Plano Diretor Estratégico e Planos Regionais do município de São Paulos

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Plano Diretor e Planos Regionais EstratégicosEstudos de caso

Geógrafa Ma. Ana Lucia Gomes dos Santos

� A Constituição Federal de 1988 considera o

Plano Diretor instrumento básico da Política de

Desenvolvimento e de Expansão Urbana.

� Os municípios brasileiros com mais de 20 mil

habitantes devem elaborar o seu Plano Diretor.

Antecedentes:

� O Estatuto da Cidade, Lei Federal n°10.257/2001

disciplina os instrumentos de política urbana em

âmbito nacional.

� O Plano Diretor Estratégico deve aplicar os novos

instrumentos de gestão urbana previstos no

Estatuto da Cidade.

Antecedentes:

LEI n° 13.430 de 13 de setembro de 2002Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo

� Reconhece os direitos básicos da cidadania à

moradia, ao meio ambiente saudável, à

mobilidade, à paisagem, à acessibilidade aos

diversos serviços e equipamentos urbanos,

além do direito ao trabalho e à renda.

LEI n° 13.430 de 13 de setembro de 2002Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo

� O Plano Diretor Estratégico é um instrumento global e estratégico da política de desenvolvimento urbano.

� Art. 5º – Este Plano Diretor Estratégico tem como prazos:

I - 2006 para o desenvolvimento das ações estratégicas previstas, proposição de ações para o próximo período e inclusão de novas áreas passíveis de aplicação dos instrumentos do Estatuto da Cidade;

II - 2012 para o cumprimento das diretrizes propostas;

Título I – da conceituação, finalidade, abrangência e objetivos gerais do Plano Diretor Estratégico.

Título II – das políticas públicas: objetivos, diretrizes e ações estratégicas.

Título III – do plano urbanístico-ambiental.

Título IV – da gestão democrática do sistema de planejamento urbano.

Título V – das disposições gerais e transitórias.

LEI n° 13.430 de 13 de setembro de 2002Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo

Título I – da conceituação, finalidade, abrangência e objetivos gerais do Plano Diretor Estratégico.

-Estabelece a Política Urbana do Município, que tem como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e o uso socialmente justo do seu território.

LEI n° 13.430 de 13 de setembro de 2002Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo

Título II – das políticas públicas: objetivos, diretrizes e ações estratégicas.

-São definidos objetivos, diretrizes e ações estratégicas para as políticas públicas setoriais, especialmente para os setores de educação, saúde, assistência social, cultura, esporte, lazer e recreação, segurança pública e abastecimento.

LEI n° 13.430 de 13 de setembro de 2002Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo

Título III – do plano urbanístico-ambiental.

-São apresentadas as políticas ambientais e de desenvolvimento urbano

Macrozonas:

-Proteção ambiental

-Estruturação e qualificação urbana –subordinada ao Planos Regionais das Subprefeituras

LEI n° 13.430 de 13 de setembro de 2002Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo

LEI n° 13.430 de 13 de setembro de 2002Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo

Macrozona de Proteção Ambiental

-A expansão urbana fica condicionada a

controles ambientais, visto que são áreas com

elevada biodiversidade e áreas de

mananciais.

LEI n° 13.430 de 13 de setembro de 2002Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo

Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana

-As ações visam à qualificação do ambiente

construído e habitado.

LEI n° 13.430 de 13 de setembro de 2002Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo

Título IV – da gestão democrática do sistema de planejamento urbano.

-Fixa os mecanismos de participação da população na formulação, execução e acompanhamento do plano

-Fixa a elaboração dos Planos Regionais das Subprefeituras

LEI n° 13.430 de 13 de setembro de 2002Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo

Título V – das disposições gerais e transitórias.

-Cuida da fase de transição entre a publicação da Lei do Plano Diretor Estratégico e a revisão da Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo.

LEI n° 13.430 de 13 de setembro de 2002Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Complementa o Plano Diretor Estratégico, institui os Planos Regionais Estratégicos das Subprefeituras, dispõe sobre o parcelamento, disciplina e ordena o Uso e Ocupação do Solo do Município de São Paulo.

-O Plano Diretor Estratégico estabeleceu o conteúdo mínimo dos Planos Regionais Estratégicos, elaborados pelas Subprefeituras.

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

-São 31 Planos Regionais Estratégicos,

com características distintas,

respeitando as especificidades de cada

Subprefeitura.

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

Zoneamento

Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana

Zonas Especiais

Macrozona de Proteção Ambiental

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

Zoneamento

Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana

ZER ZER –– Zona Exclusivamente ResidencialZona Exclusivamente Residencial

Padrão de ocupação residencial, com loteamentos e condomínios

residenciais, compreende áreas urbanas

existentes com bom padrão de ocupação e

urbanização. Uso exclusivamente residencial.

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

Zoneamento

Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana

ZPI ZPI –– Zona Predominantemente IndustrialZona Predominantemente Industrial

Zona destinada a implantação

de usos diversificados, onde a

preferência é dada aos usos industriais

e às atividades não-residenciais.

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

Zoneamento

Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana

ZM ZM –– Zona MistaZona Mista

Áreas destinadas a implantação de usos residenciais e não-

residenciais, com comércio, serviços e

atividade industrial existindo de forma

integrada a usos residenciais.

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

Zoneamento

Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana

ZCP ZCP –– Zona Centralidade PolarZona Centralidade Polar

Implantadas ao longo dos eixos de transportes e da rede hídrica,

com uma maior concentração de usos.

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

Zoneamento

Zonas Especiais

ZEIS ZEIS –– Zona Especial de Interesse SocialZona Especial de Interesse Social

Destina-se à recuperação urbanística e tem como finalidade dotar

os assentamentos habitacionais precários de

infra-estrutura básica de saneamento

ambiental e equipamentos sociais.

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

Zoneamento

Zonas Especiais

ZEPAM ZEPAM –– Zona Especial de ProteZona Especial de Proteçção Ambientalão Ambiental

Zonas destinadas à preservação da biota,

à proteção e à recuperação dos recursos hídricos e

à proteção de áreas de risco geotécnico.

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

Zoneamento

Zonas Especiais

ZEPAG ZEPAG –– Zona Especial de ProduZona Especial de Produçção Agrão Agríícola e de Extracola e de Extraçção Mineralão Mineral

São áreas onde o Plano Regional

Estratégico expressa interesse em manter

e promover atividades agrícolas e de

extração mineral.

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

Zoneamento

Zonas Especiais

ZEPEC ZEPEC –– Zona Especial de PreservaZona Especial de Preservaçção Culturalão Cultural

Destina-se à preservação, recuperação e manutenção de imóveis

ou paisagens de interesse histórico, cultural,

artístico, arqueológico, paisagístico e ambiental,

podendo configurar como sítios imóveis ou

conjuntos urbanos.

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

Zoneamento

Zonas Especiais

ZOE ZOE –– Zona de OcupaZona de Ocupaçção Especialão Especial

São porções do território destinadas a

abrigar atividades que, por suas características

únicas, necessitam de tratamento especial.

Por exemplo, a área do Autódromo de Interlagos.

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

Zoneamento

Macrozona de Proteção Ambiental

ZCPpZCPp –– Zona Centralidade Polar de ProteZona Centralidade Polar de Proteçção Ambientalão Ambiental

Nessa zona predomina as atividades de comércio e serviços.

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

Zoneamento

Macrozona de Proteção Ambiental

ZMpZMp –– Zona Mista de ProteZona Mista de Proteçção Ambientalão Ambiental

Apresenta um padrão misto de ocupação com atividades rurais e

usos urbanos dispersos.

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

Zoneamento

Macrozona de Proteção Ambiental

ZPDS ZPDS –– Zona de ProteZona de Proteçção e Desenvolvimento Sustentão e Desenvolvimento Sustentáávelvel

Essa zona tem como função básica compatibilizar a conservação

da natureza com o uso sustentável da parcela de

recursos existente na região.

LEI n° 13.885 de 25 de agosto de 2004Planos Regionais Estratégicos

Zoneamento

Macrozona de Proteção Ambiental

ZLT ZLT –– Zona de Lazer e TurismoZona de Lazer e Turismo

Zonas destinadas a usos de lazer,

turismo e atividades correlatas, que

observem medidas de conservação da

natureza.

Zoneamento Subprefeitura Capela do Socorro

Estudo de caso 1

� Denúncia: deposição de resíduos (entulho, terra, lixo e materiais diversos) e corte de árvores.

� Local: Subprefeitura Capela do Socorro.

Estudo de caso 1

� Constatações: dano/corte de árvores (três exemplares)

Estudo de caso 1

� Constatações: deposição de resíduos

Estudo de caso 1

Zoneamento Vegetação Significativa

Estudo de caso 1

Deposição de resíduos

Volume de resíduos (entulho, terra e lixo)

209,3m³

Estudo de caso 1: Legislação

-Lei Municipal 10.365/87: a vegetação arbórea do Município de São Paulo é bem de interesse comum a todos os munícipes.

-Lei Municipal 13.885/04: Plano Regional Estratégico da Subprefeitura Capela do Socorro, Zona de Lazer e Turismo – ZLT.

-Lei Estadual 9.866/97: estabelece novos critérios e procedimentos para a Proteção dos Mananciais do Estado de São Paulo.

-Lei Estadual 12.300/06: institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos.

-Lei Federal 9.605/98: dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

-Decreto Federal 6.514/08: regulamenta a Lei Federal 9.605/98.Art. 62º, inciso V: Lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou atos normativos. Multa mínima R$5.000,00.

Art. 72°, Inciso I: Destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei. Multa mínima R$10.000,00.

2- Dano/Corte de exemplar arbóreo:Multa mínima de R$10.000,00 X 3 = R$30.000,00

1- Lançar resíduo sólido:Multa mínima R$5.000,00 X 209,3 m³ resíduos = R$1.046.500,00

+

Estudo de caso 1Sanções: Multa

O infrator deve promover a recuperação ambiental da área degradada!!!

Estudo de caso 2

� Denúncia: Construção em Área de Preservação Permanente

� Local: Subprefeitura Parelheiros

Estudo de caso 2

� Constatações: Construção em Área de Preservação Permanente.

Estudo de caso 2

Localização

Estudo de caso 2

Localização

Estudo de caso 2

Zoneamento Vegetação Significativa

Estudo de caso 2: Legislação

-Lei Municipal 13.885/04: Plano Regional Estratégico da Subprefeitura Parelheiros, Zona Mista de Proteção – ZMp.

-Lei Estadual 9.866/97: estabelece novos critérios e procedimentos para a Proteção dos Mananciais do Estado de São Paulo.

-Lei Federal n°4.771/1965: institui o Código Florestal, considera-se de preservação permanente as florestas e demais formas de vegetação natural situadas: a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima seja: 1) De 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura;

-Lei Federal 9.605/98: dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

-Decreto Federal 6.514/08: regulamenta a Lei Federal 9.605/98.Art. 74 - Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida: Multa mínima de R$ 10.000,00.

Estudo de caso 2Sanções: Multa

O infrator deve promover a recuperação ambiental da área degradada!!!

Multa de R$10.000,00 por promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida – Prevista no Art. 74 do Decreto Federal n°6.514/08.

Obrigada!

Ana Lucia SantosEmail: anagomesan@prefeitura.sp.gov.br

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