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PLANO LOCAL DE SAÚDE
2015-2019
ACES Algarve Central
Revisão Outubro 2017
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
2
Ficha técnica
Este documento foi elaborado pela coordenadora do Observatório Local de Saúde da
Unidade de Saúde Pública do ACES Central.
Directora Executiva
Dra. Gabriela Peixoto
Conselho Clínico e da Saúde
Dr. Valério Rodrigues
Dra. Elisabete Serrada
Enfª Elsa Maia
Dra. Sílvia Correia
Coordenador da USP
Dr. Joaquim Bodião
Coordenadora do Observatório Local de Saúde
Dra. Elisabete Serrada
Outubro 2017
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
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i. Agradecimentos
Agradecimentos ao Dr. Francisco Mendonça, ao Departamento de Saúde Pública e
Planeamento da ARS Algarve, a todos os coordenadores das Unidades Funcionais, aos
elementos do Conselho Clínico e de Saúde do ACES Central (mandatos 2013-2015 e 2016-
2019) e ao Dr. João Brito Camacho da Unidade de Saúde Pública por todo o apoio técnico.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
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ii. Siglas e Abreviaturas
ACES Agrupamento de Centros de Saúde
ACSS Administração Central dos Serviços de Saúde
ARS Administração Regional de Saúde
AVC Acidente Vascular Cerebral
APVP Anos Potenciais de Vida Perdidos
BCG vacina contra a tuberculose (Bacille Calmette-Guérin)
CHA, EPE Centro Hospitalar do Algarve, EPE
CID 9 – CM Classificação Internacional das Doenças – 9ª Revisão- Modificação Clínica
CID 10 Classificação Internacional das Doenças – 10ª Revisão
CSP Cuidados de Saúde Primários
DALY Disability-Adjusted LifeYear
DCV Doenças Cerebrovasculares
DDO Doenças Transmissíveis de Declaração Obrigatória
DIC Doença Isquémica do Coração
DGS Direcção-Geral da Saúde
DPOC Doença Obstrutiva Crónica
DSPP Departamento de Saúde Pública e Planeamento da ARS Algarve, IP
DTPa vacina contra difteria, tétano e tosse convulsa acelular, doses pediátricas
ETAR Estação de Tratamento de Águas Residuais
EUROSTAT Serviço de Estatística da União Europeia
GDH Grupos de Diagnóstico Homogéneo
H Homem
Hab. Habitantes
HTA Hipertensão arterial
Hib vacina contra doença invasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b
HPV vírus do papiloma humano
ICPC-2 Classificação Internacional de Cuidados Primários – 2ª edição
IEFP, IP Instituto de Emprego e Formação Profissional, IP
IPSS Instituição Particular de Solidariedade Social
INE, I.P. Instituto Nacional de Estatística, I.P.
INS Inquérito Nacional de Saúde
INSAAR Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e Águas Residuais
ISF Índice Sintético de Fecundidade
LES Lista Europeia Sucinta para Causas de Morte
M Mulher
Men C vacina contra doença invasiva por Neisseria meningitidis do grupo C
MIF Mulher em Idade Fértil
MM Mortalidade Materna
Nº Número
NUTS Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins Estatísticos
NV Nados Vivos
OE Objectivo estratégico
OMS Organização Mundial de Saúde
PALOP Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
PLS Plano Local de Saúde
RMG Rendimento Mínimo Garantido
RSI Rendimento Social de Inserção
S. Brás São Brás de Alportel
SIARS Sistema de Informação da ARS
SIDA Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
SINAVE Sistema de Informação Nacional de Vigilância Epidemiológica
SINUS Sistema de Informação
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
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SNS Serviço Nacional de Saúde
SVIG-TB Sistema de Vigilância da Tuberculose
TB Tuberculose
TBM Taxa Bruta de Mortalidade
TBN Taxa Bruta de Natalidade
TCM Taxa de Crescimento Migratório
TME Taxa de Mortalidade Específica
TMI Taxa de Mortalidade Infantil
TMP Taxa Mortalidade Padronizada pela idade
Tx Taxa
UE União Europeia
UCC Unidade de Cuidados na Comunidade
UCSP Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados
UF Unidades Funcionais do ACES
USF Unidade de Saúde Familiar
USP Unidade de Saúde Pública
VASPR vacina contra sarampo, parotidite epidémica e rubéola
VHB vírus da hepatite B. vacina contra hepatite B
VIH Vírus da Imunodeficiência Humana
VIP vacina monovalente contra a poliomielite
€ Euro
Km Quilómetro
% Percentagem
%0 Permilagem
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
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Índice
1 Introdução......................................................................................................................................................................................... 10
2 Metodologia ...................................................................................................................................................................................... 11
3 Diagnóstico da Situação de Saúde da População do ACES Central ..................................................................................... 13
3.1 Caracterização da população .............................................................................................................................................. 13
3.1.1 Quem somos? ............................................................................................................................................................ 13
3.1.2 Como vivemos? ........................................................................................................................................................ 25
3.1.3 De que morremos? ................................................................................................................................................... 37
3.1.4 De que adoecemos? ................................................................................................................................................. 51
3.1.5 Que escolhas fazemos? ............................................................................................................................................ 65
4 Quadro Resumo - Principais Indicadores Saúde 2015 ............................................................................................................. 70
5 Identificação dos recursos ............................................................................................................................................................. 71
5.1 Serviços de Saúde ................................................................................................................................................................. 71
5.2 Recursos da Comunidade ................................................................................................................................................... 73
6 Identificação e Priorização dos principais problemas de Saúde ............................................................................................. 74
6.1 Identificação dos problemas de Saúde ............................................................................................................................. 74
6.2 Priorização dos principais problemas de Saúde ............................................................................................................. 76
7 Necessidade em Saúde .................................................................................................................................................................... 80
7.1 Diminuir a prevalência e mortalidade por Diabetes Mellitus ...................................................................................... 81
7.2 Optimizar a resposta no âmbito da saúde mental ......................................................................................................... 82
7.3 Diminuir a prevalência e mortalidade por doenças cérebro-vasculares .................................................................... 83
8 Estratégias de Saúde ........................................................................................................................................................................ 84
8.1 Recursos e estratégias para diminuir a prevalência e a mortalidade por Diabetes Mellitus ................................... 85
8.2 Recursos e estratégias para optimizar a resposta no âmbito da saúde mental ......................................................... 86
8.3 Recursos e estratégias para diminuir a prevalência e a mortalidade por doenças cérebro-vasculares ................. 88
9 Objectivos Estratégicos e Operacionais do ACES Central 2017 para cada objectivo da ARS Algarve ........................ 91
9.1 OE 1. Devolver a confiança no SNS na Região ........................................................................................................... 91
9.2 OE 2. Melhorar a qualidade e promover a equidade no acesso aos serviços de saúde da Região ..................... 92
9.3 OE 3. Reforçar o acompanhamento na execução das políticas de saúde, planos, programas de saúde e
aperfeiçoar os instrumentos de avaliação dos resultados .............................................................................................................. 95
9.4 OE 4. Contribuir para uma melhor articulação no processo de contratualização entre os diferentes níveis de
cuidados: cuidados de saúde primários, cuidados continuados integrados e os cuidados hospitalares ............................... 96
9.5 OE 5. Melhorar a governação do SNS em termos de sustentabilidade e ao nível da prestação de cuidados de
qualidade, com otimização e valorização dos recursos humanos e materiais ........................................................................... 97
9.6 OE 6. Melhorar os diálogos interno e externo tendo em vista uma comunicação de excelência, promovendo
uma participação ativa dos profissionais e dos cidadãos na concretização das estratégias da Região ................................. 98
9.7 Metas e indicadores chave .................................................................................................................................................. 99
10 Recomendações para intervenção/operacionalização do PLS ...................................................................................... 100
11 Monitorização e avaliação do PLS ...................................................................................................................................... 101
12 Anexos ...................................................................................................................................................................................... 102
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
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Índice dos Quadros
Quadro 1.População residente no ACES Central segundo o local de residência e sexo (2015 e 2016) ............. 13
Quadro 2.Evolução da densidade populacional (2012-2016) ..................................................................................... 13
Quadro 3. Distribuição da população estrangeira que solicitou o estatuto de residência em 2014 segundo o
concelho e proporção de estrangeiros residentes por concelho em 2015 ................................................................ 14
Quadro 4. Distribuição da população estrangeira com estatuto legal de residência na Região Algarve, segundo
a nacionalidade (2014) ....................................................................................................................................................... 14
Quadro 5. Variação populacional (Nº) por concelho de residência em 2014-2016 ............................................... 15
Quadro 6. Taxa de crescimento migratório (TCM) e taxa de crescimento efectivo (Tx. C Efect) por local de
residência (2015 e 2016) .................................................................................................................................................... 15
Quadro 7. Evolução da variação populacional (Nº) por concelho de residência (2012-2016) ............................ 16
Quadro 8. Taxas brutas de natalidade e mortalidade por local de residência (2015 e 2016) ................................ 16
Quadro 9. População Inscrita (Nº) no ACES Central por unidade funcional com e sem médico de família
atribuído (Novembro 2015) ............................................................................................................................................. 18
Quadro 10. População inscrita (Nº) e população activa (Nº) por unidade funcional dos concelhos de
Albufeira e Faro (Novembro 2015) ................................................................................................................................ 19
Quadro 11. População inscrita (Nº) e população activa (Nº) por unidade funcional dos concelhos de Loulé,
Olhão e S. Brás e no ACES Central (Novembro 2015) .............................................................................................. 20
Quadro 12. População inscrita (Nº e unidades ponderadas) no ACES Central por unidade funcional com
médico de família atribuído 31/12/2016 ....................................................................................................................... 21
Quadro 13. Índice de envelhecimento e índice de dependência dos idosos por local de residência (2015 e
2016) ..................................................................................................................................................................................... 22
Quadro 14. Principais indicadores de natalidade nos concelhos do ACES Central (2013-2016) ........................ 24
Quadro 15. Evolução da esperança de vida à nascença segundo o local de residência (por triénios) ................ 24
Quadro 16. População empregada (%) por concelho de residência e sector de actividade (2011) ..................... 25
Quadro 17. Evolução da população empregada (%) por sector de actividade no Continente, Algarve e ACES
Central (2001-2011) ........................................................................................................................................................... 25
Quadro 18. Evolução do número de desempregados inscritos no IEFP, por local de residência (2012-2014) 26
Quadro 19. Evolução da taxa de desempregados inscritos no IEFP por 1000 habitantes em idade activa (> 15
anos), por local de residência (2012-2014) ..................................................................................................................... 26
Quadro 20. Percentagem de desempregados inscritos no IEFP (> 15 anos), por local de residência (2016) ... 26
Quadro 21. Distribuição da população idosa residente no Continente, Algarve e ACES Central, segundo a
idade (2014) ......................................................................................................................................................................... 27
Quadro 22. Evolução da população idosa residente no Continente, Algarve e ACES Central (2014-2016) .... 27
Quadro 23. Distribuição do Nº de Residentes por locais censitários (2011)........................................................... 28
Quadro 24. Idosos ≥ 65anos que vivem só por local de residência (%) (2011) ..................................................... 28
Quadro 25. Nº de idosos que não consegue tomar banho ou vestir-se sozinho por grupo etário e local de
Residência (2011)................................................................................................................................................................ 29
Quadro 26. Distribuição dos Beneficiários de Rendimento Social de Inserção por local de residência no
Continente, Algarve e ACES Central (2014 e 2015) .................................................................................................... 30
Quadro 27. Evolução do número de beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido e RSI da segurança
social por local de residência (2014-2016) ..................................................................................................................... 30
Quadro 28. Evolução do Nº de Pensionistas da Segurança Social nos Concelhos do ACES Central (2012-
2015) ..................................................................................................................................................................................... 30
Quadro 29. Capacidade (Nº) das Respostas Sociais no Algarve e ACES Central 2014 ........................................ 32
Quadro 30. Distribuição da população idosa (≥65 anos) por concelho do ACES central (2014 e 2016) ......... 32
Quadro 31. Criminalidade por local de ocorrência e tipo de crime (2014) .............................................................. 33
Quadro 32. Evolução da taxa de criminalidade por local de ocorrência (2014-2016) ........................................... 33
Quadro 33. Estabelecimentos de ensino (público e privado) nos concelhos do ACES Central (2014 e 2016) 35
Quadro 34. Distribuição da população escolar matriculada (público e privado) nos concelhos do ACES
Central por nível de ensino (2014 e 2016) ..................................................................................................................... 35
Quadro 35. Água segura (%) por localização geográfica em 2014 ............................................................................ 36
Quadro 36. Evolução do Nº de Óbitos no Algarve e ACES Central (2007-2016) ................................................ 37
Quadro 37. Taxa bruta mortalidade por 1000 habitantes no Algarve e ACES Central (2007-2016) .................. 38
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
8
Quadro 38. Taxa bruta mortalidade por 1000 habitantes por local de residência (2014 e 2016) ......................... 38
Quadro 39. Taxa de Mortalidade Padronizada* pela idade/100000 habitantes, no Algarve e ACES Central
(2013) .................................................................................................................................................................................... 39
Quadro 40. Taxa de Mortalidade Padronizada (<75 anos) pela idade, por 100000 habitantes, para algumas
causas de morte, no Algarve e ACES Central (2010-2012) ........................................................................................ 39
Quadro 41. Distribuição percentual dos óbitos no ACES Central por algumas causas de morte (codificação da
lista sucinta europeia) (2013 e 2015) ............................................................................................................................... 42
Quadro 42. Distribuição proporcional da mortalidade por algumas causas de morte (ambos sexos e todas as
idades) nos concelhos do ACES Central (2013) ........................................................................................................... 42
Quadro 43. Nº de Óbitos Infantis e Taxa de Mortalidade Infantil por 1000 nados vivos em Portugal, no
Algarve e ACES Central (2007-2014) ............................................................................................................................. 44
Quadro 44. Nº de óbitos fetais tardios e Taxa de Mortalidade Fetal Tardia por 1000 nados vivos e fetos
mortos com 28 ou mais semanas em Portugal, no Algarve e ACES Central (2007-2014) ................................... 45
Quadro 45. Nº de óbitos neonatais precoces e Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce por 1000 nados vivos
em Portugal, no Algarve e ACES Central (2007-2014) ............................................................................................... 46
Quadro 46. Nº de óbitos perinatais e Taxa de Mortalidade Perinatal por 1000 Nados vivos e fetos mortos
com 28 ou mais semanas em Portugal, no Algarve e ACES Central (2007-2014) ................................................. 46
Quadro 47. Nº de óbitos neonatais e Taxa de Mortalidade Neonatal por 1000 Nados vivos em Portugal, no
Algarve e ACES Central (2007-2014) ............................................................................................................................. 47
Quadro 48. Número de óbitos, Mortalidade Proporcional por causa de morte e Taxas de Mortalidade
Específica (TME) por 100.000 habitantes, para algumas das causas de morte no ACES Central (2013) .......... 48
Quadro 49. Taxa de mortalidade específica por tumores malignos (‰) no Continente, Algarve e concelhos do
ACES Central (2013) ......................................................................................................................................................... 48
Quadro 50. Taxa de APVP * aos 70 anos por 100000 habitantes nos óbitos por todas as causas, segundo o
sexo no Algarve e ACES Central (2013) ........................................................................................................................ 49
Quadro 51. Evolução da percentagem de Utentes Inscritos com diagnóstico activo “Hipertensão” nos
Cuidados Saúde Primários no Algarve e no ACES Central (2012 e 2014) .............................................................. 51
Quadro 52. Diagnóstico e registo de Hipertensão arterial (HTA) nos utentes inscritos activos por unidade
funcional do ACES Central e na população por concelho de residência (2014) .................................................... 52
Quadro 53. Diagnóstico e registo de Diabetes nos utentes inscritos activos por unidade funcional do ACES
Central e na população por concelho de residência (2014) ........................................................................................ 53
Quadro 54. Evolução da percentagem de diabéticos nos utentes inscritos nos Cuidados Saúde Primários em
Portugal Continental, no Algarve e ACES Central (2012-2014)................................................................................ 54
Quadro 55. Complicações da Diabetes nos utentes inscritos activos por unidade funcional do ACES Central e
na população por concelho de residência (2014) .......................................................................................................... 54
Quadro 56. Vigilância do pé Diabético nos utentes inscritos activos por unidade funcional do ACES Central e
na população por concelho de residência (2014) .......................................................................................................... 55
Quadro 57. Amputação Major nos doentes Diabético activos por unidade funcional do ACES Central e na
população por concelho de residência (2014) ............................................................................................................... 56
Quadro 58. Diagnostico e registo de Perturbações Depressivas nos utentes inscritos activos por unidade
funcional do ACES Central e na população por concelho de residência (2014) .................................................... 57
Quadro 59. Diagnostico e registo de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica nos utentes inscritos activos por
unidade funcional do ACES Central e na população por concelho de residência (2014) ..................................... 58
Quadro 60. Número de notificação e de casos confirmados de doenças de declaração obrigatória nos
concelhos do ACES Central (2015) ................................................................................................................................ 59
Quadro 61. Distribuição das notificações de doença de declaração obrigatória por freguesia de ocorrência,
segundo a classificação final de caso da Autoridade de Saúde (ano 2016)............................................................... 59
Quadro 62. Distribuição de casos confirmados de doenças de declaração obrigatória notificados por concelho
(ano 2016) ............................................................................................................................................................................ 60
Quadro 63. Incidência Tuberculose e taxa de incidência* no Algarve e concelhos do ACES Central (2014 e
2015) ..................................................................................................................................................................................... 61
Quadro 64. Incidência VIH/SIDA segundo o sexo e taxa de incidência * no Algarve e concelhos do ACES
Central (2014)...................................................................................................................................................................... 62
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
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Quadro 65. Notificação de doença invasiva meningocócica e Tosse Convulsa e respectivas taxas de incidência
no Algarve e concelhos do ACES Central (2016) ........................................................................................................ 62
Quadro 66. Taxa de cobertura vacinal das crianças da coorte 2014 segundo a vacina administrada no Algarve
e no ACES Central (PNV cumprido até 31 de Dezembro 2015) ............................................................................. 63
Quadro 67. Taxas de cobertura vacinal das crianças da coorte 2013 (até 31 de Dezembro 2015) por vacina no
Algarve e no ACES Central .............................................................................................................................................. 63
Quadro 68. Taxas de cobertura vacinal das crianças da coorte 2008 (até 31 de Dezembro 2015) por vacina no
Algarve e no ACES Central .............................................................................................................................................. 63
Quadro 69. Taxas de cobertura vacinal das crianças da coorte 2001 (até 31 de Dezembro 2015) por vacina no
Algarve e no ACES Central .............................................................................................................................................. 63
Quadro 70. Avaliação do PNV Comprido no ACES Central a 31/12/2016, segundo a coorte......................... 64
Quadro 71. Distribuição dos nascimentos no Continente, Algarve e concelhos do ACES Central segundo a
idade da mãe (2014) ........................................................................................................................................................... 65
Quadro 72. Proporção (%) de nascimentos pré-termo segundo o local de residência da mãe (2002-2013) ..... 65
Quadro 73. Proporção (%) de nascimentos com baixo peso à nascença segundo o local (2002-2013) ............. 65
Quadro 74. Registos de alguns determinantes (ICPC-2 T82; P15; P17) nos Cuidados de Saúde Primários por
Unidade Funcional do ACES Central e concelhos (31/12/2014) ............................................................................ 66
Quadro 75. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de
diagnóstico activo “Abuso de Tabaco” no Continente, Algarve e ACES Central (2014*) .................................. 67
Quadro 76. Evolução da percentagem de obesidade nos utentes inscritos nos Cuidados Saúde Primários em
Portugal Continental, no Algarve e ACES Central (2012-2014)................................................................................ 68
Quadro 77. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de
diagnóstico activo “Excesso de Peso” e “Obesidade” no Continente, Algarve e ACES Central (2014*) ......... 68
Quadro 78. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de
diagnóstico activo “Abuso de Drogas” no Continente, Algarve e ACES Central (2014*) ................................... 69
Quadro 79. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de
diagnóstico activo “Abuso de crónico de álcool” no Continente, Algarve e ACES Central (2014*) ................. 69
Quadro 80. Recursos humanos do ACES Central por categoria profissional/função previstos e em funções
(2013-2016) .......................................................................................................................................................................... 71
Quadro 81. Recursos humanos do ACES Central por categoria profissional e local (Dez. 2016) ...................... 72
Quadro 82. Evolução dos Médicos por mil habitantes no Continente, Algarve e concelhos do ACES Central
(2012-2014) .......................................................................................................................................................................... 72
Quadro 83. Evolução dos Enfermeiros por mil habitantes no Continente, Algarve e concelhos do ACES
Central (2012-2015) ........................................................................................................................................................... 73
Quadro 84. Estabelecimentos Hospitalares Privados na jurisdição do ACES Central ......................................... 73
Quadro 85. Recursos da comunidade na área geográfica do ACES Central por tipo de recurso (2015) ........... 73
Quadro 86. Critérios de priorização do método CENDES/OPS ............................................................................ 75
Quadro 87. Valoração atribuída na USP para cada critério por problema identificado ........................................ 75
Quadro 88. Resultado da última ronda de priorização dos problemas .................................................................... 77
Quadro 89. Cinco problemas priorizados ...................................................................................................................... 77
Quadro 90. Identificação dos determinantes de saúde e necessidades de serviços para a diabetes .................... 81
Quadro 91. Identificação dos determinantes de saúde e necessidades de serviços para as perturbações
depressivas ........................................................................................................................................................................... 82
Quadro 92. Identificação dos determinantes de saúde e necessidades de serviços para as doenças cérebro-
vasculares ............................................................................................................................................................................. 83
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
10
1 Introdução Uma das competências da Unidade de Saúde Pública consiste na elaboração de proposta de
plano local de saúde e respectiva estratégias de intervenção para proteger e elevar o estado
de saúde de toda a população residente.
O presente plano local de saúde, enquanto instrumento de apoio à decisão dos órgãos de
administração e das unidades funcionais, integra a informação em saúde disponível a nível
do ACES Central e direcciona-se especificamente para a população residente na área
geográfica de intervenção do ACES.
O plano é um documento estratégico para, a partir identificação das características e
necessidades da população, apoiar as intervenções de promoção e prevenção da saúde e
adequar a prestação de cuidados pelas diferentes unidades funcionais para obter ganhos em
saúde de toda a população.
O uso de indicadores de mortalidade como medida do estado de saúde de uma população
tem limitações, no entanto permite, indirectamente, identificar e quantificar o peso relativo
de algumas patologias e avaliar a adequação da prestação de cuidados.
Procurou-se descrever com a profundidade possível os indicadores sensíveis à promoção
da saúde como a mortalidade: por cancro da traqueia, brônquios e pulmão, doença
isquémica do coração e acidentes de veículo a motor, assim como os indicadores sensíveis
aos cuidados de saúde: mortalidade infantil, mortalidade por cancro da mama, cancro do
colo do útero ou doença cerebrovascular.
O presente documento assenta nos seguintes documentos:
- Ministério da Saúde - Plano Estratégico para o triénio 2017-2019;
- Plano Nacional de Saúde, Revisão e Extensão a 2020 – DGS, Edição 2016;
- Plano Nacional de Saúde (2012-2016) - DGS, Edição 2014;
- Programas de saúde Prioritários e outros programas de Saúde – DGS, 2016 e 2017;
- Plano Regional de Saúde da ARS Algarve, IP (ARS Algarve - DSPP, 2015);
- Objectivos estratégicos da ARS Algarve 2017-2019 (ARS Algarve, 2016);
- Perfil local de Saúde 2015 e actualização do perfil local de saúde 2016 (ACES
Algarve Central, USP – Observatório local de Saúde, 2015 e 2016);
- Perfil local de Saúde do ACES Central - 2013 (Serrada E., Mendonça F. – ACES
Central - USP, 2013);
- Principais necessidades de saúde da população identificadas no diagnóstico de
situação de saúde do ACES Central.
- Objectivos estratégicos do ACES Algarve Central 2017-2019 (Direcção Executiva e
Conselho Clínico e da Saúde do ACES Algarve Central, 2017).
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
11
2 Metodologia A metodologia utilizada para a elaboração deste Plano Local de Saúde baseou-se no
documento “PLANOS LOCAIS DE SAÚDE: Termos de Referência para a sua
construção, 2011” gentilmente disponibilizado pelo Departamento de Saúde Pública da
ARS Norte, IP.
Numa primeira fase, os técnicos do Observatório Local de Saúde da Unidade de Saúde
Pública do ACES Central elaboraram o Diagnóstico da Situação de Saúde da população
residente nos concelhos da jurisdição do ACES Algarve Central. Procedeu-se à recolha e
análise de toda a informação necessária à identificação dos problemas e os respectivos
determinantes. O diagnóstico incluiu: a caracterização da população, a descrição
quantitativa dos problemas de saúde (mortalidade, morbilidade e suas consequências).
Identificaram-se as necessidades de saúde, utilizando o método de CENDES/OPS, que
consistiu na atribuição de pontos aos problemas de saúde identificados (numa escala de 0 a
10), mediante os critérios de magnitude, transcendência e vulnerabilidade.
Posteriormente, a Direcção Executiva e o Conselho Clínico e de Saúde do ACES Central
identificaram os “stakeholders” (parceiros estratégicos) da Comunidade e dos Serviços de
Saúde e foi constituído um painel de consenso para hierarquização e priorização dos
problemas identificados pelo Observatório Local de Saúde e profissionais do ACES.
O painel de consenso hierarquizou os cinco principais problemas e posteriormente foram
indicadas as cinco principais necessidades de saúde da população do ACES Central.
Para cada necessidade de saúde prioritária identificou-se os recursos da comunidade que se
encontram disponíveis. A identificação de recursos da comunidade implica tomar em
consideração diferentes tipos de recursos, tais como: indivíduos, instituições, organizações
de cidadãos, agências governamentais, recursos físicos e naturais, bem como culturais e de
lazer. Para além dos contributos dos serviços de saúde existentes e dos seus profissionais,
pretende-se os contributos da sociedade (cidadãos, associações e organizações).
O processo de selecção das estratégias de saúde a serem adoptadas face às necessidades de
saúde priorizadas pretende dar resposta à seguinte questão: “Quais os processos e as
técnicas mais adequados para reduzir os problemas de saúde/satisfazer as necessidades de
saúde prioritárias da população?”.
A execução da estratégia não pertence apenas ao sector da saúde, mas a proposta da
estratégia compete sempre aos serviços da saúde, que devem ter como função dinamizar a
sua implementação.
Finalmente, para cada necessidade formularam-se os respectivos objectivos de saúde com
os seus indicadores-mestre (objectivos de impacto) e também as principais metas, tomando
como referência a situação actual do ACES face à Região Algarve e ao Continente.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
12
Os objectivos foram enunciados como um resultado desejável e tecnicamente exequível de
evolução de um problema de saúde, que altera, em princípio, a tendência de evolução
natural desse problema, traduzido em termos de indicadores de resultado ou impacte. Os
objectivos permitem saber exactamente onde se pretende chegar em termos de saúde, o
que é preciso fazer para lá chegar, como e em quanto tempo.
No sentido de assegurar, promover e facilitar o envolvimento da sociedade (instituições,
organizações e cidadãos) na sua construção, o PLS esteve disponível para consulta junto do
Conselho de Saúde e da Comunidade para a recepção de comentários ou outros
contributos, e uma vez considerados os contributos recebidos, foi elaborada e divulgada a
versão final do documento.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
13
3 Diagnóstico da Situação de Saúde da População do ACES Central
3.1 Caracterização da população
3.1.1 Quem somos?
3.1.1.1 População residente
O Agrupamento de Centros de Saúde Algarve I – Central integra os Centros de Saúde de
Albufeira, Faro, Loulé, Olhão e S. Brás de Alportel numa área de abrangência que perfaz
1381,13 Km2, com um total de 18 freguesias.
A população residente estimada em 2016, era de 226729 habitantes, 108462 homens e
118267 mulheres, representando 51,3% da população do Algarve. A densidade
populacional era de 164,1 habitantes por Km2, significativamente superior à registada no
Algarve (88,4 habitantes/Km2), variando entre 69 em S. Brás de Alportel e 345 hab./Km2
em Olhão. Assim, verifica-se no ACES Central uma concentração da população com
particular incidência nos concelhos de Olhão, Faro e Albufeira.
Quadro 1.População residente no ACES Central segundo o local de residência e sexo (2015 e 2016)
2015 2016
Local de residência Total H M Total H M
Albufeira 40357 19494 20863 40633 19605 21028
Faro 61019 28965 32054 61073 29005 32068
Loulé 69453 33353 36100 69344 33223 36121
Olhão 45253 21613 23640 45143 21511 23632
São Brás de Alportel 10575 5150 5425 10536 5118 5418
ACES Central 226657 108575 118082 226729 108462 118267
Fonte: INE, Estimativas da População -Junho 2016.
Quadro 2.Evolução da densidade populacional (2012-2016) Densidade (Hab./km2)
2012* 2014* 2015* 2016*
Algarve 88,9 98,17 88,4 88,4
ACES Central 165,13 163,82 162,9 164,1
Albufeira 285,7 285,13 286,90 288,9
Faro 308,6 303,26 301,20 301,5
Loulé 91,3 90,57 90,90 90,8
Olhão 345,5 345,22 345,80 345,0
S. Brás 68,8 68,66 69 68,7
* Estimativas da população residente 2012, 2014, 2015 e 2016. Fonte: INE, 2017.
A densidade populacional, que expressa a intensidade do povoamento relacionando o
número de habitantes por Km2, foi em 2016 de 164,16 habitantes por Km2, variando entre
68,7 em S. Brás de Alportel e 345,0 hab./Km2 em Olhão.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
14
Nas últimas décadas (1991-2011) manteve-se o aumento progressivo da população
residente, com um aumento de 16,3% em relação a 2001, nos cinco concelhos que
integram o ACES Central, com maior relevância em Albufeira que aumentou 29,1% em
relação a 2001.
3.1.1.2 População residente estrangeira
O ACES Central constitui uma zona de forte atracção para residência de população
estrangeira (51,3% dos estrangeiros a residir no Algarve).
Quadro 3. Distribuição da população estrangeira que solicitou o estatuto de residência em 2014 segundo o concelho e proporção de estrangeiros residentes por concelho em 2015
Local de residência Nº * Distribuição percentual dos
estrangeiros do ACES (2014) População estrangeira/ 100
residentes por local (2015)
Continente 0,38
Algarve 1,26
ACES Central 2338 100
Albufeira 790 33,79 2,24
Faro 380 16,25 0,86
Loulé 879 37,60 1,45
Olhão 238 10,18 0,73
São Brás de Alportel 51 2,18 0,70
* População estrangeira que solicitou estatuto de residente no SEF até 31/12/2014 (N.º).
** População estrangeira que solicitou estatuto de residente em 2015 por 100 habitantes. Fonte: INE, 2017.
Segundo os dados estatísticos do SEF, a maioria dos novos pedidos de estatuto de
residência foi solicitada no concelho de Loulé (37,6%) e no concelho de Albufeira (33,8%).
Quadro 4. Distribuição da população estrangeira com estatuto legal de residência na Região Algarve, segundo a nacionalidade (2014)
Nacionalidade % Nacionalidade %
Reino Unido 17,20 França 2,28
Brasil 13,97 Guiné Bissau 1,71
Ucrânia 11,77 Rússia 1,62
Roménia 11,67 Espanha 1,31
Alemanha 5,29 Índia 1,30
Moldávia 3,94 Angola 1,12
Cabo Verde 3,92 Bélgica 1,09
Holanda 3,77 Itália 0,98
Bulgária 2,88 Marrocos 0,96
China 2,77 Suécia 0,89
Fonte: SEF, SEFSTAT - Estatísticas do Distrito de Faro, 2015.
No ACES Central, em 2012, a população estrangeira com estatuto legal de residente
representava 15,4% da respectiva população residente e, 19,6% dos estrangeiros residentes
eram provenientes do Brasil, 15,0% da Ucrânia, 13,5% da Roménia, 13,0 % do Reino
Unido e 8,6 % de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e S. Tomé. Em 2014, verificou-se que
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
15
uma diminuição da população brasileira e um aumento dos estrangeiros oriundos do Reino
Unido (17,2% dos migrantes).
3.1.1.3 Variação Populacional
O saldo natural é a diferença entre o número de nascimentos e o número de óbitos, num
determinado ano. O crescimento efectivo considera para além dos indivíduos que nascem e
morrem, os que entram e saem no período em análise, expressando a variação
populacional.
Quadro 5. Variação populacional (Nº) por concelho de residência em 2014-2016
LOCAL 2014 2015 2016
Saldo Natural
Saldo Migratório
C. efectivo
Saldo Natural
Saldo Migratório
C. efectivo
Saldo Natural
Saldo Migratório
C. efectivo
Algarve -929 39 -890 -742 1203 461 -1039 579 -460
ACES Central
-151 -319 -470 -5 405 400 -210 282 72
Albufeira 94 -34 60 112 138 250 92 184 276
Faro -47 -488 -535 -36 -159 -195 -32 86 54
Loulé -72 110 38 -41 264 223 -150 41 -109
Olhão -85 59 -26 -34 112 78 -67 -43 -110
S. Brás -41 34 -7 -6 50 44 -53 14 -39
Fonte: INE, 2017.
No Algarve, em 2014, tanto o crescimento natural como o efectivo foram negativos, mas
em 2015, à excepção de Faro, todos os concelhos apresentam um crescimento efectivo
positivo, à custa do aumento de migração e ainda dos nascimentos em Albufeira.
Assim, no que respeita à variação populacional, em 2015 o crescimento efectivo do ACES
Central foi positivo, à custa do aumento de imigração no concelho de Loulé e Olhão e
ainda dos nascimentos em Albufeira.
Quadro 6. Taxa de crescimento migratório (TCM) e taxa de crescimento efectivo (Tx. C Efect) por local de residência (2015 e 2016) 2015 2016
Local TCM (%) Tx. C. Efect.(%)
TCM (%) Tx. C. Efect.(%)
Continente -0,08 -0,31 -0,07 -0,30
Algarve 0,27 0,1 0,13 -0,10
Albufeira 0,34 0,62 0,45 0,68
Faro -0,26 -0,32 0,14 0,09
Loulé 0,38 0,32 0,06 -0,16
Olhão 0,25 0,17 -0,10 -0,24
São Brás de Alportel 0,47 0,42 0,13 -0,37
Fonte: INE, 2017.
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16
Quadro 7. Evolução da variação populacional (Nº) por concelho de residência (2012-2016)
Nº Indivíduos
Ano
Local 2012 2013 2014 2015 2016
Algarve -1750 -2032 -890 461 -460
ACES Central -1163 -1336 -470 400 72
Albufeira -161 -143 60 250 276
Faro -903 -965 -535 -195 54
Loulé -152 -199 38 223 -109
Olhão 59 -15 -26 78 -110
S. Brás -6 -14 -7 44 -39
Fonte: INE, 2015.
Quadro 8. Taxas brutas de natalidade e mortalidade por local de residência (2015 e 2016)
2015 2016
Local de residência TBN (‰) TBM (‰) TBN (‰) TBM (‰)
Continente 8,2 10,5
Algarve 9,2 10,9 9,5 11,8
ACES Central 9,7 9,8 10,0 11,0
Albufeira 10,4 7,6 11,10 8,9
Faro 9,9 10,5 10,89 11,4
Loulé 9,5 10,1 9,60 11,8
Olhão 9,2 10 9,30 10,8
São Brás de Alportel 10,1 10,7 8,07 13,1
Fonte: INE, 2017.
A variação do crescimento populacional pode ser também observada indirectamente
através da representação gráfica da evolução do número de nados vivos e de óbitos,
verificando-se que em 2012 as duas linhas se interceptam por uma diminuição do número
de nascimentos e, em 2015, com um aumento de nascimentos.
Figura 1. Evolução dos nascimentos e óbitos no ACES Central (1996-2016). Fonte: INE, 2017 e USP ACES Central, 2017.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Óbitos Nados Vivos
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
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3.1.1.4 Pirâmides etárias
Albufeira
Faro
Loulé
Olhão
S. Brás Alportel
ACES Central
Figura 2. Pirâmides Etárias da População Residente nos Concelhos do ACES Central. Fonte: INE, Estimativas
população 2014.
0-45-9
10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84
85 e +
H M
0-45-9
10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84
85 e +
0-45-9
10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84
85 e +
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10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84
85 e +
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10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84
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10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84
85 e +
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3.1.1.5 População presente – variação sazonal
A população presente no ACES Central tem importantes variações sazonais, com um
incremento considerável nos meses de Verão. Os estabelecimentos hoteleiros existentes
nos Concelhos que integram o ACES Central representam 58% dos estabelecimentos da
Região, com especial relevo para Albufeira que representa 41% da oferta turística do
Algarve.
3.1.1.6 População Inscrita nas Unidades de Saúde do ACES Central
Em 31 de Outubro de 2015, o ACES Central tinha 275.782 utentes inscritos, valor é
superior à população residente segundo as estimativas do INE para o ano 2014 (226257
habitantes). Comparando o número total de utentes inscritos por unidade funcional no
ACES Central com o número de residentes, verificamos que existe uma diferença de cerca
de 50.000 indivíduos.
Quadro 9. População Inscrita (Nº) no ACES Central por unidade funcional com e sem médico de
família atribuído (Novembro 2015)
S/ Méd.
Fam.
S/ por
opção
C/ Med
Fam
Total
UCSP Albufeira 24.704 343 18.499 43.546
USF Albufeira 528 9.510 10.038
Albufeira Total 25.232 343 28.009 53.584
UCSP Faro 12.561 87 26.418 39.066
CS Faro | Inactivo 1 1
USF Al-Gharb 525 10.038 10.563
USF Farol 1.393 14.509 15.902
USF Ria Formosa 467 13.267 13.734
Faro Total 14.946 87 64.233 79.266
UCSP Quarteira 16.164 36 11.128 27.328
UCSP Almancil / Boliqueime 10.207 4 8.040 18.251
UCSP Loulé 14.911 23 13.133 28.067
USF Lauroé 78 11.087 11.165
Loulé Total 41.360 63 43.388 84.811
UCSP Olhão 7.848 409 15.248 23.505
USF Âncora 429 9.430 9.859
USF Mirante 680 12.786 13.466
Olhão Total 8.957 409 37.464 46.830
S. Brás UCSP São Brás de Alportel 2.251 274 8.766 11.291
TOTAL ACES 92.746 1.176 181.860 275.782
Fonte: DSPP ARS Algarve, SIARS, 2015.
Os serviços centrais procederam a uma actualização dos ficheiros e, foram eliminados os
utentes repetidos e os óbitos. Passaram ainda a ser considerados os utentes inscritos
“activos” que correspondem aos utentes que contactaram a respectiva unidade funcional
pelo menos uma vez nos últimos três anos.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
19
Assim em 2015, o ACES Central tinha uma população inscrita activa de 235.098 utentes e,
residiam nos cinco concelhos 226.257 habitantes (o que corresponde a uma diferença de
8841 indivíduos).
Quadro 10. População inscrita (Nº) e população activa (Nº) por unidade funcional dos concelhos de
Albufeira e Faro (Novembro 2015)
Concelho Unidade Funcional Local Utentes
inscritos
Utentes
activos
Albufeira
UCSP Albufeira Polo Albufeira (sede de CS) 309
Polo Guia 3.503
Polo Paderne 2.999
Polo Ferreiras 3.130
Polo Olhos de Água 3.291
UCSP Albufeira (local de
prescrição)
21.103
Total 43.546 34.335
USF Albufeira USF Albufeira 9.511
Total 10.038 9.511
Total 53.584 43.846
Faro
UCSP Faro Polo Faro (sede de CS) 256
Polo Bordeira 380
Polo Conceicão Faro 2.922
Polo Culatra 484
Polo Estói 3.458
Polo Santa Barbara Nexe 2.708
Polo Faro (extensão) 5
Polo Faro (Local de
prescrição)
21.735
Total 39.066 31.948
CS Faro | Inactivo Polo Montenegro | Inactivo 1
Total 1 1
USF Al-Gharb USF Al-Gharb 10.048
Total 10.563 10.048
USF Farol USF Farol 14.615
Total 15.902 14.615
USF Ria Formosa USF Ria Formosa - Sede 13.278
Total 13.734 13.278
Total 79.266 69.890
Fonte: DSPP ARS Algarve, SIARS, 2015.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
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Quadro 11. População inscrita (Nº) e população activa (Nº) por unidade funcional dos concelhos de
Loulé, Olhão e S. Brás e no ACES Central (Novembro 2015)
Concelho Unidade Funcional Local Utentes
inscritos
Utentes
activos
Loulé
UCSP Quarteira Polo Quarteira 21.117
UCSP Quarteira Total 27.328 21.117
UCSP Almancil /
Boliqueime
Polo Almancil 10.338
UCSP Almancil /
Boliqueime
Polo Boliqueime 3.958
UCSP Almancil /
Boliqueime
Total 18.251 14.296
UCSP Loulé
Polo Loulé (sede de CS) 467
Polo Alte 1.883
Polo Ameixial 298
Polo Cortelha 137
Polo Querenca 427
Polo Salir 2.042
Polo Tor 594
Polo Benafim 863
Polo Monte Seco 80
UCSP Loulé (Local de
prescrição)
16.034
Total 28.067 22.825
USF Lauroé USF Lauroé 10.813
Total 11.165 10.813
Total 84.811 69.051
Olhão
UCSP Olhão Polo Olhão (sede de CS) 123
Polo Fuseta 3.429
Polo Moncarapacho 2.532
Polo Pechão 1.353
UCSP Olhão (local de
prescrição)
12.501
Total 23.505 19.938
USF Âncora USF Âncora 9.469
Total 9.859 9.469
USF Mirante USF Mirante 12.774
Total 13.466 12.774
Total 46.830 42.181
S. Brás
UCSP São Brás Polo São Brás (sede de CS) 23
UCSP São Brás (local de
prescrição)
10.107
10.130
Total 11.291 10.130
ACES Central 275.782 235.098
Fonte: DSPP ARS Algarve, SIARS, 2015.
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Quadro 12. População inscrita (Nº e unidades ponderadas) no ACES Central por unidade funcional com médico de família atribuído 31/12/2016
Utentes inscritos sem medico
Utentes inscritos com medico
Unidades Ponderadas (utentes com médico)
Albufeira UCSP Albufeira 22882 28915
USF Albufeira 9717 12195
Total 11582 32599 41110
Faro UCSP Faro 30034 39064,5
USF Al-Gharb 9502 11865
USF Farol 13732 17590,5
USF Ria Formosa 13226 17230
Total 4982 66494 85750
Loulé UCSP Quarteira 14766 18583
UCSP Almancil / Boliqueime 14062 18189
UCSP Loulé 20225 28275,5
USF Lauroé 11319 14575,5
Total 9706 60372 79623
Olhão UCSP Olhão 19810 25485
USF Âncora 9595 12488,5
USF Mirante 13161 17589,5
Total 360 42566 55563
S. Brás UCSP São Brás de Alportel 4 10092 13648
ACES CENTRAL 26634 212123 275694
Fonte: ACSS – RNU (extração 15 Janeiro 2017) e PAUF (utentes em 31/12/21016) informação disponibilizada no
processo de contractualização nos CSP, Agosto 2017.
Em Janeiro de 2017, o ACES apresentava cerca de 240 mil utentes inscritos
frequentadores, dos quais cerca de 27 mil sem médico de família atribuído.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
22
3.1.1.7 Índices demográficos
3.1.1.7.1 Índice envelhecimento
Em 2015, o índice de envelhecimento da população do ACES Central era inferior (125,1)
ao da Região (138,4) e ao do continente (149,7). Esse valor traduz o envelhecimento
progressivo da população, uma vez que 19,4 % dos residentes no ACES Central tinha 65
ou mais anos.
Quadro 13. Índice de envelhecimento e índice de dependência dos idosos por local de residência (2015 e 2016)
2015 2016
Local de residência Índice de Envelhecimento Índice dependência dos idosos
Índice de Envelhecimento
Índice dependência dos idosos
Continente 149,70 31,6 153,90 32,8
Algarve 138,40 32,2 140,10 32,8
ACES Central 125,12 30,0
Albufeira 96,50 23,1 97,60 23,9
Faro 135,50 31 136,30 32,4
Loulé 133,80 31 135,30 31,7
Olhão 120,20 29,1 123 30,0
São Brás de Alportel 151,0 33,7 155,20 33,7
Fonte: INE, Março 2017
3.1.1.7.2 Índice dependência
Os indicadores de dependência representam os pesos relativos dos jovens (0-14 anos) e
idosos (≥ 65anos) em relação à população considerada activa (15 – 64 anos). Estes
indicadores são afectados pelo processo de envelhecimento da população, embora o grau
de envelhecimento seja mais directamente aferido pelo índice de envelhecimento
(idosos/jovens). O índice de dependência dos jovens diminui fortemente em função da
queda da natalidade.
O Índice de Dependência Total atingiu em 2015 valores de 53,7%, o que significa que em
média cada dependente, idoso ou jovem é sustentado pelo esforço de mais de duas pessoas
em idade activa.
Figura 3. Evolução do índice de dependência de idosos 1991-2014. Fonte: INE, 2015.
0
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40
1991 2001 2011 2013 2014
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ido
sos Continente
ARS Algarve
AceS Central
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
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Segundo o último censo de 2011, 20,4% dos idosos (indivíduos com mais de 65 anos)
viviam sós e, 5,5 % não conseguiam tomar banho ou vestir-se sozinhos. Esse valor sobe
para 6,9%, se consideramos o grupo etário dos 80-84 anos e para 14,4% no grupo etário
com mais de 85 anos.
3.1.1.8 Natalidade
Em 2016 nasceram 2287 indivíduos no ACES Central um pouco mais relativamente ao ano
anterior, uma que haviam sido registados 2207 nascimentos (2015). Os nascimentos no
ACES Central contribuem em cerca de 54,2% para os nascimentos registados na Região.
Figura 4. Evolução da taxa bruta de natalidade (1998-2014). Fonte: INE, 2015.
Em 2016, a Taxa Bruta de Natalidade (TBN) do ACES Central 10,0 nascimentos por mil
habitantes, reverteu ligeiramente a tendência de decréscimo dos nascimentos à custa do
concelho de Albufeira (de 11,1 nascimentos por mil habitantes). O valor mais baixo da
última década foi registado em 2013 (8.8 %0). Todos os concelhos do ACES têm TBN com
valores superiores aos de Portugal continental e da Região (9,5 %0) à expceção de São Brás
de Alportel e Olhão.
Em 2015, verificou-se uma diminuição da proporção de nados vivos que eram filhos de
mães estrangeiras (passou de 21% em 2012 para 16,9%). Em 2016, esse valor voltou a subir
para 18,8%, com maior expressão nos concelhos de Loulé (38,4% dos NV filhos de mães
estrangeiras) e Albufeira (30,2%). Esses nascimentos tiveram um impacto real na
natalidade, uma vez que a população estrangeira com estatuto legal de residente
representava cerca 15,4% da população residente no ACES Central.
A idade das mães nas últimas décadas tem aumentado, com uma diminuição dos
nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos e um aumento significativo da
proporção dos nascimentos em idade superior a 35 anos. Em 2016, a proporção de nados
vivos nascidos antes das 37 semanas de gestação foi de 8,43%. Em 2016 o índice sintético
calculado foi de 1.40 pelo que, neste momento, o ACES Central não tem capacidade de
renovação da sua população.
0
5
10
15
1998 2003 2008 2013 2014
tax
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Continente
ARS Algarve
ACES Central
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
24
Quadro 14. Principais indicadores de natalidade nos concelhos do ACES Central (2013-2016)
Local
2013 2014 2015 2016
ISF NV MIF TN ISF NV MIF TN ISF NV MIF TN ISF
Algarve 1,31 3760 100334 8,52 1,35 4071 100476 9,2 1,49 4175 99602 9,5 1,56
ACES Central 1,32 2026 52860 8,95 1,31 2207 52784 9,7 2287 52278 10,0
Albufeira 1,39 392 9826 9,77 1,44 419 9810 10,4 1,61 451 9766 11,10 1,75
Faro 1,31 587 13925 9,59 1,51 607 13784 9,9 1,59 665 13592 10,89 1,86
Loulé 1,30 589 15872 8,51 1,32 659 15864 9,5 1,50 666 15713 9,60 1,56
Olhão 1,29 378 10907 8,37 1,22 415 10967 9,2 1,38 420 10857 9,30 1,43
S. Brás 1,31 80 2330 7,60 1,33 107 2359 10,1 1,79 85 2350 8,07 1,44
Nota: Índice Sintético Fecundidade (ISF); Nados vivos (NV); Mulheres em idade fértil (15-49 anos) (MIF); Taxa natalidade (TN). Fonte:
Perfil de Saúde do ACES Central - Junho 2015 e INE; 2017.
A taxa de fertilidade ou fecundidade é um indicador mais preciso para aferir a contribuição
dos nascimentos para o crescimento da população, relacionando o nº de nados vivos por
cada 1000 mulheres em idade fértil (15 -49 anos). O Índice sintético de fecundidade
representa a capacidade de assegurar a substituição de gerações. Em 2015 o Índice sintético
calculado foi de 1.30 pelo que, neste momento, o ACES Central não tem capacidade de
renovação da sua população.
3.1.1.9 Esperança de vida à nascença
De acordo com o verificado a nível nacional e Regional, a esperança média de vida à
nascença tem vindo a aumentar. A esperança de vida à nascença era em 2016 de 80,3 anos,
77,0 anos para os homens e 83,5 para as mulheres.
Na última década verificamos um envelhecimento progressivo da população, uma vez que
19,4 % dos residentes no ACES Central tinha 65 ou mais anos, no entanto em 2015, o
índice de envelhecimento da população do ACES Central era inferior (125,1) ao da Região
(138,4) e ao do continente (149,7).
Quadro 15. Evolução da esperança de vida à nascença segundo o local de residência (por triénios)
Esperança de Vida à nascença
Algarve ACES Central
HM H M HM H M
Triénio 1996-1998 75,7 72,1 79,6 74,7 71,1 78,6
Triénio 2011-2013 80,3 77,2 83,6 80,4 77,2 83,6
Triénio 2013-2015 80,4 77,2 83,3
Triénio 2014-2016 80,3 77,0 83,5
Fonte: Perfil de Saúde do ACES Central - Junho 2015 e INE; 2017.
Em 2015, a esperança de vida à nascença no Algarve, para ambos os sexos, era superior a
Portugal continental (80.4 anos) (INE, 2017).
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25
3.1.2 Como vivemos?
3.1.2.1 Situação perante o emprego
A definição de população activa ou força de trabalho tem mudado ao longo do tempo de
acordo com a escolaridade obrigatória.
Até 3 de Agosto de 2012 englobava o conjunto de indivíduos com idade mínima de 15
anos que, constituía a mão-de-obra disponível para a produção de bens e serviços que
entram no circuito económico (empregados e desempregados), não incluindo as
domésticas, os reformados e os estudantes.
Quadro 16. População empregada (%) por concelho de residência e sector de actividade (2011)
Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário
Algarve 3 16 80
ACES Central 3 16 81
Albufeira 1 13 85
Faro 3 13 83
Loulé 2 17 76
Olhão 6 17 76
S. Brás 1 21 76
Fonte: Censos 2011.
Figura 5. Evolução da população empregada por sector de Actividade no Continente, Algarve e ACES (2001-2011).
Fonte: DSPP ARS Algarve, Perfil de Saúde do ACES Central - Junho 2015
Quadro 17. Evolução da população empregada (%) por sector de actividade no Continente, Algarve
e ACES Central (2001-2011)
Local de Residência Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário
Censos 2001 Continente 4,8 35,5 59,7
Algarve 6,1 22,5 71,4
ACES Central 5,6 21,4 73,0
Censos 2011 Continente 2,9 26,9 70,2
Algarve 3,3 16,1 80,6
ACES Central 3 15,7 81,3
Fonte: Censos 2001 e 2011.
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Quadro 18. Evolução do número de desempregados inscritos no IEFP, por local de residência (2012-
2014)
Local de Residência Dez-12 Dez-13 Dez-14
Continente 675.466 654.569 564.312
Algarve 35.640 32.443 27.030
ACES Central 17.903 16.793 13.727
Homens 9.257 8.534 6.788
Mulheres 8.646 8.259 6.939
Fonte: DSPP ARS Algarve, Perfil de Saúde do ACES Central Junho 2015.
Figura 6. Evolução da taxa de desemprego por trimestre, no Continente e no Algarve (2012-2015). Fonte: INE, 2015.
A taxa de desemprego na região Algarve sofre variação sazonal, atingindo o pico máximo
no primeiro trimestre do ano, acompanhando a época baixa no sector do turismo.
Quadro 19. Evolução da taxa de desempregados inscritos no IEFP por 1000 habitantes em idade
activa (> 15 anos), por local de residência (2012-2014)
Local de Residência Dez-12 Dez-13 Dez-14
Continente 79,4 77,2 66,5
Algarve 94,9 86,7 72,2
ACES Central 93,3 88,0 71,9
Fonte: DSPP ARS Algarve, Perfil de Saúde do ACES Central Junho 2015.
Segundo o IEFP, IP a variação homóloga do número de desempregados registada no
ACES Central em Dezembro 2014 diminuiu 18.3% e a taxa de desempregados inscritos no
IEFP por 1000 habitantes foi inferior à da Região mas superior ao valor registado no
Continente (71,9 %0).
Quadro 20. Percentagem de desempregados inscritos no IEFP (> 15 anos), por local de residência (2016)
Desempregados inscritos no IEFP (%)
Continente 7,7
Algarve 6,9
Albufeira 8,1
Faro 6,7
Loulé 6,0
Olhão 6,4
S. Brás 5,1
Fonte: INE, 2017
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3.1.2.2 Indicadores Sociais
3.1.2.2.1 Idosos
Quadro 21. Distribuição da população idosa residente no Continente, Algarve e ACES Central,
segundo a idade (2014)
Local 65 - 69 anos 70 - 74 anos 75 - 79 anos 80 - 84 anos ≥85 anos Total
Continente 565076 467697 423278 322762 254526 2033339
Algarve 24332 20929 18830 14918 12094 91103
ACES Central 11985 10171 8920 6753 5415 43244
Albufeira 1829 1600 1244 904 695 6272
Faro 3574 2919 2549 1873 1372 12287
Loulé 3597 3138 2921 2270 1960 13886
Olhão 2487 1973 1700 1298 1067 8525
S. Brás 498 541 506 408 321 2274
Fonte: Estimativas da População - INE, 2015.
Quadro 22. Evolução da população idosa residente no Continente, Algarve e ACES Central (2014-2016) Local 2014 2015 2016
≥65 anos (Nº) Idosos
(%)
≥65 anos (Nº) Idosos
(%)
≥65 anos (Nº) Idosos
(%)
Continente 2033339 20,60 2067654 21,01 2101996 21,42
Algarve 91103 20,64 92217 20,86 93271 21,1
ACES Central 43244 19,11 44054 19,43 44715 19,7
Albufeira 6272 15,64 6449 15,97 6584 16,2
Faro 12287 20,07 12532 20,53 12794 20,9
Loulé 13886 20,06 14088 20,28 14231 20,5
Olhão 8525 18,87 8701 19,22 8821 19,5
S. Brás 2274 21,59 2284 21,59 2285 21,7
Fonte: Estimativas da População - INE, 2017.
Figura 7. Relação entre a população idosa e população residente em 2014. Fonte: Ministério da Solidariedade,
Emprego e Segurança Social - Gabinete de Estratégia e Planeamento, Carta Social – Rede de Serviços e
Equipamentos 2014.
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Isolamento
À data do censo 2011, 2,3% da população do ACES Central vivia em locais censitários
isolados, 35,5% em aglomerados com menos de 2000 habitantes e 61,3 % em locais com
mais de 2000 habitantes. Os concelhos de Loulé e Olhão apresentavam um maior número
de residentes em locais isolados.
Quadro 23. Distribuição do Nº de Residentes por locais censitários (2011)
Total Isolados Menos de 2000 Mais de 2000
Albufeira 40828 48 17433 22347
Faro 64560 509 18315 44736
Loulé 70622 3155 29098 38369
Olhão 45936 1165 12171 32060
S. Brás 10662 558 5579 4725
Fonte: INE, 2015.
O censo de 2011 identificou, no ACES Central, 8508 idosos vivendo sós, sendo 2361
homens e 6147 mulheres.
Figura 8. Número de idosos que vivem sós por sexo e por local de residência (2011). Fonte: INE, Censos 2011.
Quadro 24. Idosos ≥ 65anos que vivem só por local de residência (%) (2011)
%
Algarve 21,1
ACES Central 20,4
Albufeira 18,8
Faro 21,7
Loulé 20,1
Olhão 20,4
S. Brás 20,5
Fonte: INE, censos 2011.
Os indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos que viviam sós, representavam 21,1 %
dos idosos da Região. No ACES Central os valores são semelhantes, com 18,8 % em
Albufeira e 21,7 % em Faro.
Este elevado valor percentual de idosos a viver sós, poderá estar associado às dinâmicas
familiares e opções pessoais, mas é também inerente ao envelhecimento demográfico da
população decorrente das baixas taxas de natalidade, da estabilização das taxas de
mortalidade e do aumento da esperança média de vida.
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Capacidade funcional dos idosos
O recenseamento de 2011 identificou no ACES Central 2305 dos idosos com idade igual
ou superior a 65 anos, que não conseguem tomar banho ou vestir-se sozinhos.
Figura 9. Número de idosos com dificuldades em tomar banho ou vestir-se sozinho, por local de residência e
por sexo (2011). Fonte: INE, Censos 2011.
Quadro 25. Nº de idosos que não consegue tomar banho ou vestir-se sozinho por grupo etário e
local de Residência (2011)
65-69 70-74 75-79 80-84 85-89 ≥90 Total (≥65)
ACES Central 111 143 299 404 426 333 2305
Albufeira 16 21 32 53 53 44 337
Faro 27 24 70 99 91 69 512
Loulé 33 47 102 134 151 114 753
Olhão 33 43 82 95 97 77 568
S. Brás 2 8 13 23 34 29 135
Fonte: INE, Censos 2011.
Esta incapacidade funcional está presente em 5,5% dos idosos do ACES e aumenta de
acordo com a idade, sendo de 6,9% nos idosos do grupo 80-84 anos e de 14,4% no grupo
com idade igual ou superior a 85 anos.
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30
3.1.2.2.2 Suporte Social
Entre 2014 e 2016, verificamos uma diminuição da proporção de beneficiários do
rendimento social de inserção por 1000 habitantes em idade activa em todos os concelhos
do ACES Central, no entanto mantém-se mais elevada no concelho de Faro (35,8 ‰) com
valor superior à Região e ao Continente. O concelho de Albufeira continua a apresentar a
menor proporção de beneficiários (13,8 ‰).
Quadro 26. Distribuição dos Beneficiários de Rendimento Social de Inserção por local de residência
no Continente, Algarve e ACES Central (2014 e 2015)
2014 2015
Local de
Residência
Total
Beneficiários
RSI (Nº)
Beneficiários de RSI
por 1000 habitantes
(‰) em idade activa
(>15 anos)
Total
Beneficiários
RSI (Nº)
Beneficiários de
RSI por 1000
habitantes (‰)
em idade activa
(>15 anos)
Continente 288.961 34,10 264991 31,3
Algarve 10.818 28,90 9304 24,82
ACES Central 5608
Albufeira 508 15,22 464 13,83
Faro 2170 41,64 1857 35,82
Loulé 1535 26,20 1200 20,41
Olhão 1133 29,99
S. Brás 262 29,11 242 26,78
Fonte: INE, 2017.
Quadro 27. Evolução do número de beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido e RSI da segurança social por local de residência (2014-2016)
2014 2015 2016
Continente 288774 264975 257196
Algarve 10815 9267 8611
ACES Central 5600 4809 4539
Albufeira 502 459 466
Faro 2152 1864 1716
Loulé 1536 1196 1136
Olhão 1157 1050 1018
S. Brás 253 240 203
Fonte: INE, 2017.
Quadro 28. Evolução do Nº de Pensionistas da Segurança Social nos Concelhos do ACES Central
(2012-2015)
2012 2014 2015
Albufeira 7374 7619 7837
Faro 15680 15955 16093
Loulé 15680 15909 16130
Olhão 11398 11481 11562
S. Brás 2900 2854 2846
ACES CENTRAL 53032 53818 54468
Fonte: INE, 2017.
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31
Em 2015 no ACES Central, o número total de pensionistas da Segurança Social era de
54468. O aumento de pensionistas vai de encontro ao espectável com o envelhecimento da
população e o aumento da esperança média de vida da população portuguesa.
3.1.2.2.3 Resposta Social – Carta Social
Figura 10. Distribuição geográfica das respostas sociais para idosos (nº) e taxa de cobertura das respostas
sociais (%) (centro de dia, estrutura residencial para idosos e apoio domiciliário), segundo o concelho em 2014.
Fonte: Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social - Gabinete de Estratégia e Planeamento, Carta
Social – Rede de Serviços e Equipamentos 2014.
Nos últimos 14 anos (2000-2014), segundo o relatório da Carta Social – Rede de Serviços e
Equipamentos do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social verificou-se em
Portugal continental, um aumento das respostas sociais dirigidas às pessoas idosas. Esse
crescimento das respostas sociais foi sobretudo notório nos serviços de apoio domiciliário
(SAD) (68%); nas estruturas residências para idosos (ERPI) (59%) e nos centros de dia
(33%).
Analisando a distribuição geográfica das respostas sociais no ACES Central, verificamos
que os concelhos de Olhão e de Albufeira dispõem de 10-19 respostas sociais e os
concelhos de Faro e de Loulé 20-49 respostas. O concelho de S. Brás de Alportel é o único
na Região que apresenta um número de respostas sociais inferior a 4. Verificamos ainda
que em 2014, a taxa de cobertura dos idosos no que respeita às respostas sociais específicas
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
32
nomeadamente centro de dia, estrutura residencial para idosos e apoio domiciliário, situa-se
entre 5,7 e 11,1%.
Quadro 29. Capacidade (Nº) das Respostas Sociais no Algarve e ACES Central 2014
Local Creche Centro de
Actividades
Ocupacionais
Lar
Residencial
Centro de
Dia
Lar de
Idosos
Serviço de
Apoio
Domiciliário
(Idosos)
Algarve 6671 328 281 2356 3539 2941
ACES
Central
3464 168 98 862 1543 1312
Albufeira 607 0 38 133 199 105
Faro 1345 76 20 144 524 329
Loulé 845 32 0 365 456 555
Olhão 525 60 40 190 191 303
S. Brás 142 0 0 30 173 20
Fonte: Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social - Gabinete de Estratégia e Planeamento, Carta
Social – Rede de Serviços e Equipamentos 2014.
Quadro 30. Distribuição da população idosa (≥65 anos) por concelho do ACES central (2014 e 2016)
2014 2016
≥65 anos (Nº) % ≥65 anos (Nº) %
Continente 2033339 20,60 2101996 21,4
Algarve 91103 20,64 93271 21,1
ACES Central 43244 19,11 44715 19,7
Albufeira 6272 15,64 6584 16,2
Faro 12287 20,07 12794 20,9
Loulé 13886 20,06 14231 20,5
Olhão 8525 18,87 8821 19,5
S. Brás 2274 21,59 2285 21,7
Fonte: Estimativas da População 2014 e 2016 - INE, 2017.
Em 2014, a capacidade de resposta social reportada na carta social do Ministério da
Solidariedade, Emprego e Segurança Social, IP garantia a cobertura a 3717 idosos (8.5% do
total de idosos). Esse valor é manifestamente insuficiente tendo em conta o número total
de idosos a residir no ACES Central em 2016 (44715).
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33
3.1.2.3 Indicadores de Segurança
Em 2014, 52,95 % dos crimes cometidos no distrito de Faro ocorreram na jurisdição do
ACES Central. A maioria ocorreu nos concelhos de Loulé e Albufeira.
Figura 11. Distribuição dos crimes (%) por concelho do ACES Central (2014). Fonte: Direcção-geral de Politica de Justiça,
Estatísticas Oficiais da Justiça, 2015.
Quadro 31. Criminalidade por local de ocorrência e tipo de crime (2014)
Local de Residência Taxa de
criminalidade
por 1000 habitantes
(‰)
Taxa de
Condução de
veículo com
alcoolemia igual
ou superior a
1,2g/l por 1000
habitantes (‰)
Crime contra
integridade
física por 1000
habitantes
(‰)
Continente 32.8 1.8 5.1
Algarve 48.1 2.8 6.4
ACES Central * * *
Albufeira 83.5 6.3 8.3
Faro 43.8 2.6 7
Loulé 52.3 3.2 6.3
Olhão 40.7 2.0 6.6
S. Brás 25.4 1.5 3.4
* Desconhecido valor ano 2014. Fonte: Direcção-geral de Politica de Justiça, Estatísticas Oficiais da Justiça, 2015.
Em 2014, a taxa de criminalidade por 1000 habitantes mais elevada foi registada no
concelho de Albufeira (83.5 ‰), bem como taxa de condução com álcool no sangue (6,3
‰).
Quadro 32. Evolução da taxa de criminalidade por local de ocorrência (2014-2016) Local 2014 2015 2016
Crimes (Nº) Tx criminalidade
(‰)
Crimes (Nº) Tx criminalidade
(‰)
Crimes (Nº) Tx criminalidade
(‰)
Algarve 22199 48.1 20803
ACES Central 11754 * 11987 52,89 12241 53,99
Albufeira 3350 83.5 3446 85,39 3366 82,84
Faro 2681 43.8 2984 48,90 2861 46,85
Loulé 3618 52.3 3436 49,47 3790 54,66
Olhão 1837 40.7 1777 39,27 1902 42,13
S. Brás 268 25.4 344 32,53 322 30,56
* Desconhecido valor ano 2014. Fonte: INE, 2017.
28%
23%31%
16%
2%Albufeira
Faro
Loulé
Olhão
S. Brás
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34
3.1.2.4 Educação
3.1.2.4.1 Escolaridade
Níveis de Escolaridade
Em 2011, no recenseamento da população, 26,3% dos residentes inquiridos no ACES
Central, com idade igual ou superior a quinze anos, tinha completado o 1º ciclo do ensino
básico e 24,5%, o 2º ou 3º ciclo. O ensino secundário tinha sido atingido por 24,2 % e o
ensino superior por 17,6 % dos residentes. Referia não ter completado nenhum nível de
escolaridade 5,96% da população inquirida.
Fonte: DSPP ARS Algarve, Perfil de Saúde do ACES Central Junho 2015.
O concelho de Faro tem a maior proporção de residentes que completou o ensino superior
e o concelho de S. Brás de Alportel é onde existe a maior a proporção de residentes que
apenas terminaram o 1º ciclo do ensino básico.
Analfabetismo
A taxa de analfabetismo em 2011, expressa pela razão entre a população com 10 ou mais
anos que não sabe ler e escrever e a população residente com 10 ou mais anos, era de 5,2 %
no Continente e 5,36 % na Região e 4,4 % no ACES Central. Nos concelhos do ACES
Central, os valores situavam-se entre 3,81% em Albufeira e 5,2 % em Olhão, sendo os
valores no sexo feminino sempre superiores.
Fonte: DSPP ARS Algarve, Perfil de Saúde do ACES Central Junho 2015.
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35
Abandono escolar
O abandono escolar, traduzido pela proporção dos indivíduos com idade entre os 6 e 15
anos que não está a frequentar o sistema de ensino, tem valores entre 1,23 % em S. Brás de
Alportel e 2,42 % em Faro. A proporção de abandono no sexo feminino é superior em
Faro com 2,47 % e em Olhão com 2,14 %. Em S. Brás de Alportel verifica-se a menor taxa
de abandono escolar.
População escolar
Quadro 33. Estabelecimentos de ensino (público e privado) nos concelhos do ACES Central (2014 e
2016)
Local
2014 2016
Estabelecimentos de ensino (Nº) Estabelecimentos de ensino (Nº)
Público Privado Público Privado
Algarve 235 108 235 108
ACES Central 119 58 119 58
Albufeira 24 8 23 8
Faro 27 25 28 27
Loulé 39 13 39 12
Olhão 20 11 20 10
S. Brás 9 1 9 1
Fonte: Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC)
Quadro 34. Distribuição da população escolar matriculada (público e privado) nos concelhos do
ACES Central por nível de ensino (2014 e 2016)
Local
2014 2016
TOTAL Alunos
(Nº)
Nível de ensino TOTAL Alunos
(Nº)
Nível de ensino
Pré-Escolar
1.º Ciclo 2.º
Ciclo 3.º
Ciclo Secundário
Pré-Escolar
1.º Ciclo 2.º
Ciclo 3.º
Ciclo Secundário
ACES Central 39046 5720 10501 5772 8654 8399 38625 6228 10049 5817 8442 8089
Est. Público 34731 3138 9848 5545 8285 7915 34144 3556 9340 5609 8091 7548
Albufeira 7320 1210 1959 1072 1635 1444 7155 1243 1825 1101 1590 1396
Público 6865 896 1959 1072 1635 1303 6671 929 1825 1101 1590 1226
Faro 12039 1493 3050 1692 2467 3337 11621 1641 2888 1684 2333 3075
Público 10201 266 2691 1634 2397 3213 9694 399 2450 1626 2261 2958
Loulé 11176 1647 3053 1670 2628 2178 11124 1852 2989 1660 2498 2125
Público 9867 1160 2827 1542 2379 1959 9839 1346 2796 1558 2268 1871
Olhão 6875 1067 2005 1107 1556 1140 7149 1220 1903 1133 1647 1246
Público 6236 587 1937 1066 1506 1140 6434 680 1825 1085 1598 1246
S. Brás 1636 303 434 231 368 300 1576 272 444 239 374 247
Público 1562 229 434 231 368 300 1506 202 444 239 374 247
Fonte: Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) - Regiões em Números 2015/2016 - Volume V-
Algarve. Lisboa, 2017.
No ACES Central, no ano lectivo 2015/16, frequentaram o ensino pré-escolar 6228 alunos,
57,09% dos quais estavam matriculados em estabelecimentos públicos. 24308 alunos
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36
frequentaram o ensino básico (10049 no 1º Ciclo, 5817 no 2º ciclo e 8442 no 3º ciclo). 8089
alunos frequentaram o ensino secundário (6,7% no ensino privado).
3.1.2.5 Ambiente
Em 2014, todos os concelhos do ACES Central tinham valores superiores a 99,7% de
Água Segura correspondendo a água controlada e de boa qualidade. Esse valor é o produto
da percentagem de cumprimento da frequência de amostragem pela percentagem de
cumprimento dos valores paramétricos fixados na legislação, tal como definido no Anexo
II do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto.
Quadro 35. Água segura (%) por localização geográfica em 2014
Local %
Continente 98,42
Algarve 98,12
Albufeira 99,62
Faro 99,78
Loulé 99,74
Olhão 99,76
S. Brás 99,66
Fonte: INE, 2015 (Entidade Reguladora dos Serviços e Águas e Resíduos).
Fonte: DSPP ARS Algarve, Perfil de Saúde do ACES Central Junho 2015.
O concelho de Loulé era o que tinha, em 2009, uma maior percentagem da população
servida com sistemas de drenagem de águas residuais (98%), sendo o de S. Brás de Alportel
o que tinha a menor (72%).
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37
3.1.3 De que morremos?
3.1.3.1 Mortalidade
A mortalidade é uma medida directa das necessidades em cuidados de saúde, reflectindo a
carga global da doença na população, nomeadamente a incidência das doenças bem como a
capacidade de as tratar.
Os dados relativos às causas de morte estão disponíveis ao público, na plataforma
electrónica do INE, IP com um delay de dois anos assim, os dados apresentados em 2015
correspondem aos óbitos ocorridos no ano 2013. Por outro lado, para garantir o segredo
estatístico, o INE não disponibiliza ao público, os dados de mortalidade por causa de
morte, desagregados por grupo etário, sexo e concelho de residência.
3.1.3.1.1 Óbitos
Em 2016, registaram-se 2497 óbitos de indivíduos residentes nos concelhos que integram o
ACES Central.
Quadro 36. Evolução do Nº de Óbitos no Algarve e ACES Central (2007-2016)
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Algarve 4668 4767 4686 4508 4619 4834 4781 4689 4818 5214
ACES Central 2157 2239 2237 2149 2115 2260 2264 2177 2216 2497
Fonte: INE.
3.1.3.1.2 Taxa Bruta de Mortalidade
A taxa bruta de mortalidade permite quantificar o risco global de se morrer por todas as
causas. A partir da segunda metade do século XX, a taxa bruta da mortalidade tendeu a
estabilizar em Portugal em torno dos 10 óbitos por mil habitantes. No Algarve, no período
2007-2014 houve uma oscilação entre 10,1 e 10,9 óbitos por 1000 habitantes.
O risco de morrer no ACES Central é menor do que na Região embora exista um risco
acrescido nos maiores de 65 anos, à custa do sexo feminino. No ACES Central, a taxa
bruta de mortalidade foi de 9,8 óbitos por mil habitantes. A taxa de APVP por 100000
habitantes é inferior à do Algarve mostrando um menor risco de mortalidade precoce,
embora os homens morram mais precocemente.
A taxa de mortalidade pode ser melhorada reduzindo o risco da população, actuando nos
factores de risco, encorajando os estilos de vida saudáveis, aumentando a precocidade do
diagnóstico e melhorando a efectividade do tratamento, à luz do estado da arte.
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38
Quadro 37. Taxa bruta mortalidade por 1000 habitantes no Algarve e ACES Central (2007-2016)
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Algarve 10,8 10,9 10,6 10,1 10,3 10,9 10,8 10,6 11,9 11,8
ACES Central 8,8 10,0 9,8 9,3 9,2 9,8 9,9 9,62 9,8 11,0
Fonte: INE e DSPP, ARS Algarve, 2015.
Quadro 38. Taxa bruta mortalidade por 1000 habitantes por local de residência (2014 e 2016)
Local de Residência 2014 2016
%0 %0
Algarve 10,6 11,8
ACES Central 9,6 11,0
Albufeira 7,4 8,9
Faro 10,3 11,4
Loulé 9,6 11,8
Olhão 10,2 10,8
S. Brás 11,5 13,1
Fonte: INE, 2017.
Em 2014, o concelho de S. Brás apresentou a taxa bruta de mortalidade mais elevada do
ACES Central (11,5 %0), os concelhos de Olhão e Faro tiveram valores semelhantes ao
continente e o concelho de Albufeira apresentou o valor mais baixo 7,4 óbitos por mil
habitantes. O valor mais baixo de Albufeira é originado por uma população mais jovem
enquanto o de S. Brás de Alportel traduz os efeitos na mortalidade de uma população
envelhecida.
3.1.3.1.3 Taxa de Mortalidade padronizada pela idade
A necessidade de se eliminar a influência da estrutura etária na mortalidade obriga ao
ajustamento das taxas pela idade, de modo a podermos comparar populações diferentes.
Actualmente a metodologia utilizada para a padronização pelo método directo, tem como
referência a População Padrão Europeia, utilizada desde 1976. Assim, está neste momento
a decorrer a nível internacional, uma proposta de revisão da metodologia. Prevê-se uma
actualização da população padrão standard, bem como uma revisão do limite etário
(aumento dos 65 anos para os 75 anos), devido ao aumento da esperança média de vida à
nascença em todos os países da União Europeia dos 27.
A nível nacional, os Observatórios Regionais de Saúde apresentam alguns dados de
mortalidade padronizados para idades inferiores aos75 anos de idade. Uma vez que, na
presente data, todas as publicações do Eurostat, do INE, IP, do INSA e da DGS ainda
continuam a utilizar como valor de referência os 65 anos, optou-se por apresentar neste
documento, todos dados de mortalidade em conformidade.
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39
Quadro 39. Taxa de Mortalidade Padronizada* pela idade/100000 habitantes, no Algarve e ACES
Central (2013)
HM H M
Todas as Idades Continente 547,2 700,9 423,7
Algarve 577,7 720,6 453,5
ACES Central * 575,2 719,0 451,3
<65 Continente 172,8 248,6 103,2
Algarve 192,7 262,2 126,6
ACES Central * 194,9 274,5 121,7
≥65 Continente 3.576,3 4.360,2 3.017,4
Algarve 3.692,7 4.429,9 3.098,6
ACES Central * 3.652,6 4.316,0 3.118,0
* Método Directo – População Padrão Europeia; Fonte: INE - Causas de Morte 2013, Edição 2015 e USP ACES Central,
2015.
A padronização pela idade da taxa de mortalidade por todas as causas em 2013, permite
confirmar que o risco de morrer no ACES Central é menor do que na Região, embora
exista um risco acrescido nos menores de 65 anos, à custa do sexo masculino
(274,5/100000 habitantes).
Não estando disponíveis os dados da mortalidade relativos ao ano 2013, desagregados por
causa de morte e idade, não foi possível nesta data apresentar as taxas de mortalidade
padronizadas por causa de morte. Serão então utilizados os dados do Observatório
Regional de Saúde (2015), onde foram calculadas as taxas padronizadas pela idade (<75
anos) por causa de morte do biénio 2010-2012.
A taxa de mortalidade padronizada pela idade (< 75 anos) por tumores malignos no ACES
Central foi de 113,8, por 100.000 habitantes, valor superior ao da Região Algarve (111,7).
Quadro 40. Taxa de Mortalidade Padronizada (<75 anos) pela idade, por 100000 habitantes, para
algumas causas de morte, no Algarve e ACES Central (2010-2012)
TMP por causa de morte (/100.000) Algarve ACES
Central
Ranking
TMP por Tumor Maligno da Traqueia, brônquios e pulmão 23,3 23,6 1º
TMP por Doença Isquémica Cardíaca 22,9 23,4 2º
TMP por Tumor Maligno da Mama (feminina) 19,7 20,6 3º
TMP por Doença Cerebrovascular 18,1 18,4 4º
TMP por Tumor Maligno do Cólon e Reto 13,7 12,2 5º
TMP por Suicídio 9,3 9,6 6º
TMP por Acidentes de Transito com veiculo a motor 10,5 9,1 7º
TMP por Pneumonia 6,8 6,4 8º
TMP por Diabetes Mellitus 5,5 5,9 9º
TMP por Tumor Maligno do Colo do Útero 4,9 5,3 10º
TMP por Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica 2,7 2,9 11º
Se analisarmos a TMP pela idade por causa de morte, verificamos que no biénio 2010-2012,
a população do ACES Central apresentou um risco mais elevado de morrer por Tumor
Maligno da Traqueia, Brônquios e Pulmão, seguido de Doença Isquémica Cardíaca e,
neoplasia da Mama (feminina).
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
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40
3.1.3.2 Mortalidade proporcional
A mortalidade proporcional traduz a importância relativa de cada causa de morte no
padrão de mortalidade de uma comunidade.
Até Junho 2015, a informação completa não foi disponibilizada pelo INE, IP aos cinco
Departamentos de Saúde Pública, pelo que os técnicos dos Observatórios Regionais de
Saúde optaram por não apresentar dados incompletos ou omissos nos perfis regionais e
locais de saúde.
Figura 12. Mortalidade Proporcional por grupos de causas de morte, segundo o ciclo de vida no ACES Central
(2012). Fonte: DSPP ARS Algarve – Observatório Regional de Saúde, Perfil de Saúde do ACES Central. Faro,
Junho 2015.
Cerca de metade da informação relativa às causas de morte, dos óbitos ocorridos em 2012
desagregados por grandes grupos etários, não foi disponibilizada ao DSPP da ARS Algarve
pelo que se optou, neste documento, por comparar a evolução da mortalidade proporcional
para ambos os sexos e para todas as idades entre 2011 e 2013.
Figura 13. Distribuição percentual dos óbitos no ACES
Central por algumas causas de morte (LSE) (2011).
Fonte: INE.
Figura 14. Distribuição percentual dos óbitos por
causa de morte nos concelhos do ACES Central
(LSE) 2011. Fonte: INE.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
41
Em 2011, a distribuição percentual dos óbitos por causas de morte seguia o mesmo padrão
em todos os concelhos do ACES Central. As doenças do aparelho circulatório tinham
maior expressão percentual nos concelhos de Loulé e Albufeira. As neoplasias tinham
maior expressão em termos percentuais nos concelhos de Olhão, Faro e Albufeira.
Figura 15. Distribuição percentual dos óbitos por causa de morte no ACES Central (2013). Fonte: INE.
Em 2011, no ACES Central, as doenças do aparelho circulatório representavam 27,8% das
causas de morte, seguido pelas neoplasias com um valor percentual de 26%, as doenças do
aparelho respiratório com 10 %, as causas externas com 4,7 % e as doenças do aparelho
digestivo com 4,6 %.
Em 2013, no ACES Central, analisando a mortalidade proporcional por causas de morte
para ambos os sexos, verificamos que as principais causas de morte foram as neoplasias e
as doenças do aparelho circulatório. Cerca de 13,83 % dos óbitos foram por sintomas,
sinais, exames anormais ou causas mal definidas. As neoplasias representaram cerca de um
quarto das causas de morte (25,35 %), seguido pelas doenças do aparelho circulatório
(23,94 %), as doenças do aparelho respiratório (11,26 %), as causas externas (4,7 %) e as
doenças endócrinas e metabólicas (4,7%). Verificamos ainda que a distribuição percentual
dos óbitos por causas de morte segue o mesmo padrão em todos os concelhos do ACES
Central, excepto no concelho de Olhão onde as doenças do aparelho circulatório têm
maior expressão percentual (27,56 %).
2,34
25,35
0,494,73
0,04
2,12
23,94
11,26
4,420,04
0,443,36
0,13
13,83
4,73
1,90
0,22 0,44
ACES CentralDoenças infecciosas e parasitárias
Tumores
Doenças do sangue (órgãos hematopoéticos) ealgumas alterações imunitárias
Doenças endócrinas, nutricionais emetabólicas
Abuso de álcool (incluindo psicose alcoólica)
Doenças do sistema nervoso e dos orgãos dossentidos
Doenças do aparelho circulatório
Doenças do aparelho respiratório
Doenças do aparelho digestivo
Doenças da pele e do tecido celularsubcutâneo
Doenças do sistema ósteo-muscular/tecidoconjuntivo
Doenças do aparelho geniturinário
Algumas afecções originadas no períodoperinatal
Sintomas, sinais, exames anormais, causas maldefinidas
Causas externas de lesão e envenenamento
Suicídio e outras lesões auto-infligidasintencionalmente
Homicídio, agressão
Lesões em que se ignora se foram acidental ouintencionalmente infligidas
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
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42
A principal causa de morte por neoplasia foi o Cancro da Laringe, Traqueia, Brônquios e
Pulmão, seguido do cancro da Mama Feminino, do cancro do cólon e recto. Os tumores da
pele ocuparam o primeiro lugar na incidência das neoplasias diagnosticadas, no entanto não
tem expressão na mortalidade nem nos APVP. O tumor maligno da Mama Feminina
representou a segunda causa de neoplasias diagnosticadas, com grande peso na mortalidade
precoce. A neoplasia do pulmão ocupou a segunda posição na mortalidade precoce.
Assim entre 2011 e 2013, no ACES Central, verificamos uma diminuição da mortalidade
por doenças do aparelho circulatório e uma subida significativa da mortalidade por
tumores, passando a ocupar o primeiro lugar das causas de morte.
Quadro 41. Distribuição percentual dos óbitos no ACES Central por algumas causas de morte (codificação da lista sucinta europeia) (2013 e 2015)
2013 2015
Grupo de causa de morte (LES) % Grupo de causa de morte (LES) %
Tumores (06) 25,35 Doenças do aparelho circulatório (33) 24,64
Doenças do aparelho circulatório (33) 23,94 Sintomas, sinais, exames anormais, causas mal definidas (55) 12,82
Sintomas, sinais, exames anormais, causas mal definidas (55) 13,83 Doenças do aparelho respiratório (37) 11,46
Doenças do aparelho respiratório (37) 11,26 Doenças cerebrovasculares 8,26
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (26) 4,73 Doença Isquémica do Coração 6,81
Causas externas de lesão e envenenamento (58) 4,73 Pneumonias 6,27
Doenças do aparelho digestivo (42) 4,42 Causas externas de lesão e envenenamento (58) 5,42
Doenças do aparelho genito-urinário (48) 3,36 Doenças do aparelho digestivo (42) 3,97
Doenças infecciosas e parasitárias (01) 2,34 Doenças do aparelho genito-urinário (48) 3,34
Doenças do sistema nervoso e dos órgãos dos sentidos (31) 2,12 Diabetes Mellitus 3,25
Suicídio e outras lesões auto-infligidas intencionalmente (63) 1,90 Tumor tec linfático 2,35
Fonte: INE - Causas de Morte 2015, Edição 2017 e USP ACES Central, 2017.
Quadro 42. Distribuição proporcional da mortalidade por algumas causas de morte (ambos sexos e
todas as idades) nos concelhos do ACES Central (2013)
Albufeira
Tumores 22,74
Doenças do aparelho circulatório 22,38
Sintomas, sinais, exames anormais, causas
mal definidas
16,25
Doenças do aparelho respiratório 12,27
Doenças endócrinas, nutricionais e
metabólicas
5,78
Causas externas de lesão e envenenamento 4,69
Doenças do aparelho digestivo 3,97
Doenças do aparelho genito-urinário 3,61
Suicídio e outras lesões auto-infligidas
intencionalmente
2,89
Doenças infecciosas e parasitárias 2,17
Doenças do sistema nervoso e dos órgãos
dos sentidos
2,17
Faro
Tumores 26,57
Doenças do aparelho circulatório 22,96
Doenças do aparelho respiratório 12,42
Sintomas, sinais, exames anormais, causas
mal definidas
12,42
Doenças do aparelho digestivo 5,35
Doenças endócrinas, nutricionais e
metabólicas
4,72
Doenças do aparelho genito-urinário 3,93
Causas externas de lesão e envenenamento 3,77
Doenças do sistema nervoso e dos órgãos
dos sentidos
1,89
Doenças infecciosas e parasitárias 1,73
Suicídio e outras lesões auto-infligidas
intencionalmente
1,42
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43
Loulé
Tumores 26,88
Doenças do aparelho circulatório 23,60
Sintomas, sinais, exames anormais, causas
mal definidas
14,73
Doenças do aparelho respiratório 10,23
Causas externas de lesão e envenenamento 5,18
Doenças endócrinas, nutricionais e
metabólicas
5,05
Doenças do aparelho digestivo 3,96
Doenças do sistema nervoso e dos órgãos
dos sentidos
2,59
Doenças do aparelho genito-urinário 2,32
Doenças infecciosas e parasitárias 2,18
Suicídio e outras lesões auto-infligidas
intencionalmente
1,50
Olhão
Doenças do aparelho circulatório 27,56
Tumores 22,96
Sintomas, sinais, exames anormais, causas mal
definidas
11,06
Doenças do aparelho respiratório 10,02
Causas externas de lesão e envenenamento 5,43
Doenças do aparelho digestivo 4,59
Doenças infecciosas e parasitárias 4,18
Doenças do aparelho genito-urinário 4,18
Doenças endócrinas, nutricionais e
metabólicas
3,76
Suicídio e outras lesões auto-infligidas
intencionalmente
2,51
Doenças do sistema nervoso e dos órgãos dos
sentidos
2,30
S. Brás
Tumores 25,18
Doenças do aparelho circulatório 20,86
Sintomas, sinais, exames anormais, causas mal
definidas
20,14
Doenças do aparelho respiratório 13,67
Doenças endócrinas, nutricionais e
metabólicas
4,32
Causas externas de lesão e envenenamento 4,32
Doenças do aparelho digestivo 2,88
Doenças do aparelho genito-urinário 2,88
Suicídio e outras lesões auto-infligidas
intencionalmente
2,16
Doenças do sangue (órgãos hematopoéticos)
e algumas alterações imunitárias
0,72
Doenças do sistema ósteo-muscular/tecido
conjuntivo
0,72
Fonte: INE, 2015.
Em 2015, a taxa de mortalidade específica por 100000 habitantes para as principais causas
de morte não sofreu alterações significativas. Comparando a distribuição percentual dos
óbitos por causas de morte no ACES Central em 2013 e 2015, verificamos que a
mortalidade por tumores e por doenças cardiovasculares ocupam os primeiros lugares. As
doenças cardiovasculares representaram a principal causa de morte (39,7% de todas as
causas de morte para ambos os sexos e todas as idades, com 3 lugares do ranking das 5
principais causas de morte: doenças do aparelho circulatório; doenças cerebrovasculares,
doença isquémica do coração em 2015), seguido das doenças do aparelho respiratório com
24,54 %.
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Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
44
3.1.3.3 Mortalidade infantil e suas componentes
A mortalidade infantil é um indicador consensual do desenvolvimento e do nível de saúde
de uma população. A mortalidade infantil tem causas multifactoriais, estando actualmente
associadas às malformações congénitas, à prematuridade, ao baixo peso ao nascer, às
doenças hereditárias e às causas externas. Enquanto as primeiras se traduzem em óbitos no
período neonatal, as causas ambientais têm maior relevo no período pós neonatal.
Figura 16. Evolução das taxas de mortalidade infantil e suas componentes no ACES Central (triénios entre 2002
e 2013). Fonte: ARS Algarve, DSPP -Perfil de Saúde do ACES Central, Faro, Junho 2015.
3.1.3.3.1 Mortalidade Infantil
O número de óbitos infantis decresceu progressivamente na Região e no ACES Central
tendo voltado a subir em 2011, 2012 e 2014.
Quadro 43. Nº de Óbitos Infantis e Taxa de Mortalidade Infantil por 1000 nados vivos em Portugal,
no Algarve e ACES Central (2007-2014)
Nº Óbitos Infantis TMI (/1000)
Portugal Algarve ACES Central Portugal Algarve ACES Central
2007 353 19 14 3,4 3,9 5,4
2008 340 16 7 3,3 3,2 2,5
2009 362 12 6 3,6 2,5 2,2
2010 256 9 5 2,5 1,9 1,9
2011 302 12 8 3,1 2,6 3,2
2012 303 19 10 3,4 4,6 4,4
2013 243 10 3 2,95 2,68 1,50
2014 231 11 8 2,80 2,93 3,95
Fonte: INE, 2015 e DGS – Natalidade, Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal 2010/2014, Lisboa 2015.
A taxa de mortalidade infantil, que relaciona o número de óbitos em crianças menores de
um ano por 1000 nados vivos, teve os melhores valores de sempre em Portugal em 2010,
com uma taxa de 2,5 por mil em Portugal e 1,9 por mil no Algarve. No ACES Central, o
melhor valor foi atingido em 2015 com uma taxa de 1,36 óbitos infantis por mil nados
vivos, mas voltou a ter um aumento substancial em 2014 com uma taxa de 3,95.
A análise da evolução da taxa de mortalidade infantil no ACES e na Região deve ser feita
com prudência devido à dimensão e variação no número de nascimentos e também, ao
número particularmente pequeno de óbitos neste grupo etário, em que uma pequena
oscilação em números absolutos se traduz numa variação considerável na taxa.
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45
3.1.3.3.2 Mortalidade Fetal Tardia
A mortalidade fetal tardia está classicamente associada a causas maternas, fetais e
placentares sendo habitualmente 60% de causas desconhecidas.
O número de fetos mortos de 28 e mais semanas foi de 4 no ACES Central em 2014, a que
correspondeu uma taxa de 3,5 por 1000 nados vivos e fetos mortos com 28 ou mais
semanas.
Quadro 44. Nº de óbitos fetais tardios e Taxa de Mortalidade Fetal Tardia por 1000 nados vivos e
fetos mortos com 28 ou mais semanas em Portugal, no Algarve e ACES Central (2007-2014)
Óbitos Fetais Tardios * Tx. Mortalidade Fetal Tardia
Portugal Algarve ACES Central Portugal Algarve ACES Central
2007 289 21 14 2,8 2,3 5,3
2008 265 16 10 2,5 3,2 3,6
2009 291 13 7 2,9 2,7 2,6
2010 241 15 5 2,4 3,1 1,8
2011 227 8 6 2,3 2,8 2,4
2012 249 17 8 2,8 4,1 3,5
2013 180 6 3 2,17 1,61 1,50
2014 187 8 4 2,27 2,12 1,97
* Óbitos com 28 ou mais semanas Fonte: INE, 2015 e DGS – Natalidade, Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal
2010/2014, Lisboa 2015.
Entre 2007-2010, a taxa de mortalidade fetal tardia sofreu um decréscimo no ACES
Central, no entanto em 2011 e 2012 verificamos um novo aumento do número de óbitos
fetais tardios, o que se traduz, no aumento da respectiva taxa de mortalidade.
O melhor valor da taxa dos últimos oito anos foi verificado em 2013, atingindo uma taxa
de 1,5 óbitos por 1000 nados vivos e fetos mortos, correspondendo a 3 óbitos.
Em 2014, regista-se uma nova subida da taxa de mortalidade fetal tardia (1,97 por mil) mas
esta, deve ser analisada tendo em conta os valores absolutos de número de óbitos (4 óbitos,
valor inferior ao verificado em 2010).
3.1.3.3.3 Mortalidade Neonatal Precoce
A mortalidade neonatal precoce refere-se aos óbitos das crianças nascidas vivas que
faleceram com menos de sete dias de idade. O melhor valor de sempre no ACES Central
foi verificado em 2012, tendo existido dois óbitos, a que corresponde uma taxa de 0,8 por
mil nados vivos. A taxa de mortalidade neonatal precoce sofreu um aumento em 2013 e
2014, atingido o valor de 1,97 óbitos por mil nados vivos.
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46
Quadro 45. Nº de óbitos neonatais precoces e Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce por 1000
nados vivos em Portugal, no Algarve e ACES Central (2007-2014)
Óbitos Neonatais Precoces Tx. Mortalidade Neonatal Precoce
Portugal Algarve ACES Central Portugal Algarve ACES Central
2007 163 9 7 1,6 1,8 2,7
2008 153 9 4 1,5 1,8 1,4
2009 165 8 4 1,7 1,7 1,5
2010 116 4 3 1,1 0,8 1,1
2011 147 6 5 1,5 1,3 2,0
2012 133 8 2 1,5 1,9 0,8
2013 102 5 3 1,23 1,34 1,50
2014 121 8 4 1,47 2,13 1,97
Fonte: INE, 2015 e DGS – Natalidade, Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal 2010/2014, Lisboa 2015.
3.1.3.3.4 Mortalidade Perinatal
A taxa de mortalidade perinatal corresponde ao número de óbitos fetais com 28 ou mais
semanas de gestação e de óbitos de recém-nascidos com menos de sete dias de idade por
1000 nascimentos vivos. Agrupa a taxa de mortalidade fetal e a taxa de mortalidade
neonatal precoce.
Em 2012, verificaram-se 10 óbitos perinatais no ACES Central, com uma taxa de 4,4 por
1000 nados vivos e fetos mortos de 28 e mais semanas.
Quadro 46. Nº de óbitos perinatais e Taxa de Mortalidade Perinatal por 1000 Nados vivos e fetos
mortos com 28 ou mais semanas em Portugal, no Algarve e ACES Central (2007-2014)
Óbitos Perinatais Tx. Mortalidade Perinatal
Portugal Algarve ACES Central Portugal Algarve ACES Central
2007 452 30 21 4,4 6,1 8,0
2008 418 25 14 4,0 5,0 5,1
2009 456 21 11 4,6 4,4 4,2
2010 357 19 8 3,5 3,9 3,0
2011 374 14 11 3,9 3,1 4,5
2012 382 25 10 4,2 6,0 4,4
2013 282 11 6 3,40 2,95 2,99
2014 308 16 8 3,73 4,25 3,94
Fonte: INE, 2015 e DGS – Natalidade, Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal 2010/2014, Lisboa 2015.
3.1.3.3.5 Mortalidade Neonatal
A mortalidade neonatal corresponde ao número de óbitos de crianças com menos de 28
dias por cada 1000 nascimentos vivos, estando associada habitualmente à prematuridade e
ao baixo peso ao nascer.
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47
Quadro 47. Nº de óbitos neonatais e Taxa de Mortalidade Neonatal por 1000 Nados vivos em
Portugal, no Algarve e ACES Central (2007-2014)
Óbitos Neonatais Tx. Mortalidade Neonatal
Portugal Algarve ACES Central Portugal Algarve ACES Central
2007 213 11 9 2,1 2,2 3,4
2008 216 14 6 2,1 2,8 2,2
2009 245 9 4 2,5 1,9 1,5
2010 169 5 4 1,7 1,0 1,5
2011 230 10 8 2,4 2,2 3,2
2012 198 11 3 2,2 2,6 1,3
2013 160 6 3 1,93 1,61 1,50
2014 169 10 6 2,05 2,66 2,96
Fonte: INE e DGS – Natalidade, Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal 2010/2014, Lisboa 2015.
A taxa de mortalidade neonatal no ACES Central tem tido variações entre 3,4 em 2007 e
cerca de 3 em 2014. O melhor valor da taxa de mortalidade neonatal foi atingindo em 2012
com 1,3 por 1000 nados vivos, correspondendo a 3 óbitos neonatais.
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48
3.1.3.4 Carga Global da doença
3.1.3.4.1 Taxa de Mortalidade Específica por causa de morte
A Lista Europeia Sucinta (LES) para as causas de morte foi construída tendo como base as
causas com relevância para os padrões europeus de mortalidade e para os programas de
saúde nacionais e regionais. De entre as causas de morte dessa lista seleccionámos algumas
causas que considerámos mais pertinentes.
Em 2013, no ACES Central, analisando a taxa de mortalidade específica por 100000
habitantes para as principais causas de morte, verificamos um ligeiro decréscimo na
mortalidade por Doenças do Aparelho Circulatório e um aumento na mortalidade por
neoplasias.
Quadro 48. Número de óbitos, Mortalidade Proporcional por causa de morte e Taxas de
Mortalidade Específica (TME) por 100.000 habitantes, para algumas das causas de morte no ACES
Central (2013)
Algumas Causas de Morte (LES) Mortalidade ACES Central
Óbitos
(Nº)
Mortalidade
proporcional(%)
TME
(‰00)
Doenças Infecciosas e Parasitárias (1) 53 2,34 23,38
Tumores (Neoplasias) (6) 574 25,35 253,17
Tecido Linfático e Hematopoiético (24) 11 0,49 4,85
D. Endócrinas Metabólicas e Nutricionais (26) 107 4,73 47,19
Doenças Aparelho Circulatório (33) 542 23,94 239,05
Doenças Aparelho Respiratório (37) 255 11,26 112,47
Doenças Aparelho Digestivo (42) 100 4,42 44,11
Causas Externas (58) 43 4,73 18,97
Lesões Auto provocadas (63) 5 1,90 2,21
Sintomas, sinais, exames anormais, causas mal definidas
(55)
313 13,83 138,05
Total (todas as causas) Óbitos 2264 100
* Na análise dos dados devemos ter em conta que sempre que os valores por concelho são inferiores a 3 casos podem
estar omissos na informação do INE). Fonte: INE - Causas de Morte 2013, Edição 2015 e USP ACES Central, 2015.
Quadro 49. Taxa de mortalidade específica por tumores malignos (‰) no Continente, Algarve e
concelhos do ACES Central (2013)
TME/1000
Continente 2,5
Algarve 2,6
Albufeira 1,5
Faro 2,6
Loulé 2,8
Olhão 2,4
S. Brás 3,2
Fonte: INE, 2015
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49
3.1.3.4.2 Anos Potenciais de Vida Perdidos por todas as causas
“Anos Potenciais de Vida Perdidos” (APVP) é um indicador de mortalidade prematura,
quantificando o número de anos que teoricamente uma determinada população deixa de
viver se morrer antes dos 70 anos (definição do INE).
Quadro 50. Taxa de APVP * aos 70 anos por 100000 habitantes nos óbitos por todas as causas,
segundo o sexo no Algarve e ACES Central (2013)
Taxa APVP
2013 2014 2015
Ambos sexos Algarve 3856,7 3859,9 3948,4
ACES Central 3073,6
Sexo masculino Algarve 5321,4 5516,3 5785,3
ACES Central 4104,1
Sexo feminino Algarve 2573,9 2251,1 2176,1
ACES Central 2126,6
* Taxa calculada com cut of de 70 anos pelo método dos grupos quinquenais. Fonte: INE, 2017 e USP do ACES Central,
2015.
A taxa de APVP por 100000 habitantes em 2013 no ACES Central tinha valores inferiores
aos da Região, mostrando um menor risco de mortalidade precoce. Tanto no Algarve
como no ACES Central, os homens morrem mais precocemente.
3.1.3.4.3 Incapacidade
Qualquer utente, por sua iniciativa, pode através de requerimento próprio, requerer a
avaliação das incapacidades permanentes de que padece à Junta Médica de Incapacidade de
doentes civis para efeitos fiscais. No ACES Central a avaliação é realizada pela Junta
Médica nº 1 da Região Algarve e, utiliza como instrumento de avaliação, o anexo I da
Tabela Nacional de Incapacidade inserida no Decreto-lei nº 352/2007 de 23 de Outubro.
Em 2014, segundo o Relatório de Actividades da Junta Médica de Incapacidade do ACES
Central foram emitidos 1031 Atestados Multiusos. 35% dos atestados emitidos
correspondiam a uma primeira avaliação do doente em sede de junta médica de
incapacidade e, 65% correspondiam a pedidos de reavaliação (por eventual alteração da
incapacidade).
Até ao ano 2011, não se registaram grandes variações na taxa de utilização da Junta Médica
de Incapacidade nº 1 (valores constantes). A partir do ano 2012, verificamos um aumento
de pedidos de avaliação de incapacidade, sendo o pico máximo de utilização atingido em
2013, com uma taxa de utilização de 5,3/1000 hab. Isto reflecte a alteração legislativa
ocorrida em 2012, no que respeita à obrigatoriedade da detenção de um Atestado Multiusos
válido, para efeitos de isenção do pagamento de taxas moderadoras nos serviços públicos
de saúde.
Em 2014, as incapacidades atribuídas aos doentes residentes no ACES Central, avaliados
em sede de Junta Médica de Incapacidade nesse ano, correspondiam a doenças dos grupos
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50
patológicos seguintes: Oncologia (48.01 %), Neurologia e Neurocirurgia (19.5 %);
Aparelho Locomotor (9.02 %) e Psiquiatria (8.92 %).
Figura 17. Distribuição das Incapacidades atribuídas pela Junta Médica, por grupo patológico (2016). Fonte: ACES Central, USP - Junta Médica de Incapacidade nº 1- Relatório de Actividades 2016, Abril 2017.
Em 2016, na jurisdição do ACES Central, a taxa de utilização da Junta Médica de
incapacidade 1 foi de 4,2/1000 habitantes. As incapacidades atribuídas aos doentes
residentes no ACES Central, avaliados em sede de Junta Médica de Incapacidade nesse
ano, correspondiam a doenças dos grupos patológicos seguintes: Oncologia (54 %),
Neurologia e Neurocirurgia (18 %); Aparelho Locomotor (9 %); Psiquiatria (7 %) e
Nefrologia/urologia (4%).
Assim, nos últimos anos o grupo de doença oncológicas continua a representar a entidade
nosológica da maioria das incapacidades atribuídas em sede de junta médica.
9%
18%
3%1%
4%
7%
54%
4%
Incapacidade por grupo patologicoACES Central - Ano de 2016 (%)
I-Aparelho Locomotor
III-Neurogia e Neurocirurgia
V-Oftalmologia
VI-Otorrinolaringologia
VIII-Nefrologia/Urologia
X-Psiquiatria
XVI-Oncologia
Outras
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51
3.1.4 De que adoecemos?
3.1.4.1 Morbilidade
Os dados da morbilidade foram obtidos através da consulta dos dados do SIARS (Sistema
de Informação da ARS). É de referir que, por defeito, os indicadores fornecidos pelo
SIARS utilizam no denominador, o total da população inscrita nas unidades funcionais do
ACES Central (cerca de 275.000 utentes).
Neste documento, as prevalências de doença foram calculadas utilizando a população
inscrita activa (cerca de 235.000 utentes) e a população residente do INE (cerca de 226.000
indivíduos), de forma a obtermos um valor mais próximo da realidade.
3.1.4.1.1 Hipertensão Arterial
O estudo de Espiga e Macedo (2007) concluiu que 42,1% da população adulta portuguesa
com idade entre 18 e 90 anos sofria de hipertensão arterial, sendo o Algarve a Região onde
existia uma maior percentagem de hipertensos controlados com 14,2%.
O estudo PHYSA de 2012 da Sociedade Portuguesa de Hipertensão estimou uma
prevalência total de 42,2 %, com 58,1% de hipertensos não controlados no Algarve.
Quadro 51. Evolução da percentagem de Utentes Inscritos com diagnóstico activo “Hipertensão”
nos Cuidados Saúde Primários no Algarve e no ACES Central (2012 e 2014)
Local Diagnóstico Activo nos CSP (ICPC)
Utentes com Hipertensão arterial (K86 ou K87) (%)
31 Dezembro 2012 31 Dezembro 2014
Continente 19,7
Algarve 12,2 16.4
ACES Central 11,6 14,2
Fonte: ARS Algarve SIARS acesso em Junho 2013 e Dezembro 2015.
Analisando os dados do SIARS, verificamos que entre 2012-2014, existiu um aumento do
registo no sistema de apoio ao médico pelos clínicos da Região Algarve, da proporção de
utentes com diagnóstico activo de Hipertensão arterial.
No ACES Central, em 2014, tinham um registo de diagnóstico activo “hipertensão” 14,2%
de indivíduos inscritos (total dos inscritos). Esse valor era inferior ao registado na Região
(16,4%) e continua muito inferior à estimativa de prevalência evidenciada para o Algarve
no estudo PHYSA realizado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão (42,2%).
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52
Quadro 52. Diagnóstico e registo de Hipertensão arterial (HTA) nos utentes inscritos activos por
unidade funcional do ACES Central e na população por concelho de residência (2014)
Concelho Unidade Funcional HTA com e sem complicações * (ICPC-2: K86 e K87)
Nº %
Utentes activos Residentes
Albufeira UCSP Albufeira 3462 10,08
USF Albufeira 1493 15,70
Total 4955 11,30 12,35
Faro UCSP Faro 4540 14,21
USF Al-Gharb 1917 19,08
USF Farol
USF Ria Formosa
Total 6491 9,29 10,60
Loulé UCSP Quarteira 3502 16,58
UCSP Almancil /
Boliqueime
2797 19,56
UCSP Loulé 4003 17,54
USF Lauroé 1460 13,50
Total 11778 17,06 17,01
Olhão UCSP Olhão 3890 19,51
USF Âncora 2673 28,23
USF Mirante 2817 22,05
Total 9380 22,24 20,76
S. Brás UCSP S. Brás 237 2,34 2,25
ACES Central - Total 32841 13,97 14,51
* até 31 Dez 2014; - Sem dados. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015.
Em 2014, segundo os dados do SIARS (Dezembro 2015), 13,97 % dos utentes activos do
ACES Central apresentavam um diagnóstico activo e registado de Hipertensão arterial. A
unidade funcional do ACES Central com maior proporção de HTA registada foi a USF
Âncora com 28,23 % dos utentes.
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53
3.1.4.1.2 Diabetes
Segundo a Observatório Nacional da Diabetes, a prevalência total de Diabetes em Portugal
no ano 2014 foi de 13.1% (7,4% não diagnosticada e 5,7% diagnosticada). Nos Cuidados
de Saúde Primários, a prevalência total de Diabetes em 2014 (diagnosticada e registada no
sistema de informação de apoio ao médico) era de 6,4% (Diabetes: Factos e Números – O
Ano de 2014 − Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes – Edição 2015).
Quadro 53. Diagnóstico e registo de Diabetes nos utentes inscritos activos por unidade funcional do
ACES Central e na população por concelho de residência (2014)
Concelho Unidade Funcional DM não insulino e insulino-dependente *
(ICPC-2: T89 e T90)
Nº
%
Utentes activos Residentes
Albufeira UCSP Albufeira 1366 3,98
USF Albufeira 463 4,87
Total 1829 4,17 4,56
Faro UCSP Faro 1807 5,66
USF Al-Gharb 543 5,40
USF Farol - - -
USF Ria Formosa - - -
Total 2350 3,36 3,84
Loulé UCSP Quarteira 970 4,59
UCSP Almancil /
Boliqueime
876 6,13
UCSP Loulé 1396 6,12
USF Lauroé 495 4,58
Total 3737 5,41 5,40
Olhão UCSP Olhão 1612 8,09
USF Âncora 646 6,82
USF Mirante 989 7,74
Total 3247 7,70 7,19
S. Brás UCSP S. Brás 715 7,06 6,79
ACES Central - Total 11905 5,06 5,26
* até 31 Dez 2014; - Sem dados. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015.
Em 2014, segundo os dados do SIARS (Dezembro 2015), 5,06% dos utentes activos do
ACES Central apresentavam um diagnóstico activo registado de Diabetes, correspondendo
à prevalência nacional de diagnóstico de Diabetes, referida pelo Observatório Nacional da
Diabetes. A unidade funcional do ACES Central com maior proporção Diabéticos
registada foi a UCSP Olhão com 8,09% dos utentes.
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54
Quadro 54. Evolução da percentagem de diabéticos nos utentes inscritos nos Cuidados Saúde
Primários em Portugal Continental, no Algarve e ACES Central (2012-2014)
Local Diagnóstico Activo nos CSP (ICPC)
Utentes com Diabetes Mellitus (T89 ou T90) (%)
31 Dezembro 2012 31 Dezembro 2014
Continente 5,9 6,9
Algarve 4,6 5,7
ACES Central 4,2 4,9
Fonte: Observatório Nacional da Diabetes e ARS Algarve - SIARS acesso em Junho 2013 e Dezembro 2015.
Analisando os dados do SIARS, verificamos que entre 2012-2014, existiu um aumento do
registo na Região Algarve e no ACES Central, da proporção de utentes inscritos com
diagnóstico activo de Diabetes Mellitus. No ACES Central, em 2014 estavam identificados
como diabéticos 4,9 % dos utentes inscritos, enquanto no Algarve o valor era de 5,7%
(SIARS).
Quadro 55. Complicações da Diabetes nos utentes inscritos activos por unidade funcional do ACES
Central e na população por concelho de residência (2014)
Concelho Unidade
Funcional
Retinopatia Diabética *
(ICPC-2: F83)
Cegueira *
(ICPC-2: F94)
Nº %
Nº %
Utentes activos
com Diabetes
Residentes Utentes activos
com Diabetes
Residentes
Albufeira UCSP
Albufeira
38 0,11 2 0,0058
USF Albufeira 42 0,44 0 0,0000
Total 80 0,18 0,20 2 0,0046 0,0050
Faro UCSP Faro 69 0,22 5 0,0157
USF Al-Gharb 23 0,23 1 0,0100
USF Farol - - - - - -
USF Ria
Formosa
- - - - - -
Total 92 0,13 0,15 6 0,0086 0,0098
Loulé UCSP
Quarteira
32 0,15 5 0,0237
UCSP Almancil
/ Boliqueime
29 0,20 2 0,0140
UCSP Loulé 42 0,18 4 0,0175
USF Lauroé 24 0,22 2 0,0185
Total 127 0,18 0,18 13 0,0188 0,0188
Olhão UCSP Olhão 65 0,33 6 0,0301
USF Âncora 23 0,24 14 0,1479
USF Mirante 73 0,57 2 0,0157
Total 161 0,38 0,36 22 0,0522 0,0487
S. Brás UCSP S. Brás
ACES Central - Total 920 0,39 0,41 43 0,0183 0,0190
* até 31 Dez 2014; - Sem dados. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015.
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55
Quadro 56. Vigilância do pé Diabético nos utentes inscritos activos por unidade funcional do ACES
Central e na população por concelho de residência (2014)
Concelho Unidade Funcional Risco de Úlcera do pé *
Nº %
Utentes activos
com Diabetes
Residentes
Albufeira UCSP Albufeira 6 0,0175
USF Albufeira 55 0,5783
Total 61 0,1391 0,1521
Faro UCSP Faro 12 0,0376
USF Al-Gharb 49 0,4877
USF Farol 17 0,1163
USF Ria Formosa 104 0,7833
Total 182 0,2604 0,2973
Loulé UCSP Quarteira 1 0,0047
UCSP Almancil / Boliqueime 87 0,6086
UCSP Loulé 18 0,0789
USF Lauroé 104 0,9618
Total 210 0,3041 0,3033
Olhão UCSP Olhão 38 0,1906
USF Âncora 0,0000
USF Mirante 204 1,5970
Total 242 0,5737 0,5357
S. Brás UCSP S. Brás 1 0,0099 0,0095
ACES Central - Total 696 0,2960 0,3076
* até 31 Dez 2014. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015.
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56
Segundo a ACSS, a taxa de amputação dos membros inferiores em doentes com Diabetes
em 2014 foi de 13,2 por 100.000 habitantes (ACSS – Indicadores de intervenção
preventiva, Fonte: Base de dados dos GDH, Julho 2015).
Quadro 57. Amputação Major nos doentes Diabético activos por unidade funcional do ACES Central
e na população por concelho de residência (2014)
Concelho Unidade Funcional Amputação major dos M Inferiores
Nº
%
Utentes activos Residentes
Albufeira UCSP Albufeira 1
USF Albufeira 0
Total 1 2,49
Faro UCSP Faro 1
USF Al-Gharb 0
USF Farol 1
USF Ria Formosa 0
Total 2 3,27
Loulé UCSP Quarteira 0
UCSP Almancil / Boliqueime 0
UCSP Loulé 0
USF Lauroé 0
Total 0 0,00
Olhão UCSP Olhão 3
USF Âncora 1
USF Mirante 1
Total 5 11,07
S. Brás UCSP S. Brás 0
ACES Central - Total 8 3,54
* até 31 Dez 2014. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015 e ACSS, Março 2016.
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57
3.1.4.1.3 Perturbações Depressivas
Quadro 58. Diagnostico e registo de Perturbações Depressivas nos utentes inscritos activos por
unidade funcional do ACES Central e na população por concelho de residência (2014)
Concelho Unidade Funcional Perturbações Depressivas (ICPC-2: P76)
Nº %
Utentes activos Residentes
Albufeira UCSP Albufeira 1364 3,97
USF Albufeira 677 7,12
Total 2041 4,65 5,09
Faro UCSP Faro 1706 5,34
USF Al-Gharb 929 9,25
USF Farol - - -
USF Ria Formosa - - -
Total 2635 3,77 4,30
Loulé UCSP Quarteira 936 4,43
UCSP Almancil /
Boliqueime
840 5,88
UCSP Loulé 954 4,18
USF Lauroé 614 5,68
Total 3344 4,84 4,83
Olhão UCSP Olhão 1567 7,86
USF Âncora 919 9,71
USF Mirante 1117 8,74
Total 3603 8,54 7,98
S. Brás UCSP S. Brás 296 2,92 2,81
ACES Central - Total 11925 5,07 5,27
* até 31 Dez 2014; - Sem dados. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015.
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58
3.1.4.1.4 Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
Quadro 59. Diagnostico e registo de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica nos utentes inscritos
activos por unidade funcional do ACES Central e na população por concelho de residência (2014)
Concelho Unidade Funcional Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (ICPC-2: R95)
Nº %
Utentes activos Residentes
Albufeira UCSP Albufeira 142 0,41
USF Albufeira 81 0,85
Total 223 0,51 0,56
Faro UCSP Faro 109 0,34
USF Al-Gharb 48 0,48
USF Farol - - -
USF Ria Formosa - - -
Total 157 0,22 0,26
Loulé UCSP Quarteira 76 0,36
UCSP Almancil / Boliqueime 99 0,69
UCSP Loulé 114 0,50
USF Lauroé 51 0,47
Total 340 0,49 0,49
Olhão UCSP Olhão 122 0,61
USF Âncora 48 0,51
USF Mirante 68 0,53
Total 238 0,56 0,53
S. Brás UCSP S. Brás 42 0,41 0,40
ACES Central - Total 1001 0,43 0,44
* até 31 Dez 2014; - Sem dados. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015.
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59
3.1.4.1.5 Doenças Transmissíveis de Declaração Obrigatória
Quadro 60. Número de notificação e de casos confirmados de doenças de declaração obrigatória nos
concelhos do ACES Central (2015)
DDO ACES Central
Albufeira Faro Loulé Olhão S Brás TOTAL
Notificações SINAVE em
2015
23 31 39 16 6 115
Notificações em 2015 com
diagnostico em 2015
20 28 37 12 6 103
Casos confirmados 2015 15 16 19 9 4 63
Notificações em 2016 (até
24/03/2016) com ano de
diagnóstico 2015
0 4 0 4 0 8
Notificações em 2016 (até
24/03/2016) com diagnóstico
confirmado em 2015
0 3 0 3 0 6
TOTAL DDO 2015 - Casos
confirmados (para calculo
da Tx Incidência 2015)
15 19 19 12 4 69
Fonte: ARS Algarve, DSPP – Programa Regional de Vigilância Epidemiológico de doenças transmissíveis, 2015.
Quadro 61. Distribuição das notificações de doença de declaração obrigatória por freguesia de ocorrência, segundo a classificação final de caso da Autoridade de Saúde (ano 2016)
Freguesia de ocorrência Caso Confirmado
Caso Possível
Caso Provável
Desconhecido Não é caso
Total
Albufeira e Olhos de Água 6 4 3 2 15
Almancil 4 1 5
Boliqueime 1 1 2
Conceição e Estoi 8 1 1 10
Faro (Sé e São Pedro) 23 6 2 2 7 40
Ferreiras 2 1 2 5
Guia 1 1
Loulé (São Clemente) 4 1 2 1 8
Loulé (São Sebastião) 1 2 3
Moncarapacho e Fuseta 3 1 4
Montenegro 2 1 1 4
Olhão 10 3 3 16
Paderne 2 2
Pechão 1 1 1 2 5
Quarteira 4 3 1 1 9
Quelfes 3 2 5
Querença, Tôr e Benafim 1 1
Santa Bárbara de Nexe 6 6
São Brás de Alportel 1 1
ACES Central 80 13 15 8 25 142
Fonte: ARS, DSPP - Programa Regional de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis Relatório Anual das
doenças de declaração obrigatória - 2016, Março 2017.
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60
Quadro 62. Distribuição de casos confirmados de doenças de declaração obrigatória notificados por concelho (ano 2016)
Doença Albufeira Faro Loulé Olhão ACES CENTRAL
Taxa de incidência no ACES (/100.000 habitantes)
Doença de Creutzfeldt Jakob 1 1 0,44
Doença dos Legionários 1 1 2 0,88
Doença invasiva meningocócica 1 1 0,44
Doença invasiva pneumocócica 1 1 0,44
Febre escaro-nodular (Rickettsiose) 1 2 3 1,32
Febre Q 1 1 2 0,88
Giardíase 1 1 0,44
Gonorreia 1 1 2 0,88
Hepatite A 1 1 0,44
Hepatite B 1 1 2 0,88
Hepatite C 2 1 3 1,32
Leptospirose 1 1 0,44
Malária 1 2 2 5 2,21
Paralisia flácida aguda 2 1 3 1,32
Paralisia flácida aguda - Reavaliação 60 dias
1 1*
Salmoneloses não Typhi e não Paratyphi
2 2 4 1,76
Sífilis - Excluindo Sífilis Congénita 1 1 0,44
Tosse Convulsa 2 6 1 1 10 4,41
Tuberculose 3 12 9 6 30 13,23
VIH/SIDA 2 3 1 6 2,65
TOTAL de casos confirmados 10 39 14 17 80
* dois doentes não foram reavaliados por não se encontrarem em território nacional (60 dias após diagnostico). Fonte:
ARS, DSPP - Programa Regional de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis Relatório Anual das doenças
de declaração obrigatória - 2016, Março 2017.
As notificações de doença aumentaram, fruto da utilização obrigatória de um sistema de
vigilância epidemiológica eletrónico, integrado no sistema de informação de apoio ao
médico. Assim, esse aumento não reflete um aumento real de incidência de doenças, mas
sim à utilização de novo sistema de informação.
Tuberculose
Em 2016, de acordo com o programa de vigilância epidemiológica das doenças de
declaração obrigatória e ainda o programa regional de luta contra a tuberculose, a taxa de
incidência de Tuberculose no ACES Central acompanhou a tendência nacional de
diminuição. Segundo o sistema de informação SVIG-TB (2016), o Algarve apresentou uma
taxa de incidência de 16,2 casos por 100.000 habitantes, e o ACES Central 15,8 casos por
100.000 habitantes. Assim, continuamos a verificar que existe um subnotificação de casos
no SINAVE.
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61
Quadro 63. Incidência Tuberculose e taxa de incidência* no Algarve e concelhos do ACES Central
(2014 e 2015)
Local de residência SVIG-TB (2014) Notificação DDO em
papel e no SINAVE (2014)
Notificação de
Tuberculose no SINAVE
(todas as formas) (2015)
Nº
novos
casos
Taxa de
incidência
(/100.000
habitantes)
Nº novos
casos
confirmados
Taxa de
incidência
(/100.000
habitantes)
Nº novos
casos
confirmados
(diagnóstico
2015)
Taxa de
incidência
(/100.000
hab.*)
Portugal 2119 18,7
Algarve 85 18,8 89 20,12 78 17,67
ACES Central 48 21.17 46 20,29 39 17,24
Albufeira 10 7 17,45
Faro 10 11 17,97
Loulé 13 13 18,78
Olhão 13 7 15,50
S. Brás 2 1 9,50
• Estimativas da população 2014, INE 2015. Fonte: ARS Algarve, DSPP – Programa Luta contra a Tuberculose
(Dados do SVIG-TB Março 2015) e dados registados no SINAVE até 31 Março 2016.
Local de residência SVIG-TB (2016) Notificação de
Tuberculose no SINAVE
(todas as formas) (2016)
Nº
novos
casos
Taxa de
incidência
(/100.000
habitantes)
Nº novos
casos
confirmados
(diagnóstico
2016)
Taxa de
incidência
(/100.000
hab.*)
Portugal 1610 15,6
Algarve 73 16,2 60 13,59
ACES Central 48 21.17 30 13,23
Albufeira 7 3 7,38
Faro 21 12 19,64
Loulé 10 9 12,97
Olhão 10 6 13,29
S. Brás 0 0 -
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Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
62
VIH/SIDA
Quadro 64. Incidência VIH/SIDA segundo o sexo e taxa de incidência * no Algarve e concelhos do
ACES Central (2014)
Local de Residência Novos Casos VIH (Nº) Taxa de incidência (/100.000)
N Sexo
H M Desconhecido
Portugal 1220 11,7*
Algarve 68 49 18 1 15,8*
ACES Central 36 26 9 1 15,91
Albufeira 8 6 2 19,95
Faro 11 8 3 17,97
Loulé 6 5 1 8,67
Olhão 11 7 3 1 24,35
S. Brás 0 0 0 0
Fonte: ARS Algarve, DSPP – Programa para a Infecção VIH/SIDA (Dados do INSA – DDI URVE, Junho 2015) e *
DGS – Portugal Infecção por VIH, SIDA e Tuberculose em Números - 2015, Novembro 2015.
Segundo a DGS, 68,5% dos novos casos de infecção VIH/SIDA notificados em 2014,
ocorreram nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e no Algarve. Essa percentagem
elevada traduz a persistência da assimetria da distribuição geográfica da infecção por VIH.
Verificamos que a taxa de incidência do ACES Central em 2014 (15,9/100.000) foi superior
à do Algarve (15,8 /100.000) e à nacional (11,7). O concelho de Olhão apresentou a taxa de
incidência mais elevada com 24,35 por 100.000 habitantes.
3.1.4.1.6 Doenças evitáveis pela vacinação
De acordo com as notificações clinicas efectuadas no SINAVE em 2015 e 2016, não houve
qualquer caso confirmado no ACES Central de sarampo, rubéola, poliomielite e tétano, o
que vai de encontro ao expectável devido às boas taxas de cobertura vacinal do ACES.
Quadro 65. Notificação de doença invasiva meningocócica e Tosse Convulsa e respectivas taxas de
incidência no Algarve e concelhos do ACES Central (2016)
Doença invasiva Meningocóccica Tosse Convulsa
Local de
residência
Casos (Nº) Tx Incidência
(/100000)
Casos (Nº) Tx Incidência (/100000)
Algarve 1 0,22
ACES Central 1 0,44 10 4,41
Albufeira 0 0,00 2 4,92
Faro 1 0,00 6 9,82
Loulé 0 0,00 1 1,44
Olhão 0 1,63 1 2,21
S. Brás 0 0,00 0 0,00
Fonte: ARS Algarve, DSPP – Notificações de casos confirmados no SINAVE - Programa regional de vigilância
epidemiológica das doenças transmissíveis, Março 2017.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
63
No âmbito do Programa Nacional de Vacinação, a cobertura vacinal em 2015 foi:
Quadro 66. Taxa de cobertura vacinal das crianças da coorte 2014 segundo a vacina administrada no
Algarve e no ACES Central (PNV cumprido até 31 de Dezembro 2015)
Local Taxa de cobertura (%)
VHB DTPa Hib VIP
Algarve 97,04 91,57 98,39 97,36
ACES Central 96,98 92,55 98,59 97,37
Fonte: ARS Algarve, DSPP - Programa Regional da Vacinação, Março 2016.
Quadro 67. Taxas de cobertura vacinal das crianças da coorte 2013 (até 31 de Dezembro 2015) por
vacina no Algarve e no ACES Central
Local Taxa de cobertura (%)
DTPa Hib Men C VASPR
Algarve 93,6 97,9 96,5 96,5
ACES Central 92,7 98,2 96,4 96,4
Fonte: ARS Algarve, DSPP - Programa Regional da Vacinação, Março 2016.
Quadro 68. Taxas de cobertura vacinal das crianças da coorte 2008 (até 31 de Dezembro 2015) por
vacina no Algarve e no ACES Central
Local Taxa de cobertura (%)
DTPa VIP VASPR
Algarve 89,9 90,5 90,0
ACES Central 87,6 88,2 87,7
Fonte: ARS Algarve, DSPP - Programa Regional da Vacinação, Março 2016.
Quadro 69. Taxas de cobertura vacinal das crianças da coorte 2001 (até 31 de Dezembro 2015) por
vacina no Algarve e no ACES Central
Local Taxa de cobertura (%)
Td HPV
dose 1
(raparigas)
HPV
dose 2
(raparigas)
HPV
dose 3
(raparigas)
Algarve 92,0 83,8 75,6 46,4
ACES Central 90,3 82,4 74,3 46,3
Fonte: ARS Algarve, DSPP - Programa Regional da Vacinação, Março 2016.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
64
Quadro 70. Avaliação do PNV Comprido no ACES Central a 31/12/2016, segundo a coorte
Coorte Vacina Total de fichas de vacinação
Total de pessoas
vacinadas
%
2015 VHB 2260 2198 97,3
DTPa 2079 92,0
Hib 1877 83,1
VIP 2194 97,1
2014 BCG 2085 2025 97,1
VHB 2014 96,6
DTPa 1931 92,6
Hib 2034 97,6
VASPR 2000 95,9
MenC 1998 95,8
2009 BCG 2516 2458 97,7
VHB 2455 97,6
DTPa 2271 90,3
VIP 2283 90,7
VASPR 2273 90,3
MenC 2458 97,7
2002 BCG 2617 2521 96,3
VHB 2523 96,4
VASPR 2478 94,7
VIP 2472 94,5
MenC 2508 95,8
Td 2351 89,8
1991 Td 3007 1942 64,6
1971 Td 4379 2228 50,9
1951 Td 3058 1700 55,6
Fonte: ARS Algarve, DSPP – Programa Regional de Vacinação - SINUS, Janeiro 2017.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
65
3.1.5 Que escolhas fazemos?
3.1.5.1 Nascimentos em mulheres em idade de risco
A idade das mães nas últimas décadas tem aumentado, com uma diminuição dos
nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos e um aumento significativo da
proporção dos nascimentos em idade superior a 35 anos (cerca de 27%).
Quadro 71. Distribuição dos nascimentos no Continente, Algarve e concelhos do ACES Central
segundo a idade da mãe (2014)
Idade da mãe
Local Nados
Vivos (Nº)
<20
anos
Proporção
de
nascimentos
(%)
20-34
anos
Proporção
de
nascimentos
(%)
>35
anos
Proporção de
nascimentos
(%)
Continente 78312 2282 2,91 53637 68,49 22393 28,59
Algarve 3760 121 3,22 2640 70,21 999 26,57
ACES Central 2026 55 2,71 1427 70,43 544 26,85
Albufeira 392 11 2,81 260 66,33 121 30,87
Faro 587 18 3,07 414 70,53 155 26,41
Loulé 589 13 2,21 436 74,02 140 23,77
Olhão 378 12 3,17 268 70,90 98 25,93
S. Brás 80 1 1,25 49 61,25 30 37,50
Fonte: INE, 2015.
Em 2014, verificamos que cerca de 30% dos nascimentos ocorreram em mulheres em
idade de risco para a gravidez.
Quadro 72. Proporção (%) de nascimentos pré-termo segundo o local de residência da mãe (2002-
2013)
Local 2002-2004 2005-2007 2008-2010 2011-2013
Continente 6,7 7,8 8,5 7,7
Algarve 7,0 6,9 7,5 8,1
ACES Central 7,5 7,3 7,6 8,5
Fonte: ARS Algarve, DSPP - Perfil de Saúde do ACES Central, Faro, Junho 2015.
A proporção de nascimentos pré-termo no ACES Central (proporção de nados vivos
nascidos antes das 37 semanas de gestação) foi no último triénio de 8,5%.
Quadro 73. Proporção (%) de nascimentos com baixo peso à nascença segundo o local (2002-2013)
Local 2002-2004 2005-2007 2008-2010 2011-2013
Continente 7,4 7,6 8,1 8,4
Algarve 7,8 7,5 8,5 9,0
ACES Central 7,9 7,6 8,9 9,6
Fonte: ARS Algarve, DSPP - Perfil de Saúde do ACES Central, Faro, Junho 2015.
A proporção de nascimentos com baixo peso no ACES Central foi, no último triénio 2011-
2013, de 9,6 %.
3.1.5.2 Determinantes de Saúde
Quadro 74. Registos de alguns determinantes (ICPC-2 T82; P15; P17) nos Cuidados de Saúde Primários por Unidade Funcional do ACES Central e concelhos
(31/12/2014)
Concelho Unidade Funcional Obesidade * (ICPC-2: T82) Tabaco * (ICPC-2: P17) Abuso Crónico do Álcool * (ICPC-2: P15)
Nº % Nº % Nº %
Utentes activos Residentes Utentes activos Residentes Utentes activos Residentes
Albufeira UCSP Albufeira 299 0,87 944 2,75 19 0,06
USF Albufeira 376 3,95 1286 13,52 33 0,35
Total 675 1,54 1,68 2230 5,09 5,56 52 0,12 0,13
Faro UCSP Faro 568 1,78 1323 4,14 134 0,42
USF Al-Gharb 367 3,65 1375 13,68 59 0,59
USF Farol - - - - - - - - -
USF Ria Formosa
Total 940 1,34 1,54 2708 3,87 4,42 193 0,28 0,32
Loulé UCSP Quarteira 1168 5,53 775 3,67 162 0,77
UCSP Almancil / Boliqueime 193 1,35 340 2,38 27 0,19
UCSP Loulé 443 1,94 567 2,48 58 0,25
USF Lauroé 312 2,89 846 7,82 41 0,38
Total 2116 3,06 3,06 2530 3,66 3,65 289 0,42 0,42
Olhão UCSP Olhão 563 2,82 1044 5,24 141 0,71
USF Âncora 1177 12,43 800 8,45 173 1,83
USF Mirante 614 4,81 1172 9,17 70 0,55
Total 2354 5,58 5,21 3016 7,15 6,68 384 0,91 0,85
S. Brás UCSP S. Brás 185 1,83 1,76 36 0,36 0,34
TOTAL ACES 6270 2,67 2,77 10484 4,46 4,63 954 0,41 0,42
* até 31 Dez 2014; - Sem dados. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015.
3.1.5.2.1 Tabaco
Em 2012, de acordo com o Eurobarómetro, 28,8 % dos inquiridos europeus com idade
igual ou superior a 15 anos eram fumadores, sendo o valor para Portugal de 23%.
A amostra ponderada e padronizada pela idade na população com 15 ou mais anos para o
Algarve, no último Inquérito Nacional de Saúde (INS 2005/2006) encontrava valores de
autorresposta de 27,1 % homens fumadores diários e 12,9 mulheres fumadoras diárias.
Quadro 75. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de
diagnóstico activo “Abuso de Tabaco” no Continente, Algarve e ACES Central (2014*)
Local Diagnóstico Activo nos CSP (ICPC)
Abuso de Tabaco (P17) (%)
Total H M
Continente 8,0 9,9 6,3
Algarve 4,2 4,0 4,5
ACES Central 4,5 4,1 4,8
* Os dados do SIARS foram extraídos para a data “a 31 Dez 2014”. Fonte: ARS Algarve, DSPP - Perfil de Saúde do ACES
Central, Faro, Junho 2015.
De acordo com a informação disponível no SIARS, verificou-se que entre Dezembro de
2012 e Dezembro de 2014, existiu um aumento do registo de diagnóstico activo “abuso de
tabaco” nos utentes inscritos nas unidades funcionais do ACES Central.
Os registos passaram de 2,6% dos utentes inscritos em 2012para 4,5% em 2014, sendo os
valores para o Algarve 2,2% e 4,2% para os mesmos anos, no entanto continuam a estar
muito abaixo do apontado pelo último inquérito nacional de saúde. Verificou-se ainda um
registo de uma maior proporção de mulheres fumadoras (4,8% das inscritas) relativamente
aos homens (4,1%) e que o ACES Central apresenta valores superiores comparativamente
à Região.
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68
3.1.5.2.2 Obesidade e Excesso de Peso
Quadro 76. Evolução da percentagem de obesidade nos utentes inscritos nos Cuidados Saúde
Primários em Portugal Continental, no Algarve e ACES Central (2012-2014)
Local Diagnóstico Activo nos CSP (ICPC)
Utentes com Obesidade (T82) (%)
31 Dezembro 2012 31 Dezembro 2014
Continente 2,1 5,8
Algarve 1,6 2,8
ACES Central 1,7 2,6
Fonte: ARS Algarve - SIARS acesso em Junho 2013 e Dezembro 2015; DSPP Observatório Regional de Saúde e USP do
ACES Central – Perfil de Saúde do ACES Central 2013.
Quadro 77. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de
diagnóstico activo “Excesso de Peso” e “Obesidade” no Continente, Algarve e ACES Central
(2014*)
Local Diagnóstico Activo nos CSP (ICPC)
Excesso de Peso (T83) (%) Obesidade (T82) (%)
Total H M Total H M
Continente 4,5 4,6 4,4 5,8 4,8 6,8
Algarve 2,2 2,1 2,3 2,8 2,3 3,3
ACES Central 2,3 2,2 2,3 2,6 2,1 3,0
* Os dados do SIARS foram extraídos para a data “a 31 Dez 2014”. Fonte: ARS Algarve, DSPP - Perfil de Saúde do ACES
Central, Faro, Junho 2015.
Analisando os dados disponibilizados pelo SIARS em 31 de Dezembro de 2014,
verificamos que cerca de 5% dos utentes inscritos nas unidades funcionais do ACES
Central apresentavam um diagnóstico activo de Excesso de peso ou Obesidade.
3.1.5.2.3 Sedentarismo
Entre 2006 e 2009, o Observatório da Actividade Física e Desporto realizou um estudo
nacional “Livro Verde para a Actividade Física”, que incluiu uma amostra representativa da
população portuguesa estratificada por regiões (NUTS II), em que foram avaliados 5231
participantes com idade igual ou superior a 10 anos, tendo verificado que a população
portuguesa era maioritariamente sedentária.
Em 2011, de acordo com o Eurobarómetro, cerca de dois terços da população adulta
Portuguesa registou um nível insuficiente de activa física, sendo que apenas 23,5 %
praticavam actividade física em Portugal.
Segundo o Livro Verde, em Portugal em 2011, o sedentarismo foi quantificado em 28,1%
para os homens e 31,0 % para as mulheres. No Algarve, com as limitações da amostra
(apenas 183 participantes), os valores de sedentarismo eram superiores a 70% em todos os
grupos etários.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
69
3.1.5.2.4 Comportamentos aditivos
Quadro 78. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de
diagnóstico activo “Abuso de Drogas” no Continente, Algarve e ACES Central (2014*)
Diagnóstico Activo nos CSP (ICPC)
Local Abuso de Drogas (P19) (%)
Total H M
Continente 0,4 0,5 0,2
Algarve 0,2 0,3 0,2
ACES Central 0,3 0,3 0,2
* Os dados do SIARS foram extraídos para a data “a 31 Dez 2014”. Fonte: ARS Algarve, DSPP - Perfil de Saúde do ACES
Central, Faro, Junho 2015.
Quadro 79. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de
diagnóstico activo “Abuso de crónico de álcool” no Continente, Algarve e ACES Central (2014*)
Diagnóstico Activo nos CSP (ICPC)
Local Abuso Crónico de álcool (P15) (%)
Total H M
Continente 1,1 2,1 0,3
Algarve 0,5 0,9 0,1
ACES Central 0,4 0,7 0,1
* Os dados do SIARS foram extraídos para a data “a 31 Dez 2014”. Fonte: ARS Algarve, DSPP - Perfil de Saúde do ACES
Central, Faro, Junho 2015.
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70
4 Quadro Resumo - Principais Indicadores Saúde 2015
Continente Algarve ACES Central
População Residente 9839140 441929 226657 Nados Vivos 81292 4071 2207 Óbitos 103614 4816 2216 Saldo Fisiológico -22322 -742 -5 Taxa Bruta Natalidade 8,2‰ 9,2‰ 9,73‰
Nascimentos Mulheres idade Inferior a 20 anos 2295 138 67 Proporção Nascimentos Mulheres idade Inferior a 20 anos
2,8% 3,4% 3,03%
Nascimentos Mulheres idade Superior a 35 anos 25275 2471 1369 Proporção Nascimentos Mulheres idade Superior a 35 anos
31% 60% 62%
Nascimentos Pré-termo 6520 321 161 Proporção Nascimentos Pré-termo 8,0% 7,9% 7,3% Crianças Baixo Peso à Nascença 7225 387 211 Proporção Crianças Baixo Peso à Nascença 8,9% 9,5% 9,6%
Índice Sintético Fecundidade 1,30 1,43 1,44 Taxa Bruta Mortalidade 10,5‰ 10,9‰ 9,8‰ Óbitos Infantis 233 9 3 Taxa Mortalidade Infantil 2,9 ‰ 2,2‰ 1,36‰ Óbitos Neonatais 125 5 2
Taxa Mortalidade Neonatal 1,53 ‰ 1,22 ‰ 0,45 ‰ Óbitos Neonatais Precoces 108 4 1 Taxa Mortalidade Neonatal Precoce 1,32‰ 0,98‰ 0,9‰ Óbitos Pós-Neonatais 70 2 0 Taxa Mortalidade Pós Neo-Natal 0,9‰ 0,5‰ 0‰
Fetos Mortos 28 ou mais semanas 206 15 9 Taxa Mortalidade Fetal Tardia 2,53‰ 3,68‰ 4,07‰ Óbitos Perinatais 314 19 10 Taxa Mortalidade Perinatal 3,86‰ 4,67‰ 4,53‰
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71
5 Identificação dos recursos
5.1 Serviços de Saúde
O ACES Central é constituído por 21 Unidades Funcionais, 2 serviços de apoio e 4 grupos
técnicos (Conselho Clínico e da Saúde, Comissão de Qualidade e Segurança (CQS) e o
Grupo Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e de Resistência aos
Antimicrobianos (PPCIRA), Coordenação local da Rede Nacional dos Cuidados
Continuados Integrados (RNCCI)).
A prestação de cuidados de saúde primários no ACES Central é assegurada nas sedes dos 5
centros de saúde e em 26 extensões de saúde, as quais garantem uma adequada cobertura
territorial atendendo à distribuição da população na área geográfica de influência directa.
Quadro 80. Recursos humanos do ACES Central por categoria profissional/função previstos e em
funções (2013-2016)
Previstos na legislação
Em funções em dez 2013
Em funções em dez 2015
Em funções em dez 2016
Nº Nº % Nº % Nº % Director Executivo 1 1 100 1* 100 1 100 Presidente do Conselho Clínico e de Saúde
1 1 100 0 0 1 100
Médicos ** 155 128 82,05 120 76,92 177 113,46 Enfermeiros 217 210 96,77 181 83,41 183 84,33 Técnicos de diagnóstico e terapêutica 49 40 81,63 33 67,35 41 83,67 Técnicos superiores 23 21 91,3 22 95,65 25 108,70 Assistentes técnicos 150 140 93,33 124 82,67 126 84,00 Assistentes operacionais 143 93 65,03 63 44,06 90 62,94 Informáticos 1 1 100 1 100 1 100 TOTAL ACES 742 635 85,46 545 73,35 645 86,81
* (desde Novembro 2015). ** médicos inclui as especialidades MGF, Saúde Pública e Pediatria, os clínicos gerais e os internos de
especialidade de MGF e SP. Fonte: Plano de Desempenho do ACES Central 2014, Janeiro 2014; UAG do ACES Central e
Recursos humanos da ARS Algarve, Novembro 2016.
Em 31/12/2013, o ACES Central tinha um total de 635 funcionários, ou seja, 85% do total
dos recursos humanos previstos. Os profissionais afectos em Janeiro 2015 eram 545,
correspondendo a 73,4% dos recursos previstos. Apesar de ter existido um esforço de
contractação de profissionais na ARS Algarve, IP, em Dezembro de 2016 existiam no
ACES Central 645 funcionários, continuando abaixo do previsto (86,8 %).
Verificamos ainda que, esse aumento não teve repercussão no número de profissionais em
exercício efectivo nas Unidade Funcionais do ACES Central, uma vez que está muito
aquém dos recursos humanos previstos e existe uma especial carência na categoria dos
Assistentes Operacionais, tendo forçosamente impacto na acessibilidade dos doentes aos
cuidados de saúde primários e nos indicadores de actividade e desempenho das unidades
funcionais.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
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72
Quadro 81. Recursos humanos do ACES Central por categoria profissional e local (Dez. 2016) Categoria profissional/cargo Local Nº
Directora executiva Faro 1 Médicos Albufeira 19
Faro 46 Loulé 34 Olhão 24 S. Brás 7
Especialistas MGF e SP 130 Pediatra 1 internos de especialidade (MGF e SP) 47 Subtotal médicos 178
Enfermeiros Albufeira 29 Faro 57
Loulé 48 Olhão 32 S. Brás 17
Subtotal enfermeiros 183 Técnico de Diagnostico e Terapêutica dietética 1
higiene oral 4 fisioterapia 8 radiologia 14 saúde ambiental 6 terapia fala 4 terapia ocupacional 4 Subtotal 41
técnico superior de saúde médico dentista 1 nutrição 2 psicologia 10 Subtotal 13
técnico superior serviço social 9 gestão 2 Gestão recursos humanos 1 Subtotal 12
Informática Faro 1 assistentes técnicos Albufeira 25
Faro 40 Loulé 28 olhão 27
S. Brás 6 Subtotal 126
assistentes operacionais Albufeira 20 Faro 23
Loulé 23 Olhão 19 S. Brás 5
Subtotal 90 TOTAL ACES 645
Analisando a evolução da distribuição de profissionais de saúde nos últimos três anos,
verificamos que houve um aumento do número de médicos e enfermeiros por 1000
habitantes nos cinco concelhos do ACES Central e que os recursos estão maioritariamente
concentrados em Faro.
Quadro 82. Evolução dos Médicos por mil habitantes no Continente, Algarve e concelhos do ACES
Central (2012-2014)
Local %0
2012 2013 2014
Continente 4,3 4,4 4,6
Algarve 3,3 3,4 3,5
Albufeira 2 2 2,1
Faro 8,6 9 9,3
Loulé 2 2,1 2,3
Olhão 1,7 1,8 1,8
S. Brás 3,2 3,1 3,2
Fonte: INE, 2015.
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73
Quadro 83. Evolução dos Enfermeiros por mil habitantes no Continente, Algarve e concelhos do
ACES Central (2012-2015)
Local %0
2012 2013 2014 2015
Continente 6,2 6,2 6,3 6,5
Algarve 5,4 5,5 5,6 5,7
Albufeira 2 2,1 2,2 2,2
Faro 15,2 15,5 15,8 17,4
Loulé 1,8 1,9 2,1 2
Olhão 1,9 2 2,1 2,1
S. Brás 2,7 2,6 2,9 3
Fonte: INE, 2015.
Quadro 84. Estabelecimentos Hospitalares Privados na jurisdição do ACES Central
Concelho Estabelecimento Hospitalar
Albufeira H Particular Algarve - Unidade de Albufeira
Faro H Particular Algarve - Unidade de Faro
H Particular Algarve - Unidade de Gambelas
Loulé Hospital Particular de Loulé
Fonte: perfil de Saúde do ACES Central, 2015.
5.2 Recursos da Comunidade
Quadro 85. Recursos da comunidade na área geográfica do ACES Central por tipo de recurso (2015)
Área Tipo de Recurso Nº
Educação Agrupamentos verticais de Escolas (Jardins de Infância e Escolas do Ensino Básico) 19
Escolas do Ensino Secundário 8
Institutos Superiores Politécnico /Universidade (Público e Privado) 3
Conservatório de Música do Algarve 1
Universidade Sénior 3
Escolas de Ensino Profissionalizante 5
Equipamentos
Sociais
Grupos ou associações de apoio e solidariedade social 74
Associações de Apoio à terceira idade 34
Associação de acolhimento a crianças e jovens 11
Associação de apoio a crianças e pessoas com deficiência 14
Desporto Grupos e associações desportivas 247
Cultura e lazer Grupos e associações culturais e recreativas 130
Espaços de lazer (parques, circuitos manutenção, ciclovias, vias pedonais) 11
Religião Paróquias e congregações religiosas 33
Poder Local Autarquias 5
Juntas de freguesia 18
Forças de
Segurança
Esquadras de Polícia de Segurança Pública 3
Postos territoriais da Guarda Nacional Republicana 12
Comando local da polícia marítima 2
Serviço de Estrangeiro e Fronteira – postos de fronteira aéreo e marítimo 3
Bombeiros Corporações de bombeiros municipais 5
Corporações de bombeiros voluntários 3
Transporte Transporte ferroviário (estações CP) 8
Transporte rodoviário 5
Rota de Barcos para as ilhas 2
Comunicação
Social
Jornais locais 8
Rádios locais 9
Fonte: INE; GNR; PSP; Autarquias de Albufeira, Faro, Loulé, Olhão e S. Brás; CP, 2015.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
74
6 Identificação e Priorização dos principais problemas de Saúde
6.1 Identificação dos problemas de Saúde
Numa primeira fase, seguindo a metodologia clássica do Planeamento em Saúde, procedeu-
se ao Diagnóstico de Situação da população do ACES Central (2015). O Diagnóstico de
Situação da população foi elaborado recorrendo à base de evidência científica disponível
nomeadamente, o Perfil Regional de Saúde 2015 e o Perfil Local de Saúde do ACES
Central 2013 e 2015. O documento serviu de ponto de partida para a elaboração, em
simultâneo, do Plano Local de Saúde 2015-2019.
Os principais problemas de saúde que afectam a população do ACES Central, foram
identificados com base nos valores de mortalidade e morbilidade disponíveis. Foram
analisadas: as Taxas Brutas de Mortalidade (TBM) e as Morbilidade por causas específicas e
a sua tendência evolutiva; as Taxas de Mortalidade Padronizadas (TMP) anuais e as
respectivas comparações com a Região, para identificação do risco de morrer aumentado; a
mortalidade proporcional por grupos etários, bem como para a mortalidade evitável
sensível aos cuidados médicos e sensível à promoção da saúde; a Carga Global da Doença.
Os indicadores supra-referidos traduzem a magnitude (dimensão) que estes problemas de
saúde representam na população do ACES Central.
Procurou-se ainda para o Plano Local de Saúde, tendo como base as áreas prioritárias
nacionais e regionais, identificar as áreas prioritárias locais e institucionais, susceptíveis de
acção pelos Serviços de Saúde, que sejam conducentes a ganhos potenciais em saúde para a
população do ACES Central.
Após a análise da informação disponível, a equipa técnica do Observatório Local de Saúde
da Unidade de Saúde Publica identificou os principais problemas de saúde, face às
necessidades técnicas da população do ACES Central.
Os problemas identificados foram:
- A mortalidade por:
- Neoplasias malignas
- Causas externas (Acidentes c/ veículos a motor e Suicícios)
- Doenças do aparelho circulatório
- Doenças do aparelho digestivo
- Doenças do aparelho respiratório;
- A morbilidade por:
- Diabetes
- Perturbações Depressivas
- Tuberculose e DPOC
- SIDA;
- Os determinantes de saúde
- Hipertensão
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
75
- Consumo de Tabaco e de Álcool
- Excesso de Peso e Obesidade
- Inatividade Física/Sedentarismo
- Nascimentos Pré-Termo e Crianças com Baixo Peso à Nascença.
Foi utilizado o método de CENDES/OPS, que consiste na atribuição de pontos, numa
escala de 0 a 10, mediante os critérios de magnitude, transcendência, e vulnerabilidade aos
problemas de saúde identificados de acordo com o quadro seguinte:
Quadro 86. Critérios de priorização do método CENDES/OPS
Valor da escala Critério
Magnitude Transcendência Vulnerabilidade
0-10 Dimensão do problema
de acordo com as taxas
de mortalidade,
morbilidade
Impacto
socioeconómico nos
diferentes grupos etários
Possibilidade de
prevenção ou tratamento
eficaz com os recursos
disponíveis
Quadro 87. Valoração atribuída na USP para cada critério por problema identificado
Problema identificado Critério
Total Magnitude Transcendência Vulnerabilidade
Prevalência da Diabetes Mellitus 7 7 7 343
Falta de articulação na referenciação dos utentes
para CHA 6 8 7 336
Hipertensão arterial 8 5 8 320
Perturbações Depressivas 5 8 8 320
Mortalidade Doenças do Aparelho circulatório 9 5 7 315
Excesso de Peso e Obesidade 7 8 5 280
Nascimentos Pré-Termo e Crianças com Baixo
Peso à Nascença 5 9 6 270
Doenças do aparelho respiratório 6 5 5 150
Causas externas (Acidentes c/ veículos a motor e
Suicídios) 4 7 5 140
Tuberculose 3 6 7 126
Mortalidade por neoplasias malignas 10 4 3 120
Consumo de Tabaco 4 5 5 100
Consumo crónico de Álcool 5 6 3 90
Iniquidade na distribuição de recursos (incluído
respostas/cobertura sociais) 6 6 2 72
Doenças do aparelho digestivo 3 5 4 60
VIH/SIDA 2 6 5 60
Inactividade Física/Sedentarismo 5 5 2 50
Falta de recursos humanos e materiais dos
serviços de saúde 6 6 1 36
Falta de articulação entre unidades funcionais do
ACES 2 2 6 24
DPOC 1 2 2 4
Fonte: Observatório Local de Saúde – Unidade de Saúde Pública do ACES Central, Outubro 2015.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
76
6.2 Priorização dos principais problemas de Saúde
Realizaram-se três reuniões: uma com a Directora Executiva e vogais do Conselho Clínico
e de Saúde do ACES Central, outra com os coordenadores das unidades funcionais do
ACES e a terceira com o Conselho da Comunidade.
A primeira reunião com a Direcção Executiva do ACES e vogais do Conselho Clínico e de
Saúde teve como propósito: a apresentação de um esboço do primeiro Plano Local de
Saúde do ACES Central e do resumo do Diagnóstico de Situação da população do ACES
(Anexo A: Resumo - Diagnóstico de Situação da População do ACES Central); a discussão
da metodologia a ser adoptada no PLS para a hierarquização dos problemas e a escolha dos
peritos para a constituição do painel de consenso.
Foram identificados os parceiros estratégicos da Comunidade e dos Serviços (“stakeholders”)
e constituído um painel de consenso para priorização dos problemas identificados.
A segunda reunião contou com a presença de todos os coordenadores das vinte e uma
unidades funcionais do ACES (UCSP; USF; UCC; URAP) e foi liderada pela equipa técnica
responsável pela elaboração do PLS. A reunião teve como principal finalidade a priorização
dos problemas de saúde do ACES Central e teve a seguinte ordem de trabalhos: a
apresentação do esboço do documento estratégico “Plano Local de Saúde do ACES
Central 2015-2019”; a constituição do painel de consenso e a hierarquização das principais
prioridades de saúde.
Foi explicada a metodologia de decisão a ser utilizada durante a reunião (escala de
decisão/método de Delphi adaptado e brainstorming) onde os parceiros locais de saúde
deveriam identificar, de acordo com as suas sensibilidades, quais achavam ser os maiores
problemas de saúde do ACES Central.
Após apresentação da listagem por ordem alfabética dos vinte problemas identificados no
diagnóstico de situação da população do ACES Central, realizaram-se três rondas de
decisão. Na primeira ronda de decisão, todos os peritos do painel atribuíram pontuação e
hierarquizaram os vinte problemas. Foram avaliados os resultados e eliminados os dez
problemas menos valorizados.
Na segunda ronda de decisão a partir dos 10 problemas identificados na primeira roda foi
apresentada uma nova escala de decisão. Todos os peritos do painel atribuíram pontuação e
hierarquizaram os dez problemas. Foram avaliados os resultados e eliminados os cinco
problemas menos valorizados.
Foram confrontados os resultados da segunda ronda (percepção das unidades funcionais
do ACES Central) versus os cinco problemas tecnicamente identificados no diagnóstico de
situação.
Verificou-se existir uma discrepância na listagem pelo que, após apresentação do resumo
do perfil de saúde 2015, com hierarquização técnica das prioridades, os técnicos da
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
77
Unidade de Saúde Pública adicionaram dois problemas de saúde não mencionados pelos
coordenadores das unidades funcionais que, pela sua magnitude, deviam figurar como
problemas de saúde da comunidade.
O painel de peritos procedeu a um brainstorming para escolher uma nova listagem de
problemas e foi decidida a realização de uma ronda final a partir dos oitos problemas
identificados.
Quadro 88. Resultado da última ronda de priorização dos problemas
Problema identificado Ranking
atribuído
Falta de articulação/resposta na referenciação 1
Diabetes Mellitus (Prevalência) 2
Perturbações depressivas 3
Falta de recursos humanos e materiais 4
Mortalidade por doenças do Aparelho circulatório 5
Excesso peso /obesidade 6
Hipertensão (Prevalência) 7
Consumo de Tabaco 8
Os peritos do painel de consenso atribuíram pontuação e hierarquizaram os oito
problemas. Foram avaliados os resultados e foi apresentada a listagem final com cinco
problemas prioritários hierarquizados.
Os cinco principais problemas hierarquizados são apresentados no quadro seguinte.
Quadro 89. Cinco problemas priorizados
Problema identificado Ranking
atribuído
Falta de articulação/resposta na referenciação 1
Diabetes Mellitus (Prevalência) 2
Perturbações depressivas 3
Falta de recursos humanos e materiais 4
Mortalidade por doenças do Aparelho circulatório 5
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
78
Figura 18. Esquematização da hierarquização dos problemas
Unidade de Saúde Pública -Observatório Local de Saúde
5 necessidades técnicas de saúde
•Prevalência da Diabetes Mellitus
•Falta de articulação na referenciação dos utentes para CHA
•Prevalência da Prevalência da Hipertensão arterial
•Perturbações Depressivas
•Mortalidade Doenças do Aparelho circulatório
Consulta interna -
Profissionais do ACES
8 problemas de saúde (percepção)
•Falta de articulação/resposta na referênciação
•Prevalência da Diabetes Mellitus
•Prevalência das Perturbações depressivas
•Falta de recursos humanos e materiais
•Mortalidade por Doenças do Aparelho circulatório
•Prevalência do excesso peso /obesidade
•Prevalência da hipertensão arterial
•Consumo de Tabaco
Hierarquização dos problemas de saúde
1- Falta de articulação/resposta na referênciação
2- Prevalência da Diabetes Mellitus
3- Prevalência das Perturbações depressivas
4- Falta de recursos humanos e materiais
5- Mortalidade por Doenças do Aparelho circulatório
Consulta Externa -Parceiros do Conselho da Comunidade
Necessidades em Saúde
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
79
A terceira reunião consistiu na apresentação do Plano Local de Saúde ao Conselho da
Comunidade do ACES Central, na sua clarificação e apresentação dos problemas
identificados e hierarquizados pelo painel de consenso.
De forma a envolver e co-responsabilizar os diversos interlocutores, foi disponibilizada
uma versão de trabalho para consulta e apreciação pública.
Após decorrido o período de discussão pública e considerados os contributos recebidos,
foi elaborada e divulgada a versão final do documento.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
80
7 Necessidade em Saúde
As necessidades requeridas para reduzir os problemas de saúde de uma população podem
ser subdivididas em necessidades de saúde, necessidades de serviços e necessidades de
recursos materiais e humanos.
Os stakeholders do painel de consenso para elaboração do PLS identificaram oito problemas
no ACES Central (o consumo de tabaco; a prevalência da hipertensão arterial; o excesso de
peso/obesidade; a mortalidade por doenças do aparelho circulatório; a prevalência de
perturbações depressivas; a prevalência da Diabetes Mellitus; a falta de recursos humanos e
materiais; a falta de articulação/resposta na referenciação dos utentes). Após identificação
destes problemas, foram definidos os cinco problemas prioritários para o PLS 2105-2019.
As cinco necessidades técnicas de saúde foram obtidas após realização de duas reuniões
com o Conselho Clínico e de Saúde e conselho da Comunidade do ACES Central.
Foram identificadas as seguintes necessidades em saúde: melhorar a articulação e a resposta
na referenciação dos doentes; diminuir a prevalência e mortalidade por Diabetes Mellitus;
optimizar a resposta no âmbito da saúde mental; garantir um ratio adequado de recursos
humanos e materiais no ACES; diminuir a prevalência e mortalidade por doenças cérebro-
vasculares.
A taxa de mortalidade pode ser melhorada reduzindo o risco da população encorajando a
prática de estilos de vida saudáveis, diminuindo ou cessação de comportamentos de risco,
aumentando a precocidade do diagnóstico da (s) doença (s) e melhorando a efectividade do
seu tratamento.
Entende-se por determinantes da saúde, os factores que alteram a probabilidade de
ocorrência de doença ou morte evitável ou prematura. Podem ser classificados em
sociodemográficos, biológicos ou endógenos, ambientais, estilos de vida e sistemas de
cuidados de saúde.
No processo de priorização das necessidades em saúde do ACES Central, identificaram-se
os principais determinantes da saúde associados aos problemas identificados,
nomeadamente: diminuir a prevalência e mortalidade por Diabetes Mellitus; optimizar a
resposta no âmbito da saúde mental; diminuir a prevalência e mortalidade por doenças
cérebro-vasculares.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
81
7.1 Diminuir a prevalência e mortalidade por Diabetes Mellitus
Quadro 90. Identificação dos determinantes de saúde e necessidades de serviços para a diabetes
Problema de
Saúde
Determinantes de Saúde Cuidados de
Saúde Económicos e
Sociais
Biológicos/
endógenos
Ambiente físico Estilos de Vida
Diabetes
Mellitus
Escolaridade Factores
genéticos
Espaços para a
prática de
actividade física
Alimentação
desadequada
(Obesidade)
Diagnóstico
precoce de
diabetes
Pobreza Idade Alcoolismo Consulta de
vigilância da
Diabetes
Incapacidade
para o
trabalho
Sexo Consulta pé
diabético
Incapacidade
funcional
Sedentarismo Rastreio de
complicações
micro e
macrovasculares
(retinopatia e
nefropatia
diabética)
Tabagismo Proximidade dos
cuidados de
saúde (CSP e
hospitais)
Capacidade de
resposta dos
serviços de saúde
Acessibilidade
aos cuidados
farmacêuticos
Vigilância da
gravidez
(Diabetes
gestacional)
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
82
7.2 Optimizar a resposta no âmbito da saúde mental
Quadro 91. Identificação dos determinantes de saúde e necessidades de serviços para as
perturbações depressivas
Problema de
Saúde
Determinantes de Saúde Cuidados de
Saúde Económicos e
Sociais
Biológicos/
endógenos
Ambiente físico Estilos de Vida
Perturbações
depressivas
Escolaridade Factores
genéticos
Espaços para a
prática de
actividade física
Alimentação
desadequada
(obesidade/
Anorexia/
bulimia)
Diagnóstico
precoce
Pobreza Idade Ambiente
construído
(condições de
alojamento)
Alcoolismo Consulta de
cessação
tabágica
Agregado
familiar
(indivíduo)
Sexo Ambiente
construído
(alojamento
sobrelotado)
Stress Consulta de
desabituação
das
dependências
(alcoólica,
drogas)
Isolamento dos
idosos
Incapacidade
funcional
Sedentarismo Acessibilidade
à consulta de
psiquiatria/psic
ologia
Desemprego Tabagismo Proximidade
dos cuidados
de saúde (CSP
e hospitais)
Incapacidade
para o trabalho
Consumos
estupefacientes
Capacidade de
resposta dos
serviços de
saúde
Iniquidade
social
Consumos
medicamentosos
Acessibilidade
aos cuidados
farmacêuticos
Meio físico e
social das
cidades
(ambiente
habitacional
desfavorecido)
Alterações do
sono
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
83
7.3 Diminuir a prevalência e mortalidade por doenças cérebro-vasculares
Quadro 92. Identificação dos determinantes de saúde e necessidades de serviços para as doenças
cérebro-vasculares
Problema de
Saúde
Determinantes de Saúde Cuidados de
Saúde Económicos
e Sociais
Biológicos/
endógenos
Ambiente físico Estilos de Vida
Doenças
cérebro-
vasculares
Escolaridade Factores
genéticos
Espaços para a
prática de
actividade física
Alimentação
desadequada
(excesso de
peso/
obesidade)
Diagnóstico
precoce de
doenças
Pobreza Idade Ambiente
construído
(condições de
alojamento)
Alcoolismo Controlo das
comorbilidades
(dislipidemias;
HTA)
Família
monoparental
Sexo Ambiente
construído
(alojamento
sobrelotado)
Stress Consulta de
cessação tabágica
Isolamento
dos idosos
Co-
morbilidades
associadas
(HTA;
Hipercolesterol
emia)
Sedentarismo Celeridade de
acesso a
tratamento (Via
verde coronária
e Via verde do
AVC)
Desemprego Incapacidade
funcional
Tabagismo Proximidade dos
cuidados de
saúde (CSP e
hospitais)
Incapacidade
para o
trabalho
Estilos de vida
população
urbana?
Acessibilidade à
consulta médica
Iniquidade
social
Capacidade de
resposta dos
serviços de
saúde
Acessibilidade
aos cuidados
farmacêuticos
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
84
8 Estratégias de Saúde
As estratégias de saúde podem definir-se como um conjunto coerente de técnicas
específicas com o fim de alcançar determinados objectivos reduzindo assim, um ou mais
problemas de saúde.
As principais linhas de actuação propostas para o Plano Local de Saúde do ACES Central
enquadram-se nos quatro eixos estratégicos definidos na política de saúde regional.
Eixo I - Optimizar o funcionamento da estrutura orgânica e funcional;
Eixo II - Promover o acesso, a qualidade e efectividade dos cuidados de saúde
prestados;
Eixo III - Consolidar a contratualização interna como via para melhorar o
desempenho;
Eixo IV - Reforçar a presença do ACES na comunidade.
São propostas três grandes estratégias de intervenção para responder às necessidades de
saúde identificadas ou seja, para reduzir a morbi-mortalidade das doenças crónicas e os
factores de risco responsáveis pela sua génese e ainda, para modificar os estilos de vida
nocivos à saúde.
As três estratégias são:
Promoção da Saúde e Prevenção da Doença
Prevenção Secundária e Terciária (Diagnóstico e Tratamento Precoces)
Cooperação intersectorial através da articulação entre Serviços de Saúde
8.1 Recursos e estratégias para diminuir a prevalência e a mortalidade por Diabetes Mellitus Necessidade de
saúde Estratégia
Recursos
O que existe Entidades intervenientes
Diminuir a
prevalência e a
mortalidade por
Diabetes
Mellitus
Literacia
em
saúde
Informação à população Observatório Nacional para a Diabetes
Campanhas de sensibilização à população em geral
DGEstE Algarve e
Directores de
Agrupamentos de
Escolas;
ACES Central;
CH Algarve, EPE
Autarquias;
Associações de utentes;
Universidade do Algarve
Comunicação social do
Algarve (jornais/rádios)
IPSS
ONG
Sociedades científicas
Educação para a saúde ACES
Médico e enfermeiro de família (capacitação do doentes para vigilância da diabetes –
medição de glicemia etc…)
Promoção de estilos de vida
saudáveis
Alimentação adequada Consultas de Nutrição
Prática de exercício físico
Melhorar
resposta
dos
serviços
de saúde
ACES Central;
CH Algarve, EPE;
CMR Sul
INEM;
Hospitais/Clínicas
Privadas CMR Sul
Autarquias;
Associações de utentes;
Rede Social
Acessibilidade à consulta
médica
Diagnóstico precoce de Diabetes Mellitus nos CSP
Monitorização e controlo da
doença
Capacitação dos profissionais de saúde
Formação no âmbito da actualização das normas de orientação clínica
Reforço das boas práticas clinicas
Adopção de normas de orientação clinica
Registos no processo clínico
Registos adequados nos sistemas de informação (Programas Diabetes)
Acesso a rastreio de
complicações micro e macro
vasculares
Rastreios
Retinopatia diabética
Nefropatia diabética
Vigilância do pé diabético
Reabilitação e reinserção dos
doentes amputados
Cuidados a doentes com necessidades de reabilitação
Cuidados continuados integrados
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
86
8.2 Recursos e estratégias para optimizar a resposta no âmbito da saúde mental Necessidade de
saúde Estratégia
Recursos
O que existe Entidades intervenientes
Diminuir a
prevalência de
perturbações
depressivas
Literacia em
saúde
Informação à
população
IPDJ
APAV
DGEstE Algarve e
Directores de Agrupamentos
de Escolas;
ACES Central;
CH Algarve, EPE;
DICAD;
DSPP da ARS Algarve;
Autarquias;
Associações de utentes;
Associação de Saúde Mental
do Algarve
Cruz Vermelha Portuguesa
Rede Social
Congregações
religiosas/aconselhamento
espiritual
IPDJ
APAV
Forças policiais
Educação para a
saúde
Saúde Escolar
Projectos epecíficos da area de saúde mental
Cruz Vermelha Portuguesa
Prevenção de comportamentos aditivos na população de Quarteira;
Capacitação dos doentes sobre a doença mental
Promoção de
estilos de vida
saudáveis
Meio escolar
Referenciação para gabinete de psicologia clinica
Sinalização e articulação dos técnicos com os serviços de saúde
Divisão de Acção Social das Autarquias
Apoio/consultas de psicologia
DICAD
Projecto de prevenção de consumos
Projecto de prevenção do bullying
Forças policiais GNR e PSP
Núcleo de Programas especiais (escola segura; idosos isolados)
Promoção de Hábitos de vida saudáveis
Melhoria da qualidade do Sono
Prática de actividade física (diminuição da ansiedade e do stress; jogos de equipe
(integração social))
Prevenção de comportamentos de risco (alcoolismo, tabagismo, toxicofilia)
Promoção de hábitos alimentares saudáveis
Melhorar
resposta dos
serviços de
saúde
Diagnóstico
precoce
APAV
Observatório de saúde para a violência familiar /entre parceiros
DGEstE Algarve e
Directores de Agrupamentos
de Escolas;
ACES Central;
CH Algarve, EPE;
DICAD
Consultas de desabituação de consumos
GAJE (gabinete de atendimento a jovens e envolventes)
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
87
GASMI (Grupos de Apoio à Saúde Mental Infantil)
Avaliação e atendimento de casos de crianças/famílias de risco com psicopatologia
ligeira nos CSP
INEM;
Clínicas Privadas
Autarquias;
Associações de utentes;
Rede Social
SNIPI (Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância) 0-6 anos
Intervenção para prevenção ou redução dos riscos de atraso de desenvolvimento
ACES Central
Consultas jovens/adolescente nos 5 concelhos
Capacitação dos profissionais de saúde para a identificação de doença mental
Visita domiciliária da puérpera
Unidades/equipes de saúde mental na comunidade
DGEstE Algarve
Projecto + contigo (promoção da saúde mental e prevenção da mortalidade
prematura por suicídio) no 3º ciclo do ensino básico e secundário
DGEstE Algarve e
Directores de Agrupamentos
de Escolas;
Consultas de
acompanhamento
no âmbito da saúde
mental
CHA Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental
Consultas externas no CHA
Consultas ambulatório de psiquiatria descentralizadas nos CSP
Visitas domiciliárias
Cuidados continuados em Psiquiatria e Saúde Mental
ACES Central
Projecto “Sinergia no cuidar” (UCC de Faro)
Projecto “SinCuidar – em CASA” (UCC de Faro)
ACES Central;
CH Algarve, EPE;
Articulação entre
serviços
Psiquiatria de ligação
Articulação entre CH Algarve/CSP e serviços sociais/IPSS
Prática de exercício físico adaptado à incapacidade (melhoria da qualidade de vida e
bem-estar psicológico)
CH Algarve, EPE;
ACES Central;
IPSS
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
88
8.3 Recursos e estratégias para diminuir a prevalência e a mortalidade por doenças cérebro-vasculares Necessidade de
saúde Estratégia
Recursos
O que existe Entidades intervenientes
Diminuir a
diminuir a
prevalência e a
mortalidade por
Doenças
cérebro-
vasculares
Literacia em
saúde
Informação à
população
Sociedade Portuguesa de Cardiologia
Campanhas publicitárias (Mês do coração/ponha-se a andar…)
DSPP
Janela aberta à família
DGEstE Algarve e
Directores de
Agrupamentos de
Escolas;
ACES Central;
CH Algarve, EPE
Autarquias;
Associações de
utentes;
Universidade do
Algarve
Comunicação social
do Algarve
(jornais/rádios)
IPDJ
IPSS
ONG
Sociedades
científicas
Educação para a saúde Saúde escolar
Projectos específicos do ACES
Projecto Heróis da Fruta
Rede de escolas promotoras de saúde
CSP (médico e enfermeiro de família)
Capacitação da população para monitorização e controlo da sua patologia
IPSS
Sociedades científicas
Promoção de estilos
de vida saudáveis
Alimentação desadequada (Reduzir excesso de
peso /obesidade)
DSPP da ARS Algarve
Programa de Combate à Obesidade
Infantil na Região Algarve
Meio Escolar
Monitorização ementas escolares
Melhoria da qualidade alimentar dos
produtos disponibilizados no
Bufetes/bares escolares
Regime fruta escolar
Industria Alimentar
Diminuição do teor de sal na
panificação
DGEstE Algarve e
Directores de
Agrupamentos de
Escolas;
ACES Central;
DICAD;
DSPP da ARS
Algarve;
CH Algarve, EPE
Autarquias;
Associações de
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
89
Marketing alimentar
utentes;
Rede Social
Universidade do
Algarve
CCDR do Algarve
IPDJ
Aumentar prática de exercício físico Meio Escolar
Desporto escolar
Autarquias
Construção de infra-estruturas
(Ciclovias/ecovias)
Manutenção de circuitos e
equipamentos desportivos
Actividades desportivas gratuitas
(caminhadas/corridas)
Protocolo de Promoção da Prática de
Actividade Física Regular e Alimentação
saudável (CM Faro).
Transportes acessíveis, atractivos e
seguros
Associações Recreativas
Actividades desportivas
Prevenir e controlar o tabagismo Medidas legislativas
Lei do tabaco
Aumento IVA/preços do tabaco
Saúde Escolar
Prevenção da iniciação do consumo de
tabaco
Redução da prevalência de fumadores
Consulta de cessação tabágica
Melhorar
resposta dos
serviços de
saúde
Acessibilidade à
consulta médica
Diagnóstico precoce de doenças do aparelho circulatório nos CSP
Identificação de factores de risco cardiovasculares
Exame periódico de saúde (Diagnóstico de HTA/Diagnóstico precoce de dislipidemias)
Unidades Móveis de Saúde (Loulé e S. Brás)
Acessibilidade aos cuidados de população isolada
ACES Central;
CH Algarve, EPE;
INEM;
Hospitais/Clínicas
Privadas
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
90
Monitorização e
controlo da doença
Capacitação dos profissionais de saúde
Intervenções breve no âmbito do tabagismo
Formação no âmbito da actualização das normas de orientação clínica
Reforço das boas práticas clinicas
Adopção de normas de orientação clinica
Registos no processo clínico
Registos adequados nos sistemas de informação (Programas HTA/Diabetes)
Autarquias;
Associações de
utentes;
Rede Social
Acesso ao diagnóstico
de situações agudas e
tratamento precoce da
doença coronária e do
acidente vascular
cerebral
Via verde do AVC e do EAM
Reabilitação e
reinserção dos doentes
CMR Sul
Cuidados a doentes com necessidades de reabilitação
Cuidados continuados integrados
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
91
9 Objectivos Estratégicos e Operacionais do ACES Central 2017 para cada objectivo da ARS Algarve
9.1 OE 1. Devolver a confiança no SNS na Região
OE do ACES Central O Operacionais do ACES Central
OE Central 1. Devolver a
confiança no SNS ao nível
dos CSP no ACES Central
1. Promover a criação/manutenção de parecerias comunitárias com intuito de dinamizar respostas integradas às
necessidades dos utentes;
2. Promover o marketing em saúde, através da participação em actividades na comunidade;
3. Aumentar as actividades de literacia em saúde, promovendo cuidados de proximidade;
4. Divulgar as boas práticas e actividades premiadas do ACES Central através do gabinete de assessoria de imprensa
e comunicação da ARS Algarve, IP.
5. Promover um ambiente aprazível nas instalações do ACES (nas UF, salas de espera e espaços comuns) para
aumentar a satisfação dos profissionais e dos utentes;
6. Melhorar a qualidade do atendimento administrativo aos utentes;
7. Diminuir a percentagem de reclamações imputáveis aos serviços;
8. Melhorar as condições físicas de atendimento do gabinete do cidadão;
9. Aumentar a proporção de utentes inscritos frequentadores (activos) nas UF do ACES;
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
92
9.2 OE 2. Melhorar a qualidade e promover a equidade no acesso aos serviços de saúde da Região
OE do ACES Central O Operacionais do ACES Central
OE Central 2. Melhorar
a qualidade e promover a
equidade no acesso aos
serviços de saúde do ACES
1. Melhorar o controlo metabólico dos diabéticos no ACES Central;
2. Diminuir a prevalência e mortalidade por Diabetes Mellitus no ACES Central;
3. Reduzir a incidência de complicações micro e macro-vasculares através do aumento da taxa de cobertura da
população referenciada para o rastreio sistemático da retinopatia diabética, da vigilância do pé diabético e da
nefropatia diabética dos doentes do ACES Central;
4. Capacitar os profissionais para o diagnóstico precoce de doenças cérebro-vasculares e adequado controlo das co-
morbilidades (dislipidemias; HTA) de acordo com as NOC.
5. Diminuir a prevalência e mortalidade por doenças cérebro-vasculares no ACES Central.
6. Diminuir a taxa de internamentos por doenças cérebro-vasculares em utentes com menos de 65 anos.
7. Promover iniciativas dirigidas aos determinantes específicos das doenças cérebro-vasculares;
8. Aumentar a literacia em saúde e hábitos de vida saudável, com a realização de formações específicas aos grupos
alvo, para a promoção de estilos de vida saudáveis e divulgação de informação em saúde à população;
9. Incentivar ao equilíbrio da dieta e ao combate à obesidade e excesso de peso, nas crianças em meio escolar;
10. Promover o combate ao sedentarismo em meio escolar através do aumento da prática semanal de actividade
física nas crianças e adolescentes;
11. Aumentar a acessibilidade para a realização de MCDT no ACES Central para o diagnóstico de doenças do
aparelho respiratório;
12. Reduzir a prevalência do consumo de tabaco (diário ou ocasional) na população com 15 ou mais anos do ACES
Central;
13. Aumentar o acesso dos utentes do ACES Central às consultas de cessação tabágica, implementando a consulta
noutros concelhos;
14. Melhorar a capacitação dos profissionais de saúde para abordar e gerir a doença mental;
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
93
15. Optimizar a resposta do ACES Central no âmbito da saúde mental (principalmente nos adultos);
16. Promover a prevenção de suicídio através da melhor da vigilância de saúde de grupos específicos mais
vulneráveis;
17. Aumentar a percentagem de visitas domiciliárias à população isolada e dependente, com recurso às unidades
móveis de saúde;
18. Promover a diminuição/cessação de consumos de álcool, drogas e medicamentos nos utentes do ACES Central
através da referenciação para a consulta regional de desabituação das dependências;
19. Diminuir a mortalidade por cancro da laringe, traqueia, brônquios e pulmão;
20. Diminuir a mortalidade por cancro da mama;
21. Diminuir a mortalidade por cancro do cólon e recto;
22. Diminuir a mortalidade por cancro do colo do útero;
23. Melhor a articulação entre as UF do ACES Central no âmbito da vigilância epidemiológica das doenças
transmissíveis de declaração obrigatória (rastreio, diagnóstico e notificação à Autoridade de Saúde);
24. Aumentar a acessibilidade dos utentes ao rastreio/consultas/tratamentos no âmbito da saúde oral;
25. Promover uma cultura organizacional de procura de melhoria contínua e cumprimento das normas de orientação
clínica;
26. Incentivar as UF do ACES a normalizar procedimentos com vista à segurança do utente e gestão do risco dos
actos em saúde;
27. Uniformizar procedimentos para melhorar o fluxo de referenciação interna dos utentes entre UF (transição dos
doentes; pedidos de consultas, referenciação para projectos, pedidos de exames complementares...);
28. Melhorar os Tempos Máximos de Resposta Garantido;
29. Reforçar a formação sobre “atendimento ao público” a todos os assistentes técnicos das UF (presencial,
telefónico ou por meios telemáticos);
30. Elaborar manual de procedimentos administrativos para utilização transversal em todas as UF;
31. Elaborar procedimento de registos e cobranças de taxas relativas à prestação de cuidados no domicílio;
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
94
32. Implementar estratégias para assegurar a prestação de cuidados de saúde aos utentes esporádicos,
passantes/turistas.
33. Assegurar o atendimento de doentes em situação de doença aguda/salas de tratamentos aos fins-de-semana,
feriados e tolerância de ponto;
34. Implementar procedimentos de actualização de ficheiros médicos de utentes.
35. Promover a implementação de uma equipe comunitária de suporte em cuidados paliativos no ACES Central.
36. Garantir os meios adequados para a vigilância sanitária na jurisdição do ACES Central;
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017
95
9.3 OE 3. Reforçar o acompanhamento na execução das políticas de saúde, planos, programas de saúde e aperfeiçoar os instrumentos de avaliação dos resultados
OE do ACES Central O Operacionais do ACES Central
OE Central 3. Melhorar a
governação clínica do
ACES Central
1. Aumentar o registo de diagnóstico de Diabetes Mellitus activo no ACES Central;
2. Aumentar a percentagem de registo de diagnóstico activo de hipertensão arterial no ACES;
3. Aumentar o acesso a consultas de cessação tabágica (aumento do numero de consultas realizadas);
4. Aumentar o diagnóstico activo registado de sindromes depressivos no ACES (melhorar resposta dos serviços de
saúde no diagnóstico precoce de perturbações depressivas);
5. Melhorar a resposta do ACES no âmbito da diabetes, saúde mental, doenças cérebro-vasculares, aumentando a
acessibilidade dos utentes aos serviços para monitorização e controlo da sua doença;
6. Elaborar relatório de monitorização mensal de actividades das UF para divulgação aos respectivos
coordenadores;
7. Realizar reuniões trimestrais de acompanhamento com os coordenadores das UF do ACES.
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9.4 OE 4. Contribuir para uma melhor articulação no processo de contratualização entre os diferentes níveis de cuidados: cuidados de saúde primários, cuidados continuados integrados e os cuidados hospitalares
OE do ACES Central O Operacionais do ACES Central
OE Central 4. Melhorar a
articulação do ACES
Central com outros níveis
de cuidados para melhorar
resultados em saúde
1. Divulgar as actualizações/normas/critérios da rede de referenciação por especialidades médicas;
2. Colaborar na elaboração de protocolos de referenciação para melhorar o fluxo dos doentes e a integração de
cuidados;
3. Assegurar o cumprimento dos procedimentos de actuação no âmbito da referenciação para a RNCCI/ECCI;
4. Divulgar anualmente os protocolos de cooperação celebrados entre entidades/serviços do ACES e da Região;
5. Melhorar a articulação entre o ACES/DSMP do CHA – Unidade de Faro/IPSS para assegurar o acesso às
consultas externas de psiquiatria, apoiar a implementação de consultas de psiquiatria descentralizadas nos CS e as
visitas domiciliárias;
6. Diminuir o número de devoluções no CTH dos pedidos de primeira consulta externa no CHA.
7. Promover o alinhamento das politicas de saúde ao nível local entre os cuidados de saúde primários e hospitalares,
através da promoção de reuniões bianuais entre os responsáveis do CHA, IP e do ACES Central para
discussão/resolução de problemas comuns;
8. Incentivar a articulação entre o ACES e a ARS Algarve, IP (reuniões regulares com os departamentos).
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9.5 OE 5. Melhorar a governação do SNS em termos de sustentabilidade e ao nível da prestação de cuidados de qualidade, com otimização e valorização dos recursos humanos e materiais
OE do ACES Central O Operacionais do ACES Central
OE Central 5. Melhorar a
governação do ACES
Central em termos de
sustentabilidade e ao nível
da prestação de cuidados
de qualidade, com
optimização e valorização
dos recursos humanos e
materiais
1. Reforçar a formação sobre atendimento ao público a todos os assistentes técnicos das UF;
2. Melhorar as condições das instalações e apetrechar as UF com equipamentos básicos para execução das
actividades;
3. Identificar as dotações seguras/ratio adequados de recursos humanos no ACES Central;
4. Promover a contratação de profissionais das categorias identificadas como carenciadas, de acordo com os ratios
previstos para a população inscrita e programas em desenvolvimento no ACES Central;
5. Distribuir os recursos humanos e materiais de acordo com as necessidades das unidades funcionais;
6. Implementar um sistema de monitorização de consumo de material clínico/medicamentos por forma a remeter a
avaliação das necessidades para a ARS Algarve em tempo útil para a preparação de procedimento de aquisição;
7. Implementar um programa de manutenção preventiva dos equipamentos existentes no inventário do ACES;
8. Melhorar a higienização e limpeza das UF;
9. Melhorar a mobilidade dos profissionais do ACES Central para a prestação de cuidados de saúde
comunitários/domiciliários;
10. Implementar procedimentos/circuito do parque automóvel do ACES Central;
11. Melhorar e padronizar o processo de identificação de necessidades de reparação de equipamentos e instalações;
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9.6 OE 6. Melhorar os diálogos interno e externo tendo em vista uma comunicação de excelência, promovendo uma participação ativa dos profissionais e dos cidadãos na concretização das estratégias da Região
OE do ACES Central O Operacionais do ACES Central
OE Central 6. Melhorar
os diálogos interno e
externo envolvendo os
profissionais e a
comunidade
1. Promover a comunicação com os profissionais, para os envolver activamente na elaboração de propostas de
melhoria de actividades;
2. Aproveitar as reclamações dos utentes para sinalizar e resolver problemas operacionais;
3. Solicitar contributos do conselho da comunidade para melhorar processos no ACES Central;
4. Melhorar o sistema de registo e distribuição de correio interno e externo.
5. Actualizar e implementar de manual de articulação das UF com a UAG;
6. Analisar as áreas identificadas como problemáticas no inquérito de satisfação dos profissionais, no sentido de
efectuar as diligências adequadas.
9.7 Metas e indicadores chave
PROGRAMA DE
SAÚDE
OBJETIVOS INDICADORES Último
VALOR
META
2016
Programa para as
doenças cérebro-
cardiovasculares
Aumentar o diagnóstico de
Hipertensão no ACES
Proporção de inscritos com registo de
diagnóstico de Hipertensão (\100 inscritos)
2014 14,2 % 25-35 %
Reduzir a prevalência do
consumo de tabaco (diário
ou ocasional) na população
com 15 ou mais anos
Proporção de utentes com idade ≥15 anos,
a quem foi realizada consulta relacionada
com tabagismo no último ano
4,1% 20,0%
Combater o sedentarismo,
incentivar o equilíbrio da
dieta e o combate à
obesidade em meio escolar
Prevalência de excesso de peso em crianças
dos 6-8 anos (incluindo obesidade) CDC
2010 19,5%
☺
≤19,5 %
Aumentar a prática de
Atividade Física
Actividade física em adolescentes
escolarizados do 6º, 8º e 10º anos, 3 ou
mais vezes por semana
2014 55,1%
☺
56-58 %
Redução global da
mortalidade por causas do
aparelho circulatório
Taxa de internamentos por DCV, entre
residentes <65 anos
7,2/10.000 6,1/10.000
Programa para a
Diabetes
Aumentar o diagnóstico de
Diabetes no ACES
Proporção de inscritos com diagnóstico de
Diabetes registado (\100 inscritos)
2014 4,9 % 5,7-13 %
Reduzir a incidência de
complicações micro e
macro-vasculares (Rastreio
sistemático da retinopatia
diabética, do pé diabético e
da nefropatia diabética da
ARS Algarve).
Proporção de utentes com DM, com pelo
menos um exame dos pés registado no
último ano
37,5% 50,0%
Proporção de utentes com DM, com o
último registo de HgbA1c≤ 8%
46,1% 55,0%
Incidência de amputações major de
membro inferior (DM), em utentes
inscritos.
1,5/10.000 1,2/10.000
Proporção de utentes com DM, c/
microalbuminúria último ano
38,4% 50,0%
Programa para a
Saúde Mental
Diminuir a prevalência do
consumo de Álcool
Prevalência do consumo de Álcool no
último mês, 15 aos 64 anos 6 (%)
2012 43,4%
☺
---
Melhorar o diagnóstico da
Depressão
Proporção de inscritos com diagnóstico de
Perturbações Depressivas 2(\100 inscritos)
2014 4,9 % 5,6-7 %
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10 Recomendações para intervenção/operacionalização do PLS
Para a operacionalização do PLS do ACES Central recomenda-se que o plano de
desempenho do ACES seja baseado nos programas considerados prioritarios no Plano
Nacional de Saúde nomeadamente: no âmbito das Doenças do Aparelho circulatório;
Tabagismo; Alimentação Saudável; VIH/SIDA; S. Mental; D. Oncológicas.
Recomenda-se que PLS do ACES Central dê continuidade aos programas de base já
implementados na Região nomeadamente, no ambito da Saúde Escolar, da Saúde Oral, da
Saúde Materna e Infantil, da Vacinação e de Saúde Ambiental.
Recomenda-se ainda que sejam, incluídos os projectos em articulações com outros
parceiros nomeadamente na intervenção em meio prisional; na intervenção local do
DICAD, no apoio Psicossocial em Adolescentes/Jovens – DICADependência; no
projecto da troca de seringas nas farmácias.
A prossecução do PLS do ACES Central impõe que sejam asseguradas as actividades no
âmbito da prevenção secundária e terciária que permitam um diagnóstico e tratamento
precoces nos Serviços de Saúde nomeadamente no Núcleo de Rastreios (neoplasia da
mama; neoplasia do Colo do Útero, Retinopatia Diabética, neoplasia do Cólon e Recto),
nas Vias Verdes (Coronária e AVC) e ainda, nas consultas do DICADependências, nas
consultas de cessação tabágica, de nutrição e de grupos específicos.
A resposta adequada está condicionada pela existência de recursos adequados nos serviços
de saúde (quer em número quer em diferenciação), bem como pelo modelo organizativo
das instituições.
Assim, o PLS recomenda que seja assegurada uma articulação complementar eficaz e
eficiente entre os diferentes níveis de prestação de cuidados e ainda, uma articulação mais
eficaz entre as diversas unidades funcionais do ACES Central, de forma a permitir uma
melhor referenciação dos utentes.
Recomenda-se o reforço das Unidades de Saúde Familiar para assegurar a cobertura
integral dos utentes por equipas de Medicina Geral e Familiar (Médicos e Enfermeiros de
Família); o reforço de estruturas de Cuidados Continuados e de Cuidados domiciliários de
modo a responder às necessidades crescentes da população.
Finalmente, recomenda-se que os problemas de saúde identificados como prioritários,
sejam considerados na contratualização e elaboração anual dos planos de desempenho/
acção das unidades funcionais do ACES Central.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
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101
11 Monitorização e avaliação do PLS
A Monitorização é o seguimento de rotina dos elementos-chave do desenvolvimento do
Plano Local de Saúde (habitualmente através dos inputs, processos e outputs), mediante a
manutenção de registos, informações periódicas e sistemas de vigilância.
A monitorização é utilizada para avaliar em que medida as metas planeadas estão a ser
atempadamente atingidas.
A monitorização do estado de saúde da população é da competência da Unidade de Saúde
Pública (USP), que exerce a função Observatório Local de Saúde. Para tal a USP irá
monitorizar o grau de cumprimento da execução das metas do Plano Local de saúde e
identificar desvios, utilizando os indicadores disponíveis.
A avaliação é a quantificação periódica da mudança nos resultados alcançados em cada
programa ou projecto. A avaliação permite aos gestores determinar a eficácia ou a validade
de um programa ou projecto específico. A avaliação deve também relacionar os outputs do
programa ou projecto com as tendências nacionais sobre as mudanças de comportamento
no problema de saúde em intervenção, assim como no impacto das doenças com ele
relacionadas.
ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019
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12 Anexos
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PERFIL LOCAL DE SAÚDE (PeLS) - ACeS Central
Síntese (ed. 2016)
A presente síntese do PeLS, baseada nos Perfis de Saúde construídos pelos Observatórios Regionais de Saúde dos Departamentos de Saúde Pública das ARS, proporciona um olhar rápido e integrador, sobre a saúde da população da área geográfica de influência do ACeS Central da região de Saúde do Algarve.
CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-DEMOGRÁFICA
Descritores Valor* Período de referência
Observações
Localização
Localizado na zona central da região do Algarve, confrontado a Sul pelo Oceano Atlântico, a Norte pela região do Alentejo, a Este pelo ACeS Barlavento e Oeste pelo ACeS Sotavento. Integra um total de 5 concelhos: Faro (sede do ACeS), Albufeira, Loulé, Olhão e S. Brás de Alportel.
Área (Km2) 1.391 - Corresponde a 27,8% do território da região.
Habitantes (Nº) 226.657 2015 Corresponde a 51% da população da região.
Densidade Populacional
(hab/Km2) 162,9 2015
Evidencia litoralização representada por faixa com elevada densidade populacional >200 hab./Km2 (Albufeira, Faro, Olhão e Sul de Loulé) versus zona interior de serra e barrocal com baixa densidade <100 hab./Km2 (Norte de Loulé e S. Brás de Alportel).
Crescimento Populacional (%)
16,3 2001/2011 Revela dinamismo demográfico (devendo-se sobretudo à imigração interna e externa) tendo registado nos últimos censos um aumento na população superior ao crescimento registado na região (14 %).
Índice de Envelhecimento
125,1 2015 Assume valor inferior à região (131,8). O ACeS apresenta o Concelho da região menos envelhecido (90,4 – Albufeira).
Taxa de Natalidade (/1000nv)
8,9 2014 Embora superior à região (8,4), destaca-se o acentuado decréscimo da natalidade (-23%) de nados-vivos) no último quinquénio, próximo do registado para a região (-22%). O ano de 2013 apresenta o mais baixo n.º de nados-vivos registados desde 1997.
Esperança de Vida à Nascença (anos)
80,4 2013 A esperança de vida à nascença tem aumentado, em ambos os sexos, apresentando no ano 2013 (80,4) um valor muito próximo da região (80,3).
Turismo - Capacidade de Alojamento (%)
55,5 2013
O Turismo surge como a principal atividade económica do ACeS, cuja forte sazonalidade, concentrada nos meses de verão, coloca desafios específicos ao nível das necessidades de saúde e da oferta de serviços de saúde. Constitui o ACeS com a maior capacidade de alojamento (+61.000 camas) da Região.
CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Indicador Ano Fonte
Valores
ACeS Região
Taxa de Mortalidade Infantil 1 (\1000 nados-vivos) 2014 INE (ORS) 3.95 2,93
Taxa de Mortalidade Neonatal (\1000 nados-vivos) 2014 INE (ORS) 2,96 2,66
Taxa de Mortalidade Perinatal (\1000 fetos mortos ≥28sem e nados-vivos) 2014 INE (ORS) 3,94 4,25 ☺
Mor
talid
ade
(an
tes
75 a
nos)
TMP (Taxa de Mortalidade Padronizada) por Tumores malignos (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 111,7 113,8 ☺
TMP por Tumor maligno do aparelho digestivo e peritoneu (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 33,3 35,9 ☺
TMP por Tumor maligno do estômago (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 6,8 8,0 ☺
TMP por Tumor maligno do cólon e reto (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 12,2 13,7 ☺
TMP por Tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 23,6 23,3
TMP por Tumor maligno da mama (feminina) (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 20,6 19,7
TMP por Tumor maligno do colo do útero (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 5,3 4,9
TMP por Tumor maligno do tecido linfático e orgão hematopoéticos (\100.000
indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 6,4 6,3
TMP por Diabetes Mellitus (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 5,9 5,5
TMP por D. Isquémica Cardíaca (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 23,4 22,9
TMP por D. Cerebrovasculares (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 18,4 18,1
TMP por Pneumonia (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 6,4 6,8 ☺
TMP por Doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 2,9 2,7
TMP por Acidentes de Trânsito c/ veículos a motor (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 9,1 10,5 ☺
TMP por Suicídio (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 9,6 9,3
Mor
bilid
ade
Proporção de inscritos c/ diagnóstico de Diabetes (\100 inscritos) 2014 SIARS (ORS) 5,2 5,7 ☺
Proporção de inscritos c/ diagnóstico de Perturbações Depressivas (\100 inscritos) 2014 SIARS (ORS) 5,3 5,6 ☺
Proporção de inscritos c/ diagnóstico de D. dos Dentes e Gengivas (7 anos) (\100 inscritos aos 7 anos)
2014 SIARS (ORS) 5,2 5,2 ---
Taxa de incidência de Tuberculose (\100.000 indivíduos) 2014 INSA (ORS) 21,1 18,8
Taxa de incidência da Infeção VIH (\100.000 indivíduos) 2014 DGS (ORS) 15,9 15,8
Det
erm
inat
es d
a
Saú
de
Proporção de Nascimentos Pré-Termo (\100 nados-vivos) 2014 INE (ORS) 8,9 8,2
Proporção de Crianças c/ Baixo Peso à Nascença (\100 nados-vivos) 2014 INE (ORS) 9,8 9,1
Proporção de inscritos c/ diagnóstico de Hipertensão (\100 inscritos) 2014 SIARS (ORS) 14,2 16,4 ---
Proporção de inscritos com diagnóstico de abuso do Tabaco (\100 inscritos) 2014 SIARS (ORS) 4,6 4,2 ---
Proporção de inscritos com diagnóstico de abuso crónico do Álcool (\100 inscritos) 2014 SIARS (ORS) 0,4 0,5 ---
Proporção de inscritos com diagnóstico de Excesso de Peso (\100 inscritos) 2014 SIARS (ORS) 2,3 2.2 ---
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