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PRINCIPAIS DOENÇAS GINECOLOGIA
PROFª LETICIA PEDROSO
NOMENCLATURA DOS DESVIOS MENSTRUAIS
• Amenorreia: falta de menstruação por 2 ciclos consecutivos.
• Dismenorreia: menstruações dolorosas. As dores podem sobrevir antes e durante a
menstruação.
• Hipermenorreia: menstruação dura mais de 5 dias.
• Hipomenorreia: menstruação dura menos de 2 dias.
• Oligomenorreia: diminuição do fluxo menstrual.
• Menorragia: aumento quantitativo dos sangramentos menstruais.
• Hemorragia intermenstrual: pequena perda sanguínea genital entre as
menstruações.
• Metrorragia: hemorragia uterina não ligada ao ciclo menstrual.
PRURIDOS
A sensação de coceira intensa na vulva. Os
pruridos geralmente cedem ao tratamento
adequado de sua causa específica.
• Causas: falta de higiene ou irritação mecânica,
infecções vulvo-vaginais: micoses e tricotomias,
parasitoses vulvares: escabiose (sarna),
oxiuríase (verme) , Ptirus púbis (pediculose),
alergia: roupas, sabões, sensilidade: após a
menopausa, em mulheres idosas, corrimentos
ou diabetes (enfraquece sist.imunológico).
• Tratamento: Deve ser específico para a causa do
prurido.
Recomendações: Procurar o médico.
• Evitar o uso de roupas apertadas e quentes.
• Higiene local, evitando sabonetes fortes.
• Evitar coçar.
• Troca frequente da roupa íntima.
• Uso de compressas frias com solução
antisséptica.
• Evitar empréstimo de material e roupas íntimas.
LEUCORREIA OU CORRIMENTOS VAGINAIS
• É um corrimento vaginal, geralmente
esbranquiçado, de abundância variável, que
incomoda a paciente sujando-lhe a roupa. É
considerado normal, quando em pequena
quantidade, na época da ovulação, antes da
menarca ou no princípio da menstruação. A
coloração pode variar de branca, até o amarelo
esverdeado, dependendo do agente causador da
infecção.
Etiologia:
• Fungos – Cândida albicans (branco
leitoso)
• Parasitas – Trichomonas vaginalis
(amarelo-esverdeado)
• Bactérias – estafilococos,
estreptococos (amarelo-leitoso),
gonococos – purulenta.
Sintomas:
• Corrimento vaginal, acompanhado ou não de prurido.
• Irritação e hiperemia local
• Vaginismo (Dor da penetração)
• Tratamento: Podem ser usados antimicóticos,
antiparasitários e antibióticos locais ou associados por via
oral ou parenteral.
• Profilaxia: Evitar promiscuidade sexual, empréstimo de
material de uso íntimo e uso de anticoncepcionais por
longo tempo.
• Tratar o cônjuge ou companheiro evitando a reinfecção.
CERVICITES
• São inflamações localizadas no colo do útero,
podendo ser agudas ou crônicas.
• Sintomas: Corrimento espesso e tinto de
sangue.
• Tratamento: Cauterização com eletrocautério.
• Cauterização com agentes químicos.
• Aplicação vaginal de antibióticos.
ANEXITES
• É um processo inflamatório que ocorre nas
tubas uterinas e ovários, podendo atingir os
dois órgãos uni ou bilateralmente.
• Sintomas: Dor no baixo ventre, que piora
durante o período menstrual, Hipertermia,
Sudorese, náuseas e vômitos.
• Tratamento: Clínico – antibióticos, antitérmicos,
analgésicos e repouso.
• Cirúrgico – salpingectomia, ooforectomia.
DOENÇA PÉLVICA INFLAMATÓRIA - DIP
• É uma inflamação pélvica, aguda ou crônica que
pode envolver as tubas uterinas, ovários, peritônio
pélvico ou sistema vascular pélvico. É causado por
muitas bactérias que penetram através do canal
cervical e do útero para pelve.
• Sintomas: Dor abdominal, náuseas e vômitos.
Hipertermia. Inapetência. Corrimento vaginal
fétido purulento. Leucocitose.
• Tratamento: Nutrição adequada e
antibioticoterapia
• Cuidados de Enfermagem:
• Observar quantidade, cor, odor do
corrimento vaginal.
• Avaliação adequada dos sinais vitais
• Orientação para evitar reinfecção
Endometriose
• Desenvolvimento e crescimento de
glândulas endometriais fora da cavidade
uterina, o que resulta numa reação
inflamatória crônica.
• É um dos problemas de saúde mais
comuns entre as mulheres, e uma das
principais causas de infertilidade.
Estima-se que mais de 176 milhões de
mulheres em todo o mundo sofram com
os sintomas de endometriose.
• Sintomas: Cólicas menstruais intensas e dor
durante a menstruação; Dor pré-menstrual; Dor
durante as relações sexuais; Fadiga crônica e
exaustão; Alterações intestinais ou urinárias durante
a menstruação; Dificuldade para engravidar e
infertilidade.
• Diagnóstico: é feito por meio de exame físico, USG,
exame ginecológico, dosagem de marcadores e
outros exames de laboratório.
• Tratamento: cirúrgico: a endometriose é removida
por meio de uma cirurgia chamada laparoscopia.
• medicamentoso: analgésicos, anti-inflamatórios, o
DIU com levonorgestrel, anticoncepcional.
CISTO DE OVÁRIO
O cisto é um tumor com conteúdo líquido, que se
forma dentro ou ao redor do ovário, que pode
provocar: dor na região pélvica, atraso na
menstruação ou dificuldade para engravidar.
É uma situação comum que acontece em muitas
mulheres entre os 15 e os 35 anos de idade,
podendo surgir várias vezes ao longo da vida.
• Tratamento: Cirúrgico: excisão do cisto de ovário
ou ooforectomia.
• Medicamento: anticoncepcional.
CÂNCER DE COLO UTERINO
• É uma doença que evolui silenciosamente e
caracteriza-se pela alteração das células do colo
uterino.
• O fator de risco que pode levar ao câncer de colo
uterino é basicamente a prática da atividade
sexual. Ou seja, toda mulher sexualmente ativa
pode ter câncer de colo uterino. Fatores de
risco:DST persistente;Promiscuidade
sexual;Início precoce de atividade sexual;Partos
mal assistidos que levam a traumas do colo
uterino.
• A idade das mulheres entre 25 e 60 anos é
considerara importante para o
aparecimento da doença.
• No início, a mulher com câncer de colo
uterino não apresenta sintoma algum. Ao
exame pode até apresentar um colo sem
nenhuma lesão aparente (feridas de colo).
Isso se explica por que as alterações
características de câncer são encontradas
nas células. Portanto são invisíveis ao
olho nu, só podem ser vistas com
microscópio.
Diagnóstico
• O exame que pode detectar precocemente as lesões
precursoras de câncer é o teste de Papanicolau. Se
essas alterações forem detectadas bem cedo, tem
100% de chance de cura.
• O exame deve ser realizado:
• Todos os anos para as mulheres sexualmente ativas;
• A cada 6 meses pelas mulheres que apresentam
lesões de colo persistente ou DST frequentemente;
• As mulheres em fase de menopausa, gestantes,
histerectomizadas e virgens também podem realizar
o exame sem problemas.
CÂNCER DE MAMA
• A mama é uma glândula influenciada por hormônios.
Sofre variações no tamanho, forma e função
dependendo de fatores como o ciclo menstrual e
gravidez.
• Fatores de risco : Idade: entre os 35 a 50 anos;
Hereditariedade; Ter tido outro tipo de câncer em outras
partes do corpo; Fatores discutíveis como: fumo, álcool,
anticoncepcionais, menopausa tardia, nenhuma
gravidez; Geralmente, o câncer de mama inicia-se com
um nódulo mamário. Se não for descoberto em tempo
poderá passar da fase inicial para a disseminação e
metástases. Daí poderá ser incurável.
O nódulo suspeito de ser maligno tem as seguintes características:
• Fixo;
• Irregular: contornos não bem
definidos;
• Duro;
• Indolor.
• O câncer da mama é curável quando descoberto
precocemente. Essa descoberta só acontecerá quanto
mais as mulheres estiverem conscientes de que a arma
número 1 contra o câncer de mama está em SUAS
PRÓPRIAS MÃOS.
• Trata-se do autoexame das mamas que todas as
mulheres devem realizar mensalmente.
• As mulheres em menopausa também devem realizar o
autoexame. O exame deve ser feito da seguinte
maneira:
Etapas do Autoexame
• Inspeção estática em frente ao espelho
• Palpação
• Para realizar a palpação, a mulher deve estar deitada com
o ombro sobrelevado. Assim, para examinar a mama
direita, deve colocar sob o ombro direito, um travesseiro
ou toalha dobrada e, com a mão esquerda, realizar a
palpação da mama e da região axilar.
• A palpação da mama também pode ser efetuada em pé,
durante o banho. Nesse caso, a mulher deve realizá-lo
com o braço elevado, repetindo os procedimentos
anteriores.
• O autoexame deve ser realizado
mensalmente, após a menstruação,
período em que as mamas não
apresentam edema.
• Para as mulheres que não menstruam,
recomenda-se fazer o autoexame na
primeira semana de cada mês.
Dúvidas???
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