Pós-graduação em Direito Penal e Processual Penal · conflito de leis penais no tempo direito...

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LEGALE

Intervenção Mínima:

O Direito Penal deve tutelar os bens jurídicos mais relevantes

Proporcionalidade:

A criação de tipos penais gera um ônus para os cidadãos e, por isso deve conter na essência uma vantagem para os membros da sociedade

Ofensividade (ou Lesividade) :

Não há infração penal quando a conduta não tiver oferecido ao menos perigo de lesão ao bem jurídico

Intranscendência (ou da Personalidade):

Ninguém pode ser responsabilizado por fato cometido por terceiro, não podendo a pena passar da pessoa do condenado

Ne bis in idem:

Não se admite a dupla punição pelo mesmo fato

Isonomia :

Tratar com igualdade os iguais e com desigualdade os desiguais (p. ex. condenado por tráfico primário e com pequena quantidade de droga merece pena menor do que o reincidente com maior quantidade)

CLASSIFICAÇÃO DAS LEIS PENAIS

Incriminadoras :

Não-incriminadoras: (permissivas, exculpantes, interpretativas, complementares, diretivas, integrativas)

Completas (ou perfeitas) :

Incompletas (ou imperfeitas) : (lei penal em branco homogênea, lei penal em branco heterogênea, tipo aberto)

INTERPRETAÇÃO DAS LEIS PENAIS

O que é interpretação?

É a tarefa mental que procura estabelecer a vontade da lei

Classificações das interpretações:

Classificação quanto ao sujeito:

* autêntica (legislativa)

* judicial

* doutrinária

Classificação quanto aos meios:

* gramatical (literal, sintática)

* lógica (teleológica) (profunda)

Classificação quanto ao resultado:

* declaratória (declarativa, estrita): perfeita sintonia entre o texto de lei e a sua vontade

* Extensiva: quando a lei disse menos do que queria dizer (p. ex. extorsão mediante cárcere privado)

* Restritiva: quando a lei disse mais do que queria dizer

Interpretação progressiva (adaptativa ou evolutiva):

Adaptação à realidade atual

Interpretação analógica (intra legem) :

A lei contém uma fórmula casuística seguida de uma fórmula genérica (p. ex.

art. 121, §2º inc. I, CP)

Analogia

- não é interpretação e sim forma de integração

- a lei pode ter lacunas, mas não o ordenamento jurídico

- tratamento igual dado a casos semelhantes

- é possível “in bonam partem”

LEI PENAL NO TEMPO

Princípio da continuidade das leis:

Revogação:

- absoluta ou total – ab-rogação

- parcial – derrogação

- expressa

- tácita

- global

LEI PENAL NO TEMPOCONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO

DIREITO PENAL

INTERTEMPORAL

NOVATIO

LEGIS

IN PEJUS

NOVATIO

LEGIS IN

MELLIUS

ABOLITIO

CRIMINIS

NOVATIO LEGIS

INCRIMINADORA

Conflito Aparente de Normas:

Soluções:

- princípio da especialidade (p ex. homicidio culposo de trânsito)

- princípio da subsidiariedade (ex. ameaça)

- princípio da consunção (ou da absorção) (p. ex. furto qualificado aborvendo a violação de domicílio)

Teorias sobre o tempo do crime:

- atividade

- resultado

Leis Penais Especiais:

- temporária

- excepcional

LEGISLAÇÃO

A lei das Olimpíadas trouxe crimes que estarão em vigor até 31.12.2016. Vejam: Lei 13.284/16

Seção VDas Disposições PenaisUtilização indevida de símbolos oficiaisArt. 17. Reproduzir, imitar, falsificar ou modificar indevidamente quaisquer símbolos oficiais de titularidade das entidades organizadoras:Pena – detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa.Art. 18. Importar, exportar, vender, distribuir, oferecer ou expor à venda, ocultar ou manter em estoque, sem autorização das entidades organizadoras ou de pessoa por elas indicada, símbolos oficiais ou produtos resultantes da reprodução, imitação, falsificação ou modificação não autorizadas de símbolos oficiais para fins comerciais ou de publicidade:

Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) meses ou multa.Marketing de emboscada por associaçãoArt. 19. Divulgar marcas, produtos ou serviços, com o fim de alcançar vantagem econômica ou publicitária, por meio de associação direta ou indireta com os Jogos, sem autorização das entidades organizadoras ou de pessoa por elas indicada, induzindo terceiros a acreditar que tais marcas, produtos ou serviços são aprovados, autorizados ou endossados pelas entidades organizadoras:Pena – detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa.Parágrafo único. (segue)

Na mesma pena incorre quem, sem autorização das entidades organizadoras ou de pessoa por elas indicada, vincular o uso de ingressos, convites ou qualquer outro tipo de autorização ou credencial para os eventos oficiais a ações de publicidade ou atividades comerciais com o intuito de obter vantagem econômica ou publicitária.Marketing de emboscada por intrusão(segue)

Art. 20. Expor marcas, negócios, estabelecimentos, produtos ou serviços ou praticar atividade promocional, sem autorização das entidades organizadoras ou de pessoa por elas indicada, atraindo de qualquer forma a atenção pública nos locais oficiais com o fim de obter vantagem econômica ou publicitária:Pena – detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa.Art. 21. Nos crimes previstos neste Capítulo, somente se procede mediante representação das entidades organizadoras.

(segue)

Art. 22. Na fixação da pena de multa prevista neste

Capítulo, o limite a que se refere o § 1º do art. 49 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), pode ser acrescido ou reduzido em até 10 (dez) vezes, de acordo com as condições financeiras do autor da infração e com a vantagem indevidamente auferida.

Art. 23. Os tipos penais previstos neste Capítulo terão vigência até o dia 31 de dezembro de 2016.

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