicial.
Entre os vários problemas, destaca-se: i) A morosidade; ii) Os custos; iii) A tramitação e os
resultados das execuções; iv) O funcionamento dos tribunais de comércio; v) O acesso à Justiça;
e vi) Os critérios de distribuição processual.
Como também a CIP tem reiterado, as estratégias e decisões das empresas são decisivamente
condicionadas por uma justiça que se revela lenta, cara e imprevisível.
Neste contexto, o DAJSL acompanhará o desenvolvimento político, legislativo e ao nível da
implementação destas matérias, designadamente na concretização da reforma da organização
e funcionamento dos tribunais, em particular dos tribunais de comércio, dos registos, da
desburocratização, da ação executiva, bem como do acesso à Justiça.
Continuará, igualmente, a promover os meios alternativos de resolução de conflitos, como a
arbitragem ou a mediação, dado que estes, para além de propiciarem a obtenção de uma
solução de modo mais célere e, particularmente quando estão em causa questões de valor
significativamente elevado, mais barato, também potencia maior eficácia, já que é maior o
envolvimento das partes na solução encontrada.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 22
O Departamento também continuará a conferir especial atenção ao acompanhamento da
implementação do Processo Especial de Revitalização (PER) bem como o Sistema de
Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial (SIREVE).
Por outro lado, o Departamento assegurará a representação da CIP na Comissão para o
Acompanhamento dos Auxiliares da Justiça, a qual é responsável pelo acompanhamento,
fiscalização e disciplina dos auxiliares da justiça.
11. Igualdade de género
O Departamento assegurará a representação da CIP na Comissão para a Igualdade no Trabalho
e no Emprego (CITE), onde são emitidos os pareceres prévios ao despedimento de trabalhadoras
grávidas, puérperas e lactantes, de trabalhador no gozo de licença parental ou, ainda, no caso
de intenção de recusa, pela entidade empregadora, de autorização para trabalho a tempo
parcial ou com flexibilidade de horário a trabalhadores com filhos menores de 12 anos.
Verificar-se-á, também, uma intervenção na apreciação tripartida da legalidade de disposições
em matéria de igualdade e não discriminação constantes de instrumento de regulamentação
coletiva de trabalho negocial ou de decisão arbitral em processo de arbitragem obrigatória ou
necessária.
Por outro lado, é, ainda, de destacar, que o DAJSL continuará a representar a CIP nas
negociações, caso ainda não se encontrem finalizadas, em torno da conceção da Campanha para
a Promoção da Igualdade de Género no Trabalho, a qual prevê o envolvimento da Comissão para
a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), da Autoridade para as Condições de Trabalho
(ACT) e dos Parceiros Sociais com assento na CPCS.
12. Imigração
Como é habitual, os desenvolvimentos políticos e legislativos no domínio da imigração serão
objeto de atenção por parte do Departamento, o qual atuará no âmbito da sua participação na
CPCS, na Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) e no Conselho para
as Migrações.
O DAJSL assegurará, ainda, a representação da CIP no Núcleo Fundador da Plataforma sobre
Políticas de Acolhimento e Integração de Imigrantes.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 23
13. Outras Ações
13.1. Com enfoque nacional
13.1.1 Programa Operacional Inclusão Social e Emprego - Reforço da Capacitação
Institucional dos Parceiros Sociais com assento na Comissão Permanente de
Concertação Social
O DAJSL, uma vez submetida a candidatura e após aprovação da mesma pelas Autoridades
competentes, procurará implementar as atividades do seu domínio de intervenção e
responsabilidade, bem como assegurar a mais elevada taxa de execução possível no que
concerne o seu eixo de atuação.
Por outro lado, ainda no âmbito dos apoios comunitários aos parceiros sociais, o Departamento
participará e contribuirá para o(s) futuro(s) projeto(s) da CIP.
13.1.2 Retoma Económico-Financeira
Não obstante os sinais positivos ao nível socioeconómico, a retoma iniciada ainda será frágil.
No contexto, será objeto de especial atenção o acompanhamento dos efeitos resultantes da
crise, em particular no que diz respeito aos seus efeitos no emprego.
13.1.3. Comunicação
O DAJSL, em matérias da sua competência ou com estas conexas, elaborará, como
habitualmente, artigos e respostas a solicitações de revistas, jornais e outros meios de
comunicação social.
O DAJSL comunicará ao Departamento de Comunicação da CIP as iniciativas, informações ou
tomadas de posição relevantes, com o objetivo de serem colocados no Portal da CIP ou
divulgados pelos meios de comunicação identificados para o efeito.
13.1.4. Outras intervenções
O Departamento, como é recorrente, participará de forma ativa em diversas atividades e
eventos, representando institucionalmente a CIP, entre outros, em conselhos gerais, grupos de
trabalho, seminários, conferências, reuniões com ministérios, departamentos da Administração
Pública, delegações de peritos e outras entidades.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 24
13.2. Com enfoque internacional
O Departamento dará respostas aos pedidos que se enquadrem na esfera de intervenção e
provenientes de diversas entidades, entre as quais se realçam o Ministério da Economia (DGAE
- Direção Geral das Atividades Económicas), o Ministério dos Negócios Estrangeiros e
Embaixadas.
O DAJSL continuará, também, a promover consultas prévias à estrutura associativa no sentido
de apurar dificuldades e sensibilidades e a obter contributos e respostas a serem transmitidas
às Autoridades Públicas Nacionais, às Instâncias Comunitárias e à BUSINESSEUROPE, e a prestar
o apoio necessário aos representantes da CIP nos diversos Comités e Grupos de Trabalho da
BUSINESSEUROPE, que se encontrem na sua esfera de atuação.
II – Ao nível Internacional
1. União Europeia
1.1. Diálogo Social
No âmbito do Diálogo Social, o Departamento participará nas negociações dos Parceiros Sociais
Europeus (BUSINESSEUROPE, CES, UEAPME e CEEP) com vista a celebrar um acordo-quadro, não
vinculativo, sobre a promoção do envelhecimento ativo e de uma abordagem intergeracional.
As referidas negociações deverão começar no início de 2016 e têm uma duração prevista de 9
meses.
Neste âmbito, é, ainda, de realçar os seguintes aspetos:
A negociação do referido acordo está prevista no Programa de Trabalho plurianual do Diálogo Social Europeu 2015-2017;
A evolução demográfica constitui uma prioridade da agenda política da EU;
O objetivo é criar uma “caixa de ferramentas” com sugestões de medidas práticas para facilitar o prolongamento da vida profissional e o envelhecimento ativo;
O acordo deverá permitir a flexibilidade necessária aos parceiros sociais nacionais sobre a melhor forma de implementar as ações, evitando uma abordagem “one-size-fits all”.
Potencialmente, também em 2016, poder-se-á verificar a negociação entre os já referidos
Parceiros Sociais Europeus, de “conclusões comuns”, que podem incluir orientações e outras
iniciativas de acompanhamento, e, se for caso disso, recomendações às autoridades públicas,
sobre “a promoção de uma melhor conciliação de trabalho, vida privada e familiar e igualdade
de género para reduzir o fosso salarial entre géneros”.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 25
Caso se verifiquem as negociações, a CIP participará na equipa negociadora da
BUSINESSEUROPE.
Noutra dimensão, o DAJSL participará ativamente nas negociações, entre os Parceiros Sociais
nacionais, do 3.º Relatório de acompanhamento da aplicação do Quadro de Ações sobre o
Emprego Jovem dos Parceiros Sociais Europeus, que visa, em geral, apelar às empresas e aos
trabalhadores, às autoridades públicas e a outras partes interessadas no sentido de agirem em
conjunto com vista a alcançarem progressos concretos em favor do emprego jovem.
O referido Quadro visa, ainda, exponenciar as iniciativas mais eficazes identificadas em toda a
Europa que possam ser usadas como fonte de inspiração para a conceção de soluções por parte
dos parceiros sociais nacionais nos seus países, respeitando, naturalmente, as especificidades
próprias de cada País.
A evolução de matérias como a Organização do Tempo de Trabalho, a “Flexigurança”, a
Responsabilidade Social das Empresas, as Reestruturações e a iniciativa da Comissão Europeia
“Garantia para a Juventude” também continuará a ser objeto de especial atenção.
1.2. Atividade Legislativa
Ao nível europeu, o DAJSL assegurará uma participação ativa nas discussões sobre as principais
questões.
Tendo em conta o Programa de Trabalho da Comissão Europeia, publicado no dia 27 de outubro
de 2015, o Departamento acompanhar e intervirá, entre outras, nas seguintes iniciativas:
“Pacote sobre a mobilidade laboral” – A iniciativa visa: i) apresentar uma Comunicação sobre a mobilidade laboral dos trabalhadores, ii) proceder a uma revisão seletiva da Diretiva relativa ao destacamento de trabalhadores, e iii) a rever os Regulamentos relativos à coordenação dos sistemas de Segurança Social;
Agenda “Novas Competências para a Europa” - A Agenda visa promover o desenvolvimento de competências, incluindo o reconhecimento mútuo de qualificações, apoiando a formação profissional e o ensino superior;
Avaliação das 24 Diretivas sobre Segurança e Saúde no Trabalho e eventuais propostas legislativas nesse domínio;
“Uma nova etapa para os pais trabalhadores” - Conjunto de medidas legislativas e não legislativas para melhor enfrentar os desafios do equilíbrio entre o trabalho e a vida familiar e apoiar a participação das mulheres no mercado de trabalho.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 26
1.3. Participação em instâncias da União Europeia
Em 2016, o Departamento continuará a representar institucionalmente a CIP num conjunto
alargado de instâncias comunitárias, entre as quais se destacam as seguintes:
Comité do Diálogo Social;
Comité do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida;
Comité Consultivo para a Formação Profissional;
Comité Consultivo para a Segurança e Saúde no Local de Trabalho.
2. Ao nível da BUSINESSEUROPE
O DAJSL, em representação da CIP, continuará, também, a participar na elaboração das mais
importantes tomadas de posição da BUSINESSEUROPE e assumirá representação institucional
nos principais órgãos e nos respetivos Grupos de Trabalho da área da sua competência, de onde
se realça a Comissão dos Assuntos Sociais (SAC).
Destaca-se o papel e importância da SAC, pois é no seu âmbito que são elaboradas as principais
posições dos empregadores em matéria sócio-laboral.
3. Ao nível das Organizações Internacionais
3.1. Organização Internacional do Trabalho (OIT)
O Departamento assegurará a participação e a coordenação da intervenção da CIP nas matérias
sócio-laborais na 105ª sessão da Conferência Internacional do Trabalho (CIT), que se realizará
em junho de 2016, como habitualmente, em Genebra.
O DAJSL também elaborará pareceres e respostas aos diversos questionários e relatórios da OIT.
Participará, igualmente, em representação institucional da CIP, nas atividades desenvolvidas
pela OIT-Lisboa.
3.2. Organização Internacional de Empregadores (OIE)
O Departamento assumirá a intervenção da CIP nas matérias sócio-laborais ao nível na OIE e
colaborará nos trabalhos da Organização quanto a diversas tomadas de posição,
designadamente sobre aquelas que forem apresentadas a discussão no âmbito da citada 105ª
Sessão da CIT.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 27
ASSUNTOS ECONÓMICOS (DAE)
Em 2016, o Departamento dos Assuntos Económicos continuará a prosseguir a sua missão de
proporcionar à CIP capacidade técnica para uma intervenção fundamentada no âmbito dos
assuntos Económico-Financeiros e Industriais.
A atividade do DAE basear-se-á num permanente acompanhamento da evolução da economia,
aos níveis nacional e internacional, e da conceção e execução da política económica.
Este acompanhamento permitirá ao DAE atuar, por um lado, na vertente da informação
económica e por outro, no apoio à intervenção institucional da CIP.
Na primeira vertente, o departamento produzirá documentos de análise e informação dirigidos
a todos os Associados e prestará informações pontuais, quer proactivamente, quer em resposta
às solicitações dos seus Associados.
Na segunda vertente, contribuirá, nas suas áreas de atuação, para a intervenção da CIP através
do apoio aos órgãos sociais e assegurará a representação da CIP junto das entidades e nos
eventos para os quais for superiormente indigitado.
Nesta vertente, o DAE prestará um apoio técnico reforçado aos seguintes Conselhos Consultivos
da CIP, procurando contribuir para o reforço da eficiência do seu funcionamento e da eficácia
da sua atuação:
Conselho da Indústria Portuguesa
Conselho do Comércio Português
Conselho do Turismo Português
Conselho Estratégico Nacional do Ambiente
Conselho Estratégico Nacional da Energia
Conselho Estratégico Nacional da Saúde
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 28
1. ASSUNTOS ECONÓMICO-FINANCEIROS
Informação económica
No domínio da informação económica, será prosseguida, em conjunto com a AEP e a AIP, a
elaboração e divulgação das duas publicações periódicas de informação económica sob a marca
comum “Envolvente Empresarial”: a primeira, Síntese de Conjuntura, de periodicidade mensal,
a segunda, Análise de Conjuntura, trimestral.
Pretende-se reforçar a atividade e as competências da CIP neste domínio com a elaboração de
uma publicação anual “O Estado das empresas em Portugal”. Esta publicação, além de incluir
uma análise macroeconómica nacional e europeia, avaliará o desempenho das empresas em
diversas áreas, procedendo ao benchmarking ao nível europeu, identificará as principais
tendências e riscos em Portugal e no Mundo e procederá a uma análise setorial e regional aos
principais setores empresariais.
Através do lançamento de um inquérito às empresas, procurar-se-á criar e acompanhar um
índice de confiança dos empresários que medirá a evolução das intenções de investimento e de
criação de emprego.
A CIP contará neste trabalho com a ajuda de uma consultora externa e com o apoio financeiro
decorrente da candidatura da CIP ao POISE (Programa Operacional Inclusão Social e Emprego),
no âmbito do Reforço da capacitação institucional dos Parceiros Sociais com assento na
Comissão Permanente de Concertação Social.
O DAE manterá a produção de documentos de informação e análise económica, com a
elaboração e divulgação, em formato digital, de:
notas de síntese sobre as projeções e principais indicadores macroeconómicos e de
emprego, mantendo no portal da CIP os respetivos quadros síntese;
uma síntese semanal de legislação nacional e comunitária, com um breve resumo dos
diplomas mais relevantes para a atividade económica publicados no Diário da República
e no Jornal Oficial da União Europeia.
O DAE continuará a assumir, no âmbito das suas atividades, a alimentação em conteúdos do
Portal da CIP, bem como da newsletter institucional da CIP, incluindo a newsletter Europ@CIP.
Manter-se-á a elaboração de conteúdos para a Revista da CIP.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 29
O DAE continuará a prestar informações pontuais aos seus associados relativamente a diversos
temas, quer proactivamente, quer em resposta às suas solicitações.
Apoio à intervenção institucional
O apoio à intervenção institucional processar-se-á através da produção de documentos técnicos
para suporte, nomeadamente, de tomadas de posição, pareceres, propostas e respostas à
Comunicação Social, na área dos assuntos económicos. O DAE assegurará a representação da
CIP, nomeadamente em reuniões, sempre que assim seja superiormente decidido.
Será também prestado apoio à Direção em eventos institucionais, nomeadamente na
organização e realização de iniciativas de divulgação e aprofundamento das conclusões do II
Congresso das Empresas e das Atividades Económicas.
A condução da política económica e os principais documentos que a suportam, nomeadamente
as propostas de Orçamento do Estado para 2016 e para 2017, bem como o Programa de
Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas, serão analisados à luz das conclusões do II
Congresso das Empresas e das Atividades Económicas e das recomendações para o novo
Governo definidas superiormente, proporcionando assim uma intervenção coerente e
fundamentada da CIP junto do poder político e da opinião pública.
Será dada continuidade ao envolvimento da CIP no quadro da revisão da Estratégia Europa 2020
e plano para reforçar a União Económica e Monetária europeia.
O DAE dará particular atenção ao impacto nas empresas de eventuais custos de contexto
decorrentes de nova legislação que venha a ser proposta ou publicada.
Na linha da atuação desenvolvida nos anos anteriores e das orientações definidas
superiormente, será dada prioridade ao apoio a uma forte e fundamentada intervenção da CIP
na defesa de melhores condições de financiamento do setor produtivo, nomeadamente através
do fomento da recapitalização das empresas e do desenvolvimento de Mercados Especializados
no Financiamento das PME’s.
O DAE continuará a acompanhar atentamente a implementação dos programas operacionais
decorrentes do Programa Portugal 2020 e dos Programas da União Europeia, nomeadamente
Horizon 2020 (Investigação, Desenvolvimento e Inovação) e COSME (PME).
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 30
No quadro da participação da CIP na Coligação para o Crescimento Verde será assegurada a sua
participação em diversos Grupos de Trabalho, já designados.
O DAE continuará a prestar apoios de carácter técnico às atividades da Direção de Relações
Internacionais da CIP.
O apoio à intervenção institucional passará ainda pelas seguintes atividades:
Acompanhamento das principais linhas de financiamento a que as empresas podem
recorrer, bem como das medidas fiscais e parafiscais decorrentes dos Orçamentos do
Estado para 2016 e para 2017.
Apoio à intervenção da CIP na Comissão Permanente de Concertação Social, sobre
matérias económicas e financeiras.
Preparação de contributos para os Pareceres do Conselho Económico e Social,
nomeadamente em matérias que requeiram a participação da CIP no quadro da
Comissão Especializada Permanente de Política Económica e Social (CEPES).
Apoio à participação da CIP nos órgãos de acompanhamento no âmbito do Portugal
2020, de acordo com as orientações superiormente definidas a este respeito.
Apoiar a participação da CIP no Conselho Estratégico para a Internacionalização da
Economia (CEIE), na Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia
Agroalimentar (PARCA), na Plataforma de Acompanhamento das Relações nas Fileiras
Florestais (PARF) e no Programa Portugal Sou Eu.
Assegurar a participação da CIP no Grupo Técnico de apoio ao Comité de
Acompanhamento do “Small Business Act” e que tem por missão monitorizar o
progresso da Política Europeia das PME em Portugal.
Assegurar a resposta da CIP às solicitações recebidas do CNC (Conselho Nacional do
Consumo) relativamente a matérias importantes para os Associados.
Assegurar a participação da CIP, enquanto representante das PME designado pela
DGAE- Direcção-Geral das Atividades Económicas, na campanha da Comissão Europeia
“Semana Europeia das PME” (“SME Week”), juntamente com o IAPMEI.
Participação nas reuniões plenárias do Conselho Superior de Estatística, nas reuniões
das Secções Permanentes (Segredo Estatístico; Estatísticas Sociais e Estatísticas
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 31
Económicas) e nos Grupos de Trabalho (Estatísticas das Empresas; Estatísticas da
Educação e Formação; Estatísticas do Mercado do Trabalho; Classificações Económicas
e Sociais).
Representação da CIP na Comissão de Acompanhamento 1 do Plano Nacional de
Formação Financeira (PNFF), a qual visa contribuir para a disponibilização de recursos e
para a dinamização de projetos na área da formação financeira.
Procurar-se-á participar em Seminários e Conferências sobre assuntos que contribuam
para o aprofundamento técnico das questões económico-financeiras acerca das quais o
DAE é chamado a pronunciar-se.
2. ASSUNTOS INDUSTRIAIS
A situação política e económica que se vive na Europa criou novas dinâmicas nas políticas
europeias, designadamente no que respeita à energia e à eficiência no consumo de recursos,
estando em curso o estabelecimento, aos níveis europeu e nacional, de novos objetivos.
É de prever, em 2016, a necessidade de estudo ou de reação a iniciativas comunitárias e
nacionais nestes âmbitos, prevendo-se significativa atividade dos Conselhos Estratégicos de
Energia e de Ambiente e, também, esforço acrescido na preparação técnica dos pareceres desta
Confederação e das audiências da CIP com responsáveis governamentais.
Os contactos com os organismos oficiais das áreas da Economia, do Ambiente e da Energia serão
frequentes, continuando a CIP integrada nos vários Conselhos e Comissões permanentes e
disponível para integrar Comissões ou Grupos de Trabalho temporários.
O apoio aos Associados em ações específicas ou iniciativas por estes desenvolvidas, sempre que
requerido, será prioritariamente assegurado, tal como sucedeu em 2015.
A presença e intervenção da CIP em ações ou eventos será também assegurada sempre que tal
se considere necessário ou prestigiante.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 32
Energia
A estratégia do Governo em matéria de política energética será objeto de um acompanhamento
rigoroso, sendo assegurada intervenção, sempre que necessário ou solicitado, nos vários temas
relativos a energia.
Será dada especial relevância em 2016 aos seguintes temas prioritários:
No âmbito da atuação pública:
O prosseguimento do diálogo com o Governo e com a ERSE;
A articulação estreita com os Representantes eleitos dos consumidores industriais
no Conselho Consultivo e no Conselho Tarifário da ERSE, designadamente quanto
aos Regulamentos Tarifários;
O acompanhamento do mercado dos combustíveis através da presença do seu
representante no Conselho Nacional de Combustíveis;
A presença, ao nível adequado, em eventos ou outras iniciativas públicas relevantes.
Temas estratégicos:
A política europeia Energia-Clima;
A evolução dos preços da eletricidade e do gás natural, bem como dos encargos que
estes setores suportam;
A aprovação dos Planos de Desenvolvimento e Investimento nas redes de
distribuição de eletricidade e de gás natural;
As redes energéticas transeuropeias;
A fiscalidade sobre a energia.
Será assegurada, direta ou indiretamente, uma posição ativa da CIP nos seguintes Conselhos:
Conselho Nacional dos Combustíveis;
Conselhos Consultivo e Tarifário da ERSE;
Coligação para o Crescimento Verde – Energia e Clima.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 33
Ambiente
Será dado apoio à intervenção da CIP em favor de um enquadramento legislativo mais favorável
à atividade empresarial, sem prejuízo da manutenção de um diálogo construtivo e permanente
com as autoridades ambientais e, quando necessário, com as autoridades dotadas de
capacidade de inspeção.
Será assegurada uma participação ativa da CIP nas seguintes entidades:
CNADS - Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável;
CNA – Conselho Nacional da Água;
CCPCIP - Comissão Consultiva para a Prevenção e Controlo Integrados da Poluição;
CCRA – Conselho Consultivo para a Responsabilidade Ambiental;
CCERSAR – Conselho Consultivo da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e
Resíduos;
Coligação para o Crescimento Verde – Ambiente e Fiscalidade Ambiental.
Constituem prioridades para o ano de 2016:
No âmbito da atuação pública:
O diálogo com o Governo e com as autoridades ambientais;
A continuação das ações tendentes à abordagem integrada dos fatores ambientais
no licenciamento industrial das empresas e à minimização das licenças prévias,
designadamente o aperfeiçoamento da Plataforma do Licenciamento Único
Ambiental;
A defesa da concorrência face a Países Terceiros em sede do REACH - Registo,
Avaliação, Autorização e Restrição de Substâncias Químicas, através da participação
na Comissão Consultiva REACH e acompanhando as posições assumidas pela
BUSINESSEUROPE.
No âmbito dos temas:
A política europeia Energia-Clima;
A evolução da legislação e da organização do setor dos resíduos;
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 34
A regulamentação do âmbito e do regime das emissões industriais;
As iniciativas comunitárias e nacionais sobre a “economia circular”.
Licenciamento
A implementação da legislação sobre o licenciamento tem demonstrado a persistência de
muitos tipos de bloqueio ao cumprimento dos prazos e das sequências processuais.
A CIP continuará a acompanhar a evolução do SIR - Sistema Indústria Responsável e a identificar
e procurar minorar as causas dos bloqueios institucionais e o excesso de burocracia, intervindo
junto do Governo e da Administração Pública, produzindo posições sobre este tema,
comentando ou propondo alterações a projetos de legislação e integrando as Comissões e
Grupos de Trabalho que forem criados pelo Governo.
A CIP integra a Comissão Consultiva para a Prevenção e Controlo Integrados da Poluição
(CCPCIP) e continuará a participar nos trabalhos desta Comissão, onde mais eficazmente poderá
defender a contenção da burocracia, incluindo distorções ao carácter global envolvente dos
processos de licença ambiental e o seu acompanhamento posterior; e verificar a evolução das
licenças ambientais concedidas, nos planos global e sectorial, do ponto de vista quantitativo e
da complexidade dos seus conteúdos.
3. NA BUSINESSEUROPE
No âmbito da BUSINESSEUROPE, o DAE continuará a assegurar a representação da CIP nas
Comissões de Economia e Finanças, Assuntos Industriais, Mercado Interno, Empreendedorismo
e PME, e Assuntos Jurídicos (esta em articulação com o DAJSL).
O DAE acompanhará a evolução da situação económica a nível europeu e a conceção e execução
da política económica, intervindo através de tomadas de posição, pareceres e propostas no
âmbito das atividades da BUSINESSEUROPE.
Nas Comissões em que participa, o Departamento acompanhará os assuntos que têm especiais
implicações na atividade das empresas portuguesas. Participará, ainda, nos trabalhos de
elaboração do European Reform Barometer e dos Economic Outlook da Primavera e do Outono.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 35
Na Comissão ECOFIN será dada particular atenção à reforma da governação económica da
União Europeia, à revisão da Estratégia Europa 2020, ao plano da Comissão Europeia para o
investimento e à construção da União de Mercados de Capital.
No grupo de trabalho Política Regional acompanhar-se-á as questões relacionadas com o
acesso a fundos estruturais europeus.
No contexto da Comissão Empreendedorismo e PME, a participação da CIP incidirá sobre a
política comunitária das PME, onde a área do financiamento das empresas, da
internacionalização e melhor regulamentação ocuparão um lugar de destaque. A CIP
acompanhará a implementação do “Small Business Act”, a nível europeu e nacional, e, no
âmbito deste, as iniciativas e programas de maior relevo, nomeadamente, o Plano de Ação
para o Empreendedorismo, o Plano de Ação Verde para PME, a Semana Europeia das PME
e os instrumentos de apoio às PME (COSME, a iniciativa “PME” do Programa Horizon).
Na Comissão Mercado Interno será prioritário o reforço e aprofundamento do Mercado
Interno, a melhor implementação das suas políticas e regras, a eliminação dos obstáculos
ainda existentes, nomeadamente, à livre circulação de serviços e a implementação do
mercado único digital.
Na Comissão dos Assuntos Industriais, será dada prioridade ao acompanhamento das ações
para reforçar a indústria europeia e da evolução da política europeia em matéria de energia-
clima, envolvendo, sempre que possível, os Conselhos Estratégicos da CIP que se debruçam
sobre estas temáticas.
O DAE assegura a articulação com o Dr. Gonçalo Lobo Xavier, membro do Conselho Económico
e Social da UE indicado pela CIP e presentemente Vice-Presidente daquele órgão, e que
representa a Confederação no Grupo de Trabalho “Investigação e Inovação Tecnológica” que
integra a Comissão dos Assuntos Industriais da BUSINESSEUROPE.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 36
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E DELEGAÇÃO EM BRUXELAS
O Departamento de Relações Internacionais (DRI) tem por missão apoiar a Direção da CIP na
coordenação das relações com entidades internacionais e acompanhar os desenvolvimentos da
política de comércio externo.
No âmbito dos assuntos europeus, o DRI assume, desde 2014, a coordenação da intervenção da
CIP junto da BUSINESSEUROPE, e participando nas reuniões quinzenais de Delegados
Permanentes.
No âmbito das relações bilaterais, destaca-se o acompanhamento das visitas de congéneres
internacionais e a cooperação com a congénere Espanhola, CEOE, com a qual se realizará mais
uma Cimeira Empresarial, em paralelo à Cimeira politica.
O DRI continuará a preparar as propostas de posições da CIP e informação sobre da sua esfera
de competência, em particular no âmbito das relações com países terceiros, do comércio
internacional e do desenvolvimento, difundidos através dos meios de comunicação da CIP
(Revista, newsletter e redes sociais).
DELEGAÇÃO DE BRUXELAS
A representação da CIP em Bruxelas tem como missão defender e representar os interesses das
empresas portuguesas junto da BUSINESSEUROPE e das Instituições Europeias.
Em 2016, este trabalho continuará a ser desenvolvido através da sede da CIP em Lisboa,
mantendo-se, no entanto, uma delegação da CIP no edifício sede da BUSINESSEUROPE, em
Bruxelas, que não só permite o apoio logístico aos representantes da CIP que se deslocam a
Bruxelas, como também está disponível para realização de reuniões dos seus associados.
Tal como definido no plano para o triénio 2014-2016, será prosseguida a estratégia de reforço
da presença da CIP na Europa.
Neste contexto, a CIP acompanha, de forma regular e atenta, o processo de decisão europeu e
informa os seus associados sobre as questões europeias de maior relevo para a economia
nacional.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 37
Ao mesmo tempo, a CIP tem desenvolvido e continuará a reforçar a sua rede de contactos com
as Instituições Europeias, Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia
(REPER) e com as outras organizações empresariais filiadas na BUSINESSEUROPE.
Em 2016, a CIP pretende desenvolver iniciativas especificas que visam um maior envolvimento
dos associados nas temáticas europeias, destas iniciativas destacam-se:
Reuniões extraordinárias do Conselho Geral da CIP com Comissário Europeu, Carlos
Moedas, e com novo Embaixador REPER sobre o plano de atividades da Comissão para
2016 e oportunidades para empresas portuguesas;
Visita de Trabalho da Bruxelas da Direção CIP para reuniões com representantes
portugueses e com altos funcionários europeus;
Co-organização com AICEP do “Portugal Day”, a decorrer em Bruxelas.
A CIP continuará a apoiar os seus associados e empresas na identificação de interlocutores, no
agendamento de reuniões e na recolha de informação específica junto dos organismos
comunitários.
COMÉRCIO INTERNACIONAL
O DRI é responsável pela representação da CIP no Comité das Relações Internacionais da
BUSINESSEUROPE, no âmbito do qual continuará a assegurar que os interesses da economia
nacional e das empresas são tidos em conta na preparação das posições da BUSINESSEUROPE e
do Governo Português. Neste âmbito será dada particular atenção aos seguintes assuntos:
Negociações do Acordo Transatlântico de Comércio e Investimento – TTIP – entre a UE
e os EUA.
A implementação da estratégia da Política de Desenvolvimento da União Europeia, em
particular no que respeita ao comércio e investimento nos países africanos;
Negociações dos Acordos de Comércio Livre (ACL) com o Japão, MERCOSUL, com a
Indonésia e com Marrocos e de um possível Acordo Bilateral de Investimento UE-China.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 38
Implementação do acordo CETA concluído entre a UE e o Canadá.
A aplicação da política de comércio internacional da União Europeia no domínio das
matérias-primas, visando garantir o acesso sustentável a estes recursos.
O DRI continuará ainda a apoiar os seus associados nos processos dos Instrumentos de Defesa
Comercial em que estejam implicados, atuando em parceria com as entidades públicas, em
particular a DGAE - Direção Geral das Atividades Económicas e a Representação Permanente de
Portugal, em defesa dos interesses das empresas nacionais.
Este Departamento continuará a dar resposta a todas as solicitações, que se enquadrem na sua
área de intervenção, provenientes de diversas entidades públicas, entre as quais se realçam o
Ministério da Economia (DGAE - Direção Geral das Atividades Económicas), o Ministério dos
Negócios Estrangeiros e Embaixadas, preparando pareceres técnicos com base em consultas à
sua estrutura associativa.
O DRI continuará empenhado em informar os associados, por via eletrónica ou através da
organização de workshops, sobre os desenvolvimentos das políticas de comércio externo, dando
particular destaque às questões do Acesso aos Mercados que se apresentem como
oportunidades para as exportações de bens e serviços.
CONSELHOS CONSULTIVOS DA CIP
Conselho da Indústria Portuguesa
Os temas da reindustrialização e da competitividade da economia portuguesa serão a base da
atividade deste Conselho, atividade esta operacionalizada, em grande parte, pela atuação dos
seus Grupos de Trabalho, a saber:
Reindustrialização e Política Industrial;
Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação: ligações Universidade/Empresas;
Internacionalização das PME’s;
A Mobilidade Elétrica e a Indústria Portuguesa;
O IDE e os Fatores de Atratividade do País – “Doing Business In Portugal”;
A Competitividade e a Promoção Externa de Portugal;
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 39
Infraestruturas Portuárias (Gestão de Contentores) e Ferroviárias;
Financiamento às Empresas.
Conselho do Comércio Português
Em 2016, os trabalhos deste Conselho serão marcados pelos seguintes temas:
Código de Boas Práticas;
Prazos de pagamento;
Constrangimentos fiscais: IVA, Fiscalidade Verde;
Internacionalização do comércio e das marcas;
Licenciamento comercial;
Os novos desafios do e-commerce e o papel dos agentes económicos;
A importância das redes sociais para o comércio moderno;
Práticas colaborativas;
Transportes e logística.
Conselho do Turismo Português
Em 2016, o Conselho do Turismo Português debruçar-se-á, designadamente, sobre o seguinte:
Resultados e evolução do setor do turismo e importância do mesmo na economia
nacional, bem como perspetivas e desafios futuros;
Posicionamento do setor do turismo no quadro das alterações em curso a nível
internacional e suas implicações para Portugal;
Acompanhamento da problemática da promoção e comercialização da oferta turística
nas plataformas digitais;
Análise da eventual criação de um Monitor do Turismo para observação permanente do
setor no seio do Conselho;
Análise do Portugal 2020 enquanto instrumento alavancador do setor;
Proposta à Direção da CIP para envolvimento do sector do Turismo no projeto
“REGENERAÇÃO URBANA – UM NOVO IMPULSO”;
Acompanhamento da evolução da fiscalidade indireta no sentido de assegurar a
resposta às exigências do setor;
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 40
Preparação de proposta de parecer para a Direção sobre as consequências da
parafiscalidade na atividade do sector.
Conselho Associativo Regional
Em 2016, os temas mais determinantes a acompanhar serão:
Os constrangimentos principais para as empresas (já identificados pela CIP);
Evolução e execução do Portugal 2020;
O papel do associativismo empresarial.
Conselho Estratégico Nacional da Energia
Os principais temas a discutir pelo CENE serão os seguintes:
A Política Europeia de Energia e Clima;
Os preços da eletricidade e do gás natural;
As redes energéticas transeuropeias – interligações elétricas e gasistas dentro da
Península Ibérica e entre Espanha e França;
A fiscalidade sobre a energia.
Conselho Estratégico Nacional do Ambiente
Os principais temas a desenvolver por este Conselho serão os seguintes:
Política Europeia Energia e Clima;
Regulamentação do âmbito e do Regime das Emissões Industriais;
Economia Circular;
Política de resíduos;
Política de solos;
Política para a água;
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 41
Implementação do LUA;
Crescimento Verde (acompanhamento do dossier).
Conselho Estratégico Nacional da Saúde
Em 2016, o Conselho continuará a:
(i) Assumir o papel de parceiro na discussão e construção do futuro da saúde em Portugal; (ii) Trabalhar para alcançar os seus principais objetivos:
Urgência de assumir a saúde como setor económico (reconhecimento do setor da saúde como uma área económica importante, i.e., um setor económico sólido e relevante);
Preparação de novas formas de financiamento e organização;
Promoção da longevidade como valor.
Como órgão consultivo que é, o Conselho Estratégico Nacional da Saúde não deixará de, em
2016, consolidar a sua postura como entidade que alavanque propostas que deem à saúde o
seu devido peso económico, e a considerem como instrumento decisivo na definição das
Políticas Públicas.
Neste contexto, o Conselho debruçar-se-á, nomeadamente, sobre os seguintes assuntos:
Dificuldades de acesso à saúde;
Custos da medicina do trabalho (em termos transversais);
Dívidas do Estado ao setor;
Particularidades dos concursos;
Custo de acesso ao mercado.
A newsletter do Conselho, cuja difusão teve início em novembro de 2015, continuará a ser
distribuída mensalmente, tendo em vista a divulgação das suas atividades e a disponibilização
de informação pertinente sobre o setor da saúde.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 42
COMUNICAÇÃO
O Plano de Atividades para o triénio 2014-2016 impõe à CIP a definição de uma estratégia que
valorize a imagem pública da organização e dos seus dirigentes, que promova o associativismo
empresarial e que contribua para o desenvolvimento associativo – quer das associações e
empresas filiadas quer daquelas que ainda não se encontram representadas na Confederação.
Em 2014 e 2015, a CIP apostou fortemente na elaboração de uma estratégia coerente e eficaz
de comunicação digital, que incluiu a criação de um novo portal, a criação de uma nova
newsletter e a sistematização da comunicação nas redes sociais Facebook, Twitter, LinkedIn e
YouTube.
Estabilizados que estão os procedimentos inerentes à continuação da boa concretização do
projeto de comunicação digital, 2016 é o ano da aposta, por um lado, na promoção da
cooperação associativa, nacional e europeia, e por outro, na valorização da informação
produzida e eficácia na sua comunicação.
1. COOPERAÇÃO ASSOCIATIVA
REDE DE COMUNICAÇÃO BUSINESSEUROPE
Por considerarmos que a comunicação é, ou deve ser, um ponto central da estratégia de
crescimento e visibilidade da CIP e, por inerência, dos seus associados, pretendemos, em 2016,
reforçar o papel da CIP na rede de networking dinamizada pela BUSINESSEUROPE e que engloba
profissionais de comunicação de associações empresariais de toda a Europa. Este grupo de
trabalho funciona à distância, comunicando através de email, e reúne presencialmente duas ou
três vezes por ano. A atividade desenvolvida inclui troca de informação, partilha de ideias e
definição de linhas comunicacionais sobre temas específicos.
Acreditamos que a CIP poderá beneficiar muito em estreitar relações com esta rede, pois isso
irá permitir-lhe não só ter contacto com o que de melhor se faz ao nível da comunicação nas
nossas congéneres europeias e na própria BUSINESSEUROPE, um bom exemplo de comunicação
eficaz, mas também divulgar mais amplamente a sua própria atividade.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 43
REDE DE COMUNICAÇÃO CIP
Paralelamente a este reforço da nossa presença na Europa, e aproveitando o facto de estarmos
integrados numa rede europeia de excelência nesta área, propomo-nos criar, em 2016, um
grupo de trabalho semelhante, mas a nível nacional, constituído pelos responsáveis /
operacionais de comunicação das associações e empresas filiadas na CIP e outras que
consideremos relevantes pelo trabalho desenvolvido nesta área. Estas últimas poderão
posteriormente ser convidadas a filiar-se na CIP, podendo esta rede ser uma eventual
plataforma de angariação de novos associados.
Este grupo de trabalho, dinamizado pela CIP, constituirá uma rede de networking na área da
comunicação que englobe, idealmente, todas as organizações do Universo CIP e que promova a
partilha de informação, know-how e experiências, incentivando a cooperação entre pares, para
uma maior eficácia na comunicação individual e coletiva. Deverá também desenvolver projetos
de comunicação com as entidades que integram o grupo.
A vantagem da criação desta rede para a CIP e para as organizações que irão compor este grupo
de trabalho reside na possibilidade de difusão da sua mensagem por uma rede de contactos
muito mais alargada, o acesso a conteúdos diversificados para enriquecimento dos seus canais
e a oportunidade de pertencerem a uma rede de networking onde se pretende que sejam
divulgadas e discutidas as melhores práticas existentes a nível nacional e internacional.
Deste grupo de trabalho pretende-se que seja muito dinâmico, a funcionar remotamente com
as ferramentas online disponíveis, como o email e as redes sociais, e que reúna duas ou três
vezes por ano, de modo a fomentar não só uma ligação mais próxima da CIP com cada um dos
membros, mas, sobretudo, uma verdadeira relação de cooperação entre todos os integrantes
do grupo.
RELAÇÃO COM OS ASSOCIADOS
Para 2016 a CIP tem como uma das suas principais prioridades o estreitar efetivo de laços com
os seus associados, de que são prova duas das três propostas apresentadas anteriormente.
Há, no entanto, três iniciativas que pretendemos levar a cabo em 2016 que nos vão permitir
comunicar melhor e com mais eficácia com os nossos associados:
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 44
1. A realização de um inquérito de satisfação, que se pretende que seja anual, que nos
permita compreender qual a perceção que os associados têm do nosso trabalho, qual o
seu grau de satisfação em pertencer à CIP e de que forma é que podemos melhorar os
serviços prestados.
2. Uma atualização da nossa base de dados, feita a partir do envio dos dados que temos,
para cada associado, para validação ou correção. Como da nossa base de dados já consta
a informação dos responsáveis pelos diversos departamentos de cada organização, esta
atualização vai permitir-nos aumentar o nível de eficácia das nossas comunicações e
direcionar a mensagem.
3. O estudo de viabilidade da implementação de um sistema de partilha de informação
com os associados na cloud, através da utilização da ferramenta Office 365, já
implementada na CIP.
2. VALORIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO CIP
Uma das atividades fundamentais da CIP e um dos principais serviços que presta aos seus
associados é a produção de informação de interesse para as empresas, seja ela de cariz
associativo, jurídico, económico, europeu ou internacional.
Esta informação produzida pela CIP é de uma enorme relevância e, por isso mesmo, merece uma
atenção especial, quer no que diz respeito à imagem, quer à forma como é divulgada.
Assim, e após uma análise detalhada de vários documentos produzidos internamente pelos
diversos departamentos da Confederação, propomos que seja criado um modelo para todos os
documentos informativos produzidos na CIP, com uma imagem uniforme que cumpra as regras
e recomendações constantes do Kit de Normas Básicas da CIP, onde podemos encontrar os
fundamentos para uma correta aplicação da identidade da marca. Esta uniformização da
imagem é benéfica no sentido da criação de um sentimento de identificação com as peças
informativas produzidas.
Esta oportunidade será também aproveitada para renovarmos e modernizarmos a imagem das
nossas peças de comunicação, tornando-as mais apelativas para quem as lê.
Paralelamente à uniformização da imagem das peças informativas da CIP, propomos que seja
também criado um formato de comunicação por email com uma imagem coerente com a dos
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 45
documentos, que nos permita distribuir esta informação pelos nossos associados e que esta seja
imediatamente identificada como sendo informação CIP.
É também muito importante definir os públicos-alvo de cada informação específica, de forma a
conseguirmos uma comunicação mais orientada e, consequentemente, mais eficaz. Para este
efeito, é muito importante a implementação da proposta feita anteriormente de atualizarmos a
nossa base de dados com os contactos dos responsáveis por cada departamento.
3. GESTÃO DA COMUNICAÇÃO
Paralelamente a estes dois desafios, a CIP continuará a promover uma política de comunicação
que lhe permita valorizar, junto da opinião pública, dos diferentes poderes políticos e
institucionais e, em especial, das associações e empresas, o trabalho que desenvolve, as
propostas que apresenta e, de uma maneira geral, as suas causas matriciais na defesa
sistemática e consistente das Associações e Empresas filiadas.
Para tal, dará seguimento às seguintes ações:
1. Manter os públicos-alvo da CIP devidamente informados sobre a atividade e sobre os
documentos produzidos pela Confederação.
2. Harmonizar e integrar a imagem da CIP, valorizando a marca e o logo CIP.
3. Promover a cooperação entre os departamentos de comunicação do Universo CIP.
4. Gerir o processo de produção da revista INDÚSTRIA, do planeamento à
produção/seleção de conteúdos, da edição à impressão (4 edições anuais).
5. Colaborar com todos os eventos que a CIP venha a promover, através da comunicação
e produção de conteúdos.
6. Monitorizar e dinamizar o programa de clipping eletrónico de notícias de imprensa e
on-line, promovendo a sua interligação com o portal e com as redes sociais.
7. Garantir a atualização permanente da Apresentação Institucional da CIP
8. Mediar as relações com os meios de comunicação social.
PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 46
9. Elaborar notas informativas sobre assuntos relevantes.
10. Atualizar permanente o Portal da CIP nas áreas que o compõem:
• Conteúdos estáticos/permanentes – Quem Somos, Pedidos de Adesão,
Contactos e Localização.
• Produção de conteúdos e gestão de destaques – intervenções públicas, artigos
e entrevistas, conteúdos noticiosos próprios e conteúdos noticiosos de terceiros
(clipping).
• Associativismo – manutenção permanente da base de dados de associados
atualizada (em articulação com o Departamento de Associativismo).
• Agenda – ações CIP, ações de associados e calendário de interesse para a
comunidade empresarial.
• Revista e Newsletter – manter atualizadas as galerias destes dois suportes de
comunicação.
• Galerias Multimédia – publicar todos os conteúdos de imagem relevantes para
a estratégia de comunicação da CIP.
• Arquivo – alimentar e manter atualizado um centro documental da CIP no
portal, que reúna posições e documentos relevantes em cada uma das áreas de
atividade.
11. Alimentar em conteúdo e forma os canais da CIP nas Redes Sociais: Facebook, Twitter,
LinkedIn e YouTube, promovendo a sua interligação com o portal.
12. Gerir a produção da Newsletter Institucional da CIP - conteúdos, edição e envio.
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