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Pré-Modernismo Literatura Brasileira – 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra

Contexto histórico Os primeiros anos da República são agitados no Brasil. O Nordeste é flagelado pela seca e pela guerra de Canudos. No Norte, a borracha traz riqueza e prosperidade para uma região isolada e desconhecida. A riqueza de São Paulo é proveniente do café, o “ouro negro”. Imigrantes começam a chegar.

Como dar voz à diversidade de um país cada vez mais complexo?

O Brasil republicano: conflitos e contrastes

1. A reforma das cidades (cortiços/favelas);

2. Os conflitos no Nordeste;

3. A riqueza da borracha e do café. O desafio da literatura era representar esses contrastes.

O Pré-Modernismo: autores em busca de um país • O foco da produção literária se fragmenta e os autores escrevem sobre: as diferentes regiões, os centros urbanos, os funcionários públicos, os sertanejos, os caboclos e os imigrantes.

• Principais autores: Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Graça Aranha e Augusto dos Anjos.

• TOME NOTA: COMO NÃO EXISTE UM CRITÉRIO ESTÉTICO PARA DEFINIR A PRODUÇÃO PRÉ-MODERNISTA, ADOTA-SE UM PRINCÍPIO CRONOLÓGICO: DE 1902 A 1922.

O projeto literário do Pré-Modernismo Desejo de revelar o “verdadeiro” Brasil para os brasileiros. Olhar para o Brasil e usar a literatura como meio para torná-lo mais conhecido pelos brasileiros.

A primeira condição para realização desse projeto era desviar o olhar das classes sociais mais privilegiadas.

O projeto literário do Pré-Modernismo

Desejo de mostrar o Brasil real aos brasileiros;

Crítica à realidade social e econômica;

Linguagem mais próxima do texto jornalístico.

Tendências modernistas a desmistificação do texto literário;

a utilização de um português mais “brasileiro”;

a crítica à realidade social e econômica contemporânea;

a constituição de uma literatura que retratasse verdadeiramente o Brasil.

Euclides da Cunha e Os sertões Texto literário, tratado científico, investigação socioantropológica e matéria jornalística.

Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Vencido palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados. CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.

“Enfim, arrasada a cidadela maldita! Enfim, dominado o antro negro, cavado no centro do adusto sertão, onde o Profeta das longas barbas sujas concentrava a sua força diabólica, feita de fé e de patifaria, alimentada pela superstição e pela rapinagem!” Olavo BILAC. Cidadela Maldita. Estado de São Paulo, 09/10/1897.

O sertanejo

P. 18 do livro didático

Lima Barreto: a vida nos subúrbios cariocas Era lá que vivia a pequena classe média composta de funcionários públicos, professores moças à espera de casamento e uma variedade de personagens antes ignoradas por outros escritores.

Os romances, contos e as crônicas compõem um painel em que se desempenham de forma mais clara os verdadeiros mecanismos de relacionamento social típicos do Brasil no início do século XX.

Personagens de Lima Barreto Isaías Caminha;

Clara dos Anjos;

Policarpo Quaresma. (p. 23)

O “novo” Brasil que surgia nos textos pré-modernistas, marcado por grandes desigualdades, não era um país que motivasse o orgulho dos leitores. Mas era um país real.

Monteiro Lobato

Urupês (p. 27)

Augusto dos Anjos

A marca da angústia e do pessimismo; (p. 30)

Linguagem: ciência e símbolos.

Graça Aranha

Canaã (p. 32)

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