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ACFOR
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE FORTALEZA
ESTADO DO CEARÁ
CONTRATANTE Contribuições e Complementações aos Relatórios I e II –
Diagnóstico e Cenários do PMGIRS de Fortaleza/CE
CONSULTORA JULHO DE 2012
CÓD DO PROJETO / DEPTO Pj_001-2012/ RESÍDUOS SÓLIDOS
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE FORTALEZA - ESTADO DO CEARÁ----- CONTRIBUIÇÕES E COMPLEMENTAÇÕES
I
ÍNDICE ANALÍTICO
1. APRESENTAÇÃO...............................................................................................3
2. NOTA TÉCNICA Nº 001/2012 – ACFOR.........................................................5
3. CONSULTA PÚBLICA.....................................................................................10
4. CONTRIBUIÇÕES E COMPLEMENTAÇÕES AOS RELATÓRIOS I E II – DIAGNÓSTICO E CENÁRIOS DO PMGIRS DE FORTALEZA/CE. ........14
4.1 RECOMENDAÇÕES – COMPLEMENTAÇÕES..........................................................14
4.2 RECOMENDAÇÕES – CORREÇÕES.........................................................................119
4.3 RECOMENDAÇÕES – FORMA/ESTRUTURA DO DOCUMENTO.........................147
4.4 I CONSULTA PÚBLICA E NOTA TÉCNICA Nº001/2012 – CENÁRIOS FUTUROS/PROGNÓSTICO/VERSÃO PRELIMINAR DO PMGIRS....................179
5. ANEXOS............................................................................................................217
ÍNDICE DE FIGURAS Figura A – Localização do Complexo Industrial do Pecém..............................................................24 Figura B – Infra-estrutura programada para a Coleta Seletiva.......................................................31 Figura C – Relação dos catadores de materiais recicláveis.............................................................34 Figura D – Resíduos Sólidos Domésticos.........................................................................................36 Figura E – Resíduos Sólidos Comerciais..........................................................................................37 Figura F – Fotos – Grupo BRISAMAR.............................................................................................57 Figura G – Fotos – Associação SOCRELP.......................................................................................62 Figura H – Fotos – Associação VIVA A VIDA..................................................................................65 Figura I – Fotos – Associação Raio de Sol.......................................................................................67 Figura J – Fotos – Associação Rosa Virginia...................................................................................70 Figura K – Fotos – Associação Grupo UCAJIR...............................................................................75 Figura L – Cartão de credito – ECOELCE......................................................................................78 Figura M – Termo de Adesão ao Programa ECOELCE...................................................................78 Figura N – Mapeamento de 350 deposeiros na cidade de Fortaleza.............................................120 Figura O – Domicílios com coleta de lixo adequada nos municípios do Ceará – 2010.................130
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela A – Relação das Associações de catadores de materiais recicláveis que coletam o material reciclável das Agências do Banco do Brasil.....................................................................................38 Tabela B – Equipamentos..................................................................................................................40 Tabela C – Gastos Mensais da ASCAJAN.........................................................................................41 Tabela D – Equipamentos.................................................................................................................45 Tabela E – Despesas Mensais...........................................................................................................46 Tabela F – Equipamentos..................................................................................................................49
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II
Tabela G – Equipamentos.................................................................................................................52 Tabela H – Despesas mensais...........................................................................................................53 Tabela I – Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado.....................................56 Tabela J – Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado....................................58 Tabela K – Equipamentos..................................................................................................................59 Tabela L – Despesa Mensal...............................................................................................................59 Tabela M – Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado...................................60 Tabela N – Equipamentos..................................................................................................................61 Tabela O – Despesa Mensal..............................................................................................................61 Tabela P – Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado...................................63 Tabela Q – Equipamentos.................................................................................................................64 Tabela R – Despesa Mensal..............................................................................................................64 Tabela S – Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado...................................66 Tabela T – Equipamentos..................................................................................................................67 Tabela U – Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado...................................68 Tabela V – Equipamentos..................................................................................................................69 Tabela W – Despesa Mensal..............................................................................................................69 Tabela X – Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado...................................71 Tabela Y – Equipamentos..................................................................................................................72 Tabela Z – Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado....................................73 Tabela AA – Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado.................................74 Tabela BB – Associações e Cooperativas de Catadores...................................................................76 Tabela CC – Pontos Fixo – ECOELCE.............................................................................................79 Tabela DD – Programa ECOELCE – Preços praticados.................................................................80 Tabela EE – Estimativa de geração de resíduos sólidos por Unidade de Planejamento.................98 Tabela FF – Taxa de Crescimento do Valor Adicionado a preços básicos da Indústria, por segmentos – Ceará (2007-2009)......................................................................................................100 Tabela GG – Indicadores selecionados do Turismo – Ceará – 2008/2010....................................101 Tabela HH – Pessoal envolvido na gestão de resíduos sólidos de Fortaleza, por órgão/empresa.................................................................................................................................111 Tabela II – Domicílios particulares permanentes com lixo coletado por serviço de limpeza ou caçamba para os dez maiores e menores municípios - 2000/2010.................................................132 Tabela JJ – Relação das Indústrias de Reciclagem e Beneficiamento de Resíduos potencialmente recicláveis........................................................................................................................................161 Tabela KK – Informações do SNIS 2009 sobre manejo de resíduos sólidos em Fortaleza e Caucai..............................................................................................................................................213 Tabela LL – Informações do SNIS 2010 sobre manejo de resíduos sólidos em Fortaleza e Caucai..............................................................................................................................................213
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro A – Materiais recicláveis por Associação...........................................................................35 Quadro B – Depósitos de Sucatas..................................................................................................122
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1. APRESENTAÇÃO
Dando continuidade a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos, documento parte do Plano Municipal de Saneamento Básico do
Município de Fortaleza, foram trabalhadas as contribuições e sugestões para
complementação aos produtos 1 e 2, intitulados Diagnóstico e Cenários, respectivamente.
Essas contribuições e complementações apresentadas a seguir obedecem ao proposto na
Nota Técnica nº 01/2012 da ACFOR, enviada à SANETAL pelo ofício nº 582/2012, de
25/05/2012 e pelo Relatório da I Consulta Pública, realizada na Casa de José de Alencar,
em 24 de abril de 2012.
A figura a seguir apresenta a estruturação programada para elaboração PMGIRS
de Fortaleza/CE.
Figura 1 – Estruturação programada para a elaboração do PMGIRS
Fonte: SANETAL, 2012.
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Figura 2 – Concepção do PMGIRS
Fonte: SANETAL,2012.
Durante a realização da I Consulta Pública do Plano Municipal de Gestão
Integrada de Resíduos, realizada em 24 de abril de 2012, foram feitas sugestões para
complementações aos documentos entregues. As contribuições e complementações foram
encaminhadas por escrito à ACFOR, que em conjunto com o Grupo Técnico de Apoio
Interinstitucional de Resíduos Sólidos- GTAI- RS sistematizou as informações para serem
esclarecidas pela consultoria responsável pela elaboração do Plano.
Neste documento intitulado “Contribuições e Complementações aos Relatórios I
e II – Diagnóstico e Cenários do PMGIRS de Fortaleza/CE” serão apresentadas as
contribuições e complementações enviadas desde 09 de maio de 2012 até a presente data,
com seus esclarecimentos.
Dentre as sugestões recebidas pela empresa consultora, algumas referem-se a
metas, programas, projetos e ações, que serão levadas em consideração para a redação da
Versão Preliminar do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Após a
entrega da Versão Preliminar, uma nova Consulta Pública será realizada para que sejam
analisadas pelos participantes, seguindo-se então para a Versão Final do Plano.
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2. NOTA TÉCNICA Nº 001/2012 – ACFOR
Nota Técnica nº 001 / 2012 - ACFOR
Em 09 de Maio de 2012
À SANETAL – Engenharia & Consultoria
Consultoria Técnica Especializada
Tomada de Preço Nº02/2011
Processo n° 026-11-DAF-ACFOR
I. DO OBJETIVO
A presente Nota Técnica tem por objetivo propor corrreções,
complementações e aperfeiçoamento do documento Diagnóstico da Gestão de Residuos
Sólidos de Fortaleza, oriundas da I Consulta Publica e da análise do GTAI- Resíduos
Sólidos.
II. DOS FATOS
1. Como parte integrante da metodologia de elaboração do PMGIRS, visando possibilitar a
ampla participação social e das instituições e entidades que atuam na gestão de resíduos
sólidos em Fortaleza foi realizada, no dia 24 de Abrail de 2012, na Casa José de Alencar em
Messejana sob a coordenação da ACFOR a I Consulta Pública do PMGIRS, na qual foram
apresentados os dois primeiros produtos elaborados pela Sanetal para o PMGIRS,
intitulados Diagnóstico e Cenários da Gestão de Resíduos Sólidos de Fortaleza.
2. Os referidos documentos foram disponibilizados, antecipadamente, no endereço
eletrônico da ACFOR, entregues em CD para todos os participantes do evento, os quais
também receberam um resumo preparado pela SANETAL.
3. Para a apresentação de proposições de correção, complementação ou aperfeiçoamento
do documento, foi disponibilizado formulário específico e também estipulado o prazo até o
dia 04 de Maio de 2012 para envio por endereço eletrônico ou para ser entregue na propria
ACFOR.
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4. O conjunto de proposições apresentadas foi sistematizado e analisado pela ACFOR e
pelo Grupo Técnico de Apoio Interinstitucional de Resíduos Sólidos- GTAI- RS, que tem
entre suas atribuições o acompanhamento e a analise técnica do PMGIRS e sua coerência
com as diretrizes da legislação Nacional, Estadual e Municipal vigente.
5. No dia 08 de Abril de 2012, o GTAI-RS se reuniu para analisar as proposições
apresentadas, decidindo recomendar que a Sanetal proceda as correções, complementações
e aperfeiçoamento da estrutura do documento, conforme apresentado a seguir.
III. RECOMENDAÇÕES
1. Complementações
• Dar maior consistência à caracterização dos resíduos sólidos urbanos, em relação ao
estudo de analise gravimétrica, esta sendo encaminhado pela ACFOR, contando
com participação do GTAI - RS, a realização de um novo estudo complementar, o
qual deverá servir de referência para correção (se for o caso) e complementação de
informações a serem incorporadas ao diagnóstico e servirem de base para a
construção dos cenários.
• Buscar informações sobre o impacto das atividades do Complexo Industrial e
Portuário do Pecém em termos da projeção populacional e da produção de resíduos
sólidos do município de Caucaia.
• Atender requisito essencial para a construção de cenários e proposição de projetos
de inclusão social identificando a quantidade de catadores, conforme previsto no
contrato, de modo a tornar o PMGIRS, documento de referência para a Política do
Município. Buscar complementar diagnóstico com subsídios dos estudos realizado
com apoio da Fundação Banco do Brasil ( já solicitado ao BB pela ACFOR)
intitulado: “Diagnóstico da cadeia produtiva da reciclagem em Fortaleza em apoio
à metodologia DRS BB” , apresentar as dificuldades encontradas para elaboração
deste levantamento e propor de que forma vai atender o que está explicitado no
TDR: “ c) Aspectos socioeconômicos: Esse estudo deverá estar concentrado na
análise das atividades dos catadores e da estrutura do mercado existente para o
escoamento dos materiais recicláveis. O estudo deverá identificar a quantidade de
catadores de rua atuando em Fortaleza, por Unidade de Planejamento, bem como os
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demais participantes do mercado de materiais recicláveis, compreendendo
intermediários, indústrias beneficiadoras e indústrias da reciclagem, e ter como
objeto conhecer e quantificar os agentes da cadeia da reciclagem no Município de
Fortaleza, e os tipos de relações entre eles, visando implantar um programa de
público de coleta seletiva com a inclusão social e sustentável dos catadores”.
• Analisar projetos de coleta seletiva existentes em Fortaleza em relação ao Decreto
Federal n° 5940/2006; Projeto ECOELCE; Pão de Açúcar e a proposta preparada
pela SEMAM para o BNDES. Esses projetos são importantes para a posterior
construção dos cenários e indicação de programas e projetos.
• Considerar na projeção de resíduos sólidos oriundos do sistema de saúde o
funcionamento do Hospital da Mulher, UPA’s e construção de um novo hospital
pelo Governo do Estado, implantação pela unidade de saúde do plano de
gerenciamento dos serviços de saúde das unidades básicas.
• Reforçar no diagnóstico a inexistência do Plano de Coleta Seletiva de Fortaleza,
bem como da inexistência da Política de Resíduos Sólidos do município de
Fortaleza.
• Reforçar a análise sobre as questões institucionais e financeiras da gestão dos
resíduos sólidos. Neste sentido, mereceria atenção especial o marco regulatório
municipal, a situação jurídica do ASMOC e a base legal para a cobrança pela
prestação dos serviços.
• O cálculo das projeções de resíduos deve ser feito por unidade de planejamento,
preferencialmente utilizando a população de partida dos setores censitários.
• Pág. 63 - Dados sobre caracterização econômica, reduzidos e defasados, sugere-se
complementar com dados do IPECE (www.ipece.ce.gov.br) em Perfil Básico
Municipal. Considera-se importante ficar mais explicitado o perfil econômico, a
vocação turística da cidade e o que isto representa para o PMGIRS.
• Pág. 212 - Item: Resíduos da Coleta Especial Urbana. Pela relevância do tema no
caso de Fortaleza, propõe-se que seja comentada a complexidade deste desafio,
citando inclusive dados do crescimento dos pontos de lixo, volume, custos, etc.
• Pág. 250 - Tabela 29 – Equipamentos e pessoal envolvido na gestão de RS de
Fortaleza – Verificar a possibilidade de inserir quantitativo de pessoal técnico que
trabalha no planejamento, gestão, monitoramento e fiscalização. Fazer quadro de
pessoal (separado), verificar informações junto aos órgãos que atuam no setor.
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Apresentar dados sobre o quantitativo e o perfil das equipes técnicas existentes nos
órgãos que atuam na gestão de resíduos sólidos em Fortaleza, indicando os limites e
desafios atuais de sua implementação.
• Pág. 263 - Unidades de Planejamento Adotadas – Incluir na justificativa a referência
de que, mesmo se adotando as SERs como Unidades de Planejamento, deverá se
observar quando da definição de metas programas e projetos a questão da
localização dos equipamentos, aterros, ECOPONTOS, pontos de lixo e sua relação
com a poluição dos recursos hídricos (exemplo: problema do passivo ambiental do
Jangurussu), respeitando as bacias hidrográficas existentes.
• O item “Observações e recomendações finais”, propõe-se que seja substituído por
um item de conteúdo conclusivo “Considerações Finais”, no qual se registrará de
forma sucinta e direta os avanços e potencialidades do setor, assim como os
principais entraves e desafios detectados em cada um dos itens abordados no
diagnóstico.
2. Correções
• Revisão da Tabela 10 – Nome de estabelecimentos que não são característicos de
deposeiros e endereços que não são das Regionais citadas.
• Na descrição das Bacias Hidrográficas – incluir junto ao rio Maranguapinho e rio
Ceará.
• Pág. 30 - O estudo populacional da CAGECE é para o Plano diretor de
Abastecimento de água.
• Pág. 56 - Informações sobre coleta de lixo domiciliar – não tem um mapa mais
atualizado? O apresentado é de 2003.
• Pág. 97 - Cenários plausíveis para Política de Saneamento Básico no Brasil. Quadro
4 é apresentado mas não comentado, Quadro 5 apresenta apenas o Cenário 1 e não
indica se este foi o cenário adotado.
• Pág. 157 – Verificar se mapas das áreas construídas 2004 e 2005 não estão com os títulos trocados.
3. Forma/estrutura do documento
• Pág. 39-48 - Item que trata do “Transporte” muito descritivo e não indica correlação
com produção de lixo (sintetizar).
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• Pág. 107 a 120 – Apresenta uma listagem da legislação sem qualquer comentário.
Sugere-se que seja elaborado comentário sobre o marco regulatório existente (nos
três níveis federativos) e que a relação completa conste como um anexo.
• Pág. 165 – Trata novamente da legislação. Sugere-se que o que for geral vá para
item que trata sobre Aspectos Legais e neste item fique só o que for específico para
Resíduos Industriais.
• Pág. 187 -196 - Item: Alternativas para acondicionamento e coleta de Resíduos
Sólidos. Sugere-se que sejam relacionados os tipos de acondicionamento, mas que
as fotos e quadros com vantagens e desvantagens vá para um anexo pois já são
proposições.
• Pág. 302 -311 - Relação de deposeiros (tabela 35) e Indústrias de reciclagem e
beneficiamento de produtos é apenas relacionada sem comentários. Sugerimos que
seja sistematizado num quadro resumo, podendo a lista completa ir para um anexo,
mas que se complemente com uma, ainda que, breve análise da situação em
Fortaleza.
• Pág. 311-213 - Coleta Seletiva de Resíduos para Reciclagem. Sugere-se também
procurar sistematizar conceitos e que as proposições sejam encaminhadas para um
anexo.
• Pág. 345 -355 - Coleta Seletiva de Resíduos para Compostagem. Sugerimos
também procurar sistematizar conceitos e que as proposições sejam encaminhadas
para um anexo, ficando registrada no corpo do documento a experiência de
Fortaleza com a produção de briquetes.
Comissão Técnica:
Alesandro Ruddi Siebra
Diretor de Saneamento
Engº Francisco Helano Meneses Brilhante
Assistente técnico de limpeza - ACFOR
Antonio Braga Neto Brito
Procurador Jurídico
Engº Cecília Daniela Cláudio Assunção
Diretoria de Resíduos Sólidos
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3. CONSULTA PÚBLICA
Continua...
Nome Instituição Comentários/Críticas/Proposições
Maria Eugênia Bentemuller Tigre
PMF/SER 2 A população fortalezense é originária em grande parte de um fenômeno chamado “êxodo rural”, no qual os indivíduos para fugirem da seca, da falta de serviços de saúde, educação e políticas de emprego e renda deixavam suas regiões e se deslocavam para a capital do estado em busca de condições de vida melhor, com elas vieram hábitos distintos, entre eles a cultura do “rebola no mato”, no qual se destina os resíduos sólidos em áreas como terrenos baldios, recursos hídricos, calçadas, etc. Esse é um dos motivos pela existência de pontos de lixo. Por esse motivo gostaria de sugerir uma maior relevância no capítulo Educação ambiental para que seja viabilizada a sensibilidade da população em mudar seus hábitos, pois como diz Paulo Freire, “se não houve mudança é porque não se completou a educação”. Sugestões:
1- Implantação da educação ambiental; 2- Efetivação da fiscalização sobre os cidadãos que fazem destinação inadequada dos resíduos, independente de pessoa física ou jurídica
Antonio Martins da Costa
Conselho de altos Estudos da Assembléia Legislativa
Considerar nas projeções populacionais do município de Caucaia o aumento da população por ocasião da implantação do complexo Industrial e Portuário do Pecém, já que o aterro sanitário se localiza e também atende aquele município. É sabido que grandes empresas estão se instalando no CIPP e que haverá uma expansão populacional. O município de Caucaia esta atualizando o seu Plano diretor que poderá fornecer maiores informações.
Mansur Daaer
SEMAM Considerando os fatores ambientais que demandam soluções de engenharia e urbanística sugiro fazer considerações sobre a capacitação técnica, número de técnicos das diversas áreas do conhecimento para administrar os resíduos de uma cidade como Fortaleza.
1. Propõe um aprofundamento sobre o Programa de Gerenciamento de Resíduos da Construção e Demolição – avaliação da problemática; referência ao Plano Integrado de Gestão de Resíduos da construção e Demolição do município de Fortaleza, elaborado em 2006, os avanços do programa da SEMAM, suas metas e considerações, no sentido de elaborar uma política para Gestão e Gerenciamento desses resíduos.
2. Obrigatoriedade da segregação dos resíduos na fonte, destinação à produção de agregados, reciclados, reutilização, etc.
3. Uso de agregados, reciclados nas obras públicas, estimulo ao uso de agregados e reciclados.
4. Sugiro que o capitulo abordando esses resíduos dimensione a problemática e proponha procedimentos objetivos no trato da questão. Que proponha os cuidados com esses resíduos.
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Continuação. Nome Instituição Comentários/Críticas/Proposições
Marcos Stenio Teixeira
Fórum Lixo e Cidadania
1. Revisão da Tabela 10 – Nome de estabelecimentos que não são característicos de deposeiros e endereços que não são das regionais citadas. 2. Atender requisito essencial para a construção de cenários: identificar a quantidade de catadores, caso esteja previsto no contrato ou aditar este contrato para que isto seja feito, de modo a tornar o novo PGIRS, documento de referência para a Política do Município. 3. Subdividir os elementos de dados que estejam citados em relação à composição física do lixo, por novo estudo, por serem esses dados de essencial importância para a definição do modelo de gestão de resíduos, seja em relação à coleta como em relação ao tratamento e disposição final. Obs.: Os Cenários desenhados precisam de dados consistentes. 4. Considerar nos Cenários as propostas de redução da geração de resíduos ao longo do tempo de forma integrada: resíduos domiciliares e resíduos da coleta especial, visto que tem muito lixo domiciliar/comercial nessa coleta especial. 5. Considerar também nos cenários as ações de educação ambiental citados no diagnóstico analisando a efetividade dessas ações. 6. Analisar projetos de coleta seletiva existentes em Fortaleza como as existentes em relação ao Decreto Federal 5940/2006; Projeto Ecoelce; Pão de açúcar e a proposta preparada pela Semam para o BNDES. Esses projetos dão importantes para a construção dos cenários 7. Apresentar propostas de instrumentos legais e financeiros em apoio à sustentabilidade do sistema de manejo de resíduos sólidos. 8. Estudar e propor modelo de remuneração dos serviços de coleta, considerando a evolução quantitativa dos resíduos de fortaleza que remunera de forma diferenciada por tipo de coleta pelo tipo de veículo e disposição para a coleta.
Adriano Ricardo
EMLURB 1. Expansão do aterro da ASMOC com união entre os maciços e posterior elevação; 2. Criação de cooperativa chapéu unindo as associações de catadores; 3. ASCAJAN, ou complexo do Jagurussu – Criar indústrias de beneficiamento dos resíduos, para agregar valor às cooperativas; 4. Incentivar usinas de RCD e ATI na zona metropolitana da cidade a fim de evitar o lançamento de RCD no aterro 5. Sistema de controle das pesagens do município com o seu controle e balanceiros próprios para elaboração das medições, assim como a implementação de controle de operação, uniformizada no intuito de mensuração dos serviços executados. 6. Sugestão de vigência na regulamentação do contrato da concessão dos serviços, pois devido a grandes lacunas devem ser logo preenchidas buscando racionalização e redução dos custos e otimização e maximização dos resultados.
Keyla Maria Alves
Cevisa Realizar um seminário específico para PGS Saúde porque com o funcionamento do Hospital da Mulher, UPA’s e construção de um novo hospital pelo governo do estado, implantação pela unidade de saúde do plano de gerenciamento dos serviços de saúde (das unidades básicas).
Continua...
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Continua...
Continua...
Nome Instituição Comentários/Críticas/Proposições
Dellany Oliveira
SEMAM È importante ressaltar neste momento aos colegas que há um projeto de coleta seletiva sendo elaborado, buscando financiamento junto ao BNDES. Durante o processo houve custos, esforços e a participação de parceiros e de catadores de materiais recicláveis. Dessa forma sugiro que haja um diálogo muito tranqüilo entre o Projeto BNDES e Plano Municipal de Resíduos Sólidos para que possamos avançar neste tema e cumprir o que de fato a lei 12.305 exige. Resumindo: não estamos partindo do “Zero”.
Mailde Carlos do Rêgo
Sindicato dos Engenheiros do Ceará
1. Maior fortalecimento da educação ambiental, principalmente na produção de adubo orgânico, oriundo da compostagem do resíduo das podas e os demais resíduos orgânicos (alimentos e estercos das vacarias do entrono da cidade) para retornar as áreas verdes da cidade (praças e jardins). 2. Educação ambiental em relação ao consumo (repensar) e coleta seletiva. Não é só educação ambiental, mas educação como um todo. 3. Devemos pensar diferente, os aterros sanitários são necessários, mas vai faltar espaço e devemos pensar em trabalho voltado para educar. Não produzir lixo, antes de tudo repensar e reusar. 4. Em relação aos Pontos de Lixo, no centro da cidade, nas proximidades de restaurantes, bares, que colocam os resíduos alimentares na rua e as crianças catadoras de lixo, tiram os alimentos para comerem, estas casas devem ser fiscalizadas e orientadas para diminuir o desperdício, e temos outro grande problema relacionado à alimentação segura e de qualidade.
Sergio Firmeza
EMLURB 1. Inserir em todos os eventos do município (shows, seminários, encontros, jogos, etc.) noções de educação ambiental e ou apelos para utilização de lixeiras e da coleta seletiva realizada pelos catadores de materiais recicláveis. Manter a cidade limpa! 2. Ampliar a capacidade do ASMOC (até esgotar), utilizando todos os espaços possíveis e definir o tipo de resíduo que será disposto. Exemplo: o RCD não gera chorume. 3. Utilizar a área do Complexo do Jangurussu para recebimento só de resíduo reciclável (centro de recebimento); 4. Fortalecer e unificar a fiscalização de todos os serviços de limpeza urbana de Fortaleza; 5. Isentar através de projeto de lei as taxas municipais para requerer o licenciamento; 6. Estimular e articular a organização dos catadores de materiais recicláveis, bem como promover cursos de capacitação, educação, relações interpessoais e de empreendedorismo. Prepara-los para os desafios futuros, haja vista que a sua participação será fundamental no processo. 7. Incluir no diagnóstico a inexistência do Plano de Coleta Seletiva de Fortaleza, bem como da inexistência da Política de Resíduos sólidos do município de Fortaleza. 8. Qual a opção do grande gerador que destina resíduos para o ASMOC a luz da lei 12 305/10 (PNRS)? 9. Bacias hidrográficas – incluir junto ao Maranguapinho e rio Ceará. 10. Sobre a Educação ambiental: promover ações em sintonia entre todos os órgãos. 11. Resíduos industriais: elaborar um estudo aprofundado junto a Semace. 12. Passivos ambientais: incluir monitoramento do lixão do Jangurussu.
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Continuação.
Nome Instituição Comentários/Críticas/Proposições
Alceu Galvão
ARCE Em complementação ao exposto na audiência pública e com base em uma rápida leitura do texto, seguem algumas contribuições acerca do diagnóstico da componente resíduos sólidos: 1) O texto carece de tratamento e análise crítica dos dados e informações;
2) Não há discussão sobre as questões institucionais e financeiras da gestão dos resíduos sólidos, o que prejudica a qualidade do diagnóstico. Neste sentido, mereceria atenção especial o marco regulatório municipal, a situação jurídica do ASMOC e a base legal para a cobrança pela prestação dos serviços; 3) A compatibilidade do diagnóstico com as bacias hidrográficas não foi abordada no texto; 4) A definição das unidades de planejamento deveria anteceder o capítulo do diagnóstico técnico, para que o mesmo, na medida do possível, apresente a situação dos resíduos sólidos por unidade de planejamento. Com efeito, isto foi realizado de forma precária; 5) Segundo conversa com o Prof. Gemelle do IFCE, as informações apresentadas no diagnóstico apresentam-se distorcidas, e que, há também um subaproveitamento do estudo da caracterização, haja vista a quantidade de informações por setor de coleta; 6) Entendo não cabível as observações finais no diagnóstico, pois as mesmas deveriam ser apresentadas em termos de programas, projetos e ações, e com o devido embasamento técnico e econômico-financeiro. Ademais, várias sugestões não estão relacionadas com o diagnóstico; 7) Mesmo utilizando os dados de 2009, acho relevante que houvesse análise comparativa dos dados e indicadores do SNIS/Resíduos com cidades de mesmo porte, posicionando assim o desempenho da prestação dos serviços frente a outros municípios; 8) A parte conceitual do diagnóstico deve constar do anexo, e não do corpo do texto. Ademais, a ênfase quanto a vermicompostagem deve ser melhor avaliada em função da grande quantidade de resíduos orgânicos produzidos em Fortaleza e com a verificação da existência de mercado consumidor para este produto. Além disso, conceitualmente devem ser avaliadas outras tecnologias de tratamento de resíduos orgânicos em larga escala, inclusive com a geração de biocombustíveis; 9) Deve-se calcular as projeções de resíduos por unidade de planejamento, preferencialmente utilizando a população de partida dos setores censitários; 10) Sugiro consultar o CONPAM para atualização do Cenário estadual. 11) Por fim, para uma correta análise do estudo de cenários, faz-se inicialmente necessária a revisão do diagnóstico.
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4. CONTRIBUIÇÕES E COMPLEMENTAÇÕES AOS RELATÓRIOS I E II –
DIAGNÓSTICO E CENÁRIOS DO PMGIRS DE FORTALEZA/CE.
4.1 RECOMENDAÇÕES – COMPLEMENTAÇÕES
(A) – Caracterização dos resíduos sólidos – estudo complementar.
(B) – Impacto do Complexo Industrial e Portuário do Pecém de Caucaia.
(C) – Quantidade de catadores - Aspectos socioeconômicos.
(D) – Projetos de coleta seletiva existentes.
(E) – Resíduos de serviços de saúde.
(F) – Inexistência do Plano de Coleta Seletiva de Fortaleza.
(G) – Gestão institucional e financeira.
(H) – Projeções de resíduos por unidade de planejamento.
(I) – Caracterização econômica.
(J) – Coleta Especial Urbana.
(K) – Pessoal e equipamentos envolvidos na Gestão.
(L) – Unidades de Planejamento Adotadas.
(M) – Observações e recomendações finais.
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(A) – Caracterização dos resíduos sólidos – estudo complementar.
• Dar maior consistência à caracterização dos resíduos sólidos urbanos, em relação ao
estudo de analise gravimétrica, esta sendo encaminhado pela ACFOR, contando
com participação do GTAI - RS, a realização de um novo estudo complementar, o
qual deverá servir de referência para correção (se for o caso) e complementação de
informações a serem incorporadas ao diagnóstico e servirem de base para a
construção dos cenários.
• Segundo conversa com o Prof. Gemele do IFCE, as informações apresentadas no
diagnóstico apresentam-se distorcidas, e que, há também um subaproveitamento do
estudo da caracterização, haja vista a quantidade de informações por setor de coleta;
Diagnóstico: item 14 - p. 379
14. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
14.1 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES
Para dar uma maior consistência à caracterização dos resíduos sólidos urbanos
de Fortaleza, será feito um novo estudo, denominado “Estudo Complementar à
Caracterização Física dos Resíduos Sólidos Domiciliares de Fortaleza/CE”.
O Estudo será feito de acordo com metodologia a ser definida entre a empresa
consultora (SANETAL) e o Grupo Técnico de Apoio Interinstitucional de Resíduos Sólidos
(GTAI- RS), durante o mês de julho de 2012. O trabalho será coordenado pela SANETAL,
e terá supervisão de representantes da ACFOR, EMLURB e ECOFOR, para que sejam
respeitados os critérios estabelecidos pela metodologia definida.
Serão realizadas novamente, 35 amostragens de resíduos, totalizando 5 amostras
para cada Secretaria Executiva Regional (SER), separando os resíduos em 17 tipos de
materiais, conforme estudo já apresentado no Diagnóstico.
Ver Proposta a seguir.
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Á AUTARQUIA DE REGULAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DOS SERVIÇOS
PÚBLICOS DE SANEAMENTO AMBIENTAL – ACFOR
Av. Antonio Sales, 1885 – Sobre Loja
Bairro Dionísio Torres, Fortaleza/CE
CEP: 60.135-101
São José, 25 de junho de 2012.
A/C Engº Francisco Helano Brilhante
REF: Caracterização dos Resíduos Sólidos de Fortaleza para o PMGIRS – Estudo
Complementar.
Prezado Engenheiro Helano,
Dando seqüência aos entendimentos mentidos com o Engº Nicolau Obladen,
coordenador adjunto do trabalho em execução – Plano Municipal de Gerenciamento
Integrado de Resíduos Sólidos de Fortaleza (PMGIRS) e aos ofícios trocados entre ACFOR
e SANETAL, propomos:
1. Efetivação do estudo complementar de caracterização dos resíduos (Coleta
Convencional) de Fortaleza, para o PMGIRS, para o período 05 a 14 de julho do
próximo mês;
2. Estarão em Fortaleza no dia 05 de julho, os Engenheiros Nicolau Obladen e Luiz
Guilherme Grein Vieira para coordenar os trabalhos, de acordo com o Plano de
Trabalho anexo a seguir;
3. Os engenheiros permanecerão em Fortaleza até o dia 14, retornando na madrugada
de 14/15;
4. Anexo, plano de trabalho sugerido, e,
5. Cronograma para execução do estudo complementar.
Conforme ficou ajustado, os custos para cobrir as despesas para realização do
estudo complementar no valor de R$ 12.500,00 (doze mil e quinhentos reais) serão pagos
pela ACFOR, por Termo Aditivo ao contrato vigente, após a entrega do relatório e sua
conseqüente aprovação por parte da ACFOR.
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Informamos ainda, que as passagens aéreas já foram efetivadas, bem como as
reservas de hotel e veiculo de apoio para os dois engenheiros.
Atenciosamente,
Engº Adriano Ribeiro
Coordenador
Engº Nicolau Obladen
Coordenador Adjunto
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Plano de Trabalho (25/06/2012)
PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA – CE
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SÓLIDOS
ESTUDO COMPLEMENTAR
Plano de Trabalho para Caracterização de Resíduos Sólidos Domiciliares
Provenientes da Coleta Convencional
Amostragem: 35 amostras (5 amostras por Secretaria Executiva Regional –
SER I, II, III, IV, V, VI e SERCEFOR) a serem determinadas em conjunto: ACFOR,
EMLURB, ECOFOR e SANETAL.
Os caminhões que realizam a coleta nas SER I, III e V transportam os resíduos
diretamente para o ASMOC, enquanto os caminhões que coletam nas SER II, IV, VI e
SERCEFOR transportam para a Central de Transbordo do Jangurussu. Para que seja feita
uma amostra dos resíduos que são coletados, antes de serem triados pelos catadores
presentes no Jangurussu, a caracterização será feita nos dois locais.
ASMOC – Coordenação Eng.º Nicolau Leopoldo Obladen
Jangurussu – Coordenação Eng.º Luiz Guilherme Grein Vieira, com apoio de
Técnicos da ACFOR, EMLURB e ECOFOR.
1ª Etapa - Treinamento da equipe de apoio (2 horas)
- 4 ajudantes em cada pólo de amostragem, para retirar os resíduos dos montes,
enchimento dos tambores de 200 e 100 Litros, separação (caracterização) e pesagem
(funcionários da EMLURB e/ou ECOFOR).
- 2 auxiliares de coordenação (ACFOR, EMLURB ou ECOFOR), um em cada pólo
de amostragem.
2ª Etapa: Quarteamento
Necessários 6 dias (2 ou 3 amostragens por dia em cada local) – Segunda à Sábado,
iniciando no sábado 07 de julho.
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Tabela - Materiais e equipamentos necessários a serem fornecidos pela ECOFOR.
Materiais / Equipamentos Jangurussu ASMOC
Balanças de plataforma de 300 kg 01 01
Lonas com 5m x 5m 01 01
Retroescavadeira / pá carregadeira 01 01
Tambores de 200 Litros 04 04
Tambores de 100 Litros 04 04
Conjunto de EPI’s (luva, máscara,...) 05 05
Carro (pick-up) para transporte dos materiais* 01 01
Garfos ou forcados 02 02
* Dois veículos da ECOFOR modelo pick-up deverão ser disponibilizados com motorista, durante a realização dos trabalhos.
Serão segregados 17 tipos de resíduos:
1. Orgânicos 10. Plástico filme 2. Resíduos de jardim 11. Plástico rígido 3. Rejeitos 12. PET 4. Fraldas 13. Alumínio 5. Papel 14. Ferro 6. Papelão 15. Longa vida (embalagens cartonadas) 7. Jornal 16. Vidro escuro 8. Tecido (trapos) 17. Vidro claro 9. Borracha
Com os dados obtidos serão gerados gráficos com as porcentagens da
composição média de resíduos por SER, bem como determinados os pesos específicos de
cada amostra.
São José, 25 de junho de 2012
Engº Adriano Ribeiro
Coordenador
Engº Nicolau Obladen
Coordenador Adjunto
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CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
Nº
Atividades
Período 04 Q
05 Q
06 S
07 S
08 D
09 S
10 T
11 Q
12 Q
13 S
14 S
15 D
01 Viagem para Fortaleza
02 Reunião na ACFOR das 9:00h/12:00h com pessoal da ACFOR, EMLURB e ECOFOR, para definição dos detalhes de execução .
03 Reunião na ECOFOR das 14:00 h/17:00h para definição das equipes, material e equipamentos necessários.
04 Reunião na ECOFOR para capacitação das equipes de apoio das 8:00h/12:00h.
05 Montagem dos locais para caracterização (Jangurussu e ASMOC)
06 Caracterização – Coleta de Dados
07 Relatório (Início)
08 Viagem de retorno
OBS: Entrega do Relatório do Estudo Complementar de Caracterização dos Resíduos Sólidos
(Coleta Convencional) de Fortaleza – 23/07/2012.
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(B) – Impacto do Complexo Industrial e Portuário do Pecém de Caucaia.
• Buscar informações sobre o impacto das atividades do Complexo Industrial e
Portuário do Pecém em termos da projeção populacional e da produção de resíduos
sólidos do município de Caucaia.
Diagnóstico: item 5.2 - p. 21
5. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA
5.2 POPULAÇÃO
5.2.2 PROJEÇÃO ADOTADA
Analisando as projeções populacionais feitas para os municípios de Fortaleza e
Caucaia, nota-se que em nenhuma delas há um consenso, tendo em vista que cada uma foi
elaborada com uma base populacional diferente, com metodologias diferentes.
Entretanto, em todas elas há um consenso de que na região haverá um
crescimento populacional considerável, levando em conta as últimas contagens e censos
divulgados pelo IBGE.
O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é parte integrante
do Plano Municipal de Saneamento Básico, que teoricamente deveria adotar a mesma
projeção populacional para não haver conflitos. Porém, a projeção apresentada pela
CAGECE para elaboração dos Planos de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário
apresenta algumas deficiências:
- A população de referência é baseada nos dados da contagem de 2007 feita
pelo IBGE;
- A projeção é feita somente até o ano de 2030, enquanto o PMGIRS deve ser
elaborado para os próximos 20 anos (até o ano de 2031);
- A metodologia baseia-se no crescimento populacional do Estado, o que pode
indicar divergências entre os diversos municípios cearenses.
Para efeito de comparação, pela tabela 12, observa-se que a população prevista
para o ano de 2010 para Fortaleza é de 2.567.583 habitantes, e para Caucaia, 350.520
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habitantes. No CENSO divulgado pelo IBGE em 2010, as populações destes municípios
foram de 2.452.185 e 325.441 habitantes, respectivamente.
Mesmo que as projeções populacionais possuam uma margem de erro, por
questões diversas, a base de dados utilizada pela CAGECE está ao menos cinco anos
desatualizada, sendo mais coerente a utilização de projeções baseadas nos dados do último
censo (2010).
Isso ocorre também com a projeção adotada pela ECOSAN para o projeto de
ampliação do ASMOC. Pelos dados obtidos no RIMA – Relatório de Impacto de Meio
Ambiente da ampliação, a projeção populacional tanto de Fortaleza como Caucaia não
conferem com o CENSO 2010 do IBGE, sendo a população estimada menor que a
população real para o período.
Pela situação levantada em campo e pela documentação apresentada sobre
Fortaleza, foi possível observar que a cidade sofre forte densificação em determinadas
áreas, apresentando em outras, saturação, projetando um decréscimo na taxa de crescimento
nos últimos anos, segundo dados do IBGE/2010. Observa-se também que alguns
municípios da Região Metropolitana vizinhos de Fortaleza, apresentam taxas de
crescimento as quais levantam a hipótese de que está se formando um cinturão habitacional
e de serviços no entorno de Fortaleza, como opção de qualidade de vida.
O Complexo Industrial do Pecém – CIP, juntamente com o Complexo Portuário,
formam o Complexo Industrial e Portuário Mario Covas, ou Complexo Industrial e
Portuário do Pecém, como é mais conhecido. O empreendimento remonta à década de
1990, quando da sua inserção em programas do governo Federal de estímulo a construção
de obras de infra-estrutura.
O CIP se caracteriza por ser um complexo industrial, que visa o
desenvolvimento industrial e ao mesmo tempo o fortalecimento e sustentabilidade ao
crescimento do parque industrial do Ceará e do Nordeste, a partir de grandes indústrias
âncoras, tais como a siderúrgica, refinaria, usinas termelétricas, unidade de re-gaseificação
e centro de tancagem.
O Complexo localiza-se entre os municípios de Caucaia e São Gonçalo do
Amarante, no litoral oeste do Estado do Ceará.
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Figura A : Localização do Complexo Industrial do Pecém.
Fonte: Relatório de Impacto Ambiental do Complexo Industrial do Pecém (CENTEC, 2009).
Os municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante estão desenvolvendo
estudos e projetos para que possam se adequar e garantir condições sociais e de infra-
estrutura ao contingente populacional que deverá se instalar nos locais em busca de novas
oportunidades de emprego. Dentre os projetos ligados à gestão de resíduos, destaca-se o
“Projeto Ecoando”, da Prefeitura Municipal de Caucaia que prevê a implantação de uma
Associação de Catadores de resíduos recicláveis, em parceria com a Termoceará.
Segundo estimativas apresentadas no EIA/RIMA (Estudo de Impacto
Ambiental/Relatório de Impactos ao Meio Ambiente) do CIP, durante a implantação do
complexo serão gerados 55 mil empregos diretos e 20 mil indiretos. Quando em operação, o
Complexo vai gerar 22 mil empregos diretos e 44 mil empregos indiretos.
Para que os moradores da região sejam inseridos nessa oferta de empregos, foi
projetada a construção do “Centro de Treinamento Técnico no Complexo do Pecém –
CTTC”, que prevê a capacitação de 12 mil alunos por ano. A intenção da criação do CTTC
é absorver o contingente de mão-de-obra já residente nos municípios.
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Nos últimos anos, a política das grandes empresas responsáveis pela construção
de obras de infra-estrutura de grande porte como o Complexo Portuário e Industrial do
Pecém, abdicaram de construir as chamadas “vilas operárias” – grandes centros residenciais
que abrigavam os colaboradores das grandes obras - optando por custear o transporte e
auxílio moradia aos trabalhadores. Esse cenário evita grandes concentrações populacionais
em determinados locais, mantendo os trabalhadores nos seus locais de residência, sem que
isso se reflita em grandes incrementos populacionais nos municípios sedes das grandes
obras.
Portanto, a taxa de crescimento adotada para o município de Caucaia, com base
no CENSO do IBGE dos últimos 20 anos, está de acordo com a realidade atual, e considera
um aumento populacional com a implantação do Complexo Industrial e Portuário.
A implantação do CIP acarretará também num aumento significativo de resíduos
gerados na região, principalmente resíduos da construção civil e resíduos perigosos, além
dos domiciliares que foram considerados na previsão populacional. Para que haja uma
gestão e uma destinação final correta desses resíduos, deverá ser incentivada a instalação de
usinas de reciclagem e reaproveitamento de RCC, além da construção de uma central para
tratamento e Disposição Final de resíduos perigosos, evitando que esse material seja
encaminhado ao ASMOC.
Isto posto, adotou-se como previsão populacional de Fortaleza e Caucaia, a
progressão aritmética com o incremento calculado para os próximos 20 anos.
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Tabela 14. Previsão Populacional para Fortaleza e Caucaia – Progressão Aritmética
ANO
Populações (Habitantes) Fortaleza Caucaia Total
2012 2.524.137 342.319 2.866.456 2013 2.560.113 350.758 2.910.871 2014 2.596.089 359.197 2.955.286 2015 2.632.065 367.636 2.999.701 2016 2.668.041 376.075 3.044.116 2017 2.704.017 384.514 3.088.531 2018 2.739.993 392.953 3.132.946 2019 2.775.969 401.392 3.177.361 2020 2.811.945 409.831 3.221.776 2021 2.847.921 418.270 3.266.191 2022 2.883.897 426.709 3.310.606 2023 2.919.873 435.148 3.355.021 2024 2.955.849 443.587 3.399.436 2025 2.991.825 452.026 3.443.851 2026 3.027.801 460.465 3.488.266 2027 3.063.777 468.904 3.532.681 2028 3.099.753 477.343 3.577.096 2029 3.135.729 485.782 3.621.511 2030 3.171.705 494.221 3.665.926 2031 3.207.681 502.660 3.710.341
Fonte: SANETAL, 2012.
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(C) – Quantidade de catadores - Aspectos socioeconômicos.
• Atender requisito essencial para a construção de cenários e proposição de projetos
de inclusão social identificando a quantidade de catadores, conforme previsto no
contrato, de modo a tornar o PMGIRS, documento de referência para a Política do
Município. Buscar complementar diagnóstico com subsídios dos estudos realizado
com apoio da Fundação Banco do Brasil ( já solicitado ao BB pela ACFOR)
intitulado: “Diagnóstico da cadeia produtiva da reciclagem em Fortaleza em apoio
à metodologia DRS BB” , apresentar as dificuldades encontradas para elaboração
deste levantamento e propor de que forma vai atender o que está explicitado no
TDR: “ c) Aspectos socioeconômicos: Esse estudo deverá estar concentrado na
análise das atividades dos catadores e da estrutura do mercado existente para o
escoamento dos materiais recicláveis. O estudo deverá identificar a quantidade de
catadores de rua atuando em Fortaleza, por Unidade de Planejamento, bem como os
demais participantes do mercado de materiais recicláveis, compreendendo
intermediários, indústrias beneficiadoras e indústrias da reciclagem, e ter como
objeto conhecer e quantificar os agentes da cadeia da reciclagem no Município de
Fortaleza, e os tipos de relações entre eles, visando implantar um programa de
público de coleta seletiva com a inclusão social e sustentável dos catadores”.
Diagnóstico item 10.1 p. 284
• Atender requisito essencial para a construção de cenários: identificar a quantidade
de catadores, caso esteja previsto no contrato ou aditar este contrato para que isto
seja feito, de modo a tornar o novo PGIRS, documento de referência para a Política
do Município.
Diagnóstico item 10.1 p. 284
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10. ASPECTOS SOCIECONÔMICOS 10.1 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS CATADORES Segundo BLOCK, ATANASIO e MASSOLI, (1998) são complexos e
dramáticos os desafios lançados aos prefeitos brasileiros e às suas equipes técnicas.
Erroneamente, nos centros urbanos em permanente expansão, é sempre a esses atores que se
atribui a exclusiva responsabilidade pela boa gestão dos serviços públicos, seja pelos
serviços ditos de urbanização (água, luz, pavimentação, saneamento básico), seja pelos
serviços ditos pessoais (transporte coletivo, telecomunicação, educação, saúde, cultura).
E, no entanto, como se o país não tivesse uma safra de excelentes gestores
municipais, a maioria das municipalidades se confronta com situações limite em
praticamente todos esses setores, inclusive no de coleta, manejo e destino de resíduos
sólidos. As ruas sujas e canais entupidos, conflitos com a população que deposita seu lixo
em vazadouros clandestinos, protesta contra a existência dos lixões e se opõe à instalação
de novos aterros, conflitos entre os gestores e os produtores do lixo, entre estes e o
catadores informais, poluição do ar, do solo e da água, disseminação de doenças por ratos,
baratas e mosquitos, pobreza extrema dos catadores indevidamente identificados ao lixo
que coletam, crianças catando, carregando e, até comendo lixo: os problemas não faltam e,
obviamente, ultrapassam a estrita esfera e competência dos chamados serviços de limpeza
pública.
É de uma reflexão aprofundada sobre este cenário caótico que surge a proposta
de gestão social compartilhada do lixo urbano, desenvolvida pelo UNICEF e por seus
parceiros, propondo a união de forças governamentais e não-governamentais, e uma
abordagem intersetorial abrangente, em que todos são considerados responsáveis pelo lixo
que produzem ou administram, e pelas conseqüências sociais e ambientais de suas ações.
Através de dados obtidos pela SEMAM e pela IMPARH (Instituto Municipal de
Pesquisas, Administração e Recursos Humanos), o município de Fortaleza conta com cerca
de 6 mil a 8 mil catadores de materiais recicláveis. Existem catadores nas ruas, avenidas,
mercados, feiras, na Estação de Transbordo do Jangurussu, e organizados em
associações/cooperativas. Os catadores de materiais recicláveis sobrevivem da venda ou
beneficiamento destes materiais. Estes catadores enfrentam praticamente os mesmos
problemas dos que trabalham nos lixões em outros municípios, pois coletam em pontos de
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lixo, nas sacolas e bombonas depositadas em frente às residências/comércios, vivendo em
condições insalubres.
Em Fortaleza, a Coleta Seletiva será desenvolvida como instrumento capaz de
melhorar as condições de limpeza da cidade, desenvolver a preservação e a educação
ambiental, gerar emprego e renda aos trabalhadores da coleta, pré-beneficiamento,
comercialização e industrialização dos materiais recicláveis feita em parceria com a
sociedade civil organizada e a iniciativa privada, em busca da inclusão social dos mesmos.
As ações de tratamento resultam no estímulo ao desenvolvimento sustentável,
por via do incentivo à reutilização de materiais, à reciclagem e o combate ao desperdício.
Sob o aspecto social essas ações promovem a organização e o aproveitamento da mão de
obra dos catadores.
A SEMAM estimula a organização dos catadores para a formação de
cooperativas/associações, a chamada gestão compartilhada. Atualmente está elaborando um
projeto de coleta seletiva buscando financiamento junto ao BNDES, solicitando apoio ao
programa de Inclusão Social dos Catadores de Recicláveis e Coleta Seletiva no Município
de Fortaleza.
As ações do Programa de Coleta Seletiva elaborado pela SEMAM, agrupam-se
em três eixos de atuações interdependentes:
EIXO 1: Sensibilização, Educação Ambiental e Normatização;
EIXO 2: Estruturação da Coleta Seletiva comunitária sistemática;
EIXO 3: Ações de beneficiamento através de reciclagem.
Quanto à gestão e gerenciamento do Programa de Coleta Seletiva do Município
de Fortaleza, tratando-se de ações da gestão de resíduos da cidade, será a administração
pública municipal, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano
– SEMAM, responsável pelo planejamento e a normatização da coleta seletiva de resíduos
sólidos reutilizáveis e recicláveis da cidade. Cuidando desde a organização territorial, até o
atendimento e acompanhamento das demandas sociais advindas das associações,
cooperativas de catadores e demais atores envolvidos no Programa.
Sendo a cidade regionalizada em suas ações públicas executivas, as atividades
realizadas pelos catadores, nas ruas e nos Centros de Triagem, e demais equipamentos
físicos auxiliares, deverão ser supervisionadas pela Secretaria Executiva Regional da área
de sua localização que atuará de forma integrada com os setores de meio ambiente, ação
social e de educação, mediante o controle e o monitoramento das ações programadas.
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A execução do programa ficará a cargo das Associações/Cooperativas. Uma
condição inicial para a inserção dos catadores no Projeto será a formação da
cooperativa/associação de catadores, pois estes poderão ser parceiros legais do programa de
Coleta Seletiva, atendendo a legislação federal específica (Art. 24, inciso XXVII, da Lei
Federal 8.666/1933, na redação que lhe conferiu o Art. 57 da Lei Federal 11.445/2007).
Os seguintes fatores contribuirão para a inserção dos catadores no Projeto:
- Participação das organizações de catadores nas reuniões do Núcleo de
Resíduos das Secretarias Regionais, assim como nas reuniões do Comitê
Técnico;
- Remuneração da cooperativa pela realização da coleta seletiva;
- As modalidades de coleta e a forma participativa de gestão, com a
criação do Conselho Gestor e Comitê Técnico, onde os catadores são
membros.
Para a concepção do projeto do ponto de vista da infra- estrutura, os recursos a
serem obtidos deverão ampliar o número de Centros de Triagem, fazendo com que todas as
Regiões Administrativas da Cidade passem a dispor de equipamentos para o recebimento e
triagem de resíduos reutilizáveis e recicláveis, facilitando a adesão de toda a população ao
Programa, devendo ser alcançados 24(vinte e quatro) equipamentos para operar com
resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis assim distribuídos:
- 10 (dez) sedes de associações de catadores com estruturas de triagem:
ACORES, ARAN, ASCAJAN, MARAVILHA, RECICLANDO, REDE
DE CATADORES, ROSA VIRGINIA, SANTOS DIAS, SOCRELP,
VIVA A VIDA;
- 1 (um) Centro de Triagem construídos com recursos do PAC, Bairro João
XXIII;
- 2 (dois) Centros de Triagem a serem construídos com recursos do PAC e
da FUNASA, Bairros Granja Lisboa e Siqueira, respectivamente;
- 2 (dois) ECOPONTOS para recebimento de resíduos sólidos recicláveis e
entulhos da construção também financiados pela FUNASA, nos Bairros
Conjunto Ceará e Mondubim, e,
- 9 (nove) equipamento a serem construídos com recursos do BNDES,
sendo 7 (sete) Centros de Triagem nos Bairros Floresta, Centro, Dunas,
Serrinha, Parque Dois Irmãos, Passaré e Jangurussu (Sitio São João), e 2
(dois) ECOPONTOS para recebimento de materiais recicláveis e funções
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educativas nos Bairros Cidade dos Funcionários e Varjota, podendo este
receber pequenos volumes de resíduos da construção civil. Ver figura a
seguir.
Figura B – Infra-estrutura programada para a Coleta Seletiva
(x) Sete Secretarias Executivas Regionais.
(xx) 10 Associações + 01 Centro de Triagem com recursos do PAC, no Bairro João XXIII + 02
Centros de Triagem com recursos da FUNASA e do PAC, nos Bairros Granja Lisboa e Siqueira +
02 ECOPONTOS, com recursos da FUNASA, nos Bairros Conjunto Ceará e Mondubim + 07
Centros de Triagem, com recursos do BNDES nos Bairros Floresta, Centro, Dunas, Serrinha,
Parque Dois Irmão, Passaré e Jangurussu (Sítio São João) + 02 ECOPONTOS, nos Bairros dos
Funcionários e Varjota, também com recursos do BNDES.
(xxx) Atendimento previsto de 37% da população de Fortaleza (946.458 habitantes).
O investimento em obras civis apoiado pelo BNDES será destinado a construção
desses 9 (nove) equipamentos e para a reforma e melhoria do Centro de Triagem, localizado
no Bairro Passaré, SER VI, cedido a ASCAJAN pela EMLURB; do Galpão da Rede para
recebimento de materiais recicláveis e funções educativas, transformando-o em
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ECOPONTO com essas funções, este localizado no Bairro Benfica. Na SER IV, e cedida à
Rede de Catadores pela EMLURB; e do Centro de Triagem, situado no Bairro Pirambu, na
SER I, em área de administração da Prefeitura, onde está instalada a SOCRELP. Os
equipamentos a serem construídos, somados aos que serão reformados, totalizam 12
unidades beneficiadas diretamente com recursos desse Projeto.
A população beneficiada pelo Projeto, objeto de financiamento do BNDES está
estimada em 946.458 pessoas para o ano de 2014, data indicada como marco referencial
para que toda a infra-estrutura prevista esteja já funcionando e as demais ações previstas já
dando resultados. A população beneficiada é aquela que terá a coleta seletiva porta a porta à
sua disposição, obtida pela soma das pessoas residentes em cada bairro considerado como
bacia de captação. Isto significa 37% dos habitantes de Fortaleza.
Pelo projeto a Prefeitura fará a coleta seletiva porta a porta e ponto a ponto,
atuando em roteiros planejados dentro de cada Secretaria Regional e sendo o Centro de
Triagem de destino na área de sua administração. O percurso médio de coleta será menor do
que o da coleta convencional, podendo-se esperar que a relação de custos seja mais baixo.
Outro aspecto que contribuirá para a redução do custo da coleta seletiva do projeto
decorrerá da orientação visando ampliar as oportunidades de locais de apoio para a coleta
ponto a ponto, como ECOPONTOS, Condomínios, Escolas e outros equipamentos sociais,
gerando tempo menor para efetuar o carregamento do veículo.
O projeto de apoio do BNDES ao Programa de Coleta Seletiva do Município de
Fortaleza estará contribuindo para a ampliação e manutenção do sistema de coleta seletiva
da cidade nos aspectos estruturais, de participação e de maior abrangência da população e
de sustentabilidade socioeconômica.
Durante a visita em campo foram realizas entrevistas com catadores do
Município de Fortaleza, detalhadas em ANEXO.
Nas 25 (vinte e cinco) entrevistas realizadas com os trabalhadores urbanos da
coleta seletiva informal, observou-se o seguinte:
• 22/25 não possuem carrinho próprio, utilizando carrinhos dos deposeiros;
• 15/25 trabalham sem a ajuda de outras pessoas da família;
• 22/25 gostariam de trabalhar organizados em Associações ou Cooperativas, e,
• 6/25 são mulheres.
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Acrescentam-se ainda, as informações do estudo realizado pela Fundação do
Banco do Brasil, intitulado “Diagnóstico da cadeia produtiva da Reciclagem em Fortaleza
em apoio à metodologia DRS BB”.
Segundo dados da Prefeitura Municipal de Fortaleza/SEPLAN no cadastro único
para programas sociais do MDS, em Fortaleza 2.768 pessoas estão cadastradas como
catadores de materiais recicláveis, sendo 1.649 pessoas como escolhedor de papel
autônomo sem previdência social e 1.119 pessoas como lixeiro autônomo sem previdência
social. O município de Fortaleza conta com 19 associações de catadores cadastradas na
SEMAM – Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano, totalizando 367 catadores
associados, representa 13,25% do total de catadores cadastrados no cadastro único.
A partir das análises obtidas na pesquisa de campo sobre o perfil das
Associações e Grupos de catadores de materiais recicláveis participantes dos PNs DRS BB
Reciclagem em Fortaleza/CE, que dos 367 catadores associados 207 são mulheres (56%) e
160 são homens (44%), e o nível de escolaridade dos associados é baixo a maioria com
apenas 1ºGrau incompleto. A renda mensal dos catadores varia entre R$ 45,00 e R$ 600,00,
a receita total das associações vem da comercialização do material reciclável.
O diagnóstico se deparou com várias informações sobre o número de catadores
de materiais recicláveis do Município de Fortaleza. Dados do IMPARH (Instituto
Municipal de Pesquisas, Administração e Recursos Humanos), informando de 6 mil a 8 mil
catadores, a SEPLAN através do Cadastro único do MDS, sendo 2.768 catadores, e
informações de campo pela SANETAL e dados do Estudo do Banco do Brasil chega ao
número de 367 catadores associados nas 19 Associações/Cooperativas cadastradas na
SEMAM.
Quando da coleta de dados, foi possível identificar a dificuldade para a
quantificação dos catadores de materiais recicláveis de Fortaleza. Foram realizadas visitas e
entrevistas com os catadores em associações/cooperativas e nas ruas de Fortaleza. Existem
vários tipos de catadores tais como: catadores associados à associações/cooperativas,
escolhedor de papel autônomo sem previdência social, lixeiro autônomo sem previdência
social e moradores de rua. Acredita-se que grande parte de catadores da cidade de Fortaleza
venha dos Moradores de Rua. Eles alugam o carrinho dos próprios deposeiros para a coleta
de material reciclável. Este aluguel é realizado da seguinte forma: o carrinho é emprestado
ao catador, que é obrigado a vender o que coletar ao dono do carrinho(deposeiro) e o valor
de compra de seu material é a metade do preço de mercado. Os moradores de rua vivem em
comunidades, para sua sobrevivência. O dinheiro que é arrecadado com a venda do material
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reciclável é para compra de alimentos e remédios ou para compra/troca por drogas. Não são
catadores por profissão. A qualquer momento que apareça outra oportunidade, mudam de
função, diferentemente dos catadores associados às associações/cooperativas que o fazem
por profissão (opção consciente).
Figura C – Relação dos catadores de materiais recicláveis.
(x) – Quantidade estimada de 14 Associações – 26 kg/dia por associado.
(xx) – Quantidade estimada - 100 kg/dia por catador.
(xxx) – Quantidade estimada - 50 kg/dia por catador.
Ver quadro a seguir.
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Quadro A – Materiais recicláveis por Associação. Nome Associação Kg/dia Nº Associados Kg/pessoa x dia
ASCAJAN 2.355 73 32,26
ACORES 525 20 26,25
MARAVILHA 569 05 113,8
ARAN 196 31 6,32
BRISAMAR 1.249 34 36,73
GRUPO DOM LUSTOSA 184 10 18,4
SOCRELP 1.108 40 27,7
VIVA A VIDA 75 05 15
RAIO DE SOL 394 25 15,76
ROSA VIRGINIA 605 11 55
PARQUE SANTA ROSA 208 08 26
ROSALINA --- 25 ---
QUINTINHO CUNHA 264 04 66
UCAJIR 180 12 15
05 Associações
- SERVILUZ, SANTOS DIAS,
COOBVERDE, RECICLANDO
VIDAS, TRAPEIROS DE EMAÚS
1.671 64 26,11
TOTAL PARCIAL 9.583 367 26,11
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A figura a seguir, apresenta a coleta informal dos resíduos sólidos domiciliares
de Fortaleza. Demonstra a importância dos catadores de materiais recicláveis na coleta
domiciliar que são coletados em todas as Regionais da Cidade. Após a coleta, o material é
entregue e/ou vendido para intermediários, que os repassam às indústrias beneficiadoras
para a geração de novos produtos.
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Figura D – Resíduos Sólidos Domésticos.
(x) – 2.768 – Catadores cadastrados (Cadastro Único – MDS).
1.649 – Escolhedor de papel autônomo sem previdência social.
1.119 – Lixeiros autônomos sem previdência social.
(xx) – 19 Associações com 367 catadores associados (207 mulheres-56% e 160 homens-44%).
(xxx) – 284 Sucateiros e Deposeiros.
(xxxx) – 40 Indústrias beneficiadoras, pré-industrialização e recicladoras, 09 prestadores de serviços
(Tratamento e Destinação Final).
Merece destaque especial, neste contexto, a participação dos atuais parceiros
para articulação e capacitação das associações. São eles: Cáritas, Prefeitura Municipal de
Fortaleza, Rede de Catadores, Fórum Lixo e Cidadania, Rede Consolida, Fundação Banco
do Brasil, Banco do Nordeste, Correios, Petrobras, Habitafor, Órgãos Federais, Aeroporto,
Associação de Moradores do Jardim Iracema, Justiça Federal, Universidade Federal do
Ceará, Instituto Federal do Ceará. O projeto atende a alfabetização de adultos, entre outros.
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O Grupo Pão de Açúcar, Instituto Brasileiro de Reciclagem e Shopping Iguatemi
apóiam na doação de materiais recicláveis e contratação de associados para triagem de seus
materiais dentro dos estabelecimentos comerciais.
O Shopping Iguatemi conta com uma Central de Triagem e Prensagem para os
resíduos recicláveis onde trabalham 12 pessoas da Associação ASCAJAN, assim como no
Supermercado Pão de Açúcar e Extra. Todas as lojas possuem estação de reciclagem, onde
18 pessoas trabalham nas unidades. Todos receberam treinamento pelo Instituto Brasileiro
de Reciclagem – IBR. Ver figura a seguir.
Figura E – Resíduos Sólidos Comerciais.
(x) Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Correios, Petrobras, Shopping Iguatemi, ECOELCE, Habitafor,
Órgãos Federais, Supermercado Pão de Açúcar, Extra, Aeroporto, Associação dos Moradores do Jardim
Iracema, Justiça Federal, Universidade Federal do Ceará, Instituto Federal do Ceará.
(xx) Apoios: Fundação Banco do Brasil, Rede Consolida, Cáritas, Fórum Lixo e Cidadania, Instituto
Brasileiro de Reciclagem (IBR).
Outro parceiro dos catadores de material reciclável de Fortaleza é o Banco
do Brasil, as Agências doam o material reciclável às associações conforme tabela a seguir:
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Tabela A – Relação das Associações de catadores de materiais recicláveis que coletam o material reciclável das Agências do Banco do Brasil.
RELAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE CATADORES DE MATERIAIS R ECICLÁVEIS DE FORTALEZA
Agência BB Grupos/Associações Nº DO CNPJ Endereços
Agência
Bezerra de Menezes
Gerente Ricardo Santiago
Operadora Maria Socorro
Ribeiro
1. Associação Viva a Vida 07.865.301/0001-27 Praça Farias Brito S/Nº Bairro: Otávio Bomfim
CEP: 60.011-280
3. Soc. Com.de Reciclagem de Lixo do Pirambú/SOCRELP
00.118.784/0001-57 Rua São Serafim, nº 8 /A. Bairro Nossa Senhora
das Graças/ Pirambú CEP: 60.310-690
10.Associação dos Agentes
Ambientais da Jurema/ ASSAAJ
10.624.318/0001-05
Rua São Francisco das Chagas nº 162 Bairro: Jurema/Caucaia-CE. Endereço p/ correspondência: Lar Fabiano de Cristo/Av. Dom Almeida Lustosa
nº 4395 Bairro: Jurema Caucaia/CE CEP: 61. 652-000.
11. Raio de Sol/ Genibaú EM PROCESSO O grupo se reúne em local de apoio Centro D.
Helder Rua Alves Batista 900, Genibaú
Agência Pontes Vieira
Gerente Nirvando
Operador Afonso
2. Associação Ecológica Dos Catadores De Materiais
Recicláveis Da Serrinha E Adjacências/ACORES
04.989.221/0001-95 Travessa Azevedo Montauri, 161. Bairro: Serrinha CEP: 60742-100
5. Ass. Cearense dos Trabalhadores e Trabalhadoras
em Recicláveis/ RECICLANDO 08.143.286/0001-76
Rua Plácido Castelo, nº284 Conj.Tancredo Neves/ Bairro: Jardim das Oliveiras
CEP: 60.820-290
6. Ass. Dos Recicladores Amigos da Natureza/ ARAN
07.475.187/0001-29 Rua Manoel Antonio Leite nº 729- Conj.
Residencial Novo Bom Sucesso/ Bairro: Bom Sucesso
21. Grupo da Maravilha
1.058.865/0001-25
Avenida13 de Abril 94 APTº14 Andar 1 Bloco 94. Bairro: Vila União CEP: 60.416-230
Agência Heráclito Graça
Gerente
Operador
Erivania Teixeira
4. Associação dos Catadores do Jangurussu/ASCAJAN
030.764910001-42 Rua Estrada do Itaperi, nº 1665 Bairro: Jangurussu
CEP: 60.862-220
17.Grupo Brisamar Em processo de
formalização Serviluz
13. Grupo Dom Lustosa Em processo de
formalização Rua Moura Brasil, 1265 ou Rua do Trilho,
próximo à Santa Edwiges
Agência Praça do Carmo
Gerente Glay
Operador
Joir
8. Associação dos Agentes Ambientais Rosa Virginia
09.635. 604/0001-89
Rua 07, nº20, Lot. Santa Terezinha Bairro: Parque Santa Rosa
CEP: 60.763-777
16. Grupo de Catadores da
Rosalina -
Contatos com a Assistente Social da SEMAS Srª Fernanda 87603756
Técnicos Habitafor – Tarcisio Mesquita 87559574 mesquitatarciso@gmail.com E Regilania Nobre 87771285
reginobre@hotmail.com
17. Grupo de Catadores Agentes Ecológicos Parque Santa Rosa
Em processo de formalização
Rua Itaquera nº 530 Parque Santa Rosa Bairro: Filomena
Agência Francisco Sá
Gerente
Raimundo Sobrinho
Operador Antonio
14. Grupo de Catadores do Jardim Iracema/UCAJIR
12 pessoas
Em processo de formalização
Rua Misericórdia nº34 Bairro: Jardim Iracema
15. Grupo Quintino Cunha 6 pessoas
Cristina França -87502708
Em processo de formalização
Rua 1- 75 Conjunto Ômega II Bairro: Quintinho Cunha
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
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10.1.1 FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DOS CATADORES 10.1.1.1 ASSOCIAÇÃO DOS CATADORES DO JANGURUSSU - ASCAJAN A Associação ASCAJAN, está localizada no complexo do Jangurussu, telefone
085-3289-2189. Sua localização Rua Estrada do Itaperi,nº 1665 Bairro do Jangurussu -
CEP: 60.862-220. O responsável é o Sr. Manuel Ferreira de Lima. Foi realizada visita na
Associação no dia 13 de janeiro sendo levantados alguns dados, tais como:
Tabela 31 - Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado. MATERIAL PREÇO DE VENDA
(R$/KG) QUANTIDADE
(KG/DIA) PAPEL: 0,30 522 PAPELÃO: 0,20 1.109 VIDRO CACO: 0,17 169 VIDRO CONSERVA: --------- --------- GARRAFÃO: --------- --------- GARRAFA: --------- --------- ALUMINIO LATA: 2,40 40 ALUMINIO DURO: --------- --------- COBRE: --------- --------- LATA (FERRO): --------- 70 SUCATA: --------- --------- LONGA VIDA --------- 50 PET: 0,60 82 PLÁSTICO CRISTAL: --------- 133 PLÁSTICO DURO: --------- --------- PLÁSTICO FILME: 0,40 169 PP: --------- --------- PS: --------- --------- PVC (Cano) --------- --------- PVC (Cadeira) 1,40 ---------
TOTAL 2.355 Fonte: SANETAL, 2012.
A Associação conta com 73 associados, sendo 22 homens e 51 mulheres.A
seguir tabela relativa aos equipamentos da associação.
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Tabela B – Equipamentos
Equipamentos Capacidade QTD Data de aquisição Observações
Automóvel / utilitário - - - -
Caminhão 1 5000 Kg 1 2006 Motor / Pneu
Bancada 15 m 1 2006 -
Esteira - - - -
Balança mecânica 2000 Kg 1 2006 -
Balança digital 2000 Kg 1 2006 Não funciona- falta
peça
Prensa vertical fardo 160 Kg 2 2006 Apenas 01 funciona
Silo 50 m3 1 - -
Empilhadeira / Elevador - 1 2006 -
Prensa horizontal fardo 80 Kg 1 2006 -
Carroça - - - -
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
O material reciclável é coletado com o caminhão gaiola, em condomínios,
shoppings, mercados, e bancos que doam seus resíduos para a ASCAJAN. Este material é
vendido para deposeiros (Caisin, Zé da Banana, Marcelo Vilena e Matias).
A Associação possui um convênio com a SEMAM, onde recebem os banner
coletados do Material de poluição visual.
O Shopping Iguatemi possui uma Estação de Triagem e prensagem, onde 12
funcionários da ASCAJAN trabalham e recebem R$ 600,00 por mês do Shopping.
O Instituto Brasileiro de Reciclagem – IBR, gerencia os resíduos sólidos do
Grupo Pão de Açúcar e EXTRA, todas as lojas tem uma Estação de Triagem, atualmente
com 18 pessoas trabalhando nas unidades, onde recebem R$ 545,00 por mês (R$2,65/hora
trabalhada x 8horas/dia) e o INSS é pago pelo IBR. O IBR capacitou os funcionários da
ASCAJAN, e este convênio representa em média 35% do material triagem pela ASCAJAN.
A Associação conta com dois projetos de beneficiamento de material reciclável
coletado, são eles:
1) Programa de Industrialização do PET Reciclado, produzindo cabo para varal
e vassouras.
2) Oficina de costura das mulheres integradas ao Projeto Coleta Seletiva do
Jangurussu – Reciclando a Vida. É mais uma iniciativa de apoio gerando a
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produção de confecção infantil, peças intimas, tapetes, cama e mesa. Estes
produtos são comercializados com o intuito de oferecer mais renda para as
catadoras.
Existe um controle na quantidade de rejeito, que varia de 10 a 15%, levado para
o transbordo, ao lado da unidade de triagem, no próprio complexo.
A tabela a seguir demonstra os gastos mensais que associação possui.
Tabela C – Gastos Mensais da ASCAJAN TIPO VALOR / MÊS
Luz x
Água
Telefone
80,00
Internet x
Manutenção de equipamentos x
Alimentação
850,00
Transporte de associados
80,00
Transporte de materiais recicláveis x
Compra de material reciclável
Fundos (especificar valor)
Material de Limpeza
100,00
TOTAL
1.110,00 (x) – Pagamentos efetuados pela Prefeitura
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
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Figura 151 - Fotos Associação ASCAJAN
Entrada da Associação Área interna Associação
Báias Balança
Caminhão Gaiola - ASCAJAN Alumínio
Oficina de costura Matéria-prima da oficina – Retalhos
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Tapete produzido na oficina Vestido infantil produzido na oficina
Cabos para varal Vassoura
Equipamento para produção dos cabos de
plástico. Fonte: SANETAL,2012.
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10.1.1.2 ASSOCIAÇÃO ECOLÓGICA DOS CATADORES DE MATERIAIS
RECICLÁVEIS DA SERRINHA E ADJACÊNCIAS - ACORES
A Associação ACORES, está localizada na Rua Frei Alemão, 210 – Bairro
Serrinha, inscrita no CNPJ 04.989.221/0001-95, telefone 085-3295-9075. A responsável
pela associação é Dona Maria Nilda Souza da Silva, que também é a Presidente da Rede de
Catadores de Fortaleza. Foi realizada visita na Associação no dia 18 de janeiro. A seguir
algumas informações coletadas.
Tabela 32 - Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado. MATERIAL PREÇO DE VENDA
(R$/KG) QUANTIDADE
(KG/DIA) PAPEL: 0,25 207 PAPELÃO: 0,05 122 VIDRO CACO: --------- --------- VIDRO CONSERVA: 0,10 --------- GARRAFÃO: --------- --------- GARRAFA: 0,10 25 ALUMINIO LATA: 1,20 14 ALUMINIO DURO: 2,00 --------- COBRE: 7,50 – 8,00 --------- LATA (FERRO): 0,15 117 SUCATA: --------- --------- LONGA VIDA --------- --------- PET: 0,50 --------- PLÁSTICO CRISTAL: 0,60 --------- PLÁSTICO DURO: --------- --------- PLÁSTICO FILME: 0,50 16 PP: --------- 9 PS: --------- 15 PVC (Cano) 0,70 --------- PVC (Cadeira) 1,00 ---------
TOTAL 525 Fonte: SANETAL, 2012.
A Associação conta com 20 associados, sendo 10 homens e 10 mulheres. A
seguir, tabela relativa aos equipamentos da associação.
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Tabela D – Equipamentos
Equipamentos Capacidade QTD Data de aquisição Observações
Automóvel / utilitário - - - -
Caminhão (*) - - - -
Esteira (irá receber) - - - -
Balança mecânica 300 Kg 1 - -
Balança digital - - - -
Prensa - - - -
Empilhadeira - - - -
Carrinho - 6 - Manutenção
Carroça - - - -
(*) Parceria com a Associação Tancredo Neves
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
O material coletado é vendido para a Associação Tancredo Neves (possui
caminhão para transporte até as indústrias recicladoras).
O registro dos materiais recebidos pela associação que não são classificados
como recicláveis é apenas dos resíduos do Aeroporto, que chegam a 200Kg por semana,
pois a Associação só compra dos catadores o material que tem mercado para venda.
Na Associação está instalada a Estação de Coleta e Beneficiamento do Óleo de
Fritura, financiado pela Petrobrás. Atualmente são coletados cerca de 350 a 800 litros de
óleo de fritura diariamente. Após o beneficiamento, o óleo é vendido para a Cooperativa
O-limpo que vende para a Usina da Petrobrás, localizada em Quixadá, onde é produzido
Biodiesel. Trabalham na Estação 04 funcionários (Antônio Claudio, Edisleide Lima Cruz,
Cassiano Lopes e Cesar Augusto) num período de 8 horas de trabalho, com salário mensal
de R$ 250,00 fixos.
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Tabela E – Despesas Mensais
TIPO VALOR / MÊS
Luz
40,00
Água
22,00
Telefone -
Internet -
Manutenção de equipamentos -
Alimentação -
Transporte de associados -
Transporte de materiais recicláveis -
Compra de material reciclável
868,00
Fundos (especificar valor) -
Outros (especificar) -
TOTAL 930,00 Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
Figura 152 - Fotos – Associação ACORES
Entrada da Associação ACORES Área interna da associação
Balança Entrada da Estação de Coleta e
Beneficiamento do óleo de fritura
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47
Tanques de armazenamento do óleo de fritura Equipamento para beneficiamento do óleo
Balde com rejeito do beneficiamento do óleo
de fritura. Equipe de trabalho
Fonte: SANETAL/2012.
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48
10.1.1.3 CENTRO DE TRIAGEM PLANALTO UNIVERSO - ASSOCIAÇÃO
MARAVILHA
A Associação Maravilha está localizada a Rua do Sol, s/n, inscrita no CNPJ
10.528.865/0001-58, telefone 085-8642-9682. A responsável pela Associação é Dona Maria
de Fátima Albuquerque, conhecida como “Ronaldinha”. Foi realizada visita na Associação
no dia 18 de janeiro. A seguir algumas informações coletadas.
Tabela 33 - Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado MATERIAL PREÇO DE VENDA
(R$/KG) QUANTIDADE
(KG/DIA) PAPEL: 0,25 138 PAPELÃO: 0,10 75 VIDRO CACO: 0,05 188 VIDRO CONSERVA: --------- --------- GARRAFÃO: 0,30 --------- GARRAFA: --------- --------- ALUMINIO LATA: 1,80 2 ALUMINIO DURO: --------- --------- COBRE: 9,00 --------- LATA (FERRO): 0,15 100 SUCATA: --------- --------- LONGA VIDA 0,05 9 PET: 0,45 20 PLÁSTICO CRISTAL: 0,40 19 PLÁSTICO DURO: --------- --------- PLÁSTICO FILME: 0,15 13 PP: --------- --------- PS: --------- --------- PVC (Cano) 0,60 5 PVC (Cadeira) 1,00 ---------
TOTAL 569 Fonte: SANETAL, 2012.
A Associação conta com 05 associados sendo 01 funcionário da SER IV – Sr.
Francisco Ferreira Santos, que auxilia no gerenciamento, atendendo no período comercial.
A tabela a seguir, relaciona os equipamentos da associação.
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49
Tabela F - Equipamentos
Equipamentos Capacidade QTD Data de
aquisição Observações
Automóvel / utilitário - - - -
Caminhão - - - -
Esteira - - - -
Balança mecânica - - - -
Balança digital 300 Kg 1 2011 Doada pela SEMAM
Prensa - - - -
Empilhadeira - - - -
Carrinho - 5 - Doados pela FBB
Carroça - - - - Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
O material coletado é vendido para deposeiros da Cidade de Fortaleza. Não
existe registro de quantidade de rejeito. A Associação Maravilha recebe os resíduos dos
PEV’s – Pontos de entrega voluntária da ECOFOR.
A Associação não tem nenhuma despesa mensal. A luz e água é a Prefeitura de
Fortaleza que faz o pagamento, conforme tabela a seguir.
Figura 153 - Fotos Associação MARAVILHA
Entrada da Associação Área interna
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50
Área externa da Associação Catadora separando
Área externa Pessoal da SEMAM com Dona Ronaldinha
Barril de armazenamento do óleo de fritura
Fonte: SANETAL, 2012.
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51
10.1.1.1.4 ASSOCIAÇÃO DOS RECICLADORES AMIGOS DA NATUREZA/ARAN
A Associação dos Recicladores Amigos da Natureza-ARAN, está localizada na
Rua Manoel Antônio Leite, 729 – Bairro Bonsucesso, inscrita no CNPJ 07.475.187/0001-
29, telefone 085-3483-3287. A responsável pela Associação é Dona Maria da Conceição da
Silva Souza.
Tabela 33 - Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado MATERIAL PREÇO DE VENDA
(R$/KG) QUANTIDADE
(KG/DIA) PAPEL: 0,15 45 PAPELÃO: 0,07 45 VIDRO CACO: 0,01 40 VIDRO CONSERVA: --------- --------- GARRAFÃO: --------- --------- GARRAFA: --------- --------- ALUMINIO LATA: 1,10 7 ALUMINIO DURO: --------- --------- COBRE: 7,50 1 LATA (FERRO): --------- --------- SUCATA: --------- --------- LONGA VIDA --------- --------- PET: 0,25 30 PLÁSTICO CRISTAL: --------- --------- PLÁSTICO DURO: --------- --------- PLÁSTICO FILME: 0,30 14 PP: --------- --------- PS: --------- --------- PVC (Cano) 0,50 14 PVC (Cadeira) 0,70 3
TOTAL 196 Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A Associação conta com 31 associados. Atualmente apenas 15 estão
trabalhando. A tabela a seguir demonstra os equipamentos utilizados.
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52
Tabela G – Equipamentos.
Equipamentos Capacidade QTD Data de aquisição Observações
Automóvel / utilitário - - - -
Caminhão 6,5 Ton 1 2000 manutenção
Esteira - - - -
Balança mecânica - - - -
Balança digital - 2 2000 -
Prensa - 1 2000 -
Empilhadeira - 1 2000 -
Carrinho - 10 5 - 2000 / 5 - 2008 -
Carroça - - - -
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
O material coletado é vendido para deposeiros da Cidade de Fortaleza e para a
Reciclagem de Papel (COMUSIN). A associação tem um registro mensal de descarte de 7
toneladas de rejeito.
A Associação ARAN foi escolhida como parceira na gestão da Central de
Triagem de Resíduos Sólidos na Regional III, Bairro João XXIII, que foi construída com
recursos do PAC. A central beneficiará 96 catadores de materiais recicláveis do entorno e já
cadastrados.
As atividades se iniciaram no dia 31/01/2012 com a participação dos catadores
da Associação ARAN, técnicos da SEMAN e os Secretários Roberto Rodrigues
(EMLURB), Olinda Marques (SER 3) e José Nunes Passos (ACFOR). As primeiras
atividades serão cursos de capacitação em gestão ambiental, ofertadas aos catadores. A
central possui uma área de 607m2 e capacidade para armazenar 7,6 toneladas de material
reciclável ao dia. Os órgãos municipais e a administração do CTRS contatarão comerciantes
locais, escolas, condomínios e grandes geradores para doação dos materiais recicláveis.
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53
Tabela H – Despesas mensais TIPO VALOR / MÊS
Luz
150,00
Água
80,00
Telefone
180,00
Internet
68,00
Manutenção de equipamentos
650,00
Alimentação
30,00
Transporte de associados
20,00
Transporte de materiais recicláveis ---
Compra de material reciclável ---
Fundos (especificar valor) ---
Salário Presidente
300,00
Vigias
1.090,00
Motorista
545,00
Combustível
400,00
Cozinheira
173,60
Diárias de triagem
701,00
Outros - Reparos eventuais ---
TOTAL 4.387,60
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
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54
Figura 154 - Fotos – Associação ARAN
Entrada do antigo endereço da Associação Entrada do antigo endereço da Associação
Área interna (antigo endereço) Área Interna (antigo endereço)
Área interna (antigo endereço) Material armazenado (antigo endereço)
Entrada do novo endereço da ARAN -
Central de Triagem de Resíduos Sólidos Área interna da CTRS
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55
Chegada do caminhão com material reciclável
Pessoal descarregando material reciclável
Pessoal descarregando material reciclável Resíduos já selecionados
Fonte: SANETAL, 2012.
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56
10.1.1.5 GRUPO BRISAMAR
A Associação BRISAMAR, está localizada no Bairro SERVILUZ. Está em
processo de formalização. O responsável pela Associação é o Sr. Fernando Roberto da
Silva.
Tabela I - Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado. MATERIAL PREÇO DE VENDA
(R$/KG) QUANTIDADE
(KG/DIA) PAPEL: 0,15 120 PAPELÃO: 0,05 260 VIDRO CACO: --------- --------- VIDRO CONSERVA: --------- --------- GARRAFÃO: --------- --------- GARRAFA: 0,04 60 ALUMINIO LATA: 1,30 36 ALUMINIO DURO: --------- --------- COBRE: 7,00 4 LATA (FERRO): --------- --------- SUCATA: 0,15 --------- LONGA VIDA --------- --------- PET: 0,30 500 PLÁSTICO CRISTAL: --------- --------- PLÁSTICO DURO: --------- --------- PLÁSTICO FILME: --------- --------- PP: --------- --------- PS: --------- --------- PVC (Cano) 0,40 144 PVC (Cadeira) 0,70 125
TOTAL 1.249 Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A Associação conta com 34 associados, sendo 18 mulheres e 16 homens. A
associação possui apenas 11 carrinhos de equipamentos utilizados, que foram doados em
2011.
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57
A associação não tem sede própria, conseqüentemente, não tem despesas mensais.
Figura F - Fotos – Grupo BRISAMAR
Associados Associados BRISAMAR
Carrinhos Grupo BRISAMAR
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
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58
10.1.1.6 ASSOCIAÇÃO DOS CATADORES DO MOURA BRASIL – GRUPO DOM
LUSTOSA
A Associação dos Catadores do Moura Brasil – Grupo Dom Lustosa, está
localizada na Rua Moura Brasil,1265 ou Rua do Trilho, próximo à Santa Edwigens. A
responsável pela Associação é Dona Expedita Maria de Jesus.
Tabela J - Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado MATERIAL PREÇO DE VENDA
(R$/KG) QUANTIDADE
(KG/DIA) PAPEL: 0,15 30 PAPELÃO: 0,05 60 VIDRO CACO: --------- --------- VIDRO CONSERVA: --------- --------- GARRAFÃO: --------- --------- GARRAFA: 0,04 14 ALUMINIO LATA: 1,30 9 ALUMINIO DURO: --------- --------- COBRE: 7,00 1 LATA (FERRO): --------- --------- SUCATA: 0,15 --------- LONGA VIDA --------- --------- PET: 0,30 114 PLÁSTICO CRISTAL: --------- --------- PLÁSTICO DURO: --------- --------- PLÁSTICO FILME: --------- --------- PP: --------- --------- PS: --------- --------- PVC (Cano) 0,40 33 PVC (Cadeira) 0,70 23
TOTAL 184 Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A Associação conta com 10 associados, sendo 6 mulheres e 4 homens. A tabela
a seguir demonstra os equipamentos utilizados.
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59
Tabela K – Equipamentos.
Equipamentos Capacidade QTD Data de aquisição Observações
Automóvel / utilitário - - - -
Caminhão - - - -
Esteira - - - -
Balança mecânica 200 Kg 1 - -
Balança digital - - - -
Prensa - - - -
Empilhadeira - - - -
Carrinho - 4 2010 02 estão sem pneus
(roubados)
Carroça - 1 2000 -
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A tabela a seguir, detalha as despesas mensais da associação.
Tabela L – Despesa Mensal. TIPO VALOR / MÊS
Luz -
Água
22,00
Telefone -
Internet -
Manutenção de equipamentos
5,00
Alimentação -
Transporte de associados -
Transporte de materiais recicláveis -
Compra de material reciclável -
Fundos (especificar valor) -
Outros (especificar) -
TOTAL 27,00 Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
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60
10.1.1.7 SOCIEDADE COMERCIAL DE RECICLAGEM DE LIXO DO
PIRAMBÚ/SOCRELP
A Soc.Com.de Reciclagem de Lixo do Pirambú/SOCRELP, inscrita no CNPJ
00.118.784/0001-57, está localizada na Rua São Serafim, nº8 /A, Bairro Nossa Senhora das
Graças/ Pirambú A responsável pela Associação é Dona Francinete Cabral.
Tabela M - Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado MATERIAL PREÇO DE VENDA
(R$/KG) QUANTIDADE
(KG/DIA) PAPEL: 0,35 52 PAPELÃO: 0,13 390 VIDRO CACO: 0,07 4 VIDRO CONSERVA: --------- --------- GARRAFÃO: --------- --------- GARRAFA: --------- --------- ALUMINIO LATA: 1,00 4 ALUMINIO DURO: --------- --------- COBRE: --------- --------- LATA (FERRO): 0,18 24 SUCATA: 0,20 --------- LONGA VIDA --------- --------- PET: 0,40 600 PLÁSTICO CRISTAL: --------- --------- PLÁSTICO DURO: 1,10 1 PLÁSTICO FILME: 0,35 27 PP: --------- --------- PS: --------- --------- PVC (Cano) 1,10 1 PVC (Cadeira) 1,50 5
TOTAL 1.108 Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A associação conta com 40 associados, sendo 11 mulheres e 29 homens. A
tabela a seguir demonstra os equipamentos utilizados.
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61
Tabela N – Equipamentos.
Equipamentos Capacidade QTD Data de aquisição Observações
Automóvel / utilitário - - -
Caminhão emprestado - - - se responsabiliza pela manutenção mensal
Esteira - - - -
Balança mecânica - - - -
Balança digital 2000 Kg 1 - -
Balança digital 500 Kg 1 - -
Prensa - 1 - -
Triturador - 2 - -
Empilhadeira - - - -
Carrinho - - - -
Carroça - - - -
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
Tabela O – Despesa Mensal
TIPO VALOR / MÊS
Luz
110,00
Água
Telefone
35,00
Internet
Manutenção de equipamentos
500,00
Alimentação
200,00
Transporte de associados
Transporte de materiais recicláveis
500,00
Compra de material reciclável
Fundos (especificar valor)
Outros - folha de pagamento
3.618,00
Outros - combustível
500,00 TOTAL 5.463,00
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
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62
Figura G - Fotos – Associação SOCRELP
Área interna Pátio externo
Associados trabalhando na separação Associados trabalhando na separação Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
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63
10.1.1.8 ASSOCIAÇÃO VIVA A VIDA
A Associação Viva a Vida, está localizada na Praça Farias Brito S/Nº Bairro Otávio
Bomfim, inscrita no CNPJ 07.865.301/0001-27. A responsável pela Associação é Dona
Maria de Fátima Nogueira.
Tabela P - Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado. MATERIAL PREÇO DE VENDA
(R$/KG) QUANTIDADE
(KG/DIA) PAPEL: 0,25 15 PAPELÃO: --------- --------- VIDRO CACO: 0,02 1 VIDRO CONSERVA: --------- --------- GARRAFÃO: --------- --------- GARRAFA: --------- --------- ALUMINIO LATA: ALUMINIO DURO: --------- --------- COBRE: --------- --------- LATA (FERRO): --------- --------- SUCATA: 0,16 3 LONGA VIDA --------- --------- PET: 0,50 5 PLÁSTICO CRISTAL: 0,40 5 PLÁSTICO DURO: PLÁSTICO FILME: PP: --------- --------- PS: --------- --------- PVC (Cano) 0,60 46 PVC (Cadeira) 0,50 1
TOTAL 75 Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A associação conta com 5 associados, sendo apenas mulheres. A tabela a seguir
demonstra os equipamentos utilizados.
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64
Tabela Q – Equipamentos.
Equipamentos Capacidade QTD Data de aquisição Observações
Automóvel / utilitário - - - -
Caminhão - - - -
Esteira - - - -
Balança mecânica 200 Kg 1 2000 -
Balança digital - - - -
Prensa - - - -
Empilhadeira - - - -
Carrinho - - - -
Carroça - 4 - 02 estão sem pneu
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A tabela a seguir, apresenta as despesas mensais da associação.
Tabela R – Despesa Mensal TIPO VALOR / MÊS
Luz ----
Água ----
Telefone ----
Internet ----
Manutenção de equipamentos
50,00
Alimentação ----
Transporte de associados ----
Transporte de materiais recicláveis ----
Compra de material reciclável ----
Fundos (especificar valor) ----
Outros (especificar) ----
TOTAL 50,00 Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
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65
Figura H - Fotos – Associação VIVA A VIDA.
Área interna Área Interna Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
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66
10.1.1.9 ASSOCIAÇÃO RAIO DE SOL
A Associação Raio de Sol, em processo de formalização, está localizada na Rua
Alves Batista, 900, Parque Genibaú. O responsável pela Associação é o Sr. Cícero
Laudeano Nascimento de Souza.
Tabela S - Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado. MATERIAL PREÇO DE VENDA
(R$/KG) QUANTIDADE
(KG/DIA) PAPEL: 0,20 15 PAPELÃO: 0,07 90 VIDRO CACO: 0,05 245 VIDRO CONSERVA: --------- --------- GARRAFÃO: --------- --------- GARRAFA: --------- --------- ALUMINIO LATA: 0,47 7 ALUMINIO DURO: --------- --------- COBRE: 7,00 --------- LATA (FERRO): --------- --------- SUCATA: --------- --------- LONGA VIDA --------- --------- PET: 0,50 --------- PLÁSTICO CRISTAL: 0,25 37 PLÁSTICO DURO: PLÁSTICO FILME: PP: --------- --------- PS: --------- --------- PVC (Cano) --------- --------- PVC (Cadeira) 0,45 --------
TOTAL 394 Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A associação conta com 25 associados, sendo 17 mulheres e 8 homens. A tabela
a seguir demonstra os equipamentos utilizados.
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67
Tabela T – Equipamentos.
Equipamentos Capacidade QTD Data de aquisição Observações
Automóvel / utilitário - - - -
Caminhão - - - -
Esteira - - - -
Balança mecânica 250 kg 1 2008 -
Balança digital - - - -
Prensa - - - -
Empilhadeira - - - -
Carrinho - 6 - -
Carroça - - - -
Computador - 1 2006 Doação
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A associação não tem sede própria, conseqüentemente, não tem despesas mensais.
Figura I - Fotos – Associação Raio de Sol.
Frente da Associação Área Interna Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
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68
10.1.1.10 ASSOCIAÇÃO DOS AGENTES AMBIENTAIS ROSA VIRGINIA
A Associação dos Agentes Ambientais Rosa Virginia, inscrita no CNPJ 09.635.
604/0001-89, está localizada na Rua 07, nº20, Lot.Santa Terezinha, Bairro Parque Santa
Rosa. A responsável pela Associação é Dona Maria de Lourdes Araújo de Sousa.
Tabela U - Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado. MATERIAL PREÇO DE VENDA
(R$/KG) QUANTIDADE
(KG/DIA) PAPEL: 0,26 55 PAPELÃO: 0,11 182 VIDRO CACO: --------- --------- VIDRO CONSERVA: 0,34 70 GARRAFÃO: --------- --------- GARRAFA: --------- --------- ALUMINIO LATA: 1,70 12 ALUMINIO DURO: --------- --------- COBRE: 10,50 2 LATA (FERRO): 0,20 90 SUCATA: --------- 137 LONGA VIDA --------- --------- PET: PLÁSTICO CRISTAL: 0,60 45 PLÁSTICO DURO: PLÁSTICO FILME: PP: --------- --------- PS: --------- --------- PVC (Cano) --------- --------- PVC (Cadeira) 1,40 12
TOTAL 605 Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A associação conta com 11 associados, sendo 04 mulheres e 7 homens. A tabela
a seguir demonstra os equipamentos utilizados.
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Tabela V – Equipamentos.
Equipamentos Capacidade QTD Data de aquisição Observações
Automóvel / utilitário - 1 - -
Caminhão - - - -
Esteira - - - -
Balança mecânica - - - -
Balança digital 500 kg 1 - -
Prensa 150 kg/fardo 1 - -
Empilhadeira - - - -
Carrinho - 15 2003 Foram adquiridos por 400,00 cada / eixos
quebram
Carroça - - - -
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A tabela a seguir, apresenta as despesas mensais da associação. Tabela W– Despesa Mensal.
TIPO VALOR / MÊS
Luz
64,00
Água
42,00
Telefone
65,00
Manutenção de equipamentos
150,00
Alimentação
87,00
Transporte de associados / reuniões
44,00
Transporte de materiais recicláveis
370,00
Compra de material reciclável
3.800,00
Outros (Vigia / Limpeza)
40,00
Outros (Lúcia - Administração)
403,16
Outros (Contador) 50,00
TOTAL 5.115,16
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
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70
Figura J - Fotos – Associação Rosa Virginia.
Carrinho Área interna – PET
Fardos de Alumínio (latinha) Área externa Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
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71
10.1.1.11 GRUPO DE CATADORES AGENTES ECOLÓGICOS PARQUE SANTA
ROSA
O Grupo de catadores Agentes Ecológicos Parque Santa Rosa, em processo de
formalização, está localizada na Rua Itaquera nº 530, Parque Santa Rosa Bairro Filomena.
O responsável pela Associação é o Sr. Manuel.
Tabela X - Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado. MATERIAL PREÇO DE VENDA
(R$/KG) QUANTIDADE
(KG/DIA) PAPEL: 0,22 15 PAPELÃO: 0,10 70 VIDRO CACO: 0,30 35 VIDRO CONSERVA: --------- --------- GARRAFÃO: --------- --------- GARRAFA: --------- --------- ALUMINIO LATA: --------- --------- ALUMINIO DURO: --------- --------- COBRE: 8,00 1 LATA (FERRO): 1,20 12 SUCATA: LONGA VIDA --------- --------- PET: 0,35 30 PLÁSTICO CRISTAL: 0,55 25 PLÁSTICO DURO: PLÁSTICO FILME: PP: --------- --------- PS: --------- --------- PVC (Cano) --------- --------- PVC (Cadeira) 0,50 20
TOTAL 208 Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A associação conta com 8 associados, sendo 02 mulheres e 6 homens. A tabela a
seguir demonstra os equipamentos utilizados.
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72
Tabela Y – Equipamentos.
Equipamentos Capacidade QTD Data de aquisição Observações
Automóvel / utilitário - - - -
Caminhão - - - -
Esteira - - - -
Balança mecânica - 1 - -
Balança digital - - - -
Prensa - 1 - -
Empilhadeira - - - -
Carrinho - 6 - -
Carroça - - - -
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A associação não tem sede própria, conseqüentemente, não tem despesas mensais.
10.1.1.12 ASSOCIAÇÃO GRUPO ROSALINA
O Grupo Rosalina, está localizado no Bairro Rosalina. A responsável pela
Associação é Dona Francineuda França de Souza. O Grupo de catadores é apoiado pela
PMF/HABITAFOR. A associação conta com 25 associados, sendo 16 mulheres e 9
homens.
O espaço da associação é pequeno, não tendo área para armazenar os materiais
sendo comercializadas pequenas quantidades.
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73
10.1.1.13 ASSOCIAÇÃO GRUPO QUINTINO CUNHA
O GRUPO Quintinho Cunha, está localizado na Rua 1 - 75 Conjunto Ômega II,
Bairro Quintinho Cunha. A responsável pela Associação é Dona Maria Cleusilene de
Andrade Antunes.
Tabela Z - Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado. MATERIAL PREÇO DE VENDA
(R$/KG) QUANTIDADE
(KG/DIA) PAPEL: 0,15 22 PAPELÃO: 0,10 20 VIDRO CACO: 0,20 8 VIDRO CONSERVA: --------- --------- GARRAFÃO: --------- --------- GARRAFA: --------- --------- ALUMINIO LATA: 1,50 13 ALUMINIO DURO: --------- --------- COBRE: 8,50 1 LATA (FERRO): 1,20 52 SUCATA: 0,15 --------- LONGA VIDA --------- --------- PET: 0,35 120 PLÁSTICO CRISTAL: 0,10 20 PLÁSTICO DURO: PLÁSTICO FILME: PP: --------- --------- PS: --------- --------- PVC (Cano) --------- --------- PVC (Cadeira) 1,00 8
TOTAL 264 Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A associação conta com 04 associados, sendo 01 mulheres e 03 homens. Não
possuem espaço próprio a triagem nas residências.
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74
10.1.1.14 ASSOCIAÇÃO GRUPO DE CATADORES DO JARDIM
IRACEMA/UCAJIR
O Grupo de Catadores do Jardim Iracema/UCAJIR, está localizado na Rua
Misericórdia nº34, Bairro Jardim Iracema. A responsável pela Associação é Dona Lúcia
Maria da Silva.
Tabela AA - Relação do Preço de Venda e Quantidade de material coletado. MATERIAL PREÇO DE VENDA
(R$/KG) QUANTIDADE
(KG/DIA) PAPEL: 0,20 30 PAPELÃO: 0,07 --------- VIDRO CACO: 0,05 52 VIDRO CONSERVA: --------- --------- GARRAFÃO: --------- --------- GARRAFA: --------- --------- ALUMINIO LATA: 1,50 13 ALUMINIO DURO: --------- --------- COBRE: 0,10 5 LATA (FERRO): 0,20 4 SUCATA: 0,15 --------- LONGA VIDA --------- --------- PET: 0,50 16 PLÁSTICO CRISTAL: --------- --------- PLÁSTICO DURO: --------- --------- PLÁSTICO FILME: 0,60 50 PP: --------- --------- PS: --------- --------- PVC (Cano) --------- --------- PVC (Cadeira) 1,20 10
TOTAL 180 Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A associação conta com 12 associados, sendo 09 mulheres e 03 homens. Não
possuem espaço próprio e a triagem se dá nas residências. A associação tem pouco mais de
uma ano. A associação possui de equipamentos apenas 03 carrinhos.
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Figura K - Fotos – Associação Grupo UCAJIR.
Associação ACAJIR Área interna Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
A análise dos dados coletados entre as 14 associações de catadores de materiais
recicláveis relacionadas anteriormente, revelou que o volume médio de resíduos sólidos
atualmente coletados nestas associações corresponde a 7.912 kg por dia, aproximadamente
180 toneladas por mês, sendo resíduos domiciliares e comerciais.
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10.1.1.15 OUTRAS ASSOCIAÇÕES E COOPERATIVAS O município de Fortaleza conta com 19 associações de catadores cadastradas
na SEMAM – Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano. A seguir, a relação das
demais associações existentes em Fortaleza que não foram referenciadas no item anterior.
Tabela BB – Associações e Cooperativas de Catadores
Fonte: SEMAM, 2012.
Regional Organização Endereço CNPJ Contato Recebe que material
SER II
SERVILUZ Rua Ernerto Igel, 809 – Bairro Serviluz
----- ----- Recicláveis
SER VI
SANTOS DIAS
Bairro Messejana ----- ----- Recicláveis
COOBVERDE Estrada do Itapery 1665 B (8628-2462)
08.102.285/0001-83 Jucileme Recicláveis e óleo de cozinha
RECICLANDO VIDAS
Rua Rosa Mística, 419 Bairro Barroso (8708-6762)
----- Elenira Santos Recicláveis
TRAPEIROS DE EMAÚS
Rua Pres. Castelo Branco, 5069 – Jardim Petrópolis (3215-1691)
00.992.672/0001-20
Rosangela Recicláveis e moveis usados
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(D) – Projetos de coleta seletiva existentes (item 11. – p.344)
• Analisar projetos de coleta seletiva existentes em Fortaleza em relação ao Decreto
Federal n° 5940/2006; Projeto ECOELCE; Pão de Açúcar e a proposta preparada
pela SEMAM para o BNDES. Esses projetos são importantes para a posterior
construção dos cenários e indicação de programas e projetos.
Diagnóstico: item 11 - p. 311
11. COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA RECICL AGEM
11.4 COELCE
Outro parceiro do Município é a COELCE (Empresa de Distribuição de Energia
Elétrica do Ceará) com o Programa ECOLCE, que desde janeiro de 2007, atende a cerca de
375 mil clientes cadastrados, tem alcançado, a cada novo ano, expressivos indicadores. Já
foram contabilizados em torno de 12.037 toneladas de resíduos e concedido R$
1.350.716,96 em descontos na conta de luz.
O Programa tem atuação em todo o estado do Ceará e possui atualmente 53
pontos de coleta, em todo estado. Cerca de 70 comunidades são beneficiadas em 20
municípios. Dezenove instituições são beneficiadas pelo ECOELCE por meio da
solidariedade de clientes que doam os bônus às instituições. Atuam com 14 parceiras e/ou
apoiadores, recicladores e empresas que cedem espaço para a instalação dos pontos.
Qualquer cliente COELCE, pessoa física ou jurídica, pode se cadastrar no projeto em
qualquer loja de atendimento ou nos pontos de coleta e receber o cartão do ECOELCE,
levando os resíduos pré-separados por tipo até o ponto de coleta de sua preferência.
Utilizando uma máquina como as de cartão de crédito e um sistema on-line, os resíduos são
pesados e o valor em bônus é creditado automaticamente na conta de energia do cliente.
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Figura L - Cartão de credito – ECOELCE.
Frente cartão Verso cartão
Fonte: Ponto PAN AMERICANO – Supermercado Pinheiro – 17/01/2012, SANETAL.
Figura M – Termo de Adesão ao Programa ECOELCE.
Fonte: Ponto PAN AMERICANO – Supermercado Pinheiro – 17/01/2012, SANETAL.
Cada resíduo tem seu valor em quilograma (kg) ou litro (L) e caso o valor da
bonificação seja superior ao total da conta, o excedente é creditado automaticamente na
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79
fatura seguinte. Atualmente, são 14 postos fixos de coleta ECOELCE que estão em
funcionamento em Fortaleza, conforme tabela a seguir:
Tabela CC - Pontos Fixo – ECOELCE.
PONTO DE COLETA ENDEREÇO BAIRRO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
Pirambu Rua Jacinto de Matos, 554 Pirambu Seg. à Sex. 8:00h às 12:00h e 13:00h às
15:00h / Sáb. de 8:00h às 12:00h
Mondubim Av. Godofredo Maciel, 6061 Mondubim Seg. à Sex. 7:30h às 17:30h / Sáb. de
8:30h às 11:30h
Reciclando Rua Plácido castelo, 284 Jardim das
Oliveiras
Seg. à Sex. 8:00h às 12:00h e 13:00h às
15:00h / Sáb. de 8:00h às 12:00h
ACORES Rua Frei Alemão, 210 Serrinha Seg. à Sex. 8:00h às 12:00h e 13:00h às
15:00h / Sáb. de 8:00h às 12:00h
Barra do Ceará
(Supermercado Super Polar)
Av. Florêncio de Alencar Vila Velha Seg à sábado 8:00h às 16:00h
Dias Macedo (Supermercado
Super do Povo)
Av. Dedé Brasil - no
estacionamento do Super do
Povo
Dias Macedo Seg à sábado 8:00h às 16:00h
Pan Americano (Pinheiro
Supermercado)
Rua Piauí, 1110, Pan
Americano - Pinheiro
Supermercado
Pan
Americano
Seg à sábado 8:00h às 16:00h
Washington Soares (Posto
Texaco JG)
Av. Washington Soares, 3340 Edson Queiroz Seg. à Sex. 8:00h às 12:00h e 13:00h às
17:00h / Sáb. de 8:00h às 12:00h
José Walter Rua 41 entre Av. C e D José Walter Seg. à Sex. 8:00h às 12:00h e 13:00h às
17:00h / Sáb. de 8:00h às 12:00h
Rodolfo Teófilo (Guarda
Municipal)
Rua Francisca Clotilde - Ao
lado do estacionamento da
Guarda Municipal
Rodolfo
Teófilo
Seg. à Sex. 8:00h às 12:00h e 13:00h às
17:00h / Sáb. de 8:00h às 12:00h
North Shopping Rua 03 N° 255 ao lado da
Fazendinha do North Shopping
Presidente
Kennedy
Seg. à Sex. 8:00h às 12:00h e 13:00h às
17:00h / Sáb. de 8:00h às 12:00h
Campo do Ceará Av. João Pessoa, 3532 (Sede
do Ceará Sporting Club)
Bairro Damas Seg. à Sex. 8:00h às 12:00h e 13:00h às
17:00h / Sáb. de 8:00h às 12:00h
Maraponga Mart Moda Rua Altair com Rua Itaguai
(atrás do estacionamento da
Moda Íntima)
Maraponga Seg. à Sex. 8:00h às 12:00h e 13:00h às
17:00h / Sáb. de 8:00h às 12:00h
Associação de Moradores do
São Bernardo
Rua Nossa Senhora de Fátima,
123
Messejana Seg. à Sex. 8:00h às 12:00h e 13:00h às
17:00h / Sáb. de 8:00h às 12:00h
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
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A tabela a seguir, apresenta o material reciclagem e seu valor de compra pela
ECOELCE.
Tabela DD – Programa ECOELCE – Preços praticados.
Fonte: Ponto PAN AMERICANO – Supermercado Pinheiro – 17/01/2012, SANETAL.
Resíduo Preço/kg Aço inox 304 1,50 Aço inox 430 0,30
Alumínio fundido 0,90 Antimônio 0,75
Bateria 1,00 Bronze 2,70
Caco branco 0,02 Caco colorido 0,01
Cerveja 0,40 Chumbo 0,70 Coca litro 0,50 Coquinho 0,03
Ferro batido 0,10 Ferro fundido 0,20 Garrafa pote 0,05
Garrafão 0,01 Jornal 0,07
Lata aço 0,10 Lata alumínio 0,90
Latão 2,50 Litro branco 0,20 Litro preto 0,20 Long neck 0,01 Mangueira 0,30
Óleo 0,30 Panela alumínio 0,30
Papel branco 1,70 Papel misto 0,12
Papelão 0,06 Pet 0,07
Plástico filme 0,20 PVC 0,40
Tetra pak 0,04
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(E) – Resíduos de serviços de saúde
• Considerar na projeção de resíduos sólidos oriundos do sistema de saúde o
funcionamento do Hospital da Mulher, UPA’s e construção de um novo hospital
pelo Governo do Estado, implantação pela unidade de saúde do plano de
gerenciamento dos serviços de saúde das unidades básicas.
Diagnóstico: item 8.2.4 - p. 137
8. CARACTERIZAÇÃO OPERACIONAL
8.2 GERAÇÃO DE RESÍDUOS
8.2.4 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
8.2.4.2 PÚBLICOS
O CTRP (Centro de Tratamento de Resíduos Perigosos) trata os resíduos de
unidades de saúde provenientes das SER’s (Secretarias Executivas Regionais) e do Hospital
Público - Instituto Dr. José Frota (I.J.F). No ano de 2011 as unidades de saúde pública de
Fortaleza geraram 948 t de resíduos de serviços de saúde, com uma média mensal de 79t.
As quantias geradas em 2011 podem ser observadas no quadro e na figura a seguir:
Quadro 7 - Quantidade de resíduos tratados no CTRP, das unidades de saúde municipais. 2011 SER´S I.J.F Total
Janeiro 25.506,0 44.980,0 70.486,0 Fevereiro 28.595,0 41.393,0 69.988,0 Março 29.603,0 45.362,0 74.965,0 Abril 35.070,0 44.895,0 79.965,0 Maio 38.050,0 45.679,0 83.729,0 Junho 37.162,0 48.900,0 86.062,0 Julho 36.746,0 48.224,5 84.970,5 Agosto 36.404,0 47.221,0 83.625,0 Setembro 32.087,2 46.432,0 78.519,2 Outubro 29.572,0 48.442,0 78.014,0 Novembro 30.281,0 48.752,0 79.033,0 Dezembro 30.475,0 48.279,0 78.754,0 Média 79.032,4 Contrato 79.682,0
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82
Figura 74. Quantidade de resíduos tratados no CTRP, das unidades de saúde municipais.
Fonte: EMLURB, 2012.
São tratados mensalmente uma média de 79t de resíduos provenientes das
unidades municipais de saúde de Fortaleza. Entretanto, esta quantidade tende a crescer
devido a novos investimentos realizados tanto por parte da Prefeitura como pelo Governo
Estadual na construção de novas unidades de Serviços de Saúde públicas no ano de 2012 e
nos próximos anos, que terão seus resíduos destinados ao CTRP.
O Hospital da Mulher de Fortaleza é uma das principais ações da atual gestão na
área da saúde e será referência para as redes pública e privada em toda a região Nordeste
nas questões de direitos humanos, sexuais e reprodutivos das mulheres. O hospital terá 184
leitos, incluindo dez de UTI neonatal, 16 de médio risco neonatal e dez leitos de UTI
adulto. A inauguração do Hospital está prevista para dezembro de 2012.
Além do Hospital da Mulher, estão sendo instaladas UPA’s – Unidades de
Pronto Atendimento, através do Governo Estadual do Ceará em diversos municípios. Em
Fortaleza há quatro unidades já em funcionamento, localizadas na Praia do Futuro, Autran
Nunes, Messejana e Maranguape, sendo a última inaugurada em 31/05/2012. Essas
unidades oferecem serviço de raio X, laboratório para exames, aparelho eletrocardiograma e
atendimento pediátrico, além de atender pacientes que necessitam de pequenos
procedimentos e primeiros atendimentos em casos mais graves como AVC (Acidente
Vascular Cerebral) ou infarto.
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Com relação à cobrança pelo tratamento no CTRP, como o incinerador é da
Prefeitura, o valor médio cobrado pelo tratamento dos resíduos de serviços de saúde
municipais é de R$1,17/kg, cerca de 68% abaixo do valor cobrado das empresas privadas.
Pela ampliação da capacidade de inertização dos resíduos gerados nos serviços
de saúde públicos e privados, através da implantação de um sistema de autoclavagem, o
CTRP poderá absorver os acréscimos previstos.
(F) – Inexistência do Plano de Coleta Seletiva de Fortaleza.
• Reforçar no diagnóstico a inexistência do Plano de Coleta Seletiva de Fortaleza,
bem como da inexistência da Política de Resíduos Sólidos do município de
Fortaleza.
• Incluir no diagnóstico a inexistência do Plano de Coleta Seletiva de Fortaleza, bem
como da inexistência da Política de Resíduos sólidos do município de Fortaleza.
Ver Item 4.3 – (X) – p.161. – 11. COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PARA RECICLAGEM.
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(G) – Gestão institucional e financeira.
• Reforçar a análise sobre as questões institucionais e financeiras da gestão dos
resíduos sólidos. Neste sentido, mereceria atenção especial o marco regulatório
municipal, a situação jurídica do ASMOC e a base legal para a cobrança pela
prestação dos serviços.
Diagnóstico: item 13.2 – p.373.
13. CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL
13.2 SISTEMA FINANCEIRO
A Lei Nº 11.445/2007 que institui a Política Nacional de Saneamento Básico,
em seu Capítulo VI – Dos Aspectos Econômicos e Sociais, Art.29 define:
- os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômico-
financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança
dos serviços:
II – de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos: taxas ou tarifas e
outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação de serviços
ou de suas atividades;
§ 1º - a instituição de tarifas, preços públicos e taxas para os serviços de
saneamento básico observará as seguintes diretrizes:
I – prioridade para atendimento das funções essenciais relacionadas à saúde
pública;
II – ampliação do acesso dos cidadãos e localidades de baixa renda aos serviços;
III – geração dos recursos necessários para realização dos investimentos,
objetivando o cumprimento das metas e objetivos do serviço;
IV – inibição do consumo supérfluo e do desperdício de recursos;
V – recuperação dos custos incorridos na prestação do serviços, em regime de
eficiência ;
VI – remuneração adequada do capital investido pelos prestadores de serviços;
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85
VII – estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os
níveis exigidos de qualidade, continuidade e segurança na prestação dos
serviços, e,
VIII – incentivo à eficiência dos prestadores de serviços.
§ 2º - Poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para os usuários e
localidades que não tenham capacidade de pagamento ou escala econômica
suficiente para cobrir o custo integral dos serviços.
Vários fatores poderão ser levados em consideração na remuneração e cobrança
dos serviços públicos. Também subsídios poderão ser aplicados de forma direta, tarifária ou
ainda internos.
Art. 35. As taxas ou tarifas decorrentes da prestação de serviço público de limpeza
urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos devem levar em conta a adequada
destinação dos resíduos coletados, podendo considerar o nível de renda da população
da área atendida, as características dos lotes urbanos, o peso e volume médio coletado
por habitante ou por domicilio.
Também a mesma Lei, no seu Art. 2º - VII, estabelece a eficiência e sustentabilidade
econômica, como um dos princípios fundamentais.
O contrato celebrado entre ACFOR e ECOFOR, teve até o momento 10 aditivos, e o
11º encontra-se em tramitação para ser aprovado ainda em 2012:
1º Aditivo 06/01/2004 – Ficou suspenso pelo prazo de 180 dias e as demais cláusulas
mantêm-se inalteradas ficando assegurada a concessionária a percepção dos valores a ela
devidos pela prestação dos serviços executados em função da concessão que lhe foi
outorgada, até o presente aditivo.
2º Aditivo 30/06/2004 – O valor mensal proposto para o presente aditivo é de R$
4.800.000,00 (Quatro milhões e oitocentos mil reais), sendo excluída a cobrança de tarifas,
atividade de Comercialização e Plano de Arrecadação, ficando suspensa a obra do novo
Aterro Sanitário.
3º Aditivo 03/10/2005 – A tarifa dos serviços concedidos permanece no mesmo valor
mensal de R$ 4.800.000,00 (Quatro milhões e oitocentos mil reais), sendo obrigada a
prestar serviços complementares:
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- Varrição da Orla Marítima R$ 112.479,81 – Calçadão da Beira Mar;
- Coleta, Transporte e Destinação Final dos Resíduos Sólidos Urbanos provenientes
de pontos de lixo com o valor de R$ 709.390,66;
- Coleta, Transporte e Destinação Final dos Resíduos Sólidos Urbanos provenientes
de podação de vegetação com o valor de R$ 180.966,22;
- Coleta, Transporte e Destinação Final dos Resíduos Sólidos Urbanos
Diversificados tais como entulhos com o valor de R$ 270.481,57;
- Para locação de pá carregadeira sob pneus para atender aos serviços de limpeza
urbana no valor de R$ 81.470,00;
- Para os serviços de recuperação de célula do Aterro Sanitário Metropolitano no
valor mensal de R$ 867.373,20;
4º Aditivo 02/01/2007 - O valor dos serviços complementares abaixo:
- Fornecimento de equipes-padrão para realização de serviços diversos de limpeza
urbana, com o valor mensal estimado de R$ 345.207,90;
- Mão de obra o valor de R$ 97.642,79; ou seja aproximadamente 28,29% do valor
mensal estimado, e,
- Materiais e Equipamentos com o valor de R$ 247.565,11; ou seja
aproximadamente 71,71%.
5º Aditivo 30/12/2008 – Reajustado no percentual de 22%, passando o valor mensal de R$
4.800.000,00 (Quatro milhões e oitocentos mil reais), para R$ 5.856.000,00 (a partir do mês
de Outubro de 2008). Serão também reajustados no percentual de 22% os valores referentes
a parcela de investimento do novo Aterro Sanitário, que passará de R$ 94.818,31 para R$
115.678,34. A diferença referente aos meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2008
que totaliza R$ 3.230.580,09 será pago em 12 parcelas de R$ 269.215,00. O valor do
contrato atualizado será paga regularmente a partir do mês de janeiro de 2009. Acordam
ainda com o reajuste de 10% a partir de outubro de 2008 que totaliza R$ 483.274,35 sendo
pago em 12 parcelas de R$ 40.272,86. Para o investimento do novo Aterro Sanitário será
pago R$ 4.522.104,00 em 12 parcelas mensais de R$ 376.842,00. Cancelamento da
suspensão da obra do novo Aterro Sanitário, feito no 2º Aditivo.
6º Aditivo 15/10/2009 – Fica estabelecido o reajuste dos serviços complementares, tendo o
prazo de 12 meses:
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- Serviço de capinação em pavimentação asfáltica no valor de R$ 458.378,66;
- Serviço de capinação em pavimentação de pedra no valor de R$ 132.513,38;
- Serviço de capinação sem pavimentação no valor de R$ 96.161,33;
- Serviço de varrição em vias costeiras no valor de R$ 86.228,74;
- Serviço de limpeza de praia na faixa de areia no valor de R$ 155.534,08;
- Pintura em meio fio no valor de R$ 3.612,00;
- Serviços especiais extraordinários no valor de R$ 33.988,50;
- Coleta dos resíduos sólidos oriundos de varrição vias em logradouros públicos;
- Coleta e transporte dos resíduos oriundos da capinação no valor de R$ 200.090,55;
- Coleta e transporte dos resíduos sólidos oriundos da limpeza de praias com trator
no valor de R$ 9.973,08;
- Coleta e transporte dos resíduos da limpeza de praias com caminhão equipados
com caçamba basculante no valor de R$ 35.272,80;
- Coleta e transporte dos resíduos oriundos dos serviços especiais extraordinários no
valor de R$ 19.084,52.
Totalizando o valor mensal global de R$ 1.354.189,49.
7º Aditivo 01/07/2010 – Reajuste no percentual de 10%, a partir de 1º de julho de 2010.
8º Aditivo 14/10/2010 – As demais cláusulas constantes no contrato de concessão e nos
aditivos anteriores permanecem mantidas e inalteradas, sendo prorrogado o 6º Aditivo por
12 meses.
9º Aditivo 30/05/2011 – Os serviços complementares do 6º Aditivo serão reajustados no
percentual de 7,16%. O valor mensal passará a ser de R$ 1.450.672,75. Sendo:
- R$ 731.864,40 referente a mão de obra, o que equivale a 50,45%;
- R$ 718.808,35 referente a materiais e equipamentos, o que equivale a 49,55%.
10º Aditivo 01/07/2011 – Serão reajustados, a partir de 1º de julho de 2011:
- Coleta manual e transporte ao destino final dos resíduos sólidos domiciliares;
- Coleta mecanizada com conteinerização; Implantação de posto de entrega
voluntária; Programa de Educação Ambiental, Comunicação Social e SAC com o
percentual de 18%, passando a ser no valor de R$ 5.685.944,79 (mensal);
- Implantação e operação do Aterro Sanitário com o percentual de 18%, passando a
ser o valor de R$ 2.065.293,70 (mensal);
- Varrição da Orla Marítima e calçadão da Beira Mar com o percentual de 17,24%
passando a ser o valor de R$ 12.208,07 (km2);
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- Coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos provenientes de pontos de
lixo com o percentual de 17,24% passando a ser o valor de R$ 65,37ton;
- Coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos provenientes de podação
de vegetação com o percentual de 17,24% passando a ser o valor de R$ 146,76ton;
- Coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos urbanos diversificados,
tais como entulhos com o percentual de 17,24% passando a ser o valor de R$ 38,74
ton;
- Locação de pá-carregadeira sobre pneus com o percentual de 17,24% passando a
ser o valor de R$ 155,56 hora;
- Fornecimento de equipe padrão para realização de serviços diversos de limpeza
urbana com o percentual de 8,59% passando a ser o valor de R$ 74.936,35, e,
- Varrição manual de vias, praças e logradouros do Centro de Fortaleza com o
percentual de 8,59% passando a ser o valor de R$ 96,86 km.
As demais cláusulas constantes no contrato de concessão e nos aditivos
anteriores permanecem mantidas e inalteradas.
11º Aditivo – Janeiro de 2012 – Em tramitação.
A seguir, apresentam-se os dados financeiros envolvidos na gestão de resíduos
sólidos, tendo em vista a sustentabilidade desses serviços com recursos das Prefeituras de
Fortaleza e Caucaia.
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A – Despesas ECOFOR/2011
Os valores pagos mensalmente pela Prefeitura Municipal de Fortaleza à
empresa ECOFOR Ltda se apresentam conforme segue: I – Coleta
Regular de Resíduos Domiciliares de 2.389 Circuitos e Coleta
Conteinerizada (26 unidades)---------------------------------------------------
R$ 5.277.530,11
II – Outros Serviços, constituídos por PEV’s (Pontos de Entrega
Voluntária, Programa de Educação Ambiental, Serviço de Atendimento
ao Consumidor (SAC), Sistema de Controle e Informações, Operação do
Aterro Sanitário Metropolitano Oeste de Caucaia (ASMOC) e
Implantação do Aterro Sanitário (ampliação do ASMOC)------------------
R$ 2.473.708,08
III – Serviços Complementares, constituídos por varrição Beira-Mar,
Pontos de Lixo, Coleta da Podação, Coleta do Entulho e Locação de Pá-
carregadeira--------------------------------------------------------------------
R$ 4.987.259,01
IV – 5º Aditivo – Varrição Manual e Fornecimento de equipe padrão –
SER Centro------------------------------------------------------------------------
R$ 472.346,19
V – 6º Aditivo – Capinação, Varrição, Limpeza de Praia e pintura de
meio-fio – Lotes 1 (SER I,II)----------------------------------------------------
R$ 1.520.457,47
Total mensal R$ 14.321.300,86
Total anual R$ 176.775.610,30
B – Despesas EMLURB 2010 a 2011 sem acréscimo
Os valores pagos mensalmente pela Prefeitura Municipal de Fortaleza à
EMLURB são distribuídos das seguinte forma:
I – Institucional -----------------------------------------------------
R$ 28.670.897,85
II – 6º Aditivo ECOFOR/COCACE – Capinação, Varrição, Limpeza de
Praia e Pintura de meio fio. Lote 2 (SER II e IV) e 3 (SER III e V) ------
R$ 22.012.952,11
Total anual R$ 50.683.831,96
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Total Anual (A + B)
ECOFOR – R$ 176.775.610,30
EMLURB – R$ 50.683.831,27
TOTAL = R$ 227.459.441,57
- Para uma coleta e disposição final de resíduos no ASMOC/2011 de 1.622.719,29
ton/ano, obtém-se R$ 140,10/tonelada.
- Para uma população estimada para 2011 de 2.488.161 habitantes, obtém-se
R$91,37/habitante.
- Reunindo-se ECOFOR e EMLURB, obtém-se um custo mensal de prestação dos
serviços de coleta, transporte, transbordo e disposição final em aterro sanitário de
R$ 18.944.953,47.
Devem ser considerados ainda:
- CTRP – MARQUISE – Custo de R$ 1.109.635,01/ano para os resíduos de serviços
de saúde municipais.
- ASMOC – Grandes Geradores – Receita ECOFOR (estimada) de 2011 –
135.457,02 ton/ano x R$ 23,00/ton = 3.115.511,46 ton/ano.
- CTRP – MARQUISE – Receita estimada de 2011:
Serviços Estaduais de Saúde: R$ 1,34 /kg x 1.198.793,30 kg/ano = R$
1.606.383,02/ano
Particulares (Saúde + Industrial): R$ 2,11/kg x 5.296.104,99 kg/ano = R$
11.174.781,53/ano
Os valores detalhados representam as despesas da Prefeitura Municipal de
Fortaleza, pagas através do FUNLIMP, com recursos orçamentários da Prefeitura, devendo
ser descontadas as receitas da MARQUISE (CTRP) e ECOFOR – Grandes Geradores no
ASMOC.
Não existem recursos orçamentários provenientes de taxas e tarifas cobradas
pela Prefeitura Municipal de Fortaleza da população, logo a sustentabilidade de sistema se
dá com 100% de recursos orçamentários municipais.
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Conforme citado anteriormente, pela Lei Nº 11.445/2007, a sustentabilidade
econômico-financeira dos serviços públicos de saneamento básico (referentes a limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos), deverá ser assegurada pela remuneração através de
cobrança de taxas ou tarifas.
Em 03 de fevereiro de 2010, o Supremo Tribunal Federal julgou a cobrança da
chamada “taxa de lixo” como constitucional, em decisão sobre o tema para o município de
Campinas/SP (Súmula Vinculante nº 29, em ANEXO).
A polêmica em torno do caso refere-se à definição do termo “taxa” pelo Código
Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1996):
As taxas, por seu turno, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (artigo 77, caput,
do CTN).
Alguns juristas alegam que o fato de a taxa ser gerada por um serviço
“divisível”, impede a cobrança pelo serviço de coleta, transporte, tratamento e destinação
final de resíduos, por não ser tecnicamente possível obter um valor de geração de resíduos
per capita ou por residência.
Entretanto, como definido pelos Ministros do STF, "a taxa que, na apuração do
montante devido, adote um ou mais dos elementos que compõem a base de cálculo própria
de determinado imposto, desde que não se verifique identidade INTEGRAL entre uma base
e a outra, não ofende o § 2º do art. 145 da CF". Portanto, segundo a decisão, as Prefeituras
Municipais devem adotar critérios para estabelecer o valor dessa cobrança, podendo ser
pela área da residência, quantidade de pessoas residentes, ou outros critérios técnicos.
Entende-se, portanto, que a cobrança pelos serviços de gestão de resíduos
sólidos deve ser aplicada pelas Prefeituras, para que outros serviços considerados essenciais
(como educação, saúde e segurança) não sejam afetados com a falta de recursos financeiros.
No Município de Fortaleza, essa questão gerou muita polêmica, desde a criação
da Taxa de Limpeza Pública, instituída mediante a Lei n. 6.792, de 23/11/90, alterada pela
Lei Municipal n. 6.806, de 07/03/91, com nova denominação como Taxa de Coleta de Lixo
(TCL). Essa cobrança era realizada em conjunto com o IPTU até o ano de 1998, quando
houve a desvinculação ao imposto. Em maio deste ano a OAB/Ceará suspendeu a cobrança
alegando inconstitucionalidade da sua fórmula.
Em dezembro de 1998, foi aprovada a cobrança da “Taxa de Resíduos Sólidos”,
através da Lei Municipal 8.236, de 31/12/1998, aprovada numa conturbada votação na
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Câmara de Vereadores de Fortaleza. O fato gerou novas discussões e novamente a taxa foi
suspensa em razão de liminares obtidas pelo DECOM (Órgão de Defesa do Consumidor).
No ano de 2003, foi anunciada a cobrança da uma taxa para o sistema de
limpeza urbana da cidade (Lei Municipal 8.621/2002). O valor variava entre R$ 5,18 a R$
27,89, calculado pela empresa concessionária dos serviços (ECOFOR), com base no
tamanho da residência, consumo de energia elétrica e quantidade de resíduo gerado na zona
de localização da residência (ZGL). Diversas foram as manifestações contrárias a este
tributo, que resultaram na anulação da cobrança, e por conseqüência, até a presente data, o
sistema de gestão de resíduos sólidos do Município é custeado por recursos orçamentários.
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(H) – Projeções de resíduos por unidade de planejamento.
• O cálculo das projeções de resíduos deve ser feito por unidade de planejamento,
preferencialmente utilizando a população de partida dos setores censitários.
Diagnóstico: item 15 - p. 398
15. PROJEÇÃO DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
15.2 ESTIMATIVA DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS PARA OS PRÓXIMOS 20 ANOS
Em função das diversificadas formas de gestão dos resíduos sólidos urbanos de
Fortaleza e tendo em vista que todos os resíduos sólidos urbanos de Fortaleza e Caucaia,
são aterrados no Aterro Sanitário Metropolitano Oeste de Caucaia, ASMOC, optou-se em
considerar na projeção, os dados de entrada no aterro.
Isto posto, para 2011 tem-se como geração diária atual, os seguintes valores:
Figura 199: Geração de Resíduos Fortaleza e Caucaia/2011
Fonte: SANETAL, 2012.
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Considerando-se as populações projetadas para os próximos 20 anos, item 5.2.1
por progressão aritmética, obtém-se os seguintes valores:
Tabela 51: População Fortaleza e Caucaia 2011/2031.
ANO
Populações (Habitantes) Fortaleza Caucaia Total
2011 2.488.161 333.880 2.822.041 2012 2.524.137 342.319 2.866.456 2013 2.560.113 350.758 2.910.871 2014 2.596.089 359.197 2.955.286 2015 2.632.065 367.636 2.999.701 2016 2.668.041 376.075 3.044.116 2017 2.704.017 384.514 3.088.531 2018 2.739.993 392.953 3.132.946 2019 2.775.969 401.392 3.177.361 2020 2.811.945 409.831 3.221.776 2021 2.847.921 418.270 3.266.191 2022 2.883.897 426.709 3.310.606 2023 2.919.873 435.148 3.355.021 2024 2.955.849 443.587 3.399.436 2025 2.991.825 452.026 3.443.851 2026 3.027.801 460.465 3.488.266 2027 3.063.777 468.904 3.532.681 2028 3.099.753 477.343 3.577.096 2029 3.135.729 485.782 3.621.511 2030 3.171.705 494.221 3.665.926 2031 3.207.681 502.660 3.710.341
Fonte: SANETAL.
Pela integração da geração de resíduos sólidos de Fortaleza e Caucaia, prevista
para 2011 com as populações projetadas obtêm-se as estimativas de geração de resíduos
para os próximos 20 anos (2012/2031):
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Tabela 52 – Projeção da Geração de Resíduos
(x)
5.26
0,71
x 3
65 =
1.9
20.1
58,4
8 to
nela
das/
ano
(xx)
(1.
636,
92 +
361
,61)
x 3
65 =
729
.463
,45
tone
lad
as/a
no
(1)
– F
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) –
Con
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1,86
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1,50
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,79)
. (5
) –
Con
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0,71
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cata
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A partir dos elementos projetados para os próximos 20 anos e pelo diagnóstico
elaborado a partir de:
- Caracterização do Município de Fortaleza;
- Conceituação de Resíduos Sólidos;
- Aspectos Legais;
- Caracterização Operacional do atual sistema de limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos em Fortaleza;
- Caracterização Geográfica e Ambiental da área em estudo;
- Levantamento dos aspectos socioeconômicos referentes aos catadores
(trabalhadores urbanos da coleta seletiva) e formas de associativismo;
- A coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos para a Reciclagem,
Compostagem, Vermicompostagem e Bioenergia;
- Caracterização Institucional;
- Caracterização dos Resíduos Sólidos, e,
- Projeção da geração de resíduos sólidos urbanos para os próximos 20 anos
Torna-se possível o levantamento de prognósticos para o reconhecimento dos
cenários futuros e a definição do Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos
Sólidos para o Município de Fortaleza/CE.
A figura a seguir detalha o exposto:
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Figura 200: Diagnóstico como ponto de partida para elaboração do PMGIRS de Fortaleza.
O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deve ser feito baseado em
Unidades de Planejamento definidas, que neste Plano foram adotadas as Secretarias
Executivas Regionais – SER (item 9.1 do Diagnóstico).
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A geração de resíduos sólidos foi estimada também de acordo com a população
das Regionais, seguindo a previsão populacional estimada para Fortaleza, conforme tabela a
seguir:
Tabela EE - Estimativa de geração de resíduos sólidos por Unidade de Planejamento.
* Os dados da SERCEFOR disponíveis estão vinculados ao da SER II, portanto a estimativa levou em consideração a mesma geração per capita para as duas regionais. **Produção de resíduos domiciliares de Fortaleza.
FORTALEZA
UNIDADES DE PLANEJAMENTO SER – SECRETARIAS EXECUTIVAS REGIONAIS
I, II, III, IV, V, VI e SERCEFOR
PROJEÇÃO DE RESÍDUOS
SER População (2010)
Geração de Resíduos (t/ano)
População estimada
(2031)
Estimativa de geração de resíduos (t/ano)
SER I 350.199 73.050,12 458.092 166.905,01 SER II 333.282 116.719,21 435.963 266.795,13 SER III 369.961 78.584,24 483.943 179.549,33 SER IV 271.598 68.622,86 355.275 156.789,55 SER V 542.303 92.419,50 709.382 211.160,12 SER VI 555.512 114.002,49 726.660 260.472,97 SERCEFOR* 29.330 10.011,74 38.366 22.759,77 TOTAL 2.452.185 553.410,2 3.207.681 1.264.431,88*
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(I) – Caracterização econômica
• Pág. 63 - Dados sobre caracterização econômica, reduzidos e defasados, sugere-se
complementar com dados do IPECE (www.ipece.ce.gov.br) em Perfil Básico
Municipal. Considera-se importante ficar mais explicitado o perfil econômico, a
vocação turística da cidade e o que isto representa para o PMGIRS.
Diagnóstico: item 5.4 - p. 63
5. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA
5.4 ECONOMIA
Segundo Boletim de Conjuntura Econômica, elaborado pela SEPLAG
(Secretaria de Planejamento e Gestão) e IPECE (Instituto de Pesquisa e Estratégia
Econômica do Ceará) em 2009, a economia brasileira registrou um decréscimo de 0,2%
comparado a 2008, pelo Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado, que representa a
soma de todos os bens e serviços produzidos pelos três setores da economia. O Valor
Adicionado a preços básicos, sem incluir os impostos, decresceu 0,1%, e os impostos
tiveram uma retração de 0,8%. Na comparação do quarto trimestre/2009 sobre o terceiro, a
economia brasileira mostrou um crescimento de 2,0%, sugerindo que o País retornava seu
ritmo de crescimento.
A economia cearense fechou o ano de 2009 com um crescimento de 3,1%, sobre
2008, no Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado, ou seja, a economia
contabilizada com a inclusão dos impostos líquidos dos subsídios. O resultado ficou acima
da média nacional. A taxa só não foi maior porque a arrecadação dos impostos praticamente
se estabilizou, apontando uma ligeira variação de 0,1% sobre 2008. Já para a economia
mensurada pelo Valor Adicionado a preços básicos, o crescimento foi de 3,5%, sem
incidência dos impostos.
A Agropecuária cearense, em 2009, apresentou um declínio de 9,0% quando
comparado aos resultados de 2008 e a brasileira caiu -5,2%. Nos dois casos, houve queda
nas produções das principais culturas agrícolas.
Na produção Animal foram destaques: a produção de leite (22,3%), que foi
beneficiada pelo melhoramento das técnicas de produção, genética, além de instalação e
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100
implantação de tanques de resfriamento para os pequenos e médios produtores, produção de
ovos (21,0%), em função, sobretudo a do aumento do rebanho de poedeiras Os resultados
positivos, no entanto, não foram suficientes para reverter o desempenho negativo da
Agropecuária, como um todo, em 2009.
Por sua vez, a Indústria registrou uma taxa positiva de 1,1%, em 2009 sobre
2008. Dos quatro segmentos que compõem a Indústria, somente a Indústria de
Transformação apresentou variação negativa de 3,6%. As maiores variações positivas
foram verificadas em Eletricidade, Gás e Água (7,7%) e Construção Civil (4,4%). O
segmento industrial de Eletricidade, Gás, Água e Esgoto, em 2009, obteve resultado
positivo, sobretudo pelo aumento do consumo de energia elétrica, verificado em todas as
categorias (industrial, residencial, comercial e rural), refletindo o bom desempenho da
economia cearense.
Tabela FF – Taxa de Crescimento do Valor Adicionado a preços básicos da Indústria, por segmentos – Ceará (2007-2009).
Atividades 2007 2008 2009
Indústria 5,2 5,5 1,1
Extrativa Mineral 5,2 -4,5 0,8
Transformação 13,3 3,9 -3,6
Construção 1,1 7,8 4,4
Eletricidade, Gás, Água e Esgoto 8,7 8,5 7,7
Fonte: IPECE, 2009.
A Construção Civil fechou o ano de 2009 com expansão de 4,4% sobre 2008.
Este segmento vem em crescimento, em virtude de investimentos dos governos Federal e
Estadual por meio de obras públicas associados à redução da taxa de juros SELIC.
O Turismo é outra atividade que vem mostrando dinamismo e expansão. Face à
diversidade e potencialidade dos recursos naturais (litoral, serra e sertão), econômicos e
culturais, o produto turístico do Ceará, tende a ser cada vez mais enriquecido e
diversificado. Como a oferta ainda está concentrada e voltada para atender o turismo de
lazer, e considerando que a base econômica do Estado ainda é pouco diversificada e que o
turismo de negócio em escala nacional e internacional, ainda não possui uma infra-estrutura
ideal, o fluxo turístico é afetado pelo fenômeno da sazonalidade, sendo concentrado,
sobretudo em períodos de férias.
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Ademais, as atividades turísticas convergem, sobretudo para Fortaleza. Segundo
informações da Secretaria de Turismo do Estado (SETUR) a demanda turística, via
Fortaleza, cresceu 13,5%, janeiro a abril/2010 sobre janeiro a abril/2009, correspondendo a
912,18 mil visitantes. A demanda hoteleira, também registrou aumento (13,6%) e a taxa
média de ocupação hoteleira ficou em 66,6%. Foi significativo o número de passageiros
desembarcados, de janeiro a abril/2010, totalizaram 700,32 mil pessoas, 26,4% a mais do
que o registrado no mesmo período de 2009, 554,01 passageiros.
Tabela GG – Indicadores selecionados do Turismo – Ceará – 2008/2010. Indicadores Selecionados 2008 2009 2010
Demanda Turística 2.178.395 2.466.511 2.912.180
Demanda Hoteleira 1.151.741 1.312.202 1.480.201
Taxa de Ocupação 57,3 62,8 66,66
Fonte: IPECE, 2010.
Esta demanda reflete um aumento sazonal na geração de resíduos, períodos em
que os serviços de coleta e limpeza urbana são reforçados pela empresa concessionária.
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(J) – Coleta Especial Urbana.
• Pág. 212 - Item: Resíduos da Coleta Especial Urbana. Pela relevância do tema no
caso de Fortaleza, propõe-se que seja comentada a complexidade deste desafio,
citando inclusive dados do crescimento dos pontos de lixo, volume, custos, etc.
• Em relação aos Pontos de Lixo, no centro da cidade, nas proximidades de
restaurantes, bares, que colocam os resíduos alimentares na rua e as crianças
catadoras de lixo, tiram os alimentos para comerem, estas casas devem ser
fiscalizadas e orientadas para diminuir o desperdício, e temos outro grande
problema relacionado à alimentação segura e de qualidade.
Diagnóstico: item 8.4.6 - p.212
8. CARACTERIZAÇÃO OPERACIONAL
8.4 COLETA E TRANSPORTE
8.4.6 RESÍDUOS DA COLETA ESPECIAL URBANA
A Coleta Especial Urbana – CEU diferencia-se da coleta de resíduos
domiciliares/comerciais e de resíduos públicos, pois realiza a retirada dos materiais
dispostos nos chamados “pontos de lixo”. Esses locais acumulam resíduos diversos, como
resíduos de construção civil, resíduos volumosos, resíduos domiciliares, entre outros,
podendo causar a proliferação de vetores, odores, obstrução de calçadas, além do impacto
visual negativo.
Figura 98 - Fotos de pontos de lixo e boca-de-lobo com acúmulo de resíduos
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Fonte: SANETAL, 2012.
Os resíduos localizados nesses pontos de lixo são coletados pela empresa
ECOFOR, que terceiriza a frota de caminhões para este serviço com a empresa
FUTURECOM. Através de um setor específico, a ECOFOR monitora a CEU com um
controle dos dados de viagens, resíduos coletados e resíduos dispostos no ASMOC.
Em cada Regional há uma central para liberação diária dos veículos de coleta.
Além disso, cada uma possui fiscais que fazem o monitoramento dos pontos de lixo
considerados mais críticos, para informar a ECOFOR, solicitando urgência na coleta.
Figura 99. Fotos da Coleta Especial Urbana
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Fonte: SANETAL, 2012.
Por se tratar de locais de acondicionamento irregulares, os pontos de lixo não se
configuram como locais para se fazer uma coleta regular, pois não são constantes tanto na
sua localização quanto na característica dos resíduos encontrados.
Em 2011 foi feito um levantamento sobre a quantidade e localização desses
pontos de lixo, chegando a um valor médio de 1.800 locais distribuídos por todas as
Regionais.
Foram identificadas também áreas críticas em relação a Coleta Especial Urbana:
Av. Dedé Brasil; Av. Dioguinho; Av. Domingos Olpímpio e Dom Manoel; Av. Leste
Oeste; Av. Rogaciano Leite, e Av. Senador Virgílio Távora com R. Ten. Tertuliano
Potiguara. Para esses locais foram desenvolvidos Planos de Trabalho específicos, com a
descrição das características pontuais e a forma como é feita a coleta e transporte.
Para os demais pontos de lixo, foram definidos 99 setores de coleta, respeitando
os limites das Zonas Geradoras de Lixo – ZGL, e para cada setor um Plano de Coleta a ser
seguido pelos veículos coletores (Figura a seguir).
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Figura 100. Setor de Coleta Especial Urbana – SER I Setor L-7101D
Fonte: ECOFOR, 2012
Diferente do monitoramento da Coleta de Resíduos Domiciliares/Comerciais, a
fiscalização da CEU não é feita pelo sistema de acompanhamento com GPS, no entanto,
segundo informações da ACFOR, há estudos para implantação das seguintes medidas:
• Identificação georeferenciada de alguns pontos de lixo que servirão de projeto
piloto para o combate aos pontos de lixo;
• Utilização do sistema de rastreamento de veículos atual para monitorar
também as caçambas que fazem a limpeza dos pontos de lixo, e
• Utilização do sistema de imagens e pesagem das balanças dos aterros sanitários
para monitorar os pontos de lixo através de câmaras digitais instaladas nos pontos de lixo.
A formação e consolidação dos pontos de lixo é causada principalmente por 4
fatores:
• Grandes geradores (restaurantes, bares, e outros estabelecimentos) que não
aceitam pagar pela coleta e acabam jogando os resíduos em locais
inadequados;
• Falta de locais para destinação de resíduos volumosos (eletrodomésticos,
móveis, entre outros);
• Falta de locais para destinação de resíduos de construção civil
(principalmente de pequenas obras e/ou reformas), e,
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• Locais já consolidados como “ponto de lixo” que a empresa realiza a coleta
periodicamente.
Os catadores também possuem sua parcela de contribuição na formação de
pontos de lixo, pois, conforme relatado durante as visitas técnicas, muitos cidadãos não
sabem qual destino dar aos resíduos de construção civil, e acabam pagando aos catadores
para levarem a algum local distante, sendo geralmente levados aos pontos de lixo
consolidados ou criando novos.
Pode-se concluir que esses locais de acumulação de resíduos são criados pela
falta de educação ambiental da população, que mesmo sendo atendida em praticamente
100% pela coleta de resíduos convencionais, continua jogando os resíduos em locais
inadequados.
Outra parcela de responsabilidade é dos órgãos públicos, que carecem de
fiscalização para coibir a formação dos pontos de lixo e para aplicação de multas para os
grandes geradores; não disponibilizam locais para recebimento de resíduos de construção
civil e volumosos, além de não possuir programas de educação ambiental suficientes para
conscientização da população.
Os dados a respeito da quantidade de resíduos da CEU gerados em Fortaleza
constam no item 8.2.3 Resíduos da Coleta Especial Urbana (Pontos de Lixo), pág. 134 do
Relatório I – Diagnóstico.
De acordo com dados obtidos junto à ACFOR, em 2011 a quantidade de
resíduos coletados nos pontos de lixo e destinados ao ASMOC foi de 531.557,35 toneladas,
o que representa uma média diária de 1.456,32 toneladas.
Tabela 20: Quantidade de resíduos da Coleta Especial Urbana gerados em Fortaleza
Ano Quantidade (t) Média diária (t/dia) Aumento (%) 2005 126.707,20 347,14 - 2006 134.928,89 369,67 6,49 2007 189.880,06 520,22 40,73 2008 195.470,55 535,54 2,94 2009 268.733,88 736,26 37,48 2010 353.277,89 967,88 31,46 2011 531.557,35 1.456,32 50,46
Fonte: ACFOR, 2012
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Figura 69: Quantidade de resíduos da Coleta Especial Urbana gerados em Fortaleza
Fonte: ACFOR, 2012
Os resíduos coletados pela Coleta Especial Urbana – CEU sofreram um aumento
significativo entre 2005 a 2011, representando 420% de crescimento.
Em 2005 essa quantidade já era considerada grande, com 126.707,20 toneladas
de resíduos retirados de locais de disposição inadequada. Entretanto, o crescimento durante
os anos seguintes foi abrupto, alcançando 531.557,35 toneladas em 2011.
O crescimento populacional e o aumento do consumo pela população brasileira
nos últimos anos justificam que haja incrementos na taxa de geração de resíduos.
Entretanto, no caso de Fortaleza, há uma diferença muito relevante entre a geração de
resíduos domiciliares/comercial (8% de 2010 para 2011), e a da Coleta Especial Urbana
(50,46% no mesmo período). Os reais motivos desse crescimento deverão ser analisados,
para planejar programas e ações com o intuito de conter o aumento, quando da versão
preliminar do PMGIRS de Fortaleza.
Os problemas ambientais e de saúde pública causados pelos “pontos de lixo”
deveriam por si só servir como um alerta à população para que não haja mais acúmulo de
resíduos em locais inapropriados. No entanto, o crescimento exponencial na quantidade de
resíduos coletadas pela CEU reflete o descaso da população, e a complexidade para que
sejam encontradas soluções parciais ou definitivas para a questão.
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Outro problema relacionado aos pontos de lixo ocorre principalmente no centro
da cidade, onde grandes geradores de resíduos (restaurantes, bares, e outros
empreendimentos) despejam os materiais orgânicos nesses locais, atraindo a presença de
catadores, além de cães, gatos, roedores, baratas, entre outros vetores.
Tendo em vista o aumento da geração de resíduos dispostos nos pontos de lixo,
deverão ser priorizadas ações visando a redução desses valores, como a promoção da
educação ambiental aos moradores, divulgação dos dias e horários da coleta convencional,
instalação de novos pontos de entrega voluntária para resíduos volumosos e resíduos de
pequenas construções/demolições, além de intensificar a fiscalização da destinação final de
resíduos dos grandes geradores.
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(K) – Pessoal e equipamentos envolvidos na Gestão
• Pág. 250 - Tabela 29 – Equipamentos e pessoal envolvido na gestão de RS de
Fortaleza – Verificar a possibilidade de inserir quantitativo de pessoal técnico que
trabalha no planejamento, gestão, monitoramento e fiscalização. Fazer quadro de
pessoal (separado), verificar informações junto aos órgãos que atuam no setor.
Apresentar dados sobre o quantitativo e o perfil das equipes técnicas existentes nos
órgãos que atuam na gestão de resíduos sólidos em Fortaleza, indicando os limites e
desafios atuais de sua implementação.
Diagnóstico: item 8.6 - p. 250
8. CARACTERIZAÇÃO OPERACIONAL
8.6 EQUIPAMENTOS E PESSOAL
Pelo levantamento efetuado pela equipe de técnicos da SANETAL, foram
cadastrados resumidamente os equipamentos de execução atual dos serviços de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos e o pessoal envolvido.
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Tabela 29 - Equipamentos e pessoal envolvidos na gestão dos resíduos sólidos de Fortaleza.
Equipamentos EMLURB ECOFOR MARQUISE SEMAM ACFOR SER’s Caminhão coletor compactador (09 e 12T)
03 59 x x x
Bigtêiner X 03 X X X X Caçambas 06 137 88 X X X Carretas X X X X X X Varredeira mecânica X 03 X X X X Beach cleaner X 03 X X X X Pá carregadeira 01 03 X X X X Trator de esteiras X 04 X X X X Trator pé de carneiro X 01 X X X X Caminhão pipa 01 01 X X X X Microcoletores X 06 x X X X Contêineres com rodas
X X X
Contêineres estacionários
X X X
Retroescavadeira 01 01 X X X X Balança rodoviária 02 02 X X X X Caminhão poliguindaste
X 02 X X X X
PEV’s X 10 X X X X ECOPONTOS X 02 X X X X Incinerador 01 X X X X X Autoclave 01 X X X X X Trator c/caçamba 01 X 02 X X X Multiuso 03 01 X X X X Motos 25 X X X X Carro de apoio 3 15 PESSOAL 749 786* 43***
(*) COCACE – Coleta especial urbana, varrição centro, varrição Beira Mar, Coleta domiciliar, ASMOC – 1.303. (**) EMLURB/MARQUISE/COCACE – 1.303. (***) MARQUISE – CTRP – 43 / FUTURECOM – 675.
De acordo com dados obtidos junto à EMLURB, responsável por encaminhar as
informações ao SNIS, em 2010 os órgãos responsáveis pela gestão de resíduos em Fortaleza
possuíam o seguinte quadro técnico:
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Tabela HH - Pessoal envolvido na gestão de resíduos sólidos de Fortaleza, por órgão/empresa.
EMLURB Coleta 10 Varrição 617 Motoristas 10 Destinação final 6 Administrativos 106
COCACE / MARQUISE / EMLURB Varredor 90 Coletor 178 Motoristas 90 Capinador 871 Fiscais 64 Engenheiros 2 Administrador 8
ECOFOR Superintentente 1 Supervisor 2 Analista 1 Fiscal sênior 4 Fiscal pleno 18
Operação Futurecom Motoristas 174 Coletores 501
Varrição Centro Fiscal sênior 2 Fiscal pleno 7 Varredor 115 Coletores 4 Motorista micro 4
Varrição Beira Mar Fiscal sênior 2 Fiscal pleno 3 Varredor 46 Coletores 2 Motorista micro 3
Coleta domiciliar Administração ECOFOR 4 Assistente 6 Fiscal 11 Auxiliar de tráfego 6 Motoristas 120 Coletores 360
Destino Final ASMOC
Continua...
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Continuação.
Com a relação acima, chega-se ao total de 3513 funcionários vinculados à
EMLURB, ECOFOR, MARQUISE e terceirizados para prestação de serviços referentes à
gestão de resíduos sólidos urbanos no município de Fortaleza. Desse total, 749 são
funcionários da própria Prefeitura, e 2764 terceirizados.
Administração ECOFOR 11 Supervisor 1 Fiscal/balanceiro 6 Manutenção 5 Operador de máquinas 10 Motoristas 1 Serviços Gerais 30
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(L) – Unidades de Planejamento Adotadas.
• Pág. 263 - Unidades de Planejamento Adotadas – Incluir na justificativa a referência
de que, mesmo se adotando as SERs como Unidades de Planejamento, deverá se
observar quando da definição de metas programas e projetos a questão da
localização dos equipamentos, aterros, ECOPONTOS, pontos de lixo e sua relação
com a poluição dos recursos hídricos (exemplo: problema do passivo ambiental do
Jangurussu), respeitando as bacias hidrográficas existentes.
Diagnóstico: item 9.1.5 - p. 263
9. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA E AMBIENTAL
9.1 DEFINIÇÃO DAS UNIDADES DE PLANEJAMENTO
9.1.5 UNIDADES DE PLANEJAMENTO ADOTADAS
Os critérios para a adoção das Unidades de Planejamento num Plano Municipal
de Saneamento Básico devem seguir as delimitações físicas, administrativas e geográficas
existentes, ou quando não houver consenso, podem ser criadas novas definições.
O uso de Bacias e Sub-Bacias Hidrográficas como unidade de referência para o
planejamento das ações é indicado pela Lei Nacional de Saneamento Básico, em seu artigo
48.
Para os planos de drenagem urbana, esgotamento sanitário e abastecimento de
água, o uso das Bacias Hidrográficas é essencial, tendo em vista que todo o planejamento
de obras e ações deve levar em consideração questões como declividade, área de
contribuição pluviométrica, reservatórios de água, e outros aspectos comuns às Bacias.
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A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305, de 2010), no
entanto, não define a unidade de planejamento que deve ser adotada nos Planos Municipais
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
O município de Fortaleza possui, ao menos, 3 grandes Unidades de
Planejamento que podem ser utilizadas na Gestão dos Resíduos Sólidos: Sub-Bacias
Hidrográficas, Zonas Geradoras de Lixo e Secretarias Executivas Regionais.
As Bacias e Sub-Bacias são delimitadas pelos divisores de água, seguindo
estritamente uma divisão geográfica, que no caso de Fortaleza não coincide com os limites
administrativos (como bairros e limites de municípios vizinhos).
A criação das ZGL’s teve como objetivo facilitar a fiscalização e controle da
coleta e transporte de resíduos, no entanto atualmente não são utilizadas como critério de
definição dos setores de coleta.
Já as Secretarias Executivas Regionais são órgãos administrativos
institucionalizados que servem como referência para a população para atendimentos de
serviços locais.
Os serviços relacionados à gestão de resíduos sólidos não dependem de
delimitações físicas como Bacias Hidrográficas, pois estão relacionados a questões
cotidianas dos munícipes, que necessitam de uma estrutura administrativa para o
atendimento e resolução de eventuais não-conformidades.
As ações de educação ambiental, implantação de planos de coleta diferenciada
de materiais recicláveis e orgânicos, mobilização para entrega de resíduos volumosos,
eletro-eletrônicos, entre outros aspectos, apresentam melhores resultados quando envolvem
a participação efetiva da comunidade. Quando há uma estrutura administrativa local, essa
participação tende a ser mais eficiente.
Por estes motivos, foram consideradas como unidades de referência mais
adequadas para o planejamento de ações de gestão dos resíduos sólidos as Secretarias
Executivas Regionais, que deverão ampliar sua estrutura de recursos humanos,
equipamentos e estrutural para poder atender esta demanda.
Mesmo com esta definição, as Bacias e Sub-bacias Hidrográficas deverão ser
consideradas sempre que forem tomadas decisões na definição de metas, programas,
projetos e ações relacionadas a resíduos sólidos, principalmente quanto à localização de
equipamentos, aterros sanitários ou outras formas de destinação final, ECOPONTOS,
pontos de lixo, centrais de triagem de materiais recicláveis, usinas de compostagem,
centrais de tratamento de resíduos perigosos, entre outros, para que não haja contaminação
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dos recursos hídricos, mantendo a qualidade dos mesmos. Para isso, o licenciamento
ambiental destas atividades deverá levar em consideração o monitoramento das águas
superficiais e subterrâneas, e como conseqüência um controle sobre os resultados obtidos
para verificação dos impactos ambientais gerados.
(M) – Observações e recomendações finais.
• Entendo na cabível as observações finais no Diagnóstico, pois as mesmas deveriam
ser apresentadas em termos de programas, projetos e ações, e com o devido
embasamento técnico e econômico-financeiro. Ademais, várias sugestões não estão
relacionadas com o diagnóstico.
• O item “Observações e recomendações finais”, propõe-se que seja substituído por
um item de conteúdo conclusivo “Considerações Finais”, no qual se registrará de
forma sucinta e direta os avanços e potencialidades do setor, assim como os
principais entraves e desafios detectados em cada um dos itens abordados no
diagnóstico.
Diagnóstico: item 153. – p.406
15. GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
15.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelos levantamentos efetuados em campo e em conversa com técnicos e pessoal
encarregado dos diversos sistemas administrativos e operacionais na execução diária dos
trabalhos anteriormente referenciados e detalhados, foi possível listar as considerações
finais, tendo em vista o prosseguimento dos trabalhos.
Na etapa seguinte, CENÁRIOS, as considerações ora listadas, vão formatar as
ameaças, oportunidades e potencialidades de todos o sistema de gerenciamento integrado de
resíduos sólidos do Município de Fortaleza. Assim, relacionam-se as considerações finais
agrupadas em coleta e transporte de resíduos, destinação final, gestão integrada e educação
ambiental a seguir.
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I. Coleta e Transporte - Implantação de sistema de coleta, transporte e destinação final de coco
verde, principalmente na SERCEFOR e SER II, através de um sistema bem
estruturado, alimentando o programa COOBCOCO;
- Estabelecimento de procedimentos para a fiscalização integrada
(SER+EMLURB+SEMAM+ACFOR);
- Implantação de coleta conteinerizada no Centro e Av. Beira Mar;
- Implantação de 05 ECOPONTOS por SER (30 – 01) + SERCEFOR (01) =
30 unidades;
- Implantação de 20 PEV’s por SER (120-8=112) + SERCEFOR(10) = 122
unidades;
- Elaboração de Plano de Coleta Seletiva de resíduos orgânicos domésticos +
podação + capina + roçagem, tendo em vista um Programa de
Compostagem, Vermicompostagem, Bioenergia, em parceria com a
COELCE;
- Ampliação do programa de produção de briquetes com material vegetal;
- Elaboração e implantação de um Projeto para melhorar a infra-estrutura da
Estação de Transbordo do Jangurussu;
- Manter o programa Tira Treco para coleta mensal em programa que defina
locais e horários;
- Definição de programa bem estruturado para erradicação definitiva dos
1.800 pontos de lixo pelo estímulo de programas como gari comunitário, uso
de microcoletor no centro, disciplinar e fiscalizar os grandes geradores,
execução de mutirões, aumentar a fiscalização e implementar a fiscalização
integrada ambiental e definição de multas;
- Análise detalhada da coleta indivisível (coleta especial urbana) tendo em
vista o desrespeito da população ao horário de coleta, descarga clandestina
de caminhões e carroceiros, destinação inadequada de entulho, e,
- Reativar o programa ECOCIDADÃO.
II. Destinação Final
- Readequação do ASMOC, através de projeto de MDL, ampliação vertical e
horizontal, complementações do tratamento do chorume;
- Definir funções específicas para o novo aterro de Caucaia;
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- Elaborar projeto de monitoramento do ar, solo e água e de remediação do
Lixão do Jangurussu (Rio Cocó);
- Elaborar projeto de monitoramento dos antigos lixões;
- Elaborar estudo para definição das capacidades de aterramento dos aterros
vizinhos a Fortaleza e estabelecer contatos intermunicipais tendo um vista a
possibilidade de novos consórcios de Fortaleza com os municípios da Região
Metropolitana.
III. Gestão
- Revisar Lei Nº 8.408/09, Grandes Geradores;
- Levantar as possibilidades relativas a cobrança de taxas/tarifas pela
prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos,
tendo em vista a sustentabilidade financeira do sistema implantado, em
busca de maior eficiência e eficácia, podendo ser lançado junto com a conta
de água e esgoto (CAGECE), ou outra forma alternativa, ou outra forma
alternativa;
- Definição de diversos indicadores de serviços;
- Integração efetiva entre denúncias públicas e/ou privadas com os prestadores
de serviços, tendo em vista a melhoria operacional do sistema;
- Definição das Unidades de Planejamento com prioridade de execução de
ações;
- Levantar possibilidade de criação de novas Associações/Cooperativas e criar
um sistema de controle, auxílio técnico-administrativo para as já existentes,
e,
- Realização de concursos públicos para aumentar o número de servidores
principalmente na fiscalização.
IV. Educação Ambiental
- Buscar a integração dos diferentes programas de educação ambiental
existentes, reforçando aqueles que têm apresentado bons resultados e
eliminando aqueles em que os resultados almejados ficam muito a desejar.
Buscar qualidade de programas e não quantidade;
- Definir a integração dos diferentes Programas de Educação Ambiental
(ECOFOR, EMLURB, SEMAM, ...)
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Figura 201 – Alternativas iniciais propostas para a coleta seletiva de materiais recicláveis.
Fonte: SANETAL, 2012.
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4.2 RECOMENDAÇÕES – CORREÇÕES
(N) – Tabela 10 – Deposeiros e Intermediários.
(O) – Bacias Hidrográficas.
(P) – Estudo Populacional.
(Q) Coleta de lixo domiciliar.
(R) – Cenários plausíveis.
(S) – Áreas construídas
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(N) – Tabela 10 – Deposeiros e Intermediários.
• Revisão da Tabela 10 (Diagnóstico tabela 25 p. 301) – Nome de estabelecimentos
que não são característicos de deposeiros e endereços que não são das Regionais
citadas.
Diagnóstico: Item 10.2.1 – p.301. 10. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS 10.2 MERCADO DE COMPRA E VENDA DE MATERIAIS RECICLÁVEIS
10.2.1 DEPOSEIROS E INTERMEDIÁRIOS
Segundo o SINDIVERDE, PMF/SEMAM e ECOLETAS existe uma estimativa
de cerca de 500 deposeiros na cidade de Fortaleza, sendo a maioria informal. A figura a
seguir exemplifica a distribuição dos deposeiros nos bairros da cidade, sendo identificados
pela empresa ECOLETAS, cobrindo todo o território do Município de Fortaleza.
Figura N - Mapeamento de 350 deposeiros na cidade de Fortaleza.
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121
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
Em anexo de forma detalhada seguem as informações com relação aos
depósitos de sucata no Centro de Fortaleza, nas Regionais e nos depósitos vinculados ao
SINDIVERDE
As Empresas Associadas ao SINDIVERDE – Sindicato das Empresas
Recicladoras e Transformadoras de Resíduos Sólidos do Estado do Ceará, são 122
empresas.
Quadro B– Depósitos de Sucatas. SER Quantidade de Depósitos de Sucatas
I 09
II 05
SERCEFOR 34
III 91
IV 04
V 107
VI 34
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122
TOTAL 284
Fonte: Apoio a estruturação da cadeia produtiva de reciclagem e resíduos sólidos interligados ao DRS do BB
– Fortaleza/CE, 2012.
Anexo – Relação de Depósitos de Sucatas no Centro de Fortaleza.
Anexo – Relação de Depósitos de Sucatas na Regional III.
Anexo – Anexo de Depósitos de Sucatas Várias Regionais.
Anexo – Relação de Depósitos de Sucata Regional V.
Anexo – Relação de Depósitos de Sucata Regional VI.
Anexo – Relação de Depósitos Vinculados Ao SINDIVERDE.
Anexo – Relação de Empresas Associadas ao SINDIVERDE.
(O) – Bacias Hidrográficas
• Na descrição das Bacias Hidrográficas – incluir junto ao rio Maranguapinho e rio
Ceará.
Diagnóstico: item 9.11 - p. 251
9. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA E AMBIENTAL
9.1 DEFINIÇÃO DAS UNIDADES DE PLANEJAMENTO
9.1.1 DELIMITAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E SUB-BACIAS
Segundo a Lei Nacional de Saneamento Básico (nº 11.145, de 5 de janeiro de
2007), uma das diretrizes constantes no art. 48 é a “adoção da bacia hidrográfica como
unidade de referência para o planejamento de suas ações”.
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Em 2010 foi feita a revisão do “Plano de Gerenciamento das Águas das Bacias
Metropolitanas”, pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – COGERH. No
“Inventário Ambiental de Fortaleza”, elaborado pela Secretaria Municipal do Meio
Ambiente – SEMAM, também constam informações utilizadas para a delimitação das
bacias hidrográficas do município.
Além desse documento, outros estudos foram realizados, envolvendo direta ou
indiretamente as Bacias Metropolitanas, dentre eles:
• Plano Diretor de Recursos Hídricos do Ceará – Plano Zero. Governo do
Estado do Ceará (1983);
• Plano Estadual dos Recursos Hídricos – PERH. SRH (1992);
• Consolidação da Política e dos Programas de Recursos Hídricos do Estado
do Ceará – PLANERH (2005);
• Plano de Gerenciamento de Águas das Bacias Metropolitanas –
COGERH/VBA (2000).
O município de Fortaleza encontra-se dentro dos limites das Bacias
Metropolitanas, situadas “na porção nordeste do Estado, limitada ao sul pela bacia do Rio
Banabuiú, a leste pela bacia do Rio Jaguaribe, a oeste pela bacia do Rio Curu, e ao norte,
pelo Oceano Atlântico. Abrange uma área de 15.085 km², englobando total ou parcialmente
o território de 40 municípios, com destaque para a Região Metropolitana de Fortaleza, que
abriga cerca de 40% da população estadual. Dos 40 municípios total ou parcialmente
contidos na bacia, somente 31 oficialmente compõem as Bacias Metropolitanas, conforme o
Decreto Nº 26.902/2003, excluindo os municípios de Aracati, Canindé, Fortim, Morada
Nova, Palhano, Paracuru, Pentecoste, Quixadá e Russas” (COGERH, 2010). As Bacias
Metropolitanas são em sua maioria, litorâneas, de pequeno porte e de pouca
representatividade hidrológica.
Segundo o Inventário Ambiental de Fortaleza (SEMAM, 2003), o município é
drenado por quatro bacias: Bacia do Rio Cocó, Bacia dos Rios Maranguapinho/Ceará,
Bacia do Rio Pacoti e Bacia Vertente Marítima (Figura a seguir).
Figura 125 - Localização das Bacias Metropolitanas no município de Fortaleza
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Fonte: SEMAM, 2003
A Bacia Vertente Marítima é a única totalmente inserida no município,
delimitada entre as desembocaduras do Rio Cocó e Ceará. É composta por bacias menores
que possuem drenagem direta ao Oceano, ocupando uma área de 34,54 km².
A Bacia do Rio Cocó abrange os Municípios de Fortaleza, Aquiraz, Maranguape
e Pacatuba. Representa a maior bacia de Fortaleza, com 215,9 km², drenando as regiões
leste, sul e central. O Rio Cocó sofre grande influência das marés, que adentram seu leito
por aproximadamente 13 km, formando um grande estuário composto por manguezais,
protegidos em grande parte pelo Parque Ecológico do Rio Cocó, administrado pela
Prefeitura de Fortaleza.
A Bacia do Rio Maraguapinho/Ceará possui 84,73 km², localiza-se na porção
oeste do município e é composta por cursos de água intermitentes, com características semi-
perenes na desembocadura do Rio Ceará, num estuário com vegetação de mangue. No
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Inventário Ambiental de Fortaleza (SEMAM, 2003), as bacias do Rio Maranguapinho e do
rio Ceará foram consideradas como conjugadas, pois os referidos cursos d’água possuem
desembocadura comum, nos limites dos municípios de Fortaleza e Caucaia.
Na porção leste de Fortaleza, encontra-se uma pequena porção da Bacia do Rio
Pacoti, desembocando no oceano após atravessar outros 6 municípios.
(P) Estudo Populacional.
• Pág. 30 - O estudo populacional da CAGECE é para o Plano diretor de
Abastecimento de água.
Diagnóstico: item 5.2.1.3 - p. 30
5. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA
5.2 POPULAÇÃO
5.2.1 ANÁLISE DO CRESCIMENTO POPULACIONAL DE FORTALEZA E CAUCAIA
5.2.1.3 PROJEÇÃO CAGECE
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Além das projeções apresentadas nos itens 5.2.1.1 e 5.2.1.2, foram consideradas
também projeções populacionais para os municípios de Fortaleza e Caucaia feitos por
outras instituições e em outros projetos.
A projeção populacional adotada é apresentada no item 5.2.2 do Diagnóstico,
após análise de todos os estudos obtidos junto aos órgãos municipais e estaduais.
A CAGECE – Companhia de Água e Esgoto do Ceará realizou uma projeção
populacional tendo em vista a elaboração dos Planos de Abastecimento de Água e de
Esgotamento Sanitário (partes integrantes do Plano Municipal de Saneamento Básico).
A metodologia adotada é proposta por CARVALHO E GARCIA (2004), que se
baseia na aplicação de uma técnica de projeção populacional de pequenas áreas em duplo
estágio: projeta-se a população total do município pelo Método da Participação no
Crescimento (AiBi), no primeiro estágio, e a estrutura etária no tempo, por meio da Técnica
das Relações de Coortes, no segundo estágio.
Essa metodologia depende de uma projeção populacional para uma área maior –
geralmente o Estado ou o País – a que pertence à área menor. Nesse caso foi utilizada a
projeção para o Estado do Ceará produzida pela CEDEPLAR, 1999.
A base de dados da projeção realizada foram os resultados da Contagem
Populacional de 2007 (IBGE). As projeções da população municipal para os anos de 2005 e
2010 foram ajustadas segundo o resultado oficial da pesquisa (IBGE, 2007). Assim, a
população municipal em 2005 foi obtida por interpolação, com base na taxa de crescimento
observada entre 2000 e 2007; já a população de 2010 foi obtida pela extrapolação da
tendência linear observada entre 2005 e 2007, com base na mesma taxa.
O AiBi é o método oficial utilizado pelo IBGE para estimação anual da
população total dos municípios brasileiros nos períodos intercensitários. No entanto, essa
projeção depende da projeção estadual, que por sua vez foi calculada pelo método das
componentes e, por esse método, não há garantia da linearidade das taxas, pois estão
sujeitas às hipóteses independentes de fecundidade, mortalidade e, principalmente,
migração, bem como aos chamados efeitos da estrutura etária, devido à inércia
demográfica. Isso significa que o mesmo comportamento populacional projetado para o
Estado refletirá no comportamento observado nos municípios.
A metodologia em duplo estágio segue modelos apresentados a seguir:
- Projeção da População Urbana e Rural pelo Método AiBi (2005 a 2030)
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Proposto em 1959 por Pickard, a expressão desse modelo é dada por:
Equação 1:
Pmti = ai + bi Prt
na qual: Pmti é a população da área menor i no tempo t; ai é o coeficiente linear
de correção da população da área menor i em relação a sua área maior; bi o coeficiente de
proporcionalidade do crescimento da população da área menor em relação ao crescimento
da população da área maior; Prt população da UF no ano t.
Como o somatório de Pmti é igual a Prt, isso quer dizer que o somatório ai é
igual a 0 e o somatório de bi igual a 1, não havendo, portanto, necessidade de
compatibilização final das estimativas, pois a consistência interna entre os estados e seus
municípios está garantida.
A equação utilizada para projetar a população de uma área menor no ano t, num
período x é a seguinte:
Equação 2:
Pmt = Pmt – x + Pmt – x - Pmt – 2x x (Prt - Prt – x)
Prt – x – Prt – 2x
Na qual: Pmt é a população da área menor no ano t; Pmt – x a população da área
menor no ano t-x; Pmt – 2x é a população da área menor no ano t-2x; Prt a população da área
maior no ano t; Prt – x, a população da área maior no ano t-x; Prt – 2x, a população da área
maior no ano t-2x.
Este método pode, contudo, gerar uma inconsistência nos resultados, que é o
aparecimento de populações negativas. Isso se verifica quando o crescimento da população
da área maior e o de uma área menor caminham em direções opostas.
- Método de Relação de Coortes de Duchense
O método proposto por Duchense (1989) – conhecido como método de relação
de Coortes – requer como dados básicos a composição da população por sexo e idade para
as áreas menores e projeções de população referentes a uma divisão maior que compreenda
todas as áreas menores consideradas.
Entretanto para este Plano, não foram consideradas as divisões entre população
de homens e mulheres, nem a divisão de população urbana e rural, mas sim somente a
população total.
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No estudo feito pela CAGECE, também foi considerada a população flutuante,
que no ano de 2007 (referência dos estudos) foi de 272.773 turistas no mês de janeiro, e
considerando-se, por hipótese, este valor para os demais meses, chega-se à média diária
igual a 8.968 turistas, o que representa apenas 0,26% da população de Fortaleza em 2007,
valor este considerado não impactante e de bastante segurança.
Os resultados do estudo para Fortaleza e Caucaia são apresentados a seguir:
Tabela 12 - Previsão Populacional para Fortaleza e Caucaia - CAGECE
Ano População (Habitantes)
Fortaleza Caucaia Total 2000 2.141.402 250.479 2.393.881 2005 2.344.673 269.307 2.615.985 2010 2.567.583 350.520 2.920.113 2015 2.770.273 399.816 3.172.104 2020 2.955.485 444.860 3.402.365 2025 3.128.180 486.861 3.617.066 2030 3.345.308 539.667 3.88.7005
Fonte: CAGECE, 2012
(Q) Coleta de lixo domiciliar.
• Pág. 56 - Informações sobre coleta de lixo domiciliar – não tem um mapa mais
atualizado? O apresentado é de 2003.
Diagnóstico item 5.3.7 - p. 56
5. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA
5.3 INFRA-ESTRUTURA
5.3.7 RESÍDUOS SÓLIDOS
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Em relação aos dados encontrados no Inventário Ambiental de Fortaleza a coleta
de lixo, o município apresenta as mesmas características espaciais de atendimento da rede
de esgoto (Figura 30). Atualmente, Fortaleza utiliza-se do Aterro Sanitário Metropolitano
Oeste, situado no município de Caucaia. O antigo aterro do Jangurussu, implantado em
1977 e hoje desativado, possui um elevado potencial poluidor. Para o tratamento de
Resíduos de Serviços de Saúde e de clínicas, a cidade conta com um incinerador, situado no
bairro do Jangurussu, bem como de um sistema de inertização por autoclavagem.
Fortaleza, no entanto, apresenta graves problemas ambientais com os resíduos
sólidos. Depositado em locais, como beiras de avenidas, áreas de moradia, terrenos vazios e
principalmente próximos aos recursos hídricos, os resíduos sólidos poluem os solos e os
aqüíferos subterrâneos, através dos processos de infiltração e percolação. O escoamento
superficial de impurezas tende a provocar o assoreamento e a contaminação dos cursos
d’água, podendo formar também gases que poluem o ar.
A figura a seguir apresenta a porcentagem de domicílios com coleta de Lixo,
elaborado com dados do censo demográfico de 2000 (IBGE), publicada no Inventário
Municipal de Fortaleza (2003):
Figura 30. Domicílios com Coleta de Lixo
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Fonte: Inventário Ambiental de Fortaleza – Diagnóstico Versão Final, 2003.
Os dados mais atualizados sobre a situação da coleta de resíduos domiciliares
em Fortaleza apontam que 98,75% dos domicílios da cidade são atendidos pela coleta
(IBGE, 2010).
O mapa a seguir ilustra a situação dos municípios cearenses, onde muitos
municípios carecem de um serviço de coleta universalizado.
Figura O – Domicílios com coleta de lixo adequada nos municípios do Ceará – 2010.
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Fonte IPECE, 2011
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A Tabela a seguir demonstra a evolução da quantidade de domicílios atendidos
pela coleta de resíduos domiciliares nos municípios de Fortaleza entre os anos 2000 e 2010.
Tabela II – Domicílios particulares permanentes com lixo coletado por serviço de limpeza ou caçamba para os dez maiores e menores municípios - 2000/2010
Municípios
% de domicílios com coleta de lixo
adequada 2000
Municípios
% de domicílios com coleta de lixo
adequada 2010
Ceará 61,48 Ceará 75,34 10 maiores 10 maiores
Fortaleza 95,20 Fortaleza 98,75 Maracanaú 89,99 Maracanaú 95,95 Juazeiro do Norte 89,77 Juazeiro do Norte 94,22 Itaitinga 80,33 Itaitinga 94,15 Pacatuba 77,71 Eusébio 94,05 Caucaia 75,28 Pacatuba 93,96 Sobral 69,96 Horizonte 91,04 Maranguape 69,08 Sobral 88,54 Iguatu 68,79 Guaramiranga 85,77 Eusébio 67,75 Crato 84,11
10 menores 10 menores Ubajara 15,56 Quixelô 35,83 Tarrafas 14,78 Granja 35,24 Miraíma 14,55 Aratuba 35,06 Chaval 14,31 Pires Ferreira 34,79 Pires Ferreira 14,04 Quiterianópolis 34,41 Choró 13,53 Salitre 34,17 Dep. Irapuan Pinheiro
11,92 Amontada
33,96
Tururu 9,49 Ipaporanga 32,65 Salitre 8,03 Viçosa do Ceará 31,94 Itatira 7,10 Choró 22,64
Fonte: IPECE, 2011
Os dados da tabela II apontam que Fortaleza é o município com maior
porcentagem de domicílios atendidos pela coleta de resíduos, muito acima da média do
Estado, de 75,34%.
Mesmo com municípios apresentando índices muito abaixo da média cearense,
percebe-se um aumento significativo nos últimos 10 anos.
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(R) – Cenários plausíveis (item 6.4 – p.97)
• Pág. 97 - Cenários plausíveis para Política de Saneamento Básico no Brasil. Quadro
4 é apresentado mas não comentado, Quadro 5 apresenta apenas o Cenário 1 e não
indica se este foi o cenário adotado.
Diagnóstico: Item 6.4 – p.97.
6. RESÍDUOS SÓLIDOS
6.4 Cenário Nacional
Até a presente data a consulta pública do PNRS não foi publicada, logo, o
material apresentado é apenas indicativo.
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(S) – Áreas construídas.
• Pág. 157 – Verificar se mapas das áreas construídas 2004 e 2005 não estão com os
títulos trocados.
• Propõe um aprofundamento sobre o Programa de Gerenciamento de Resíduos da
Construção e Demolição – avaliação da problemática; referência ao Plano Integrado
de Gestão de Resíduos da construção e Demolição do município de Fortaleza,
elaborado em 2006, os avanços do programa da SEMAM, suas metas e
considerações, no sentido de elaborar uma política para Gestão e Gerenciamento
desses resíduos.
• Obrigatoriedade da segregação dos resíduos na fonte, destinação à produção de
agregados, reciclados, reutilização, etc.
• Uso de agregados, reciclados nas obras públicas, estimulo ao uso de agregados e
reciclados.
• Sugiro que o capitulo abordando esses resíduos dimensione a problemática e
proponha procedimentos objetivos no trato da questão. Que proponha os cuidados
com esses resíduos.
Diagnóstico: item 8.2.5 - p.152
8. CARACTERIZAÇÃO OPERACIONAL
8.2 GERAÇÃO DE RESÍDUOS
8.2.5 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÕES
Nos últimos três anos o Brasil está em franco crescimento econômico em
patamar superior ao verificado nas últimas décadas, após uma momentânea interrupção por
conta da crise internacional, em 2009.
Nesse contexto, a Construção Civil tem sido um dos principais carros-chefe do
crescimento econômico atual, impulsionada pela recuperação dos investimentos e maior
facilidade de acesso ao crédito.
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“O crédito habitacional registrou crescimento de 44,5%, para R$ 200,5 bilhões
em 2011, segundo dados divulgados pelo Banco Central, em 27 de janeiro de 2012.” (INFO
MONEY, 2012).
Para completar esse cenário as obras de mobilidade urbana e de arenas para os
eventos esportivos da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos devem ganhar velocidade em
2012, o que também vai ocupar a indústria da construção civil.
Historicamente, como é sabido, quanto maior o poder econômico, maior a
geração de resíduos. E nitidamente está havendo o incremento da geração de resíduos da
construção civil, devido ao atual cenário na economia brasileira.
O Estatuto das Cidades, Lei Federal nº 10.257, promulgada em 10/06/2001,
determina novas e importantes diretrizes para o desenvolvimento sustentado dos
aglomerados urbanos no País. Ele prevê a necessidade de proteção e preservação do meio
ambiente natural e construído, com uma justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes
da urbanização, exigindo que os municípios adotem políticas setoriais articuladas e
sintonizadas com o seu Plano Diretor. Uma dessas políticas setoriais, que pode ser
destacada, é a que trata da gestão dos resíduos sólidos.
Não menos importantes e nocivos que os outros tipos de resíduos gerados pela
sociedade, os resíduos da construção civil devem receber gerenciamento e destinação
adequada.
Nesse contexto foi aprovada a Resolução nº 307, de 05/07/2002, pelo Conselho
Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, que criou instrumentos para avançar no sentido
da superação dessa realidade, definindo responsabilidades e deveres e tornando obrigatória
em todos os municípios do país e no Distrito Federal a implantação pelo poder púbico local
de Planos Integrados de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil, como forma de
eliminar os impactos ambientais decorrentes do descontrole das atividades relacionadas à
geração, transporte e destinação desses materiais. Também determina para os geradores a
adoção, sempre que possível, de medidas que minimizem a geração de resíduos e sua
reutilização ou reciclagem, ou, quando for inviável, que eles sejam reservados de forma
segregada para posterior utilização.
A resolução do CONAMA nº 307, define que Resíduos da construção civil: são
os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção
civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos
cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos,
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tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou
metralha;
A geração dos Resíduos da Construção Civil – RCC se deve, em grande parte, às
perdas de materiais de construção nas obras através do desperdício durante o seu processo
de execução, assim como pelos restos de materiais que são perdidos por danos no
recebimento, transporte e armazenamento.
Dentre os inúmeros fatores que contribuem para a geração dos RCC estão os
problemas relacionados ao projeto, seja pela falta de definições e/ou detalhamentos
satisfatórios, falta de precisão nos memoriais descritivos, baixa qualidade dos materiais
adotados, baixa qualificação da mão-de-obra, o manejo, transporte ou armazenamento
inadequado dos materiais, a falta ou ineficiência dos mecanismos de controle durante a
execução da obra, ao tipo de técnica escolhida para a construção ou demolição, aos tipos de
materiais que existem na região da obra e finalmente à falta de processos de reutilização e
reciclagem no canteiro.
Além das construções, as reformas, ampliações e demolições são outras
atividades altamente geradoras de RCC.
A seguir pode ser visto através do gráfico, a origem dos RCC, que a grande
parcela da geração está nas reformas, seguido por novos prédios e novas residências.
Figura 77. Gráfico origem dos RCC.
Fonte: I & T Informações e técnica.
Apesar de inertes, os resíduos da construção civil são muito volumosos e
ocupam áreas significativas para disposição final. Durante muito tempo e como prática
ilegal ainda hoje, resíduos da construção ocupam espaços que poderiam ser utilizados para
os resíduos domésticos. O CONAMA nº 307 estabeleceu o prazo até julho de 2004, para
que os Municípios e o Distrito Federal parassem de dispor os RCC em aterros de resíduos
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domiciliares, e em área de bota-fora. A realidade de muitos municípios brasileiros não se
alterou, inclusive a de Fortaleza.
De acordo com LIMA, 2006, os problemas ocasionados por estes resíduos
depositados de forma inadequada, são muitos, podendo ser classificados em:
Problemas Ambientais
• Degradação de áreas hídricas, tais como: rios, riachos, lagos e mananciais, por
aterramento;
• Destruição de fauna e flora;
• Poluição do ar, ocasionado pôr poeiras;
• Desvio de rios, riachos, etc., causando alagamentos e cheias, e
• Deslizamentos provocados por entulhos em terrenos instáveis.
Problemas de Trânsito
• Detritos colocados em vias, e
• Falta de sinalização adequada em obras públicas, onde os resíduos são
colocados, causando-se riscos de acidentes;
Problemas de Drenagens Urbanas
• Obstruções nas redes de drenagem e bocas-de-lobo, causando-se alagamentos,e
• Aterramentos ou assoreamentos em canais abertos.
Problemas de Saúde Humana
• Habitat para roedores e insetos, principalmente se misturado com lixo
doméstico, causando-se doenças transmissíveis;
• Doenças pulmonares: gripes, resfriados, pneumonias, etc;
• Doenças alérgicas: rinites, sinusites, etc, e
• Outras doenças.
Problemas Econômicos
• Custos de limpeza pública elevado, o peso específico dos entulhos é bem maior
que do lixo doméstico, onde o lixo em Fortaleza é pago por tonelada;
• Elevados custos em horas de máquinas “pesadas”, pagas pela prefeitura
municipal, para limpeza de terrenos baldios;
• Desperdício da indústria da construção civil, onde para cada 10 pavimentos
construídos, um é desperdiçado no Brasil;
• Aumento do custeio na fiscalização pelo município, com o crescimento destes
resíduos não monitorados, e
• Crescimento nos custos de operação no aterro sanitário.
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Outros Problemas
• Diminuição da vida útil dos aterros sanitários;
• Quebra de equipamentos da coleta de lixo, como os compactadores e
caminhões;
• Diminuição do fluxo turístico e bem estar da população, pela agressão visual
na cidade, e
• Em um país que o déficit habitacional é elevado, damos ao luxo de
desperdiçarmos os materiais de construção.
De acordo com ELIAS, 2008, em março de 2005, o Município de Fortaleza,
sensibilizado com os problemas sócio-econômicos e ambientais gerados pelo descarte
irregular de uma quantidade de resíduos de construção e demolição superior a 40.000 t/mês,
que estava sendo destinada a aterros clandestinos e áreas de amortecimento de cheias, sem
considerar as 120.000 t/mês resultante de escavações que não tinha destinação controlada,
despertou para essa realidade e decidiu agir para conter e controlar a degradação causada
pela má destinação de RCD.
A partir de então diversas medidas foram tomadas pela Prefeitura de Fortaleza
com o intuito de regularizar esta situação:
• Em março de 2005 a SEMAM realizou um seminário na Sede da
SINDUSCON- CE, sobre a situação dos RCD em Fortaleza, com a participação
dos principais envolvidos;
• Neste mesmo período em 2005, foram realizadas 5(cinco) reuniões na sede da
SEMAM, com grandes geradores, transportadores e representantes das áreas de
disposição final de RCD;
• Em abril de 2005, foi elaborado um esboço de um Projeto de Gestão de
Resíduos da Construção Civil;
• Em maio de 2005, foi registrado o primeiro protocolo de PGRCC, neste
mesmo ano foram lavrados 57 autos de constatação pela ausência de PGRCC;
• Em junho 2005, foi elaborado um formulário simplificado para PGRCC;
• Neste mesmo ano foi realizado o cadastro das empresas de coleta e transporte;
• Em 2006, tornou-se obrigatória a apresentação e aprovação do RCC, para a
obtenção do alvará de construção, para obras com área construída superior a
500m²;
• No ano de 2006, através de convênio, foi elaborado o Plano Integrado de RCC
de Fortaleza;
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• Em 2007, foram definidos critérios para permitir a atividade de caminhoneiros
autônomos que trabalhavam com transporte de areia de escavação;
• Ainda em 2007, foram instituídos critérios para o licenciamento ambiental das
empresas de Demolições e Escavações, e
• No ano de 2008, a Prefeitura de Fortaleza contratou uma consultoria para
aperfeiçoar os programas implementados na gestão ambiental do município.
Dentre as iniciativas tomadas, a elaboração do Plano de Gerenciamento de
Resíduos da Construção Civil, em 2006, atendendo ao CONAMA nº 307, foi um
importante instrumento de planejamento para o gerenciamento dos RCD em Fortaleza.
O plano contempla metas e programas a serem implantados no município, como
a instalação de ECOPONTOS na cidade e incentivos à criação de usinas de reciclagem de
RCD. Entretanto, após 5 anos da elaboração do Plano, as metas não foram atingidas, e
deverá passar por uma reformulação, com os objetivos do plano definidos em legislações
municipais para que possam ser cumpridos.
Neste plano foram diagnosticados as principais áreas de construção por regional
e conseqüentemente as áreas de maior geração destes resíduos (Figuras a seguir).
Figura 78. Mapa de áreas construídas por Regional – 2004
Fonte: LIMA, 2006.
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Figura 79. Mapa de áreas construídas por Regional – 2005
Fonte: LIMA, 2006.
Após o diagnóstico para a implantação do plano foram realizadas algumas
proposições:
PROPOSIÇÃO 1, Programa Municipal para pequenos geradores que assume o
caráter de um serviço público com a implantação de uma rede de serviços por meio da qual
os pequenos geradores e transportadores devem assumir suas responsabilidades na
destinação correta dos resíduos da construção civil, volumosos e pneumáticos, decorrentes
de sua própria atividade. Para tanto, inclui um conjunto de pontos de entrega para pequenos
volumes, aqui denominados de ECOPONTOS – (Ponto Ecológico de Pequenos Volumes)
cuja construção e o gerenciamento serão pela administração municipal ou pela iniciativa
privada, dependendo de definições político-administrativas e gerenciais. O total
determinado para o Município de Fortaleza é de 40 (quarenta) ECOPONTOS (LIMA,
2006).
O Projeto dos ECOPONTOS foram desenvolvidos para atender os geradores e
transportadores de pequena quantidade de resíduos, volumes inferiores a 1m³.
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Após diversos estudos e pelo planejamento adequado no Município de Fortaleza,
definiu-se a seguinte rede de recebimentos, denominados de Pólos de Recebimentos, como
ilustra a Figura a seguir:
Figura 80. Pólos de Recebimentos
Fonte: LIMA, 2006.
PROPOSIÇÃO 2, para a sustentabilidade aos Projetos de Gerenciamento,
obrigatórios para os grandes geradores de resíduos, materializa-se numa rede de serviços
abrangendo todas os elos da cadeia operativa relacionada ao transporte, manejo,
transformação e disposição final dos grandes volumes de resíduos da construção civil.
Inclui, além dos serviços, as instalações físicas para a realização das diversas operações,
viabilizando aos agentes de maior porte o exercício de suas responsabilidades com relação
aos seus resíduos. Caracteriza-se como um conjunto de atividades privadas regulamentadas
pelo poder público municipal.
Nesta Ação foi prevista a implantação de Duas Unidades de Triagem e
Reciclagem de Resíduos da Construção e Demolição, que deverão ser implantadas e
operadas pela iniciativa privada/poder público.
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Atualmente em Fortaleza existe uma Unidade de Reciclagem de Entulhos da
Construção Civil, de propriedade da USIFORT – Usina de Reciclagem de Fortaleza, que
recebe em média 5% dos RCD’s gerados no município.
A previsão dessas unidades de triagem se fez a partir do volume gerado pelo
município, que segundo LIMA, 2006, era cerca de 96.000 m³/ano, assim cada unidade
deveria ter capacidade de processamento de 150 t/hora.
Além dessas iniciativas foi previsto no Plano, caso não fosse possível, a
reutilização e a reciclagem desses materiais, a disposição final deveria ser feita de maneira
adequada, sendo elencadas duas alternativas:
• Uma para a nivelação terrenos, e,
• Outra para preservação (disposição temporária) dos resíduos de concretos,
alvenarias, argamassas, asfalto e de solos limpos, visando o seu aproveitamento
futuro em unidades chamadas de Áreas de Triagem e Transbordo – ATT,
conforme Figura a seguir:
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Figura 81. Áreas de Triagem e Transbordo segundo CONAMA 307/2002.
Fonte: SANETAL, 2012.
Fortaleza tem sérios problemas com a formação dos chamados “pontos de lixo”,
que basicamente são formados por resíduos de grande volume, entulhos de construções e
demolições, podas de árvore e resíduos domésticos. Este tipo de disposição é muito comum
e onerosa para o poder público. Por estas razões o Plano previu também o gerenciamento
desses resíduos volumosos (sofás, móveis, fogões, pneumáticos, etc.).
Neste quesito foram previstos treinamentos e capacitações para os carroceiros
sobre legislações específicas (ambiental, trânsito, etc) e relacionamento interpessoal,
fundamentais para desenvolver um sistema de inter relações entre eles e a comunidade;
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Ainda foi previsto o recebimento e destinação ambientalmente correta para
pneus, pilhas e baterias.
Legislação Pertinente
O Município de Fortaleza, ao contrário da maioria dos municípios nordestinos,
possui uma legislação própria com relação aos resíduos da construção, até mesmo se
antecipando no enquadramento dos grandes gerados em relação ao CONAMA nº 307,
apesar desta iniciativa ainda precisa se adequar para uma gestão dos RCC eficiente e eficaz.
O Município tem como legislação para a gestão dos resíduos sólidos urbanos os
seguintes:
• Lei nº 8.408 de 24 de Dezembro de 1.999 - Estabelece normas de
responsabilidade sobre a manipulação de resíduos produzidos em grande
quantidade, ou de naturezas específicas, e dá outras providências.
• Decreto nº 10.696 de 02 de Fevereiro de 2.000 - Regulamenta a Lei nº 8.408 de
24 de Dezembro de 1999 e estabelece a execução dos serviços que trata esta Lei.
• Destaque para o Art. 9º, que dispõe sobre a localização de containeres
estacionários “A colocação de recipiente para resíduos nas vias e logradouros
públicos deverá atender aos requisitos previstos na legislação de trânsito e na
legislação de proteção à saúde e ao meio ambiente, e somente será permitida
para resíduos inertes e/ou poda arbórea.”
• Decreto nº 11.260 de 30 de setembro de 2002, anexo 04, Regulamenta a
localização de container em vias e logradouros públicos, considerando as
competências da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de
Cidadania de Fortaleza, AMC, como órgão responsável a autorizar a localização
desses equipamentos em locais que possam interferir no sistema de trânsito de
veículos.
• Decreto nº 11.633 de 18 de maio de 2004, anexo 05, define a competência da
SEMAM, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano como
órgão responsável pela análise e emissão do termo de aprovação de todos os
Planos de
Gerenciamento de Resíduos do Município de Fortaleza. Condiciona o
transportador a dispor, permanentemente, de local licenciado pela SEMAM como condição
indispensável ao seu credenciamento junto à EMLURB, empresa Municipal de Limpeza
Urbana. Torna obrigatório o porte do Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR) e
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fornece seu modelo. Regulamenta o licenciamento das áreas de destinação final de resíduos
sólidos. Define os condicionantes para a implantação e operação de locais de tratamento e
destinação final de resíduos inertes e vegetais a serem licenciados pela SEMAM.
• Decreto nº 11.646 de 31 de Maio de 2.004 – Altera dispositivos do Decreto nº
10.696 de 02 de Fevereiro de 2.000 e dá outras providências, entre as quais destacam-se:
- Os produtores de resíduos vegetais, inertes e de natureza séptica se obrigam a
apresentar Plano de Gerenciamento de seus resíduos à Secretaria Municipal de
Meio Ambiente e Controle Urbano - SEMAM, a que competirá a análise de
todos os Planos de Gerenciamento de Resíduos do Município de Fortaleza,
competindo-lhe ainda a emissão do respectivo Termo de Aprovação.
- As empresas credenciadas deverão encaminhar mensalmente, até o dia 10(dez)
de cada mês, relação atualizada de clientes onde conste o nome completo ou a
razão social, número de inscrição do CPF, endereço completo, data de inicio da
prestação de serviço, forma de acondicionamento, tipo e classificação do
resíduo, conforme Resolução nº 307 do Conselho Nacional do meio Ambiente
(CONAMA), freqüência de coleta, quantidade coletada.
Apesar de diversas iniciativas para o correto gerenciamento e controle dos RCC
em Fortaleza, o problema ainda é grave, pois muitas das medidas previstas no Plano ainda
não foram executadas. Das três Usinas de Reciclagem apenas a USIFORT está em operação
e dos 40 ECOPONTOS previstos, apenas um está em funcionamento na Regional II.
Como pode ser visto nas fotos a seguir, a disposição incorreta de RCC, ainda ocorre:
Figura 82. Foto de Despejo irregular de RCC e outros.
Fonte: SANETAL, 2012.
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Por falta de técnicos na SEMAM, muitas irregularidades apesar de
regulamentadas não são fiscalizadas e autuadas, fazendo-se necessária a realização de
concurso público para contratação de técnicos na área.
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4.3 RECOMENDAÇÕES – FORMA/ESTRUTURA DO DOCUMENTO
(T) – Transporte urbano.
(U) – Aspectos Legais.
(V) – Alternativas para acondicionamento e coleta de resíduos sólidos.
(W) – Deposeiros e Indústrias de Reciclagem e beneficiamento.
(X) – Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos para a Reciclagem.
(Y) – Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos para a Compostagem.
(Z) – Resíduos Industriais.
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(T) – Transporte urbano.
• Pág. 39-48 - Item que trata do “Transporte” muito descritivo e não indica correlação
com produção de lixo (sintetizar).
Diagnóstico: item 5.3.4 – p.39-48.
5. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA
5.3 INFRA-ESTRUTURA
5.3.4 TRANSPORTE
Segundo a ETUFOR – Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza S.A, o
transporte urbano da cidade desenvolve-se conforme segue. Em 1990, foi assinado um
convênio de cooperação técnica entre a Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF) e a
Companhia de Transporte Coletivo S/A (CTC), possibilitando a delegação das atividades de
planejamento e controle operacional do Sistema de Transporte Público de Passageiros
(STPP) por ônibus, para a CTC. Esta, por sua vez, constituiu uma subsidiária denominada
CTC - Diretoria de Gerência do Sistema (CTC-GS), que é a responsável pela realização das
novas tarefas. A CTC-GS possuía arrecadação própria, proveniente da taxa de vistoria da
frota de ônibus. A partir desse núcleo, iniciou-se o trabalho de melhoria do Sistema. A
primeira preocupação foi com a renovação e vistoria sistemática da frota de ônibus e com a
implantação do controle gerencial e operacional, bem como com os serviços rotineiros de
manutenção de itinerários e dimensionamento das linhas de ônibus existentes. O início se
deu com o processo de racionalização do sistema, através da criação de linhas inter-bairros,
atendendo as propostas dos planos existentes e a solicitações da comunidade.
Com a ampliação das atividades de gerenciamento e operação, a estrutura da
CTC-GS ficou defasada. Por esse motivo, foi criada pela Lei Municipal Nº 7.481, de 23 de
dezembro de 1993, a Empresa de Trânsito e Transporte Urbano S/A ETTUSA, empresa de
economia mista com capital majoritário da Prefeitura Municipal (98,7%) e tendo outros
acionistas como sócios (1,3%). A ETTUSA era vinculada à Secretaria de Transportes do
Município (STM), sendo seu Secretário obrigatoriamente o Presidente da Empresa. Com a
extinção da STM, a ETTUSA absorveu todas as atribuições referentes ao planejamento,
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gerenciamento e fiscalização do Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP) do
Município de Fortaleza.
Em julho de 2006, foi criada a ETUFOR – Empresa de Transporte Urbano de
Fortaleza S/A, em substituição à ETTUSA. As ações que pertenciam a outros sócios foram
resgatadas pela Prefeitura de Fortaleza e, desde então, a gestão de transportes do município
é totalmente pública.
Figuara 19 - Trânsito em Fortaleza
Fonte: GOOGLE/2012.
As principais funções da ETUFOR consistem na prestação de serviços a
entidades públicas ou privadas na área de transporte público, entre elas: assessoria de
planejamento; elaboração e desenvolvimento de projetos; implantação e gerenciamento de
sistemas; treinamento de profissionais; pesquisa e acompanhamento de dados; criação,
manutenção e atualização de banco de dados; desenvolvimento e acompanhamento do
controle da operação; acompanhamento, gerenciamento e implantação de obras e
equipamentos de infra-estrutura; administração e coordenação de instalações e
equipamentos do sistema e assessoria e elaboração de planilha de custos. A frota de
transporte coletivo de Fortaleza é de 1.790 ônibus, 320 vans, 4.392 táxis, 2.209 mototáxis e
ainda 746 transportes escolares, segundo a ETUFOR.
O Consórcio do Trem Metropolitano de Fortaleza foi criado em 25 de setembro
de 1987, através da assinatura do Contrato de Constituição do Consórcio, pela RFFSA,
CBTU e Governo do Estado do Ceará com interveniência da União, através do Ministério
dos Transportes.O Contrato sofreu três aditivos de tempo: o primeiro, assinado em 01 de
abril de 1993, teve seu prazo prorrogado por um ano; o segundo, assinado em 29 de março
de 1994, também foi prorrogado por mais um ano e o terceiro, em 04 de abril de 1995,
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prorrogou-se por dois anos, com término previsto para 04 de abril de 1997. Em 03 de abril
de 1997 foi lavrada a Ata de Encerramento do Consórcio, tendo sido nomeada uma
Comissão, para apresentação do relatório de liquidação. Em 30 de maio de 1997, o
Consórcio do Trem Metropolitano de Fortaleza foi extinto. Através da Lei n° 12.682 de 02
de maio de 1997, publicada no Diário Oficial do Estado do Ceará em 08 de maio de 1997
foi criada a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos – METROFOR, Empresa
de Economia Mista, com participação majoritária do Governo do Estado do Ceará. No dia
28 de maio de 1997 foi realizada a Assembléia Geral de Constituição da Companhia e
aprovado o seu Estatuto Social.
O Projeto é de elevada relevância social por beneficiar contingente populacional
de baixa renda e oferecer condições de segurança, rapidez e pontualidade na locomoção das
pessoas, além de propiciar uma profunda reformulação do sistema urbano, em especial na
questão da requalificação do centro de Fortaleza e de possibilitar a implantação de um novo
modelo de transporte público de passageiros na RMF transportando, ao final das três etapas
de implantação, cerca de 350.000 passageiros por dia.
Figura 20 - Mapa do Sistema de Metrô projetado para Fortaleza.
Fonte: GOOGLE,2012
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O cuidado e a manutenção das ruas, estradas e transporte público é de extrema
importância para a coleta e disposição final de resíduos sólidos.
No ano de 2010, Segundo dados da EMLURB, foram utilizados 5.707 veículos
para o transporte de 1.504.797 Ton de Resíduos Sólidos Urbanos gerados em Fortaleza,
sendo realizadas 249.031 viagens ao Aterro ASMOC em Caucaia e Estação de Transbordo
do Jangurussu.
A qualidade dos pavimentos por onde circulam os veículos da coleta de
resíduos, interfere no tempo de coleta e transporte, manutenção dos veículos, nos acidentes
de trânsito, na poluição ambiental e consequentemente no custo operacional do sistema.
Outro fator importante é a qualidade do transporte público do municipio de Fortaleza, o
qual afeta diretamente os funcionários. Um bom transporte público reduz os atrasos e faltas
dos mesmos ao trabalho. Ainda, o serviço de transporte urbano pode ser utilizado como
meio de comunicação com a população através de cartazes e posteres voltados à educação
ambiental da população.
O Município de Fortaleza conta com um Aeroporto Internacional, Pinto Martins.
Segundo a INFRAERO o aeroporto teve suas origens na pista do Alto da Balança,
construída na década de 1930 e utilizada até 2000 pelo Aeroclube do Ceará. Durante a II
Guerra Mundial, serviu de base de apoio às forças aliadas, época em que foi construída a
segunda pista de pousos e decolagens.
Em 13 de maio de 1952, o Aeroporto ganhou o nome de Pinto Martins, em
homenagem ao cearense Euclides Pinto Martins que realizou o primeiro vôo sobre o
Oceano Atlântico entre Nova Iorque e o Rio de Janeiro, no início da década de 1920, a
bordo do hidroavião Sampaio Correia.
A segunda pista do Alto da Balança foi ampliada para 2.545m em 1963. O
primeiro terminal de passageiros e o pátio de aeronaves foram construídos em 1966. A
administração do aeroporto foi transferida à INFRAERO – Empresa Brasileira de Infra-
estrutura Aeroportuária, em 7 de janeiro de 1974 (Portaria nº 220/GM5, de 3 de dezembro
de 1973), quando se iniciou uma série de obras para revitalização e ampliação do complexo
aeroportuário, entre elas a do pátio e a do terminal de passageiros.
Através de uma parceria entre a INFRAERO, Governo Federal e Governo do
Estado, o aeroporto recebeu novo e moderno terminal de passageiros com 38,5 mil metros
quadrados, inaugurado em fevereiro de 1998. O novo terminal tem capacidade para 6,2
milhões de passageiros/ano, 14 posições para estacionamento de aeronaves e é dotado de
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modernos sistemas de automação, sendo classificado como Internacional em 1997 (Portaria
393 GM5, de 9 de junho de 1997).
Figura 22 - Vista do Aeroporto Internacional Pinto Martins
Fonte: GOOGLE, 2012.
O primeiro porto da cidade funcionou na foz do Rio Ceará, que ainda abriga
embarcações pesqueiras. Com a construção pelos holandeses do Forte Schoonenborch em
1649, nas proximidades do riacho Pajeú, uma estrutura de atracação foi pretendida como
porto por 300 anos, com a elaboração de projetos e construção da Ponte Metálica e da Ponte
dos Ingleses. Finalmente, foi construído na década de 1950, o Porto do Mucuripe, que veio
a transformar a estrutura da cidade, contando com um cais com 1.054 metros de extensão e
uma plataforma de atracação exclusiva para navios petrolíferos. Sua área de armazéns tem
seis mil metros quadrados e mais de 100 mil metros quadrados de pátio para contêineres.
Possui ainda três moinhos de trigo e está interligado ao sistema ferroviário por um extenso
pátio de manobras.
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Figura 23 - Porto de Fortaleza
Fonte: GOOGLE, 2012.
Segundo a CEARÁPORTOS – Companhia de Integração Portuária do Ceará, em
março de 1995 foram iniciados pelo Grupamento de Navios Hidroceanográficos da Marinha
do Brasil os levantamentos ecobatimétricos da costa do Estado do Ceará, na região do
acidente geográfico denominado de Ponta do Pecém, no município de São Gonçalo do
Amarante, a cerca de 60 km da capital do estado, Fortaleza. O Complexo Industrial e
Portuário do Pecém surgiu como elemento capaz de fundamentar e atender as demandas
empresariais, visando atender indústrias de base voltadas para as atividades de siderurgia,
refino de petróleo, petroquímica e de geração de energia elétrica.
O Terminal Portuário do Pecém terá como objetivo viabilizar a operação de
atividades portuárias e industriais integradas, imprescindíveis ao desenvolvimento de um
complexo com características de Porto Industrial. Será constituído de 02 (dois) Piers
marítimos, sendo 01 (um) para insumos e produtos siderúrgicos e carga geral e outro para
granéis líquidos, em especial óleo crú e derivados de petróleo.
Todos os sistemas de transporte terrestre, aéreo e aquático representam em seus
pontos terminais de embarque e desembarque de cargas e passageiros, área de geração de
resíduos, podendo ser classificados em Classe I-perigosos, Classe II-não perigosos (II-A,
não-inertes e II-B, inertes) necessitando de seus respectivos Planos de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos, PGRS.
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(U) – Aspectos Legais.
• Pág. 107 a 120 – Apresenta uma listagem da legislação sem qualquer comentário.
Sugere-se que seja elaborado comentário sobre o marco regulatório existente (nos
três níveis federativos) e que a relação completa conste como um anexo.
Diagnóstico: item 7 - p.107
7. ASPECTOS LEGAIS
Como marco regulatório nacional na gestão de resíduos sólidos destaca-se a Lei
Nº 12.305/2010, regulamentada pelo Decreto Nº 7.404/2010 que institui a Política Nacional
de Resíduos Sólidos.
O Estado do Ceará através da Lei nº 13.103/01, estabelece a Política Estadual de
Resíduos Sólidos.
Com vistas à Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Município de Fortaleza
não atende ao estabelecido, para a sustentabilidade do sistema de limpeza urbana e manejo
de resíduos sólidos. Apesar da Lei Municipal nº 8.236/98, referente à Taxa de resíduos
sólidos, atualmente o município não possui nenhum tipo de cobrança pelos serviços
prestados, ficando todos os encargos por conta do orçamento da Prefeitura Municipal.
Por outro lado possui a Agência Reguladora de Fortaleza (ACFOR) que possui
competência de regular, normatizar, controlar e fiscalizar os serviços públicos delegados e
dá outras providências, criada pela Lei Municipal nº 8.869. Conta ainda, com o FUNLIMP
– Fundo Municipal de Limpeza Urbana, instituído pela Lei Municipal nº 8.621.
Ainda referente à gestão de resíduos, Fortaleza possui legislação específica para
os grandes gerados de resíduos, Lei Municipal nº 8.408.
O levantamento de toda a legislação referente ao tema Resíduos Sólidos, nos
níveis federal, estadual e municipal, encontram-se no anexo.
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(V) – Alternativas para acondicionamento e coleta de resíduos sólidos.
• Pág. 187 -196 - Item: Alternativas para acondicionamento e coleta de Resíduos
Sólidos. Sugere-se que sejam relacionados os tipos de acondicionamento, mas que
as fotos e quadros com vantagens e desvantagens vá para um anexo pois já são
proposições.
Diagnóstico: item 8.3.1 - p. 187
8.3 ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS
8.3.1 CONCEITUAÇÃO
O avanço do processo de industrialização e o desenvolvimento econômico têm
propiciado grande oferta e procura por produtos de procedências distintas, resultando,
conseqüentemente, na geração extraordinária de resíduos sólidos.
Os resíduos sólidos, quando dispostos de maneira incorreta em vias públicas,
comprometem a estética das cidades e a saúde da população. Nesse contexto, com o intuito
de minimizar esse impacto visual e evitar a proliferação de vetores, cabe à administração
pública das cidades fornecer os serviços de coleta com regularidade e competência.
Segundo AMAECING, et al, 2008, a preocupação com a coleta dos resíduos
sólidos deixou de ser uma mera obrigação de afastamento dos mesmos dos locais de
geração, ou seja, deixou de ser simplesmente um ato de distanciá-los de suas moradias e
lojas, a fim de evitar incômodos estéticos e propiciar a atração de vetores (ratos, baratas,
moscas, etc.), passando a fazer parte de um contexto mais amplo, denominado de
“Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos”, onde haverá o envolvimento da
administração municipal com a comunidade, com o intuito de minimizar os perigos
decorrentes do lixo e propiciar, do ponto de vista do saneamento, a higienização e a
preservação da saúde e do meio ambiente para toda a população.
De acordo com IBAM, 2001, o ideal, portanto, em um sistema de coleta de lixo
domiciliar, é estabelecer um recolhimento com dias e horários determinados, de pleno
conhecimento da população, através de comunicações individuais a cada responsável pelo
imóvel. A população deve adquirir confiança de que a coleta não vai falhar e assim irá
prestar sua colaboração, não atirando lixo em locais impróprios, acondicionando e
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posicionando embalagens adequadas, nos dias e horários marcados, com grandes benefícios
para a higiene ambiental, a saúde pública, a limpeza e o bom aspecto dos logradouros
públicos.
D’ALMEIDA E VILHENA, 2000, acrescentam que medidas educativas devem
ser aplicadas, estimulando a participação da população, com o intuito de assegurar que o
lixo seja depositado na via pública, em dia e horário próximo ao da coleta, evitando sua
acumulação indevida e todas suas conseqüências indesejáveis. Os autores aditam que as
campanhas devem estimular cuidados adicionais por parte da população, tais como o
acondicionamento dos resíduos em sacos plásticos, fechados, para evitar o acesso de insetos
e roedores, colocando-os em locais fora do alcance dos animais, a fim de evitar o seu
espalhamento na via pública e acondicionando adequadamente vidros e outros objetos
perfurocortantes, visando evitar acidentes durante o manuseio pelos coletores.
D’ALMEIDA E VILHENA, 2000, afirmam que o dimensionamento e a
programação dos serviços de coleta domiciliar abrangem as seguintes etapas:
• estimativa do volume de resíduos a serem coletados;
• definição das freqüências de coleta;
• definição dos horários de coleta domiciliar;
• dimensionamento da frota dos serviços, e,
• definição dos itinerários de coleta.
É importante salientar que a quantidade de resíduos gerados nas residências
varia de acordo com o dia, semana, época do ano, condições climáticas, e outros aspectos
como o desempenho da economia, o poder de compra da população entre outros,
conseqüentemente, fazendo com que a quantidade de resíduos coletados em um roteiro
varie ao longo da semana, do mês e do ano.
BRASILEIRO E LACERDA, 2002, asseguram que para que o serviço de coleta
ocorra de forma satisfatória, é necessária a implantação de um sistema eficiente, que opere
em toda a área urbana e também que seja regular, sendo que, os veículos coletores devem
passar regularmente nos mesmos locais, dias e horários.
“O itinerário de coleta é o trajeto que o veículo coletor deve percorrer dentro de
um mesmo setor, num mesmo período, transportando o máximo de resíduos num mínimo
de percurso improdutivo, com o menor desgaste possível para a guarnição e o veículo”
(D’ALMEIDA e VILHENA, 2000).
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De acordo com BRAGA et al, 2008, o tipo de equipamento empregado no
atendimento de um roteiro de coleta depende, dentre outros aspectos, das características das
vias urbanas e da distância ao ponto de descarga. O uso de equipamentos de maior
capacidade volumétrica pode resultar em menor número de viagens de carga-descarga.
Entretanto, tal uso requer atenção, a fim de evitar dificuldades de manobras em vias
estreitas. Por sua vez, o uso de equipamentos coletores compactadores com uma maior taxa
de compactação, pode também, resultar em um menor número de viagens de carga-
descarga, sem aumentar o volume do equipamento, estando, entretanto, limitado à
capacidade de suporte do pavimento.
Em função de todas as variáveis supra-citadas, a exata definição da área de
abrangência de um roteiro e/ou itinerário de coleta de resíduos domiciliares é um
procedimento bastante complexo e determinante para a otimização da eficiência
operacional.
A roteirização de veículos pode ser definida através do método empírico ou do
método matemático. No método empírico, as rotas são definidas com base na experiência
particular dos operadores. Quando os operadores possuem grande experiência sobre a área,
os métodos empíricos utilizam dados sobre as ruas, observando o grau de intensidade do
tráfego, tipo de pavimentação, acidentes geográficos, declividades existentes e outros
parâmetros que, com o auxílio de um mapa da cidade, permitem calcular os roteiros e o
tempo gasto no serviço de coleta. Este método consome tempo e não é necessariamente
eficiente. (BRASILEIRO E LACERDA, 2002).
No método matemático, as rotas são definidas com base nas variáveis referentes
aos locais de visita, tais como distância e tempo de viagem. O processo matemático de
roteirização pode ser feito por método manual ou computacional. No método manual,
utiliza-se um algoritmo com estratégia de solução para o problema. Porém, os métodos
manuais de planejamento do serviço de coleta produzem resultados de forma demorada e
também exigem do planejador experiência e conhecimento sobre a área de atuação.
O método computacional é uma técnica matemática automatizada que também
utiliza um algoritmo, mas a roteirização é definida através de computador. Neste método, o
software é chamado de roteirizador. O software do tipo roteirizador define a melhor rota
segundo a variável que se quer otimizar – distância ou tempo de viagem. Alguns softwares
utilizados para a roteirização de veículos não realizam apenas esta tarefa. Além de definir a
rota, os softwares desempenham um mapeamento computadorizado e permitem um
gerenciamento da base de dados. Esses softwares são chamados de Sistemas de
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Informações Geográficas (SIG). Neste caso, um algoritmo para roteamento de veículos é
integrado a um SIG, de cuja base de dados se obtém as informações necessárias para o
roteamento que mostra as rotas resultantes. (BRASILEIRO E LACERDA, 2002).
A possibilidade que se tem a partir da utilização do SIG – Sistema de
Informações Geográficas, em análises que contemplem aspectos de distribuição espacial da
geração do lixo e informações sobre situação socioeconômica, densidade populacional e
outras, abre a perspectiva para a utilização desta ferramenta na definição e administração
dos roteiros de coleta de lixo. (BRAGA et al, 2008).
FERREIRA, 2006, afirma que os SIG’s constituem ferramentas extremamente
úteis no planejamento de rotas de veículos, pois combinam a utilização de dados espaciais
apropriados de otimização e simulação.
Acondicionamento de resíduos
Acondicionar os resíduos sólidos domiciliares significa prepará-los para a coleta
de forma sanitariamente adequada, bem como compatível com o tipo e a quantidade de
resíduos.
A qualidade da operação de coleta e transporte de lixo depende da forma
adequada do seu acondicionamento, armazenamento e da disposição dos recipientes no
local, dia e horários estabelecidos pelo órgão de limpeza urbana para a coleta. A população
tem, portanto, participação decisiva nesta operação. (IBAM, 2001).
A importância do acondicionamento adequado está em:
• evitar acidentes;
• evitar a proliferação de vetores;
• minimizar o impacto visual e olfativo;
• reduzir a heterogeneidade dos resíduos (no caso de haver coleta seletiva), e,
• facilitar a realização da etapa da coleta.
Infelizmente, o que se verifica em muitas cidades é a ausência de padronização
dos sistemas de coleta, de conscientização e colaboração da população, trazendo como
conseqüência destas negligências, inclusive em aspectos de investimento financeiro, o
surgimento espontâneo de pontos de acumulação de lixo domiciliar a céu aberto, expostos
indevidamente ou espalhados nos logradouros prejudicando o ambiente e comprometendo a
saúde pública.
A escolha do tipo de recipiente mais adequado deve ser orientada em função:
• das características dos resíduos a serem coletados;
• da geração dos mesmos;
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• da freqüência da coleta;
• do tipo de edificação, e,
• do preço do recipiente.
Alternativas para Acondicionamento e Coleta de Resíduos Sólidos
Convencionais.
Normal ou Convencional (porta a porta)
A coleta mais conhecida e utilizada na maioria dos municípios brasileiros é a
chamada “porta a porta”. Nesse método, os moradores deixam seus resíduos
(acondicionados geralmente em sacos plásticos) sobre a calçada em frente aos domicílios.
Ao passar com o caminhão coletor, os funcionários coletam os resíduos, depositando-os no
veículo.
Além dessa, são utilizadas diversas tecnologias e equipamentos que diminuem o
tempo de coleta, economizando recursos financeiros e pessoal para equipá-los.
O sistema de “bandeiras” está sendo utilizado em diversos municípios do país, e
consiste em “amontoar” os resíduos em locais pré-determinados (feito pelos garis ou pelos
próprios moradores), pouco antes da passagem do caminhão coletor, para que este pare
menos vezes, sem prejudicar muito o trânsito.
Outro sistema que começou a ser implantado no país há pouco tempo, e que há
muito já é utilizado em países da Europa, Japão, entre outros, é o uso de contêineres para
armazenamento dos resíduos, e alimentação mecânica dos caminhões de coleta. Esse
sistema, apesar de possuir um custo inicial elevado, diminui em muito o custo de operação
pois necessita de menos funcionários para fazer a coleta. Além disso, possui vantagens
ambientais e sanitárias, pois acondiciona os resíduos em locais fechados, sem que haja
espalhamento dos mesmos nas ruas e calçadas, evitando a presença de animais e vetores.
Os diferentes sistemas de coleta estão descritos no anexo deste documento.
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(W) – Deposeiros e Indústrias de Reciclagem e beneficiamento.
• Pág. 302 -311 - Relação de deposeiros (tabela 35) e Indústrias de reciclagem
e beneficiamento de produtos é apenas relacionada sem comentários. Sugerimos que
seja sistematizado num quadro resumo, podendo a lista completa ir para um anexo,
mas que se complemente com uma, ainda que, breve análise da situação em
Fortaleza.
Diagnóstico: Item 10.2.2 – p.302
10. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
10.2.2 INDÚSTRIAS DE RECICLAGEM E BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS
Segundo dados fornecidos pela SEMAM, encontra-se no anexo, a Relação das
Indústrias de beneficiamento de resíduos potencialmente recicláveis.
O Projeto REDE CATASOL operado pela Cáritas Regional, financiado pela
Fundação do Banco do Brasil, prevê ações de assessoria técnica junto às associações de
catadores para negociação com algumas indústrias de reciclagem e beneficiamento e de
compradores de produtos, visando melhorar a renda dos catadores, buscando o aumento da
escala fornecida e conseqüentemente sua comercialização.
Após as negociações, as informações irão subsidiar a decisão da rede de
catadores sobre quais materiais serão comercializados conjuntamente pela rede e com que
periodicidade. O referido Projeto também prevê a visitação da rede de catadores à grandes
geradores, para estabelecimento de parcerias de doação de materiais recicláveis para as
associações que integram a Rede.
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Tabela JJ – Relação das Indústrias de Reciclagem e Beneficiamento de Resíduos potencialmente recicláveis. Tipo de Indústrias de Reciclagem e Beneficiamento Quantidade
Óleo lubrificante/Re-refino 03
Lâmpadas 05
Óleos isolantes 02
Resíduos químicos (RSS) 02
Sucatas de metais, não ferrosos, borra de alumínio 02
Solventes 02
Computadores 01
Tambores Metálicos Contaminados 01
Copos Plásticos 01
Materiais Têxteis 03
Plástico 01
Vidros 02
Co-processamento 02
RSS 02
Areias de Fundição 01
Trilhos Ferro 01
Pneus – co-processamento 01
Classe II-A 04
Reciclagem de Embalagem 01
Papel e Papelão 04
Deposito de produtos Químicos 01
Transporte de Resíduos Industriais Perigosos 04
Embalagens Agrotóxicos Vazias 01
TOTAL 47
Fonte: SANETAL, 2012.
Anexo – Relação das Indústrias de Reciclagem e Beneficiamento de Resíduos
potencialmente recicláveis
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(X) – Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos para a Reciclagem.
• Pág. 311-313 - Coleta Seletiva de Resíduos para Reciclagem. Sugere-se também
procurar sistematizar conceitos e que as proposições sejam encaminhadas para um
anexo.
Diagnóstico: item 11.-p.311
11. COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA A RECI CLAGEM
11.1 CONCEITUAÇÃO
A Coleta Seletiva é uma das alternativas para a solução de parte dos problemas
gerados pelos Resíduos Sólidos Urbanos, possibilitando melhor reaproveitamento dos
materiais recicláveis e da matéria orgânica. Os demais materiais, não reaproveitáveis,
chamados de rejeitos, encontram destinação adequada nos aterros sanitários ou em outra
forma devidamente licenciada pelo órgão ambiental.
Com isso, a "cidade suja" inicialmente, transforma-se numa "cidade limpa", com
a contribuição da população local, através dos vinte elementos de coleta seletiva detalhados
a seguir. Os elementos descritos mostram as diversas etapas da Coleta Seletiva,
contribuindo para o desenvolvimento local e para a melhoria da qualidade de vida das
pessoas.
Principais benefícios da Coleta Seletiva:
Ambientais
- Diminui a exploração de recursos naturais renováveis e não renováveis.
- Evita a poluição do solo, água e ar.
- Melhora a qualidade do composto produzido a partir da matéria orgânica.
- Melhora a limpeza da cidade.
- Possibilita o reaproveitamento de materiais que iriam para a disposição final
- Prolonga a vida útil dos aterros sanitários.
- Reduz o consumo de energia para fabricação de novos bens de consumo.
- Diminui o desperdício.
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Econômicos
- Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas
indústrias.
- Gera renda pela comercialização dos recicláveis.
- Diminui os gastos com a limpeza urbana.
Sociais
- Cria oportunidade de fortalecer organizações comunitárias.
- Gera empregos para a população.
- Incentiva o fortalecimento de associações e cooperativas.
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Figura 158 - Fluxo da Coleta Seletiva para a Reciclagem
Apesar de existirem algumas experiências de coleta seletiva, como ECOELCE,
coleta em grandes geradores pela Associação ASCAJAN, entre outras, o município de
Fortaleza não possui “Plano de Coleta Seletiva” elaborado, e uma “Política Municipal de
Resíduos Sólidos” definida, o que dificulta a compreensão de como deverá ser implantada a
coleta seletiva de materiais recicláveis.
A grande quantidade de catadores e carrinheiros em Fortaleza reflete a falta de
planejamento dos programas de Coleta Seletiva, pois somente uma pequena parcela
encontra-se organizado em Associações e/ou Cooperativas, e a grande maioria está
vinculada a deposeiros e aparistas. Essa situação, comum nas grandes cidades brasileiras,
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foge do controle do município, que é responsável pela coleta, transporte e destinação final
de resíduos, e não deve se isentar da responsabilidade pela gestão da coleta seletiva.
Atualmente existem diferentes opções tecnológicas para programas de Coleta
Seletiva de Materiais Recicláveis, sendo o sistema de coleta porta-a-porta o mais conhecido
e utilizado no país. Para minimizar o tempo de coleta, e evitar alguns transtornos no trânsito
pela presença de veículos coletores, muitos municípios estão buscando novas tecnologias,
como a utilização de bandeiras, contêineres, entre outros.
O sistema de bandeiras pode ser feito pelos garis ou pelos próprios moradores,
que amontoam os resíduos em local pré-determinado, para posterior passagem do caminhão
de coleta, fazendo com que este tenha menos paradas durante o trajeto.
A utilização de contêineres, muito comum em países da Europa e Japão, é uma
derivação do sistema de bandeiras, no qual os resíduos são depositados em recipientes
(metálicos ou de plástico rígido), para posterior coleta. Esse sistema, apesar do alto custo
inicial, têm demonstrado vantagens em relação à problemas de odor, disseminação de
vetores, poluição visual, entre outros aspectos.
Essas tecnologias estão apresentadas no anexo, e deverão ser discutidas em
Consultas Públicas para que seja definida o modelo de coleta seletiva formal, o qual deverá
ser implantado em Fortaleza.
Dentre as vantagens ambientais da implantação de um programa de Coleta
Seletiva, destaca-se o aumento da vida útil de aterros sanitários. Portanto, como Caucaia
também destina seus resíduos ao ASMOC, também deverá ter implantada a Coleta Seletiva
no município, tendo em vista o objetivo comum das duas cidades.
As iniciativas existentes com relação a coleta seletiva de resíduos para a
reciclagem no município de Fortaleza restringem-se à iniciativa privada. Empresas como
Pão de Açúcar e Banco do Brasil realizam programas internos de separação dos resíduos
gerados que são encaminhados para Associações de Catadores/Carrinheiros. Entretanto,
esses programas abrangem somente os resíduos internos das unidades, consideradas como
grande geradoras, não sendo considerados como Programas de Coleta Seletiva de Resíduos
Sólidos Urbanos para a Reciclagem.
Além destes, a COELCE (Companhia Energética do Ceará) possui o programa
denominado ECOELCE, no qual a população pode levar seus resíduos a pontos pré-
determinados em diferentes bairros da cidade, gerando desconto na conta de luz. O
programa é voltado para resíduos domiciliares, porém não há qualquer envolvimento da
Prefeitura Municipal, sendo toda a gestão feita pela empresa.
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(Y) – Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos para a Compostagem.
• Pág. 345 -355 - Coleta Seletiva de Resíduos para Compostagem. Sugerimos
também procurar sistematizar conceitos e que as proposições sejam encaminhadas
para um anexo, ficando registrada no corpo do documento a experiência de
Fortaleza com a produção de briquetes.
• A parte conceitual do diagnóstico deve constar do anexo, e não do corpo do texto.
Ademais, a ênfase quanto a vermicompostagem deve ser melhor avaliada em função
da grande quantidade de resíduos orgânicos produzidos em Fortaleza e com a
verificação da existência de mercado consumidor para este produto. Além disso,
conceitualmente devem ser avaliadas outras tecnologias de tratamento de resíduos
orgânicos em larga escala, inclusive com a geração de biocombustíveis;
Diagnóstico: item 12.1 - p.345
12. COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS PARA
COMPOSTAGEM/VERMICOMPOSTAGEM/BIOENERGIA
12.1 CONCEITUAÇÃO
Desde os mais remotos tempos, vêm os agricultores adubando suas terras com
esterco, camas de animais, restos de cultura e outros materiais orgânicos. A adubação verde
é igualmente uma prática agrícola conhecida há milênios e empregada para a manutenção e
recuperação da fertilidade das terras de cultura. A garantia de boas safras, em épocas
passadas, repousou exclusivamente na adubação orgânica. Para os antigos agricultores não
era possível manter ou aumentar a fertilidade do solo sem incorporar restos vegetais e
estercos animais. Durante séculos predominou o conceito de que a criação de animais pelo
agricultor para obtenção de adubo era “um mal necessário”. Essa ideia, passada de uma
geração para outra, era comprovada pelo favorável desempenho dos adubos orgânicos na
produtividade das terras de cultura.
Como os melhores resultados eram obtidos quando a matéria orgânica aplicada
estava bem decomposta, transformada em húmus, a conclusão óbvia a que chegaram os
antigos agricultores foi a de que esse constituinte do adubo, o húmus era o responsável pela
alimentação das plantas. Dessa observação nasceu a “teoria humista da alimentação
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vegetal”. Os antigos lavradores diziam, com muita propriedade, que o adubo orgânico
tornava a terra fresca, fofa e fértil. Ainda hoje há países no Oriente que desconhecem outro
sistema de adubação de suas terras a não ser o que se baseia no emprego de resíduos
orgânicos de origem vegetal, animal ou humana. A matéria orgânica tem um papel
importante na fertilização do solo. Esse papel é complexo e exercido por mecanismos
diversos, agindo de um lado nas propriedades físicas, químicas, físico-químicas e biológicas
do solo e de outro, diretamente na fisiologia vegetal. (KIEHL, 1993).
O vocabulário “compost”, da língua inglesa, deu origem à palavra composto,
para indicar o fertilizante orgânico preparado a partir de restos vegetais e animais através de
um processo denominado compostagem. A técnica da compostagem foi desenvolvida com a
finalidade de se obter mais rapidamente e em melhores condições a estabilização da matéria
orgânica. Na natureza essa estabilização ou humificação dos restos orgânicos que vão ter ao
solo se dá em prazo indeterminado, ocorrendo de acordo com as condições em que ela se
encontra. No processo da compostagem os restos são amontoados, irrigados,
preferencialmente revolvidos e se decompõem em menor tempo, produzindo um melhor
adubo orgânico.
Define-se a compostagem como sendo um processo controlado de decomposição
microbiana de oxidação e oxigenação de uma massa heterogênea de matéria orgânica no
estado sólido e úmido, passando pelas seguintes fases: uma inicial e rápida de
fitotoxicidade ou de composto cru ou imaturo, seguida da fase de semicura ou
bioestabilização, para atingir finalmente a terceira fase, a cura, maturação ou mais
tecnicamente, a humificação, acompanhada da mineralização de determinados componentes
da matéria orgânica, quando se pode dar por encerrada a compostagem. Durante todo o
processo ocorre produção de calor e desprendimento, principalmente, de gás carbônico e
vapor d'água.
A compostagem é um processo controlado pelo fato de se acompanhar e
controlar a temperatura, a aeração e a umidade, entre outros fatores, microbiano, pelo fato
de a transformação da matéria orgânica ser realizada por microrganismo, sendo que nenhum
processo de laboratório ou industrial conseguiu até hoje produzir o húmus artificialmente,
oxidação e oxigenação, pelo fato de a compostagem ser conduzida em ambiente aeróbio,
contendo oxigênio do ar atmosférico essencial para a humificação da matéria orgânica,
diferente da decomposição anaeróbia, onde predomina o fenômeno de redução química, de
tratamento de massa heterogênea no estado sólido pelo fato de a matéria-prima provir de
diferentes origens e possuir diferentes composições e na prática se trabalhar com resíduos
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consistentes: úmido, porque os microrganismos que decompõem a matéria orgânica só
atuam intensamente na presença de suficiente quantidade de água; da fase inicial de
fitotoxicidade, pela formação de ácidos orgânicos e toxinas de curta duração, geradas pelo
metabolismo dos organismos existentes no substrato orgânico, peculiaridade do material
cru ou imaturo, de fase de semicura ou bioestabilização , quando o composto deixa de ser
danoso às raízes e às sementes, de fase de cura , maturação ou humificação, quando o
composto atinge o auge de suas propriedades benéficas ao solo e às plantas, de
mineralização, transformação bioquímica importantíssima de matéria orgânica, uma vez
que as plantas só subsistem se alimentadas por sais minerais solúveis, como os produzidos
por esse processo (as raízes das plantas não absorvem matéria orgânica, sendo conhecidos
apenas alguns compostos orgânicos assimiláveis pelas raízes), de produção de calor e
desprendimento de dióxido de carbono e vapor d'água , características relacionadas ao
metabolismo exotérmico dos microrganismo, à respiração dos mesmos, e à evaporação da
água favorecida pela elevada temperatura gerada no interior da massa em compostagem
(KIEHL, 1998).
Como resultado da compostagem são gerados dois importantes componentes:
sais minerais, contendo nutrientes para as raízes das plantas, e húmus como condicionador e
melhorador das propriedades físicas, físico-químicas e biológicas do solo. É por esta última
razão que determinados autores se referem à matéria orgânica humificada apenas como
condicionadora do solo, relegando seu importante valor como fornecedora de elementos
essenciais à vida vegetal. A legislação brasileira, todavia, classifica tais materiais como
fertilizantes orgânicos. Pela definição e explicação anterior, vê-se que são vários os fatores
que influem na compostagem, os quais podem ser acompanhados com testes de campo ou
por métodos de laboratório.
O ser humano estabeleceu que todo o material resultante de suas mais diversas
atividades não lhe sendo mais útil é considerado lixo. Esse paradigma – um tanto
ultrapassado – fundamentou a própria definição de lixo urbano, amplamente utilizada hoje,
alem de ter interferido, de forma bastante desfavorável, nos conceitos modernos de
gerenciamento do resíduos sólidos urbanos.
Assim sendo, os resíduos sólidos urbanos são definidos como uma massa
heterogênea de resíduos sólidos, resultante das atividades humanas, os quais podem ser
reciclados e parcialmente utilizados, gerando, entre outros benefícios, proteção à saúde
publica e economia de energia e de recursos naturais. Grande parcela dos resíduos
produzida pelo homem é de natureza orgânica, resultante de atividades industriais,
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comerciais, agrícolas, domiciliares, entre outras. Em geral, esses resíduos orgânicos se
apresentam na forma de sobras de alimento, frutas e legumes, folhas, gramas e sobras de
cultura. A figura - 13 destaca os materiais componentes do resíduo domiciliar e do resíduo
orgânico. O termo matéria orgânica ou resíduo orgânico é dado a todo o composto de
carbono suscetível de degradação. O termo degradação ou biodegradação dos resíduos
orgânicos diz respeito à decomposição desses resíduos por microrganismos. Essa
decomposição é mais ou menos rápida, em função, principalmente, da característica do
resíduo orgânico, ou seja, de sua estrutura molecular. Assim, como serragem, materiais
palhosos e secos apresentam mais resistência à decomposição que, por exemplo, os
legumes.
A biodegradação controlada dos resíduos orgânicos é uma medida necessária a
fim de viabilizar o potencial de fertilização da matéria orgânica e de evitar os fatores
adversos causados pela degradação descontrolada no meio ambiente. A forma mais
eficiente de obter a biodegradação controlada dos resíduos orgânicos é por meio do
processo de compostagem. Segundo PEREIRA NETO, 1996, a compostagem é definida
como um processo biológico aeróbio e controlado de tratamento e estabilização de resíduos
orgânicos para a produção de húmus.
O processo de compostagem é desenvolvido por uma população diversificada de
microrganismos e envolve necessariamente duas fases distintas, sendo a primeira de
degradação ativa (necessariamente termofílica), e a segunda de maturação ou cura. Na fase
de degradação ativa, a temperatura deve ser controlada a valores termofílicos, na faixa de
45 a 65ºC. Já na fase de maturação ou cura, na qual ocorre a humificação da matéria
orgânica previamente estabilizada na primeira fase, a temperatura do processo deve
permanecer na faixa mesofílica , ou seja , menor que 45ºC.
A compostagem envolve processos simplificados e é feita em pátios onde o
material a ser composto é disposto em montes de forma cônica, pilha de compostagem, ou
em leiras.
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Figura 174 - Componentes do Lixo Domiciliar.
Fonte: PUCPR/ISAM/2006.
A utilização de minhocas para produção de composto orgânico constitui uma
técnica relativamente nova. Através dela, pode-se obter a reciclagem da maioria dos
resíduos sólidos desde que estes contenham matéria orgânica.
A matéria orgânica constitui o alimento das minhocas. Ao passar através do tubo
digestivo desses animais, a matéria orgânica é decomposta e enriquecida pela ação de
bactérias. Os excrementos das minhocas mais a matéria orgânica que os acompanha,
constituem o composto orgânico, geralmente denominado húmus de minhocas ou
vermicomposto. As minhocas comem, diariamente, o equivalente ao seu próprio peso. De
todo o material ingerido pela minhoca, cerca de 60% é transformado em húmus ou
vermicomposto. Trata-se, portanto, de um processo rápido de produção de composto
orgânico, que demanda apenas algumas horas, ou seja, o tempo necessário para o material
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percorrer o intestino da minhoca.
A produção de húmus de minhoca constitui uma atividade que pode ser
desenvolvida tanto em pequenas como em médias ou grandes propriedades. Não exige
grandes investimentos, os quais poderão ser amortizados em curto espaço de tempo, tanto
pela produção e venda de húmus como de minhocas.
Os requisitos básicos para implantação dessa atividade são os seguintes:
disponibilidade de terreno, de resíduos orgânicos e de matrizes de minhocas. A área a ser
ocupada depende do tamanho do empreendimento. Com relação aos resíduos orgânicos,
destaca-se que a maioria pode servir de alimento para as minhocas. Quanto à obtenção das
matrizes iniciais, estas podem ser conseguidas a partir da domesticação de minhocas
existentes na região ou, então, serem adquiridas de criadores profissionais, (MOTTER,
1990).
Outra forma de tratar a matéria orgânica proveniente dos resíduos sólidos é a
mistura com os resíduos da limpeza pública, especialmente os da podação, capina e
roçagem, após trituração. A mistura de carbono e nitrogênio estabelecendo a relação C/N
adequada fornecerá material rico para a ação de microorganismos, possibilitando a
compostagem, a vermicompostagem e modernamente a biodigestão dessa massa orgânica
para a produção de bioenergia.
Os modelos de aproveitamento de resíduos orgânicos para compostagem,
vermicompostagem e geração de bioenergia, encontram-se detalhados em anexo.
Em Fortaleza, atualmente há um projeto de aproveitamento dos resíduos orgânicos
provenientes da podação de árvores. Esses resíduos são encaminhados ao ASMOC, e lá
possuem um local separado para seu armazenamento. Antigamente, nesse local era feita a
queima dos resíduos de podação a céu aberto, sem nenhum controle ambiental.
Com a implantação do novo programa, os restos vegetais são triturados e
transformados em serragem.
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Figura 180. Fotos da trituração de resíduos de podação
Fonte: SANETAL, 2012.
Após esse processo, os resíduos são levados para um local no município de
Pentecostes, para a transformação em briquetes.
O processo consiste na compactação dos materiais a elevadas pressões, o que
provoca aumento na temperatura, promovendo a “plastificação” da lignina, que atua como
elemento aglomerante das partículas de madeira.
Para o sucesso do processo é necessária uma quantidade de água entre 8 a 15% e
que o tamanho da partícula esteja entre 10 a 15 mm. O tamanho ideal dos briquetes para
queima em caldeiras, fornos e lareiras é de 8,0 a 9,5 cm, com comprimento de 25 a 35 cm.
A Figura a seguir retrata as etapas do processo de briquetagem do material
orgânico:
Figura 181. Fotos do processo de briquetagem
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Fonte: ACFOR, 2012
Como foi possível perceber pela caracterização dos resíduos provenientes de
Fortaleza, os resíduos sólidos urbanos são constituídos em sua maioria de matéria orgânica
putrescível.
Hoje em dia uma das tecnologias utilizadas para o tratamento desses resíduos é a
digestão anaeróbia, processo que gera o biogás capaz de gerar energia e por este motivo é
também denominado bioenergia.
A digestão anaeróbia no Brasil é conhecida pela aplicação em sistemas de
tratamento de esgotos, mas na Europa e Estados Unidos há algum tempo já é utilizada para
o tratamento de resíduos orgânicos.
Existem diversos tipos de reatores desenvolvidos para os tratamento de resíduos
orgânicos, sendo dois tipos os de maior destaque, os reatores de fluxo contínuo e o de
batelada. Cada tecnologia com suas vantagens e desvantagens.
O principal atrativo para o tratamento de resíduos orgânicos com digestão
anaeróbia é a geração de energia, proveniente do aproveitamento do biogás gerado no
processo, o qual pode ser utilizado para consumo próprio ou dependendo da quantia gerada,
o excedente pode ser comercializado.
Apesar de terem muitos atrativos essas tecnologias ainda são muito caras e só se
viabilizam com volumes significativos de resíduos gerados por dia, alguns estudos
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174
concluem que para menos de 100t/dia de resíduos orgânicos esses sistemas não se
viabilizam economicamente. O ASMOC recebe além dos resíduos orgânicos domésticos e
comerciais, grande quantidade de material vegetal, os quais poderão ser triturados e
misturados, produzindo grande quantidade de massa para a produção de energia. Cada
tecnologia tem seus custos, recomendando-se a elaboração de um estudo de viabilidade
econômico-financeira em busca de soluções compatíveis com os volumes a serem
disponibilizados.
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(Z) – Resíduos Industriais.
• Pág. 165 – Trata novamente da legislação. Sugere-se que o que for geral vá para
item que trata sobre Aspectos Legais e neste item fique só o que for específico para
Resíduos Industriais.
Diagnóstico: item 8.2.7 - p.165
8. CARACTERIZAÇÃO OPERACIONAL
8.2 GERAÇÃO DE RESÍDUOS
8.2.7 RESÍDUOS INDUSTRIAIS
O Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Ouvidoria Geral e
do Meio Ambiente (SOMA) e da Superintendência Estadual do Meio Ambiente
(SEMACE), com o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA) através do Fundo
Nacional de Meio Ambiente (FNMA), publicou em 2005 a segunda Versão revisada do
Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Industriais do Estado do Ceará.
Pela elaboração do Inventário criou-se um Banco Estadual de Dados de
Resíduos Sólidos Industriais, registrando como se encontravam os resíduos gerados pelas
atividades industriais desenvolvidas no Ceará naquele ano. O desenvolvimento do
Inventário foi realizado de acordo com a Resolução CONAMA Nº 313/2002.
Do total de indústrias cadastradas no Estado naquele ano - 4.145 - foram
inventariados 738 estabelecimentos industriais, representando 48,37% dos municípios
cearenses. Os resíduos inventariados, de acordo com as NBR-10.041, representavam os
seguintes valores:
Classe I (perigosos) ---------------------------115.238,41 toneladas ------- 22,637%
Classe II-A (não perigosos; não inertes) --- 276.600,64 toneladas------- 54,335%
Classe II-B (não perigosos; inertes) -------- 117.229,98 toneladas ------ 23,028%
Total – 509.069,03 toneladas
Os resíduos sólidos industriais na sua geração, são de responsabilidade do
próprio gerador, tendo sido determinadas as várias destinações, destacando-se para os
resíduos Classe I a utilização em caldeiras, a reciclagem e a recuperação. Para os resíduos
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classe II-A, destacam-se a disposição em lixão municipal, a reciclagem, a recuperação, os
sucateiros intermediários e os aterros municipais. Para os resíduos Classe II-B, destacam-se
as disposições em aterramento de vias, reciclagem, recuperação e aterro municipal.
A gestão dos resíduos sólidos industriais no Estado deve atender a legislação
vigente, conforme segue:
Figura 81 – Áreas de Triagem e Transbordo segundo CONAMA 307/2002.
Fonte: SANETAL, 2012.
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O detalhamento de artigos e parágrafos citados no Inventário, Capitulo 5,
Considerações Finais, constam no anexo deste documento.
O Estado do Ceará, elaborou com o apoio do Ministério do Meio Ambiente
(MMA), Programa Nacional do Meio Ambiente II (PNMA II), sob a coordenação da
Secretaria da Ouvidoria-Geral e do Meio Ambiente (SOMA), através de sua vinculada,
Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE), o Plano de Implementação da
Política Estadual de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos visando estabelecer os
principais elementos de atuação das instituições governamentais envolvidas na gestão dos
resíduos sólidos, objetivando a implementação da Lei Estadual nº 13.103/01.
O referido Plano, em seu Programa 6 - Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Industriais, Resíduos Especiais e de Unidades de Serviço de Saúde, apresenta as seguintes
propostas de ações:
• Criação do selo verde, voltado à premiação das empresas que obtiverem o
melhor índice na gestão de resíduos, entre outros;
• Divulgação da relação das empresas certificadas pela ISO 14000;
• Incentivo à criação de Centros Regionais Receptores de Resíduos Especiais;
• Articulação de parcerias para implantação de unidades de tratamento e
destino final de resíduos industriais perigosos.
O Plano, fornece subsídios para implementação da política de resíduos sólidos,
constituindo-se, portanto, em instrumento de gestão importante para o desenvolvimento da
Política Estadual de Resíduos Sólidos no Estado do Ceará.
O CTRP – Centro de Tratamento de Resíduos Perigosos, localizado no
Jangurussu recebe (além dos resíduos de serviços de saúde) resíduos industriais
considerados perigosos (Classe I), para tratamento por incineração e autoclavagem. No
local a porcentagem de resíduos industriais é de aproximadamente 20% do total, sendo o
restante composto por RSS.
A casca da castanha de caju, na ocasião do Inventário, representava 76,157%
dos resíduos Classe I. Também a borra do líquido da castanha (5,776%), a borra de
cozinhadores da castanha, com 5,257% a serragem e pó de couro contendo cromo e as
aparas de couro curtido ao cromo agregavam o total de 92,026% dos resíduos inventariados
como perigosos.
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Já os resíduos Classe II-A, não perigosos e não inertes, apresentavam no bagaço
de cana, 18,743% dos resíduos. Acrescentavam-se os resíduos orgânicos de processos,
9,226%, resíduos de frutas, 8,262%, papel e papelão, 7,700%.
Para os resíduos Classe II-B, não perigosos e inertes, os resíduos refratários e
cerâmicas representavam 84,891% do total de resíduos inventariados: Vidros e metais não
metálicos acrescentavam mais 12,075%, alcançando 96,966% do total dos resíduos
inventariados nessa classe.
A atividade industrial cadastrada no CNAE deve obedecer ao Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) elaborado de acordo com a especificidade e a
tipologia dos resíduos gerados em cada atividade industrial obedecendo ao Inventário de
Resíduos Industriais parte integrante de cada PGRS.
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179
4.4 I CONSULTA PÚBLICA E NOTA TÉCNICA Nº001/2012 – CENÁRIOS
FUTUROS/PROGNÓSTICO/VERSÃO PRELIMINAR DO PMGIRS.
(AA) – Aplicação da metodologia proposta para a construção de Cenários Futuros de
Fortaleza.
(BB) – Definição dos Cenários.
(CC) – Educação Ambiental.
(DD) – Propostas de maior relevância para a Educação Ambiental.
(EE) – Considerar nos Cenários, as ações de educação ambiental.
(FF) – Implantação da educação ambiental.
(GG) – Efetivação da fiscalização sobre os cidadãos.
(HH) – Cenário Estadual
(II) – Geração de Resíduos – Estudo Comparativo.
(JJ) – Cenários/Versão Preliminar/Comentários.
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180
(AA) – Aplicação da metodologia proposta para a construção de Cenários Futuros de
Fortaleza.
5. CENÁRIOS FUTUROS - PROGNÓSTICO
5.6 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA PROPOSTA PARA A CONSTRUÇÃO DOS
CENÁRIOS FUTUROS DE FORTALEZA
A sistematização das informações obtidas no PRODUTO 01 – Diagnóstico, e
elencadas no formato CDP no item anterior, abrem o caminho para aplicação da
metodologia proposta para construção dos Cenários Futuros para Fortaleza.
Resumindo-se portanto, os elementos descritos no Diagnóstico, definidas as
áreas ou setores das Secretarias Executivas Regionais (SER’s), abrangidas pelos territórios
ocupados e distribuídos em bairros, formatados em ZGL (Zonas Geradoras de Lixo) e
circuitos de coleta, é possível iniciar-se a construção dos cenários futuros.
A seqüência do trabalho obedecerá a metodologia descrita e proposta para a
construção dos cenários futuros, de acordo com os parâmetros a seguir identificados:
- Ameaças e oportunidades do atual modelo de gestão;
- A identificação das ameaças criticas através de matriz numérica;
- A convergência das ameaças, e,
- A hierarquização dos principais temas.
Analisadas as questões básicas operacionais do modelo atual de gestão integrada
utilizado, abrem-se então, os cenários futuros para um horizonte de 20 anos, seus
programas, planos, projetos, metas e ações.
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Quadro 02 – Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão.
Item Ameaças Oportunidades
I Crescimento populacional elevado (Ano 2031=Fortaleza +Caucaia=3.710.141 hab.)
- Aumento populacional podendo ser absorvido em parte por outros municípios da Região Metropolitana de Fortaleza.
II Acréscimo na geração de RSU em épocas de veraneio (população flutuante).
- Programas de Educação Ambiental elaborados pela ECOFOR, EMLURB, SEMAM. - Previsões populacionais elaboradas pela CAGECE e ECOSAN.
III Inexistência de programa detalhado sobre a ampliação da capacidade de aterramento de resíduos do atual ASMOC.
- EIA/RIMA e projeto para ampliação do aterro do ASMOC. - Pagamento mensal para ECOFOR para ampliação e construção do aterro. - Estudo inicial elaborado pela ACFOR.
IV Inexistência de projeto detalhado de MDL para o ASMOC.
- Estudo inicial elaborado pela ACFOR e UFC, para quantificação de gases para aproveitamento como MDL.
V Inexistência de estudo conclusivo sobre o uso de novas tecnologias apropriadas para a disposição final de resíduos sólidos, tendo em vista as condições ambientais sensíveis da Região.
- PNRS (12.305) Artigos 9º par.1º recuperação energética dos resíduos sólidos. - Em elaboração pelo BNDES/UFPE-FADE, o projeto “Análise das Diversas Tecnologias de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos no Brasil, Europa, Estados Unidos e Japão”.
VI Inexistência de projeto detalhado da Estação de Transbordo do Jangurussu.
Continua...
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182
Continuação. VII Não implantação do Plano de
Gerenciamento de RCD com definição de áreas públicas e/ou privadas para recebimento e disposição desses resíduos tendo em vista a eliminação de “bota fora” clandestinos (não licenciados) e lançamento indevido em “pontos de lixo”.
- Existência do Plano de Gerenciamento de RCC de Fortaleza, Lei Nº 8.408/99, Decreto Nº 10.696/2000, Decreto Nº. 11.646/04, Decreto Nº 11.260/02, Decreto Nº.11.633/04. - Existência de Projeto para a Central de reciclagem de resíduos de construção e demolição (SEMAM, ACFOR, EMLURB) dentro do Programa Vida. - CONAMA Nº 307/2002 (Art.4º parágrafo 1ª: os RCC não poderão ser dispostos em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de bota-fora, em encostas, corpos d’água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei); art.10 (destinação para cada tipo de RCC). - PNRS define: até 2014 a diminuição de 100% de áreas de disposição irregular (bota-fora); - Implantação de PEV’s, Áreas de Triagem e Transbordo em 100% dos Municípios até 2014; - Elaboração de PGRCC pelos grandes geradores e sistema declaratório dos geradores, transportadores e áreas de destinação; - Elaboração de diagnóstico quantitativo e qualitativo da geração, coleta e destinação dos RCC; - Caracterização dos resíduos e rejeitos da construção para definição de reutilização, reciclagem e disposição final. - NBR 15.112 – RCC e Volumosos – Áreas de Transbordo e Triagem. - NBR 15.114 – RCC – Áreas de Reciclagem. - NBR 15.115 - Agregados reciclados de RCC para execução de Camadas de Pavimentação. - NBR 15.116 – Utilização de agregados reciclados de RCC para pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural.
VIII Inexistência de programas e plano detalhado para Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos (38,1%) para disposição conjunta com os resíduos da podação, capina e roçagem para a Compostagem, Vermicompostagem e Bioenergia ou ainda Briquetagem em parceria com a COELCE.
- Existência de projeto de Central de Processamento de Resíduos Vegetais, Compostagem, em escala industrial. Patrocinadora EMLURB, dentro do Programa VIDA (SEMAM). - Programa de Briquetagem para resíduos de poda em funcionamento (Fazenda Pentecostes). - Lei Nº 12.305/2010 art. 3ºVII. - PNRS define que até 2015 deve haver redução de 70% de resíduos úmidos dispostos em aterros. - Lei Estadual Nº.12.225/93 sobre Coleta Seletiva.
Continua...
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183
Continuação.
IX Falta de organização de novas Associações/Cooperativas de catadores para recebimento, triagem, processamento e transferência de materiais recicláveis atendendo maior número de catadores autônomos e novas áreas do território municipal.
- Presença do Fórum Lixo e Cidadania. - Existência de uma Rede de Catadores no Município de Fortaleza, buscando recursos e capacitações para as associações/cooperativas cadastradas, auxiliando a criação e organização de novas unidades com a orientação da SEMAM. - Decreto Federal Nº7.405/2010 institui o Programa Pró-Catador. - Existência de local para triagem próxima á EMLURB, cedido ao Fórum Lixo e Cidadania, atualmente desativado.
X Inexistência de um Programa de Coleta Seletiva para a Reciclagem de resíduos sólidos urbanos (33,3%), com inclusão social de cerca de 5.000 catadores, com apoio integrado do Governo Municipal, Secretarias Executivas Regionais, SEMAM, EMLURB, ECOFOR e Fórum Lixo e Cidadania.
- Lei Estadual Nº. 12.225/93 Institui o Programa de Coleta Seletiva. - Em elaboração o Projeto para Inclusão Social dos Catadores para a Coleta Seletiva de Fortaleza, com recursos do BNDES, a cargo da SEMAM. - Decreto Federal Nº5.940/06 institui a recuperação de recicláveis nos órgãos públicos federais. - Pesquisa com catadores apontou que 22 dos 25 gostariam de trabalhar em Associações/Cooperativas. - PNRS define até 2014 redução de 70% dos materiais recicláveis dispostos em Aterros.
XI Inexistência de PGRS dos terminais rodoviários.
- CONAMA Nº 05/1993. - Lei Municipal Nº8.408/1999 e Decretos Nº 11.633/04 e 11.646/2004 para grandes geradores.
XII Indefinição do tempo de vida útil do ASMOC em função da ampliação do aterramento do atual maciço já construído ou, de projeto específico em área contígua.
- Estudos iniciais já elaborados para o atual ASMOC. Aquisição de área contígua, elaboração de EIA/RIMA e Projeto de Engenharia para ampliação horizontal do ASMOC.
XIII A não recuperação de todas as chaminés de coleta dos gases do ASMOC e destinação final dos mesmos diretamente na atmosfera.
- Estudos realizados determinaram a quantidade de gases CO2 e CH4 liberados das células do ASMOC. - Iniciada a recuperação em fevereiro/2012.
XIV Não aplicação dos procedimentos específicos sobre a gestão de resíduos dos grandes geradores.
- Lei Nº 8.408/99 e suas alterações.
Continua...
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184
Continuação.
XV Inexistência de cadastro atualizado de
Deposeiros, Sucaterios e Aparistas, tendo em vista a obtenção de licenciamentos ambientais e regularização operacional.
- Existência de projeto para Ordenamento dos Deposeiros, Aparistas e Sucateiros de materiais recicláveis de Fortaleza, dentro do Programa VIDA (SEMAM). - SER’s I e III possuem cadastro de Deposeiros. - Lei Municipal Nº 9.738/2003 sobre licenciamento ambiental. - CONAMA Nº 237/97 – Dispõe sobre licenciamento ambiental.
XVI Inexistência de cobrança de taxas/tarifas de coleta de lixo dos geradores, não cobrindo os custos operacionais do sistema, comprometendo a sustentabilidade, a eficiência e a eficácia do mesmo.
- Lei Federal Nº.12.305/2010, Decreto Nº 7.404/2010 que regulamenta, art. 7º item X – Adoção de mecanismos econômicos para garantir a sustentabilidade financeira. - Lei Municipal Nº. 8.236/98 – Taxa de Resíduos Sólidos, Decreto Nº 10.513/99 que regulamenta. - Decreto Municipal Nº11.703/2004 – Regulamenta a administração do Fundo Municipal de Limpeza Urbana e dá outras providências. - Lei Federal Nº. 11.445/07 – art.11º, par.2º item IV – Determina as condições de sustentabilidade econômica financeira do sistema. - PNRS define metas para cobrança de taxas/tarifas sem vinculação com IPTU: Até 2015:30% dos municípios. Até 2019: 40%. Até 2023: 55%. Até 2027: 65%. Até 2031: 92% (Nordeste).
XVII Inexistência de um Centro de Educação Ambiental, bem estruturado, voltado ao correto manejo dos resíduos sólidos urbanos.
- Existência do Centro Cultural Dragão do Mar, Programa VIDA (SEMAM). - Existência de diversos programas ambientais da ECOFOR, SEMAM, EMLURB. - Existência de locais não utilizados como barracão próximo à EMLURB e outros locais no Jangurussu. - No passado, o centro Cultural Dragão do Mar exerceu esta função.
Continua...
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185
Continuação.
XVIII Existência de 1800 “pontos de lixo” distribuídos por toda a cidade, degradando o meio urbano e contrariando as boas práticas para a disposição dos resíduos para a coleta.
- Programa Tira Treco. - Projeto para conteinerização no centro e Av. Beira Mar. -Definição de instalação de ECOPONTOS (PGRCC) - Existência de ECOPONTO na SER II. - PNRS define: até 2014 a diminuição de 100% de áreas de disposição irregular (bota-fora); implantação de PEV’s, Áreas de Triagem e Transbordo em 100% dos Municípios; elaboração de PGRCC pelos grandes geradores e sistema declaratório dos geradores, transportadores e áreas de destinação; elaboração de diagnóstico quantitativo e qualitativo da geração, coleta e destinação dos RCC; caracterização dos resíduos e rejeitos da construção para definição de reutilização, reciclagem e disposição final. - NBR 15.112 – RCC e Volumosos – Áreas de Transbordo e Triagem. - Existem intenções por parte da ACFOR em erradicar esses pontos.
XIX Inexistência de um sistema de informações de fácil acesso aos usuários, focado em índices e indicadores de desempenho do sistema de gestão de resíduos sólidos de Fortaleza.
- Existência de sistema de fiscalização via GPS com controle on-line da pesagem de caminhões no ASMOC/Jangurussu. - Dados sobre coleta/transporte/destinação final nos órgãos da Prefeitura Municipal. - Existência do SNIS, Sistema Nacional de Informações de Saneamento, do Ministério das Cidades. Dados coletados pela EMLURB.
XX
Inexistência de planejamento adequado para a implantação de PEV’s, distribuídos nas SER’s.
- Implantação de PEV’s, Áreas de Triagem e Transbordo em 100% dos Municípios até 2014. - NBR 15.112 – RCC e Volumosos – Áreas de Transbordo e Triagem. - Já foram instaladas 12 unidades.
XXI Falta de monitoramento das áreas dos lixões já desativados João Lopes, Barra do Ceará, Buraco da Gia e Henrique Jorge.
- PNRS define metas de recuperação de lixões: até 2015: 10%, até 2019: 40%, até 2023: 70%, até 2027:100% recuperados no Nordeste.
XXII Falta de um programa definindo o sistema de coleta, transporte e destinação final do coco verde (SERCEFOR e SER-II), com a atuação da COOBCOCO.
- Existência da COOBCOCO, instalações, equipamentos e barracão (parceria com a EMBRAPA) no Jangurussu.
Continua...
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186
Continuação. XXIII Inexistência de procedimentos para
definição da fiscalização integrada (SER’s + EMLURB + SEMAM + ACFOR) dos serviços prestados pela concessionada, contratada, empresas terceirizadas e quarteirizadas.
- 200 fiscais contratados pela PMF em 2011, lotados nas SER’s. - Monitoramento em tempo real, via GPS, da coleta, transporte e pesagem no ASMOC e Jangurussu. - Detectada a intenção de integração entre os diversos órgãos responsáveis pela fiscalização dos serviços.
XXIV Falta de um sistema de coleta conteinerizada, mais atualizado, no Centro, Av. Beira Mar e outras áreas de interesse turístico e comercial.
- Projeto da ECOFOR para instalação de 3 Contêineres de 16 m3 e de 20 Contêineres de 0,8 m3 no Centro. - Existência de 85 Contêineres (1,5; 5,0 e 6,0 m3) já instalados. - Projeto inicial elaborado pela ECOFOR, para conteinerização da Av. Beira Mar.
XXV Desativação do programa ECOCIDADÃO.
- Existência do Programa Tira Treco que funciona em conjunto com o Projeto ECOCIDADÃO.
XXVI Falta de definição das funções específicos do ASMOC, para resíduos domiciliares/comerciais, outros resíduos ou todos.
- CONAMA 307/2002 – art.4º par.1º os RCC não poderão ser dispostos em Aterro Domiciliar desde 2004 (art 13).
XXVII Falta de aterro industrial para os resíduos sólidos de Fortaleza.
- Existência de Inventário de Resíduos Industriais Estaduais. - Instalação da Refinaria Premium II da Petrobras no Complexo Portuário do Pecém em Caucaia. - PNRS define que até 2019, 100% dos resíduos industriais perigosos e não perigosos devem ter destinação final ambientalmente adequada. - NBR 8.418/84 –Projetos de Aterros de Resíduos Industriais Perigosos. ARIP.
XXVIII Falta de estudo atualizado para definição da capacidade de aterramento nos aterros vizinhos à Fortaleza e falta de estabelecimento de contatos intermunicipais tendo em vista a possibilidade de novos consórcios de Fortaleza com outros municípios da Região Metropolitana.
- Lei Nº. 11.107/2005 – Constituição dos Consórcios e Decreto Nº 6.017/2007. - Lei Nº 12.305/2010 art. 11 par.único: prioriza iniciativas de Municípios com soluções compartilhadas ou consorciadas e Decreto Nº 7.404/2010. - Proximidade das SER II, IV e VI com os outros aterros (Sul e Leste).
XXIX Falta de gestão efetiva a partir de denúncias públicas/privadas aos serviços prestados tendo em vista a melhoria operacional dos mesmos.
- Sistema de fiscalização em tempo real via GPS (SIG), SAC e Ouvidoria implantadas.
Continua...
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Continuação.
XXX Contaminação do solo, ar e lençol freático do Rio Cocó, pelo antigo Lixão do Jangurussu. Falta de monitoramento e remediação da área, incluindo definição de responsabilidades.
- PNRS define metas de recuperação de lixões: até 2015: 10%, até 2019: 40%, até 2023: 70%, até 2027:100% recuperados no Nordeste. - Lei Federal nº 6.983/1981 – art. 3º define finalidades do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).
XXXI Presença de catadores na Estação de Transbordo do Jangurussu.
- Fórum Lixo e Cidadania.
XXXII Muitos materiais são enviados às Associações/Cooperativas sendo descartados como rejeito, mesmo passíveis de reciclagem, pois não existem indústrias recicladoras desses materiais em Fortaleza e Região Metropolitana.
- Existência do SINDIVERDE – Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domiciliares e Industriais no Estado do Ceará.
XXXIII Presença de RSS eventualmente na Estação de Transbordo do Jangurussu e por conseqüência no ASMOC.
-Incinerador/Autoclave operado pela MARQUISE no Jangurussu. - RDC ANVISA 306/2004.
XXXIV Destinação inadequada de resíduos de Construção Civil e Demolições (excesso) e de resíduos volumosos, no ASMOC.
- Existência do Plano de Gerenciamento de RCC. - Programa Tira Treco. - CONAMA 307/2002 proíbe disposição de RCC em aterro domiciliar a partir de 2004. - Uma Usina de RCC instaladas no RMF. - Sistema de Gestão da ECOFOR e Fiscalização da EMLURB e ACFOR. - PNRS define: até 2014 a diminuição de 100% de áreas de disposição irregular (bota-fora); implantação de PEV’s, Áreas de Triagem e Transbordo em 100% dos Municípios até 2014; elaboração de PGRCC pelos grandes geradores e sistema declaratório dos geradores, transportadores e áreas de destinação; elaboração de diagnostico quantitativo e qualitativo da geração, coleta e destinação dos RCC; caracterização dos resíduos e rejeitos da construção para definição de reutilização, reciclagem e disposição final. - NBR 15.112 – RCC e Volumosos – Áreas de Transbordo e Triagem. - NBR 15.114 – RCC – Áreas de Reciclagem. - NBR 15.115 - Agregados reciclados de RCC para execução de Camadas de Pavimentação. - NBR 15.116 – Utilização de agregados reciclados de RCC para pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural
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Continuação. XXXV Destinação inadequada de resíduos de
“grandes geradores” nos “pontos de lixo”. - Lei municipal Nº 8.408/99 – Estabelece normas para Gestão de Resíduos para Grandes Geradores.
XXXVI Possibilidade de se instalarem mais “pontos de lixo”.
- Consciência geral de que os “pontos de lixo” devem ser eliminados.
XXXVII Falta de um programa bem definido para conscientização ambiental dos geradores de resíduos sólidos (população residente de Fortaleza).
- Existência de Projeto para o consumo consciente e educação socioambiental – Campanha de Sensibilização, dentro do Programa VIDA (SEMAM). - Diversos programas de Educação Ambiental elaborados pela ECOFOR, EMLURB, SEMAM. - Lei Nacional Nº 9.795/99 – Institui a Política Nacional de Educação Ambiental.
XXXVIII Aumento da geração per capita em Fortaleza e Caucaia.
- O PNRS define até 2014 redução de 70% de recicláveis e 70% de materiais úmidos dispostos em aterros.
XXXIX A quantidade de resíduo domiciliar coletado (aprox. 49 mil t/mês em 2011) é maior que o valor definido no contrato 45 mil t/mês), sendo que a coleta de “pontos de lixo” no período de 2005 a 2011 aumentou 4,2 vezes (126 mil em 2005 para 531 mil em 2011.
- Histórico de geração de resíduos domiciliares de Fortaleza, nos últimos 5 anos, para definição de médias e taxas de crescimento de geração de resíduos.
XL Falta de fiscalização mais rigorosa na descarga de resíduos no ASMOC e Estação de Transbordo do Jangurussu.
- Monitoramento da entrada/saída de caminhões com foto em tempo real. - Presença de fiscais da EMLURB/ACFOR no ASMOC e Jangurussu (Convênio ACFOR e EMLURB).
XLI Destinação inadequada de pneus (aproximadamente 200.000 destinados em aterro, em 2011).
- Lei Federal Nº 12.305/2010. PNRS, define Logística Reversa. - CONAMA 258/99 – Destinação adequada de pneumáticos inservíveis. - CONAMA 264/99 – Critérios para co-processamento de resíduos em fornos de cimento. - Projeto da RECICLANOR para trituração de pneus. - Barracão licenciado para armazenamento de pneus no Jangurussu.
XLII Falta de Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de Caucaia.
- Lei Nº 12.305/2010. - PNRS define até 2015, 100% dos municípios devem ter PGRS elaborado.
XLIII Falta de integração específica entre a Gestão Municipal de Fortaleza e de Caucaia, tendo em vista a disposição conjunta no ASMOC.
- Lei dos Consórcios Nº. 11.107/05. - Contrato de cessão da área do ASMOC para Fortaleza. - Art. 11 da Lei Federal 12.305/2010 prioriza municípios em consórcios ou soluções compartilhadas.
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Continuação.
XLIV Falta de controle dos materiais transportados pelos caminhões da Coleta Especial Urbana (CEU), realizada por empresas terceirizadas/quarteirizadas.
- Monitoramento em tempo real da pesagem de caminhões no ASMOC/Jangurussu. - 01 Fiscal por ZGL para monitorar a CEU. - Presença de fiscais EMLURB/ACFOR.
XLV Falta de programa de logística reversa para coleta e destinação final de resíduos especiais (pilhas, baterias, lâmpadas, eletroeletrônicos, entre outros).
- CONAMA Nº 257/99 – Critérios para destinação final adequada de pilhas e baterias. - Lei Federal Nº 12.305/2010 –Institui a Logística Reversa e Decreto Nº. 7.404 que regulamenta. - Lei Estadual Nº 12.944/99 – Descarte de pilhas e baterias.
XLVI Modelo de gestão municipal descentralizada prejudica o controle e a fiscalização dos serviços de limpeza urbana, tendo em vista a execução terceirizada/quarteirizada centralizada.
- Lei municipal Nº 8.621/2002 institui o Sistema Municipal de Limpeza Urbana.
XLVII Dificuldade na contratação de prestadores de serviços para gerenciamento dos resíduos do Porto.
- Programa de Conformidade Gerencial de Resíduos Sólidos e Efluentes, da Secretaria de Portos.
XLVIII Falta de planejamento integrado nos programas de Educação Ambiental (SEMAM + EMLURB + SER’s + ECOFOR).
- Os Programas VIDA, Onda Verde e ECOCIDADÃO e a Lei Municipal Nº.7.653/94 apóiam o Programa de Educação Ambiental Especial. - Vários programas desenvolvidos pela SEMAM, EMLURB, SER’s e ECOFOR.
XLIX Falta de revisão, atualização e planejamento Físico-Financeiro para implantação e continuidade dos Programas de Educação Ambiental, coordenados pela SEMAM.
- Lei Nacional Nº 9.795/99 – Institui a Política Nacional de Educação Ambiental.
L Falta de um Programa de assistência técnico-administrativa às Associações/ Cooperativas já instaladas e em funcionamento.
- Apoio da ACFOR na Instalação de Barracão de triagem na SER III. - Presença do Fórum “Lixo e Cidadania” e SEMAM.
LI Falta de incentivo para implantação de indústrias recicladoras por parte dos Municípios de Fortaleza e Caucaia.
- SINDIVERDE – Sindicado das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domiciliares e Industriais no Estado do Ceará. - PNRS define que até 2015, haja uma redução de 70% dos materiais recicláveis dispostos em aterros. - Presença das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Econômico de Fortaleza e Caucaia.
LII Prestação de serviços de limpeza de bocas-de-lobo é insuficiente prejudicando o escoamento de águas pluviais pelo sistema de drenagem existente.
- Equipe-padrão disponível para tais serviços de acordo com contrato EMLURB/MARQUISE.
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Continuação. LIII Falta de padronização do
acondicionamento para descarte de resíduos domiciliares e comerciais (orgânicos e rejeitos).
- Vários modelos existentes estão em uso em vários municípios brasileiros.
LIV Falta de padronização do acondicionamento de materiais recicláveis.
- Vários modelos existentes estão em uso em vários municípios brasileiros.
LV Áreas abrangidas pelas SER’s V e VI são as maiores, aproximadamente o dobro das outras Secretarias Executivas Regionais, tanto em área, como em população.
- Lei Orgânica do Município de Fortaleza.
LVI Falta de capacitação dos cerca de 5.000 catadores autônomos espalhados pela cidade.
- Presença do Fórum “Lixo e Cidadania” e SEMAM.
LVII Custo dos serviços complementares acrescidos de outros serviços, ultrapassa o custo referente à coleta regular de resíduos domiciliares e conteinerização de Fortaleza.
LVIII Aumento da cultura dos descartáveis. - Lei Federal Nº 12.305/2010, Lei Estadual Nº 13.103 – Política Estadual de Resíduos Sólidos. - PNRS define redução de 70% dos materiais recicláveis destinados a aterros até 2015.
LIX Aumento dos custos operacionais, equipamentos e mão de obra para a coleta, transporte, transbordo e destinação final dos resíduos sólidos.
LX O custo de inertização dos RSS municipais executados no CTRP representam R$ 1.109.635,01/ano dos cofres do Município de Fortaleza, sendo que a mesma unidade presta serviços ao Estado e à Particulares recebendo R$ 12.781.164,55/ano.
- Incinerador é propriedade da PMF.
LXI Os grandes geradores depositam seus resíduos no ASMOC, pagando à Concessionária R$ 3.115.511,46/ano.
- Contrato de concessão exclusivo entre ACFOR e ECOFOR.
LXII Presença de óleo de fritura contaminando as águas pluviais e esgotos sanitários.
- Existência de Programa Duóleo, instalado na Associação ACORES. Coleta e beneficiamento do óleo, financiados pela Petrobras.
LXIII Aumento da quantidade de resíduos coletados como CEU – 126 mil ton. em 2005, para 531 mil ton. em 2001.
- Lei Municipal Nº 8.408/99.
LXIV Lei Nº. 8.408/1999 – Não obriga a apresentação de PGRS de Grandes Geradores de todos os tipos de resíduos, e determina o controle somente das empresas responsáveis pelo transporte.
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Continuação. LXV Falta de um Programa bem definido para
conscientização da população flutuante diária e sazonal, relativamente ao descarte dos resíduos sólidos gerados.
Lei Nº 9.795/99, institui a Política Nacional de Educação Ambiental.
LXVI Pouca divulgação dos programas privados de coleta seletiva de resíduos sólidos, tais como COELCE, Banco do Brasil, Pão de Açúcar, Shoppings entre outros.
Lei Nº 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Decreto Nº 7.404/2010.
Quadro 03 – Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças.
Item Ameaças Relevância (1)
Incerteza (2)
Prioridade (3)
I Crescimento populacional elevado (Ano 2031=Fortaleza +Caucaia=3.710.141 hab.)
05 05 25
II Acréscimo na geração de RSU em épocas de veraneio (população flutuante).
05 03 15
III Inexistência de programa detalhado sobre a ampliação da capacidade de aterramento de resíduos do atual ASMOC.
05 05 25
IV Inexistência de projeto detalhado de MDL para o ASMOC.
05 03 15
V Inexistência de estudo conclusivo sobre o uso de novas tecnologias apropriadas para a disposição final de resíduos sólidos, tendo em vista as condições ambientais sensíveis da Região.
03 03 09
VI Inexistência de projeto detalhado da Estação de Transbordo do Jangurussu.
05 05 25
VII Não implantação do Plano de Gerenciamento de RCD com definição de áreas públicas e/ou privadas para recebimento e disposição desses resíduos tendo em vista a eliminação de “bota fora” clandestinos (não licenciados) e lançamento indevido em “pontos de lixo”.
05 01 05
VIII Inexistência de programas e plano detalhado para Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos (38,1%) para disposição conjunta com os resíduos da podação, capina e roçagem para a Compostagem, Vermicompostagem e Bioenergia ou ainda Briquetagem em parceria com a COELCE.
05 05 25
IX Falta de organização de novas Associações/Cooperativas de catadores para recebimento, triagem, processamento e transferência de materiais recicláveis atendendo maior número de catadores autônomos e novas áreas do território municipal.
03 03 09
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192
Continuação. X Inexistência de um Programa de Coleta
Seletiva para a Reciclagem de resíduos sólidos urbanos (33,3%), com inclusão social de cerca de 5.000 catadores, com apoio integrado do Governo Municipal, Secretarias Executivas Regionais, SEMAM, EMLURB, ECOFOR e Fórum Lixo e Cidadania.
05 03 15
XI Inexistência de PGRS dos terminais rodoviários.
01 03 03
XII Indefinição do tempo de vida útil do ASMOC em função da ampliação do aterramento do atual maciço já construído ou, de projeto específico em área contígua.
05 01 05
XIII A não recuperação de todas as chaminés de coleta dos gases do ASMOC e destinação final dos mesmos diretamente na atmosfera.
03 01 03
XIV Não aplicação dos procedimentos específicos sobre a gestão de resíduos dos grandes geradores.
05 03 15
XV Inexistência de cadastro atualizado de Deposeiros, Sucaterios e Aparistas, tendo em vista a obtenção de licenciamentos ambientais e regularização operacional.
03 03 09
XVI Inexistência de cobrança de taxas/tarifas de coleta de lixo dos geradores, não cobrindo os custos operacionais do sistema, comprometendo a sustentabilidade, a eficiência e a eficácia do mesmo.
05 05 25
XVII Inexistência de um Centro de Educação Ambiental, bem estruturado, voltado ao correto manejo dos resíduos sólidos urbanos.
05 05 25
XVIII Existência de 1800 “pontos de lixo” distribuídos por toda a cidade, degradando o meio urbano e contrariando as boas práticas para a disposição dos resíduos para a coleta.
05 03 15
XIX Inexistência de um sistema de informações de fácil acesso aos usuários, focado em índices e indicadores de desempenho do sistema de gestão de resíduos sólidos de Fortaleza.
01 05 05
XX
Inexistência de planejamento adequado para a implantação de PEV’s, distribuídos nas SER’s.
05 03 15
XXI Falta de monitoramento das áreas dos lixões já desativados João Lopes, Barra do Ceará, Buraco da Gia e Henrique Jorge.
05 05 25
XXII Falta de um programa definindo o sistema de coleta, transporte e destinação final do coco verde (SERCEFOR e SER-II), com a atuação da COOBCOCO.
05 03 15
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Continuação. XXIII Inexistência de procedimentos para definição
da fiscalização integrada (SER’s + EMLURB + SEMAM + ACFOR) dos serviços prestados pela concessionada, contratada, empresas terceirizadas e quarteirizadas.
03 03 09
XXIV Falta de um sistema de coleta conteinerizada, mais atualizado, no Centro, Av. Beira Mar e outras áreas de interesse turístico e comercial.
03 03 09
XXV Desativação do programa ECOCIDADÃO. 05 03 15
XXVI Falta de definição das funções específicos do ASMOC, para resíduos domiciliares/comerciais, outros resíduos ou todos.
05 05 25
XXVII Falta de aterro industrial para os resíduos industriais de Fortaleza.
05 05 25
XXVIII Falta de estudo atualizado para definição da capacidade de aterramento nos aterros vizinhos à Fortaleza e falta de estabelecimento de contatos intermunicipais tendo em vista a possibilidade de novos consórcios de Fortaleza com outros municípios da Região Metropolitana.
05 03 15
XXIX Falta de gestão efetiva a partir de denúncias públicas/privadas aos serviços prestados tendo em vista a melhoria operacional dos mesmos.
05 01 05
XXX Contaminação do solo, ar e lençol freático do Rio Cocó, pelo antigo Lixão do Jangurussu. Falta de monitoramento e remediação da área, incluindo definição de responsabilidades.
05 05 25
XXXI Presença de catadores na Estação de Transbordo do Jangurussu.
05 05 25
XXXII Muitos materiais são enviados às Associações/Cooperativas sendo descartados como rejeito, mesmo passíveis de reciclagem, pois não existem indústrias recicladoras desses materiais em Fortaleza e Região Metropolitana.
03 03 09
XXXIII Presença de RSS eventualmente na Estação de Transbordo do Jangurussu e por conseqüência no ASMOC.
05 01 05
XXXIV Destinação inadequada de resíduos de Construção Civil e Demolições (excesso) e de resíduos volumosos, no ASMOC.
05 03 15
XXXV Destinação inadequada de resíduos de “grandes geradores” nos “pontos de lixo”.
05 05 25
XXXVI Possibilidade de se instalarem mais “pontos de lixo”.
05 05 25
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Continuação. XXXVII Falta de um programa bem definido para
conscientização ambiental dos geradores de resíduos sólidos (população residente em Fortaleza).
05 05 25
XXXVIII Aumento da geração per capita em Fortaleza e Caucaia.
05 05 25
XXXIX A quantidade de resíduo domiciliar coletado (aprox. 49 mil t/mês em 2011) é maior que o valor definido no contrato 45 mil t/mês), sendo que a coleta de “pontos de lixo” no período de 2005 a 2011 aumentou 4,2 vezes (126 mil em 2005 para 531 mil em 2011).
05 05 25
XL Falta de fiscalização mais rigorosa na descarga de resíduos no ASMOC e Estação de Transbordo do Jangurussu.
03 01 03
XLI Destinação inadequada de pneus (aproximadamente 200.000 destinados em aterro, em 2011).
05 03 15
XLII Falta de Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de Caucaia.
05 05 25
XLIII Falta de integração específica entre a Gestão Municipal de Fortaleza e de Caucaia, tendo em vista a disposição conjunta no ASMOC.
05 05 25
XLIV Falta de controle dos materiais transportados pelos caminhões da Coleta Especial Urbana (CEU), realizada por empresas terceirizadas/quarteirizadas.
05 03 15
XLV Falta de programa de logística reversa para coleta e destinação final de resíduos especiais (pilhas, baterias, lâmpadas, eletroeletrônicos, entre outros).
05 03
15
XLVI Modelo de gestão municipal descentralizada prejudica o controle e a fiscalização dos serviços de limpeza urbana, tendo em vista a execução terceirizada/ quarteirizada centralizada.
03 05 15
XLVII Dificuldade na contratação de prestadores de serviços para gerenciamento dos resíduos do Porto.
01 03 03
XLVIII Falta de planejamento integrado nos programas de Educação Ambiental (SEMAM + EMLURB + SER’s + ECOFOR)
05 05 25
XLIX Falta de revisão, atualização e planejamento Físico-Financeiro para implantação e continuidade dos Programas de Educação Ambiental coordenados pela SEMAM.
05 05 25
L Falta de um Programa de assistência técnico-administrativa às Associações/ Cooperativas já instaladas e em funcionamento.
05 03 15
Continua...
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Continuação. LI Falta de incentivo para implantação de
indústrias recicladoras por parte dos Municípios de Fortaleza e Caucaia.
05 05 25
LII Prestação de serviços de limpeza de bocas-de-lobo é insuficiente prejudicando o escoamento de águas pluviais pelo sistema de drenagem existente.
05 03 15
LIII Falta de padronização do acondicionamento para descarte de resíduos domiciliares e comerciais (orgânicos e rejeitos).
05 05 25
LIV Falta de padronização do acondicionamento de materiais recicláveis.
05 05 25
LV Áreas abrangidas pelas SER’s V e VI são as maiores, aproximadamente o dobro das outras Secretarias Executivas Regionais, tanto em área, como em população.
03 01 03
LVI Falta de capacitação dos cerca de 5.000 catadores autônomos espalhados pela cidade.
05 05 25
LVII Custo dos serviços complementares acrescidos de outros serviços, ultrapassa o custo referente à coleta regular de resíduos domiciliares e conteinerização de Fortaleza.
05 03 15
LVIII Aumento da cultura dos descartáveis. 05 03 15 LIX Aumento dos custos operacionais,
equipamentos e mão de obra para a coleta, transporte, transbordo e destinação final dos resíduos sólidos.
05 05 25
LX O custo de inertização dos RSS municipais executados no CTRP representam R$ 1.109.635,01/ano dos cofres do Município de Fortaleza, sendo que a mesma unidade presta serviços ao Estado e à Particulares recebendo R$ 12.781.164,55/ano.
03 03 09
LXI Os grandes geradores depositam seus resíduos no ASMOC, pagando à Concessionária R$ 3.115.511,46/ano.
03 03 09
LXII Presença de óleo de fritura contaminando as águas pluviais e esgotos sanitários.
05 03 15
LXIII Aumento da quantidade de resíduos coletados como CEU – 126 mil ton. em 2005, para 531 mil ton. em 2001
05 05 25
LXIV Lei Nº. 8.408/1999 – Não obriga a apresentação de PGRS de Grandes Geradores de todos os tipos de resíduos, e determina o controle somente das empresas responsáveis pelo transporte.
05 05 25
Continua...
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Continuação. LXV Falta de um Programa bem definido para
conscientização da população flutuante diária e sazonal, relativamente ao descarte dos resíduos sólidos gerados.
05 05 25
LXVI Pouca divulgação dos programas privados de coleta seletiva de resíduos sólidos, tais como COELCE, Banco do Brasil, Pão de Açúcar, Shoppings entre outros.
05 05 25
Relevância e Incerteza. Alta = 5 Média = 3 Baixa = 1
Convergências das Ameaças Críticas
A) Gestão Integrada
(VII) + (IX) + (XI) + (XIV) + (XV) + (XVI) + (XIX) + (XX) + (XXII) + (XXIII) + (XXIV)
+ (XXIX) + (XXXI) + (XL) + (XLII) + (XLIII) + (XLIV ) + (XLV) + (XLVI) + (XLVII) +
(L) + (LI) + (LII) + (LIII) + (LIV) + (LV) + (LVII) + (LIX) + (LX) + (LXIV) = 05 + 09
+03 + 15 + 09 + 25 + 05 + 15 + 15 + 09 + 09 + 05 + 25 + 03 + 25 + 25 + 15 + 15 + 15 + 03
+ 15 + 25 + 15 + 25 + 25 + 03 + 15 + 25 + 09 + 25 = 432 pontos.
B) Produção de Resíduos
(I) + (II) + (VIII) + (X) + (XIII) + (XVIII) + (XXX II) + (XXXV) + (XXXVI) + (XXXVIII)
+ (XXXIX) + (LVIII) + (LXII) + (LXIII) = 25 + 15 + 25 + 15 + 03 + 15 + 09 + 25 + 25 +
25 + 25 + 15 + 15 + 25 = 262 pontos.
C)Disposição Final
(III) + (IV) + (V) + (VI) + (XII) + (XXI) + (XXVI) + (XXVII) + (XXVIII) + (XXX) +
(XXXIII) + (XXXIV) + (XLI) + (LXI) = 25 + 15 + 09 + 15 + 05 + 25 + 25 + 25 + 15 + 25
+ 05 + 15 + 25 + 09 = 238 pontos.
D) Educação Ambiental
(XVII) + (XXV) + (XXXVII) + (XLVIII) + (XLIX) + (LV I) + (LXV) + (LXVI) = 25 + 15
+ 25 + 25 + 25 + 25 + 25 + 25 = 190 pontos.
PRIORIDADE = RELEVÂNCIA X INCERTEZA
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Resumidamente:
- Gestão de Resíduos = 432 pontos.
- Produção de Resíduos = 262 pontos.
- Disposição Final = 238 pontos.
- Educação Ambiental = 190 pontos.
HIERARQUIZAÇÃO
A) Gestão Integrada (432 pontos).
VII Não implantação do Plano de Gerenciamento de RCD com definição de áreas públicas e/ou privadas para recebimento e disposição desses resíduos tendo em vista a eliminação de “bota fora” clandestinos (não licenciados) e lançamento indevido em “pontos de lixo”.
IX Falta de organização de novas Associações/Cooperativas de catadores para recebimento, triagem, processamento e transferência de materiais recicláveis atendendo maior número de catadores autônomos e novas áreas do território municipal.
XI Inexistência de PGRS dos terminais rodoviários.
XIV Não aplicação dos procedimentos específicos sobre a gestão de resíduos dos grandes geradores.
XV Inexistência de cadastro atualizado de Deposeiros, Sucaterios e Aparistas, tendo em vista a obtenção de licenciamentos ambientais e regularização operacional.
XVI Inexistência de cobrança de taxas/tarifas de coleta de lixo dos geradores, não cobrindo os custos operacionais do sistema, comprometendo a sustentabilidade, a eficiência e a eficácia do mesmo.
XIX Inexistência de um sistema de informações de fácil acesso aos usuários, focado em índices e indicadores de desempenho do sistema de gestão de resíduos sólidos de Fortaleza.
XX
Inexistência de planejamento adequado para a implantação de PEV’s, distribuídos nas SER’s.
XXII Falta de um programa definindo o sistema de coleta, transporte e destinação final do coco verde (SERCEFOR e SER-II), com a atuação da COOBCOCO.
XXIII Inexistência de procedimentos para definição da fiscalização integrada (SER’s + EMLURB + SEMAM + ACFOR) dos serviços prestados pela concessionada, contratada, empresas terceirizadas e quarteirizadas.
XXIV Falta de um sistema de coleta conteinerizada, mais atualizado, no Centro, Av. Beira Mar e outras áreas de interesse turístico e comercial.
XXIX Falta de gestão efetiva a partir de denúncias públicas/privadas aos serviços prestados tendo em vista a melhoria operacional dos mesmos.
XXXI Presença de catadores na Estação de Transbordo do Jangurussu.
XL Falta de fiscalização mais rigorosa na descarga de resíduos no ASMOC e Estação de Transbordo do Jangurussu.
XLII Falta de Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de Caucaia. XLIII Falta de integração específica entre a Gestão Municipal de Fortaleza e de Caucaia, tendo
em vista a disposição conjunta no ASMOC. Continua...
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198
Continuação.
XLIV Falta de controle dos materiais transportados pelos caminhões da Coleta Especial Urbana (CEU), realizada por empresas terceirizadas/quarteirizadas.
XLV Falta de programa de logística reversa para coleta e destinação final de resíduos especiais (pilhas, baterias, lâmpadas, eletroeletrônicos, entre outros).
XLVI Modelo de gestão municipal descentralizada prejudica o controle e a fiscalização dos serviços de limpeza urbana, tendo em vista a execução terceirizada/quarteirizada centralizada.
XLVII Dificuldade na contratação de prestadores de serviços para gerenciamento dos resíduos do Porto.
L Falta de um Programa de assistência técnico-administrativa às Associações/ Cooperativas já instaladas e em funcionamento.
LI Falta de incentivo para implantação de indústrias recicladoras por parte dos Municípios de Fortaleza e Caucaia.
LII Prestação de serviços de limpeza de bocas-de-lobo é insuficiente prejudicando o escoamento de águas pluviais pelo sistema de drenagem existente.
LIII Falta de padronização do acondicionamento para descarte de resíduos domiciliares e comerciais (orgânicos e rejeitos).
LIV Falta de padronização do acondicionamento de materiais recicláveis.
LV Áreas abrangidas pelas SER’s V e VI são as maiores, aproximadamente o dobro das outras Secretarias Executivas Regionais, tanto em área, como em população.
LVII Custo dos serviços complementares acrescidos de outros serviços, ultrapassa o custo referente à coleta regular de resíduos domiciliares e conteinerização de Fortaleza.
LIX Aumento dos custos operacionais, equipamentos e mão de obra para a coleta, transporte, transbordo e destinação final dos resíduos sólidos.
LX O custo de inertização dos RSS municipais executados no CTRP representam R$ 1.109.635,01/ano dos cofres do Município de Fortaleza, sendo que a mesma unidade presta serviços ao Estado e à Particulares recebendo R$ 12.781.164,55/ano.
LXIV Lei Nº. 8.408/1999 – Não obriga a apresentação de PGRS de Grandes Geradores de todos os tipos de resíduos, e determina o controle somente das empresas responsáveis pelo transporte.
B) Produção de Resíduos (262 pontos).
I Crescimento populacional elevado (Ano 2031=Fortaleza +Caucaia=3.710.141 hab.).
II Acréscimo na geração de RSU em épocas de veraneio (população flutuante).
VIII Inexistência de programas e plano detalhado para Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos (38,1%) para disposição conjunta com os resíduos da podação, capina e roçagem para a Compostagem, Vermicompostagem e Bioenergia ou ainda Briquetagem em parceria com a COELCE.
X Inexistência de um Programa de Coleta Seletiva para a Reciclagem de resíduos sólidos urbanos (33,3%), com inclusão social de cerca de 5.000 catadores, com apoio integrado do Governo Municipal, Secretarias Executivas Regionais, SEMAM, EMLURB, ECOFOR e Fórum Lixo e Cidadania.
XIII A não recuperação de todas as chaminés de coleta dos gases do ASMOC e destinação final dos mesmos diretamente na atmosfera.
XVIII Existência de 1800 “pontos de lixo” distribuídos por toda a cidade, degradando o meio urbano e contrariando as boas práticas para a disposição dos resíduos para a coleta.
Continua...
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199
Continuação.
XXXII Muitos materiais são enviados às Associações/Cooperativas sendo descartados como rejeito, mesmo passíveis de reciclagem, pois não existem indústrias recicladoras desses materiais em Fortaleza e Região Metropolitana.
XXXV Destinação inadequada de resíduos de “grandes geradores” nos “pontos de lixo”. XXXVI Possibilidade de se instalarem mais “pontos de lixo”.
XXXVIII Aumento da geração per capita em Fortaleza e Caucaia. XXXIX A quantidade de resíduo domiciliar coletado (aprox. 49 mil t/mês em 2011) é maior que o
valor definido no contrato 45 mil t/mês), sendo que a coleta de “pontos de lixo” no período de 2005 a 2011 aumentou 4,2 vezes (126 mil em 2005 para 531 mil em 2011).
LVIII Aumento da cultura dos descartáveis. LXII Presença de óleo de fritura contaminando as águas pluviais e esgotos sanitários.
LXIII Aumento da quantidade de resíduos coletados como CEU – 126 mil em 2005, para 531 mil em 2001
C) Disposição Final (238 pontos).
III Inexistência de projeto detalhado sobre a ampliação da capacidade de aterramento de resíduos do atual ASMOC.
IV Inexistência de programa detalhado de MDL para o ASMOC.
V Inexistência de estudo conclusivo sobre o uso de novas tecnologias apropriadas para a disposição final de resíduos sólidos, tendo em vista as condições ambientais sensíveis da Região.
VI Inexistência de projeto detalhado da Estação de Transbordo do Jangurussu.
XII Indefinição do tempo de vida útil do ASMOC em função da ampliação do aterramento do atual maciço já construído ou, de projeto específico em área contígua.
XXI Falta de monitoramento das áreas dos lixões já desativados João Lopes, Barra do Ceará, Buraco da Gia e Henrique Jorge.
XXVI Falta de definição das funções específicos do ASMOC, para resíduos domiciliares/comerciais, outros resíduos ou todos.
XXVII Falta de aterro industrial para os resíduos sólidos de Fortaleza.
XXVIII Falta de estudo atualizado para definição da capacidade de aterramento nos aterros vizinhos à Fortaleza e falta de estabelecimento de contatos intermunicipais tendo em vista a possibilidade de novos consórcios de Fortaleza com outros municípios da Região Metropolitana.
XXX Contaminação do solo, ar e lençol freático do Rio Cocó, pelo antigo Lixão do Jangurussu. Falta de monitoramento e remediação da área, incluindo definição de responsabilidades.
XXXIII Presença de RSS eventualmente na Estação de Transbordo do Jangurussu e por conseqüência no ASMOC.
XXXIV Destinação inadequada de resíduos de Construção Civil e Demolições (excesso) e de resíduos volumosos, no ASMOC.
XLI Destinação inadequada de pneus (aproximadamente 200.000 destinados em aterro, em 2011).
LXI Os grandes geradores depositam seus resíduos no ASMOC, pagando à Concessionária R$ 3.115.511,46/ano.
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200
D) Educação Ambiental (190 pontos).
XVII Inexistência de um Centro de Educação Ambiental, bem estruturado, voltado ao correto manejo dos resíduos sólidos urbanos.
XXV Desativação do programa ECOCIDADÃO.
XXXVII Falta de um programa bem definido para conscientização ambiental dos geradores de resíduos sólidos (população residente em Fortaleza).
XLVIII Falta de planejamento integrado nos programas de Educação Ambiental (SEMAM + EMLURB + SER’s + ECOFOR)
XLIX Falta de revisão, atualização e planejamento Físico-Financeiro para implantação e continuidade dos Programas de Educação Ambiental, coordenados pela SEMAM.
LVI Falta de capacitação dos cerca de 5.000 catadores autônomos espalhados pela cidade. LXV Falta de um Programa bem definido para conscientização da população flutuante diária e
sazonal, relativamente ao descarte dos resíduos sólidos gerados. LXVI Pouca divulgação dos programas privados de coleta seletiva de resíduos sólidos, tais como
COELCE, Banco do Brasil, Pão de Açúcar, Shoppings entre outros.
PRIORIDADES
A) Gestão Integrada (432 pontos).
Item Ameaças Prioridade XVI Inexistência de cobrança de taxas/tarifas de coleta de lixo dos geradores, não
cobrindo os custos operacionais do sistema, comprometendo a sustentabilidade, a eficiência e a eficácia do mesmo.
25
XXXI Presença de catadores na Estação de Transbordo do Jangurussu. 25
XLII Falta de Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de Caucaia. 25 XLIII Falta de integração específica entre a Gestão Municipal de Fortaleza e de
Caucaia, tendo em vista a disposição conjunta no ASMOC. 25
LIII Falta de padronização do acondicionamento para descarte de resíduos domiciliares e comerciais (orgânicos e rejeitos).
25
LIV Falta de padronização do acondicionamento de materiais recicláveis. 25
LIX Aumento dos custos operacionais, equipamentos e mão de obra para a coleta, transporte, transbordo e destinação final dos resíduos sólidos.
25
LXIV Lei Nº. 8.408/1999 – Não obriga a apresentação de PGRS de Grandes Geradores de todos os tipos de resíduos, e determina o controle somente das empresas responsáveis pelo transporte.
25
XIV Não aplicação dos procedimentos específicos sobre a gestão de resíduos dos grandes geradores.
15
XX
Inexistência de planejamento adequado para a implantação de PEV’s, distribuídos nas SER’s.
15
XXII Falta de um programa definindo o sistema de coleta, transporte e destinação final do coco verde (SERCEFOR e SER-II), com a atuação da COOBCOCO.
15
XLIV Falta de controle dos materiais transportados pelos caminhões da Coleta Especial Urbana (CEU), realizada por empresas terceirizadas/quarteirizadas.
15
XLV Falta de programa de logística reversa para coleta e destinação final de resíduos especiais (pilhas, baterias, lâmpadas, eletroeletrônicos, entre outros).
15
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201
XLVI Modelo de gestão municipal descentralizada prejudica o controle e a fiscalização dos serviços de limpeza urbana, tendo em vista a execução terceirizada/quarteirizada centralizada.
15
L Falta de um Programa de assistência técnico-administrativa às Associações/ Cooperativas já instaladas e em funcionamento.
15
LII Prestação de serviços de limpeza de bocas-de-lobo é insuficiente prejudicando o escoamento de águas pluviais pelo sistema de drenagem existente.
15
LVII Custo dos serviços complementares acrescidos de outros serviços, ultrapassa o custo referente à coleta regular de resíduos domiciliares e conteinerização de Fortaleza.
15
IX Falta de organização de novas Associações/Cooperativas de catadores para recebimento, triagem, processamento e transferência de materiais recicláveis atendendo maior número de catadores autônomos e novas áreas do território municipal.
09
XV Inexistência de cadastro atualizado de Deposeiros, Sucaterios e Aparistas, tendo em vista a obtenção de licenciamentos ambientais e regularização operacional.
09
XXIII Inexistência de procedimentos para definição da fiscalização integrada (SER’s + EMLURB + SEMAM + ACFOR) dos serviços prestados pela concessionada, contratada, empresas terceirizadas e quarteirizadas.
09
XXIV Falta de um sistema de coleta conteinerizada, mais atualizado, no Centro, Av. Beira Mar e outras áreas de interesse turístico e comercial.
09
LX O custo de inertização dos RSS municipais executados no CTRP representam R$ 1.109.635,01/ano dos cofres do Município de Fortaleza, sendo que a mesma unidade presta serviços ao Estado e à Particulares recebendo R$ 12.781.164,55/ano.
09
VII Não implantação do Plano de Gerenciamento de RCD com definição de áreas públicas e/ou privadas para recebimento e disposição desses resíduos tendo em vista a eliminação de “bota fora” clandestinos (não licenciados) e lançamento indevido em “pontos de lixo”.
05
XIX Inexistência de um sistema de informações de fácil acesso aos usuários, focado em índices e indicadores de desempenho do sistema de gestão de resíduos sólidos de Fortaleza.
05
XXIX Falta de gestão efetiva a partir de denúncias públicas/privadas aos serviços prestados tendo em vista a melhoria operacional dos mesmos.
05
XI Inexistência de PGRS dos terminais rodoviários. 03
XL Falta de fiscalização mais rigorosa na descarga de resíduos no ASMOC e Estação de Transbordo do Jangurussu.
03
XLVII Dificuldade na contratação de prestadores de serviços para gerenciamento dos resíduos do Porto.
03
LV Áreas abrangidas pelas SER’s V e VI são as maiores, aproximadamente o dobro das outras Secretarias Executivas Regionais, tanto em área, como em população.
03
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202
B) Produção de Resíduos (262 pontos).
Item Ameaças Prioridade I Crescimento populacional elevado (Ano 2031=Fortaleza
+Caucaia=3.710.141 hab.). 25
VIII Inexistência de programas e plano detalhado para Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos (38,1%) para disposição conjunta com os resíduos da podação, capina e roçagem para a Compostagem, Vermicompostagem e Bioenergia ou ainda Briquetagem em parceria com a COELCE.
25
XXXV Destinação inadequada de resíduos de “grandes geradores” nos “pontos de lixo”.
25
XXXVI Possibilidade de se instalarem mais “pontos de lixo”. 25 XXXVIII Aumento da geração per capita em Fortaleza e Caucaia. 25 XXXIX A quantidade de resíduo domiciliar coletado (aprox. 49 mil t/mês em 2011) é
maior que o valor definido no contrato 45 mil t/mês), sendo que a coleta de “pontos de lixo” no período de 2005 a 2011 aumentou 4,2 vezes (126 mil em 2005 para 531 mil em 2011).
25
LXIII Aumento da quantidade de resíduos coletados como CEU – 126 mil em 2005, para 531 mil em 2001
25
II Acréscimo na geração de RSU em épocas de veraneio (população flutuante). 15
X Inexistência de um Programa de Coleta Seletiva para a Reciclagem de resíduos sólidos urbanos (33,3%), com inclusão social de cerca de 5.000 catadores, com apoio integrado do Governo Municipal, Secretarias Executivas Regionais, SEMAM, EMLURB, ECOFOR e Fórum Lixo e Cidadania.
15
XVIII Existência de 1800 “pontos de lixo” distribuídos por toda a cidade, degradando o meio urbano e contrariando as boas práticas para a disposição dos resíduos para a coleta.
15
LVIII Aumento da cultura dos descartáveis. 15 LXII Presença de óleo de fritura contaminando as águas pluviais e esgotos
sanitários. 15
XXXII Muitos materiais são enviados às Associações/Cooperativas sendo descartados como rejeito, mesmo passíveis de reciclagem, pois não existem indústrias recicladoras desses materiais em Fortaleza e Região Metropolitana.
09
XIII A não recuperação de todas as chaminés de coleta dos gases do ASMOC e destinação final dos mesmos diretamente na atmosfera.
03
C) Disposição Final (238 pontos).
Item Ameaças Prioridade III Inexistência de projeto detalhado sobre a ampliação da capacidade de
aterramento de resíduos do atual ASMOC. 25
VI Inexistência de projeto detalhado da Estação de Transbordo do Jangurussu. 25
XXI Falta de monitoramento das áreas dos lixões já desativados João Lopes, Barra do Ceará, Buraco da Gia e Henrique Jorge.
25
XXVI Falta de definição das funções específicos do ASMOC, para resíduos domiciliares/comerciais, outros resíduos ou todos.
25
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203
XXVII Falta de aterro industrial para os resíduos sólidos de Fortaleza. 25
XXX Contaminação do solo, ar e lençol freático do Rio Cocó, pelo antigo Lixão do Jangurussu. Falta de monitoramento e remediação da área, incluindo definição de responsabilidades.
25
IV Inexistência de programa detalhado de MDL para o ASMOC. 15
XXVIII Falta de estudo atualizado para definição da capacidade de aterramento nos aterros vizinhos à Fortaleza e falta de estabelecimento de contatos intermunicipais tendo em vista a possibilidade de novos consórcios de Fortaleza com outros municípios da Região Metropolitana.
15
XXXIV Destinação inadequada de resíduos de Construção Civil e Demolições (excesso) e de resíduos volumosos, no ASMOC.
15
XLI Destinação inadequada de pneus (aproximadamente 200.000 destinados em aterro, em 2011).
15
V Inexistência de estudo conclusivo sobre o uso de novas tecnologias apropriadas para a disposição final de resíduos sólidos, tendo em vista as condições ambientais sensíveis da Região.
09
LXI Os grandes geradores depositam seus resíduos no ASMOC, pagando à Concessionária R$ 3.115.511,46/ano.
09
XII Indefinição do tempo de vida útil do ASMOC em função da ampliação do aterramento do atual maciço já construído ou, de projeto específico em área contígua.
05
XXXIII Presença de RSS eventualmente na Estação de Transbordo do Jangurussu e por conseqüência no ASMOC.
05
D) Educação Ambiental (190 pontos).
Item Ameaças Prioridade XVII Inexistência de um Centro de Educação Ambiental, bem estruturado, voltado
ao correto manejo dos resíduos sólidos urbanos. 25
XXXVII Falta de um programa bem definido para conscientização ambiental dos geradores de resíduos sólidos (população residente em Fortaleza).
25
XLVIII Falta de planejamento integrado nos programas de Educação Ambiental (SEMAM + EMLURB + SER’s + ECOFOR)
25
XLIX Falta de revisão, atualização e planejamento Físico-Financeiro para implantação e continuidade dos Programas de Educação Ambiental, coordenados pela SEMAM.
25
LVI Falta de capacitação dos cerca de 5.000 catadores autônomos espalhados pela cidade.
25
LXV Falta de um Programa bem definido para conscientização da população flutuante diária e sazonal, relativamente ao descarte dos resíduos sólidos gerados.
25
LXVI Pouca divulgação dos programas privados de coleta seletiva de resíduos sólidos, tais como COELCE, Banco do Brasil, Pão de Açúcar, Shoppings entre outros.
25
XXV Desativação do programa ECOCIDADÃO. 15
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204
(BB) – Definição dos Cenários.
5. CENÁRIOS FUTUROS – PROGNÓSTICO 5.7 DEFINIÇÃO DOS CENÁRIOS Apoiados nos elementos anteriormente descritos e detalhados, torna-se possível
a definição dos cenários propostos e apresentados a seguir.
Pela hierarquização das ameaças, é possível observar que a gestão integrada
apresenta o maior número de pontos, seguida da produção de resíduos, disposição final e
educação ambiental. O modelo aplicado poderia conduzir a situações diferenciadas, como
por exemplo, disposição final ou produção de resíduos com a maior pontuação e não a
gestão integrada. Combinando-se entre si as convergências pontuadas nos quatro setores
escolhidos é possível estabelecer as seguintes estruturas básica alternativas para a
hierarquização dos cenários futuros:
Figura 08 – Alternativas.
Pela integração das alternativas desenhadas anteriormente obtém-se a figura 09,
interpretada a seguir:
Fonte: SANETAL, 2012.
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205
Figura 09 – Integração das alternativas.
Fonte: SANETAL,2012.
Por esta imagem, é possível verificar que a pontuação da Gestão Integrada
acrescida de Educação Ambiental alcançou 622 pontos e a pontuação de Produção de
Resíduos e a conseqüente Disposição Final alcançou 500 pontos. Esses números sugerem a
montagem dos cenários a partir da Gestão Integrada (432), Produção de Resíduos (262),
Disposição Final (238) e Educação Ambiental (190).
Para melhor entendimento metodológico e para o detalhamento dos cenários
(prognósticos) pesquisados optou-se pela seguinte seqüência:
- Produção de Resíduos;
- Disposição Final;
- Gestão Integrada, e,
- Educação Ambiental para a população residente de Fortaleza e Caucaia e
para as populações flutuantes e sazonais de Fortaleza.
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206
(CC) – Educação Ambiental.
5.7. DEFINIÇÃO DOS CENÁRIOS
5.7.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O quarto conjunto de ameaças está concentrado na Educação Ambiental. Muito
vem sendo estudado e detalhado sobre o tema. Muitos modelos, programas, projetos e ações
já foram implementados em nosso país. Cartilhas, folderes (filipetas), cartazes, vídeos e até
filmes concorrendo a prêmios internacionais. Também é assunto de novela, em busca do
despertar da população para a educação ambiental. Acredita-se que os efeitos da educação
ambiental somente apresentarão resultados positivos quando a gestão adequada dos
resíduos sólidos associado a um forte programa de educação ambiental for materializada
através de programas, projetos e ações que apresentem resultados satisfatórios e positivos.
De nada adianta separar os materiais recicláveis para a coleta seletiva, se no dia
e hora marcados essa coleta não ocorrer. De nada adianta separar os materiais recicláveis e
os orgânicos se no final das contas tudo for parar no aterro sanitário, ou pior ainda, nos
lixões espalhados por muitos municípios a fora.
A ação reguladora dos governos nacional, estadual e municipal que obriguem os
fabricantes de produtos a usarem menos embalagens e a cobrança de certificação do
cumprimento (selo verde, por exemplo) podem conduzir à minimização, a qual é uma das
áreas importantes para o Gerenciamento Integral de Resíduos Sólidos Urbanos. Da mesma
forma, ações da sociedade civil e programas como o DUAL da Alemanha, que incentivam a
compostagem, o uso de embalagens retornáveis e fortes campanhas de educação sanitária,
estimulam as populações urbanas a se envolverem e participarem nos programas de
reciclagem e compostagem/vermicompostagem, bioenergia.
As ameaças anteriormente elencadas na área da educação ambiental e detalhadas
a seguir, permeiam as ameaças relacionadas à produção de resíduos, à disposição final e à
gestão integrada.
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Educação Ambiental (190 pontos).
XVII Inexistência de um Centro de Educação Ambiental, bem estruturado, voltado ao correto manejo dos resíduos sólidos urbanos.
XXV Desativação do programa ECOCIDADÃO
XXXVII Falta de um programa bem definido para conscientização ambiental dos geradores de resíduos sólidos (população residente em Fortaleza)
XLVIII Falta de planejamento integrado nos programas de Educação Ambiental (SEMAM + EMLURB + SER’s + ECOFOR)
XLIX Falta de revisão, atualização e planejamento Físico-Financeiro para implantação e continuidade dos Programas de Educação Ambiental, coordenados pela SEMAM.
LVI Falta de capacitação dos cerca de 5.000 catadores autônomos espalhados pela cidade. LXV Falta de um Programa bem definido para conscientização da população flutuante diária e
sazonal, relativamente ao descarte dos resíduos sólidos gerados. LXVI Pouca divulgação dos programas privados de coleta seletiva de resíduos sólidos, tais como
COELCE, Banco do Brasil, Pão de Açúcar, Shoppings entre outros.
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208
(DD) – Propostas de maior relevância para a Educação Ambiental.
(EE) – Considerar nos Cenários, as ações de educação ambiental.
(FF) – Implantação da educação ambiental.
(GG) – Efetivação da fiscalização sobre os cidadãos.
• Maior fortalecimento da educação ambiental, principalmente na produção de adubo
orgânico, oriundo da compostagem do resíduo das podas e os demais resíduos
orgânicos (alimentos e estercos das vacarias do entrono da cidade) para retornar as
áreas verdes da cidade (praças e jardins).
• Educação ambiental em relação ao consumo (repensar) e coleta seletiva. Não é só
educação ambiental, mas educação como um todo.
• Devemos pensar diferente, os aterros sanitários são necessários, mas vai faltar
espaço e devemos pensar em trabalho voltado para educar. Não produzir lixo, antes
de tudo repensar e reusar.
• Inserir em todos os eventos do município (shows, seminários, encontros, jogos, etc.)
noções de educação ambiental e ou apelos para utilização de lixeiras e da coleta
seletiva realizada pelos catadores de materiais recicláveis. Manter a cidade limpa!
• Sobre a Educação ambiental: promover ações em sintonia entre todos os órgãos.
Diagnóstico item 11.2 p. 323
Os itens referenciados serão destacados nos cenários e quando da Versão
Preliminar do PMGIRS.
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209
(HH) Cenário Estadual
• Sugiro consultar o CONPAM para atualização do Cenário Estadual.
Diagnóstico: item 6.5 - p.98
6. RESÍDUOS SÓLIDOS
6.5 CENÁRIO ESTADUAL
O Estado do Ceará, com uma população urbana segundo a ABRELPE/2010, de
6.343.990 habitantes, produz em média 8.735 toneladas de resíduos sólidos por dia, com
um per capita de 1,377 kg/hab x dia, constitui-se no segundo maior gerador de resíduos
sólidos da Região. Dos nove estados nordestinos apenas a Bahia ultrapassa o Ceará e
Pernambuco, em terceiro lugar, está bem próximo.
A situação atual reflete a existência de três Aterros Sanitários Metropolitanos,
construídos pelo Governo de Estado, no período de 1989/1994, instalados em Caucaia, no
Oeste, o de Maracanaú ao Sul e em Aquiraz, ao Leste. Mais três aterros sanitários foram
construídos no Estado, estando a política estadual de gestão dos resíduos sólidos a cargo da
Secretaria das Cidades.
Em 2006, a PROINTEC elaborou o Diagnóstico da situação de coleta e destino
final nos municípios do Ceará constatando que naquela época existiam apenas 21 PGRS,
dos 184 municípios cearenses, com 85% dos município destinando seus resíduos a lixões,
vazadouros a céu aberto. Várias irregularidades foram apontadas no Diagnóstico como
lançamentos próximos a recursos hídricos e a centros urbanos, queima e enterramento
muito freqüentes, e má operação de aterros que passaram a se transformar em lixões.
O Diagnóstico concluiu pela necessidade de desviar do fluxo geral de resíduos
sólidos o dos serviços de saúde, a partir de um plano de gestão específico.
Ainda, nas conclusões, aparecem:
- Falta de campanhas informativas e de educação dos cidadãos para com os
resíduos sólidos;
- Falta de veículos próprios para a coleta e equipamentos complementares, e,
- Falta de definição do programa de coleta seletiva implementados, tendo em
vista a instalação de um mercado não convencional utilizado para a
comercialização dos resíduos, entre outros.
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210
Isto posto, o Governo Estadual do Ceará definiu como meta a elaboração e
construção de 30 aterros sanitários a serem operados de forma consorciada.
Figura 55. Consórcios intermunicipais propostos.
O Estado do Ceará, através da Lei Nº 13.103/2001 implantou normativas e
formas de incentivos dirigidos aos municípios, tendo em vista o gerenciamento adequado
dos resíduos sólidos, tudo em conformidade com os Planos de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos (PGRS) devidamente elaborados e licenciados pelo órgão ambiental estadual.
A Lei Nº 13.304/2003 incentiva o desempenho ambiental dos municípios,
através do Selo Município Verde e também o Decreto Estadual Nº 29.306/2008 que define
a distribuição do ICMS, condicionado aos indicadores sociais e do meio ambiente.
Estão previstos dentro da Política Estadual de Resíduos Sólidos, a instalação de
centros de triagem incluídos nos custos de implantação dos aterros consorciados.
O Estado do Ceará apresenta várias tecnologias aplicadas ao manejo de resíduos
sólidos destacando-se:
Fonte: SEMACE,2010.
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211
- A instalação, em Fortaleza, de estações de acondicionamento de resíduos nos
supermercados EXTRA e PÃO DE AÇUCAR;
- Troca de materiais recicláveis por bônus na conta de energia elétrica de
interessados cadastrados no Programa COELCE, do Grupo Endessa S.A;
- Coleta Seletiva do Banco do Nordeste, de acordo com o Decreto Federal Nº
5.940/2002;
- Coleta, triagem, desmonte, armazenamento e destinação final para a
reciclagem de resíduos eletroeletrônicos, operado pela empresa ECOLETA
Ambiental;
- Briquetagem de rejeito de papelão e podas por via úmida;
- Reciclagem de entulho da construção civil, e,
- Compostagem biotecnológica acelerada mediante o uso de microorganismos
específicos para resíduos provenientes da podação, feiras e centrais de
abastecimento de hortifrutigranjeiros.
Segundo informações do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente –
CONPAM, disponíveis no documento intitulado Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos do
Estado do Ceará – Regionalização, 2011, “o Governo do Estado do Ceará tem tomado
iniciativas em colaboração com os municípios para melhorar a situação da gestão dos
serviços de manejo de resíduos sólidos urbanos. Até 2010, foram elaborados planos por 177
municípios, do total de 184 do estado. No geral, verifica-se a demanda de
revisão/complementação deste conjunto de documentos nos moldes da Política Nacional
(Lei nº 12.305/2010).
Quanto aos resíduos sólidos especiais no Ceará, algumas informações inspiram
preocupação, sobretudo em relação à fase de disposição final. No Ceará, 57,5% dos
resíduos industriais são dispostos em áreas fora dos empreendimentos. Destes, 12% são
para lixões municipais, inclusive os resíduos perigosos.”
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212
(II) – Geração de Resíduos – Estudo comparativo.
• Mesmo utilizando os dados de 2009, acho relevante que houvesse análise
comparativa dos dados e indicadores do SNIS/Resíduos com cidades de mesmo
porte, posicionando assim o desempenho da prestação dos serviços frente a outros
municípios;
Diagnóstico: item 13.3 - p. 373.
13. CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL
13.3 SISTEMA DE INFORMAÇÕES
O Governo Federal mantém o Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento – SNIS, onde está cadastrado o diagnóstico do manejo de resíduos sólidos
urbanos dos municípios que participam do sistema. Fortaleza e Caucaia participam do
SNIS. Os dados sobre manejo de resíduos sólidos urbanos de Fortaleza são enviados através
da EMLURB.
O diagnóstico referente ao ano de 2009 teve a participação de 1.964 municípios,
cerca de 35,3% do total do país, onde vivem 120 milhões de pessoas. Os índices obtidos
apontam uma cobertura do serviço de coleta domiciliar de 93,4% (freqüência mínima de
coleta uma vez por semana). A destinação final totalizou 24,9 milhões de toneladas de
resíduos domiciliares e públicos, sendo que destes, 16,2 toneladas (65%) eram destinados a
aterros sanitários, 5,9 milhões de toneladas (23,7%) para aterros controlados, 1,0 milhão de
toneladas (4,2%) para unidades de triagem e de compostagem, e 1,8 milhões de toneladas
(7,1%) para lixões.
No ano de 2010 houve um aumento no número de municípios participantes,
chegando a 2.070 (37,2% do total), representando 127 milhões de habitantes. A cobertura
do serviço de coleta domiciliar aumentou para 98,5%, e na região nordeste o índice chegou
a 97,1%. Quanto a destinação final, foram processadas 30,4 milhões de toneladas de
resíduos, sendo 7,8 milhões de toneladas destinadas a aterros controlados (25,6%), 19,7
milhões de toneladas para aterros sanitários (65%), 2,1 milhões de toneladas para lixões
(6,8%) e 774 mil toneladas para unidades de triagem e compostagem (2,6%).
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Tabela KK – Informações do SNIS 2009 sobre manejo de resíduos sólidos em Fortaleza e Caucaia Indicadores Fortaleza/CE Caucaia/CE Taxa de cobertura da coleta de resíduos domiciliares 90% 99,8% Quantidade de resíduos domiciliares e públicos coletados
1.169.078 t/ano 111.897 t/ano
Destinação final de resíduos domiciliares Aterro Sanitário Aterro Sanitário Quantidade de resíduos coletados pela Coleta Seletiva
360 t/ano Não há coleta
seletiva Quantidade de entidades associativas de catadores 13 0 Quantidade de associados 287 0 Despesa per capita com RSU R$ 65,90 R$ 50,56
Fonte: SNIS, 2009.
Tabela LL – Informações do SNIS 2010 sobre manejo de resíduos sólidos em Fortaleza e Caucaia Indicadores Fortaleza/CE Caucaia/CE Taxa de cobertura da coleta de resíduos domiciliares 100% 100% Quantidade de resíduos domiciliares e públicos coletados
1.280.874 t/ano 114.733 t/ano
Destinação final de resíduos domiciliares Aterro Sanitário Aterro Sanitário Quantidade de resíduos coletados pela Coleta Seletiva
502 t/ano 1.500 t/ano
Quantidade de entidades associativas de catadores 14 0 Quantidade de associados 311 0 Despesa per capita com RSU R$ 76,04 R$ 41,35
Fonte: SNIS, 2010.
Os valores apresentados nas tabelas acima, demonstram que os dois municípios
atingiram 100% de cobertura de coleta de resíduos domiciliares, ante 90% e 98% de
apresentada em 2009 em Fortaleza e Caucaia, respectivamente. A média dos municípios do
Nordeste ainda encontra-se em 97,1%, ficando acima somente da região norte.
Apesar da cobertura da coleta em todos os municípios, percebe-se que a coleta
seletiva formal necessita de maiores investimentos, pois em 2010 foram coletadas somente
502 toneladas de materiais recicláveis em Fortaleza, e 1.500 toneladas em Caucaia, abaixo
de outros municípios do Nordeste como Salvador (2.600 toneladas) e Recife (2.588
toneladas).
Em relação à despesa per capita com manejo de resíduos sólidos urbanos,
Fortaleza e Caucaia, com R$ 76,04/habitante e R$ 41,35/habitante respectivamente, estão
abaixo de outros municípios nordestinos como Recife, com R$ 116,31/habitante e Salvador,
com R$ 88,95/habitante.
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(JJ) – Geração de resíduos – estudo comparativo.
Comentários a serem incluídos nos Cenários quando da Versão Preliminar do
PMGIRS.
• Implantação da Educação Ambiental
• Efetivação da fiscalização sobre os cidadãos que fazem destinação inadequada dos
resíduos independente de uma pessoa física ou jurídica.
• Subdividir os elementos de dados que estejam citados em relação à composição
física do lixo, por novo estudo, por serem esses dados de essencial importância para
a definição do modelo de gestão de resíduos, seja em relação à coleta como em
relação ao tratamento e disposição final. Obs.: Os Cenários desenhados precisam de
dados consistentes.
• Considerar nos Cenários as propostas de redução da geração de resíduos ao longo do
tempo de forma integrada: resíduos domiciliares e resíduos da coleta especial, visto
que tem muito lixo domiciliar/comercial nessa coleta especial.
• Considerar também nos cenários as ações de educação ambiental citados no
diagnóstico analisando a efetividade dessas ações.
• Apresentar propostas de instrumentos legais e financeiros em apoio à
sustentabilidade do sistema de manejo de resíduos sólidos.
• Estudar e propor modelo de remuneração dos serviços de coleta, considerando a
evolução quantitativa dos resíduos de fortaleza que remunera de forma diferenciada
por tipo de coleta pelo tipo de veículo e disposição para a coleta
• ASCAJAN, ou complexo do Jangurussu – Criar indústrias de beneficiamento dos
resíduos, para agregar valor às cooperativas;
• Incentivar usinas de RCD e ATI na zona metropolitana da cidade a fim de evitar o
lançamento de RCD no aterro
• Sistema de controle das pesagens do município com o seu controle e balanceiros
próprios para elaboração das medições, assim como a implementação de controle de
operação, uniformizada no intuito de mensuração dos serviços executados.
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• Sugestão de vigência na regulamentação do contrato da concessão dos serviços, pois
devido a grandes lacunas devem ser logo preenchidas buscando racionalização e
redução dos custos e otimização e maximização dos resultados.
• Maior fortalecimento da educação ambiental, principalmente na produção de adubo
orgânico, oriundo da compostagem do resíduo das podas e os demais resíduos
orgânicos (alimentos e estercos das vacarias do entrono da cidade) para retornar as
áreas verdes da cidade (praças e jardins).
• Educação ambiental em relação ao consumo (repensar) e coleta seletiva. Não é só
educação ambiental, mas educação como um todo.
• Devemos pensar diferente, os aterros sanitários são necessários, mas vai faltar
espaço e devemos pensar em trabalho voltado para educar. Não produzir lixo, antes
de tudo repensar e reusar.
• Inserir em todos os eventos do município (shows, seminários, encontros, jogos, etc.)
noções de educação ambiental e ou apelos para utilização de lixeiras e da coleta
seletiva realizada pelos catadores de materiais recicláveis. Manter a cidade limpa!
• Sobre a Educação ambiental: promover ações em sintonia entre todos os órgãos.
• Utilizar a área do Complexo do Jangurussu para recebimento só de resíduo
reciclável (centro de recebimento);
• Fortalecer e unificar a fiscalização de todos os serviços de limpeza urbana de
Fortaleza;
• Isentar através de projeto de lei as taxas municipais para requerer o licenciamento;
• Estimular e articular a organização dos catadores de materiais recicláveis, bem como
promover cursos de capacitação, educação, relações interpessoais e de
empreendedorismo. Prepará-los para os desafios futuros, haja vista que a sua
participação será fundamental no processo.
• Qual a opção do grande gerador que destina resíduos para o ASMOC a luz da lei 12
305/10 (PNRS)?
• Resíduos industriais: elaborar um estudo aprofundado junto a Semace.
• Passivos ambientais: incluir monitoramento do lixão do Jangurussu.
• Propõe um aprofundamento sobre o Programa de Gerenciamento de Resíduos da
Construção e Demolição – avaliação da problemática; referência ao Plano Integrado
de Gestão de Resíduos da construção e Demolição do município de Fortaleza,
elaborado em 2006, os avanços do programa da SEMAM, suas metas e
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considerações, no sentido de elaborar uma política para Gestão e Gerenciamento
desses resíduos.
• Obrigatoriedade da segregação dos resíduos na fonte, destinação à produção de
agregados, reciclados, reutilização, etc.
• Uso de agregados, reciclados nas obras públicas, estimulo ao uso de agregados e
reciclados.
• Sugiro que o capitulo abordando esses resíduos dimensione a problemática e
proponha procedimentos objetivos no trato da questão. Que proponha os cuidados
com esses resíduos.
• Em relação aos Pontos de Lixo, no centro da cidade, nas proximidades de
restaurantes, bares, que colocam os resíduos alimentares na rua e as crianças
catadoras de lixo, tiram os alimentos para comerem, estas casas devem ser
fiscalizadas e orientadas para diminuir o desperdício, e temos outro grande
problema relacionado à alimentação segura e de qualidade.
• Incluir no diagnóstico a inexistência do Plano de Coleta Seletiva de Fortaleza, bem
como da inexistência da Política de Resíduos sólidos do município de Fortaleza.
• Expansão do aterro da ASMOC com união entre os maciços e posterior elevação;
• Ampliar a capacidade do ASMOC (até esgotar), utilizando todos os espaços
possíveis e definir o tipo de resíduo que será disposto. Exemplo: o RCD não gera
chorume.
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5. ANEXOS
5.1 – Questionários Trabalhadores da Coleta Seletiva Informal.
5.2 – Súmula 29 do Supremo Tribunal Federal, acerca da constitucionalidade da “taxa de lixo” 5.3 – Relação de Depósitos de Sucatas no Centro de Fortaleza.
5.4 – Relação de Depósito de Sucatas na Regional III.
5.5 – Relação de Depósitos de Sucatas Várias Regionais.
5.6 – Relação de Depósitos de Sucata Regional V.
5.7 – Relação de Depósitos de Sucata Regional VI.
5.8 – Relação de Depósitos Vinculados Ao SINDIVERDE.
5.9 – Relação de Empresas Associadas ao SINDIVERDE.
5.10 – Legislação Federal, Estadual e Municipal.
5.11 – Alternativas para acondicionamento e Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos.
5.12 – Relação das Indústrias de Reciclagem e Beneficiamento de Resíduos potencialmente
recicláveis.
5.13 – Alternativas tecnológicas para a coleta de resíduos convencionais.
5.14 – Modelos e proposições de coleta seletiva de resíduos para a compostagem
/vermicompostagem/bioenergia.
5.15 Legislação de Resíduos Industriais – Principais Artigos.
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5.1 – Questionários Trabalhadores da Coleta Seletiva Informal.
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5.2 – Súmula 29 do Supremo Tribunal Federal, acerca da constitucionalidade da “taxa de lixo”
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5.3 – Relação de Depósitos de Sucatas no Centro de Fortaleza.
1 RUA ITATIRA, ENTRE AS RUAS RODRIGUES JUNIOR E DONA LEOPOLDINA
2 RUA 25 DE MARÇO, ENTRE AS RUAS PINTO MADEIRA E PERO COELHO. 3 AV. VISCONDE DO RIO BRANCO, ENTRE A AV. DUQUE DE CAXIAS E PERO COELHO. 4 RUA BARÃO DE ARATANHA, ENTRE AS RUAS METON DE ALENCAR E SÓLON
PINHEIRO. 5 RUA 25 DE MARÇO, ENTRE A AV. SANTOS DUMONT E A RUA SENADOR ALMIR
PINTO 6 RUA 25 DE MARÇO, ENTRE A AV. SANTOS DUMONT E A RUA SENADOR ALMIR
PINTO 7 RUA 25 DE MARÇO, ENTRE AS RUAS SENADOR ALMIR PINTO E PEREIRA
FILGUEIRAS. 8 RUA AGAPITO DOS SANTOS, PRÓXIMO A RUA PEDRO PEREIRA. 9 RUA PADRE IBIAPINA, ENTRE A RUA PADRE PEREIRA E A VILA SÃO PEDRO. 10 AV. DO IMPERADOR, ENTRE AS RUAS PEDRO PEREIRA E LIBERATO BARROSO 11 AV. DO IMPERADOR, ENTRE AS RUAS PEDRO PEREIRA E LIBERATO BARROSO 2. 12 RUA SÃO PAULO, ENTRE A RUA PRINCESA ISABEL E A AV. DO IMPERADOR 1. 13 RUA SÃO PAULO, ENTRE A RUA PRINCESA ISABEL E A AV. DO IMPERADOR 2. 14 RUA SENADOR ALENCAR, ENTRE A RUA PRINCESA ISABEL E A AV. DO IMPERADOR 15 RUA SENADOR ALENCAR, ENTRE A RUA PRINCESA ISABEL E A AV. DO IMPERADOR 16 RUA SENADOR ALENCAR, ENTRE A RUA PRINCESA ISABEL E A AV. DO IMPERADOR 17 AV. DO IMPERADOR, ENTRE AS RUAS SENADOR ALENCAR E CASTRO E SILVA 18 AV. DO IMPERADOR, ENTRE AS RUAS SENADOR ALENCAR E CASTRO E SILVA 19 RUA PRINCESA ISABEL, ENTRE AS RUAS LIBERATO BARROSO E ESTEFÂNIA
SALGADO 1. 20 20- RUA PRINCESA ISABEL, ENTRE AS RUAS LIBERATO BARROSO E ESTEFÂNIA
SALGADO 21 RUA GUILHERME ROCHA, ENTRE AS RUAS TEREZA CRISTINA E ALFREDO
SALGADO. 22 RUA TEREZA CRISTINA, ESQUINA COM A RUA SÃO PAULO. 23 RUA TEREZA CRISTINA, ENTRE AS RUAS SÃO PAULO E GUILHERME ROCHA. 24 RUA CASTRO E SILVA, ESQUINA COM A RUA TEREZA CRISTINA 25 RUA CASTRO E SILVA, ESQUINA COM A RUA TEREZA CRISTINA 26 RUA TEREZA CRISTINA, ENTRE AS RUAS GUILHERME ROCHA E LIBERATO
BARROSO. 27 RUA TEREZA CRISTINA, ENTRE AS RUAS LIBERATO BARROSO E PEDRO PEREIRA. 28 RUA PADRE MORORÓ, ENTRE AS RUAS LIBERATO BARROSO E PEDRO PEREIRA 29 RUA PADRE MORORÓ, ENTRE AS RUAS LIBERATO BARROSO E PEDRO PEREIRA 30 RUA PADRE MORORÓ, ENTRE AS RUAS SÃO PAULO E SENADOR ALENCAR. 31 RUA AGAPITO DOS SANTOS, PRÓXIMO A PEDRO PEREIRA. 32 RUA AGAPITO DOS SANTOS, ENTRE AS RUAS SÃO PAULO E GUILHERME ROCHA. 33 RUA LIBERATO BARROSO, ENTRE AS RUAS AGAPITO DOS SANTOS E CONSELHEIRA
ESTELITA 34 RUA LIBERATO BARROSO, ENTRE AS RUAS AGAPITO DOS SANTOS E CONSELHEIRA
ESTELITA 2. 35 RUA CONSELHEIRA ESTELITA, ENTRE AS RUAS GUILHERME ROCHA E SÃO PAULO
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5.4 – Relação de Depósito de Sucatas na Regional III.
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5.5 – Relação de Depósitos de Sucatas Várias Regionais.
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5.6 – Relação de Depósitos de Sucata Regional V.
Nº Bairro Endereço Proprietário Estabelecimento 1 Maraponga Rua Holanda, 1753 Construtora WA Sucata 2 Canindezinho Rua Umarizeiras, 593 Freitas Sucata de
Reciclagem 3 Canindezinho Av. Osório de Paiva, 7051 Recivora Sucata de
Reciclagem 4 Canindezinho Av. Osório de Paiva, 5647 Francisco Sucata de
Reciclagem 5 Canindezinho Av. Osório de Paiva, 7031 Lima Sucata 6 Canindezinho Rua Osmar Lima, 1507 Alexandre Sucata de
Reciclagem 7 Canindezinho Rua Estênio Gomes, 2380 Fábio Sucata de
Reciclagem 8 Canindezinho Rua Cônego de Castro,
8812 PF Sucata de
Reciclagem 9 Canindezinho Rua A, 250 Luciano Sucata de
Reciclagem 10 Bom Jardim Rua Maria Julia, 1446 RECICLAGEM Sucata de
Reciclagem 11 Bom Jardim Travessa Santa Edwirges,
330 Luciano Sucata de
Reciclagem 12 Bom Jardim Rua Manuel Galdino, 230 Sebastião Sucata de
Reciclagem 13 Bom Jardim Rua Valverde, 448 Antonio Sucata de
Reciclagem 14 Bom Jardim Rua Bom Jesus, 1515 Liliane e Irineu Sucata de
Reciclagem 15 Bom Jardim Av. Osório de Paiva, 4144 Jonas Sucata 16 Bom Jardim Rua Oscar França, 87 Assis Sucata 17 Bom Jardim Rua Itu, 1212 Alcivan Sucata de
Reciclagem 18 Bom Jardim Rua Valdemar Paz, 1491 ----- Sucata de
Reciclagem 19 Bom Jardim Rua Urucutuba, 202 ---- Sucata de
Reciclagem 20 Bom Jardim Rua Dr. F. Augusto, 285 João Sucata de
Reciclagem 21 Bom Jardim Rua Bom Jesus, 996 Valeria Sucata de
Reciclagem 22 Bom Jardim Rua Sabino Feijão, 971 Irani Sucata de
Reciclagem 23 P. José Walter Av. Perimetral, 5712 Dada Sucata de
Reciclagem 24 P. José Walter Av. João Araújo Lima,
2332 Silvio Sucata
25 P. José Walter Rua Labim de Belém, 108 Baba Sucata de Reciclagem
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228
26 P. José Walter Rua Julio Vieira, 99 Ana Sucata 27 Mondobim Rua Tenente Botelho, 545 Emanuel Sucata de
Reciclagem 28 Mondobim Rua 12, 180 Jóia Sucata 29 Mondobim Rua Iracema, 2231 Zé Maria Sucata 30 Mondobim Rua Paulo Mendonça. 10 El Shaday Sucata de
Reciclagem 31 Mondobim Rua Cabral Veras, 483 Mineiro Sucata 32 Mondobim Rua Aurélio Leal, 111 Antonio Sucata de
Reciclagem 33 PQ Genibaú Rua Francisco Ramos, 370 Manuel Sucata de
Reciclagem 34 PQ Genibaú Rua Porto das rosas, 750 Lídio Sucata de
Reciclagem 35 PQ Genibaú Rua Humaitá, 904 Vando Sucata de
Reciclagem 36 PQ Genibaú Avenida D, 927 Dantas Sucata de
Reciclagem 37 PQ Genibaú Rua Perilo Teixeira, 720 Luiz Sucata de
Reciclagem 38 PQ Genibaú Rua Perilo Teixeira, 1380 Genibáu Sucata 39 PQ Genibaú Rua Alves Batista, 459 Forte/Elvira Sucata de
Reciclagem 40 PQ Genibaú Rua Humaitá, 920 Bom Preço Sucata de
Reciclagem 41 PQ Genibaú Rua José Mendonça, 471 Isaú Sucata de
Reciclagem 42 PQ Genibaú Rua Beira Rio, 146 Jeniêr Sucata 43 PQ Genibaú Rua das Pedrinhas, 1078 Claudio/Ademar Sucata 44 PQ Genibaú Rua das pedrinhas, 832 Moises/Claudio Sucata 45 PL. Airton Senna Rua da Glória, 149 Edmundo Sucata 46 PL. Airton Senna Rod. Dr. Mendel
Steinbouch, 6335 Neto Sucata
47 PL. Airton Senna Rod. Dr. Mendel Steinbouch, 6061
Gonçalves Sucata de Reciclagem
48 PL. Airton Senna Av. FCª Mª da Conceição, 1300
Wilson Sucata de Reciclagem
49 PL. Airton Senna Rod. Dr. Mendel Steinbouch, 5710
Zé Maria Sucata de Reciclagem
50 PL. Airton Senna Rua das Flores, 234 Maninho Sucata de Reciclagem
51 PL. Airton Senna Rua das Flores, 170 Cícero Sucata de Reciclagem
52 PL. Airton Senna Rua Artur de Sousa, 1241 Dede Sucata de Reciclagem
53 PL. Airton Senna Ruas das Belas, 190 Neto Sucata 54 PL. Airton Senna Rod. Dr. Mendel
Steinbouch, 6381 Candeia Sucata
55 PQ São José Av. Osório de Paiva, 3991 Flabio Sucata
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229
56 PQ São José Av. Osório de Paiva, 3943 Lima Sucata 57 PQ São José Av. Osório de Paiva, 3939 Amigo Sucata 58 PQ São José Av. Osório de Paiva, 3933 NSª de Fátima Sucata 59 PQ São José Av. Osório de Paiva, 3925 Limão Sucata 60 PQ São José Rua Desembargador Frota,
272 Assis Sucata de
Reciclagem 61 PQ São José Rua Dom Xisto Albano,
2340 Sebastião Sucata de
Reciclagem 62 PQ Santa Rosa Rua Prof. Cabral, 815 Valdean Sucata 63 PQ Santa Rosa Rua Iná Brito, 826 Fernando Sucata 64 PQ Santa Rosa Rua Cônego de Castro,
6145 Xavier Sucata de
Reciclagem 65 GJ Portugal Rua Taubaté, 911 Aguiar Sucata de
Reciclagem 66 GJ Portugal Rua Bragança, 1167 Mairton Sucata de
Reciclagem 67 GJ Portugal Rua Luminosa, 977 Jocimar Sucata de
Reciclagem 68 GJ Portugal Rua Emilio de Menezes,
1561 Claudia Sucata de
Reciclagem 69 GJ Portugal Rua do Canal , 1835 Ocelio Sucata de
Reciclagem 70 GJ Portugal Rua 23 de junho, 1164 Lana Sucata de
Reciclagem 71 GJ Portugal Rua Cel Fabriciano, 377 Fátima Sucata de
Reciclagem 72 GJ Portugal Rua Gustavo Barroso, 63 Francisco Sucata 73 GJ Portugal Rua Luminosa, 1159 Reginaldo Sucata 74 GJ Portugal Rua Luminosa, 375 Ulisses Sucata de
Reciclagem 75 GJ Lisboa Rua Bom Jesus, 2001 Nado Sucata de
Reciclagem 76 GJ Lisboa Rua Mateus Lemos, 1061 Geraldo Sucata de
Reciclagem 77 GJ Lisboa Rua Geraldo Barbosa, 2492 Evanildo Sucata de
Reciclagem 78 GJ Lisboa Rua Xavier da Silveira,
4209 Graça Sucata de
Reciclagem 79 GJ Lisboa Rua Geraldo Barbosa, 3390 José Sucata de
Reciclagem 80 GJ Lisboa Rua José Martins, 1846 Dedim Sucata de
Reciclagem 81 GJ Lisboa Rua Coronel Fabriciano,
2131 Maria Antonia Sucata de
Reciclagem 82 CJ Esperança Av. Cônego de Castro,
5183
Beira Rio Sucata de Reciclagem
83 V. Manoel Satiro Rua Bulgária, 640 Belarmindo Sucata de Reciclagem
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230
84 V. Manoel Satiro Rua Joaquim Alfredo, 465 Gustavo Sucata de Reciclagem
85 V. Manoel Satiro Travessa Valdir Diogo, 466 Benonio Sucata 86 V. Manoel Satiro Rua Américo Rocha Lima,
352 Neto Sucata de
Reciclagem 87 V. Manoel Satiro Rua Francisco Glicério,
1603 ---- Sucata de
Reciclagem 88 Siqueira Rua Fransciscano, 1234 Bezerra Sucata de
Reciclagem 89 Siqueira Rua Reginaldo França
Rodrigues, 30 Vitoria Sucata de
Reciclagem 90 Siqueira Rua Maciel Bezerra, 1671 Cleiton Sucata de
Reciclagem 91 Siqueira Rua General Rabelo, 154 Diassis Sucata de
Reciclagem
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5.7 – Relação de Depósitos de Sucata Regional VI.
Nº Bairro Endereço Estabelecimento
1 Jardim das Oliveiras Rua da Cachoeira, 206 Sucata
2 Cambera Rua Almeida Rego, 1400 Sucata
3 Cajazeiras BR 116, 1474 Sucata
4 Passaré Rua Juraci Ricarte, 468 Sucata
5 Passaré Rua Doutora Mires Maria Bouty, 923 Sucata
6 Passaré Av. Castelo de Castro, 340 Sucata
7 Passaré Avenida Itaperi, 295 Sucata
8 Barroso Av. Costa e Silva, 3050 Sucata
9 Barroso Av. Costa e Silva, 3012 Sucata
10 Barroso BR 112, 9450 Sucata
11 Barroso Av. Jornalista Tomaz Coelho, 1250 Sucata
12 Jangurussu Rua Maria Rodrigues, 343 Sucata
13 Jangurussu Rua Juvino Veríssimo, 298 Sucata
14 Jangurussu Rua Paulino de Brito, 561 Sucata
15 Palpina Rua Barão de Aquiraz, 1860 Sucata
16 Palpina Rua Santa Lucrecia, 830 Sucata
17 Ancuri BR 116, 10974 Sucata
18 Ancuri BR 116, 11066 Sucata
19 Ancuri Rua Luiz Alves Tomaz, 75 Sucata
20 Coité Rua Euclides Onofre de Sousa, 900 Sucata
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5.8 – Relação de Depósitos Vinculados Ao SINDIVERDE.
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5.9 – Relação de Empresas Associadas ao SINDIVERDE.
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5.10 – Legislação Federal, Estadual e Municipal.
LEGISLAÇÃO FEDERAL
Lei nº 5.318, de 26/09/1967 - Institui a Política Nacional de Saneamento e cria o Conselho
Nacional de Saneamento;
Lei nº 6.938, de 31/08/1981 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus
fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Regulamentada
pelo Decreto nº99.274, de 6 de junho de 1990 (alterado pelo Decreto nº1.523/95) e alterada
pelas Lei nº7.804, de 18 de julho de 1989 e nº8.028, de 12 de abril de 1990;
Lei nº 7.347, de 24/07/1985 - Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos
causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, histórico,
turístico e paisagístico, e dá outras providências; Modificada pela Lei nº8.078/90; Artigos
1º e 5º alterados pela Lei nº8.884/94;
Lei nº 7.797, de 10/07/1989 - Criação do Fundo Nacional do Meio Ambiente;
Lei nº 7.802, de 11/07/1989 - Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a
embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda
comercial, a utilização, a importação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro,
a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes
afins, e dá outras providências; Regulamenta pelo Decreto nº98.816/90 e pelo Decreto
nº991/93;
Lei nº 7.804, de 18/07/1989 - Altera as Leis nos 6.803/80, 6.902/81, 6.938/81 e 7.735/89;
Lei nº 8.080,de 19/09/1990 - Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, e dá
outras providências.
Lei nº 8.884, de 11/06/1994 - Altera a redação e acrescenta incisos ao artigo 39 da Lei
nº8.078/1990, altera a redação e acrescenta inciso ao artigo 1º da Lei nº7.347/85 e altera a
redação do inciso ao artigo 5º da Lei nº7.347/85;
Lei nº 9.008, 21/05/1995 - Cria o Fundo de Direitos Difusos e altera os artigos 4º, 39, 82,
91 e 98 da Lei nº 8.078/90;
Lei nº 9.605, de 12/02/1998 - Dispõe as sanções penais e administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências; Dispositivo
acrescentado pela Medida Provisória nº1.710-1/98
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Lei nº 11.445, de 05/01/2007 - Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico;
altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666,
de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de
maio de 1978; e dá outras providências.
Lei nº 11.107 de 06/04/2005 - Dispõe sobre a constituição dos Consórcios.
Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010 – Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
DECRETOS
Decreto nº 50.877, de 29/06/1961 - Dispõe sobre o lançamento de resíduo tóxico ou
oleosos nas águas interiores ou litorâneas do país e dá outras providências;
Decreto nº 76.389, de 03/10/1975 - Dispõe sobre as medidas de previsão e controle da
poluição industrial de que trata o Decreto Lei nº1.413, de 14/08/1975, e dá outras
providências;
Decreto nº 85.206, de 25/09/1980 - Altera o art.8º do Decreto nº 76.389, de 03/10/1975,
que dispõe sobre as medidas de prevenção e controle da poluição industrial;
Decreto nº 86.028, de 27/05/1981 - Institui em todo o território Nacional a “Semana
Nacional do Meio Ambiente”, e dá outras providências;
Decreto nº 875, de 19/07/1993 - Promulga o texto da convenção sobre o controle de
movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e seu depósito - Convenção da Basiléia;
Decreto nº 1.306, de 09/11/1994 - Regulamenta o Fundo de Defesa de Direitos Difusos de
que tratam os artigos 13 e 20, da Lei 7.437, de 24/07/1985, seu Conselho Gestor, e dá
outras providências;
Decreto nº 3.179, de 21/09/1999 - Especifica sanções administrativas aplicáveis às
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, dispostas, entre outras normas, na Lei
nº9.605, de 28/01/1998;
Decreto nº 5.940, de 25/10/2006 - Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados
pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte
geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais
recicláveis, e dá outras providências.
Decreto nº 6.017, de 17/01/2007 - Regulamenta a Lei nº 11.107;
Decreto nº 7.404, de 23/12/2010 – Regulamenta a Lei nº 12.305/2010.
Decreto nº 7.405, de 23/12/2010 - Institui o Programa Pró-Catador, denomina Comitê
Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis
e Recicláveis o Comitê Interministerial da Inclusão Social de Catadores de Lixo criado pelo
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Decreto de 11 de setembro de 2003, dispõe sobre sua organização e funcionamento, e dá
outras providências.
RESOLUÇÕES CONAMA
Resolução nº 001/86, de 23/01/1986 - Define Impacto Ambiental. Estudo de Impacto
Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental e demais disposições gerais (alterada pela
Resolução nº011/86);
Resolução nº 001-A/86, de 23/01/1986 - Estabelece normas para o transporte de produtos
perigosos que circulem próximos a áreas densamente povoadas, de proteção de mananciais
e do ambiente natural;
Resolução nº 011/86, de 18/03/1986 - Altera a resolução nº 001/86;
Resolução nº001/88, de 16/03/1988 - Regulamenta o cadastro técnico federal de atividades
e instrumento de defesa ambiental;
Resolução nº005/88, de 15/06/1988 - Ficam sujeitas à licenciamento as obras de sistemas
de abastecimento de águas, sistemas de esgotos sanitários, sistemas de drenagem e sistemas
de limpeza urbana;
Resolução nº 006/88, de 15/06/1988 - No processo de Licenciamento Ambiental de
Atividades Industriais, os resíduos gerados e/ou existentes deverão ser objetos de controle
específico;
Resolução nº 010/88, de 14/12/1988 - Dispõe sobre as Áreas de Proteção Ambiental -
APA’s;
Resolução nº 003/90, de 28/06/1990 - Padrões de qualidade do ar - Dispõe sobre sua
definição;
Resolução nº 008/90, de 06/12/90 - Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes
do ar, para processos de combustão externa em fontes novas fixas;
Resolução nº 013/90, de 16/12/1990 - Unidades de conservação - áreas circundantes.
Resolução nº 002/91, de 22/08/1991 - As cargas deterioradas, contaminadas, fora de
especificação ou abandonadas serão tratadas como fontes potenciais de risco para o meio
ambiente, até manifestação do órgão do meio ambiente competente;
Resolução nº 006/91, de 19/09/1991 - Estabelece critérios, para a desobrigação de
incineração ou qualquer outro tratamento de queima dos resíduos sólidos, provenientes dos
estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos;
Resolução nº 008/91, 19/09/1991 - Veda a entrada no País de materiais residuais
destinados à disposição final e incineração no Brasil;
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Resolução nº 005/93, 05/08/1993 - Resíduos Sólidos - Definição de normas mínimas para o
tratamento de resíduos sólidos oriundos de saúde, portos e aeroportos, bem como a
necessidade de estender tais exigências aos terminais ferroviários e rodoviários e revoga os
itens I, V, VI e VIII, da Portaria MINTER nº 053/79;
Resolução nº 006/93, 31/08/1993 - Resíduos Sólidos: óleos lubrificantes;
Resolução nº 009/93, 31/08/1993 - Define os diversos óleos lubrificantes, sua reciclagem,
combustão e seu re-refino, prescreve diretrizes para a sua produção e comercialização e
proíbe o descarte de óleos usados onde possam ser prejudiciais ao meio ambiente;
Resolução nº 07/94, de 30/12/1994 - Define resíduos perigosos e estabelece os critérios
para a importação e exportação de resíduos;
Resolução nº 04/95, de 09/10/1995 - Proíbe a instalação de atividades que se constituam
em “foco de atração de pássaros” em Áreas de Segurança Aeroportuárias
Resolução nº 23/96, de 12/12/1996 – Dispõe sobre as definições e o tratamento a ser dados
aos resíduos perigosos, conforme as normas adotadas pela Convenção da Basiléia sobre o
controle de movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e seu depósito.
Resolução nº 226/97, de 20/08/1997 - Estabelece limites máximos para emissão de fuligem
à plena carga;
Resolução nº 228/97, de 20/08/1997 - Autoriza a importação de chumbo metálico;
Resolução nº 237/98, 19/12/1997 - Licenciamento Ambiental;
Resolução nº 235/98, de 07/08/1991 - Dispõe sobre o gerenciamento dos resíduos
perigosos;
Resolução nº 242/98, de 30/06/1998 - Estabelece limite máximo para emissão de material
particulado para veículo leve comercial;
Resolução nº 252/99, de 01/02/1999 - Estabelece limites máximos para ruídos de
escapamento dos veículos automotores;
Resolução nº 257/99, de 30/06/1999 - Estabelece critérios, para a destinação adequada das
pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus
componentes;
Resolução nº 258/99, de 26/08/1999 - Estabelece critérios, para a destinação final
ambientalmente adequada e segura dos pneumáticos inservíveis;
Resolução nº 264/99, de 26/08/1999 - Dispõe sobre procedimentos, critérios e aspectos
técnicos específicos de licenciamento ambiental para o co-processamento de resíduos em
fornos rotativos de clíquer, para fabricação de cimento;
Resolução nº 283/01 - Dispõe sobre o tratamento e destinação final dos resíduos de saúde.
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PORTARIAS
Portaria Minter nº 53, de 01/03/1979 - Estabelece as normas aos projetos específicos de
tratamento e disposição de resíduos sólidos, bem como a fiscalização de sua implantação,
operação e manutenção;
Portaria Minter nº 124, de 20/08/1980 - Poluição Hídrica - Baixa normas no tocante à sua
prevenção;
Portaria Interministerial nº 19/81, de 29/01/1981 - Dispõe sobre a contaminação do meio
ambiente por PCBS (askarel);
Portaria Normativa IBAMA nº 348, de 14/03/1990 - Fixa novos padrões de qualidade do
ar e as concentrações de poluentes atmosféricos visando à saúde e ao bem-estar da
população, da flora e da fauna;
Portaria Normativa IBAMA nº 106, de 05/10/1994 - Dispensa a anuência prévia do
IBAMA, os pedidos de importação de resíduos que menciona e que trata a Portaria IBAMA
nº 138, de 22/12/1992;
Portaria Ms nº1.565, de 27/08/1994 - Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e
sua abrangência, esclarece a competência das três esferas de Governo e estabelece as bases
para a descentralização da execução de serviços e ações de vigilância em saúde o âmbito do
SUS;
Portaria Normativa IBAMA nº45, de 29/06/1995 - Constitui a Rede Brasileira de Manejo
Ambiental de Resíduos - REBRAMAR, integrada à Rede Pan Americana de Manejo
Ambiental de Resíduos - REPAMAR, com o objetivo de promover o intercâmbio, difusão e
acesso aos conhecimentos e experiências no manejo de resíduos;
Portaria Interministerial nº 03/95, de 31/09/1995 - Dispõe sobre a proibição de bens de
consumo usados;
Portaria nº 034/01, de 26/03/01 - Estabelece obrigações fiscais para a coleta de pilhas e
baterias.
NORMAS DA ABNT
Norma NBR 9.195 - Prescreve método para determinação da resistência à queda livre de
sacos plásticos para acondicionamento de lixo;
Norma NBR 9.196 - Prescreve método para determinação da resistência à pressão do ar em
sacos plásticos para condicionamento do lixo;
Norma NBR 9.197 - Sacos plásticos para acondicionamento de lixo. Determinação da
resistência ao impacto da esfera;
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Norma NBR 12.235 - Fixa condições exigíveis para o armazenamento de resíduos sólidos
perigosos de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente;
Norma NBR 11.174 - Fixa condições exigíveis para obtenção das condições mínimas
necessárias ao armazenamento de resíduos classe II - não - inertes e III - inertes, de forma a
proteger a saúde pública e o meio ambiente;
Norma NBR 9.190 - Classifica os sacos plásticos para acondicionamento de lixo quanto a
finalidade, espécie de lixo e dimensões;
Norma NBR 9.191 - Fixa as especificações de sacos plásticos destinados exclusivamente
ao acondicionamento de lixo para coleta;
Norma NBR 13.055 - Prescreve método para determinação da capacidade volumétrica de
sacos plásticos para acondicionamento de lixos impermeáveis à água;
Norma NBR 13.056 - Prescreve método para verificação da transferência de filmes
plásticos utilizados em sacos para acondicionamento de lixo;
Norma NBR 9.195 - Prescreve o método para determinação da resistência à queda licre de
sacos plásticos para acondicionamento de lixo;
Norma NBR 9.690 - Fixa condições exigíveis às mantas de polímeros calandradas ou
extrudadas, destinadas à execução de impermeabilização, para serem aplicadas sem contato
com materiais asfálticos. Como polímero, para efeito desta especificação, entende-se o
policloreto de vinila (PVC);
Norma NBR 9.229 - Fixa condições exigíveis às mantas de elastômeros calandradas ou
extrudadas, destinadas à execução de impermeabilização na construção civil. Esta Norma
está baseada no copolímero de isobutileno isopreno;
Norma NBR 5.681 - Fixa condições mínimas a serem preenchidas no procedimento do
controle tecnológico da execução de aterros em obras de construção de edificações
residências, comerciais ou industriais de propriedade pública ou privada;
Norma NBR 8.083 - Define termos técnico utilizáveis às normas de impermeabilização;
Norma NBR 8.419 - Fixa condições mínimas exigíveis para a apresentação de projetos de
aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos;
Norma NBR 8.849 - Fixa condições mínimas exigíveis para a apresentação de projetos de
aterros controlados de resíduos sólidos urbanos;
Norma NBR 10.157 - Fixa condições mínimas exigíveis para projeto e operação de aterros
de resíduos perigosos, de forma a proteger adequadamente as coleções hídricas superficiais
e subterrâneas próximas, bem como os operadores destas instalações vizinhas;
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Norma NBR 11.682 - Fixa condições exigíveis no estudo e controle da estabilidade de
taludes em solo, rocha ou mistos componentes de encostas naturais ou resultantes de cortes;
abrange, também, as condições para projeto, execução, controle e conservação de obras de
estabilização;
Norma NBR 13.028 - Define as formas de elaboração e apresentação de projeto de
disposição de rejeitos de beneficiamento, em barramento e em mineração - Procedimento;
Norma NBR 13.895 - Fixa as condições mínimas exigíveis para construção de poços de
monitoramento e amostragens;
Norma NBR 13.896 - Fixa condições mínimas exigíveis para projeto, implantação e
operação de aterros de resíduos não perigosos, de forma a proteger adequadamente as
coleções hídricas superficiais e subterrâneas próximas, bem como os operadores destas
instalações e populações vizinhas.
Norma NBR 12.808 - Classifica resíduos de serviços de saúde aos riscos potenciais ao
meio ambiente e à saúde pública, para que tenham gerenciamento adequado;
Norma NBR 12.809 - Fixa procedimento exigíveis para garantir condições de higiene e
segurança no processamento interno de resíduos infectantes, especiais e comuns, nos
serviços de saúde;
Norma NBR 12.810 - Fixa os procedimentos exigíveis para a coleta interna e externa dos
resíduos de serviço de saúde, sob condições de higiene e segurança;
Norma NBR 12.807 - Define termos empregados em relação aos resíduos de serviços de
saúde;
Norma NBR 13.853 - Define o uso de coletores para serviços de saúde perfurantes ou
cortantes - requisitos e métodos de ensaio.
Norma NBR 9.383 - Prescreve método para determinação de unidade ou materiais voláteis
presentes nos produtos orgânicos sólidos;
Norma NBR 8.418 - Fixa condições mínimas exigíveis para a apresentação de projetos de
aterros de resíduos industriais perigosos - ARIP;
Norma NBR 8.843 - Fixa normas para elaboração de planos de gerenciamento de resíduos
sólidos em aeroportos;
Norma NBR 10.004 - Classifica resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio
ambiente e a saúde pública, para que estes resíduos possam ter manuseio e destinação
adequados. Os resíduos radioativos não são objetos desta norma, pois são de competência
exclusiva da comissão nacional de energia nuclear;
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Norma NBR 10.005 - Prescreve procedimentos para lixiviação de resíduos tendo em vista
a sua classificação;
Norma NBR 10.006 - Fixa condições exigíveis para diferenciar os resíduos da classe II e
III. Aplica-se somente para resíduos no estado físico sólido;
Norma NBR 10.007 - Fixa condições exigíveis para amostragem, preservação e estocagem
de amostras de resíduos sólidos;
Norma NBR 10.664 - Prescreve métodos de determinação das diversas formas de resíduos
(total, fixo, volátil; não filtrável, não filtrável fixo e não filtrável volátil, filtrável, filtrável
fixo e filtrável volátil) em amostras de águas, efluentes domésticos e industriais, lodos e
sedimentos;
Norma NBR 12.267 - Fixa normas para elaboração de Plano Diretor;
Norma NBR 12.980 - Define termos utilizados na coleta, varrição e acondicionamento de
resíduos sólidos urbanos;
Norma NBR 13.464 - Classifica a varrição de vias e logradouros públicos, bem como os
equipamentos utilizados;
Norma NBR 7.500 - Estabelece os símbolos convencionais e seu dimensionamento, para
serem aplicados nas unidades de transporte e nas embalagens para indicação dos riscos e
dos cuidados a tomarem no seu manuseio, transporte, armazenamento, de acordo com a
carga contida;
Norma NBR 13.221 - Fixa diretrizes para o transporte de resíduos, de modo a evitar danos
ao meio ambiente e a proteger a saúde pública;
Norma NBR 13.591 - Define termos empregados exclusivamente em relação à
compostagem de resíduos sólidos domiciliares;
Norma NBR 9.800 - Estabelece critérios para o lançamento de efluentes líquidos
industriais o sistema coletor público de esgoto sanitário;
Norma NBR 10.005 - Estabelece critérios para o lançamento de efluentes líquidos
industriais no sistema coletor público do esgoto sanitário;
Norma NBR 12.988 - Prescreve método para a verificação da presença de líquidos livres
uma amostra representativa de resíduos;
Norma NBR 5.553 - Fixa características operacionais da pá-carregadeira, relacionar os
termos usados na nomenclatura de alguns de seus componentes, bem como padronizar as
condições de ensaio, bem como, define componentes e estabelece definições da carroceria,
do chassi e do quadro do chassi dos veículos rodoviários automotores;
Norma NBR 5.944 - Fixa condições exigíveis para aceitação de conteineres;
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242
Norma NBR 6.110 - Padroniza larguras de correias transportadoras e suas tolerâncias na
própria largura e no comprimento;
Norma NBR 6.140 - Estabelece características operacionais do trator de esteiras, relaciona
termos usados na nomenclatura de alguns de seus componentes, bem como padroniza
condições de ensaio;
Norma NBR 6.171 - Padroniza folga das bordas das correias transportadoras em relação
aos obstáculos lateral mais próximo;
Norma NBR 8.163 - Padroniza espessuras das coberturas superior e inferior, de correias
transportadoras lisas e respectivas tolerâncias;
Norma NBR 13.167 - Fixa condições exigíveis para o cálculo da capacidade volumétrica
teórica da caçamba frontal de pás-carregadeiras e de escavadeiras;
Norma NBR 13.332 - Define termos relativos aos coletor-compactador de resíduos sólidos,
acoplado ao chassi de um veículo rodoviário, e seus principais componentes;
Norma NBR 13.333 - Caçamba estacionária de 0,8 metros cúbicos, 1,2 metros cúbicos e
1,6 metros cúbicos para cólera de resíduos sólidos por coletores compactadores de
carregamento traseiro;
Norma NBR 13.334 - Padroniza dimensões, volumes e respectivas capacidades de carga,
para as caçambas estacionárias destinadas a acondicionar os resíduos sólidos aplicáveis aos
coletores-compactadores de carregamento traseiro, dotados de dispositivos de
basculamento;
Norma NBR 13.463 - Classifica coleta de resíduos sólidos urbanos dos equipamentos
destinados a esta coleta, dos tipos de sistema de trabalho, do acondicionamento destes
resíduos e das estações de transbordo;
Norma NBR 13.698 - Fixa condições mínimas exigíveis para as peças semifaciais filtrantes
para partículas, utilizadas como equipamentos de proteção respiratória, exceto respiradores
de fuga;
Norma NBR 13.712 - Estabelece os princípios gerais para a padronização de luvas de
proteção confeccionadas em couro ou tecido;
Norma NBR 11.175 - Fixa condições exigíveis de desempenho do equipamento para
incineração de resíduos sólidos perigosos, exceto aqueles assim classificados apenas por
patogenecidade ou inflamabilidade.
Norma NBR 13.741 - Fixa condições exigíveis para a destinação de bifenilas policloradas
(PCB’s) e resíduos contaminados com PCB’s;
Norma NBR 14.725 - Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos - FISPQ;
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243
Norma NBR 12.235 - Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos;
Norma NBR 7.501 - Transporte de Produtos Perigosos;
Norma NBR 7.509 - Ficha de Emergência para Transportes de Produtos Perigosos;
Norma NBR 7.504 - Envelope para Transporte de Produtos Perigosos;
Norma NBR 8.285 - Preenchimento de Ficha de Emergência para Transporte de Produtos
Perigosos;
Norma NBR 9.735 - Conjunto de Equipamento para Emergências no Transporte
Rodoviário de Produtos Perigosos. Procedimento;
Norma NBR 12.710 - Proteção Contra Incêndios por Extintores no Transporte Rodoviário
de Produtos Perigosos. Procedimento;
Norma NBR 13.095 - Instalação e Fixação de Extintores de Incêndio para Carga, no
Transporte de Produtos Perigosos. Procedimentos;
Norma NBR 13.895 - Construção de Poços de Monitoramento e Amostragem-
Procedimento;
Norma NBR 13.894 - Tratamento no solo (Landfarming) - Procedimento;
Norma NBR 14.283 - Resíduos em solos - Determinação da biodegradação pelo método
respirométrico - Procedimento;
Norma NBR 15.112 - Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - Áreas de
Transbordo e Triagem - Diretrizes de Projeto, Implantação e Operação;
Norma NBR 15.113 - Resíduos Sólidos da Construção Civil e Resíduos Inertes - Aterros -
Diretrizes para Projeto, Implantação e Operação;
Norma NBR 15.114 - Resíduos Sólidos da Construção Civil - Áreas de Reciclagem -
Diretrizes para Projeto, Implantação e Operação.
Norma NBR 15.115 - Agregados Reciclados de Resíduos Sólidos da Construção Civil -
Execução de Camadas de pavimentação - Procedimentos;
Norma NBR 15.116 - Agregados Reciclados de Resíduos Sólidos de Construção Civil -
Utilização em Pavimentação e Preparo de Concreto sem Função Estrutural - Requisitos.
RESOLUÇÕES DA ANVISA
Resolução RDC nº 33, 25/02/2003 - Dispõe o Regulamento Técnico para o gerenciamento
de resíduos de serviços de saúde. (revogada)
Resolução RDC nº 50, de 21/02/2002 - Dispõe sobre Regulamento Técnico para
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde.
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244
Resolução RDC nº 305, de 14/11/2002 - Dispõe sobre Procedimentos para o
processamento de materiais utilizados em pacientes com suspeita clínica de DCJ ou VDCJ
entre outros.
Resolução RDC nº18, de 28/01/2003 - Atualiza o Anexo I (Listas de Substâncias
Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle Especial) da Portaria
SVS/MS nº344, de maio de 1998.
Resolução RDC nº 306/2004 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento
de resíduos de serviços de saúde.
LEGISLAÇÃO ESTADUAL
Lei nº 11.411/1987. Dispõe sobre a Política Estadual de Meio Ambiente e cria a COEMA e
a SEMACE.
Lei nº 11.423, de 08/01/1988. Proíbe o depósito de rejeitos radioativos no território do
Estado do Ceará.
Lei nº 11.475, de 06/07/1988. Dá a nova redação ao art. 1º da Lei nº 11.423/1988.
Lei nº 12.944, de 27/09/1999. Dispõe sobre o descarte de pilhas de até 9 (nove) volts, de
baterias de telefone celular e de artefatos que contenham metais pesados e dá outras
providências.
Lei nº 12.225, de 06/12/1993. Considera a Coleta Seletiva e a reciclagem de lixo como
atividade ecológica de relevância social e de interesse público no Estado.
Lei nº 13.103, de 24/01/2001. Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos e dá
providências correlatas.
Lei nº 13.304, de 19/05/2003. Dispõe sobre a criação e implementação do “Selo Município
Verde” e do “Prêmio Sensibilidade Ambiental”, e dá outras providências.
DECRETO
Decreto nº 29.306, de 05/06/2008. Dispõe sobre os critérios de apuração dos índices
percentuais destinados à entrega de 25% do ICMS pertencente aos municípios, na forma da
lei nº 12.612 e dá outras providências.
Decreto nº 26.604, de 16/05/2002. Regulamenta a Lei nº 13.103/2001.
LEGISLAÇÕES MUNICIPAIS
Lei Municipal nº 4.384/74 - Cria a divisão de Engenharia Sanitária da Secretaria
Municipal de Saúde;
Lei Municipal nº 5.530/81 – Código de Obras e Posturas
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Lei Municipal nº 7.061/92 – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU.
Lei Municipal nº 7.653/94 – Cria o Programa de Educação Ambiental Especial.
Lei Municipal nº 7.987/96 – Lei de Uso e Ocupação do Solo.
Lei Municipal nº 8.000, de 29 de janeiro de 1997. Dispõe sobre a organização
administrativa da Prefeitura Municipal de Fortaleza e dá outras providências.
Lei Municipal nº 8.236/98, Taxa de resíduos sólidos. Decreto nº 10.513/99 regulamenta a
Lei, que é complementar a Lei nº 8369/99.
Lei Municipal nº 8.287/99 – Institui o FUNDEMA (Fundo de Defesa do Meio Ambiente.
Lei Municipal nº 8212, de 04 de dezembro de 1998 – Altera as competências das
Secretarias Executivas Regionais na forma que indica e dá outras providências.
Lei Municipal nº 8.438, Lei que altera a Lei n. 8408/99, normas de responsabilidade sobre
manipulação de resíduos sólidos.
Lei Municipal nº 8.608, de 24 de dezembro de 2001 – Dispõe sobre a Organização
Administrativa da Prefeitura Municipal de Fortaleza e dá outras providências.
Lei Municipal nº 8.869, de 19 de julho de 2004: Cria a Agência Reguladora de Fortaleza
(ARFOR) e dá outras providências.
Lei Municipal nº 8.904, de 15 de dezembro de 2004: Atribui a Agência Reguladora de
Fortaleza (ARFOR) competência para regular, normatizar, controlar e fiscalizar os serviços
públicos delegados que enumera e dá outras providências.
Lei Municipal nº 9500, de 25 de setembro de 2009: Altera a Lei Municipal nº 8.869/04,
que cria a Agência Reguladora de Fortaleza (ARFOR), e dá outras providências.
Lei Complementar nº 062, de 02 de fevereiro de 2009: Institui o Plano Diretor
Participativo do Município de Fortaleza e dá outras providências.
Lei Municipal nº 8.408, de 24 de dezembro de 1999: Estabelece normas de
responsabilidade sobre a manipulação de resíduos produzidos em grande quantidade, ou de
naturezas específicas, e dá outras providências.
Lei Municipal nº 8.621, de 14 de janeiro de 2002: Institui o Sistema Municipal de Limpeza
Urbana, estabelece normas e diretrizes para a realização destes serviços, cria o Fundo
Municipal de Limpeza Urbana, autoriza o poder municipal a outorgar a concessão dos
serviços de limpeza urbana e dá outras providências. (Cria o FURLIMP e o ARLIMP)
Lei Municipal nº 8.738, de 10 de julho de 2003: Altera as Leis nº 8.230 de 20 de dezembro
de 1998, que institui a taxa de licenciamento ambiental, e 8.497, de 18 de dezembro de
2000, que introduz novas atividades licenciáveis, dá nova redação ao inciso XXIX do art.
17 e ao art. 10 da Lei nº 8.692, de 31 de dezembro de 2001; e dá outras providências.
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DECRETOS
Decreto Municipal nº 5.329, de 21 de maio de 1996, cria o Conselho Municipal de Defesa
do Meio Ambiente e dá outras providências.
Decreto Municipal nº 8.376/90 - Delimitação das áreas de jurisdição dos distritos
sanitários.
Decreto Municipal nº 9.374/94, Coleta e Destinação dos Resíduos Sólidos.
Decreto Municipal nº 10.067, de 22 de abril de 1997 – Regulamenta a estrutura
organizacional das Secretarias Executivas Regionais e dá outras providências.
Decreto Municipal nº 10.458, de 18 de janeiro de 1999, aprova o Regimento Interno da
COMAM.
Decreto Municipal nº 10.696, de 02 de fevereiro de 2000: Diretrizes da gestão dos
resíduos sólidos em Fortaleza. Regulamenta a Lei nº 8408/1999, e dá outras providências.
Decreto Municipal nº 10.763/00 – Programa de selo sanitário e ambiental
Decreto Municipal nº 10.782 – Comissão de elaboração do código de defesa do Meio
Ambiente.
Decreto Municipal nº 11.260, de 26 de setembro de 2002: Modifica a redação do Decreto
n° 10.696, de 02 de fevereiro de 2000, que regulamentou a Lei n° 8.408, de 24 de dezembro
de 1999, e dá outra s providências.
Decreto Municipal nº 11.633, de 18 de maio de 2004: Altera dispositivos do Decreto nº
10.696, de 02 de fevereiro de 2000, que regulamentou a Lei nº 8.408, de 24 de dezembro de
1999, e dá outras providências.
Decreto Municipal nº 11.646, de 31 de maio de 2004: Altera dispositivos do Decreto nº
10.696, de 02 de fevereiro de 2000, que regulamentou a Lei nº 8.408 de 24 de dezembro de
1999, e dá outras providências.
Decreto Municipal nº 11.703, de 23 de agosto de 2004: Regulamenta a administração do
Fundo Municipal de Limpeza Urbana e dá outras providências.
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5.11 – Alternativas para acondicionamento e Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos.
1. COLETA PORTA A PORTA
1.1 Caminhão tipo baú
Descrição: Caminhão baú é um tipo de transporte muito usado para cargas variáveis. É um veículo
coletor de resíduos, sem compactação.
Vantagens: Pode ser empregado em locais íngremes. Trata-se de um equipamento de baixo custo
de aquisição e manutenção. Protege o material coletado da chuva.
Desvantagens: Baixa produtividade e exige muito esforço dos trabalhadores da coleta, que devem
erguer o resíduo até a borda do piso da caçamba,relativamente alta se comparada com a altura da
borda da boca de um coletor compactador, que é de cerca de um metro.
1.2 Caminhão tipo gaiola
Descrição: Veículo coletor equipado com sobreguardas altas ou fechados com tela, formando uma
“gaiola”. Pode ser em madeira.
Vantagens: A coleta dos resíduos fica mais rápida, pois o funcionário poderá jogar os resíduos em
qualquer área da caçamba, pois ela é aberta. Conseqüentemente se o carregamento é rápido a coleta
destes materiais também será mais rápida.
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Desvantagens: Pelo fato da caçamba ser aberta, existe a necessidade e a preocupação de não deixar
os resíduos caírem da caçamba, por isso, a necessidade de instalação de uma cobertura podendo ser
de plástico (lona). Nos dias de chuva, os resíduos não se molham.
1.3 Caminhão Compartimentado
Fonte: ECOLIXO, Cascavel/2000.
Descrição: Caminhão com as subdivisões para a coleta seletiva. Os resíduos recicláveis são
separados no caminhão. Cada compartimento recebe um tipo de resíduo, classificado por sua
tipologia, obedecendo cores padronizadas.
Vantagens: Os resíduos chegam na central de processamento de materiais recicláveis separados
para descarregar nas baias.
Desvantagens: A coleta dos resíduos recicláveis com este tipo de caminhão precisa de funcionários
capacitados para a separação e consome maior tempo de operação.
1.4 Carreta tipo gaiola
Fonte: Prefeitura Municipal de Tibagi/PR – 2011.
Descrição: Carreta de engate para transportar materiais recicláveis. Normalmente construída com
piso de madeira e laterais metálicas.
Vantagens: Baixo custo. Podem ser acoplados aos caminhões da coleta convencional.
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Desvantagens: Não comportam grandes volumes. Não se locomove em vias com grandes
declividades.
1.5 Carrinheiro/Carroceiro
Descrição: Catador urbano de resíduos recicláveis.
Vantagens: Diminuem a quantidade de materiais descartados nos Aterros Sanitários, aumentando a
vida útil dos mesmos. Os Carrinheiros podem fazer parte de Associações/Cooperativas.
Desvantagens: Condições insalubres de trabalho.
2. PONTOS DE ENTREGA VOLUNTÁRIA (PEV)
2.1 Cestos metálicos fixos telados
Fonte: ECOLIXO, Cascavel/PR – 2000.
Descrição: Sistemas de acondicionamento de resíduos em cestos metálicos acima do nível do
terreno.
Vantagens: Evita o despejo de resíduos “soltos”, evita o acesso de pequenos animais e o material
fica visível.
Desvantagens: Pode aumentar o peso dos resíduos devido a incidência de chuva e a ação de
vândalos através do fogo.
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2.3 Contêineres fechados móveis
Descrição: Contêiner de resíduos com tampa, de vários volumes de 120L a 500L, que podem ser
fabricados com os mais variados materiais como plástico, fibra de vidro, etc.
Vantagens: Destinado a conter os resíduos com segurança, permitindo fácil carregamento e
descarregamento. Evita o acesso de animais. De caráter durável, suficientemente resistente para
suportar uso repetitivo.
Desvantagens: Necessita de processos de higienização para evitar a geração de odores e a atração
de insetos.
2.4 Contêineres fechados fixos
Fonte: Prefeitura Municipal de Ortigueira/PR – 2011.
Descrição: Contêineres de aço galvanizado ou material similar com tampa para armazenamento de
resíduos recicláveis.
Vantagens: A população/comunidade fica envolvida com a coleta seletiva, pois cada um deve levar
até o contêiner seu resíduo reciclável. Os resíduos ficam armazenados nos contêineres para
posterior coleta. O caminhão coletor diminuirá seu tempo de coleta, pois sua parada será em apenas
alguns pontos do bairro, onde estão instalados os mesmos, e não parando de porta em porta.
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Desvantagens: Os contêineres precisam de uma freqüente higienização, para não atrair insetos e
roedores.
2.5 Contêineres de grande capacidade basculável
Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre/PR-2011.
Descrição: Contêineres de aço galvanizado ou material similar com tampa para armazenamento de
resíduos recicláveis.
Vantagens: Alta capacidade de armazenamento, sua instalação é indicada para grandes
aglomerados urbanos, centros comerciais, mercados e etc. Para a coleta dos resíduos é necessário
uma caminhão especial (equipado com braços robotizados) para o descarte dos resíduos no
caminhão coletor.
Desvantagens: Alto custo de aquisição e manutenção.
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2.4 Bandeiras alimentadas pelos carrinheiros/carroceiros
Fonte: Prefeitura Municipal de Londrina/PR-2011.
Descrição: O método de coleta por bandeiras já é utilizado em alguns municípios brasileiros, como
Cianorte/PR, Cascavel/PR e Londrina/PR. Consiste basicamente em agrupar os resíduos em locais
previamente delimitados, diminuindo o tempo gasto na coleta porta-a-porta. Nesse método o
caminhão é alimentado somente nos pontos de acumulação de resíduos, trazendo maior eficiência
ao sistema. Pode ser executado de diversas maneiras com a participação de garis, catadores,
carrinheiros ou próprios geradores, sendo os resíduos depositados no chão, em faixas pintadas,
plataformas ou contêineres (móveis, fixos ou subterrâneos).
Vantagens: Aumento da eficiência em relação ao tempo de coleta.
Desvantagens: Se os resíduos depositados nas bandeiras não estiverem acondicionados de maneira
correta podem ser pontos de atração de animais e catadores que espalham os resíduos, rasgam as
sacolas, assim dificultando a coleta. As sacolas plásticas ou de ráfia normalmente são coloridas.
3. PONTOS DE TROCA
3.1 Fixos
Fonte: ECOELCE, Fortaleza/CE.
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Descrição: Arrecada e se torna responsável pela destinação dos resíduos coletados à Indústria de
Reciclagem. O ponto de troca do sistema de coleta de resíduos é responsável pelos créditos de
bônus ou troca por produtos (hortifrutigranjeiros, vale transporte, entre outros).
Vantagens: Estímulo à separação e destinação correta dos resíduos. Fidelização de participantes.
Desvantagens: Menor área de abrangência, geralmente restrita ao bairro.
3.2 Móveis
Fonte: ECOELCE, Fortaleza/CE
Descrição: O arrecadador é responsável pela destinação dos resíduos coletados à Indústria de
Reciclagem, operação e gestão do sistema de coleta de resíduos e responsável pelos créditos de
bônus ou troca por outros produtos.
Vantagens: Aumenta a abrangência do projeto atingindo várias regiões da cidade.
Desvantagens: Custos de mobilização, necessitando de divulgação constante.
4. CENTROS DE TRIAGEM
4.1 Associação/Cooperativa
Fonte: Usina de Valorização de recicláveis de Campo Magro/PR – 2011.
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Descrição: Locais onde é feita a separação dos materiais recicláveis. A Associação é a forma básica
para se organizar juridicamente um grupo de pessoas para a realização de objetivos comuns.
Também as Cooperativas, Fundações e OCIP’s podem executar as tarefas previstas.
Vantagens: Sua constituição permite a organização do trabalho e a inserção social dos associados.
Possibilita melhores condições de trabalho para os indivíduos que trabalham isoladamente. .
Desvantagens: Atendimento a horários, tarefas fixas e específicas. Dificuldades no trabalho em conjunto com outras pessoas. 4.2 Depósitos/Aparistas/Sucateiros
Fonte: Habitat Ecológico Ltda/2011.
Descrição: Local onde são comprados materiais recicláveis dos catadores e revendidos às
indústrias de reciclagem.
Vantagens: Atendem as necessidades básicas dos catadores, carrinheiros e carroceiros.
Desvantagens: Dispõe de poucos arranjos tecnológicos. Geralmente funciona no quintal das casas.
Não há preocupações com a qualidade do produto. Não há padronização de produtos. Além do
mais, na maioria dos estabelecimentos não há equipamentos de proteção ao trabalhador e
geralmente estão na clandestinidade.
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4.3 CPTMR (Central de Processamento e Transferência de Materiais Recicláveis).
Fonte: Habitat Ecológico Ltda/Cascavel/PR – 2011.
Descrição: Central de Processamento e Transferência de Materiais Recicláveis. Edificação
projetada especialmente para efetuar a triagem dos materiais recicláveis, o armazenamento
provisório em báias, enfardamento e transferência às industrias recicladoras.
Vantagens:Organização racional do trabalho.
Desvantagens: Custo elevado em sua implantação. Material deve chegar já segregado no caminhão.
5. PROCEDIMENTOS
5.1 Saco plástico colorido
Descrição: São recipientes práticos, que podem ser de distintas cores. Os sacos facilitam a coleta,
pois evitam mau cheiro, a limpeza e diminuem o esforço dos coletores. Estes sacos devem ser
utilizados para o acondicionamento e coleta.
Vantagens: Forma limpa que diminui o contato do coletor com os resíduos, diminui vetores e
facilita a coleta identificando os resíduos recicláveis pela cor.
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Desvantagens: Pode ocorrer o rompimento do saco plástico, não sendo adequado para
acondicionamento de resíduos pontiagudos e pesados.
5.2 Sacolas/Sacos de Ráfia
Descrição: A matéria prima básica para o saco de ráfia é o polipropileno – polímero ou plástico
derivado do propileno.
Vantagens: Fácil moldagem e coloração. Boa estabilidade térmica e resistência ao impacto, além
de elevada resistência química a solventes.
Desvantagens: Alto custo de reposição, devido a revenda deste material pelos catadores, que possui
demanda de mercado.
5.3 Cestos Plásticos
Fonte: ECOLIXO – Cascavel/PR – 2000.
Descrição: Recipiente de plástico para acondicionamento temporário de materiais recicláveis,
geralmente de PEAD reciclado.
Vantagens: o material é entregue limpo e auxilia na segregação dos resíduos. É bastantes vantajoso
se alimentar um caminhão compartimentado conforme ilustrado no item 1.3;
Desvantagens: Os resíduos devem ser acondicionados limpos e secos, caso contrário podem atrair
vetores e mau cheiro. Dificuldade em padronizar o horário da coleta/entrega dos materiais.
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5.4 Big-Bag’s
Descrição: É um recipiente constituído de material flexível, dobrável, destinado ao transporte de
materiais, por qualquer modalidade de transporte. O contentor flexível é chamado de FIBC -
Flexible Intermediate Bulk Container em inglês, e contenedores flexibles em espanhol.
Vantagens: Dotado de dispositivos (alças) que facilitam sua movimentação mecânica, com
resistência e durabilidade suficientes para suportar movimentações de acordo com as normas
vigentes.
Desvantangens: Investimentos na aquisição dos big-bag’s e equipamentos para a movimentação
das unidades de carga, dependendo do peso contido.
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5.12 – Relação das Indústrias de Reciclagem e Beneficiamento de Resíduos potencialmente
recicláveis.
Coleta de Óleos Lubrificantes Usados para o Re-refino
1) Lwart Lubrificantes Ltda.
Endereço: Rodovia BR 324, km 99 - Feira de Santana –
Bahia - (014) 3269-5000; Rodovia Marechal Rondom, km 303,5, s/n - Saída 304
CEP: 18.682-970 - Lençóis Paulista - São Paulo - Telefone: (014) 3269-5000 -
Fax: (014) 3269-5001
e-mail: lubrificante@lwart.com.br
site: www.lwart.com.br
2) Brasquímica Lubrificantes/Betumat
Contato: Mahjhjhnuel Regis Piñón
Contato em Fortaleza: Paulo Eduardo (085) 3215-1250/9988-7908
Endereço: Rodovia BA-552, km 03 - Distrito Industrial Candeias - Bahia - CEP:
43.813-300 - Telefones: (071) 602-2211/602-1335/602-1336 - Fax (0XX71)
602-0140 - Celular (071) 9134-8266
e-mail: mpinon@terra.com.br
site: www.betumat.com.br
3) Reciclóleo:
Associação ACORES, Endereço- Rua Gal. Dutra, 271 – Varjota - (Óleos
Vegetais) – Telefones: (085) 3234-4145/9101-0167/8819-2508/8805-9686.
4) Cooperativa Ó-Limpo:
Usina de Biodiesel de Quixadá, Telefones: (88) 3414 3067 / (85) 3266. 4657
(Óleo Vegetal).
e-mail: olimpoquixada@gmail.com
Coleta e Destinação Final de Lâmpadas Queimadas
1) Climatech Soluções
Contato Adolfo Perdigão, Telefones: (85) 3258-1002/ 9132-5675/8644-0260
e-mail: adolfoperdigao@gmail.com
2) Naturalis Brasil Desenvolvimento de Negócios
Endereço: Rua Manoel Lopes, 85 V. Municipal - CEP: 13.201-190 Jundiaí/SP
Telefone:(011) 4521-5645 - Telefone/Fax: (011) 4521-2793
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e-mail: naturalisbrasil@naturalisbrasil.com.br
site: www.naturalisbrasil.com.br
3) RECITEC - Reciclagem Técnica do Brasil - Ltda.
Endereço: Rua Zico Barbosa, 426 - Distrito Industrial - Pedro Leopoldo - Minas
Gerais - Telefone: (031) 3660-8332
Rua Timbiras, 1560/1307 - Bairro Lourdes - CEP: 30130-061 - Belo Horizonte -
Minas Gerais - Telefone: (031) 3213-0898 ou 3274-5614
site: www.recitecmg.com.br
3) APLIQUIM - Equipamentos e Produtos Químicos Ltda.
Endereço: Av. Irene Karcheu, 1201 - Betel - Paulínia - São Paulo
Telefone: (019) 3884-7184
site: www.apliquim.com.br
4) Brasil Recicle
Endereço (Industrial): Rua Brasília, 85 - Bairro Tapajós - CEP: 89.130-000 -
Indaial - Santa Catarina - Telefone: (0XX47) 3333-50-55
e-mail: descontaminacao@brasilrecicle.com.br
site: www.brasilrecicle.com.br
Endereço (Administração): Rua Deputado Aldo Pereira de Andrade, 345 -
Bairro Benedito - CEP: 89.130-000 - Indaial - Santa Catarina - Telefone: (047)
3333-8269/0800477170 - Fax: (047) 3333-8297
Tratamento de Óleos Isolantes - Manutenção de Transformadores
1) SIPASE - Serviços Técnicos Especializados Ltda.
Endereço: Pery Lopes Monteiro, 30 - Tamatanduba - Eusébio - Ceará - CEP:
61.760-000 - Telefone: (085) 3260-9062/9981-0958 - Fax: (085) 3260-9134
e-mail: sipase.nordeste@sipase.com.br
site: www.sipase.com.br
2) CEMEC - Construções Eletromecânicas S/A
Endereço: Av. Tenente Lisboa, 1000 - Bairro Álvaro Weyne - Caixa Postal:
711 - CEP: 60.350-070 - Fortaleza - Ceará - Telefone: (085) 3478-6666 - Fax:
(085) 3478-6566
Site: www.cemec.com.br
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260
Recuperação de Resíduos Químicos de Resíduos de Serviço de Saúde
1)Maria A. Selvas - Contato: José Vanderley Savir Sélvas
Endereço: Rua Caririaçu, 401 - Bairro Jacarecanga – Fortaleza/Ceará -CEP:
60.010-460 Telefone: (085) 3281-7529 ou 9986-8583 - Fax: (085) 3281-3548
e-mail: selvas@superig.com.br
2) Walterci Gonçalves Ferreira - Contato: Vandilon Ferrreira
Endereço: Rua João Alfredo, 611 - Nossa Senhora Abadia - Uberada - CEP:
38.0253-300 - Uberaba - Minas Gerais, Telefone: (085) 3458-3640 ou 9951-
7990
Borra de Alumínio, Sucatas de Metais Não Ferrosos
1) MAJOQ - Indústria e Comércio de Metais Ltda.
Contato: Francisco Cardoso Inácio. Endereço: Rua F, s/n, Loteamento Vila
Buriti -Bairro Novo Oriente – Maracanaú/Ceará, Telefone: (085) 3467-
1387/9603-7773/9171-3916.
2) Ross Comercial de máquinas de sucata e produtos Siderúrgicos Ltda,
Endereço Rua Jacaúna, 499, Barra do Ceará – Fortaleza.
Reciclagem de Solventes
1)TARC – Indústria Química
Endereço: Av. Leste Três, 150 – Distrito Industrial – DIF I – CEP: 61.939-080-
Maracanaú – Ceará Contato: Renata Rocha – Técnica Química, Telefones: (85)
3215-2279/ 8772-9396
r.lisboa.rocha@bol.com.br
2) INK FLEX Indústria de Tintas e Serviços Ltda.
Endereço: Av. Mister Hulll, 61000 – Galpão 03 – Antônio Bezerra – CEP:
60.352-470 – Fortaleza/Ceará, Contatos: Quinderé (Sócio Proprietário) – 3255-
9601, Falção ( Gerente Industrial) – 3235-7979 ou 86132181
e-mail: acq@carbomil.com.br
Coleta de Unidades e Peças de Computador para a Reciclagem
1) ECOLETAS
Contato : Marcos Roberto Bonanzani
Av. Paranjana, 5006 (logo antes do Passaré no sentido Parangaba-6 bocas)
Telefones : (85) 9102-40528823-4052
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261
e-mail : mbonanzinifort@yahoo.com.br
Incinerador de Resíduos de Serviços de Saúde
1) Marquise - Contato: Maurício Peregrina Gomez
Endereço: Estrada do Itaperi, s/n - Bairro Jangurussu – Fortaleza/Ceará - CEP:
60.182-220 - Telefone/Fax: (085) 3291-4000/9172-6753
e-mail: mauriciogomez@marquise.com.br
site: www.marquise.com.br
2) SERQUIP – Tratamento de Resíduos RN Ltda.
Rodovia RN 160, s/n, Lotemaneto Jardim , Q 21 – Distrito Industrial – São
Gonçalo do Amarante / RN CEP: 59.290-000
Tambores Metálicos Contaminados
1) Gerdau Cearense - Contato: Roberto de Barros Bezerra
Endereço: Av. Parque Oeste, 1400 - CEP: 61.900-00 – Maracanaú/Ceará -
Telefone: (085) 3499-7206/9982-3129 - Fax: (085) 3499-7283
e-mail: roberto.bezerra@gerdau.com.br
site: www.gerdau.com.br
Resíduos da Construção Civil
1)USIFORT - Usina de Reciclagem de Fortaleza Ltda.
Contato: Marcos K. Brasil
Endereço: BR 222, km 04, número 6585 - Parque Tabapuá - Caucaia - Ceará -
Telefone: (085) 3285-9158/9988-1001 - Fax: (085) 3224-4959
e-mail: usifort@uol.com.br
Toalhas Industriais (Fornecimento e Lavagem)
1) Atmosfera Gestão e Higienização de Têxteis Ltda.
Endereço: Av. Pedro Celestino Penteado, 415 - Jordanésia - CEP: 07.760-000
Cajamar/SP- Telefone: (011) 4898-8500 ou 4133-3000 - Fax: (011) 4133-3003
e-mail: cic@atmosfera.com.br
site: www.atmosfera.com.br
Copos Plásticos Descartáveis
1) Francisco de Assis de Oliveira Castro
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Telefones: (085) 3269-0812/88987688/9136-530
Materiais Têxteis
1) Phoenix Têxtil Ltda.
Endereço: Distrito Industrial de Maracanaú
2) Malharia Rebeca S.A.
Endereço: Av. Principal, s/n - Distrito Industrial III - Maracanaú - Ceará -
Telefone: (085) 34631-1129
3) Resitextil - Resíduos Têxteis Indústria Ltda.
Endereço: Av. São Lázaro, 575 - Vila Manoel Sátiro - Fortaleza – Ceará
Matérias Plásticos
1) Reciclar - Recicladora de Plásticos Ltda. - Contato: Ronaldo Vasconcelos
Endereço: Estrada do Itaperi, 423 Telefone/Fax: (085) 3291-3408/9981-9613
e-mail: ctrronaldo@bol.com.br.
2) CEPAL - Ceará Plásticos Ltda. - Contato: Marlito Faria de Moura
Telefone: (0XX85) 3244-5592 ou 9981-6301
e-mail: ceplal@secrel.com.br
3) ECOBRAS - Contato: Flávio C. S. Gurgel
Endereço: Rua Fausto Aguiar, 777 - Bairro Cambeba - Fortaleza - Ceará - CEP:
60.830-190 – Telefone: (085) 3274-0340/9987-2000
Vidros
1) Companhia Industrial de Vidros - CIV - Contato; José Aluísio Luz
Endereço: Av. Godofredo Maciel, 3570 - Bairro Maraponga - Fortaleza - Ceará -
Telefone: (085) 4005-7455 - Fax: (085) 4005-7470
e-mail: civ@civ.com.br
site: www.civ.com.br
2 ) Companhia Industrial de Vidros – CIV
Engenho São João, S/N – Várzea – Recife – PE
Co-Processamento
1) Cimento Poty S/A - Contato: José Olímpio de Paula Neto
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Endereço: Sítio Santa Helena, s/n - Bairro Coelce - CEP: 62.010-970 - Sobral -
Ceará - Caixa Postal 48 - Telefone (088) 3677-7316 ou 99614848 - Fax: (088)
3613-1313
e-mail: jopn@cimentopoty.com.br
site: www.cimentopoty.com.br
2) Holdercim Brasil S/A/Resotec/Holcim Group
Endereço: Rodovia RJ-116, km 2,5 - Euclidelândia - Catagalo - Rio de Janeiro
Reciclagem de Areais de Fundição
1) RECICLAR - Reciclagem de Areia de Fundição Ltda.
Endereço: Rodovia Edgar Máximo Zamboto, s/n, km 76 - Galpão B - Bairro
Campo dos Aleixos - Jarinu – São Paulo
Destinação de Trilhos Ferroviários e Acessórios
1) Criaço Comercio e Representações Ltda. - Contato: José Cristino Cordeiro
Endereço: Rodovia BR-116, km 05, número 1002, Bairro Cajazeiras, Fortaleza –
Telefone/Fax: (085) 3279-2555
Coleta de Pneumáticos Inservíveis para o Co-processamento
1) Centro de Distribuição - CD da Cimento Poty S/A - Contato: Oziel Vieira da
Silva
Endereço: Av. José Sabóia, 905 - Bairro Vicente Pizón - Fortaleza - Telefone:
(0XX85) 3433-1350 - Fax: (0XX85) 3433-1360
e-mail: oziel.silva@cimentopoty.com.br
Resíduos Classe II, tais como: metais ferrosos, metais não-ferrosos, papelão, plásticos,
bombonas, rótulos de refrigerantes, madeira, sucata de filme Strech
1) D’Vera Ind. e Serviços de Embalagens Ltda. – EPP
Rua José Amora Sá II, nº 100 – Autódromo – Eusébio – Ce
2) Maxlog Serviços de Logística Ltda.
Travessa Guarani, nº 123, bairro Messejana – Fortaleza
3) CF Nobre
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264
Av XX, nº 229 – Conjunto Jereissati – Pacatuba
4) Atalaia Ind. e Serviços de Plásticos toda. – EPP
Rua José Amora Sá II, nº 100 – C, bairro Autódromo – Eusébio
Recuperação de Embalagens
1) Rua Henrique Sell, nº 156, bairro Jaraguá 99 – Jaraguá do Sul/SC
Papel e Papelão
1) Cia de Papel e Papelão Ondulado do Norte – Ondunorte
Rodovia BR 101, Km 29 – Igarassu – Pe, Rua Prof Frederico Curió, nº 337,
bairro Afogados – Recife
2) POC - Papelão Ondulado do Ceará - Rodovia BR 020, km 01 - Parque
Tabapuá - Caucaia – Ceará
3) COBAP Comércio e Beneficiamento de Artefatos de Papel LTDA.
Endereço: Av. Parque Sul, s/n Distrito Industrial – DIF I – Maracanaú
4) Cristiano de Macedo Teles – INCOPA – Indústria e Comércio de Pápeis
Endereço Rua Pedro Gonçalves de Norões, 1353 – Bairro Muriti – Crato/CE.
Depósito de Produtos Químicos Integrados Ltda
1) Cranston Transportes Integrados Ltda.
BR 290, Km 108 – Distrito Industrial – Eldorado do Sul – RS
Coleta e Transporte de Resíduos Industriais Perigosos
1) Braslimp Transporte Especializados Ltda.
Contato Hamilton e Silva Júnior
Rua Adriano Martins , nº 05, bairro Jacarecanga - CEP: 60.010-590 - Fortaleza
– Ceará – Telefone: 32816870 – Fax: 3281-7276
e-mail: gerencia@braslimp.com.br
2) Shipexpress
Contato - Augusto Sérgio
Endereço Rua 20 de abril, 111 – Bairro Paupina – CEP: 60.190-570 – Fortaleza
– Ceará – Telefone: (085)3274-5166/8803-8993
e-mail: augustoamb@gmail.com ou shipexpressbrasil@gmail.com
3) Tecnoship
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Contato: Ailton Almeida Temoteo
Rua Dr. Antônio Carneiro, 425 - Bairro Vicente Pinzón - CEP: 60.182-120 –
Fortaleza – Ceará – Telefone: 3262-3621/99900061/88788051
e-mail: tecnoship.amb@gmail.com ou ailtontemotio@gmail.com
4) ESBra - Environmental Solutions do Brasil S.A.
CTRN - Central de Tratamento do Rio Grande do Norte:
Rancho Santo André s/n - BR 304 KM 50 – Zona Rural – CEP 59600-000 –
Mossoró – Rio Grande do Norte
www.esbrasa.com.br
Contato: Márcia (84) 9991. 9748/3312-0258
marcia.leao@esbrasa.com.br
Contato em Fortaleza : Régis (85) 8666. 2123
Embalagens de Agrotóxicos Vazias
1) INPEVE – Ubajara( 88) 36341711
centraldeubajara@bol.com.br
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5.13 – Alternativas tecnológicas para a coleta de resíduos convencionais.
1.COLETA PORTA A PORTA
1.1 Saco plástico
Descrição: Forma mais disseminada de coleta de resíduos no Brasil. Nesse sistema a população
acondiciona os resíduos em sacos plásticos e deixa-os em frente às edificações, preferencialmente
em local com altura suficiente para evitar o contato com animais (cachorros, gatos, etc.). O
caminhão estaciona próximo aos locais com maior concentração de resíduos, e a equipe coletora
passa juntando os sacos para depositá-los nos veículos.
Vantagens: Praticidade para a população, que não precisa se deslocar para depositar os resíduos,
deixando-os em frente às edificações.
Desvantagens: Demanda muito tempo para realizar a coleta. Necessita no mínimo 3 ou 4
trabalhadores por caminhão (além do motorista), elevando os custos de operação. Grandes
transtornos no trânsito causado pelas constantes paradas dos veículos coletores.
1.2 Tambor/Bombona
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Descrição: Outra forma de coleta, utilizada principalmente em condomínios residenciais ou
empreendimentos comerciais, pois necessitam de equipamentos maiores para acondicionar
quantidades significativas de resíduos. Geralmente são utilizados tambores com 200 litros
(aproximadamente 40 kg) metálicos ou de plástico (bombonas). Os tambores são levados para a
calçada, à frente dos locais de geração. A equipe coletora leva o tambor e despeja o conteúdo
interno nos caminhões, deixando o recipiente vazio no local.
Vantagens: Praticidade para a população, que não precisa se deslocar para depositar os resíduos,
deixando-os em frente às casas/condomínios/edificações.
Desvantagens: Demanda mais tempo para realizar a coleta pois a equipe precisa carregar os
tambores até o caminhão, despejá-los e devolver ao local onde foi retirado. Maior incidência de
acidentes com a equipe coletora, pelo peso dos tambores. Necessita no mínimo 4 ou 5 trabalhadores
por caminhão (além do motorista), elevando os custos de operação. Necessita de constante limpeza
dos tambores para evitar mau cheiro e proliferação de vetores.
2. COLETA COM BANDEIRAS
2.1 Bandeira
Fonte: Prefeitura Municipal de Londrina/PR-2011
Descrição: O método de coleta em bandeiras já é utilizado em alguns municípios brasileiros, como
Cianorte/PR, Londrina/PR entre outros. Consiste basicamente em agrupar os resíduos em locais
previamente delimitados, diminuindo o tempo gasto na coleta porta-a-porta. Nesse método, o
caminhão é alimentado somente nos pontos de acumulação de resíduos, trazendo maior eficiência
ao sistema. Pode ser feito de diversas maneiras com participação de garis ou somente dos geradores,
sendo os resíduos depositados no chão, em faixas pintadas, plataformas ou contêineres (móveis,
fixos ou subterrâneos).
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Vantagens: Aumento da eficiência em relação ao tempo de coleta.
Desvantagens: Se os resíduos depositados nas bandeiras não estiverem acondicionados de maneira
correta podem ser pontos de atração de animais e catadores que espalham os resíduos, rasgam as
sacolas, assim dificultando a coleta.
2.2 Garis
Descrição: Semelhante ao modelo porta-a-porta, o sistema com bandeiras envolvendo a
participação de garis baseia-se na coleta de resíduos nos domicílios (acondicionados em sacos
plásticos), sendo armazenados em local pré-estabelecido para posterior alimentação do veículo
coletor.
Vantagens: Praticidade para a população, que não precisa se deslocar para depositar os resíduos,
deixando-os em frente às casas, sendo os mesmos transportados pelos garis, o apoio de
cooperativas/ associações de catadores para executarem o serviço dos garis pode ser contratado.
Desvantagens: Dificuldade em definir os locais de coleta, pois os moradores não aceitam que seja
em frente de suas residências. Se não houver pontualidade nas coletas, pode haver problemas de
mau cheiro e vetores nos locais das bandeiras.
2.3 Geradores – Bandeiras
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Descrição: Outra forma de aplicar o modelo de bandeiras é com o próprio morador levando o
resíduo gerado nos locais determinados. Com isso, a coleta é realizada pelos garis depositando os
resíduos no caminhão, que estaciona em poucos locais.
Vantagens: Diminuição da mão-de-obra para fazer a coleta. Diminuição das paradas do caminhão e
por conseqüência, do consumo de combustível.
Desvantagens: Necessita de grande participação dos cidadãos para levarem os resíduos no local
definido. Máximo de pontualidade na coleta pelos caminhões, para evitar a criação de locais de
acúmulo de resíduos.
2.4 Fixas (pintadas ou demarcadas)
Descrição: As bandeiras podem ser delimitadas através de pintura na calçada, ou demarcadas
através de uma cerca (madeira, arame, e outros materiais). É o sistema de bandeiras mais simples e
barato.
Vantagens: Baixo custo inicial e de operação. Incentiva a participação da sociedade na gestão dos
resíduos.
Desvantagens: Não há como restringir o acesso de catadores para buscar resíduos recicláveis no
local. Dificuldade no controle de vetores. Causa impactos visuais negativos pelo acúmulo de
resíduos em locais públicos.
2.5 Plataformas
Descrição: As bandeiras podem ser definidas através de plataformas, sejam elas de concreto,
tábuas, ou outros materiais, onde os resíduos são depositados. Esse sistema facilita a limpeza do
local, evitando mau cheiro e acúmulo de líquidos provenientes dos rejeitos.
Vantagens: Custo médio de implantação e baixo custo de manutenção. Incentiva a participação da
sociedade na gestão dos resíduos.
Desvantagens: Não há como restringir o acesso de catadores para buscar resíduos recicláveis no
local. Dificuldade no controle de vetores. Causa impactos visuais negativos pelo acúmulo de
resíduos em locais públicos.
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2.6 Lixeira tipo cesto para grandes volumes
Descrição: Para organizar os resíduos quando a coleta é feita por bandeiras, é possível utilizar
lixeiras grandes localizadas em pontos pré-determinados nas calçadas. Essas lixeiras podem ser de
metal, plástico rígido, madeira, ou outros materiais resistentes.
Vantagens: Definição exata do local onde será feito o descarte de resíduos. Evita o espalhamento
de resíduos nas calçadas e vias públicas
Desvantagens: coleta deverá ser feita com exatidão, para não armazenar os resíduos por muito
tempo nas lixeiras. Necessita grande envolvimento da população, para dispor os resíduos no horário
correto. Pode atrair catadores e animais, espalhando resíduos no entorno.
3. COLETA CONTEINERIZADA
3.1 Contêiner
Fonte: Prefeitura Municipal de Ortigueira/PR – 2011.
Descrição: Outra forma de realizar a coleta de resíduos com o modelo de bandeiras é a utilização
de contêineres, que dentre as maiores vantagens está a otimização do tempo de coleta.Trata-se de
recipientes de metal ou plástico rígido (Polietileno de alta densidade- PEAD) destinados a
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acondicionar os resíduos de forma a evitar que causem impactos visuais negativos, caso fossem
depositados em locais abertos. Os contêineres possuem capacidade mínima de aproximadamente
1m³, podendo chegar a 5m³, e podem ser móveis, fixos ou subterrâneos. Podem ter ainda um pedal
para auxiliar a abertura das tampas e deposição dos resíduos pelos moradores ou garis.
3.1.1 Móveis
Descrição: Os contêineres móveis são aqueles que possuem rodinhas para possibilitar seu manuseio
e transporte do local de acondicionamento ao caminhão coletor. Neste sistema, são necessários ao
menos dois funcionários para poder mover os contêineres. No caminhão, há um sistema que bascula
o recipiente para esvaziar seu conteúdo.
Vantagens: Fácil locomoção. Descarga no caminhão de forma automatizada, minimizando
acidentes de trabalho.
Desvantagens: Necessita de ao menos 2 ou 3 trabalhadores para locomover os recipientes. O
transporte dos recipientes pode danificá-los, aumentando os custos de manutenção.
3.1.2 Fixos
Fonte: Prefeitura Municipal de Ortigueira/PR – 2011.
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Descrição: Os contêineres fixos são, por definição, recipientes que ficam localizados em
determinados pontos para que garis ou moradores levem os resíduos para posterior transbordo ao
veículo coletor.
Vantagens: Comodidade aos cidadãos de depositar os resíduos no contêiner em qualquer horário.
O contato de resíduos com catadores eventualmente ocorre, mas os rejeitos não ficam espalhados no
chão. Protege o resíduo de cachorros e outros animais.
Desvantagens: Podem causar transtorno no trânsito, ocupando vagas de automóveis. Necessita de
lavagens periódicas.
3.1.3 Subterrâneos (guindaste, carga lateral e traseira)
Descrição: As últimas tecnologias de coleta de resíduos baseiam-se na coleta conteinerizada
enterrada, na qual os recipientes são instalados sob a superfície das calçadas, evitando qualquer
contato humano ou de cachorros e outros animais com os resíduos. A coleta conteinerizada
enterrada (ou subterrânea) é um processo automatizado, em que o container localizado abaixo da
superfície é descarregado no caminhão por um guindaste ou sistema basculante (lateral ou traseiro)
acoplado ao veículo.
Vantagens: Processo totalmente automatizado. Não há contato com os catadores informais e com
animais. Necessita menos mão-de-obra (1 motorista e 1 gari). Comodidade aos cidadãos para
depositar os resíduos em qualquer horário.
Desvantagens: Alto custo inicial e de manutenção. Necessita pessoal especializado para bascular os
contêineres no caminhão.
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3.2 Formas de Basculação
3.2.1 Guindaste ou carga vertical
Descrição: O container é descarregado com o auxílio de um guindaste acoplado ao caminhão. Vantagens: Processo totalmente automatizado. Não há contato com os catadores informais e com
animais. Necessita menos mão-de-obra. Comodidade aos cidadãos para depositar os resíduos em
qualquer horário.
Desvantagens: Alto custo inicial e de manutenção. Necessita pessoal especializado para operar o
guindaste. Riscos de acidentes na operação do guindaste.
3.2.2 Carga Lateral
Descrição: O veículo coletor estaciona ao lado do contêiner e báscula lateralmente os resíduos.
Vantagens: Causa menos transtornos no trânsito, e menos tempo para coleto.
Desvantagens: Alto custo inicial e manutenção e necessita pessoal especializado para operar o
sistema basculante.
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3.2.3 Carga Traseira
Descrição: A transferência dos resíduos depositados no contêineres é feita através de um sistema
basculante instalado na parte traseira do caminhão compactador.
Vantagens: Sistema basculante mais simples que a carga lateral/guindaste. Operação pode ser feita
com contêineres móveis.
Desvantagens: Pode causar transtornos no trânsito. Maior risco de acidentes, quando operado com
contêineres móveis. Necessita pessoal especializado para operar o sistema basculante.
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275
5.14 – Modelos e proposições de coleta seletiva de resíduos para a compostagem
/vermicompostagem/bioenergia.
O modelo alternativo proposto pela ACFOR, tendo em vista a valorização
energética e como produto, apresenta-se a seguir:
Figura 175. Modelo proposto de aproveitamento de resíduos orgânicos
Fonte: Helano Brilhante, 2006 - Modificado
As figuras a seguir sugerem o modelo a ser detalhado tendo em vista a
implantação de uma programa de coleta seletiva de material orgânico para seu
aproveitamento transformando-o em composto, húmus ou bioenergia.
A figura 176, reúne as diferentes tipologias de resíduos orgânicos gerados pelas
populações urbanas, transformando-os em composto, vermicomposto, húmus ou ainda
energia.
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276
Figura 176. Fluxo dos Materiais Orgânicos.
Fonte: PUCPR-ISAM/2006. A figura 177 , apresenta o fluxograma dos Processos tradicionais de
transformação de materiais orgânicos
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Figura 177. Fluxograma dos Processos.
Fonte: SANETAL.
A figura 178 apresenta o fluxograma de Processos Alternativos.
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Figura 178. Processos Alternativos.
A Figura 179 apresenta resumidamente a montagem de uma sistema
municipal de coleta seletiva de resíduos orgânicos para a
Compostagem/Vermicompostagem.
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Figura 179. Fluxograma do Sistema de Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos para a Compostagem/Vermicompostagem
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5.15 Legislação de Resíduos Industriais – Principais Artigos.
Lei Estadual Nº 13.103/2001
Art. 11 – A gestão dos resíduos sólidos observará as seguintes etapas:
I – a prevenção da poluição ou a redução da geração de resíduos na fonte;
II – a minimização dos resíduos gerados;
II – o adequado acondicionamento, coleta e transporte seguro e racional dos resíduos;
IV –a recuperação ambientalmente segura de materiais, substâncias ou de energia dos
resíduos ou produtos descartados;
V – o tratamento ambientalmente seguro dos resíduos;
VI – disposição final ambientalmente segura dos resíduos remanescentes; e
VII – a recuperação das áreas degradadas pela disposição inadequada dos resíduos.
Art. 12 - Ficam proibidas as seguintes formas de destinação e utilização de resíduos sólidos:
I - lançamento in natura a céu aberto;
II - queima a céu aberto;
III - lançamento em mananciais e em suas áreas de drenagem, cursos d’água, lagos, praias,
mar, manguezais, áreas de várzea, terrenos baldios, cavidades subterrâneas, poços e
cacimbas, mesmo que abandonadas, e em áreas sujeitas à inundação com períodos de
recorrência de cem anos;
IV - lançamentos em sistemas de redes de drenagem de águas pluviais, de esgotos, de
eletricidade, de telefone, bueiros e assemelhados;
V - solo e subsolo somente poderão ser utilizados para armazenamento, acumulação ou
disposição final de resíduos sólidos de qualquer natureza, desde que sua disposição seja
feita de forma tecnicamente adequada, definida em projetos específicos, obedecidas às
condições e critérios estabelecidos por ocasião do licenciamento pelo órgão ambiental
estadual;
VI - armazenamento em edificação inadequada;
VII - utilização de resíduos perigosos como matéria-prima e fonte de energia, bem como a
sua incorporação em materiais, substâncias ou produtos sem o prévio licenciamento
ambiental;
VIII - utilização para alimentação humana; e
IX - utilização para alimentação animal em desacordo com a normatização dos órgãos
federais, estaduais e municipais competentes.
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Parágrafo Único – O armazenamento , o tratamento e a disposição final dos resíduos sólidos
dependerão de projetos específicos previamente licenciados pelo órgão ambiental
competente.
Art. 16 – O setor industrial deverá elaborar Plano de Gerenciamento dos Resíduos
Industriais e de Prevenção da Poluição priorizando soluções integradas na forma
estabelecida em regulamento e devidamente licenciada pelo órgão ambiental estadual.
Art. 23 – A gestão dos resíduos industriais deverá ser efetuada em conformidade com as
etapas estabelecidas no art. 11 desta Lei.
Art. 25 - São de responsabilidade do gerador os resíduos sólidos industriais, especialmente
os perigosos, desde a geração até a destinação final, que serão feitas de forma a atender os
requisitos de proteção ambiental e de saúde pública, devendo as empresas geradoras
apresentar a caracterização dos resíduos como condição para o prévio licenciamento
ambiental, previsto nesta Lei.
Art. 26 - O emprego de resíduos industriais perigosos, mesmo que tratados, reciclados ou
recuperados para utilização como adubo, matéria-prima ou fonte de energia, bem como suas
incorporações em materiais, substâncias ou produtos, dependerá de prévio licenciamento
ambiental especial, previsto nesta Lei.
§1º O fabricante deverá comprovar que o produto resultante da utilização dos resíduos
referidos no caput deste artigo não implicará em risco adicional à saúde pública e ao meio
ambiente;
§2º Os produtos fabricados através de processos que utilizem resíduos industriais deverão
apresentar qualidade final similar aos produtos gerados em processos que não incluam o
reaproveitamento industrial de resíduos.
Art. 27 – As instalações industriais para o processamento de resíduos são consideradas
unidades receptoras de resíduos, estando sujeitas às exigências desta Lei.
Art. 28 – As unidades receptoras de resíduos industriais deverão realizar, no recebimento
dos resíduos, controle das quantidades e características dos mesmos, de acordo com a
sistemática aprovada pelo órgão ambiental estadual.
Art. 42 – Para efeito de licenciamento pelos órgãos ambientais, as fontes geradoras de
atividades potencialmente poluidoras deverão contemplar em seus projetos os princípios
básicos estabelecidos na Política Estadual de Resíduos Sólidos previstos nesta Lei.
Art. 45 O gerador de resíduos de qualquer origem ou natureza e seus sucessores respondem
civilmente pelos danos ambientais, efetivos ou potenciais, decorrentes do gerenciamento
inadequado desses resíduos.
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Art. 46. A responsabilidade do receptor de resíduos persiste durante o prazo estipulado pela
autoridade competente, após a desativação do local como unidade receptora.
Art. 47. O gerador de resíduos sólidos de qualquer origem ou natureza responderá civil e
criminalmente pelos danos ambientais, efetivos ou potenciais, decorrentes de sua atividade,
cabendo-lhe proceder, às suas expensas, as atividades de prevenção, recuperação ou
remediação, em conformidade com a solução técnica exigida pelo órgão público
competente, dentro dos prazos assinalados ou em caso de inadimplência, ressarcir,
integralmente, todas as despesas realizadas pela administração pública para a devida
correção ou reparação do dano ambiental.
Art. 51 – Os responsáveis pela degradação ou contaminação de áreas em decorrência de
acidentes ambientais ou pela disposição de resíduos sólidos, independentes de culpa, terão
responsabilidade objetiva devendo promover a sua recuperação em conformidade com as
exigências estabelecidas pelo órgão ambiental competente.
Decreto Estadual Nº 26.604/02
Art. 6 - Os produtos fabricados e/ou embalagens deverão apresentar em sua rotulagem a
simbologia da reciclagem correspondente ao tipo de material direto utilizado em sua
fabricação.
Art. 26 - As indústrias, independentemente de seu porte, que produzam resíduos
identificados na Política Estadual de Resíduos Sólidos, deverão elaborar Plano de
Gerenciamento dos Resíduos Industriais e de Prevenção da Poluição – PGRI, de acordo
com Termo de Referência elaborado pelo órgão ambiental, por ocasião do licenciamento ou
sua renovação.
Parágrafo único. Deverá constar no PGRI a indicação do local e tipo de tratamento,
acondicionamento e disposição final dos resíduos gerados nas indústrias e nas plantas de
tratamento de resíduos, sendo por meio de incineração, reciclagem, compostagem, aterro ou
outro meio regulamentado, consorciado ou não, devendo as empresas, operadoras dessas
atividades, estarem licenciadas pelo órgão ambiental competente.
Art. 27 - O seguro ambiental a ser contratado pela empresas geradoras e receptoras de
resíduos deverá ser apresentado ao órgão ambiental estadual como requisito para emissão
da licença de operação ou sua renovação.
Parágrafo único - O valor do seguro ambiental poderá ser contestado, procedida análise e
justificativa, e exigido a retificação do mesmo. O respectivo licenciamento ficará
condicionado à apresentação da apólice retificada.
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Art. 28 - As empresas geradoras de resíduos sólidos, especialmente os perigosos,
apresentarão a caracterização e quantificação de seus resíduos de acordo com as Normas
Brasileiras - NBR, como condição para o prévio licenciamento ambiental.
Parágrafo único. As indústrias que já estiverem em operação deverão, quando da execução
do Inventário de Resíduos Sólidos Industriais pelo órgão ambiental estadual, ou renovação
do licenciamento, prestar informações e/ou dados compatíveis com as atividades
desenvolvidas.
Além da legislação citada acima, a Lei Estadual no 11.423/88 proíbe no território cearense
o depósito de rejeitos radioativos em seu art. 1o, § único e art. 2º, que assim dispõe:
Art. 1º - Fica proibido, em solo cearense, o depósito de rejeitos radioativos, com qualquer
nível de radiação, bem como, resíduos químicos de qualquer natureza, oriundos de outras
partes do território brasileiro ou de outro país.
Parágrafo Único - Excetua-se da proibição deste artigo, o material usado nos aparelhos em
funcionamento no Estado do Ceará.
Art. 2º - Qualquer transgressão à proibição contida no artigo primeiro e seus parágrafos
responderá civil e penalmente pelos danos causados ao meio ambiente estatal. Como
recomendação adicional, para incentivar a implantação de Programas de Coleta Seletiva, as
indústrias deverão observar a Lei Estadual nº 12.225/93, que considera a coleta seletiva e a
reciclagem do lixo como atividades ecológicas de relevância social e de interesse público
no Estado, e adotar em seus coletores de resíduos sólidos, os padrões de cores definidos na
Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001, conforme segue:
· AZUL – papel/papelão;
· VERMELHO – plástico;
· VERDE – vidro;
· AMARELO – metal;
· PRETO – madeira;
· LARANJA – resíduos perigosos;
· BRANCO – resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;
· ROXO – resíduos radioativos;
· MARROM – resíduos orgânicos;
· CINZA – resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de
separação.
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