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Escola Secundária Martins Sarmento

Poema “Cântico Negro”de José Régio

Grupo de trabalho:Ana Machado nº3Anabela Machado nº4Sara Teixeira nº23 10º LH2

Introdução• "Cântico Negro", poema de José Régio, aborda a

problemática do indivíduo que contesta a norma e o afastamento da vivência colectiva despersonalizada.

• O posicionamento do "eu" leva-nos a afirmar que a sua individualidade, partindo da contestação da norma colectiva, oferece-lhe como um convite, estabelecer uma comparação entre os dois elementos opostos, em torno dos quais se desenvolve o texto - a individualidade e a colectividade.

Estrutura do poema

• O poema é constituído por 8 estrofes divididas por três sétimas(1ª/5ª/6ª), uma quintilha(2ª), um dístico(3ª), uma décima(4ª), uma quadra(5ª)e uma nona(6ª); composto por 51versos e rimas emparelhadas e cruzadas.

Análise do poema • O título é composto por dois elementos o

"cântico" e o "negro". O “cântico” dá-nos a ideia de homenagem a um ser natural. O “negro”pode ser interpretado como "escuro", "sombrio", "maldito", "condenado", no qual os dois últimos sentidos são os mais aceitáveis ao poema em questão.

• A qualidade de "negro" ("maldito", "condenado") não parece ser própria da natureza de "cântico" ("hino"), asim, o título demonstra-nos a natureza do poema. O significado geral do poema é a exaltação de algo no tempo em que contesta e nega valores actuais.

• Tom imperativo: “Vem por aqui”(1ºverso).• A forma verbal “dizem”(1º verso) reforça o

indefinido e “alguns” faz-nos pensar no colectivo.• No 2º verso está presente a colectividade e a

segurança “e seguros” e a dúvida quanto à validade da obediência no 3ºverso ("De que seria bom que eu os ouvisse").

• Antíteses: "olhos lassos" (5º verso) "olhos doces" (1º verso), "E cruzo os braços" (7º verso) "Estendendo-me os braços" (2º verso) e "nunca vou por ali" (8º verso) "vem por aqui'" (1º e 4º versos), Deus e o Diabo (39º verso).

• Programa não orientado pela norma mas guiado por impulsos: " - Que eu vivo com o mesmo sem - vontade / Com que rasguei o ventre a minha Mãe." (12º e 13º versos).

• O sujeito afirma: "Prefiro escorregar nos becos lamacentos" (18º verso) e "Como farrapos, arrastar os pés sangrentos" (20º verso), pois preferia passar por dificuldades do que seguir a sociedade.

• No verso 18º está metafóricamente representados riscos e quedas; no 20º verso tem um significado de aspectos negativos.

• Polissíndedo de “meus próprios ”("meus próprios passos" – 15º verso, "meus próprios pés" – 24º verso).

• Duas dimensões: a do "eu" e a dimensão do mundo "Se vim ao mundo .“ (22º verso)

• A repetição da negação: "E nunca vou por ali...“ (8º verso) "Não acompanhar ninguém , “ (11º verso).

• Exagero em "Não, não vou por aí" (14º verso).• O questionamento crítico que aparece nos três

primeiros versos da quinta estrofe introduz a comparação entre os outros ('Vós") e o "eu“.

Interpretação do poemaNeste poema o sujeito poético transmite-nos que não gosta de seguir o que a sociedade lhe diz, contrariando esta mesma, no qual segue o seu caminho sem que ninguém lhe dê opiniões, acreditando que é possivel aquilo que não se vê, não se sentindo bem com o que tem. Ele ama o difícil, isto é, opta sempre pelo mais díficil no qual não traça o seu destino e possui total liberdade. Não gosta de ser igual a todos os outros por isso contraria a sociedade e organiza o seu próprio caminho.

Conclusão

• O processo evidenciado em todo o poema resulta da incompatibilidade entre vivência colectiva e consciência individual.

• O "eu" merece ênfase não só pela insistência de sua afirmação mas até mesmo pelo número de vezes em que sua idéia aparece no poema, impregnando-o de individualismo.