Processo de dragagem no Porto Rio das mortes

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Assoreamento causado pela retirada de areia no Rio da Mortes, por meio de dragas...

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Processo de Dragagem no Porto Rio das Mortes

Biólogos: Fernando Geraldo de Carvalho. Eva Ferreira dos Reis.

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁSPRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃOPESQUISA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PERÍCIAAMBIENTAL - 2009/2010

Disciplina: Licenciamento Ambiental Professor: Osmar Pires Martins

Apresentação

O conteúdo a seguir identifica os trabalhos das transportadoras hidroviárias localizado sobre Rio das Mortes ; Fluviário Salazar e Transportadora Shallon que estão operando na BR - MT 326 localizada na divisa do município de Nova Nazaré e Cocalinho – MT, e aponta o diagnostico ambiental e os seus impactos. Onde é preciso que as empresas realizem obras de dragagem de manutenção no Portuário Rio das Mortes.

Fig. 01: Balsa transportando caminhões.

Mapa hidrográfico do Estado de Mato Grosso

Porto rio das Mortes

Fig. 02: mapa hidrográfico do Estado de Mato Grosso.

Característica do Empreendimento

Bacia de evolução

Locais próximos destinados às manobras das balsas Berço de Atracação

Local para atração das balsas para embarque e desembarque de cargas Canais de navegação:

passagem de acesso aos portos nas suas extremidade.

Fig.03: Vista área Porto Rio das Mortes

Objetivo da dragagem :

Aprofundar o canal para que as balsas tenha uma maior segurança. No qual é preciso que faça uma desobstrução do canal, retirando excesso de areia e outros sedimentos no fundo do rio.

Fig. 04: Draga de sucção

Extração de areia

A extração de areia no canal do Porto Rio das Mortes , conforme mostrado no perfil

esquemático da Figura 06, é feita por meio de dragas de sucção acopladas em barcaças, o que permite atingir uma considerável profundidade. As barcaças, uma vez cheias, dirigem-se aos portos de areia, onde são despejadas sob a forma de polpa, lavadas e algumas vezes classificadas. Todo o processo requer a utilização de água captada diretamente dos canais durante a dragagem

de areia.

Fig.05: draga retirando areia no canal do Porto Rio das Mortes

Extração de areia

Fig.06: Perfil esquemático da extração de areia no leito do rio.

Impactos no processo de dragagem:

Os impactos ambientais associados ao processo de dragagem e o despejo do material dragado podem ser caracterizados

por apresentarem efeitos diretos ou indiretos sobre habitat e organismos, atribuídos a alterações na qualidade da água (Kennish, 1994).

Fig.07: Rio das Mortes

Perda de habitat no fundo dos rios:

A dragagem de substratos moles pode remover importantes organismos vivos do fundo dos rios.

Entretanto, este substrato será rapidamente recolonizado por outros organismos bentônicos algum tempo após terminada a operação de dragagem.

Este processo de recolonização pode variar de poucos dias até vários anos dependendo do tipo de organismos existentes, tipo de substrato e condições ambientais e dinâmicas do local.

Como o habitat natural provavelmente sofrerá alterações devido à operação de dragagem, a nova população poderá ser diferente da original.

Ruídos Gerado pelas Dragas

Todo tipo de equipamento mecânico gera ruídos, mas a maior parte das atividades de dragagem são relativamente silenciosas quando comparadas a muitas outras atividades de construção.

Alguns tipos de dragas produzem ruídos muito fortes, quando trabalhando em argilas muito coesas, ou então o uso de explosivos, compressores e brocas.

Os problemas com o barulho são mais significantes a noite quando os níveis de ruídos ambientais são menores.

Impactos Causados Pelo Manejo do Material Dragado

Segundo Davis et al. (1990), as varias maneiras de manejo de material dragado, como:

A opção pela não execução de dragagem, minimizando os impactos ambientais e não necessitando o despejo de qualquer tipo de material;

Despejo em rio aberto, com e sem contenção; Despejo nas margens do rio, confinado e não confinado; Despejo em terra, confinado e não confinado, com tratamento de

sedimentos contaminados através de técnicas de tratamento de materiais perigosos;

E conforme a resolução do CONAMA nº. 237/97.

Resolução do CONAMA nº. 237/97 (Conferida pela Lei 6.938/81)

Refere ao processo de licenciamento ambiental das atividades de dragagem, resolve:

Art. 1º - estabelecer as diretrizes gerais e procedimentos mínimos para a avaliação do material a ser dragado.

Art. 2º. I - afirma que o material retirado ou deslocado no leito dos rios

decorrente da atividade de dragagem, desde que esse material não constitua bem mineral.

II - elucida o final do material dragado; onde possam permanecer por tempo indeterminado no seu estado natural ou transformado em material adequado ao ambiente.

Despejo em terra

O despejo em terra de sedimentos provenientes de dragagem pode ser feito de duas maneiras principais: não confinado e confinado. Este tipo de despejo é o que utilizam no Porto Rio das Mortes uma opção considerada favorável, por existir grandes áreas de terra de pequeno valor em seu estado original, próximas a área das dragas.

Fig.08: sedimentos proveniente de dragagem.

Despejo em terra

O despejo em terra inevitavelmente tem algum tipo de impacto ambiental, mas quando bem projetado e executado, pode fornecer alguns benefícios econômicos mesmo que as propriedades do material dragado sejam pobres para usos em construção ou agricultura.

Fig.09: Deposito de sedimentos retirado pelas as dragas.

Construção de aterros

Dentre dos usos benéficos do material dragado seria a utilização destes sedimentos para aterros, que é um dos métodos mais conhecido e utilizado pelo o Porto Rio das Mortes.

Fig.10: aterro construído com os sedimentos retirados do canal.

Relação com a comunidade

Comunidade ribeirinha do Rio das Mortes já estão familiarizadas com as obras de dragagem de manutenção no qual, é realizada freqüentemente e ainda não tem tido nem um tipo de manifestações e maiores expectativas em relação à dragagem em questão do aprofundamento.

Fig.11.: População ribeirinha no Porto Rio das Mortes

Fiscalização da dragagem

Evitar efeitos indesejados causados pela obra é um instrumento de monitoramento para controle ambiental e será responsável por atividades como:

Certificação de que a empresa não está realizando nem um tipo de mistura que contamine a água do Rio acima do necessário.

Fará também a verificação contínua da vedação da draga e do batelão, de forma a evitar vazamentos de materiais;

A visualização da existência de plumas, deslocando-se para fora da área de dragagem, entre outras.

Bibliografia

BARNES, R.S.K. (1974). Estuarine Biology. The Institute of Biology's Studies in Biology No. 49, Edward Arnold, London: 73pp.

BARNES, S. K & R. N. HUGHES (1988). An introduction to marine biology. Blackwell Scientific Publications, Cambridge, Mass.: 351pp.

ALVES, E.C.; GORINI, M.; RODRIGUES, P.C.H. & SILVA, C.G. 1980. Estudo da sedimentação quaternária na região entre o rio Doce e Cabo Frio. In: Congresso Brasileiro de Geologia, 31., 1980, Camboriú. Anais... Camboriú: SBG, v. 1, p. 515-529.

KENNISH, M.J., 1986. Ecology of estuaries. Physical and Chemical aspects, vol I, 254p.

DAVIS, K.; BERNSTAM, M. S. Resources, environment, and population: present knowledge, future options. New York: Oxford University Press/Population Council, 1990.

Beleza Natural do Rio das Mortes

Balsas que realiza trabalho de travessia sobre o Rio das Mortes

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