View
3
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
1
ORIENTAÇÃO EDUCACIONALPré-escola e suas especificidades;
O.E. na Educação Infantil
4ª aula – 13/07/16 Profª. Rachel Leão
A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO NACIONAL
• A importância dos anos 90.
• Constituição de 88.
• Estatuto da Criança e do Adolescente (1990).
• LDB 9394/96.
2
ANOS 70
• EDUCAÇÃO COMPENSATÓRIA:
- Déficit cultural, linguísticos.
- Defasagens afetivas.
- A Pré-escola – salvaria a educação primária dos possíveis fracassos escolares.
3
ANOS 80• É colocada em xeque a concepção de “privaçãocultural”.
• Crescem os estudos oriundos da Antropologia,Psicologia e Sociologia.
• Combate à desigualdade e atenção às diferenças.• Criança: sujeito de direitos.• Programa Nacional de Educação Pré-Escolar:
ações de atendimento à baixo custo comobjetivos vagos.
4
ANOS 90• Educação: direito das crianças de 0 a 6 anos
(opção da família) e dever do Estado.• Avanços no campo teórico: crianças criadoras de
cultura e “produzidas” na “cultura”.• Políticas de formação de profissionais.• Surgimento de alternativas curriculares (RCNEI,
1998).• DCNEF (2009).
5
DESAFIOS DA ÉPOCA
• Ausência de financiamento.• Lutas por inclusão no FUNDEB.• Organização dos sistemas municipais.• Políticas de Educação Infantil articuladas com
Políticas Sociais.• Formação de profissionais.• Pressões de organismos internacionais.
6
7
DOCUMENTOS OFICIAIS• LDB nº 9394/96 (20/12/1996).
• Diretrizes Curriculares para a EducaçãoInfantil.
• Referencial Curricular Nacional deEducação Infantil.
• Deliberação COMED/CEB nº 001, de13/11/2012 (D. O. 01/12/12).
OBJETIVOS GERAIS DA E.I.• Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de
forma cada vez mais independente, com confiança emsuas capacidades e percepção de suas limitações;
• Descobrir e conhecer progressivamente seu própriocorpo, suas potencialidades e seus limites,desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com aprópria saúde e bem-estar;
• Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos ecrianças, fortalecendo sua autoestima e ampliandogradativamente suas possibilidades de comunicação einteração social;
• Estabelecer e ampliar cada vez mais as relaçõessociais, aprendendo aos poucos a articular seusinteresses e pontos de vista com os demais,respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudesde ajuda e colaboração;
• Observar e explorar o ambiente com atitude decuriosidade, percebendo-se cada vez mais comointegrante, dependente e agente transformador domeio ambiente e valorizando atitudes quecontribuam para a sua conservação;
• Brincar, expressando emoções, sentimentos,pensamentos, desejos e necessidades;
• Utilizar diferentes linguagens (corporal, musical,plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentesintenções e situações de comunicação, de forma acompreender e ser compreendido, expressar suasideias, sentimentos, necessidades e desejos eavançar no seu processo de construção designificados, enriquecendo cada vez mais suacapacidade expressiva;
• Conhecer algumas manifestações culturais,demonstrando atitudes de interesse, respeito eparticipação frente a elas e valorizando adiversidade.
EDUCAR• Educar significa propiciar situações de cuidados,
brincadeiras e aprendizagens orientadas deforma integrada e que possam contribuir para odesenvolvimento das capacidades infantis derelação interpessoal, em uma atitude deaceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelascrianças, aos conhecimentos mais amplos darealidade social e cultural.
CUIDAR• Cuidar é valorizar e ajudar o outro a
desenvolver capacidades, sobretudo dandoatenção a ele como pessoa que está emcontínuo crescimento e desenvolvimento,visando a ampliação de seus conhecimentos edesenvolvimento de suas habilidades,tornando-o mais independente e autônomo.
13
Em sua experiência de ser cuidadas, as crianças aprendem
a se vestir, a se pentear, a comer, a fazer sua higiene e
desenvolvem o sentimento de bem-estar com esses hábitos.
O cuidar de si mesmo, o olhar-se com atenção e assumir as
ações para o seu próprio bem-estar são atitudes que se
aprendem desde pequeno. Ações muito simples, criadas nos
momentos de lavar as mãos, de arrumar os cabelos com
cuidado, alimentar-se, hidratar- se e olhar-se no espelho, por
exemplo, podem gerar importantes aprendizagens, com
reflexos na autoimagem que cada criança está construindo.
PARA SABER
MAIS!
EDUCAR E CUIDAR• A educação da criança pequena envolve
simultaneamente dois processoscomplementares e indissociáveis: educar e cuidar.[...] Esta inserção das crianças no mundo nãoseria possível sem que atividades voltadassimultaneamente para cuidar e educarestivessem presentes (CRAIDY; KAERCHER, 2001,p. 16).
BRINCAR• Brincar é experimentar o mundo e internalizar
uma compreensão particular sobre aspessoas, os sentimentos e os diversosconhecimentos.
FUNÇÕES INDISSOCIÁVEIS DA E.I.• Função social: educar e cuidar crianças de 0 a 5 anos e 11
meses.
• Função política: contribuir para que as crianças usufruamde seus direitos sociais e políticos e exerçam seu direitode participação, tendo em vista a sua formação para acidadania.
• Função pedagógica: articular a convivência, a ampliaçãode saberes e os conhecimentos de diferentes naturezasentre crianças e adultos.
ESTRUTURA DO RCNEIOBJETIVOS GERAIS
FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL CONHECIMENTO DE MUNDO
IDENTIDADE E AUTONOMIA
MOVIMENTO
MÚSICA
ARTES VISUAIS
LINGUAGEM ORAL E ESCRITA
NATUREZA E SOCIEDADE
MATEMÁTICA
ÁREAS E EIXOSMOVIMENTO
EXPRESSIVIDADE
EQUILÍBRIO E COORDENAÇÃO
O FAZER MUSICAL
APRECIAÇÃO MUSICALO FAZER ARTÍSTICO
APRECIAÇÃO EM ARTES VISUAIS
ARTES VISUAIS
MÚSICA
ÁREAS E EIXOS
LINGUAGEM ORAL E ESCRITA
FALAR E ESCUTAR
PRÁTICAS DE ESCRITA
PRÁTICAS DE LEITURA
MATEMÁTICA
NÚMEROS E SISTEMA DENUMERAÇÃO
CONTAGEM
NOTAÇÃO E ESCRITA NUMÉRICA GRANDEZAS E MEDIDAS
ESPAÇO E FORMA
ÁREAS E EIXOSNATUREZA E SOCIEDADE
ORGANIZAÇÃO DOS GRUPOS E SEUMODO DE SER, VIVER E TRABALHAR
OS LUGARES E SUAS PAISAGENS
OBJETOS E PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO
OS SERES VIVOS
OS FENÔMENOS DA NATUREZA
O O. E. E A BUSCA DA QUALIDADE• Recursos financeiros aplicados, exclusivamente, nesse
nível de ensino;• Universalização do atendimento para todas as crianças
de zero a cinco anos de idade;• Formação inicial e continuada do professor que
priorize a integração entre os cuidados e a educação dacriança pequena;
• Projeto pedagógico adequado para essa faixa etária,que possibilite o enriquecimento das experiênciasinfantis;
21
• Trabalho coletivo entre a direção, coordenação, professor,demais funcionários da instituição e família das crianças;
• Ludicidade como elemento fundamental na organização dotrabalho pedagógico;
• Participação das famílias nas escolas infantis;• Espaço físico contendo mobiliário e material pedagógico
adequado à idade das crianças;• Segurança física e psicológica que garanta o acolhimento a
todas as crianças, inclusive às crianças especiais;• Articulação entre esse nível de ensino e os anos iniciais do
ensino fundamental.
22
QUESTÕES DE PARTIDA
• Mas como deve ser uma instituição de educaçãoinfantil de qualidade?
• Quais são os critérios para se avaliar a qualidadede uma creche ou de uma pré-escola?
• Como as equipes de educadores, os pais, aspessoas da comunidade e as autoridadesresponsáveis podem ajudar a melhorar aqualidade das instituições de educação infantil?
23
As definições de qualidade dependem de muitos fatores:
• os valores nos quais as pessoas acreditam;
• as tradições de uma determinada cultura;
• os conhecimentos científicos sobre como ascrianças aprendem e se desenvolvem;
• o contexto histórico, social e econômico noqual a escola se insere.
24
• No caso específico da educação infantil, aforma como a sociedade define os direitos damulher e a responsabilidade coletiva pelaeducação das crianças pequenas também sãofatores relevantes.
• Sendo assim, a qualidade pode ser concebidade forma diversa, conforme o momentohistórico, o contexto cultural e as condiçõesobjetivas locais.
25
DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE – ASPECTOS IMPORTANTES
• O primeiro deles diz respeito aos direitoshumanos fundamentais. Esses direitosapresentam especificidades quando seaplicam às crianças e são reafirmados emnossa Constituição Federal e no Estatuto daCriança e do Adolescente (ECA).
26
• Um segundo aspecto relevante, relacionado aoprimeiro, é o reconhecimento e a valorização dasdiferenças de gênero, étnico-racial, religiosa,cultural e relativas a pessoas com deficiência.
• Em terceiro lugar, é preciso fundamentar aconcepção de qualidade na educação em valoressociais mais amplos, como o respeito ao meioambiente, o desenvolvimento de uma cultura depaz e a busca por relações humanas maissolidárias.
27
• O quarto aspecto diz respeito à legislação educacionalbrasileira, que define as grandes finalidades daeducação e a forma de organização do sistemaeducacional, regulamentando essa política nos âmbitosfederal, estadual e municipal.
• Em quinto lugar, os conhecimentos científicos sobre odesenvolvimento infantil, a cultura da infância, asmaneiras de cuidar e educar a criança pequena emambientes coletivos e a formação dos profissionais deeducação infantil são também pontos de partidaimportantes na definição de critérios de qualidade.
28
INDICADORES DE QUALIDADE• O Ministério da Educação sintetizou os principais
fundamentos para o monitoramento da qualidade daeducação infantil no documento Parâmetros Nacionaisde Qualidade para a Educação Infantil (2006).
• Os Indicadores da Qualidade na Educação Infantil,objetiva traduzir e detalhar esses parâmetros emindicadores operacionais, no sentido de oferecer àsequipes de educadores e às comunidades atendidaspelas instituições de educação infantil um instrumentoadicional de apoio ao seu trabalho.
29
O QUE SÃO INDICADORES?
30
Indicadores são sinais que revelam aspectos de
determinada realidade e que podem qualificar algo.
Indicadores apresentam a qualidade da instituição
de educação infantil em relação a importantes
elementos de sua realidade: as dimensões.
CONHECENDO OS INDICADORES• 1ª Dimensão: Planejamento institucional• 2ª Dimensão: Multiplicidade de experiências e
linguagens.• 3ª Dimensão: Interações• 4ª Dimensão: Promoção da saúde.• 5ª Dimensão: Espaço, materiais e mobiliário.• 6ª Dimensão: Formação e condições de trabalho das
professoras e demais profissionais.• 7º Dimensão: Cooperação e troca com as famílias e
participação na rede de proteção social.31
O CURRÍCULO NA E. I.ALVO DE ATENÇÃO DA O.E.
• Organização do espaço.
• Registro das atividades.
• Cuidar e educar.
• Construção da linguagem.
• Autonomia e flexibilização da rotina.
• A diversidade e a desigualdade.
33OR
GA
NIZ
AÇ
ÃO
DO
TEM
PO
E D
O E
SPA
ÇO
A ROTINA – ALVO DE ATENÇÃO DO O.E.
• A rotina do trabalho pedagógico concretiza, nasala de aula, as intenções educativas que serevelam na forma como são organizados otempo, o espaço, os materiais, as propostas eintervenções do professor. Por essa razão, arotina que estabelecemos para a classe étambém uma situação de ensino e aprendizagem,a despeito de não ser necessariamente planejadacomo tal. 34
A ROTINA NA E.I.• A rotina na Educação Infantil pode ser facilitadora
ou cerceadora dos processos de desenvolvimentoe aprendizagem. Como tudo o que acontece noambiente educativo, a rotina não é neutra e podetrazer marcas do preconceito e da discriminação.
• Uma rotina clara e compreensível para ascrianças é fator de segurança, que dinamiza aaprendizagem e facilita as percepções infantissobre o tempo e o espaço.
35
• É importante que a organização do tempo nainstituição não perca de vista a necessidade defavorecer o brincar, as iniciativas infantis, oscuidados e a aprendizagem em situaçõesorientadas, ou seja, combinar e equilibrarperíodos para aprendizagens intencionais,planejadas pelo professor com períodos paramais independência, em que as criançasconstruam conhecimentos nas ações de suaescolha.
36
ATIVIDADES PERMANENTES – ATENÇÃO O.E.• São aquelas que atendem às necessidades básicas de
cuidados, aprendizagem e de prazer para as crianças, cujosconteúdos e/ou ações necessitam de constância.
• Os objetivos são os de aproximar as crianças de umconteúdo, de criar hábito e familiaridade. A frequênciapode ser diária ou de alguns dias na semana. Consideram-se atividades permanentes, entre outras: cuidados com ocorpo; brincadeiras e jogos no espaço interno e externo;roda de história; roda de conversas; ateliês ou momentosde desenho, pintura, modelagem e música; cantos deatividades diversificadas.
37
38
CANTOS DIVERSIFICADOS
39
ARTES VISUAIS
40
M
O
V
I
M
E
N
T
O
41
BR
IN
CA
R
42
A
L
I
M
E
N
T
A
Ç
Ã
O
D E S C A N S O
43
RODAS DE HISTÓRIA E CONVERSAS
REGISTRO DE ATIVIDADES
44
M
Ú
S
I
C
A
O QUE NÃO PODE FALTAR NA CRECHE (CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS)?
• Brincar
• Linguagem Oral
• Movimento
• Arte
• Identidade e Autonomia45
46
- O que distingue os três primeiros anos de vida?
Esse é o período sensório-motor, caracterizado pela inteligência prática. O mundo é algo a
experimentar e conhecer por meio dos órgãos dos sentidos e das ações corporais.
- Como a criança aprende?
Presa à experiência imediata, ela necessita da presença dos objetos concretos. Seus
esquemas de ação são olhar, agarrar, ouvir, alcançar com a boca ou sentir com a pele.
- Quais os procedimentos para potencializar o desenvolvimento nessa faixa etária?
A primeira coisa a fazer é incentivar o uso da ferramenta mais poderosa, que é o corpo. Por
meio dele, a criança entra em contato com texturas, temperaturas e gostos. Outras ações
são estimular a linguagem verbal - por meio de histórias e músicas - e a imitação,
entendendo a necessidade de reproduzir gestos e falas e procurando valorizar a expressão
individual de cada um.DENISE ARGOLO ESTILL,
Psicóloga e Psicopedagoga da Unidade de Atendimento ao Bebê (SP).
PARA SABER
MAIS!
O QUE NÃO PODE FALTAR NA PRÉ-ESCOLA (CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS)?• Brincar
• Linguagem Oral
• Movimento
• Arte
• Leitura e escrita
47
48
Como se caracteriza o pensamento da criança pré-escolar?Ele é principalmente substitutivo e imitativo. Substitutivo porque ela descobre que objetos,pessoas e ações podem ser trocados ou evocados por outros. Imitativo porque ela entra nouniverso da ficção: imagina e faz correspondências.
De que maneira o faz-de-conta desenvolve as linguagens?No faz-de-conta, a criança realiza um esforço de tradução. Ela não é velha, mas representa esse
papel no jogo simbólico. Também não é um bicho, mas pode imitá-lo. Esse fingimento aumentao repertório das diversas linguagens, como o desenho, a fala, a música e a dança.
Como aproveitar a capacidade de representação?A criança descobre simbolicamente a importância do adulto em sua vida e as diferenças entreambos. Isso ocorre, por exemplo, quando ela faz de conta que é mãe e repreende o filho. Cabeao professor, portanto, possibilitar que ela entenda essa assimetria e, ainda que intuitivamente,o valor do adulto.
LINO DE MACEDO, Professor do Instituto de Psicologia da USP.
PARA SABER
MAIS!
49
Psicologia do Psicologia do
DesenvolvimentoDesenvolvimentoVisão GeralVisão Geral
50
A crianA criançça de 2 e 3 anosa de 2 e 3 anos
Concentração curta, mas intensa.
Compreensão limitada (simples e
repetido).
Conhecimento de novas palavras
(mais ou menos 700 palavras).
Memória curta.
Período de descobertas.
MENTE
Come, dorme e cresce muito.
Necessita se mexer, correr, saltar,
pois está desenvolvendo os músculos
maiores.
CORPO
51
Reage ao clima, emotivo.
Procura novas sensações.
Muito sensível (tenso/inseguro).
Assusta-se facilmente.
Confiante – acredita em tudo que lhe é dito.
EMOÇÕES
Cartazes, flanelógrafo, fantoches,
brinquedos, argamassa, blocos, desenho
simples.
ENSINO
Idade da inocência.
Imitação.
ESPÍRITO
Egoísta.
Simpático.
SOCIAL
Descobre que pode tomar decisões próprias.VONTADE
52
A crianA criançça de 4 e 5 anosa de 4 e 5 anos
Atenção limitada, mas aumentando (4 a 10 M.)
Vocabulário crescente.
Curioso e perguntador (Quem? Como? Onde?).
Começa a relacionar as informações e utilizá-las para
resolver problemas.
Aprende com facilidade e esquece com a mesma
facilidade.
Imaginação muito ativa (imaginação X realidade).
MENTE
Energia e atividade devem ser canalizadas para um
propósito.
Desenvolvimento dos músculos menores / motricidade
+ equilíbrio.
Cansa-se facilmente.
Gosta de cuidar da sua própria pessoa (abotoar
roupas, atar cordões de sapatos, etc.)
CORPO
Sente intensamente (chora – ri).
Crescente sentido de ritmo.
Teimoso.
EMOÇÕES
Música, dramatização e cartazes.ENSINO
Mais interesse pelas coisas de Deus.
Começa a reconhecer o certo e
errado.ESPÍRITO
Egoísmo X cooperação e aprovação
social.SOCIAL
Imita o que vê e também age pelo
que sente.VONTADE
53
54
Desenvolvimento Desenvolvimento
afetivo afetivo FreudFreud
55
A crianA criançça de 2 a 3 anosa de 2 a 3 anos
Fase Anal
Nesta fase o ser humano deriva o senso de prazer
da zona anal do corpo. A criança parece sentir
considerável prazer em eliminar e/ou reter suas
próprias fezes. O valor que os pais dão à
evacuação das fezes leva a criança a supor que
elas são material precioso e, portanto, a querer
guardá-las para si mesmas, através da atitude
retensiva. A retenção anal está ligada à teimosia,
independência e sentimento de posse. Já na fase
expulsiva (primeira etapa), a eliminação das fezes
pode ser para a criança uma liberação de forças
destrutivas.
56
“Suas fezes é a primeira moeda que a criança pode
trocar por outros valores”. A característica do
caráter anal é a do indivíduo se mostrar, às vezes,
extremamente meticuloso em matéria de toalete e
de privacidade. Outras vezes a pessoa se torna um
tipo humano extremamente retentivo (avarento),
tanto no sentido monetário, como na capacidade
de dar-se de si mesmo numa relação humana
significativa. Provavelmente é nesta fase da vida
que o ser humano começa o processo de
introjeção dos valores éticos e morais. Daí a
tremenda importância desse período da vida, pois
dependendo da flexibilidade ou rigidez das
demandas do mundo adulto, o indivíduo poderá
tornar-se um tipo rígido, dogmático e neurótico, ou
um tipo funcional e criativo.
57
A crianA criançça de 4 a 5 anosa de 4 a 5 anos
Fase Fálica
A zona erógena nessa fase é constituída pelos
órgãos genitais. A criança começa a chamada
masturbação infantil, cuja significação é
exagerada pelos pais. A personalidade
caracterizada por elementos de fixação fálica
tende a ser exibicionista e agressiva. O caráter
fálico se apresenta como sendo do tipo resoluto e
autoconfiante, mas essa atitude ousada pode
representar, de fato, uma reação a sentimentos
reais de inferioridade. Há nesses indivíduos
também traços de dependência oral, expressos
sobretudo em forma de agressão verbal como uso
58
exagerado de pornofonia ou até mesmo de formas
mais sutis como a ironia picante. É nessa fase que
ocorre a estruturação da personalidade, sendo por
isso de fundamental importância a presença da
função materna e paterna. Ocorre a identificação
com os pais. Nesse período a criança se interessa
pelo papel do pai na procriação, pelas atividades
sexuais dos pais, pela origem dos bebês – temas
freqüentes de suas fantasias. Nesse sentido,
admoestações excessivas e punitivas sobre
interesses e atividades sexuais teriam efeito
negativo na posterior identificação sexual. De
acordo, com a concepção freudiana, impotência
sexual, frigidez, exibicionismo e homossexualismo
são considerados deficiências derivadas do
período fálico.
59
Todos nós sofremos uma amnésia infantil,
isto é, comumente esquecemos, à medida
que crescemos, os interesses sexuais de
nossa infância. É importante também
destacar que há, nessa fase, um
desenvolvimento da consciência moral. Ao
identificar-se com os pais, a criança adquire
seus padrões, seus valores. Se porém, essa
identificação não se dá no tempo próprio, o
indivíduo pode desenvolver uma
dependência emocional exagerada da figura
materna, e isso pode vir a ser no futuro um
problema sério de ajustamento emocional.
Desenvolvimento Desenvolvimento
social social EriksonErikson
60
A crianA criançça de 1 a 3 anosa de 1 a 3 anos
Meninice
Autonomia versus vergonha e dúvida é a
crise psicossocial desse período evolutivo.
É nesse período que a criança começa a
aprender a noção de ordem e pontualidade.
Se for submetido a um tipo moderado e
coerente de disciplina, o indivíduo poderá se
tornar uma pessoa de hábitos higiênicos
saudáveis, organizada e cumpridora dos
seus deveres.61
A crianA criançça de 4 a 5 anosa de 4 a 5 anos
Fase Lúdica
Iniciativa versus culpa caracteriza a crise
psicossocial desse período da vida. A criança
procura identificar-se com seus pais e ser como
eles em termos de iniciativa e de poder social. Se
a iniciativa da criança é estimulada ou
reconhecida pelos pais ela desenvolverá um
senso adequado de ação independente. Por outro
lado, se a criança sente que sua atividade lúdica é
boba e estúpida, ela pode desenvolver um
sentimento de culpa em relação a qualquer
atividade por ela iniciada, sentimento esse que
persistirá através de toda a vida.62
Desenvolvimento Desenvolvimento
cognitivocognitivoPiagetPiaget
63
A criança de 2 a 6 anos
PRINCIPAL CARACTERÍSTICA
Marca o desenvolvimento da capacidade
simbólica de representar uma coisa por
outra, em que a linguagem desempenha
importante papel. Por outro lado, verifica-se
a ausência de pensamento conceitual e das
noções de conservação e invariância.
Período Pré-operacional
64
A CRIANÇA
A nível comportamental, a criança atuará de
modo mais lógico e coerente (em função dos
esquemas sensoriais motores), enquanto que
em nível de entendimento da realidade estará
desequilibrada (em função da ausência de
esquemas conceituais). Até os 4 anos, 4
anos e meio, a criança conquista todas as
formas de simbolização. A criança fica
absolutamente interessada e ativa
perguntando o nome de tudo o que existe.
Tudo é nomeado, tudo tem um nome, tudo
65
66
pode ser representado de alguma forma
alguma forma, com maior ou menor
eficiência, dependendo do momento. A
criança estará, nesta fase, desenvolvendo
os chamados pré-conceitos, isto é noções a
respeito de objetos que serão utilizados na
fase seguinte para formar os esquemas
conceituais. Nesta fase também notamos o
desligamento da família em direção a uma
sociedade de crianças e a presença
concomitante de uma linguagem socializada
e de uma linguagem egocêntrica.
67
O PENSAMENTO
O pensamento pré-operacional se caracteriza
pelo egocentrismo, em que a criança não
concebe um mundo, uma situação da qual
não faça parte. Esse egocentrismo se
manifestará em todas as áreas de atuação da
criança (intelectual, social, de linguagem).Além disso, o pensamento também será
caracterizado por uma tendência lúdica, por
uma mistura da realidade com a fantasia, o
que determinará uma percepção muito
distorcida da realidade.
68
Outra característica do pensamento pré-
operacional é a irreversibilidade, isto é, a
criança nesse período pensa, mas não
pode pensar a respeito do próprio
pensamento. Seu julgamento é
extremamente dependente da percepção
imediata e, sujeito, portanto, a vários erros.
Outras estruturas típicas do pensamento
nesse estágio são o realismo, o animismo
e o antropomorfismo.
69
A INTELIGÊNCIA
Opera em função de uma passagem
gradual do pensamento explícito (motor)
para o pensamento (interiorizado).
INCLUINDO ALGO MAIS NESTA CONVERSA
• Pesquisas apontam: envolvimento necessário doaluno no ato de aprender e compreensão docontexto.
• Por isso, há que se considerar que ele é umsujeito sócio-histórico, singular e relacional.
• Atenção do O.E.: cenas do cotidiano expressãocontradições em relação às afirmativas acima.
• Discurso teórico distante do discurso prático.
70
• A mobilidade das verdades conceituais nãogarante a respectiva mobilidade da realidadecotidiana.
• É necessário questionar a estruturação dasconcepções assumidas.
• Analisar a construção do método daracionalidade científica.
• Quem é o sujeito que aprende?
• Que funções tem aquele que ensina?71
Razão X Afeto?• Razão: suporte para o conhecimento.
• Conhecimento: poder de inserção social cotidiana.
• Afeto faz parte do cotidiano – caminhos deinvestimentos e energia, que não estão em oposição àrazão, mas apenas como matéria diferente, tecida deoutra trama.
• Razão e afeto não são adversários, mas como parceirosna produção de sentidos, de significações para arealidade aprisionada pela razão científica.
72
• Trata-se de conhecer a realidade educacional doponto de vista do inconsciente e do desejo (saberpsicanalítico), trazendo a compreensão singularsobre as articulações do individual com ocoletivo; sobre as relações entre o desejo, oprazer, a vontade de saber, a linguagem, econstrução de um sujeito que se revelará comosujeito desejado, articulando pela necessidade deprazer.
73
INCLUINDO O AFETO NA CONVERSA SOBRE A E.I.
• Criança: sujeito social, com o recheio afetivodo EU.
• Relações do seu psiquismo com outros – que oinformam das determinações sociais (temfunção estruturante em sua formação).
• Incluir no trabalho do O.E. o não observável (oque não pode ser mensurado ou controlado).
74
• Na cena do cotidiano, que tece os sujeitos doconhecimento, é necessário resgatar a possibilidade de“capturar” uma “matéria” que hoje é estudo da ciênciamoderna, colocando-a na mão dos especialistas daeducação.
• Tornar observável o recheio afetivo, que geralmenteaparece nas situações extra-classe, identificado comomatéria-prima de conflitos a serem resolvidos.
• Normalmente, o conteúdo afetivo é substratopedagógico para atividades que estimulam criatividadepara trazer prazer ao cotidiano. O prazer é produzidocomo artifício lúdico, que nem sempre ganha sentido.
75
TRABALHO DO O.E.
• Diagnóstico: levantar “vulnerabilidade” doaluno (questões sociais, familiares epsicológicas, influência da escola...).
• Possíveis soluções recuperação do potencialemocional/psicológico do aluno,estabelecimento de recursos pedagógicos.
76
APONTAMENTOS• Importância do trabalho profissional na Educação
Infantil.
• Os afetos são componentes estruturantes naconstrução do EU.
• O pulsar do aluno é ferramenta cotidiana,poderosa e inevitável nas mãos da escola.
• Não há garantias de eficácia – mas é necessárioespaços de abertura.
77
COMPARTILHAR A AÇÃO EDUCATiVA
• Conhecer a criança.
• Estabelecer critérios educativos comuns.
• Oferecer modelos de intervenção e relaçãocom as crianças.
• Ajudar a conhecer a função educativa daescola.
78
A COMUNICAÇÃO COM AS FAMÍLIAS
• As entrevistas de ingresso.
• As entrevistas solicitadas.
• A participação dos pais e das mães na escola.
79
DILEMAS PRÁTICOS À O. E.• Estruturação no âmbito da Educação Básica.
• Articulação com o Ensino Fundamental.
• Organização escolar.
• Articulação curricular.
• Critérios de qualidade.
• Avaliação: diagnóstico ou de desempenho.
80
ESTUDOS NECESSÁRIOS• Institucionalização da infância e suas consequências.
• Concepções teóricas da infância (é preciso consolidar ascontribuições da sociologia da infância, da antropologia eos estudos culturais sobre as crianças e as culturas infantis);
• Especificidades da creche e do trabalho com bebês.
• Em relação às famílias: gravidez precoce, abandono,violência, populações de rua e as relações entre creches,escolas e conselhos tutelares.
81
• É imprescindível, no dia a dia com as crianças, criaroportunidades para que as professoras possam refletirsobre a intencionalidade dos seus fazeres. [...] Um dascaracterísticas que acentua a intencionalidadepedagógica é poder explica e compreender os motivospara a seleção das atividades, dos materiais, dasbrincadeiras – seus modos de apresentação e realização– e das formas de preparação dos recursos e dos grupos.[...] Ressignificar o currículo é aprender a construirperguntas para a prática, compreendê-las, interrogá-las ereconstruir, com as crianças e a comunidade escolar,outras respostas pertinentes mesmo que provisórias(MEC/SEB, 2009, p.88)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS• BASSEDAS, HUGUET, SOLÉ. Aprender e ensinar na Educação
Infantil. Porto Alegre, Artmed, 1999.• GARCIA, R. L. Revisitando a pré-escola. São Paulo, Cortez,
2001.• KRAMER, Sonia. As crianças de 0 a 6 anos nas políticas
educacionais no Brasil: educação infantil e/é fundamental.Educ. Soc.,Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 797-818,out. 2006.
• Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.33, p.78-95,mar.2009.
83
Recommended