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PROJECTO MOZBIO
MOÇAMBIQUE
Quadro do Processo
VERSÃO FINAL
21 De Julho de 2014
Gaye Thompson
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
2
ÍNDICE
I Sumário Executivo..................................................................................................................................... 6
2 Descrição do Projecto ....................................................................................................................... 16
3 Políticas Accionadas .......................................................................................................................... 20
4 Quadro do Processo .......................................................................................................................... 21
4.1 Quadro Político, Jurídico e Administrativo ................................................................................... 23
4.1.1 Políticas .................................................................................................................................... 23
4.1.2 Institucional .............................................................................................................................. 24
4.1.3 Legal ......................................................................................................................................... 24
4.1.3.1 A legislação Nacional em Matéria de Políticas do Banco Mundial ..................................... 27 4.1.4 Mecanismos / procedimentos para a participação e inclusão das pessoas afectadas pelo projecto (PAP) ......................................................................................................................................... 28
4.1.4.1 Mecanismos para participação e inclusão comunitária ....................................................... 33
4.1.4.2 Impactos e critérios para determinar elegibilidade para assistência .................................. 40 4.1.5 Medidas para reduzir impactos negativos enquanto maximiza os positivos ............................. 42
4.1.5.1 Resolução de queixas, potenciais conflitos ou reivindicações.............................................. 46
5 Custos e Plano de Implementação ................................................................................................... 55
Tabela 2: estimativa de custos por actividade e por ano da implementação ........................................ 56
6 Consulta inter-institucional e do sector público/ONG ................................................................... 58
7 Apêndices ........................................................................................................................................... 64
7.1 A. Lista de Referências ................................................................................................................. 64
7.2 B. Processo de Plano de acção do Desenvolvimento Comunitário ............................................... 66
7.3 C.Identificação de partes interessadas (stakeholders) e Pessoas afectadas pelo Projecto ............. 67
7.4 D. Organizações comunitárias existentes até à data ...................................................................... 71
7.5 E. Potencial Critério, Mecanismos de Gestão e Mitigação ........................................................... 74
7.6 F. Responsabilidades Institucionais .............................................................................................. 75
7.7 G. Dados disponíveis de pessoas dentro das ACs. ........................................................................ 78
7.8 H. lista de consultores que preparam o quadro processo ............................................................... 80
7.9 I. Políticas ..................................................................................................................................... 80
7.9.1 Institucional .............................................................................................................................. 81
7.9.2 Legal ......................................................................................................................................... 85
7.10 J. Termos de Referência para o Ponto Focal Social da ANAC ................................................. 91
K. Resumo Socioeconómico das AC ......................................................................................................... 93
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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Lista de Abreviações
AC Área de Conservação
ACTF Área de Conservação Transfronteiriça
ANAC Administração Nacional das Áreas de Conservação
AWF Fundo africano para a Natureza
BioFund Fundo para a Biodiversidade
AC Áreas de Conservação
CAP Plano de Acção Comunitário
CBNRM Gestão de Recursos Naturais Baseado na Comunidade
CC Conselho Consultivo
CCG Comité de Co-Gestão
CCP Comité de Co-gestão Pesqueira
CDLs Comité de Desenvolvimento Local
CDS Centro de Desenvolvimento Sustentável
CDS-RN Centro de Desenvolvimento Sustentável – Recursos Naturais
CEF Fundo Estrutural Comunitário
CGAC Conselho de Gestão da Área de Conservação
CGRN Conselho de Gestão dos Recursos Naturais
COGEP Conselho de Gestão Participativa
COMDEQ Comité de Desenvolvimento das Quirimbas
CONDES Conselho Nacional de Desenvolvimento Sustentável
AD Administrador Distrital
DINATUR Direcção Nacional de Turismo
DNA Direcção Nacional de Águas
DNAC Direcção Nacional das Áreas de Conservação
DNAIA Direcção Nacional de Avaliação de Impacto Ambiental
DNAPOT Direcção Nacional de Planificação e Ordenamento Territorial
DNDR Direcção Nacional de Desenvolvimento Rural
DNGA Direcção Nacional de Gestão Ambiental
DNPA Direcção Nacional de Promoção Ambiental
DNTF Direcção Nacional de Terra e Florestas
DPA Direcção Provincial de Agricultura
DPCA Direcção Provincial para a Coordenação de Acção Ambiental
DPP Direcção Provincial de Pesca
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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DPPF Direcção Provincial de Plano e Finanças
DPTUR Direcção Provincial de Turismo
EA Estudo Ambiental
EIA Estudo de Impacto Ambiental
ESMF Quadro de Gestão Ambiental e Social
FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital
GoM Governo de Moçambique
GPOT Gabinete de Planificação e Ordenamento Territorial
IDPPE Instituto de Desenvolvimento de Pesca a Pequena Escala
IIP Instituto de Investigação Pesqueira
INAMAR Instituto Nacional da Marinha
LNP Parque Nacional do Limpopo
LVIA ONG Italiana
M&E Monitoria e Avaliação
MAE Ministério de Administração Estatal
MICAIA ONG Ambiental
MICOA Ministério para a Coordenação de Acção Ambiental
MINAG Ministério de Agricultura
MISAU Ministério de Saúde
MITUR Ministério do Turismo
MOPH Ministério de Obras Públicas e Habitação
MozBio Terceira Fase do Projecto de Áreas de Conservação Transfronteiras
MozbioU Unidade MozBio
MP Ministério de Pescas
MPD Ministério de Plano e Desenvolvimento
NP Parque Nacional
NR Reserva Nacional
ONG Organização Não Governamental
OP Política Operacional (do Banco Mundial)
OP/BP Política Operacional/ Política do Banco (Banco Mundial)
PADC Plano de Acção de Desenvolvimento Comunitário
PDO Objectivo de Desenvolvimento do Projecto
PDUT Plano Distrital de Uso de Terra
PFSA Pontos Focais Sociais e Ambientais
PNAB Parque Nacional de Arquipélago de Bazaruto
PNB Parque Nacional de Banhine
PNL Parque Nacional de Limpopo
PNQ Parque Nacional das Quirimbas
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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PNZ Parque Nacional de Zinave
PO/PB Política do Banco (Banco Mundial)
PPF Fundação Peace Parks
PRA Avaliação da Participação Rural
PUT Plano de Uso da Terra
RAP Plano de Acção de Reassentamento
REDD Redução de Emissões por Desflorestação e Degradação das Florestas em Países em via
de Desenvolvimento
REM Reserva Especial de Maputo
RNC Reserva Nacional de Chimanimani
RNG Reserva Nacional de Gilé
RNN Reserva Nacional de Niassa
RPF Quadro das Políticas de Reassentamento
SPFFB Serviços Provinciais de Floresta a Fauna Bravia
SPGC Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro
TFCATDP Projecto de Áreas de Conservação Transfronteiriça e Desenvolvimento do Turismo
TOR Termos de Referência
TTL Líder da Equipa de Operações (Banco Mundial)
UN Nações Unidas
WWF Fundo Mundial para Natureza
ZC Costeira (CDS-ZC)
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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I Sumário Executivo
1
Visão geral
Moçambique está actualmente em fase de rápido crescimento económico, principalmente devido à
exploração de diversos recursos minerais valiosos, no entanto esta situação ainda não implica uma redução
significativa da pobreza rural, particularmente nas zonas centro e norte do país, e especialmente em
comunidades que vivem em torno de áreas de conservação.
O sistema das áreas de conservação de Moçambique é actualmente constituído por sete Parques Nacionais,
seis Reservas Nacionais e onze concessões de caça controlada (ou Coutadas). Comunidades vivem dentro e
em torno destas áreas de conservação, contando com os recursos naturais locais para a sua subsistência.
Este uso está ameaçando a conservação da biodiversidade em diversas áreas de conservação, que é
exacerbada pela colheita comercial ilegal orientada para recursos valiosos como espécies de madeira,
marfim e espécies marinhas incluindo tubarões.
O Governo de Moçambique solicitou uma terceira fase do programa de Áreas de Conservação
Transfronteiriça (ACTF) para consolidar as realizações e as lições aprendidas com a bem sucedida parceria
de ACTF II, e para reforçar ainda mais a gestão eficaz das áreas de conservação e sua contribuição para a
diversificação de oportunidades económicas. O Projecto de Mozbio está a ser projectado para realçar os
benefícios económicos do turismo e outras actividades de desenvolvimento para as comunidades dentro e
em torno de áreas de conservação seleccionadas e para ser o principal instrumento da implementação da
Política de Conservação de 2009 e a recém aprovada Lei das Áreas de Conservação.
O progresso legislativo, a criação da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) como
uma agência pública autónoma encarregada da gestão de todas as áreas de conservação e a criação da
Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BioFund) sob ACTF II agora fornece o quadro
institucional sólido para a gestão a longo prazo e sustentabilidade das áreas de conservação.
Incentivos comunitários para aderir a conservação serão endereçados pelo Projecto Mozbio através de
promoção directa de sistemas existentes de sustento em paralelo à aderência a conservação a uma escala
suficiente para impactar a nível das famílias.
O Projecto será implementado através de cinco componentes:
Componente 1: Fortalecimento das Instituições de Gestão das Áreas de Conservação;
Componente 2: Promoção do Turismo em Áreas de Conservação;
Componente 3: Gestão das Áreas de Conservação;
Componente 4: Apoio a Modos de Vida Sustentáveis das Comunidades;
Componente 5: Gestão do Projecto, Acompanhamento e Avaliação.
Estrategicamente MozBio vai incidir em questões nacionais em vez do nível transfronteiriço. O Projecto enfatizará os investimentos em Áreas de Conservação (ACs) que contém corpos de água doce, áreas marinhas e costeiras que podem gerar receitas de turismo. Seleccionadas ACs baseadas na terra vão receber um suporte básico de gestão para garantir que eles mantenham o nível de investimento já providenciado no passado: Zinave, Banhine, Chimanimani, Marromeu e as quatro coutadas (nº 10, 11, 12 e 14) a sua volta e, a Reserva Nacional de Gilé. Serão consideradas várias opções de turismo incluindo a caça desportiva e explorar novos mecanismos de financiamento que possam apoiar as ACs após o término do Projecto (doações e fundos de garantia, as compensações pela biodiversidade e de carbono). Atenção será ampliada para as comunidades que vivem ao redor e dentro de ACs com o objectivo de melhorar os meios de vida e participação em diversas actividades geradoras de rendimento, incluindo o turismo. O Projecto apoiará as instituições complementares, como o MITUR, a ANAC, o Biofund e MICOA que
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
7
ligam a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento do turismo e a redução da pobreza. Será incluído uma forte componente de recursos humanos e de sensibilização e, será assegurada a partilha de experiências e retorno da informação da monitoria e avaliação para alimentar as políticas de implementação e sectoriais.
Questões chave e lições aprendidas
• Apesar da vontade entre as partes interessadas das AC para colaborar com as comunidades locais na
identificação e implementação da Gestão Comunitária de Recursos Naturais em parceria com o sector
privado, os gestores e funcionários das ACs não têm suficiente experiência relevante de trabalho com
as comunidades vizinhas em termos de desenvolvimento comunitário, ou em termos de providenciar
incentivos para a conservação.
• A conservação de base comunitária, participação de ONGs locais e o papel dos corretores de parcerias
em desenvolvimento comunitário relacionado a conservação é geralmente fraca.
• Embora algumas ACs, como o Parque Nacional das Quirimbas, tenham uma forte tradição de
participação da comunidade na co-gestão da AC, estas não estão ainda existentes na forma sustentável
para o sucesso a longo prazo.
• As ONGs nacionais têm dificuldade em lidar com os requisitos administrativos do GdM; pois o
cumprimento com estes requer tempo e esforço por parte da organização.
• A fraca situação socioeconómico e da capacidade organizacional das comunidades confrontado com
novas oportunidades de participar em projectos comunitários sustentáveis, parcerias e co-gestão dos
recursos que estimulam o desenvolvimento de meios de subsistência local ainda minam os esforços de
garantir benefícios para a comunidade a longo prazo.
• A capacidade das comunidades para participarem na gestão e em parcerias de negócios é muito fraca e
é necessária uma perspectiva de desenvolvimento a longo prazo junto de uso de ferramentas para a sua
habilitação para lidarem e gerirem estas parcerias.
• A Política de Conservação tem proporcionado oportunidades para zoneamento como base para um
maior desenvolvimento da gestão das ACs, contudo isto ainda não traduziu em capacidade de
execução e cooperação na gestão dos recursos especialmente nas zonas tampão da maioria das ACs.
• O estatuto e os direitos das pessoas que actualmente residem dentro de ACs estão sendo abordados por
meio de reassentamento voluntário, re-zoneamento e alterando os limites de AC, bem como planos
para co-gestão, no entanto as poucas experiências existentes de implementação dessas estratégias não
estão bem compartilhadas entre as ACs.
• A gestão de conflitos entre humanos e animais dentro e fora da ACs envolve estratégias específicas
locais que não são satisfatórias para a maioria dos envolvidos.
• Controlo do uso ilegal de recursos em áreas protegidas especialmente a caça de mamíferos de grande
porte, o excesso de pesca, extracção de madeira e minerais têm envolvido uma abordagem de forças
policiais / militares que cria desconfiança e desconforto entre as comunidades locais;
• A importância de um processo de planificação estruturado, participativo, espacial, para desenvolver
um quadro comum acordado para os diferentes actores e interesses é bem institucionalizado na
legislação de ordenamento do território, mas as alocações de recursos e liderança para implementação
dos vários planos muitas vezes são escassos.
• A responsabilidade de alocação e gestão de recursos na implementação dos Planos Distritais de
Desenvolvimento e Planos de Uso de Terra do Distrito em zonas-tampão com referência à
conservação, relacionadas com práticas e projectos que envolvem comunidades varia conforme a
localização e se a zona tampão é legalmente parte da AC ou não; e geralmente são necessários esforços
muito maiores de colaboração do que os estimados.
• A planificação estratégica espacial para a gestão e conservação do equilíbrio ecológico entre as áreas
ainda não foi aplicado nas ACs.
• A maioria das ACs terrestres ainda não tem um produto suficientemente atraente, ou um nível de infra-
estruturas pública suficientemente grande, o que os torna prontos para incrementar o turismo ou
oferecer oportunidades efectivas para as parcerias comunitárias.
Existem oportunidades relevantes para o MozBio que incluem a nova Lei das Áreas de Conservação nº
16/2014 publicada em 20 de Junho de 2014, a disposição para o desenvolvimento de seu regulamento para
que possa ser aplicado, a nova organização institucional e as oportunidades de financiamento inovadoras
que estão a ser criadas (REDD+, o Mecanismo de Parceria de Carbono Florestal, programas de
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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responsabilidade corporativa dos investidores da indústria extractiva ou como compensação para a
degradação do meio ambiente) que também pode ajudar a financiar a conservação.
Aplicação da Política do Banco Mundial
A política do Banco Mundial PO/PB 4.12 sobre Reassentamento involuntário requer que os projectos de
conservação que restringem o acesso a áreas protegidas legalmente designadas por parques/ou áreas
protegidas sem adquirir a terra requerem um Quadro sobre o Processo de Participação. A finalidade do
Quadro sobre o Processo de Participação é descrever o processo pelo qual as comunidades potencialmente
afectadas vão participar na identificação dos impactos de suas restrições de acesso e na planificação de
mitigação destes efeitos, com a visão global de gestão sustentável dos recursos naturais nas designadas
ACs.
Este quadro descreve o processo de integração e consulta participativa pelo qual:
Serão determinados os impactos e medidas para assistir os grupos afectados nos seus esforços para
restaurar e melhorar seus meios de subsistência;
Serão determinados os critérios de elegibilidade dos grupos afectados para beneficiar de
assistência do projecto;
A conservação de recursos naturais e os subprojectos serão implementados pelas comunidades e
por servidores caso for necessário;
O mecanismo de reparação das queixas e reclamações será desenvolvido para a resolução de
disputas que possam surgir relacionados com o uso restrito do dos recursos, insatisfação com os
critérios de elegibilidade, medidas de planificação comunitária ou a própria implementação.
A execução de monitoria e avaliação e,
Um orçamento estimado para apoiar a implementação do processo de participação pacífica e
sustentável.
Em geral, o quadro jurídico moçambicano e as políticas do Banco Mundial endossam a participação da
comunidade na concepção e execução das actividades de conservação a fim de ajudar a identificar
alternativas aceitáveis aos padrões sustentáveis de utilização dos recursos e promover o apoio da
comunidade para tais alternativas.
Da importância chave é a nova Lei das Áreas de Conservação nº 16/2014 que prevê o estabelecimento legal
dos Conselhos da Gestão das Áreas de Conservação (CGAC), como corpos de assessoria a um ou mais
ACs e composto por representantes das comunidades locais, sector privado, associações e órgãos locais do
Estado para a protecção, conservação e promoção do desenvolvimento sustentável e a utilização da
diversidade biológica. A Lei ainda:
Legaliza as parcerias público-privadas para a gestão de AC e para os contratos de concessão.
Apresenta novas categorias para a classificação das áreas protegidas repartidas em a) áreas de
protecção total e b) áreas de conservação de uso sustentável.
Os Planos de Maneio das ACs devem ter em conta os instrumentos de planificação territorial a
todos os níveis e os planos especiais de uso de terra serão requeridos para o zoneamento ecológico
de único ou grupos de ACs e as respectivas zonas tampão, corredores ecológicos e outras áreas
críticas para a preservação do equilíbrio ecológico e elementos de continuidade espacial.
Os interesses e o envolvimento das comunidades legalmente residentes nas ACs e nas respectivas
zonas tampão em actividades de geração de rendimento que promovam a conservação da
biodiversidade serão considerados nos novos Planos de Desenvolvimento Estratégico das ACs.
Áreas de conservação comunitárias com direitos de uso de terra providenciarão às comunidades
com opcionais de gestão de parcerias e concessões a terceiros.
As zonas tampão serão orientadas pelos Planos de Maneio das AC - instrumentos com o mesmo
nível de obrigação jurídica como Planos de Uso de Terra e de Planos de Gestão Ambiental (e
Social).
A Lei também prevê ainda a possibilidade do Estado reassentar pessoas para fora de AC se a sua
presença é incompatível com o estatuto jurídico da área de conservação ou impede a sua boa
gestão. O projecto MozBio não financiará nenhum processo de reassentamento físico de pessoas.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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Processos participativos
Três componentes do Projecto MozBio envolverão actividades que podem causar novas ou mais rigorosas
restrições no acesso e uso dos recursos naturais nas ACs. A Quadro para o Processo de Participação requer
a participação e inclusão de comunidades potencialmente afectadas nas decisões sobre o propósito das
restrições e as medidas de mitigação propostas como segue:
Planos existentes e recomendados que promovem a participação comunitária por AC ou grupo de
ACs
ACs / Plano
existentes
RNC PNL PNZ PNB Grupo
REM/Pd’O
PNQ Grupo
RNM
Grupo
PNAB/Pomene
RNG
Planos de
Maneio
Planos de
Negócio
Planos
Desenvolvimento
do Turismo
Planos de Acção
Comunitária
Planos de Uso de
Terra integrando
o zoneamento do
Plano de Maneio
Plano de Gestão
da Zona Tampão
Planos
Recomendados
que promovem
Participação
Comunitário
RNC PNL PNZ PNB Grupo
REM/Pd’O PNQ
Grupo
RNM
Grupo
PNAB/Pomene RNG
Planos de
Maneio das AC
Act
u
aliz
a
r Actualizar Actualizar Actualizar / Actualizar
Planos de
Negócio
Planos de
Desenvolvimento
do Turismo
Planos
Estratégicos de
Desenvolvimento
Planos de Acção
de
Desenvolvimento
Comunitário Act
ual
iz
ar
Act
ual
iz
ar
Act
ual
iz
ar
Act
ual
iz
ar
Actualizar
Planos de Uso de
Terra integrando
o zoneamento do
Plano de Maneio
Os Planos de Acção Comunitária desenvolvidos na ACTF II requereram a participação de pessoas que
vivem nas ACs através de a) mecanismos para a inclusão de comunidades em estruturas de co-gestão de
recursos naturais onde os mesmos podem participar no processo de decisão para o maneio das AC; e b)
oportunidade para actividades de potencial melhoria de meios de subsistência que podem ajudar a
compensar a perda de acesso e uso dos recursos naturais devido aos regulamentos de maneio das AC.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
10
Os Planos de Acção Comunitária forneceram um quadro para a implementação de (i) macro e
micro-zoneamento, (ii) identificação de oportunidades concretas para o desenvolvimento de
actividades da subsistência da comunidade e turísticas e, (iii) promoção de mecanismos sustentáveis
de financiamento das comunidades.
Quando a nova Lei de ACs é regulado em Mozbio serão elaborados novos Planos de Acção de
Desenvolvimento Comunitário (PADCs) consequentes de novos Planos Estratégicos de
Desenvolvimento das ACs. O objectivo de novos PADCs deve-se estender desde as áreas
protegidas a áreas de uso múltiplo e zonas tampão, fornecendo uma importante ferramenta de
planificação onde a participação de múltiplas partes interessadas é enfatizada.
ANAC vai acolher uma equipa de duas pessoas como Pontos Focais para as áreas Social e
Ambiental numa Unidade de Salvaguardas Sociais e Ambientais para supervisionar e conduzir a
gestão da reparação de queixas, licenciamento ambiental, desenvolvimento de Planos Estratégicas
de Desenvolvimento das Áreas de Conservação e Planos de Acção de Desenvolvimento
Comunitário, a sua implementação e a monitoria e avaliação relacionadas ao Projecto.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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Sumário do processo de planificação do PADC
QuestãoFerramentas da pre-
avaliação
Quando é que um PADC é
necessário?
Como identificar as pessoas
afectadas pelo Projecto?Que informação é necessário? Planificação Participativa de Acção
Desc
riç
ão
-Plano de Maneio da AC
-processo de Planificação
de Desenvolvimento
Estratégico, -
ESIA para actividades
específicas
- Restrição total ou parcial de
uso de recursos para sustento,
- Restrição parcial de uso de
recursos para sustento,
- Restrição parcial de acesso a
propriedade cultural ou social,
- Perda parcial de recursos de
subsistência.
Estudos socioeconómicos
dentro e fora das ACs -
diagnóstico rural
participativo (DRP) + dados
quantitativos de
levantamentos aéreas de
uso de terra para medir
mudanças, relatórios de
monitoria sobre a caça,
conflitos humano:fauna
bravia e a extracção ilegal de
recursos naturais.
Avaliação deve conseguir uma boa compreensão de pelo menos:
• Mapeamento de locais de uso de recursos naturais (época, volume, escassez,
distância, dentro ou fora da AC, quem colecta, prepara, beneficia)
• Níveis de dependência de uso dos recursos naturais bem como a fragilidade do seu
uso destes
• Organização comunitária costumária ou recente de maneio de recursos naturais
(aquaticos, terrestres, florestas, fauna bravia)
• Força e influência da liderânça tradicional local
• A posição socioecnómica da juventude, mulheres e os velhos e deficientes
(envolvimento em actividades, fontes de rendimento, liderança ou pontecial de
cooperação)
• Sistemas existentes de poupança e crédito (costumário, em espécie e em dinheiro)
• Experiencia anterior com mudanças / iniciativas de desenvolvimento comunitário -
endógenas vs. exógenas
• Functionalidade e eficâcia de tribunais comunitários
• Fontes de informação preferidas e confiadas e canais preferidas para a passagem de
reclamações
• História de participação na economia local e de iniciativas de desenvolvimento
comunitário, capacidades desenvolvidas, grupos alvo
• Habilidades existentes na comunidade, níveis de educação (homens e mulheres),
experiencias de emprego, aspirações
Communicar as oportunidades,
critéria de eligibilidade, potenciais
papeis e responsabilidades a todas
as pessoas afectadas pelo Projecto.
Facilitar a identificação de
actividades existentes para apoiar
ou novas para serem propostas.
Identificar, avaliar a viabilidade e
priorizar junto das comunidades
para produzir um plano geral
orientada pela acção de
oportunidades de desenvolvimento
comunitário e de conservação.
Resp
on
sáv
el
Administração da AC Administração da AC Oficial de ligação
comunitária da AC +
provedor de serviços
contratado
Oficial de ligação comunitária da AC + provedor de serviços contratado Oficial de ligação comunitária da
AC + provedor de serviços
contratado
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
12
Um Plano de Comunicação será formulado e implementado para garantir que informações oportunas e
precisas sejam prontamente disponíveis para os actores de implementação do Projecto e outras partes
interessadas, de actividades a montante e a jusante de empreendimentos planificados e a outras partes
interessadas nestas. Esta estratégia de comunicação será uma ferramenta essencial para ajudar as
comunidades a aprender sobre as oportunidades e envolverem-se nas mudanças de subsistência
sustentáveis. Irá também garantir a comunicação bidireccional e troca de conhecimento entre os diferentes
níveis de instituições governamentais locais e comunidades dentro das zonas tampão no contexto da
formulação e implementação dos PADC.
Impactos e critérios para determinar a elegibilidade para assistência
Estima-se que mais de 140.000 pessoas que vivem e em volta de ACs serão alvos do Projecto Mozbio,
constituindo as pessoas potencialmente afectadas pelas restrições no acesso e utilização dos recursos de
que dependem para sua subsistência. Ver os números estimados abaixo:
45,308 15,123 152,120 28,949 152,324
População
estimada nas
AC
Famílias
estimadas nas
AC
População
estimada nas
zonas tampão
(Reserva Especial de Maputo e Reserva Parcial
Marinha de Ponta de Ouro; Parque Nacional das
Quirimbas; Parque Nacional de Limpopo; Reserva
Nacional de Marromeu e quatro coutadas; Parque
Nacional de Arquipelago de Bazaruto e Reserva
Nacional de Pomene; Parque Nacional de Gilé;
Reserva Nacional de Chimanimani; e os Parques
Nacionais de Zinave e Banhine)
Nome da Área de Conservação
Área das AC
(km2)
(Fonte: GIS)
Área das
zonas tampão
(km2)
Critérios de elegibilidade serão importantes a identificar através do PADCs e outros meios para que os
impactos do Projecto possam ser adequadamente mitigados. Consulte a tabela resumida abaixo:
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
13
Critérios de elegibilidade, impactos e actividades de mitigação Critérios para Eligibilidade
de Pessoas Afectadas pelo
Projecto
Tipo de Impacto Mecanismo de Gestão Potenciais Actividades de Mitigação
Pessoas residentes dentro da
AC
Restrição total ou
parcial da utilização
de recursos como
meios de sustento
Plano do Maneio da AC,
Plano Estratégico de
Desenvolvimento da AC,
Planos de Acção de
Desenvolvimento
Comunitário.
Co-gestão da AC, emprego oferecido pela
Administração da AC, criação de entidades legais
comunitárias, capacitação comunitária, parcerias com o
sector privado para eco-tourismo, e outras concessões
turísticas baseadas em parcerias público-privadas.
Agricultura de conservação, uso sustentável de
recursos naturais, conservação de espécies nativas
arboreais como parte da gestão sustentável florestal.
Pessoas residentes fora das
ACs mas que utilizam
recursos dentro das ACs
para o seu sustento
Restrição parcial da
utilização de
recursos como
meios de sustento
Plano do Maneio da AC,
Plano Estratégico de
Desenvolvimento da AC,
Planos de Acção de
Desenvolvimento
Comunitário.
Criação de entidades legais comunitárias, capacitação
comunitária, parcerias com o sector privado para eco-
tourismo, e outras concessões turísticas baseadas em
parcerias público-privadas. Identificação de outras
opções de utilização dos recursos, actividades
empresariais secundárias de pequena, micro ou média
escala, lodges comunitárias, áreas de conservação
comunitárias, experiências de turismo cultural e
fotograficas.
Pessoas residentes fora das
ACs que pertencem grupos
com propriedade cultural ou
social dentro da AC que
necessitam de certos
compromissos rituais
Restrição parcial de
acesso a
propriedade cultural
ou social
Plano do Maneio da AC,
Plano Estratégico de
Desenvolvimento da AC,
Planos de Acção de
Desenvolvimento
Comunitário.
Planificação em conjunto para garantir acesso seguro e
realização das rituais necessárias, proteção dos locais, e
respeito aos valores culturais.
Pessoas residentes fora da
ACs que estão envolvidas
na criação de uma área de
conservação parcialmente
protegida para fins turísticos
Restrição parcial da
utilização de
recursos como
meios de sustento
Plano do Maneio da AC,
Plano Estratégico de
Desenvolvimento da AC,
Planos de Acção de
Desenvolvimento
Comunitário.
Criação de entidades legais comunitárias, capacitação
comunitária, parcerias com o sector privado para eco-
tourismo, e outras concessões turísticas baseadas em
parcerias público-privadas. Agricultura de conservação,
uso sustentável de recursos naturais, conservação de
espécies nativas arboreais como parte da gestão
sustentável florestal, identificação dos direitos de uso
dos recursos, use rights identification, actividades
empresariais secundárias de pequena, micro ou média
escala, lodges comunitárias, áreas de conservação
comunitárias, experiências de turismo cultural e
fotograficas.
Pessoas residentes fora das
ACs que são sujeitos a
imigração de utentes de
recursos locais que são de
acesso restrito na AC na
procura de benefícios de
actividades de
desenvolvimento
Restrição parcial da
utilização de
recursos como
meios de sustento
Plano do Maneio da AC,
Plano Estratégico de
Desenvolvimento do
Distrito, Planos de Acção
de Desenvolvimento
Comunitário.
Criação de entidades legais comunitárias, capacitação
comunitária, parcerias com o sector privado para eco-
tourismo, e outras concessões turísticas baseadas em
parcerias público-privadas. Agricultura de conservação,
uso sustentável de recursos naturais, conservação de
espécies nativas arboreais como parte da gestão
sustentável florestal, identificação dos direitos de uso
dos recursos, use rights identification, actividades
empresariais secundárias de pequena, micro ou média
escala, lodges comunitárias, áreas de conservação
comunitárias, experiências de turismo cultural e
fotograficas.
Pessoas que sofrem danos
ou perda de propriedade
como resultado de fauna
bravia dentro e fora das ACs
Perda parcial de
recursos de
sustento
Plano do Maneio da AC,
Plano Estratégico de
Desenvolvimento do
Distrito, Planos de Acção
de Desenvolvimento
Comunitário.
Participação no macro e micro-zoneamento, na
planificação de desenvolvimento local e gestão dos
recursos. Integração da sensibilização e acções de
protecção em conjunto com iniciativas de meios de
sustento sustentáveis.
Utilizadores ilegais ou não
sustentáveis de recursos
naturais dentro das ACs
Restrição parcial da
utilização de
recursos como
meios de sustento
Plano do Maneio da AC. Participação comunitária na gestão e uso dos recursos e
capacitação dos tribunais comunitários como
mecanismos de resolver questões locais.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
14
Mecanismos de resolução de reclamações e queixas,
Conflitos ou queixas podem surgir a partir das situações já existentes, particularmente aquelas que
envolvem perdas de propriedade e/ou conflitos entre pessoas e fauna bravia. Os conflitos geralmente
surgem através da deficiente e inadequada comunicação, ou falta de consulta e acordo, ou inadequado
fluxo de informações precisas, ou restrições que possam ser aplicadas às pessoas devida à implementação
das actividades do Projecto. Os conflitos também podem surgir através da desconfiança gerada pelas
medidas de gestão das AC ao incluir militares e forças policiais no combate à caça furtiva, na qual os
membros da comunidade podem ser encontrados em situações de conflito de interesses, criando tensões
dentro das próprias comunidades e em relação aos fiscais de AC. Outros conflitos podem surgir
especialmente em locais onde há um movimento significativo de pessoas através das fronteiras
internacionais e onde se realizam explorações ilegais de recursos naturais, nas quais as comunidades
também estão implicadas pelas autoridades de AC. Além disso, as acções de turistas e visitantes com
culturas diversificadas, com atitudes particulares e expectativas podem causar danos culturais, sociais e
económicos a nível local, colocando as pessoas afectadas em situações constrangedoras.
O processo de gestão das soluções das reclamações será da responsabilidade dos Pontos Focais Sociais e
Ambientais na ANAC. Uma apresentação esquemática dos canais de comunicação possíveis para
apresentar queixas e os pontos do seu potencial de resolução e comunicação para os autores da denúncia
pode ser visto abaixo:
Canais de resolução de reclamações
Legenda:
Canal de reclamações e soluções MITUR Governo central
ANAC
Governo Provincial
Comunidade Associação associação comunitária
comunitária
Administração da Conselho de Gestão Governo do Distrito
Área de Conservação da Área de Conservação
Comité Líderes Líderes Líderes Autoridades locais
comunitário influentes trad. tradicionais
(reps. mulheres comunitários comunitários comunitários
+ jovens)
Comunidade Tribunal Comunitário
No caso de queixas, as decisões sobre a resolução e a comunicação destes para o autor da denúncia devem
ser feito a tempo a todos os níveis. Se os interesses das comunidades afectadas são substituídos ou
desactivados por qualquer outra acção do Governo em acordos celebrados entre eles, disposições existem
através da maioria da legislação para apresentar queixas nos diversos sectores, aos mais elevados níveis do
Governo tais como Directores Nacionais e Ministros. Qualquer das partes pode estar insatisfeita, sendo que
o afectado pode levar a queixa ao tribunal, onde será tratado de acordo com a lei Moçambicana. Em
princípio, uma comunidade pode levar uma concessionária ou licenciado a tribunal por não respeitar os
termos de um plano de gestão ambiental. Em último caso, mas raramente praticado, todos os cidadãos têm
o direito de apresentar reclamações ao Ministério Público, instituição responsável por garantir a aplicação
correcta da lei, particularmente na elaboração de instrumentos de gestão territorial e sua implementação.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
15
Monitoria e avaliação
O MICOA é responsável pela monitoria externa do cumprimento dos planos de gestão ambiental
e dos planos de uso de terra.
O modelo de gestão adaptativa das AC usa processos de monitoria e avaliação como ferramentas
para garantir a pertinência da direcção do Projecto e suas actividades. As ferramentas
participativas serão usadas sempre que possível para que as comunidades assumam a
responsabilidade de verificar o impacto do Projecto e actividades alternativas de subsistência nas
comunidades e pessoas afectadas.
Os Comités da co-gestão e Conselhos de Gestão das AC serão responsáveis por coordenar os seus
membros nos processos de monitoria, regulação e supervisão da preparação dos PADC e de assegurar a
coerência com o processo de planificação distrital.
Custos
Os custos foram estimados por actividade e por ano, na distribuição das actividades por ano ao longo da
duração de seis anos do Projecto atingem um total de 1.580.125 USD.
A previsão do orçamento foi feita para actividades chave de consulta e de facilitação a ser realizadas por
um prestador de serviços juntamente com as comunidades na realização de:
• Desenvolvimento de capacidade comunitária nos anos 1-3;
• Planos Estratégicos de Desenvolvimento de AC nos anos 1-2;
• Planos de Acção de Desenvolvimento Comunitário ou a s/actualização nos anos 1-3.
Custos adicionais são associados com o risco de precisar de compensação para restrições de uso de recurso
e para actividades de resolução de conflitos, prestando atenção aos grupos vulneráveis em particular para
assegurar que se minimiza o seu sofrimento.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
16
2 Descrição do Projecto
O Objectivo de Desenvolvimento do Projecto (DODP) e o Objectivo Ambiental Global (GEO) são
aumentar a gestão efectiva das áreas de conservação e a contribuição dessas áreas para as condições de
vida das famílias vizinhas.
Entre as prioridades do Governo de Moçambique, para orientar a concepção do projecto, três principais são
relacionadas com a participação das comunidades:
Aumentar proporcionalmente a atenção para as comunidades que vivem ao redor e dentro de
áreas de conservação com vista a melhorar os meios de subsistência e a participação em uma
diversificação de actividades geradoras de rendimento, incluindo o turismo;
Incluir uma forte componente de recursos humanos e de consciencialização (o que era ausente
na ACTF II); e
Assegurar a partilha de experiências e feedback da Monitorização e Avaliação sobre as
políticas de implementação e sectoriais.
O Projecto MozBio irá conter as seguintes componentes:
Componente 1: Fortalecimento Institucional para a Gestão de Áreas de Conservação
Esta componente visa melhorar a capacidade da ANAC, BioFund e MICOA para desenvolver e influenciar
as políticas e regulamentos de conservação e turismo, desenvolver a coordenação e gestão do sistema
nacional das áreas de conservação e preservação de espécies ameaçadas, melhorar a sustentabilidade
financeira das áreas de conservação e das receitas do turismo, melhorar os sistemas de monitoria e
avaliação e apoiar estratégias de comunicação. Esta componente apoiará a construção da equipa, formação
e desenvolvimento de competências, bem como o desenvolvimento de sistemas e regulamentos
administrativos e de gestão necessárias dentro ANAC para melhorar a gestão das áreas de conservação e
desenvolvimento turismo baseado na natureza. A componente também fortalecerá a operação do BioFund
para garantir financiamentos a médio e longo prazo para a gestão de áreas de conservação por fontes
inovadoras de financiamento (incluindo um fundo de doações, de biodiversidade e de rebento de carbono).
Finalmente, a componente irá assegurar a devida implementação dos requisitos da Convenção CITES
através do apoio à sua Secretaria no MICOA.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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Componente 2: Promoção do Turismo nas Áreas de Conservação
Esta componente tem como objectivo o aumento das receitas e do número de beneficiários das actividades
económicas relacionadas com o turismo em Áreas de Conservação.
Para alcançar este objectivo, esta componente irá abordar várias barreiras ao desenvolvimento do turismo baseado
na natureza em Moçambique, incluindo: i) políticas e regulamentos; ii) os desafios institucionais; iii) fraca
comercialização; iv) o planeamento inadequado; v) falta de investimentos em infra-estrutura turística.
Esta componente apoiará a ANAC e outras instituições públicas e privadas responsáveis pelo desenvolvimento do
turismo em Moçambique para fortalecer o licenciamento e registo do turismo baseado na natureza para promover o
investimento no turismo baseado na natureza e facilitação nas áreas de conservação. Irá também incentivar o
desenvolvimento da indústria da caça desportiva e seus benefícios para as comunidades locais e para a economia
nacional.
Componente 3: Melhoria da Gestão de Áreas de Conservação
O objectivo desta componente é fortalecer a gestão de ACs chaves em Moçambique. A componente financiará
investimentos para melhorar a gestão de parques e desenvolvimento do turismo e de apoio à monitorização das
espécies principais dos animais selvagens, tais como elefantes, leões, leopardos, hipopótamos e crocodilos.
Estas áreas serão confirmadas em apreciação e incluem dois subgrupos:
Nível de apoio I: as ACs deste subgrupo receberão suporte básico de gestão para garantir que eles
mantenham o nível de investimento já previstos no passado: Zinave, Banhine, Chimanimani, Marromeu e
nas quatro coutadas circundantes (Nº 10, 11, 12 e 14), e na Reserva Nacional Gilé.
Zinave, Banhine e Chimamani estão incluídos aqui para receber financiamento e apoio para concluir os
projectos que não foram cumpridos ao abrigo ACTF II. Este refere-se principalmente a conclusão dos
portões de entrada e alojamento do pessoal.
Marromeu e suas coutadas associadas e a Reserva Nacional de Gilé foram relegadas a este nível ao abrigo
do projecto MozBio por considerar-se que nenhuma dessas áreas tinha potencial para gerar renda
substancial de desenvolvimento do turismo. Gilé não tem nenhuma infra-estrutura turística e só
recentemente estabeleceu uma Coutada Comunitária que ainda tem de ser oferecido em concurso. As
quatro coutadas circundantes de Marromeu geraram renda a partir de safari de caça mas a própria Reserva
praticamente não recebe turistas. O investimento para melhorar a gestão e administração da caça desportiva
é coberto pela Componente 2.2.
Nível de apoio II: as ACs designadas como nível II para receber apoio ao abrigo do MozBio são considerados
como tendo maior potencial para gerar renda a partir turismo e, portanto, merecem mais investimentos para: a)
desenvolver o seu potencial turístico e b) melhorar a sua capacidade de gestão. A maior parte dos fundos será,
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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portanto, canalizada para estas áreas. Estas áreas incluem: Reserva Especial de Maputo, Reserva Marinha da
Ponta do Ouro, Parque Nacional das Quirimbas, Bazaruto / Parque Nacional Pomene e Parque Nacional do
Limpopo.
Componente 4: Apoiar Modos de Vida Sustentável das Comunidades
Esta componente irá melhorar a vida das comunidades que vivem dentro e ao redor das Áreas de
Conservação alvo através: (i) do reforço da integração da comunidade e contribuição para Áreas de
Conservação; (ii) da melhoria dos meios de subsistência sustentáveis dentro e em torno de áreas de
conservação; (iii) da redução de conflitos humanos - animais selvagens dentro e em torno de áreas de
conservação; e (iv) da redução do desflorestamento dentro e em torno de duas Áreas de Conservação
seleccionadas.
O projecto incluirá intervenções em diferentes tipos de áreas de conservação com conservação integrada e
abordagens de desenvolvimento sustentável no litoral, água doce e ecossistemas terrestres. Medidas de
intervenção para as comunidades de modo a melhorar as condições de vida sustentáveis concentrar-se-ão
no nível sustentável de subsistência, sistemas de produção (por exemplo, pescas, agricultura, silvicultura,
pecuária) e / ou outras oportunidades de geração de renda, como as relacionadas com turismo e REDD +
(na Reserva Nacional de Gilé e no Parque Nacional das Quirimbas). O número específico de membros da
comunidade a receber apoio será determinada uma vez que intervenções participativas e de zoneamento
poderão ser efectuadas em cada um dos locais de intervenção, tendo em conta as necessidades das
populações locais e as prioridades de conservação
Componente 5: Gestão, Monitoria e Avaliação do Projecto
A componente apoiaria uma equipa de especialistas em ANAC, cuja tarefa seria a de assegurar que o
planeamento do projecto, a implementação, aquisição, gestão financeira e monitoria são realizadas com
diligência e integridade como descrevem os seus respectivos manuais. A componente inclui a
implementação de um sistema M & E para acompanhar e avaliar a implementação do projecto e os seus
impactos, e um sistema de gestão adaptativa com base nesta informação.
Durante o ACTF II, foram identificados alguns assuntos chave relacionados com a participação da
comunidade no Sistema de Áreas de Conservação de Moçambique.
Assuntos Chave
• Apesar da vontade entre as partes interessadas das AC em colaborar com as comunidades locais
para identificar e implementar a Gestão de Recursos Naturais Baseados na Comunidade (GRNBC) em
parceria com o sector privado, gestores e funcionários da AC não tem suficiente experiência relevante
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
19
em trabalhar com as comunidades vizinhas em termos de desenvolvimento de comunidade ou em
termos de proporcionar incentivos para a conservação.
• Conservação de base comunitária, a participação de ONGs locais e o papel dos corretores de
parceria na conservação, relacionados com o desenvolvimento da comunidade é geralmente fraco.
• Embora algumas ACs, como o Parque Nacional das Quirimbas, tenham uma forte tradição de
participação da comunidade na co-gestão da AC, estas ainda não são, de forma sustentável, orientadas
para o sucesso a longo prazo.
• ONGs Nacionais têm dificuldade em manejar os requisitos administrativos do Governo de
Moçambique, em conformidade com os seus custos, tempo e esforço corporativo.
• O pobre estado socioeconómico e fraca capacidade organizacional das comunidades,
confrontadas com novas oportunidades para a participação em projectos comunitários
sustentáveis, parcerias e co-gestão dos recursos que estimulam o desenvolvimento da
subsistência local ainda minam os esforços para garantir benefícios para a comunidade a longo
prazo.
• A capacidade da Comunidade de participar em parcerias de gestão e de negócios é muito fraca
e é necessária uma perspectiva de desenvolvimento de longo prazo com ferramentas para tal.
• A Política de Conservação tem proporcionado oportunidades para zoneamento como base para
uma melhor gestão da AC, mas isso ainda não se traduziu na capacidade de implementação e
cooperação de recursos especialmente nas zonas tampão da maioria das ACs.
• O estado e os direitos das pessoas que residem actualmente dentro ACs estão a ser abordadas
através de re-zoneamento e mudança das fronteiras das CA, bem como planos para co-gestão,
no entanto, as poucas experiências existentes de implementação dessas estratégias não são bem
partilhadas entre as ACs.
• A Gestão de conflitos entre humanos e animais dentro e fora de áreas centrais de ACs
envolvem estratégias localmente específicas e não é satisfatório para a maioria das pessoas
envolvidas.
• Controlar a utilização de recursos ilegais em áreas fundamentais, especialmente a caça furtiva
de mamíferos de grande porte, o excesso de pesca, extracção de madeira e mineral envolveu
um policiamento / abordagem paramilitar que não construiu a confiança com as comunidades
locais.
• A importância de um, processo participativo, ordenamento do território estruturado para
desenvolver um quadro comum acordado para os vários actores diferentes e interesses é bem
institucionalizados na legislação do Ordenamento do Território, mas as alocações de liderança
e recursos para implementar os vários planos, muitas vezes faltam.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
20
• Implementação e recursos responsáveis pela implementação do Planos de Desenvolvimento
Distrital e Plano Distrital de Uso da Terra em zonas tampão com referência às práticas e
projectos de conservação relacionados, envolvendo varia comunidades conforme a localização
e se a tampão zona é legalmente parte da AC ou não, e, geralmente, precisa de muito e maiores
esforços de colaboração.
• Ordenamento do território estratégico para gerir e conservar o equilíbrio ecológico entre as
áreas ainda não foi aplicado em toda ACs.
• A maioria das ACs terrestres ainda não tem um produto suficientemente atraente, ou um nível
de infra-estruturas públicas, que os prepara para incrementar o turismo ou oferecer
oportunidades efectivas para as parcerias comunitárias.
Oportunidades relevantes para MozBio incluem a nova Lei de Áreas de Conservação nº 16/2014 publicado
em 13 de Junho, a provisão para o desenvolvimento da sua regulamentação para que possa ser aplicada e a
nova organização institucional e as oportunidades de financiamento inovadoras que estão sendo
estabelecidos pelo (REDD +, Mecanismo De Parcerias para o Carbono Florestal, os investidores da
indústria extractiva "programas de responsabilidade corporativa ou como compensações para a degradação
do ambiente), que também podem ajudar a conservação das finanças.
Estrategicamente, o MozBio vai se concentrar em questões nacionais, em vez de a nível transfronteiras. Ele
vai enfatizar as áreas de conservação marinhas ou costeiras (AC) que têm mais potencial para gerar receitas
do turismo. Ele irá considerar várias opções de turismo, incluindo a caça desportiva e explorar novos
mecanismos de financiamento que possam apoiar ACs após o fim do projecto (doações e fundos de
garantia, a biodiversidade e as compensações de carbono). Atenção para as comunidades que vivem ao
redor e dentro das ACs será ampliada com vista a melhorar os meios de subsistência e participação em
diversas actividades geradoras de rendimento, incluindo o turismo. O projecto apoiará instituições
complementares, como MITUR, ANAC, Biofund, e MICOA que apontam a conservação da
biodiversidade, o desenvolvimento do turismo e a redução da pobreza. Ele irá incluir uma forte
componente de recursos humanos e de sensibilização e assegurar a partilha de experiências e retorno de
Monitoria e Avaliação em políticas de implementação e sectoriais.
3 Políticas Accionadas
A OP / BP 4.12 sobre Reassentamento Involuntário exige que os projectos de conservação que restringem
o acesso a parques legalmente designados e / ou áreas protegidas sem aquisição do terreno a título
definitivo requeiram uma e quadro de processo objectivo do quadro é descrever o processo pelo qual as
comunidades potencialmente afectadas vão participar de uma forma mais consultiva e integrada na
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
21
identificação dos impactos de suas restrições ao acesso e no planeamento de mitigação desses efeitos, com
a visão global da gestão sustentável dos recursos naturais nessas ACs designadas.
A legislação moçambicana clarificou recentemente o estatuto jurídico das pessoas que vivem em ACs e o
papel do plano de implementação da gestão da AC, o zoneamento e as mudanças de fronteira em
minimizar a necessidade de reassentamento. O projecto irá reforçar as restrições de acesso aos recursos
naturais em áreas centrais das ACs por comunidades locais e implementar melhores estratégias para regular
o seu uso em outras partes do ACs e nas zonas tampão.
As comunidades que vivem em zonas de amortecimento também são potencialmente afectadas pois
também serão regidas pelo plano de gestão de AC, serão objecto de zoneamento e desenvolvimento de
planos para o uso sustentável dos recursos que podem incluir a criação de ACs de base comunitária. A
aplicação de planos de gestão ambiental para a nova infra-estrutura, tais como casas, lojas, estradas, pontes
e cercas pode também restringir o acesso e a utilização dos recursos locais. Essas restrições e a
incompatibilidade de actividades de subsistência das comunidades locais com os objectivos do ACs
levaram ao desencadeamento da OP / BP 4.12 sobre Reassentamento Involuntário.
O MozBio visa melhorar a gestão da AC através de uma melhor participação da comunidade e integração
no processo de tomada de decisão através de acordos de co-gestão, novo zoneamento e categorização das
unidades de gestão e uma componente de turismo que, de grosso modo promove a captação de
oportunidades para criar áreas de conservação comunitárias, bem como parcerias de negócios em empresas
que vão desde pousadas ou campos, até caminhadas guiadas ou produção de artefactos.
Espera-se também que o planeamento de desenvolvimento integrado baseado em princípios de planificação
participativa e informação de base socioeconómica detalhada sobre o papel do uso de recursos naturais no
sustento da comunidade vá levar a impactos socioeconómicos mais sustentáveis do turismo de base
comunitária, a melhoria da agricultura, marketing e actividades de conservação. Promover o planeamento
colaborativo de infra-estruturas sociais nas zonas tampão e benefícios contínuos de conservação para as
pessoas que se deslocam para fora de ACs deverão contribuir para incentivar a deslocalização de AC, mas
é improvável de accionar deslocalização pró-activa.
4 Quadro do Processo
Os grupos mais pobres e vulneráveis das populações rurais são frequentemente os mais dependentes dos
recursos naturais para seu sustento, geração de renda e muitos servem-se dos recursos naturais como
estratégias para gerir os riscos de insegurança alimentar. As comunidades rurais que vivem em ou perto de
ACs suportam os custos directos e indirectos de melhoria da regulamentação do acesso e utilização de
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
22
recursos naturais protegidos, e danos ou perda de colheitas, gado e vida humana causada por animais
selvagens. Para se tornar parceiros na conservação da biodiversidade, as comunidades locais devem derivar
benefícios suficientes a partir dela para compensar esses custos, participar e partilhar a responsabilidade de
gestão de AC.
Se as populações afectadas não participam na identificação de seus recursos, projecções e acordos sobre as
restrições, e propor medidas de mitigação, é improvável que elas assumam a responsabilidade de cumprir
com os planos de conservação.
O objectivo deste Quadro é descrever o processo pelo qual as comunidades potencialmente
afectadas participarão, de uma forma mais integrada e pacífica:
a) Na identificação dos impactos e estratégias de mitigação para as pessoas afectadas (PAP) pelas
componentes do projecto (através de planeamento do uso estratégico de recursos naturais e
gestão dentro e em torno das ACs designadas);
b) Medidas para ajudar as PAPs em seus esforços para melhorar seus meios de subsistência, ou
pelo menos para restaurá-las, em termos reais, mantendo ao mesmo tempo a sustentabilidade da
AC (através da concepção e implementação de planos de acção comunitários de
desenvolvimento e subprojectos centrados na procura de financiamento para o Projecto).
Os Planos de Acção de Desenvolvimento Comunitário (PADC) são instrumentos que enfatizam
acções que dão às comunidades uma voz e que fornecem-lhes os meios para negociar a sua
posição com as autoridades do projecto e do governo. A sua concepção e desenvolvimento
oferece a oportunidade para o envolvimento de ONGs e parceiros do sector privado para ajudar a
capacitar as comunidades locais e capacitação para sustentar tal. Uma vez desenvolvido, um
PADC, deve tornar-se parte do Plano de Gestão da AC e ser aprovado pelo Banco Mundial.
Este quadro descreve a consulta participativa e o processo de integração, através do qual:
Serão determinados os impactos e as medidas para ajudar os grupos afectados em seus esforços
para restaurar e melhorar seus meios de subsistência;
Serão determinados os critérios de elegibilidade dos grupos afectados ou deslocados para
beneficiar da assistência do projecto;
Conservação dos recursos naturais e subprojectos serão implementados com as comunidades;
Será desenvolvido um mecanismo de resolução das reclamações para resolver as disputas que
possam surgir relativas a restrições de uso, a insatisfação com os critérios de elegibilidade;
Será realizado um acompanhamento e Avaliação,
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
23
Um orçamento será estimado para apoiar a implementação pacífica e sustentável do processo de
participação.
Foram realizadas por, meio de reuniões, consultas com os administradores e os membros da equipa da AC
de todos as ACs, bem como com o pessoal do nível central relacionados com a concepção do projecto
Mozbio, foram enviados questionários e conversas telefónicas. Visitas a duas AC e discussão, não só com
a equipa, mas também do sector privado e as partes interessadas de ONGs nas áreas também ajudaram no
desenvolvimento do Quadro do Processo. Outras consultas para fins de validação ainda são necessárias.
.
4.1 Quadro Político, Jurídico e Administrativo
4.1.1 Políticas
O quadro político, que orienta a participação da comunidade e os benefícios das áreas de conservação e
suas zonas de amortecimento, cobre o turismo, a agricultura e o meio ambiente através das suas políticas e
estratégias.
O quadro político do sector do ambiente prevê a participação das comunidades locais, entre
outros, no desenvolvimento de políticas e leis para Recursos Naturais, Gestão de ACs, e
policiamento para garantir a conformidade com as normas e regulamentos ambientais. O sector
defende que as comunidades em áreas protegidas devem manter os seus direitos, e podem usá-los
para negociar retornos sobre o rendimento gerado. Promove o planeamento do projecto com as
pessoas afectadas, a partilha de informação e consulta com eles, consenso e coordenação de
acções e estratégias entre os sectores e níveis hierárquicos para que o uso equitativo e sustentável
da terra e dos recursos naturais possa contribuir para o desenvolvimento socioeconómico.
A Política do Turismo aprova a procura de formas inovadoras e pragmáticas de endereçar como as
pessoas vivem dentro dos parques nacionais e reservas. A Política de Conservação promove a
prestação de contas por serviços ambientais através do envolvimento de todas as partes
interessadas, em particular as comunidades que utilizam os recursos naturais como meio de
sustento básico. O objectivo é garantir o uso sustentável dos recursos naturais e, ao mesmo tempo,
proporcionando os benefícios e serviços necessários para o desenvolvimento sustentável e para as
comunidades locais. A política enfatiza a necessidade de uma gestão participativa das ACs e
sensibilização sobre a conservação.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
24
4.1.2 Institucional
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Sustentável (CONDES) é o órgão consultivo do Conselho de
Ministros sobre questões ambientais, e foi formalmente criado pela Lei do Ambiente de 1997. Ele é
subordinado ao Gabinete do Primeiro-Ministro e é composta por ministros e vice-ministros de sectores
conexos (agricultura, turismo, energia, recursos minerais, planeamento e desenvolvimento, saúde, etc.) e
presidido pelo Ministro do Ambiente. Está no topo da hierarquia de gestão e monitorização da política
ambiental do governo. O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) desempenha um
papel importante no sentido de garantir o cumprimento das normas ambientais e de licenciamento
ambiental dos projectos.
O Ministério do Turismo é responsável pelo turismo nas áreas de conservação, projectos de
desenvolvimento do turismo de diversos tipos, dentro e fora dessas áreas, incluindo programas de
conservação de ecoturismo e da comunidade.
A gestão de áreas protegidas em zonas rurais de Moçambique está a cargo de três instituições do governo.
O Ministério do Turismo para todos os parques nacionais, reservas e áreas de caça e zonas-tampão. O
Ministério da Agricultura é responsável pela gestão das reservas florestais. As áreas protegidas também
podem ser proclamada no âmbito da Lei de Património Histórico e Cultural (Ministério da Educação) e ao
abrigo da Lei da Pesca (reservas marinhas).
A Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC) tem, a responsabilidade administrativa e
propriedade financeira autónoma no âmbito do Ministério do Turismo. Sob ANAC, o Conselho de Gestão
da Área de Conservação de (CGAC) será configurado como órgãos que implementa planos de gestão e que
pode incluir parcerias privadas e comunitárias, cujo tamanho exacto e forma dependem das áreas sob sua
responsabilidade.
Espera-se que a ANAC seja um órgão autónomo para a gestão e desenvolvimento de áreas de conservação
e suas zonas de amortecimento. Espera-se ainda que esta nova autoridade, juntamente com a nova BioFund
melhorem o financiamento sustentável dos ACs e suas comunidades.
As autoridades provinciais e locais são acusadas de promover acções de conservação dos recursos naturais
e da biodiversidade a nível das comunidades, localidades, postos administrativos, distritos e províncias
4.1.3 Legal
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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A nova Lei de Áreas de Conservação nº 16/2014 de 20 de Junho prevê o estabelecimento legal do
Conselho de Gestão das Áreas de Conservação (CGAC), órgãos consultivos que abrangem uma ou
mais AC compostas por representantes das comunidades locais, o sector privado, associações e
organismos do governo local para a protecção, conservação e promoção do desenvolvimento
sustentável e da utilização da diversidade biológica. Esta lei também:
▪ Legaliza as parcerias público-privadas para a gestão de AC e para os contratos de concessão.
▪ Apresenta novas categorias para a classificação de áreas protegidas em uma área total de conservação)
e b) uso sustentável de áreas de conservação.
▪ Planos de Gestão das AC devem ser coerentes com os instrumentos de ordenamento do
território em todos os níveis, e serão necessários planos especiais de uso da terra para o
zoneamento ecológico de uma ou mais ACs e suas zonas de amortecimento.
▪ Os interesses e envolvimento das comunidades legalmente dentro das ACs e suas zonas de
amortecimento, em actividades geradoras de renda que promovam a conservação da
biodiversidade serão considerados no novo plano estratégico de desenvolvimento da AC.
▪ Áreas de conservação comunitária com direitos de uso da terra irão fornecer às comunidades
opções de parcerias e concessões de gestão de áreas terceiros.
▪ As zonas tampão serão guiadas pelo Plano de Gestão da AC - instrumento com o mesmo nível
de obrigação jurídica de Planos do Uso da Terra e Planos de Gestão Ambiental (e Sociais).
▪ A Lei também prevê a possibilidade de o Estado reassentar as pessoas para fora de certas AC se
a sua presença for incompatível com o estatuto jurídico da área de conservação ou impedir a sua
boa gestão.
Outra legislação relevante que define os papéis e obrigações da comunidade em relação ao uso e
gestão dos recursos naturais inclui:
A Constituição de Moçambique (2004) é o guia geral para toda a aplicação do quadro legal.
A Lei de Terras (Lei nº 17/1997 de 1 de Outubro) especifica que a terra pertence ao Estado, e os
direitos de uso podem ser concedidos pelo Estado. Define Zonas de Protecção Total, que incluem
áreas designadas para actividades de conservação da natureza. A Lei de Terras fornece os detalhes
de direitos com base nas declarações habituais e os procedimentos de aquisição de título para o
uso e benefícios por comunidades e indivíduos.
O Decreto 15/2000 descreve a articulação do governo local e a liderança comunitária, dá-lhes
poderes previstos no artigo 24 da Lei de Terras de participar na resolução de conflitos, representar
as opiniões da comunidade sobre os pedidos de terra, e identificar e delimitar as terras
comunitárias.
A Lei de Administração Local do Estado (n.º 8/2003, 19 de Maio) fornece o espaço para a
participação da comunidade com base em um modelo de "gestão integrada", enfatizando uma
governação distrital participativa e decisões sobre orçamento.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
26
Lei de Florestas e Vida Selvagem nº 10/1999 - identifica os princípios da participação da
comunidade local na gestão de recursos naturais sustentável dentro e fora das áreas protegidas.
.
Propõe que 20% das taxas de concessão deve ir para as comunidades locais residente em
uma área de concessão.
Conselhos de Gestão Participativa (COGEP local) constituídas como associações com
representação de todas as partes com interesses no uso dos recursos naturais de uma
determinada área pode ser criado como um mecanismo para articular e defender os
interesses dos participantes.
Os mecanismos para canalizar e utilizar os 20% de impostos para beneficiar as comunidades locais
foram criados em 2005 através do Diploma Ministerial n.º 93/2005 de 04 de Maio. Os
beneficiários só podem receber dinheiro se a sua comunidade estiver organizada em uma
associação legalizada com uma conta bancária.
O Diploma Legal n.º 2.629, de 7 de Agosto de 1965 que aprova o regulamento de Coutadas
identifica que a carne de animais selvagens caçados por desporto deve ser fornecida para a
população local após a remoção dos troféus pelos caçadores.
A Lei Ambiental nº 20/1997 estipula que as comunidades locais e, até certo ponto as ONGs e o
sector privado devem ter "participação considerável e indispensável na gestão das 'Áreas de
Protecção Ambiental.
Os regulamentos sobre Avaliação de Impacto Ambiental (Decreto nº 45/2004) obrigam um
proponente de projecto a realizar consultas com PAPs cuja utilização dos recursos naturais é
limitada por um projecto ou deslocamento físico está implícito através do processo de preparação
do projecto. Os regulamentos de AIA omitem a discussão sobre os requisitos do plano de gestão
ambiental.
A Lei de Protecção do Património Cultural (Lei n.º 10/1988) visa proteger todas as antiguidades
nacionais, património histórico e cultural.
A Lei de Ordenamento Território Territorial (Lei n.º 19/2007 de 18 de Julho) exige um amplo
processo de consulta e divulgação para comentar o assunto em todos os processos de
planeamento, para reclamações e, se for inevitável, a resolução de litígios.
A Lei das Pescas (nº 3/90) apoia o envolvimento das comunidades na gestão da pesca artesanal e
uma abordagem participativa para a conservação e utilização adequada dos recursos biológicos e
ecossistemas aquáticos.
O Regulamento de Pesca Marinha (Decreto, n.º 43/2003) estabelece que o Ministério das Pescas
adopta a gestão participativa dos recursos haliêuticos. Os Conselhos de pesca da Comunidade
(CPC) são entidades jurídicas que contribuem para a gestão participativa da pesca e para o
desenvolvimento de actividades para promover a sustentabilidade dos recursos e a melhoria das
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
27
condições de vida, incorporando os interesses da comunidade em planos de acção de
desenvolvimento.
A Lei do Turismo n.º 4/2004, compreende a contribuição do turismo para o crescimento
económico, criação de emprego e redução da pobreza. A melhoria específica do nível de vida das
comunidades locais é esperada como resultado da sua participação activa em actividades de
turismo.
4.1.3.1 A legislação Nacional em Matéria de Políticas do Banco Mundial
A política do Banco Mundial sobre o reassentamento involuntário abrange os impactos económicos e
sociais directos da expropriação de terras ou a restrição de acesso a parques nacionais ou áreas protegidas /
conservações legalmente designadas (recursos naturais). A OP / BP 4.12 abrange projectos de investimento
assistidos pelo Banco que causam a restrição de acesso aos parques e áreas protegidas, resultando em
impactos adversos sobre as condições de vida dos grupos afectados, especialmente a apropriação, ocupação
ou uso dos direitos legalmente autorizados.
Na medida em que o Projecto MozBio visa reforçar a aplicação da legislação CA e plano de gestão
de implementação, as pessoas que vivem na ACs e zonas-tampão serão afectadas, em diferentes
níveis, por acesso regulamentado e restrito ao uso dos recursos. Os direitos de uso de recursos de
pessoas que vivem na ACs são protegidos pela Lei de Terras de Moçambique e da nova Lei de
Áreas de Conservação.
A aplicação da OP / BP 4.12 para desenvolver um quadro do processo promove uma abordagem
participativa e integrada para a gestão pacífica das actividades de conservação em parques legalmente
designados e outras áreas de conservação devido à presença de pessoas em quase todos eles.
Tendo em vista os esforços do MITUR para promover, através da sua política de aceitação do sector da
realidade das pessoas que vivem nos parques, a Lei das Áreas de Conservação e Políticas Preservação,
prevê mecanismos para organizar o acesso e a utilização dos recursos. O Quadro irá descrever os processos
de participação estratégicos da comunidade e envolvimento na gestão e partilha de benefícios de uma
melhor gestão das ACs e suas zonas tampão.
No geral, o quadro jurídico moçambicano e o Banco Mundial apoiam a participação da comunidade na
concepção e execução de actividades de conservação, a fim de ajudar a identificar alternativas aceitáveis
para os padrões insustentáveis de utilização de recursos e promover o apoio da comunidade para tais
alternativas.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
28
4.1.4 Mecanismos / procedimentos para a participação e inclusão das pessoas afectadas pelo
projecto (PAP)
As Três componentes do projecto MozBio envolverão actividades que possam causar novas ou mais
restrições rígidas sobre o acesso e uso dos recursos naturais nas ACs alvejadas. A estrutura do processo
exige a participação e inclusão das comunidades potencialmente afectadas para decidir o âmbito de
aplicação das restrições e das medidas de mitigação propostas da seguinte forma:
:
(2) Fortalecimento da Utilização Comercial das Áreas de Conservação.
Na preparação de acordos para caça e concessões de turismo baseado na natureza, será necessário chegar a
um acordo sobre a área abrangida pela concessão, o seu uso específico, se contém ou não populações
residentes, o seu envolvimento nos esquemas de gestão ou no benefício. Este processo deve ser consultivo
para que os vizinhos da comunidade local tenham uma participação, quer a sua utilização presente ou
passada da área, apoio as actividades e também se beneficiar deles. A recepção passiva de benefícios não
incentiva a compra de recursos de conservação e idealmente, os contratos de concessão também devem
incluir a representação comunitária nos órgãos de tomada de decisão que estão envolvidas na gestão dos
recursos naturais sustentando o empreendimento comercial.
.
A sensibilização e capacitação da comunidade para, eventualmente, participar mais plena e
responsavelmente nas relações comerciais que podem trazer benefício directo para eles vai ser uma parte
importante a investir no desenvolvimento e implementação de propostas de negócio viáveis a longo prazo.
Isso pode resultar em actividades de desenvolvimento de turismo comunitário; pode simplesmente resultar
no reforço da capacidade e dos mercados para as actividades vocacionadas para apoiar as concessões de
turismo em curso, tais como produção e venda de produtos artesanais, produtos culturais, como
apresentações de dança ou visitas guiadas a sítios naturais ou de interesse culturais, por exemplo.
Importante é o processo de consulta e aprendizagem conjunta para identificar os produtos turísticos
adequados e desenvolver e implementar propostas de negócio eficazes que proporcionam benefícios justos
para o esforço e para ajudar a compensar a privação da comunidade no uso dos recursos naturais locais.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
29
(3) Gestão das Áreas de Conservação
Todas as áreas de conservação têm planos de gestão, embora alguns requerem actualização. Estes precisam
de ser apoiados pelos planos de negócios e planos de desenvolvimento do turismo para ajudá-los a
implementar acções que visam maior sustentabilidade. Esta componente irá ajudar áreas de conservação
especificas ou grupos de áreas de conservação que têm maior potencial que os outros para gerar fundos de
turismo e de outras actividades para desenvolver e/ou melhorar e implementar os seus negócios e planos de
desenvolvimento do turismo. Com vista a alinhá-los com a legislação de áreas de conservação (lei e
regulações eventuais), algumas das áreas de conservação e grupos das áreas de conservação precisam rever
o seu ordenamento e classificação. Isto deve promover e integrar planos distritais de uso de terras, assim
como estimular o desenvolvimento da economia local, fazendo a base para o planeamento estratégico
integrado e planos de acções de desenvolvimento comunitário dentro e fora das áreas de conservação. (ver
tabela 1 abaixo para planos recomendados).
Tabela 1. Planos existentes e recomendados para promover envolvimento comunitário nas áreas de
conservação/conjunto de áreas de conservação
ACs / Planos
Existentes
R
N
PNL PNZ PNB REM/
Pd’O
PNQ RNM PNAB/
Pomen
e
RNG
Planos de Gestão
Planos de Negócio
Planos de
Desenvolvimento
do Turismo
Planos de Acção
Comunitária
Planos Distritais de
uso da Terra
integrando planos
de gestão do
zoneamento
Plano de Gestão das
Zonas Tampão
Planos
recomendados,
promovendo
R
N
C
PNL PNZ PNB REM/
Pd’O PNQ RNM
PNAB/
Pomen
e
RNG
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
30
planos de
envolvimento
comunitário
Planos de Gestão
das AC
Act
ual
iza
do
Actuali
zado
Actua
lizado
Actuali
zado /
Actualizado
Planos de Negócio
Plano de
Desenvolvimento
do Turismo
Plano Estratégico
de
Desenvolvimento
Plano Estratégico
de Acção de
Desenvolvimento Act
ual
iza
do
Act
ual
iza
do
Act
ual
iza
do
Act
ual
iza
do Actuali
zado
Planos Distritais de
uso da Terra
integrando planos
de gestão do
zoneamento
Os Planos de Acções Comunitários (PAC) desenvolvidos em Área de Conservação Transfronteiriça II
endereçou a participação de pessoas vivendo em áreas de conservação mediante: a) mecanismos para
incluir comunidades na estrutura de administração conjunta dos recursos naturais onde podem participar no
processo de tomada de decisões em áreas de conservação; e b) oportunidade para actividades de melhoria
de potenciais meios de subsistências que podem ajudar a compensar perdas de acesso e o uso de recursos
naturais devido a regulamentos de gestão da AC.
Os PACs forneceram um quadro/estrutura para implementação (i) macro e micro-ordenamento, (ii)
identificar oportunidades concretas para meios de subsistência comunitária e desenvolvimento do turismo,
e (iii) promover mecanismos de financiamento comunitário sustentáveis.
Sempre que a lei das novas áreas de conservação for regulada, no Mozbio serão criados novos planos de
desenvolvimento estratégicos da área de conservação. No âmbito dos novos PADCs deve se estender desde
as áreas fundamentais protegidas para as áreas de uso múltiplo e zonas tampão fornecendo um instrumento
de planeamento onde a participação das diversas partes interessadas é destacada.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
31
Reforçar a eficácia do turismo e gestão de área de conservação ira exigir infra-estruturas (habitação, cercas,
estradas e pontes) e outros projectos de desenvolvimento que irá requerer o rastreio do impacto ambiental e
social. Actualizar ordenamento e núcleos de gestão territorial também será necessário para as áreas de
conservação se tornarem compatíveis com as novas categorias de áreas de conservação como a nova
legislação de área de conservação é implementada. Se os impactos sociais são identificados,
particularmente perdas de acesso para e o uso de recursos naturais, mitigação e planos de compensação
serão necessariamente delineados nos Planos de acções de desenvolvimento comunitário.
Os Planos de gestão baseiam-se em uma abordagem de gestão adaptativa. Estes irão continuar e
diversificar fortes parcerias e serão as bases para trazer às comunidades a partilha dos benefícios. As
parcerias anteriores com as comunidades têm sido variáveis sublinhando a necessidade para o apoio ao
desenvolvimento de capacidades para comunidades de Mozbio. A participação da comunidade e inclusão
no processo de planeamento devia:
:
Identificar e usar instituições tradicionais no micro-ordenamento e processo de
mapeamento comunitário
Abordagens de planeamento estratégico devem responder a ligações de administração
entre pessoas, lugar, plantas e animais
Os quadros de planeamento devem considerar valores e questões em todos subgrupos vulneráveis
a impactos negativos do projecto; e
Os modos de comunicação variados apropriados para o público variado devem ser
usados, incluindo uma ênfase em canais visuais
O conteúdo e a forma dos PACs envolvidos durante ACTF II, alem dos novos PADCs, deviam
ser suportados por um quadro do planeamento do desenvolvimento integrado que pode ser
aplicado em diferentes locais seguindo um acordo para formatar ou orientar já desenvolvidos
como parte do projecto. Novo CDAPs podem ser desenvolvidos como parte de planos de
desenvolvimento estratégico de áreas de conservação dependendo de disposições regulamentares
futuras. O ordenamento é um instrumento estratégico de gestão já usado a nível macro no
planeamento de gestão e no desenvolvimento distrital estratégico, espacial e o planeamento da
utilização dos solos.
.
(4) O apoio de subsistência para as comunidades dentro e arredores das
áreas de conservação.
Esta componente irá melhorar a subsistência das comunidades que vivem dentro e nas proximidades das
áreas de conservação alvo por: (i) reforçar a integração comunitária e a contribuição para áreas de
conservação; (ii) melhorar a subsistência sustentável dentro e nos arredores das áreas de conservação; (iii)
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
32
reduzir o conflito entre Homen-Fauna bravia dentro e nos arredores das áreas de conservação; e (iv) reduzir
o desflorestamento dentro ou fora das duas áreas de conservação seleccionadas.
Intervenções através dos diferentes tipos de áreas de conservação são esperadas com a conservação
integrada e abordagens de desenvolvimento sustentável no litoral/marinho, de água doce e ecossistemas
terrestres. Apoio para os objectivos de subsistência comunitários em foco nos sistemas de produção a nível
de subsistência sustentável (ex. Pescarias, agrícolas, florestais, pecuária) e/ou outro rendimento gerando
oportunidades tais como turismo relativo e REDD+. O número dos membros da comunidade apoiados deve
ser determinado, uma vez e intervenções participativas de ordenamento foram realizadas em cada um dos
locais de intervenção, considerando as necessidades das populações locais e das prioridades de
conservação.
As intervenções no litoral marinho e áreas de água doce de áreas de conservação visam focalizar o
fortalecimento de capacidade de comunidades existentes e comissões de co-gestão, associações e
comissões de gestão de recursos naturais baseados na comunidade para gerências a utilização sustentável
dos recursos naturais marinho-costeiros, promover desenvolvimento económico da comunidade pesqueira,
apoiando e fortalecendo os direitos aos recursos das comunidades costeiras com vista a proteger os seus
meios de subsistência e melhorar a segurança alimentar. O apoio irá aumentar as oportunidades
organizacionais comunitários existentes tais como poupanças rotativas e concessão de crédito, e também
complementar programas tais como os direitos do utilizador territorial para os programas dos pescadores,
que procura aumentar a capacidade das comunidades marinho -costeiras de assegurar ``os direitos `` do
domínio das pescas e melhorar a sua gestão.
A abordagem terrestre nas áreas de conservação seleccionadas necessitarão de planeamento integrado no
primeiro ano da implementação do Mozbio pela área de conservação identificada, comunidades,
prestadores de serviços e parceiros do sector privado para, depois:
Apoiar actividades que visão melhorar a integração e contribuição das
comunidades para as áreas de conservação através da capacitação a todos os níveis, que aumentam o
entendimento e valorização das áreas de conservação e práticas de subsistência sustentáveis dependentes. A
nível da comunidade, prestadores de serviços irão apoiar desenvolvimento das propostas de financiamento
impulsionado pela demanda nas seguintes áreas: i)formação para conselhos de gestão dos recursos naturais
comunitários na gestão participativa de área de conservação, incluindo protocolos do uso dos recursos
naturais; ii) capacitação das organizações da comunidade na democracia, responsabilidade, transparência e
o uso e gestão dos recursos, incluindo no uso dos 20% das receitas das áreas de conservação canalizadas as
comunidades e o seu potencial papel nas intervenções do projecto com participativo; iii) campanhas de
sensibilização sobre o valor e oportunidades da área de conservação e; e iv) formação na conservação
ambiental e uso sustentável dos recursos naturais.
Apoiar actividades que visão melhorar a subsistência sustentável das
comunidades que vivem dentro e nas regiões circundantes as áreas de conservação com os subprojectos que
satisfazem os critérios da sustentabilidade ecológica, desenvolvimento socioeconómico e viabilidade do
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
33
negócio, que cresce mais rigorosamente com o aumento do valor de investimento de iniciativas. Vários
tipos de intervenções são considerados baseadas na demanda pelo suporte financeiro de actividades
existentes e novas propostas de comparticipação, assim como aquisição de capital próprio para negócios
conjuntos. Micro -ordenamento e planeamento integrado são necessários para clarificar impactos, fornecer
para o uso dos recursos baseado em direitos, desenvolver negócios e conhecimentos de marketing, e
desenvolver iniciativas de conservação baseadas na comunidade.
Apoiar actividades que visão reduzir o nível de conflito Homem-animal
dentro e arredores das áreas de conservação específicas realizadas numa abordagem, como parte de outras
iniciativas do desenvolvimento comunitário sustentáveis.
Adoptar uma abordagem panorâmica para promover a gestão florestal
sustentável e para encaminhar os factores locais do desflorestamento. A intervenção agrícola, florestal e
sectores de energia irá necessitar de coordenação inter-sectorial a nível local (através de comité de
orientação de área de conservação e órgãos locais de planeamento distrital). Acções podem incluir gestão
de floresta comunitária, reflorestação multi propositada, promoção de fontes de energia alternativa,
agricultura de conservação e agro-sivicultura. Apoio será também fornecido para estudos analíticos para
estabelecer uma base de carbono florestal, para identificar os factores dos benefícios da desflorestação e
desenvolver mecanismos de partilha para as potenciais receitas da gestão florestal sustentável na consulta
com as comunidades locais
A implementação do financiamento baseado na demanda vai exigir uma campanha de comunicação clara
para informar as áreas seleccionadas das oportunidades para participar e para divulgar critérios de
elegibilidade e fornecer ferramentas e apoio para o desenvolvimento de propostas. Um fornecedor de
serviços será capaz de facilitar esta actividade. Canais de comunicação serão mantidos durante a
implementação do projecto para facilitar a apresentação da avaliação e vigilância participativa como foi
identificado nas propostas do projecto. Detalhes do ciclo do subprojecto podem ser encontrados no manual
de implementação do projecto.
Deve se destacar a capacidade de desenvolvimento das comunidades, não somente para assistir o seu
fortalecimento das entidades legalmente reconhecidas que podem ser elegíveis para participar na
identificação do subprojecto, plano de preparação da proposta, mas também para a demanda de relações
baseadas em gerir o capital próprio, e os benefícios assim que se tornam disponíveis.
Formação em gestão de negócios, desenvolvimento comunitário e planeamento estratégico devem
acompanhar a formação em habilidades vocacionais, formação em empreendimentos turísticos e elevando
a consciência de acções de conservação.
4.1.4.1 Mecanismos para participação e inclusão comunitária
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
34
Através do Mozbio as comunidades que vivem dentro e arredores das áreas de conservação vão cada vez
mais ser envolvidas nas mudanças no seu uso estratégico e gestão de recursos naturais locais que trazem
mais oportunidades para desenvolvimento de meios de subsistência dos quais actualmente têm.
Tal como definido na introdução desta secção, os seguintes resultados do planeamento participativo são
previstos:
Componente 2: Divulgação do turismo nas áreas de conservação: propostas de negócios no turismo e
coutada (co-propriedade, parcerias, partilha de benefícios etc.)
Componente 3: Gestão das áreas de conservação: planos de gestão, planos de negócios, planos de
desenvolvimento do turismo, planos de desenvolvimento estratégico e planos de acção de desenvolvimento
comunitário.
Componente 4: apoio sustentável dos meios de subsistência comunitários: planos de comunicação,
directrizes de subprojecto e propostas com os planos de negócios e estratégias de sustentabilidade, e
mecanismos de avaliação e monitoria.
Um processo de rastreio será usado para determinar a necessidade para avaliações de impactos ambiental e
social quando actividades de desenvolvimento físico específico locais forem planeadas. Este processo
participativo vai identificar comunidades e/ou individualidades directa ou indirectamente afectados pela
áreas de conservação planeadas e actividades de subprojecto (ver anexo B).
Avaliações de impacto irão detalhar os impactos e o número exacto e categoria dos grupos afectados e
indivíduos, e incluir ou recomendar acções de mitigação projectadas por via de planos de acção do
desenvolvimento comunitário (PADC).
O sistema de áreas de conservação no presente é desigualmente desenvolvido e as incongruências e lacunas
relacionadas com quadros jurídicos, jurisdições institucionais e abordagens para envolvimento comunitário
variam por área de conservação ou agrupamento de áreas de conservação (ver anexo D). Mozbio visa
trabalhar para fortalecimento do sistema geral de áreas de conservação e preconizar maior envolvimento
efectivo da comunidade nas decisões que as afecta, conformidade efectiva a longo prazo na conservação e
acordos de desenvolvimento, e em mais comunicação efectiva e partilha de informação afim de que os
recursos naturais possam ser geridos de maneiras mais apropriadas culturalmente e socialmente possíveis
dentro dos constrangimentos da viabilidade financeira.
O uso de macro-ordenamento nos planos de gestão de áreas de conservação assim como incorporação no
Plano Distrital do Uso de Terra (PDUT) foi institucionalizado. Embora Planos Amplos de Desenvolvimento
Integrado da ACTF não foram alcançados no ACTF II, a governação distrital e provincial incorporou de
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
35
forma mais completa as prioridades das áreas de conservação e compreende as suas necessidades de gestão
e estratégias através de processos de planeamento de uso de terras distritais participativos.
A nova Lei das Áreas de Conservação fornece as responsabilidades de administração de áreas de
conservação na gestão de zonas tampão. Também oferece um estatuto jurídico aos planos de gestão de
áreas de conservação e a introdução de novos planos de desenvolvimento estratégico de áreas de
conservação para fortalecer mecanismos de responsabilidade conjunta e consultiva.
Os novos Planos Estratégicos de Desenvolvimento de Áreas de conservação e PED subsequentes serão
meios importantes para segurar os subsídios dos intervenientes de avaliação de oportunidades e
constrangimento na conservação e desenvolvimento dentro e arredores das áreas de conservação. Através
do processo de planeamento, a necessidade e disponibilidade de prestadores de serviços podem ser
identificados, podem ser definidos focos estratégicos e as bases de interesse dos investidores e potenciais
parcerias. Estratégias para ligar empreendimentos comunitários a mercados fora de zonas de protecção
serão necessárias assim como ligações mais amplas para provedores de desenvolvimento de capacidade
comunitária a longo prazo
Planos de desenvolvimento turístico existentes e novos planos estratégicos de desenvolvimento das áreas de
conservação serão as bases para novos PADC. Iniciativas do turismo comunitário potencialmente
sustentáveis serão identificadas pelo governo, sector privado e pelas partes interessadas no turismo junto
com as comunidades. O planeamento de PADC s será iniciado nas áreas prioritárias onde ainda não existem
e estender para outras quando os recursos estiverem disponíveis. Onde PACs já existem, será actualizado
para PADCs como parte da revisão de avaliação da prioridade regular e os planos serão adaptados para
oportunidades envolventes.
Planeamento e implementação de PADCs
Os PADCs constituirão parte de planos de gestão de áreas de conservação e serão directamente ligados aos
planos de desenvolvimento estratégico de áreas de conservação. A fim de serem mais significativos, os
PADCs terão de ser inteiramente enquadrados pelo envolvimento das partes chave interessadas e tomadoras
de decisões: comunidades, autoridades distritais, agentes não-governamentais e governos provinciais. A
Participação comunitária na formulação de planos deve ser simples, e não reproduzida por ordem do
processo de planeamento, integrado para lhes complementar.
Com os Planos Estratégicos de Desenvolvimento das Áreas de Conservação em ordem, irá guiar a direcção
de PADC. No entanto, quer estes estejam em ordem ou não, o processo participativo do PADC identificará
locais prioritários e formas potenciais de aborda-los, através de seminários das partes locais interessadas e
encontros de consultoria.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
36
Os PADCs incluirão actividades que visão mitigar ou compensar impactos negativos das rigorosas
restrições no uso dos recursos naturais estabelecidos pelos planos de gestão de áreas de conservação e
ordenamento de PDUT. Estes podem incluir:
A criação e gestão de áreas de conservação multi-uso (incluindo núcleos
formais e informais de áreas protegidas, zona-tampão apropriada e áreas de apoio).
A iniciação de alternativas de meios de subsistência sustentáveis
(desenvolvimento turístico ambiental e economicamente sustentável, co-gestão, parcerias do sector
privado no turismo baseado nas comunidades etc.) que mitiga o uso destrutivo insustentável dos
recursos naturais e ao invés da elevada sensibilização e promover a sua conservação pelas
comunidades locais.
Actividades do PADC deverão contribuir para a transformação dos beneficiários comunitários passivos em
participantes activos juntamente com as agências de execução através de co-gestão, projectos de partilha
dos benefícios e como participantes activos em mecanismos que recompensam os resultados da
conservação. A participação comunitária em a) processo de tomada de decisão relativo ao seu futuro uso e
acesso a recursos naturais locais e b) actividades para mitigação de impactos da perda de acesso, espera-se
que encoraje a compra e o compromisso. Junto com o desenvolvimento de capacidades a longo prazo e
actividades do desenvolvimento e fortalecimento de ligações comerciais, participação activa dos membros
das comunidades na viabilidade das actividades de desenvolvimento económica, deve garantir benefícios a
longo prazo (Ver anexo B para o para o processo PADC).
Espera-se que as comunidades afectadas participem na identificação e implementação dos projectos
prioritários identificados no PADCs. Uma vez que têm as suas ligações comerciais acrescidas através do
processo de planeamento e potencial ou prestadores de serviços existentes que foram identificados, a
facilitação de desenvolvimento de proposta de subprojecto estará mediante a base do pedido e
financiamento concebido para um número limitado de projectos ou volume limitado de investimentos por
área. A PADC identificará áreas prioritárias onde as actividades ou grupos de actividades que teriam mais
impacto significativo, ou potencialmente mais sustentáveis e onde as comunidades seriam mobilizadas para
prepararem propostas.
Espera-se que as propostas de subprojecto para implementação mediante a componente quatro (4) melhore
os meios locais de sustento enquanto também fornece contribuições evidentes par gestão de conservação
(produção de piripiri e comercialização, pescarias em áreas fechadas ou períodos e pescarias mais
sustentáveis e mercados, desenvolvimento do produto do turismo cultural etc.).
Todas as propostas devem incluir um plano de negócios mostrando o resultado sustentável projectado.
A participação comunitária em todo planeamento e implementação de PADC deve no mínimo consistir em:
▪ Consulta individual com os líderes com influência local e autoridades
tradicionais reconhecidas, uso de métodos participativos tais como avaliação rural participativa (da sigla
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
37
em Inglês PRA) para identificar recursos locais, mobilidade e gestão de uso de recursos existentes,
importância hierarquizada e preferências de gestão, localizar e mapear limites de uso de terra, e verificar
procedimentos habituais para a tomada de decisões, resolução de conflitos e identificação de áreas com
conflitos de uso de recursos etc.
▪ Uma estratégia de comunicação para entradas que fornecem informação
sobre os objectivos do projecto, procedimentos de planeamento, oportunidades e qualificarão para
participar nas diferentes actividades de desenvolvimento de subsistência, e queixa de mecanismos de
comunicação.
▪ Consulta com os grupos de pessoas afectadas pelos projectos para aumentar
a consciência acerca do processo de planeamento participativo e objectivos do projecto, explicar a política
e procedimentos de planeamento de zona tampão e desenvolver aplicações de subprojecto e reforçar a
confiança no processo participativo.
▪ Estabelecimento ou CGNR eleita na comunidade a todos níveis de
governação (incluindo representantes dos conselhos distritais ou comunidades onde isto já exista)
referentes a gestão de áreas de conservação, e apoiar a criação do conselho consultivo (CC) para o
planeamento do desenvolvimento distrital onde os representantes comunitários interagem com o governo
local. CGRN são responsáveis por:
o Facilitar a participação da comunidade na tomada de decisões relativas ao
uso sustentável e monitoria dos recursos naturais nas áreas de conservação;
o Tornar-se fórum para decisões baseadas na comunidade relativas a gestão
etilização de recursos naturais;
o Participar no macro e micro-ordenamento das áreas de conservação em áreas
de uso dos recursos;
o Mobilizar e monitorar acessos comunitários e o uso sustentável dos recursos
naturais em áreas de conservação;
o Representar preocupações e sugestões nos processos de tomada de decisões;
e
o Resolução de conflitos que surjam de utilização dos recursos, violação de
normas de áreas de conservação
Reforçar as capacidades de CGRNs (e para menor grau de CCs) no uso de
métodos de comunicação, identificação de bens, oportunidades e restrições a uso de recursos locais,
identificação e análise dos impactos adversos dos impactos das restrições no uso dos recursos, definição de
extensão das restrições, identificação dos critérios para quem for elegível para ajuda de mitigação,
identificação das acções de mitigação apropriadas, recibos e uso de 20% de benefícios de áreas de
conservação e turismo ou actividades de caça, identificação de projectos de desenvolvimento de meios de
subsistência, hierarquização e formulação de propostas, a identificação de indicadores de controlo,
consultoria, gestão de informação, monitoria.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
38
Associações comunitárias legais, pequenas, medias e micro empresas
comunitárias e outras instituições serão criadas para representar e conduzir comunidades nas negociações
de acesso a recursos das áreas de conservação, incluindo parcerias com ANAC/AC conselhos de
administração e/ou sector privado no desenvolvimento de conservação das empresas nas quais as
comunidades beneficiariam.
As responsabilidades incluiriam:
o Mobilizar recursos com assistência de ONGs e investidores privados para
desenvolvimento do turismo e conservação de actividades relacionadas ou serviços sociais;
o Realizar investimentos, e negociação de empreendimentos conjuntos;
o Mobilizar recursos com assistência de ONGs e investidores privados para
desenvolvimento de estratégias alternativas de meios de subsistência sustentáveis;
o Promover uma partilha equitativa dos benefícios entre membros
comunitários para conservação de empresas;
o Representação dos interesses das comunidades nos conselhos de
administração das áreas de conservação;
o Defender a integração do conhecimento ecológico e social local nos sistemas
de gestão de áreas de conservação e planos de desenvolvimento estratégico.
Reforçar as capacidades das comunidades e empresas privadas para lhes
permitir mais interface entre si de modo que gere cooperação comunitária e de benefícios.
Processos participativos deverão envolver métodos PRA, consensos de
tomada de decisão ou votação conforme o caso, esforços para trabalhar com grupos sociais (homens,
mulheres, jovens e lideres, etc.) separadamente para assegurar que possam expressar suas próprias
necessidades e prioridades sem inibições, uso de grupos de interesses traçados de diversos locais
territorialmente para tornar grupos consultivos mais representativos, melhorar continuamente a
representatividade e atribuição equitativa dos benefícios ou direitos de participação em actividades de
apoio de meios de subsistência.
Consultoria deve ser levada a cabo regularmente através de planeamento
anual e actividades de avaliação participativa na comunidade e níveis de grupos de interesse para verificar
progresso. Monitoria através de estruturas comunitárias ligadas a autoridades e os conselhos de
administração devem ouvi-los, verificar e responder as reclamações assim como créditos compreendidos e
tomados em conta ou como mudam ao longo do tempo.
Grupos de governos locais e distritais devem ser envolvidos no progresso e
monitoria de impacto como aprendizado conjunto e processo de desenvolvimento.
A condição das mulheres, juventude e grupos vulneráveis deve ser assistido
regularmente através de consulta inclusiva e participativa.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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As várias lições documentadas por estruturas operacionais de gestão dos recursos naturais promulgada
através da legislação da silvicultura, vida selvagem e pescarias e os manuais devem conduzir a organização
mais sustentável destes comités comunitários. A participação comunitária no planeamento do
desenvolvimento distrital é apoiada pelas orientações oficiais que demonstra claramente os papéis/funções
e responsabilidades comunitárias e instituições governamentais locais envolvidos. Embora este modelo de
diálogo comunitário com autoridades governamentais locais através de conselhos consultivos e fóruns
comunitários é direccionado ao planeamento do desenvolvimento distrital, isto deve ser levado em conta ao
estabelecer o nível comunitário de estruturas participativas.
Preparação e implementação de PADCs deve lhes ser complementarem e envolver estruturas de
representação da comunidade local a todos níveis de governação local, mas particularmente a nível
comunitário e distrital. Toda consultoria comunitária/distrital e planeamento de grupos estabelecidos no
apoio de actividades de árias de conservação serão envolvidos no recebimento de reclamações individuais
ou de grupos. Estas estruturas locais serão assistidas através de campanhas de comunicação para aprender
como canalizar a informação para recurso (veja detalhes no anexo 4.7 abaixo).
Um plano de comunicação multi-media será formulado e implementado para assegurar que a informação
precisa e atempada esteja facilmente disponível para as entidades que implementam o projecto e outras
partes interessados, a montante e jusante empresas planeadas, e para outras partes interessadas. Esta
estratégia de comunicação será um instrumento essencial para ajudar as comunidades a aprender acerca de
oportunidades e se tornar envolvida na efectivação de mudanças de meios de subsistência. Também ira
assegurar a comunicação bidireccional e fluxo de troca de conhecimentos entre os diferentes níveis das
instituições governamentais locais e comunidades dentro zonas-tampão no contexto da formulação da
implementação de PADC.
Comunicação é parte do processo de consulta das partes interessadas que é um processo interactivo através
do qual todos os actores contribuem para identificação, minimizar e mitigação sustentável de riscos. Como
tal, comunicação é um processo bidireccional como sendo bases ou criar conhecimento, na construção de
consensos, gerando acessos a participação nos processos de inovação para mudanças e desenvolvimento,
para criar decisões prioritárias livres e decisões informadas e para resolver conflitos de forma construtiva e
sustentável. A estratégia de comunicação a nível da comunidade não deve somente apoiar-se em
mecanismos e estruturas locais existentes, mas também focar se em:
A necessidade de assegurar o acesso a informação para todos os grupos de
partes interessadas, não importa o seu estado de género e vulnerabilidade;
A necessidade de reforçar a habilidade de todas as partes interessadas,
disseminar informação precisa e tomar suas próprias decisões informadas.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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Os principais grupos sociais direccionados pelas estratégias de comunicação vão potencialmente se
envolver em actividades que promovam desenvolvimento socioeconómico local. A estratega deve
inicialmente criar consciência entre as comunidades sobre o projecto e oportunidades associadas com isto,
os processos de planeamento, elegibilidade e opções para participação no desenvolvimento de actividades.
Campanhas de comunicação devem consistir em auscultação de grupos, observação, discussão e analise
entre eles, o que devem fazer em relação aos processos (tais como o ordenamento, opções de
desenvolvimento turístico) e oportunidades apresentadas. Serão encorajados a mencionar certas opções ou
direitos de acordo com o plano de ordenamento e fazer pedidos para assistência com a elaboração de
propostas para financiamento viável de actividades de desenvolvimento.
Ao escolher certos benefícios e as obrigações associadas a estes como parte do ordenamento e processo de
planeamento do desenvolvimento, comunidades irão efectivamente começar a aderir ao programa de
conservação. Critério de elegibilidade para grupos sociais participarem no desenvolvimento potencial de
subprojecto deve ser transmitido como parte da campanha de comunicação. O critério deve incluir se são
ou não ejectados pelo projecto (perda de acesso aos recursos ou conflitos com os animais, por exemplo),
repartição geográfica/quotas geográficas, critério de género e evidência de comprometimento do passado
ou presente nos empreendimentos similares. Estes tipos de critérios podem assegurar transparência e
acesso justo a oportunidades.
Intermediários do governo local e ONGs e/ou corretores do sector privado devem acompanhar este
processo. Facilitadores não-governamentais podem ser identificados de projectos existentes e recrutados
onde necessários e treinados em comunicação inter-pessoal e facilitação.
Ao combinar uma abordagem de comunicação com foco no desenvolvimento de meios de subsistência e
segurança dos meios de subsistência domésticos podem ser promovidas actividades para desenvolver
sistemas de pré-aviso das dificuldades desenvolvidas. O recurso centrar-se-á no melhoramento de
resiliência de grupos vulneráveis. Isto pode envolver programas que centra-se no reforço das redes-
vínculos com oportunidades empresariais, aquisição de capacidades de geradores de rendimento, crescente
sensibilização da saúde reprodutiva, desenvolvimento institucional e emponderamento. Actividades de
promoção de meias de subsistência devem focar-se no prazo mais longo e uso de metodologias
participativas com um emponderamento filosófico.
Os arranjos institucionais para comunicar preocupações as autoridades do projecto e receber resposta
seguira os mesmos canais como aqueles estabelecidos para procedimento de queixa como descritos na
secção 4.1.5.1.
4.1.4.2 Impactos e critérios para determinar elegibilidade para assistência
Muitas pessoas e comunidades dentro e arredores das áreas de conservação podem se tornar particularmente
vulneráveis a dificuldades como resultado de restrições reforçadas ou novas no acesso para recursos
naturais. As comunidades podem perder direito de uso, ou acesso tradicional a recursos quando
ordenamento e gestão efectiva de áreas de conservação fazer aplicar regulamentos que proíbam ou que
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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restrinjam o uso de recursos em áreas desenhadas como protegidas legalmente com o propósito de
conservação e turismo. No geral existem duas categorias maiores de pessoas afectadas pelo programa:
a) Membros comunitários que serão directamente afectados desde que estejam
sujeitos a totais restrições no acesso e uso de recursos tais que os seus meios de subsistência ou
empresas são construídas através de perdas de direitos a colecta de lenha, fornecimento de água,
aceleramento dos animais e para campos de culturas;
b) Outras comunidades que vivem nas zonas-tampão das áreas de conservação
e áreas múltiplo uso que podem sofrer restrições parciais de acesso e uso, e aqueles que sofrem
estragos para culturas e outras propriedades como resultado das incursões da vida selvagem.
Os critérios de elegibilidade para assistência de projecto são baseados em restrições de uso dos recursos e
os impactos, estes podem ter afectado os meios de subsistência das pessoas e bem-estar. Um perfil de
impactos potenciais, critérios, mecanismos de gestão e mitigação podem ser vistos no anexo E.
Actualmente, a lei da silvicultura e vida selvagem define uso de recursos dentro e arredores de áreas
protegidas e a nova lei nas áreas de conservação vai eventualmente, através da sua regulação facilitar a
revisão das categorias de conservação para melhor levar em consideração necessidades de conservação e a
necessidade de balancear isto com o desenvolvimento socioeconómico das comunidades locais,
particularmente onde as comunidades residem dentro das áreas de conservação. A nova legislação
classifica zonas de protecção em a) áreas de conservação máxima: recursos naturais totais – demarcados
dentro das áreas de conservação sem acesso a pessoas, parques nacionais – podem ser visitados por pessoas
mas o uso de recursos não e permitido se não para gestão e manutenção do balanço ecológico, herança
cultural e natural gerido de acordo com a tradição, uso restrito, ou necessidades de conservação de
monumentos; e b) áreas de conservação sustentável que cubram: reservas especiais, paisagens protegidas,
coutadas oficiais, áreas de conservação transfronteiriças, áreas de conservação comunitárias, santuários,
campos desportivos e parques ecológicos municipais.
Áreas de conservação total, parques nacionais e reservas especiais serão necessários para ter uma zona-
tampão como uma parte integral da área de conservação. Contudo, zonas-tampão podem ser criadas
arredores de outras áreas de conservação se necessário.
CDAPs serão preparados e CAPs actualizados como parte do processo de planeamento do
desenvolvimento estratégico de áreas de conservação, onde acesso a recursos deve ser limitado a nível do
lugar ou comunidade dependendo do âmbito da participação. Onde novas áreas de conservação são criadas
para turismo baseado nas comunidades por exemplo, planos para delimitação de terra comunitária e
certificação deve ser incluída no CDAP.
CDAPs devem constituir parte de e ser coerente com os seus respectivos planos de gestão de áreas de
conservação. CDAP vão especificar potenciais projectos comunitários/actividades que ajudam mitigar os
efeitos de restrições de acesso a recursos. Nisto, o número de pessoas afectadas pelo projecto que se espera
que ganhem uma renda suficiente para pelo menos fechar a aquela perda, assim como o número de pessoas
que decidiu participar em mais de uma actividade deve ser identificado. Desde que geralmente um número
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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menor de pessoas pode entrar com vantagem em actividades turísticas sustentáveis, será necessário
monitorar e trabalhar com as comunidades para continuar a identificar fontes alternativas sustentáveis de
renda.
Os princípios de partilha de informação e tomada de decisão participativa transparente informada serão
seguidos a todos os níveis de comunidade a planeamento e estruturas de gestão. Lucros técnicos adicionais
podem ser contratados pelas organizações comunitárias ou organizações parceiras conforme necessário
para levar a cabo estudos de referência socioeconómica, estudos de viabilidade técnica, EIAs para
desenvolvimento infra-estrutural em diante.
Consultoria deve fazer uso de CGRN. Encontros podem ser convenientes onde representantes
governamentais locais dos sectores relevantes são convidados como assessores técnicos para o
desenvolvimento de planos de acção. Em acréscimo, especialistas devem estar presentes para fornecer
contributos para tomada de decisão relativamente a critério de elegibilidade para participar em actividades
subsistência alternativas
4.1.5 Medidas para reduzir impactos negativos enquanto maximiza os positivos
No curso de medidas de implementação para manter a sustentabilidade de meios de subsistência de pessoas
nas áreas de conservação pode ser negativamente afectada particularmente onde restrições no uso de
recursos e/ou relocação seja decidido sobre. O projecto vai assistir todas as pessoas afectadas nos seus
esforços para melhorar a sua subsistência ou restaura-las para níveis de pré-projectos. Actividades de
mitigação específica serão identificadas e decididas no momento em que as medidas de restrição são
consideradas durante a participação de EIAs, ordenamento e planeamento de desenvolvimento estratégico
de áreas de conservação e preparação de CDAP. Serão adaptados para os interesses e necessidades de
pessoas afectadas.
O desenho do projecto inclui medidas para prevenir deslocação e empobrecimento de população local,
incluindo usar alteração de limites de áreas de conservação para excluir comunidades, novos processos de
planeamento de desenvolvimento estratégico de áreas de conservação, revisão de ordenamento e adaptar
planos de gestão de áreas de conservação que identificam zonas multi-uso e actividades a serem
promovidas naquilo. CDAPs vão envolver processos de planeamento de desenvolvimento local
participativo para identificar e apoiar as autoridades locais, demarcação e registo do terreno comunitário
como um pré-requisito para trazer investimentos externos e apoio e incentivos para mais parcerias
sustentáveis da comunidade e do sector privado. O processo de planeamento participativo fornece
mecanismos para promover condenação entre as diferentes partes interessadas e interesses, e centrar se no
planeamento e implementação a nível local.
O projecto apoia a política da descentralização governamental e vai fornecer formação e criação de
capacidades prévias para lançar qualquer novo processo de planeamento participativo numa província ou
distrito. O processo de ordenamento para planos de gestão de áreas de conservação e incorporado no PDUT
vai identificar a localização espacial de grupos comunitários prováveis de ser afectados negativamente por
actividades do projecto e identificar a necessidade de pregação de diferentes planos de acção. Preparação de
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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CDAPs focar-se-á na identificação e periodização de oportunidades e necessidades para subprojectos e
junto com as comunidades locais identificar como se podem envolver nisto. A estratégia de comunicação
será formulada para aumentar a consciência comunitária acerca de impactos potenciais identificados e
acerca de oportunidades de meios de subsistência alternativos para famílias negativamente afectadas. Ira
fornecer balizas para um processo orientado pela procura de criação de consciência acerca de oportunidades
e critérios de participação nos subprojectos e como aplicar e preparar propostas que podem ser consideradas
para financiamento.
Como parte de CDAP, consultoria com representantes comunitários através de estruturas de co-
gestão nos locais onde pessoas são negativamente afectadas pelas actividades do projecto focar-se-á
no desenvolvimento do plano de acção, e identificara os membros de actividades de pessoas
membros afectadas pelo projecto, o tipo de impacto e sua elegibilidade para participar em
actividades de subsistência alternativas ou serem compensadas de qualquer outra forma,
particularmente se tiverem de ser relocadas. Comités de co-gestão vão criar grupos de trabalho que
participam na formulação de planos de acção específicos. Isto vai funcionar com conselho de
administração de áreas de conservação designado por equipas técnicas para levar a cabo encontros
com todas as pessoas afectadas afim de que decisões colectivas sejam tomadas acerca de opções
disponíveis a eles como individualidades elegíveis ou agregados. Se os planos de acção requerem
serviços de consultores especialistas para levar a cabo ESIAs grupos de trabalho comunitários vão
acompanhar e facilitar encontros com PAPs e lideres locais influentes.
Estratégias de promoção de meios de subsistência nos planos de desenvolvimento estratégico de
áreas de conservação, CDAPs e onde for relevante, planos de gestão de áreas de conservação
basear-se-ão no desenvolvimento do sector privado/iniciativas de parcerias comunitárias e reforço
das capacidades comunitárias, mecanismos de reforço que mitigam os impactos negativos de
pessoas afectadas pela restrição no uso de recursos. Isto inclui:
i. Delimitação de terra comunitária acelerada e expandida e registo na prioridade de áreas turísticas da
comunidade;
ii. Incorporação da conservação de biodiversidade e gestão ambiental e restauração no planeamento de
uso de terra local;
iii. Iniciativas de gestão de recursos naturais baseados na comunidade (relacionados a turismo
sustentável, gestão florestal sustentável para esquemas de valor acrescentador gestão de
pescarias sustentáveis, e objectivos de desenvolvimento de área de conservação comunitária);
iv. Assistência técnica de organizações de corretores para identificar turismo potencial e oportunidades
de negócios de gestão de recursos naturais sustentáveis;
v. Identificação de modelos de desenvolvimento comunitário adoptado para o contexto local em cada
área de conservação específica (isto e, tipos de actividades a serem apoiadas e arranjos
institucionais para fornecer tal apoio) para apoiar o desenvolvimento de meios de subsistência
sustentáveis.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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vi. Promoção de oportunidades de turismo de menor escala considerando toda a cadeia/gama de
serviços (envolvimento de operadores turísticos e ligações de iniciativas de mercado),
fornecendo fundos de sementes e assistência técnica para comunidades, assim como
oportunidades de negócio e partilha de informação.
vii. Fortalecimento de organizações comunitárias de instituições representativas existentes, e
fortalecimento de capacidades através de formação em negocio e desenvolvimento
organizacional para que as entidades legais existentes sejam capazes de participar mais
profundamente em arranjos contratuais;
viii. Assessoria jurídica e representação para novos direitos de usuários territoriais para pescarias e
outras actividades de gestão de recursos baseadas em direitos e para mecanismos para permitir
que as comunidades ressarcimento contra o que consideram como praticas injustas por
parceiros de investimento;
ix. Turismo e floresta sustentável /gestão de pescarias “alfabetização” educação (incluindo visitas de
estudo e visitas a operadores de sucesso) e formação em competências relevantes;
x. Uso de instrumentos tais como ciclo de subprojecto e manuais de
projecto com os prestadores de serviços TORs, modelos de proposta padrão, linhas de
orientação e concessão de directrizes contratuais para guiar operações de financiamento de
subprojectos;
xi. Fortalecimento de capacidades entre as comunidades locais a se
empenharem mais intensamente em parcerias produtivas com o sector privado e através de
iniciativas comunitárias incluindo fortalecimento de capacidade financeira através de
comunidades emergentes criadas e esquemas de micro-créditos financiados, fornecimento de
subsídios equivalentes, pequenas subvenções, fundos de capital ou outro apoio para apropriar
iniciativas comunitárias assim como aprendizagens e estágios com operadores de sucesso;
xii. Assistência técnica e formação vocacional para desenvolver
empresas secundárias relativas a a) turismo, tais como artesanato, serviços de restauração,
serviços de guia, e relativas a b) caca desportiva, tais como transferência de competências para
gestores de campo, administração de mecânicos, guias profissionais, hospitalidade etc.;
xiii. Comunidades dentro e arredores de áreas de conservação serão
encorajadas e assistidas para conservar habitats naturais e proteger a biodiversidade em áreas
identificadas como prioridades de conservação em planos de gestão de áreas de conservação,
planos de desenvolvimento estratégico, PDUT conjuntamente ordenado.
xiv. Onde turismo baseado em natureza não fornece receitas suficientes e
benefícios para ser um incentivo efectivo, actividades de desenvolvimento serão apoiadas pelo
projecto em troca de acordo de acções de conservação sustentável e resultados identificados e
formalizados em acordos escritos entre ANAC e representantes comunitários (contratos de
conservação comunitárias).
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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xv. Arranjos pelos quais as acções de parcerias são desenvolvidas através
da confiança comunitária, acordos de co-propriedade ou similares para assistir na compensação
de acesso e prejuízos patrimoniais de projectos de actividades.
O modelo de gestão adaptável usado por sistema de áreas de conservação requer monitoria e avaliação
como instrumentos para assegurar a relevância continua da direcção de áreas de conservação e
actividades. O processo de gestão adaptativa permitira que planos sejam ajustados e trouxe linha com
realidade incluindo mudanças de planeamento de processos adicionalmente na vida do projecto e alem.
Instrumentos participativos serão desenvolvidos onde quer que seja viável para que as comunidades
tomem responsabilidades de verificarem o impacto de do projecto e actividades alternativas de
subsistência nas comunidades afectadas e individuais. Para que seja possível, organizações comunitárias
serão responsáveis para assegurar a conformidade dos membros da comunidade ligados por acordos de
uso formal de recursos sustentáveis.
Estratégias de mitigação nos planos de gestão de áreas de conservação existentes incluem: reservas de
caca, serralharias e projectos de produção de carvão mais eficientes em zonas tampão, projectos de
captação de carbono, provisão de energia alternativa viável, centros de desenvolvimento comunitário em
coutadas para receber carne e 20% de renda, replicação local, oportunidades de partilha de trabalho no
turismo – particularmente por mulheres, desenvolvimento de cadeia de valores para pescarias e muitos
outros usuários dos recursos naturais. Isto ira requerer micro e mais financiamentos significativos
através de subvenções e empréstimos, habilidades em gestão, educação, formação, e subprojectos terão
de ser melhor desenhados para que a participação seja usada para alcançar a sustentabilidade e
fortalecimento sem mais dependência e projectos comunitários breves. Conservação é uma questão a
longo prazo, como é gestão de comunidade dos recursos naturais e desenvolvimento comunitário. Todas
as facetas devem ser reconhecidas e valorizadas por serem direccionadas através de instrumentos de
planeamento do desenvolvimento estratégico a longo prazo apoiado por planos de acção evolutivos.
De modo a engajar com as comunidades, o desenvolvimento de instituições comunitárias para
representar os interesses de respectivas comunidades é um pré-requisito. Ao criar e reforçar isto, áreas
de conservação e prestadores de serviços devem assegurar onde possível, que tais organizações são
representantes de diferentes grupos de interesse dentro de cada comunidade, incluindo em termos de
género, idade e actividades de subsistência (pescarias tradicionais, colectores de mel, curandeiros,
caçadores, etc.). Com vista a participar na co-gestão instâncias prestadores de serviço irão formar
membros das instituições comunitárias para representarem efectivamente e promoverem os interesses e
o desenvolvimento das suas comunidades. Um resultado concreto das funções do comité de co-gestão
será potencialmente acordos de co-gestão que devem definir funções de gestão e responsabilidades
dentro de áreas específicas e de acordo com a gestão de áreas de conservação e planos de ordenamento
territorial. A este respeito efectivo e processos de planeamento de uso de recursos com as comunidades
locais são chave.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
46
Nos casos excepcionais, onde CDAPs indicam que o plano de uso de terra não põe controlar
efectivamente o crescimento e expansão dos povoados e conflitos com aumento da fauna bravia,
reassentamento pode ser necessário. Embora, MozBio não vá financiar o reassentamento involuntário
das pessoas não importam em que circunstancias seja. O banco pode aconselhar os outros doadores na
preparação de um quadro político de reassentamento. Como o banco mundial não ira financiar nenhum
reassenatmento através de MozBio, uma vez que a compensação tenha sido entregue, acordos
comunitários e acordos de subprojectos sob MozBio pode ser usado pelas comunidades afectadas para
facilitar mais desenvolvimento de meios de subsistência, e alcançar compromissos de trabalho.
A obtenção de benefícios deve focar-se naquelas comunidades directamente associadas a área desde a
qual os benefícios provêm, e que a receita dos benefícios está ligada para cooperação para comunidades
individuais para alcançar objectivos de conservação de uma dada área de conservação.
Parcerias comunitárias podem ser contratos para prestação de serviços, participação como accionistas,
canalização de receitas e outras taxas para o fundo comunitário dentro de uma certa unidade de
urbanização, se necessário, venda de quota comunitária a operadores privados ou subcontratos para
locação financeira dos direitos de usuário nas coutadas para residentes comunitários, sua parte de
recepção de receitas geradas nessas unidades.
4.1.5.1 Resolução de queixas, potenciais conflitos ou reivindicações
Conflitos ou reivindicações podem resultar de situações já existente particularmente aqueles que
envolvem perdas de propriedades (isto é, conflitos entre pessoas e fauna bravia). Conflitos
geralmente surgem da má comunicação, insuficiência ou falta de consulta. Fluxo inadequado de
informação precisa, ou restrições que podem ser impostas as pessoas através da implementação de
actividades de projecto. Conflitos podem também eclodir de desconfiança gerada pelas medidas
contra caca furtiva cada vez mais militaristas da gestão de áreas de conservação onde membros da
comunidade podem ser apanhados entre interesses em conflito aumentando tensões dentro das
comunidades em si e em relação a guardas florestais de áreas de conservação. Conflitos podem ter
especialmente tendências a aumentar onde existir um movimento significativo de pessoas
atravessando fronteiras internacionais e exploração ilegal dos recursos naturais está em curso e
comunidades são também implicadas pelas autoridades de áreas de conservação. Em acréscimo, as
acções de turismo e visitas culturalmente diversificadas com atitudes particulares expectativas
podem localmente causar estragos culturais, sociais e por vezes económicos, e pessoas afectadas
podem ter pouco recurso a correcção da situação.
Medidas preventivas
Como medidas preventivas, sensibilização sobre actividades do projecto continuara em todo o
projecto a fim de reduzir mal-entendidos e reclamações. O processo de ordenamento participativo,
planeamento de desenvolvimento estratégico de áreas de conservação e subsequente formulação de
plano de acção participativo vai identificar conflitos potenciais e envolver potencialmente pessoas
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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afectadas. Consultas e negociações serão levadas a cabo com PAPs onde haver indicações de
conflitos potenciais. Formação em termos técnicos, comités de co-gestão e líderes locais na gestão
de conflitos também assistirão na minimização de impactos negativos de conflitos. Para fortalecer
as comunidades serão envolvidas na sensibilização e formações sobre os seus direitos e obrigações,
como obter assessoria jurídica e representação, e como procurar compensação contra o que eles
consideram de práticas injustas pelos parceiros de investimento, turistas ou outros.
Queixas e mecanismos de resolução de conflitos.
Queixas e mecanismos de resolução vão envolver homens e mulheres e líderes com influência na
comunidade para fornecer o primeiro nível de escuta e resolução informal. Estes líderes serão
representados ou envolvidos nos comités de co-gestão e grupos de trabalho e serem envolvidos na
criação de consciência de que eles também podem ser usados para a transmissão de reclamações
para este fórum de resolução informal. Alguns conflitos relativos a uso de terra e recursos podem
ser resolvidos pelos líderes tradicionais. Esforços serão empreendidos par assegurar que os comités
de co-gestão incluam representante de mulheres e jovens com os quais os líderes irão consultar para
dar soluções tangíveis. Se tais soluções estiverem além do seu alcance eles podem ser levados ao
tribunal comunitário local onde existir, para resolução se for apropriado.
Quando as acções de comunidades locais se confrontam com os objectivos de biodiversidade das
áreas de conservação, devem primeiro tentar resolver estes conflitos através da apresentação para
unidades de ligação comunitária/ pessoal para atenção de administração de áreas de conservação.
Princípios gerais e procedimentos devem ser estabelecidos e divulgados incluindo.
A resposta inicial deve ser fornecida a comunidades no período
máximo de 15 a 30 dias.
O número de dias para a resposta deve ser decidido e divulgados para
que todas as comunidades locais saibam que temo direito a resposta dentro de um certo
período de tempo.
A pessoa de ligação comunitária deve monitorar as queixas para
passa-las aos agentes apropriados ou agências para resolução. Queixas podem ser
resolvidas directamente pela unidade de ligação comunitária, mas onde requerem
entradas de unidades de áreas de conservação devem ser passados para a administração
de áreas de conservação para delegar as responsabilidades em conformidade.
Comunicações de administração de áreas de conservação devem
incluir informação sobre o prazo de resolução – que deveria tentar ser o mais curto
possível com vista a manter a confiança comunitária.
A resolução de queixas deve requerer períodos curtos ou longos
dependendo do assunto da queixa. É importante que a administração de áreas de
conservação comunique por via de elo de ligação comunitário para reclamar o tempo que
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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a acção de tutela irá levar. Os registos de todas as comunicações relativas a queixas
devem ser apresentados pela unidade de ligação comunitária.
Se o assunto for multi-sectorial ou requer atenção do conselho de
administração de áreas de conservação, apresentação será organizada pelas áreas de
conservação e comunicação sobre quando isto irá acontecer feito de reclamações dentro
do mesmo prazo estabelecido para respostas pelas áreas de conservação.
As queixas devem ser registadas pela unidade de ligação comunitária
das áreas de conservação e cópias de registos de comunicações associadas e preenchidas
por esta unidade.
A administração de áreas de conservação deve periodicamente
verificar gestão de respostas e compilação através de desfecho de cada queixa.
Relatórios sobre queixas devem ser apresentados pela administrada
de áreas de conservação para conselho administrativo e ANAC. Relatórios de queixas
devem estar em forma de tabela para rastreiar reclamações, respostas, acção de
compensação e fecho de todas as queixas comunitárias com datas e partes responsáveis
claramente indicadas.
O compromisso pelo conselho administrativo com o governo ou
grupos independentes de sociedade civil com experiência do campo suficiente na
localidade e quem são respeitados pelas famílias podem ser usados para ajudar a resolver
estes problemas de tal forma que os interesses das comunidades e conservação sejam
propriamente balanceadas.
Se necessário, os coordenadores nacionais de MozBio assim como os
representantes das autoridades do projecto podem ser abordados relativamente aos
recursos.
A comunicação com as autoridades do projecto também pode ser
levada a cabo por via de representação comunitária no conselho de administração de
áreas de conservação para ANAC (ver figura 1, abaixo).
Se as questões estiverem preocupadas com as relações das partes interessadas secundárias ou
externas eles devem ser apresentados a comités de co-gestão para a transmissão para as autoridades
locais da localidade, através do posto administrativo para o nível distrital. A resolução deve ser
procurada ao mais baixo nível possível em todos os casos. O mesmo prazo deve aplicar-se a todos
os canais de comunicação de queixas. Se os problemas não serem resolvidos a níveis
administrativos baixos, eles devem ser transmitidos por via de autoridades locais para o governo
distrital para compensação ou mediação. Finalmente, se o membro comunitário/ grupo que
apresentou a reclamação não estiver satisfeito com a decisão da autoridade do projecto, então como
último recurso ele/ela/eles podem submeté-la ao sistema judicial para reclamar a reparação.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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em casos onde conflitos ou reclamações são dirigidas contra agências governamentais, gestão de
projecto ou investidores privados, sempre que possível, pessoas e comunidades afectadas pelo
projecto serão encorajadas para resolver os conflitos harmoniosamente através de mediação
informal pelas agências externas, tais como ONGs ou oficiais do governo. Quando as disputas não
podem ser resolvidas informalmente, mais mecanismos formais serão necessários. Onde uma ou
mais comunidades está/estão em conflito com o programador do sector privado, o problema será
levado ao ministério ou agência com responsabilidade titular para o investimento.
Se os interesses das comunidades afectadas forem anulados ou tornados inefectivos por quaisquer
outras acções do governo nos acordos submetidos por suas normas existe em muitas legislações
para apelar orientações sectoriais para altos níveis do governo tais como directores nacionais e
ministros. Pode qualquer partido não estar satisfeito, o partido aflito pode levar a reclamação ao
tribunal onde será tratado sob lei moçambicana. Em princípio, uma comunidade pode levar a
Legenda:
Reclamação e reparação l MITUR Governo central
ANAC
Governo Provincial
Comunidade Associacão Associação comunitária comunitária
AdministracÃo Conselho administrativo Governo distrital
De area de conservacao Da área de conservação
Comite Lideres lideres Lideres Autoridades locais
comunitario De influencia comunitarios Comunitarios (representantes comunitaria Tradicionais tradicionais De mulheres e
jovens.) Representantes de mulheres
e jovens) Tribunal comunitario
comunidade
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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concessionária ou titular da licença para o tribunal por não cumprir os termos do plano de gestão
ambiental. Finalmente, embora não habitualmente praticados sistematicamente por muitas pessoas,
todos os cidadãos têm direito de endereçar queixas ao promotor público, a instituição responsável
por assegurar a lei é correctamente aplicada, particularmente na elaboração de instrumentos de
gestão territorial e sua implementação.
1.1.1.1 Procedimentos administrativos jurídicos
O processo será dirigido pelos pontos focais ambiental e social do projecto (da sigla em inglês
SEFP) a partir da unidade ambiental e social recentemente criada na ANAC; no entanto, ministérios
governamentais representados pelas respectivas direcções, nacional e provincial ou departamentos
serão chamados para participar no planeamento e implementação de CDAPs, acordos de
conservação da comunidade, parcerias privadas e públicas para actividades de desenvolvimento irá
incluir:
Instituição Tarefas e responsabilidades
Conselho de Ministros Cria, modifica ou extingue parque nacionais e reservas,
estabelece zonas-tampão em volta dessas de acordo com
os seus planos de gestão, aprova os critérios declarando
zonas de uso histórico e cultural, autoriza certas
actividades nas áreas de conservação, fixa taxas e define
a percentagem atribuída a diferentes partidos de
dinheiros colectados, garante vida selvagem e política
florestal.
Ministério do Turismo
(DNAC/ANAC) /Unidade SeE
Vai engrenar em acordos legais de ligação com as
comunidades para fornecer fundos para projectos de
desenvolvimento em troca de compromissos para
observar estipulados e acordados para uso sustentável
de recursos naturais. Isto terá indicações claras do
período de validade (pelo menos três anos) e condições,
e identificar mecanismos para sua aplicação em todos os
partidos. Os pontos focais sociais e ambientais a partir
de uma unidade social e ambiental segura, recentemente
criada.
Ministério do Turismo
(MITUR)
Aprova planos de gestão para áreas de conservação e
suas zonas-tampão e é responsável por garantir o
cumprimento.
(MINAG) Aprova a silvicultura e planos de gestão da vida
selvagem fora das áreas de conservação.
MP Aprova planos de gestão de áreas marinhas protegidas e
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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é responsável por garantir o cumprimento.
Governador provincial Autoriza zonas de uso histórico e cultural.
MITUR (DINATUR) É responsável por assegurar que o planeamento turístico
e o desenvolvimento sejam integrados a outras agendas
sectoriais a nível provincial, distrital e local, e para
supervisionar ONGs contratados para criação de
capacidades e mobilização.
MITUR/DNAC/ANAC/Unidade
Mozbio
Será responsável por fornecer assistência técnica a
pessoas afectadas durante o seu período de ajustamento.
Tal assistência incluirá administração da formação,
suporte com ajuda material se necessário, e fornecer
orientação na identificação e desenvolvimento de
estratégias de meios de subsistência alternativas. Isto
pode ser subcontratado. Se a terra for necessária para o
desenvolvimento infraestrutural ou investimentos
turísticos dentro de áreas de conservação,
MITUR/ANAC ira designar o processo de concessão de
licenças para o uso de uma área. Os pontos focais
sociais e ambientais (da sigla em inglês SEFP) vão
guiar e facilitar os processos com as comunidades para
adquirir as licenças necessárias.
MAE Governos distritais através de chefes de autoridades
locais e líderes tradicionais fornecerão terra se a
compensação incluí-la, ou se o direito ao uso de terra
ser requerido para desenvolvimento infra-estrutural ou
investimentos turísticos fora de áreas de conservação. O
DA também vai liderar o papel, geralmente com
assistência dum consultor ou organizações não-
governamentais no planeamento e implementação de
relocação física de pessoas afectadas.
MPD/DPPF+ MAE/DA+
MINAG/DPA
Juntos são responsáveis por implementação
planeamento do desenvolvimento distrital participativo
descentralizado e financiamento.
MINAG. (DNTF e DPA/SPGC) Tem a autoridade para delimitar a terra comunitária e
autoridade para publica-la. A SPGC processa aquisição
de direitos de uso de terra e transfere títulos de acção
DPA/SPER Fornece serviços de extensão e serviços técnicos para
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
52
identificação e avaliação de bens perdidos pelas pessoas
afectadas pelo projecto, demarcação de pequena
extensão de terra, e outras assistências técnicas.
MOPH/DNA+DPOPH/DAS Será responsável pelo desenvolvimento de água potável
e juntamente com DPA/SPER, trabalhos de irrigação de
menor escala.
MINEC+MISAU Professores e trabalhadores da saúde, respectivamente,
serão fornecidos por estes ministérios.
A unidade de MozBio deve ser responsável por coordenar estas actividades intersectoriais, na
colaboração com conselhos administrativos
MICOA aprova ESIAs completamente; EAs simples são aprovados por DPCA. Toda ESIA requer
um relatório da consulta pública levada a cabo e integração total de problemas locais e
recomendações no plano de gestão ambiental. ESIAs completas são obrigatórias para actividades
que implicam conflitos ligados ao uso dos recursos naturais por parte de pessoas.
Ministérios governamentais têm autoridade judicial para autorizar concessões dentro e fora das
áreas protegidas, sem consulta local. Provisões nos regulamentos de EIA, leis de uso de terra são os
principais instrumento para assegurar que os projectos sejam seleccionados para os seus impactos
nas populações locais e obrigar consulta publica quando as pessoas forem afectadas.
Procedimentos locais para restringir acesso a recursos naturais deve ser observado conformem
estabelecido na constituição e leis de Moçambique, e suplementado por quadro de processo. O
plano de uso de terra em conformidade é monitorado por MICOA através de DNAPOT.
Atenção particular durante o planeamento e implementação deve ser dada aos seguintes princípios,
traçados na constituição, e ambiental, turístico, silvicultura e vida selvagem, terra e leis de uso de
terra e regulamentações:
Consultas com as autoridades locais e pessoas afectadas devem
ocorrer antes e durante implementação do projecto.
Notificação de intenções ou planos de acesso restrito para os recursos
naturais deve se tornar publico conforme requerido pela lei e este quadro.
Determinação de medidas de meios de subsistência alternativos será
feito junto com as pessoas afectadas, com a assistência da unidade de MozBio, DPTUR,
DPCA, DPA, DPP e ONGs com a perícia aprovada nas iniciativas.
Embora muito pouco provável, actividades de MozBio devem
inadmissivelmente causar estrago nas propriedades comunitárias, medidas de meios de
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
53
subsistência alternativas devem ser oferecidas e uma compilação total deve ser dada a
pessoas afectadas pelo projecto.
Bens perdidos e outras perdas devem valer. Determinação de
compensação será guiada pela lei moçambicana, MICOA, MINAG e MOPH normas
sectoriais e o Banco Mundial O.P/B.P 4,12 no restabelecimento involuntário
2. Arranjos e monitoria de avaliação
MICOA é responsável por monitoria externa de gestão ambiental em conformidade com planos de
uso de terra.
Monitoria de uso do modelo de gestão adaptável das áreas de conservação e avaliação como
instrumentos para assegurar a relevância contínua da direcção do projecto e actividades.
Instrumentos participativos serão usados sempre que possível para que comunidades tomem
responsabilidade de verificar o impacto do projecto e actividades de subsistência alternativas nas
comunidades afectadas e indivíduos.
Consulta comunitária e participação em todas as áreas de conservação e processos de planeamento
de zonas tampão vai criar capacidades de comunidade para identificar indicadores e junto com
facilitadores de planeamento desenvolver instrumentos de monitoria participativos. Estes serão
usados para formular propostas de projectos, e para monitoria participativa e resultados monitores
externos durante a implementação destes planos. Comunidades também participarão na avaliação
externa dos resultados dos planos implementados.
A nível da comunidade, os comités de co-gestão serão fora principais envolvidos na monitoria
participativa. Identificarão indicadores para o desenvolvimento de planos de acção com sua
participação, e será formado em como gerir a informação para o uso dos projectos e comités. Todas
as estruturas de gestão comunitária ligada são autoridades locais e os conselhos administrativos das
áreas de conservação são percebidos e levados em conta ou assim como vão mudando com o
tempo.
Os comités de co-gestão e conselho administração serão responsáveis pela coordenação de
membros de monitoria, regulando e supervisionado CDAP preparação e garantir coerência com o
processo de planeamento distrital e rendimentos. Centros de informação desenvolvidos irão conter
informação de monitoria gerida pelas equipas técnicas de áreas de conservação e comités de co-
gestão. Equipas técnicas vão regularmente monitorar estatutos de grupos vulneráveis através de
consultas, e se necessário trabalho complementar com comunidades particulares identificarão
actividades e fontes de rendimento que possam melhorar o seu bem-estar.
Gestão de áreas de conservação vão aconselhar e empreender tais pesquisas sociais e monitorar
conforme requerido para entenderas aspirações e estratégias de meios de subsistência de
comunidades locais afectadas a fim de ouvir a consepacao, aceitáveis e mutuamente conservação
beneficiai e intervenções de desenvolvimento.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
54
Acordos escritos entre DNAC/ANAC e representantes da comunidade serão juntamente
monitorados e se possível organizações comunitárias serão responsáveis por assegurar a
conformidade dos membros da comunidade.
A unidade de implementação do projecto e planeamento do departamento de ANACs e monitorar
conjuntamente com o SEFP na unidade de salva guarda social e ambiental recentemente criada será
responsável por desenvolvimento e vigilância da monitoria relativa a todo o projecto e actividades
de avaliação. A nível de áreas de conservação, o conselho de administração de áreas de
conservação deve ter a capacidade, ambas técnicas e financeira, para levar esses pontos com cada
província em coordenação com pessoal ligado a áreas de conservação da comunidade.
Por via do modelo de gestão adaptável a qualidade de processo de monitoria deve ser regularmente
revista e melhorada. Questões tais como liderança, representação, equidade, e tratamento de
indivíduos vulneráveis a dificuldades específicas devem ser adequadamente endereçado através de
identificar indicadores sensíveis e sua monitoria. Formação de todos os participantes em como usar
a monitoria e avaliarão para decisões de gestão adaptável e como usá-la como base para boa uma
boa comunicação será essencial e para uma boa gesta de projecto.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
55
5 Custos e Plano de Implementação
Plano de implementação e custos
Os custos foram orçados por actividade e pela distribuição das actividades por ano. A provisão foi feita
para actividades chave de consulta e de facilitação a serem realizadas por um provedor de serviços
juntamente com as comunidades na secção A da tabela 2 na realização de:
Desenvolvimento de capacidade da comunidade nos anos 1-3;
Plano Estratégico de Desenvolvimento da AC nos anos 1-2;
Plano de Acção para o Desenvolvimento da Comunidade ou a sua actualização nos anos 1-3.
As estimativas na secção B cobrem os custos associados com o risco de necessitarem de conceder
compensação para as restrições no uso dos recursos e para actividades de resolução de conflitos, com
especial atenção nos recursos dos grupos vulneráveis afectados de modo a reduzir o seu sofrimento.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
56
Tabela 2: estimativa de custos por actividade e por ano da implementação
Nível II Apoio sob Mozbio Nível I Apoio sob Mozbio
Actividades
Parque
Nacion
al De
Limpo
po
Parque
Nacional
das
Quirimb
as
Reserv
a
Especi
al De
Maput
o
Reserv
a
Parcial
Da
Ponta
d'Ouro
Parque
Nacion
al De
Bazaru
to
Reserv
a de
Pomen
e
Reserva
de
Marrom
eu +
Coutada
s 10, 11,
12 & 14
Reser
va De
Gile
(ACTF
II):
Reserva
Nacional
de
Chimani
mani
(TFCA
II):Par
que
Nacion
al de
Zinave
(ACTF
II):
Parque
Nacion
al de
Banhin
e
TOTAL
USD
A. Contactos de Fornecedor de serviços + Consultoria
Comunitária
Desenvolvimento da
capacidade
comunitaária
45,000
45,000
45,000
45,000
45,000
45,000
45,000
45,00
0
360,000
Plano de
desenvolvimento
Estratégico das AC
50,000
50,000
50,000
40,000
50,000
50,000
50,000
50,00
0
390,000
Plano de Accção de
Desenvolvimento
comunitário
70,000
70,000
70,000
70,000
70,00
0
350,000
Actualizações de
CDAP
50,000
50,000
40,000
50,000
50,000
50,000 290,000
B. Fornecer apoio minimo para gestão de risco
Compensação para o
uso restrito de recursos
21,000
21,000
10,500
5,250
5,250
5,250
5,250
5,250
2,625
2,625
2,625 86,625
Resolução de Conflitos
18,000
18,000
9,000
9,000
9,000
9,000
9,000
9,000
4,500
4,500
4,500 103,500
TOTAL
184,00
0
204,000
164,50
0
139,25
0
179,25
0
179,25
0
179,250
179,2
50
57,125
57,125
57,125
1,580,12
5
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
57
Nível II Apoio sob Mozbio Nível I Apoio sob Mozbio
Distribuição annual
po AC/Conjunto de
AC
Parque
Nacion
al De
Limpo
po
Parque
Nacional
das
Quirimb
as
Reserv
a
Especi
al De
Maput
o
Reserv
a
Parcial
Da
Ponta
d'Ouro
Parque
Nacion
al De
Bazaru
to
Reserv
a de
Pomen
e
Reserva
de
Marrom
eu +
Coutada
s 10, 11,
12 & 14
Reser
va De
Gile
(ACTF
II):
Reserva
Nacional
de
Chimani
mani
(TFCA
II):Par
que
Nacion
al de
Zinave
(ACTF
II):
Parque
Nacion
al de
Banhin
e
TOTAL
USD
1 46,500
46,500
43,250
37,375
42,375
42,375 42,375
42,37
5
1,188
1,188
1,188
346,688
2 96,500
81,500
93,250 57,375
77,375
77,375 77,375
77,37
5
51,188
51,188
51,188 791,688
3 21,500 56,500
18,250
37,375 52,375 52,375 52,375
52,37
5 1,188
1,188
1,188
346,688
4
6,500 6,500
3,250
2,375
2,375
2,375 2,375
2,375 1,188 1,188
1,188 31,688
5
6,500 6,500
3,250 2,375 2,375
2,375 2,375
2,375
1,188
1,188
1,188
31,688
6
6,500
6,500
3,250
2,375
2,375
2,375
2,375
2,375
1,188
1,188
1,188
31,688
TOTAL
184,00
0
204,000
164,50
0
139,25
0
179,25
0
179,25
0
179,250
179,2
50
57,125
57,125
57,125
1,580,12
5
Os custos estimados podem ser actualizados durante a avaliação
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
58
6 Consulta inter - agencial e do sector público/ONG
O quadro processo tem sido desenvolvido em consulta com os funcionários chave do Banco Mundial e
consultores que desenvolvem o Documento da Avaliação do Projecto de modo a entender a organização
institucional e de implementação do projecto. Cada administrador da AC foi contactado e deu detalhes da
informação solicitada relativa a gestão de planificação, estado da comunidade e envolvimento em projectos
de desenvolvimento, questões chave, desenvolvimento de capacidades, financiamento e agências de
desenvolvimento que trabalham com a AC, e histórico de experiencias de conflitos com a fauna e conflitos
entre as comunidades locais, e como é que essas questões foram abordadas. Embora nem todos
responderam, outros membros do pessoal foram incluídos e foi desenhada uma matriz das suas respostas
para fornecer dados básicos para complementar a informação secundária disponível das ÁCs para a
elaboração do quadro processo.
Foram feitas visitas na Reserva Especial de Maputo e Parque Nacional das Quirimbas onde os
Administradores da AC, a sua equipa de gestão e os responsáveis pelos assuntos comunitários foram
entrevistados. Foram feitas visitas nos projectos comunitários e para ir ao encontro dos Administradores de
Ancuba e Meluco envolvidos no mapeamento integrado e planificação do uso de terra nas ACs de cabo
Delgado. ONGs tais como o Fundo Mundial para a Protecção da Natureza, Associação do Meio-Ambiente,
Amigos da Terra, a Fundação Aga Khan, e o Grupo Técnico de parceiros de PNQ em Pemba. Participantes
chave tais como IDDPF, SPFFB e GPOT foram encontrados em Cabo Delgado para verificar o progresso
na planificação integrada e mapeamento e, assim como na organização comunitária e desempenho em
termos da gestão de recursos.
Na Reserva Especial de Maputo, foi se ao encontro da Administração e dos representantes da Associação
AhiZameniChemucane e, a Fundação Bell foi visitada assim como o projecto comunitário conjunto e as
iniciativas de desenvolvimento comunitário levadas a cabo subordinadas a ACTF II. A Administração do
distrito de Matutuine (Província de Maputo) foi também entrevistada de modo a fornecer detalhes da
relação entre a Reserva e os processos de planificação.
Em Maputo, Foi-se ao encontro dos representantes da Fundação Peace Parks, KfW e LVIA e os mesmos
entrevistados.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
59
Uma apresentação do esboço do quadro processo para consulta e feedback foi feita num encontro com as
partes interessadas (stakeholders) convidadas do Fundo Mundial para Protecção da Natureza (WWF),
Livaningo, IUCN, LUPA e do Banco Mundial juntamente com o coordenador de Mozbio. O feedback
incluía comentários em torno da complexidade da implementação do quadro processo e a necessidade de
um contínuo desenvolvimento de capacidades a nível comunitário para garantir a sua mais integrada e forte
participação na gestão dos recursos naturais e empreendimentos de ecoturismo. Uma sugestão que foque
no desenvolvimento de capacidades numa primeira fase seguida pela implementação dos resultados de –
comunidades organizadas, legalizadas, com conhecimento reforçado antes da implementação de projectos
ou co-gestão.
O esboço do quadro processo foi fornecido aos Especialistas Seniores da Segurança Social do Banco
Mundial para Mozbio, e os sumários executivos em português para os Administradores e parceiros no
PNL, RNC, PNQ e REM, e para consulta e feedback foram incorporados no esboço final (último draft).
Os registos de consultas inter-agenciais e do Sector Pública/ ONG, comunicações e de encontros podem ser
vistos resumidos no quadro abaixo:
Data Pessoas “entidades”
encontradas
Conteúdo das reuniões
Outubro/Novembro
de 2013
Coordenador de Mozbio e
Especialista de
Reassentamento de TTL
Discussão dos termos de referência para a
protecção social levada a cabo em várias
reuniões notando procurações sobre o
escopo relativo a inclusão dos Planos de
Acção de Reassentamento. Resorveu-se
dividir os termos de referência em duas
partes, primeiro em Quadro Processo e
Quadro Político de Reassentamento e dias
mais tarde Planos de Acção de
Reassentamento.
27.11.2013 Serviços Distritais de
Planificação e Infra-
estruturas
- Distrito de Matutuine
As questões discutidas focaram na gestão de
recursos para e da infra-estrutura social na
AC.
27.11.2013
Encontro com o
Organização comunitária, actividades
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
60
Data Pessoas “entidades”
encontradas
Conteúdo das reuniões
Administrativo
Comunitário da Fundação
Peace Parks (Reserva
especial de Maputo)
desenvolvidas com as comunidades e
progresso nas ACs e zona tampão.
27.11.2013
Encontro com a associação
que trabalha com
Chemucane – REM
(encontro informal)
Organização comunitária, benefícios da
iniciativa Chemucane e seu envolvimento.
27.11.2013
Encontro com os oficiais de
ligação comunitária do
PNZ, REM e PNB
Actividades da comunidade e de gestão com
associação em ACs. Detalhes de sucessos e
desafios em cada AC e recolha de dados da
população, fronteiras e experiências com
mapeamento.
28.11.2013
Encontro com Katia Ferrari,
LVIA
Actividades comunitárias e de gestão em
Zinave. Gestão do projecto comunitário de
turismo.
28.11.2013
Serviço da actividade
Económica do Distrito –
Matutuine e o ecologista
(Rodolfo Cumbane,
representante da REM)
Actividades comunitárias e de gestão com
associação em AC e zona tampão.
Organização comunitária, progresso e
ameaças à conservação, envolvimento do
governo local na AC.
29.11.2013
Encontro com African
Safari Lodge – Matutuine
Milibangalala.
Relação entre as comunidades na gestão do
projecto.
02.12.2013
Participantes e alguns
membros da equipa técnica
do WWF, SPFFB,
Administrador e pessoal
comunitário da PNQ.
Actividades Comunitárias de
gestão no PNQ. Histórico da
assistência técnica ao parque para
actividades comunitárias
relacionadas. Novas iniciativas
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
61
Data Pessoas “entidades”
encontradas
Conteúdo das reuniões
para abordar o HWC. Organização
comunitária, progresso e ameaças
à conservação, zoneamento e
envolvimento do governo local.
04.12.2013
Equipa composta por sete
membros da Associação do
Meio
Ambiente, Amigos da
Terra, Pemba
Papel e actividades do PNQ, organização e
capacidade das ONGs na província,
segurança alimentar, criação de CDLs,
advocacia, gestão de recursos naturais,
educação e sensibilização, delimitação e
criação de associações, falta de preparação
comunitária para usar 20%, potencias
conflitos do CCP e CGRN, experiências por
toda a parte do parque e em preparação do
Plano de Maneio. Especial utilidade da
plataforma do parque – COMDEQ- para
todas as partes ineressadas (stakeholders) na
orientação do trabalho colaborativo adiante.
03.12.2013
Administrador do Distrito
de Ancunbe
Relação do PNQ, trabalho colaborativo e
planificação. Papel das e informação sobre
as ONGs no distrito. Criação de
associações, iniciativas comunitárias sobre
conservação e comités de gestão. Sucesso
do PUT como resultado colaborativo. Papel
do COMDEQ para harmonizar planos
relacionados ao PNQ e seu sucesso.
Identificação de números do pessoal no
governo distrital.
03.12.2013 Coordenador de GPOT PDUTs e PUTs da área do PNQ recolhidos.
05.12.2013
Delegado de IDPPE
Actividades no PNQ e a criação e sucesso
dos CCPs. Áreas de conflito e sua resolução
relacionado aos direitos dos pescadores e a
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
62
Data Pessoas “entidades”
encontradas
Conteúdo das reuniões
recepção dos benefícios.
05.12.2013
Secretário Permanente do
Distrito de Meluco
Problemas de conservação no distrito, caça
e queimadas descontroladas. Produtores no
PNQ que cultivam juntos em blocos de
modo a evitar conflitos com animais,
participação no COMDEQ. Informação
sobre a participação de Macomia , onde foi
recentemente postado há um mês atrás.
Envirotrade que trabalha em Macomia em
actividades de conservação. Planos de uso
de terra tanto em Meluco assim como em
Macomia integrados no PNQ.
Fevereiro de 2014
Coordenador de Mozbio e
Chefe da Equipa de Tarefa
e especialista de
reassentamento
Discussão dos termos de referência para a
protecção social ainda com preocupação
sobre o escopo e contracto.
04.04.2014
Chefe da Equipa de Tarefa
e equipa de consulta de
turismo, representantes de
M&A, DNDR/MAE
Briefing sobre as experiências anteriores da
DNDR na gestão e implementação de
pequenos projectos impulsionados pelo
mercado.
07.05.2014
Coordenador de Mozbio
Verificação do progresso do estudo da
componente 4 e outros resultados,
actualizações sobre o quadro processo e
perguntas sobre o quadro de gestão social e
do meio ambiente, questões institucionais
particulares.
08/09.05.14
Consultor da componente 1
Relativo aos canais de financiamento e onde
o apoio ao desenvolvimento social nas
instituições se faria.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
63
Data Pessoas “entidades”
encontradas
Conteúdo das reuniões
20.06.2014 Administradores e
parceiros no PNL, RNC,
RNQ e REM.
O esboço do quadro processo foi fornecido
para fins de consulta e feedback.
20.06.2014
Especialistas Seniores da
Protecção Social do Banco
Mundial – Mozbio.
O esboço do quadro processo foi fornecido
para fins de consulta e o feedback foi
fornecido na última versão.
04.07.2014
Representantes de Fundo
Mundial para a Protecção
da Natureza, Livaningo,
IUCN, LUPA e o Banco
Mundial juntamente com o
Coordenador de Mozbio.
Apresentação do esboço do quadro processo
para fins de consulta e feedback numa
reunião com as partes interessadas
convidadas. O feedback incluía comentários
sobre a complexidade da implementação do
quadro processual e a necessidade de um
contínuo desenvolvimento de capacidades
ao nível comunitário para garantir a sua
mais integrada e forte participação na
gestão de recursos naturais e
empreendimentos de ecoturismo. Uma
sugestão para focalizar no desenvolvimento
de capacidades numa primeira fase seguida
pela implementação dos resultados de –
comunidades organizadas, legalizadas, com
conhecimento reforçado antes da
implementação de projectos ou co-gestão.
Foi enfatizado por um participante que nos
casos em que seja necessário compensação
e reassentamento, se Mozbio não estiver a
financiar, então é de modo legal
responsabilidade do governo.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
64
Os processos participativos fornecem a ligação chave para a articulação da protecção social e
políticas de desenvolvimento social entre o governo, comunidades afectadas e outras partes chave
interessadas, e o Banco Mundial.
7 Apêndices
7.1 A. Lista de Referências
Aid Memoire TFCATDP, June 2011
Aid Memoire TFCATDP, November 2011
Aid Memoire, Implementation support mission, May 2012
Constituição de Moçambique, 2004
Final Evaluation, draft, TFCATDP, 2014 - MITUR
Lei de Terras, Lei número 19/97de 1 de Outubro
Planificação orçamental de reassentamento, Junho de 2012 - PNL
Plano de maneio da Área de Conservação de Chimanimani, 2010 -MITUR
Plano de Maneio da Reserva marinha Parcial da ponta de Ouro, 2011 – MITUR
Plano de Maneio da Reserva Nacional de Maputo, 2009 – MITUR
Plano de Maneio do complexo de Marromeu, 2010
Plano de maneio do desenvolvimento da zona tampão do Parque Nacional de
Limpopo, 2010 – MITUR
Plano de Maneio do Parque Nacional das Quirimbas, 2011
Plano de Maneio do Parque Nacional de Banhine, 2010 – MITUR
Plano de Maneio do Parque Nacional de Limpopo, 2010 – MITUR
Plano de Maneio do Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto – 2009 – MITUR
Plano de Maneio do Parque Nacional do Zinave, 2011 – MITUR
Plano de Maneio Reserva de Gilé, 2003 - MITUR
Plano Estratégico do Distrito de Matutuine, 2010 – Governo do Distrito de Matutuine
Política de Conservação e Estratégia de sua Implementação, Resolução número
63/2009 de 2 de Novembro
Política de Ordenamento Territorial, 10 de Abril de 2007
Política e Estratégia de Desenvolvimento de Florestas e fauna Bravia, Resolução 8/97 de 1 de Abril
Regulamento da Lei de Ordenamento do Território. Decreto 23/2008 de 1 de Junho
Regulamento da Lei de Terras. Decreto 66/98
Regulamento de Pareceria Público Privado e Concessões Empresariais de Pequena
Dimensão. Decreto 69/2013
Relatório anual época venatória 2010 – Nhati Safaris, Lda. Coutada oficial número 14
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
65
Relatório anual época venatória 2010, coutada oficial número 10. Bahati Lda
Relatório anual época venatória 2010, coutada oficial número 11. PROMOTUR
Relatório final do mapeamento das comunidades do Parque Nacional de Zinave, 2011
Sofala Community Carbon Project, Project Design DocumentAccording to CCB and Plan Vivo Standards.
Envirotrade, August 2010.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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7.2 B. Processo de Plano de acção do Desenvolvimento Comunitário
Questão Ferramenta de rastrei Quando é necessário um
PDC? Como indentificar PAPs Que informação é necessária? Planeamento de Acção Participatória
Descrição
Plano de Gestão da AC, Processo de
planificação do
Desenvolvimento
estratégico
ESIA para actividades
especificas
- ,
-
, -
Restrição total ou parcial de
uso de recursos para
sustento
-Restrição parcial no uso de
recursos para subscistência,
- Restrição parcial ao
acesso a património cultural
ou social,
- Perda parcial de recursos
de sustento.
,
Bases de estudos
socioeconomicos dentro
e for a da AC – avalição
da participação rural +
dados quantitativos de
estudos aéreos sobre o
uso da terra para medir
as mudanças, monitorar
relatórios sobre caça e
HWC e extração ilegal
de recursos naturais.
A avaliçaão deve ganhar um bom entendimento de pelo menos:
• Mapeamento de locis de recursos naturais usado (época, volume, carência,
distância, dentro ou fora da AC, quem colhe, prepara, e se beneficia) • Niveis de dependencia em recursos natuarais assim como a fragilidade de seu uso . • Organizações comunitárias actuais ou usuais para gerir recursos naturais (aquaticos, terrestes, florestais, da selva) • Força e Influência da liderança tradicional • Posição socioeconomic da juventude, mulheres e velhos ou deficientes (envolvimento em iniciativas, fonts de renda, liderança ou potencial corporativo)
• Sistemas existentes de poupanças e crédito (usulmente, em espécie assim como em dinheiro
• Expriência anterior com mudança comunitária / desenvolvimento de iniciativas – endógenos vs.
exogenos
• Funcionalidade e efectividade dos tribunais comunitários • Fontes confiaveis de informação preferidas e canais preferidos para para fazer denunciias • Histórico de participaçãoem iniciativas de desenvolvimento comunitário
e de economia local, capacidades desenvolvidas e grupos alvo. • Habilidades existente na comunidade, niveis de educação (homens e mulheres), experiência de trabalho, aspirações
Oportunidade de comunicar, Critério de eligibilidade, papeis potenciais
Responsabilidades para todos os PAPs. Assistência para identificar actividades existentes
Para apoiar, ou novas a serem propostas
. Identificar, asseçar a possibilidade e
Priorizar juntamente com a comunidade Para produzir uma acção orientada de mapa
De Estrada para o desenvolvimento comunitário
E oportunidades de conservação.
Responsável Gestão da AC CA Management Oficial de ligação com
a Comunidade da AC + Fornecedor de
Serviços contatado
Oficial de ligação com a Comunidade da AC + Fornecedor de serviços contatado Oficial de ligação com a Comunidade da AC+
Fornecedor de serviços contatado
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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7.3 C.Identificação de Partes Interessadas e Pessoas afectadas pelo Projecto
Estima-se que o total da população que usa recursos nas oito Áreas de conservação seleccionadas e grupos
de coutadas e reservas florestais a cerca de dois destes é de aproximadamente 167,020. As estimativas da
população nas nove Áreas de Conservação e grupos de Áreas de Conservação podem ser vistas abaixo:
As principais partes interessadas são as comunidades rurais no seu todo ou em parte afectadas pela
implementação das actividades de Mozbio e que são as consideradas altamente importantes para os
resultados do projecto mas que ainda têm pouca influência efectiva sobre esta questão. Elas são o principal
foco social dos planos de gestão de Áreas de conservação, CAPs correntes, planos estratégicos para o
desenvolvimento do Distrito, os planos de uso de terra que cobrem as Áreas de Conservação assim como
as propostas do sub-projecto para o desenvolvimento comunitário nas zonas de tampão e áreas de múltiplo
uso a serem financiadas sob a componente 4 do projecto de Mozbio. Partes Interessadas secundárias e
externas tais como departamentos do governo, agências financeiras, intermediários, agentes do sector
privado e ONGs todos têm grande influência sobre os resultados do projecto, e sobre o qual os principais
interessados perderão ou ganharão como resultado dos componentes de planificação e implementação do
projecto. Mozbio apoiará os interessados secundários para acrescer a participação do principal interessado
na gestão dos recursos naturais e conservação e em alcançar os benefícios e a partir disto actividades de
turismo.
Comunidades
Ao nível comunitário, em quase todas as comunidades residentes nas Áreas de Conservação há um
histórico de relações à terra e outros recursos naturais que em muitos lugares definem as suas identidades e
45,308 15,123 152,120 28,949 152,324
(reserva Especial de maputo e Reserva parcial Marinha De Ponta de Ouro; Parque nacional das Quirimbas; Parque Nacional de Limpopo; RNM e quatro Coutadas vizinhas; Paqrque Nacional do Arquipelago De Bazaruto e Reserva Nacional de Pomene; Reserva Nacional de Gilé; Reserva de Chimanimani; Parque Nacional de Zinave e Banhine)
Área do Distrito na AC
(km2) (Fonte: GIS)
Estimativa da População na
AC
Estimativa de Familias na AC
Estimativa da População nas Zonas-Tampão
Área da zona Tampão (km2)
Nome da área de Conservação
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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isto tem sido forte o suficiente para faze-las voltar a estas áreas depois da assinatura da paz da guerra civil
em 1992.
A liderança tradicional em todas as áreas integra-se num sistema complexo de influência que também
inclui implementadores da gestão de Áreas de Conservação, autoridades governamentais locais e líderes de
partidos políticos. A relação entre os líderes territoriais (regulos, muenes), seus subordinados e a estrutura
do governo local, secretários de partidos políticos e presidentes da vila vária de localidade para localidade.
Todos os grupos étnicos nas Áreas de Conservação do sul e centro são patrilineares (Ronga, Changana,
Matswa, Ndau, Nsenga and Shona), oferecendo pouca autonomia sancionada às mulheres. No norte, o
grupo islâmico Yao e Macua dão mais direitos às mulheres através da sua herança matrilinear e sistemas
de direito de propriedade e casamento matrilocal e disposições de residências. Líderes locais de influência
incluindo professores, líderes de grupos de interesse, profissionais comunitários de saúde e agentes locais
devem ser consultados durante os processos de planificação. As mulheres devem ser consultadas como um
grupo social com necessidades particulares e áreas de influência mas com limitações da expressão pública.
Quase nenhum serviço de saúde, poucas escolas, e meios de comunicação pública limitada existe nas áreas
de Conservação e mais de aproximadamente 70% das pessoas vivendo nas áreas de Conservação são
analfabetas. Algumas Áreas de Conservação têm linhas férreas e linhas de electricidade e que servem
outras pessoas que vivem fora destas áreas. Em comum com muitas ds áreas rurais mais pobres, a saúde
pública e o estado de nutrição é pobre, longetividade baixa (aproximadamente <38 anos) e a taxa de
mortalidade abaixo dos cinco anos é supostamente alta, especialmente em áreas muito áridas, onde as
pessoas frequentemente sofrem as consequências de secas cíclicas. Há poucas infra-estruturas comerciais e
transporte público nas Áreas de Conservação.
Em muitas ACs as pessoas ainda dependem da combinação de trocas de géneros e esforço de comunidades
locais para participar na economia monetária. O rendimento familiar é baixo, por exemplo, o valor para
todos os produtos incluindo agricultura e pecuária tem sido calculado no Parque Nacional de Zinave em
cerca de 79 dólares por família por ano1 e no PNL aproximadamente 85 dólares por mês e o valor directo
total da exploração dos animais selvagens na Reserva Nacional de Gilé foi estimado em cerca de 52
dólares por família por ano2. Comunidades e particularmente os grupos mais vulneráveis às mudanças em
uso de recursos tais como os idosos, mulheres, órfãos e famílias com muitas dependências terão mérito a
especial atenção durante a conservação e planificação do desenvolvimento.
O perfil de factores relacionados à subsistências que caracterizam comunidades que vivem nas
ACs podem ser vistas no apêndice K.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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O isolamento e fraco acesso às várias ACs faz com que as comunidades dependam dos recursos naturais
nas quais elas baseiam a sua subsistência e a relação é cimentada por rituais para manter tal continuidade.
Dependência nas plantas medicinais e profissionais de medicina tradicional é igualmente valorizada devido
a falta de estabelecimentos hospitalares nas ACs e nas Zonas de Tampão. Apesar destas dependências, o
controle da gestão tradicional do acesso e uso de recursos naturais tais como florestas e massas de água são
apenas ainda usados em alguns lugares específicos, e muitos destes têm sofrido erosão devido a rupturas
sociais e culturais durante muitas décadas.
No seu todo, os recursos naturais em muitas ACs (expeto nas áreas áridas de Limpompo (PNL), Banhine
(PNB) e Zinave (PNZ) parques nacionais e áreas costeiras e marinhas do arquipélago de Bazaruto), ainda
não foram ameaçados pela sobre-exploração pelos usuários consuetudinários, residentes de fora das ACs.
Onde a terra é tão marginal para de forma sustentável suportar subscistencia baseada na pecuária e
agricultura no PNL, PNB e PNZ ou o mar tem sofrido sobre pescas a volta do Arquipelado de Bazaruto
(PNAB) (e algumas partes das áreas marinhas do PNQ, usuários tradicionais locais são muito mais
motivados à proteger os insuficientes resíduos de uso pelas pessoas alheias.
A redução da fauna bravia é devido à caça furtiva e caça para fins comerciais e extracção significante de
minerais – a maior parte disto levada a cabo por não residentes das ACs e tem causado a mobilização das
forças militares juntamente com os guardas florestais (caça furtiva no PNL, PNQ, reserva Nacional Niassa
(RNN) e mineração de ouro em Chimanimani RNC) isto tem no geral tendido a gerar terríveis
desconfianças das autoridades pelas comunidades que são implicadas por estas forças, de colaborarem com
a caça furtiva. Onde a produção do carvão e corte de Madeira pela comunidade ligou-se a mercados
exigentes dentro e a volta das Acs próximo dos centros urbanos tais como Maputo por exemplo, há uma
ameaça séria à recursos florestais e aos bosques. O acesso da comunidade a água de qualidade é muito
pobre por toda a parte das ACs. Com frequência a comunidade e o seu gado devem partilhar da mesma
fonte de água da superfície.
A REM, PNL, PNQ, RNN e ocasionalmente, PNZ e Banhine têm populações de elefantes assim como
outros animais (hipopótamo, crocodilos, porcos do mato, babuínos e outros macacos etc.) que causam
conflitos com as comunidades locais devido a destruição das plantações e ocasionalmente a ameaça à vida
das pessoas. Em quase todos os casos as comunidades procuram soluções na gestão da AC e no pessoal de
silvicultura e fauna bravia dependendo de se eles são ou não residentes nas ACs. Em quase todos os casos
as soluções envolvem preferências da comunidade para continuar a praticar a agricultura e ocupação
permanente da terra ao em vez de moverem-se para outra área. Contudo, dentro e em volta do PNQ por
exemplo, comunidades são encorajadas pelo PNQ a abandonarem muitos dos seus campos isolados para
juntarem os campos conjuntamente em blocos onde a vigilância é mais fácil e mais efectiva.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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As restrições estabelecidas pelas administrações da AC e governos locais sobre as queimadas
descontroladas de vegetação, e sobre o uso dos recursos naturais nas ACs têm também causado fricção
entre as comunidades e gestão de AC.
As acções tomadas para promover conservação através de mapeamento, regulamentos de uso de recursos
naturais por unidade de gestão dividida em zonas, e os esforços para compensar por perda das
comunidades de acesso foram iniciados nas Áreas de Conservação Transfronteiriças visadas na fase II
assim como em muitas outras ACs durante os últimos cinco anos. De modo a projectar as principais áreas
do reassentamento voluntário nas ACTFs, foi recomendado nos planos de gestão no PNZ, PNB e RNC e
foi iniciado no PNL. O reassentamento no PNL foi planificado e implementado pela KfW que seguiu a
política operacional do Banco 4.12. A restrição de subsistência das comunidades assentadas e
oportunidade de desenvolvimento são fracas devido à duras crescentes condições agrícolas e do pecuária
(precipitação, capital social e económico, cooperação comunitária e habilidades de gestão, infra-estruturas
e fraco acesso aos mercados de produtos). As comunidades já reassentadas e as restantes comunidades
devido ao facto de serem reassentadas nas zonas de tampão do PNL, podem ser elegíveis para apoio
através de Mozbio.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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7.4 D. Organizações comunitárias existentes até à data
Muitas comunidades nas ACTF II tornaram-se envolvidas na criação de mecanismos para facilitar a co-
gestão junto com a autoridade da AC para garantir acesso para negociar, definir e garantir uma partilha
justa das funções de gestão, direitos e responsabilidades. Incluem a) fora comunitário informal, b) Comités
de Co-gestão formalmente constituídos (CGEPs) na prática estes são Comités de Gestão de Recursos
Naturais (CGRN) e ao longo da costa, Comités de Co-gestão de Pescadores artesanais (CCP) e c)
organizações comunitárias legalmente registadas que podem fazer contractos e acordos com o sector
privado.
A necessidade de canalizar 20% da renda da AC para a comunidade para compensar perdas de uso de
recursos naturais nas ACs encorajou a criação de Fora e CGRN. Os pagamentos poderiam ser feitos
somente para contas bancárias no nome duma comunidade, que têm com alguma dificuldade, sido
alcançados no CGRN de alto nível em todos os ACs.
Uma ferramenta chave para envolver as comunidades em parcerias legais nas zonas de tampão tem sido o
processo de delimitação de terras da comunidade para que elas possam ser usadas como bases para
legalização das comunidades. Representantes legalizados das comunidades podem entrar em acordo com
os parceiros para co-gestão, co-propriedade, iniciativas de desenvolvimento e partilha de benefícios.
De modo que as comunidades possam ser capazes de fazer propostas de negócio sustentável com o sector
privado o Fundo Comunitário para Empreendimento (CEF) foi desenvolvido para financiar doações para
actividades de pequena escala e também para financiar acções da comunidade em acordos baseados em
equidade. Associações comunitárias, geralmente criadas e legalizada seguindo a delimitação da área
territorial da sua comunidade têm sido capazes de alavancar o financiamento para equidade de modo a
garantir arranjos de parcerias com sector privado, especialmente empreendimentos conjuntos.
As comunidades vivendo em muitas das ACs no país têm alguma experiência de gestão de recursos
naturais através de comités. A gestão da AC trabalhou com as comunidades nos processos de mapeamento
participativo e planos de gestão do desenvolvimento e CAPs para encorajar as comunidades a assumirem
as actividades de melhoria de subsistências nas zonas de tampão e fora das ACs. Nos Libombos, Limpopo
e ACTFs de Chimanimani, agentes comunitários contratados (PPF, AWF, Fundação MICAIA e LVIA)
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
72
organizaram o desenvolvimento de capacidade das comunidades para criar estruturas para facilitar o
desenvolvimento do turismo e conservação através de parcerias de empreendimento conjunto com
parceiros do sector privado ou directamente. As Comunidades nas zonas de tampão da AC foram visadas.
Agentes comunitários foram de diversas maneiras sucedidos na facilitação de parcerias comunitárias para
o turismo e recursos naturais baseados em projectos economicamente produtivos que beneficiariam as
comunidades locais como uma compensação para perda de excesso de recursos naturais. Eco-
acampamentos e lodges nas zonas de tampão de todas as três ACTFs foram financiados através de CEF
mas foram de modo variável sucedidos como negócios – muito mais devido ao contínuo isolamento das
ACTFs e ao baixo número de visitantes que podiam assegurar níveis de renda viáveis. Outras iniciativas
comunitárias de produção de mel, produtos artesanais e serviços eram também dependentes dos mercados
locais baseados nos visitantes aos empreendimentos de turismo das ACs. Era evidente que o turismo
baseado em costas e marinhas é ainda a principal atracão em Moçambique e é onde há mais potencial para
mais empreendimentos sustentáveis.
No PNQ e PNAB em particular, onde o turismo e uma forte base local de práticas de gestão
tradicional, especialmente com pescarias, fornecem uma terra fértil para o desenvolvimento da
capacidade comunitária, Comités de Co-gestão de Pescas têm sido de modo significante envolvidos
na gestão dos recursos naturais e projectos de pequenos investimentos.
Eco-acampamentos em chimanimani foram desenvolvidos através de empreendimentos conjuntos da
comunidade com a equidade financiada da ACTF II (acampamento de Ndzou é um empreendimento
conjunto entre EcoMICAIA Ltd e a Associação Kubatana Moribane e acampamento Binga e centro de
actividades em parceria com a Associação Comunitária Nhyabawa), e o desenvolvimento do lodge na
REM (Chemucane) e ACTF de Limpopo (Covane).
De interesse para o futuro são os resultados positivos do plano Vivo de projectos comunitários de carbono
implementados pelas comunidades e a empresa do sector privado Envirotrade numa fase piloto numa das
duas coutadas do grupo de ACs de Marromeu. Estes resultados revelam uma necessidade para uma grande
partilha de experiências e expansão das actividades em outras zonas de tampão, se os mercados
internacionais continuarem favoráveis.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
73
O nível de entendimento do uso de recursos e direitos de acesso dentro das áreas marinhas e costeiras do
PNAB é melhor que o de muitas outras ACs já que a co-gestão foi iniciada em Moçambique nesta área. Ao
redor do PNAB e PNQ os pescadores têm mostrado suas capacidades para reduzir a sua actividade
pesqueira ao redor dos locais de turismo e uma disposição para confiar no turismo para diversificar as
oportunidades económicas. Hoje contudo, competição aguda para uso dos escassos recursos tem forçado as
pessoas a desprezarem muitos regulamentos de uso de recursos. No sul, na Reserva Marinha Parcial da
Ponta de Ouro o conhecimento ainda é baixo e os direitos e responsabilidades continuam não claros já que
muitas agências ignoram o novo plano de gestão da AC. Onde o turismo e outros investidores estão a
forçar os pescadores a concentrar as suas actividades em áreas cada vez mais pequenas os conflitos são
mais fáceis de surgir. A criação de reservas para ajudar a aumentar a população de pescado tem sido
levada a cabo com sucesso com a colaboração da comunidade no PNQ.
Recursos de desenvolvimento tais como acesso ao crédito e formação em matéria de negócio para os
pescadores3 e usuários de recursos naturais baseados na terra devem ser buscados assim como alocar mais
ênfase no estudo de cadeias de valores e oportunidades para o apoio estratégico ao desenvolvimento do
mercado para melhor garantir empreendimentos económicos e ambientalmente sustentáveis. A principal
fraqueza de co-gestão de pescas e recursos naturais terrestres é a de comunicação e entendimento uniforme
dos valores de conservação e estratégias de desenvolvimento que encorajam a saúde a mais longo prazo da
pesca artesanal e outros serviços de recursos naturais.
Até agora, operadores de safari de caça têm sido responsáveis por infra-estruturas e protecção nos blocos
de caça da AC. A gestão das áreas de caça na zona de tampão na RNN é partilhada entre a gestão da AC e
concessionários, e ocasionalmente uma parceria da associação comunitária.
Operadores com contractos de concessão do MITUR nas coutadas 9 e 13 têm de facto usado os planos de
mapeamento para gerir a presença de pessoas nas coutadas, para criar uma área fulcral para caça e uso de
multi-recursos, áreas onde o desenvolvimento comunitário e actividades de conservação podem ser
promovidos. Estes operadores têm feito acordos formais e têm prestado os seus compromissos com o
resultado de que as suas relações com as comunidades são colaborativas.
O Complexo de Marromeu inclui um principal PA, três coutadas, duas reservas florestais, uma zona de
desenvolvimento que inclui um município e uma zona de tampão que são todos incluídos no Plano de
Gestão da AC. O plano tem foco nos benefícios de uma área espacial larga da Zona húmida de Ramsar no
Delta do Zambeze às fronteiras com o PNG no sul. Aponta para as sinergias e compromissos
administrados no desenvolvimento comunitário e conservação do grupo de ACs.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
74
E. Potencial Critério, Mecanismos de Gestão e Mitigação
Pessoas Afectadas pelo Projecto Tipo de Impacto Mecanismo de Gestão Potênciais Actividades de Mitigação Pessoas que vivem dentro
Das ACs
Restrição total ou
parcial de uso de
Recursos para
sustento.
Plano de gestão da AC, Plano de Desenvolvimento
Estratégico da AC
Plano de Acção para o
Desenvolvimento
ComunitárioDevelopm
ento
Co-gestão da AC, gestão do emprego pela AC Formação de entidades comunitárias legais, Capacitação da comunidade, parceria com o sector privado para o eco turismo, outras parcerias públicas e Privadas, cossessões turísticas. Agricultura de Consrvação, uso sustentável de recursos naturais, Conservação de species ou árvores indígenas, como Parte da gestão florestal sustentável.
Pessoas que vivem fora das
ACs mas que usam
os recursos
Dentro da AC para seu
sustento
Restrição parcial de
uso de
Recursos para
sustento.
Plano de gestão da AC,
,
Plano de Acção para o
Desenvolvimento
ComunitárioDevelopm
ento
Formação de entidades comunitárias legais, Capacitação das comunidades para o negócio e , Parcerias com o sector privado para o eco turismo, e Outras parcerias públicas e privadas para a cossessão turística. Identificaçao de alternativas de uso de recursos, actividades SMME secundárias, Pousadas comunitárias, areas de conservação comunitárias, Fotografias e experiências turísticas culturais.
Pessoas que vivem fora das ACs
Mas que participam em grupos sociais
com patrimonio social e cultural
Dentro da AC qual Requer observação de Retuais obrigatórios
Restrição parcial ao
acesso de
património cultural
ou social
Plano de gestão da AC,
Plano de Desenvolvimento
Estratégico da AC
Plano de Acção para o
Desenvolvimento
ComunitárioDevelopme
nto
.
Planificação para garantir o acesso seguro e a realização de rituais necessário, proteção das paisagens, respeito pelos Valores culturais.
Pessoas que vivem fora das
ACs que estão envolvidas
tornar as suas áreas em
ACs parciais para fins
turisticos
Restrição parcial de
uso de
Recursos para
sustento.
Plano de gestão da AC,
Plano de Desenvolvimento
Estratégico da AC
Plano de Acção para o
Desenvolvimento
ComunitárioDevelopme
nto
Formação de entidades comunitárias legais, Capacitação da comunidade, parceria com o sector
privado para o eco turismo, outras parcerias públicas consessão turística. Identificação de alternativas de uso dos recusros, conservação de espécies e árvores Indígenas como parte da gestão sutentável das florestas , identificação dos direitos do uso dos recursos, actividades SMME secundárias, pousadas comunitárias, Fotografias e experiências turísticas culturais.
Pessoas que vivem fora das ACs
Que podem se sujeitar ao influxo
De usuários de recursos locais
Restritos ao acesso aos mesmos na AC para procurar Beneficios das actividades de desenvolvimento
Restrição parcial de
uso de
Recursos para
sustento.
Plano de Desenvolvimento Estratégico
da AC
Plano de Acção para o
Desenvolvimento
ComunitárioDevelopment
o Plano estratégico de
Desenvolvimento do Districto
.
Formação de entidades comunitárias legais, Capacitação da comunidade, parceria com o sector privado para o eco-turismo e , outras parcerias públicas consessão turística. Identificação de alternativas de uso dos recusros, conservação de espécies e árvores Indígenas como parte da gestão sutentável das florestas
, identificação dos direitos do uso dos recursos, actividades SMME secundárias, pousadas comunitárias, Fotografias e experiências turísticas culturais.
Pessoas que sofrem danos ou Perda de propriedade como resultado De actividades selvagens dentro e fora das ACs
Perda parcial de recursos De sustento
Plano de gestão da AC, Plano
de Desenvolvimento
Estratégico da AC
Plano de Acção para o
Desenvolvimento ComunitárioDevelopment
o
Plans, Strategic District Development Plans.
Participar no macro e micro zoneamento, desenvolvimento de plano de gestão dos recursos locais. Integração de medidas de consiencialização e proteção Em modos de subsistência sustentáveis.
Illicit or unsustainable users of natural resources in CAs
Partial restriction on resource use for livelihoods
CA Management Plan. Community involvement in resource management and use and capacity development of community courts to redress local issues.
Ciritério de elegibilidade de
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
75
7.5 F. Responsabilidades Institucionais
A nível nacional os Ministérios de Turismo (MITUR), Agricultura (MINAG), Meio Ambiente (MICOA),
Pescas (MP) Obras Publicas e Habitação (MOPH) e Planificação e Desenvolvimento (MPD) são os
principais sectores envolvidos na tomada de decisão e implementação de MozBio. O Ministério da Cultura
e certos municípios podem ser envolvidos dependendo da escolha do local do projecto.
A Direcção nacional de Planificação subordinada ao Ministério de Planificação e Desenvolvimento e
quatro instituições subordinadas ao MICOA estão envolvidas no desenvolvimento e implementação de
planos de desenvolvimento integrado: a Direcção Nacional para o Planeamento territorial
(DINAPOT/MICOA), Direcção Nacional para a Gestão do Meio ambiente (DNGA/MICOA) e Centro para
o Desenvolvimento Sustentável – Zona Costeira (CDS-ZC/MICOA), baseadas em Xai-Xai. A Direcção
Nacional de Avaliação do Impacto Ambiental (DNAIA/MICOA) também desempenha um papel
importante por meio da sua responsabilidade para licença ambiental.
O MITUR é responsável pelo desenvolvimento do turismo em todas as ACs. a Unidade de ACTF/MozBio
na DNAC como agência líder para a implantação de Mozbio será substituída pela ANAC logo que essas
responsabilidades sociais forem formalmente transferidas, facilitando o processo com parceiros de
implementação envolvidos em cada componente (MICOA, MINAG, Pescas e a Direcção Nacional de
Águas – DNA?MOPH) tomando liderança considerando a política de conservação e regulamento com
respeito aos aspectos do turismo e de conservação do plano integrado a nível nacional. ANAC terá uma
equipa de Pontos Focais Sócias e Ambientais (sigla inglesa SEEP) composta por duas pessoas numa
Unidade de Segurança Social e Ambiental para orientar e liderar a gestão da reparação das injustiças,
licença ambiental, desenvolvimento e implementação de planos de Desenvolvimento Estratégico para
Áreas de Conservação e Planos de Acção para o Desenvolvimento Comunitário e M&A relacionadas a
Projecto relevante (Veja os Termos de Referência para o Ponto Focal Social no Apêndice J).
A Direcção Nacional do turismo (DINATUR) será responsável por garantir que a planificação e
desenvolvimento do turismo sejam integrados em outras agendas sectoriais ao nível provincial, distrital e
local. ONGs e sector privado serão engajados como provedores de serviços sob a supervisão da Unidade
Mozbio e ANAC, para actividades tais como mobilização da comunidade, sensibilização sobre a melhoria
das aptidões profissionais. Além da base integrada para planos de gestão da AC (responsabilidade do
MITUR) e Planos de Desenvolvimento do Distrito (responsabilidade de MPD) sendo Planificação de Uso
de Terra do Distrito (responsabilidade do MICOA), zonas de tampão e áreas de múltiplo uso ANAC
através da gestão das fronteiras da AC em coordenação com SPFFB (DPA) e o sector de Pescas serão
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
76
responsáveis pela conservação e gestão comunitária sustentável da terra e recursos naturais irá liderar um
processo integrado ao encontro do desenvolvimento de subsistências da comunidade.
A nível provincial a DPPF e DPCA serão responsáveis pela política e aspectos regulamentares de licença,
implementação do plano e DPCA irá coordenar o desenvolvimento de aspectos do meio ambiente da
gestão e implementação de planos dentro da província com as designadas ACs apontadas para o apoio da
Mozbio. DIPTUR, a direcção provincial de turismo facilitará o desenvolvimento e implementação de
políticas da AC e aspectos regulamentares em coordenação com DPA e DPCA. A DPA é responsável pela
delimitação e demarcação do uso de terra (SPGC), e gestão sustentável dos recursos fora das ACs
(SPFFB).
Cada AC e grupo de ACs serão dados no futuro a responsabilidade de Gestão de Fronteiras de Áreas de
Conservação integrada (CGAC) superintendido pela ANAC. Estas fronteiras serão responsáveis pela
implementação de Mozbio ao nível da AC e grupo da AC nomeando um Coordenador para este propósito.
Até a estabilização das fronteiras, DPTUR iniciará e sustentará a planificação e os processos de
implementação nas ACs e facilitará o estabelecimento e operação de um Fórum provincial de
Desenvolvimento de Turismo. O coordenador da DPTUR relatará ao Coordenador de Mozbio na Unidade
Mozbio e trabalhará de perto com uma equipa técnica provincial proveniente da DPTUR, DPCA e DPA
(SPFFB e SPGC) para desenvolver capacidades a nível distrital, segurar a participação das partes
interessadas, e apoiar a supervisão da gestão das Fronteiras da AC da formulação e implementação de
CDAP.
A nível distrital, os governos distritais irão participar nas e coordenar com a nova gestão das fronteiras da
AC. Cada gestão da Fronteira irá coordenar seus membros para monitoria, regulamentação e supervisão da
preparação de CDAP e garantir coerência com os planos de gestão e de desenvolvimento estratégico da
AC, o processo de planificação do distrito e resultados. Com apoio da ANAC a equipa técnica de SEFP,
uma equipa técnica identificada pela Gestão da Fronteira da AC irá preparar e actualizar CDAPs. Membros
da equipa podem ser personalidades ligadas à comunidade ou contratados e, nas áreas costeiras deviam ter
em conta o concelho do Centro de Desenvolvimento Sustentável – zona Costeira (CDS-ZC) e zonas
interiores do Centro de Desenvolvimento Sustentável dos Recursos Naturais (CDS-RN). A equipa será
supervisionada pelo Administrador da AC e pessoal técnico de SEFP durante todo o trabalho. A
capacidade será desenvolvida durante o projecto para formular CDAPs integrados, monitorar, avaliar e
actualizar, regularizar a implementação, relatar ao Administrador da AC e informar o Administrador do
Distrito e o Governo provincial, e para estabilizar a Informação de Desenvolvimento e Centros de
Coordenação.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
77
Em conformidade com os princípios nacionais de descentralização é provável que as propostas dos
subprojectos baseados na demanda apresentados para financiamento possam ser geridos via sector privado
e parcerias comunitárias ou arranjos de co-gestão com o sector público. As propostas serão aplicadas,
avaliadas, supervisionadas e feitas a monitoria pelas agências designadas ou contratadas e o financiamento
será canalizado a partir do Fundo de Biodiversidade.
A nível local, dentro e ao redor de cada Ac, CGRN (COGEP) constituído de acordo com os regulamentos
de silvicultura e fauna bravia trabalhará em paralelo com o Comité de Co-gestão de pesca (CCG) a níveis
do Distrito, Posto administrativo e da Localidade para coordenar e representar os interesses de CCP
costeira, e conselhos das vilas do interior e comités da comunidade, sendo os principais fora consultivos
nas quais os planos para actividades nas zonas de tampão e de múltiplo uso serão desenvolvidos. Nas ACs
prioritárias e/ou zonas tampão, estas instituições serão forçadas a facilitar o planeamento do
desenvolvimento comunitário local e a monitorar e supervisionar os subprojectos.
Agentes comunitários ou consultores especialistas podem ser contratados para lidar com dadas tarefas do
Plano de Acção tais como desenho de subprojectos e desenvolvimento. Os comités de co-gestão serão
apoiados nas áreas costeiras e marinhas por meio das instituições do sector pesqueiro e nas zonas interiores
por meio da instituição de gestão da AC. Numa vez que eles operam a todos os níveis do governo e são
amplamente inclusivos de todos as partes interessadas relevantes nas áreas costeiras e interiores, eles são o
fora ideal para a conservação e planificação do desenvolvimento integrado. Os comités de co-gestão
coordenam com e mandam representantes para as reuniões do Conselho Consultivo para a planificação do
desenvolvimento do distrito para garantir que as suas prioridades são ouvidas e os planos de acção são
levados em conta. Os comités de co-gestão serão o fórum chave para a ligação das questões da
comunidade, incluindo injustiça com o governo local através de Conselhos Consultivos da Localidade de
Baixo nível directo para o distrito e governos provinciais (DPTUR) à Unidade de Mozbio.
Recomenda-se que para a implementação da Mozbio, e subsequentemente de modo a manter o papel da
gestão da AC, que o pessoal de ligação a comunidade sege empregada por cada AC para atender ao
processo de desenvolvimento de Planos de Desenvolvimento Estratégico e os Planos de Acção do
Desenvolvimento Comunitário e sua implementação. Esta posição necessitará de ser replicada na ANAC e
o Fundo de Biodiversidade para supervisionar e coordenar acções e financiamento ao nível da AC.
Os comités de co-gestão deviam continuar a ser treinados e apoiados pelas ONGs.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
78
7.6 G. Dados disponíveis de pessoas dentro das ACs.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
79
Área do Districto na AC
(km2) (Fopnte: GIS)
Area da zona Tampão (km2)
Massingir 3,285 4,200 840 -
Chicualacuala 6,752 485 60 1,168
Mabalane 744 632 120 962
SUB-TOTAL 10,781 2,349 5,317 1,020 2,130 Chigubo Chicualacuala Mabalane
SUB-TOTAL 6,433 2,696 74 6,365 Inhambane Govuro Inhambane Mabote Gaza Massangena
SUB-TOTAL 5,507 5,485 302 6,079 Reserva de Maputo Maputo Matutuine 890
Corridor Futi + Sanctuário Matutuine, 30
Maputo Matutuine, Maputo City Kanyaka
SUB-TOTAL AGLOMERAÇÃO 1,598 5,000 1,000 3,000
Reserva de Chimanimani
Manica Sussundenga 656 2,300 2,470 494 30,928
SUB-TOTAL 656 2,300 2,470 494 30,928
Meluco 2,985 1,284 20,767 4,153 3,476 Pemba-Metuge 386 589 2,202 440 Ancuabe 1,086 919 6,742 1,348 26,069 Macomia 1,265 920 13,784 2,757 23,827 Ibo 68 - 10,415 2,083 - Montepuez 10 700 - - 4,989 Quissanga 2,094 48 41,452 8,290 1,855 Mar 1,119 1185
SUB-TOTAL 6,028 5916 95,362 19,072 71,823 Vilanculos 28 1,300 260 Inhassoro 100 2,200 440 Mar 1,337 - -
SUB-TOTAL 1,466 3500 700 Reserva de Pomene
Inhambane Massinga 200 514 103
SUB-TOTAL AGLOMERAÇÃO 1,666 514 103
Marromeu 1,450 1,383 4376 510 Cheringoma 103
SUB-TOTAL 1,553 1,383 4376 510 Cheringoma 1,438 Marromeu 80 Muanza 1,089
SUB-TOTAL 2,607 Cheringoma 1,842 Marromeu 86
SUB-TOTAL 1,928 1,100 310 Cheringoma 1,865 Marromeu 852
SUB-TOTAL 2,717 1,300 364 Coutada 14 Marromeu 972 28,500 5,700 SUB-TOTAL CLUSTER 9,777 1,383 35,276 6,884
Gilé Reserve Zambézia Gilé 12,000 Pebane - 20,000
SUB-TOTAL 2,861 3,175 0 - 32000
45,308 15,123 152,120 28,949 152,324
Reserva
Parcial
Marinha de
Ponta de ouro
Inhambane P N de
Bazaruto
2,861
PNZ
Estimativ
a familias naCA
Gaza
Gaza 2,349
3,175
PN Banhine
Coutada 11
Coutada 12
Coutada 10 Sofala
Paqrque
Nacional
de
Quirimbas
Nome da
area de
conservação Provinci
a
Districtos
na area de
conservaçã
o
Estimativ
a da População na
in AC
Cabo Delgado
1,000
Estimativ
a População
em Zana tampão
PNL
678
Reserva
deMarrom
eu Sofala
2,696
5,485
5,000
Sofala
Sofala
TOTAL
3,000
6,079 302
74 6,365
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
80
7.7 H. lista de consultores que preparam o quadro processo
Gaye Thompson – lider Especialsta da Segurança Social
Felizarda Machel – Assistente de Pesquisa Social
Com a ajuda dos administradores da UACTF e AC, comunidade, o pessoal do desenvolvimento do
PNQ, REM, PNL, RNN, NNC entre outros.
7.8 I. Políticas
O quadro político que guia a participação comunitária e benefícios das áreas de conservação e as suas
zonas tampão cobre o turismo, agricultura e sectores do meio ambiente através das suas estratégias e
políticas.
Moçambique é também signatário de vários tratados e protocolos, Incluindo a Convenção Africana na
Conservação da Natureza e Recursos Naturais, o Quadro de Convenção das Nações Unidas sobre as
Mudanças Climáticas, a Convenção das Nações Unidas para o Combate a Desertificação, a Convenção
sobre o Comercio internacional em Espécies Ameaçadas de Flora e Fauna Bravia, a Convenção sobre a
Diversidade Biológica, a Declaração das nações Unidas sobre o Assentamento Humano, a Declaração do
Milénio, o Plano de acção para o Desenvolvimento Sustentável, e o Tratado de Áreas de conservação
Transfronteiriças.
A Política nacional do Meio Ambiente (Resolução no 5/95, 3 de Agosto) visa levar o país rumo a um
desenvolvimento socioeconómico sustentável. Os principais documentos estratégicos delineando o papel
das comunidades locais em relação ao meio ambiente são o Plano Estratégico para o Sector do Meio
ambiente de 2005-2015 e a Estratégia do Meio ambiente para Desenvolvimento Sustentável 2007-2017
(EADS).
O quadro político do sector do meio ambiente fornece para a participação das comunidades locais, entre
outros, no desenvolvimento de políticas e leis para recursos naturais, gestão das ACs, e policiamento para
garantir conformidade com normas e regulamentos do meio ambiente. O sector promove a visão de que as
comunidades nas áreas protegidas retêm os seus directos, e podem usá-los para negociar recompensas na
renda gerada.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
81
A política de fauna bravia e silvicultura (Resolução no 8 / 1997 de 1 de Abril) encoraja (i) a criação de
sociedades autónomas de desenvolvimento para administrar e gerir as áreas de conservação com o
envolvimento do sector privado e comunidades locais; (ii) revisão dos limites dos parques e reservas, e
criação de áreas de conservação transfronteiriças através da demarcação e desenvolvimento de Parques
nacionais existentes com o envolvimento do sector privado e comunidades.
A política de planificação territorial (Resolução no 18/2007) promove planeamento com as pessoas
afectadas pelo projecto, partilha de informação e consultas nelas, consenso e coordenação das acções e
estratégias entre sectores e níveis hierárquicos para que o uso equitativo e sustentável da terra e recursos
naturais contribuirá para o desenvolvimento socioeconómico ao mesmo tempo que respeita organização
espacial de assentamento já existente.
A política nacional de turismo e estratégia de implementação (Resolução no 14 de 4 de Abril de 2003),
define a direcção para o crescimento do turismo futuro e desenvolvimento. A política de Turismo apoia
que se encontre mecanismos pragmáticos e inovadores de abordagem de como as pessoas vivem dentro
dos parques nacionais e reservas. As comunidades associadas as áreas de conservação têm direito de
participar na tomada de decisões que lhes afectam, a sua subsistência e bem-estar.
A política de conservação (2010- 2015), (Resolução no 63/2009) promove responsabilidade para serviços
de meio ambiente através do envolvimento de todos as partes interessadas, particularmente as
comunidades que usam os recursos naturais como meios de subsistência básica. Visa garantir o uso
sustentável de recursos naturais enquanto ao mesmo tempo fornecem os benefícios e serviços necessários
para o desenvolvimento sustentável e comunidades locais.
A política enfatiza a necessidade para uma gestão participativa das ACs, sensibilização sobre
conservação, e definir estratégias para gestão da biodiversidade a nível do país, de modo a garantir
o alcance a objectivos ecológicos, sociais e económicos. Onde a conservação e a presença de
pessoas em áreas de conservação são incompatíveis outras soluções não são possíveis, o
reassentamento pode ser necessário. Isto pode acontecer em áreas totalmente protegidas e outras
áreas de interesse nacional. A política delineia os princípios de reassentamento que protegem os
direitos e interesses das pessoas afectadas.
7.8.1 Institucional
O Ministério do Turismo é responsável pelo turismo nas áreas de conservação, projectos de
desenvolvimento de turismo de vários tipos dentro e fora destas áreas incluindo ecoturismo e programas de
conservação comunitário.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
82
A gestão das áreas protegidas em Moçambique recai para três instituições do governo. O ministério de
turismo para todos os parques nacionais e as suas zonas de tampão, reservas e áreas de caça e o Ministério
da Agricultura para Reservas Florestais o Ministro de Turismo para zonas tampão. As áreas Protegidas
podem ser proclamadas ao abrigo da lei de Património Histórico e Cultural (Ministério da Educação) e ao
abrigo da lei de Pesca (Reservas Marinhas).
A Autoridade nacional para Áreas de Conservação (ANAC) tem autonomia financeira, administrativa e de
responsabilidade da propriedade subordinada ao Ministério de Turismo. Subordinada à ANAC, a gestão de
Fronteiras das Áreas de Conservação (CGAC) estabelecerá órgãos colegiais que implementam planos de
gestão e que podem parcerias privadas e da comunidade, as quais a extensão e forma exacta dependem das
áreas sob sua responsabilidade.
Espera-se que a ANAC aja como uma agência autónoma para a gestão e desenvolvimento de áreas de
conservação. Esta nova autoridade juntamente com a nova BioFund espera-se que melhorem o
financiamento sustentável das ACs e suas comunidades.
O modelo de co-gestão e co-financiamento no sector privado e intermediários financeiros adoptados pelo
sector de turismo não tem ainda permitido muitas áreas protegidas a recepção de financiamento suficiente
para ser auto-suficiente e todos excepto para o Parque nacional de Gorongosa lutam para manter operações
básicas.
Muitas reservas florestais não têm estrutura de gestão. Embora algumas são parcialmente geridas pelas
comunidades locais esta não é uma característica permanente. A coordenação organizacional entre
interesses nacionais e associações locais estão sendo iniciadas para considerar mecanismos de
transformação de algumas localidades florestais em destinos turísticos.
O Ministério da agricultura é responsável pela protecção, conservação e uso racional e sustentável de
recursos florestais e fauna fora das ACS. O foco deste sector é o de controlar a aceleração de
desflorestamento, exploração da madeira, biomassa e matérias de construção, incêndios florestais, caça
furtiva e marginalização das comunidades rurais.
A Direcção nacional de terras e florestas (DNTF) é responsável pela inspecção, registo e manutenção do
cadastro nacional e gestão do uso de recursos florestais e fauna em áreas fora das ACs. Na prática cobriria
as zonas tampão que não fazem legalmente parte das ACs. As funções desta direcção são maioritariamente
acções relacionadas à conservação e sustentabilidade de recursos da terra, florestas e fauna e na prática o
controle de extracção e comércio não licenciada de recursos, assim como responder a conflitos homem-
animal tomar muito do seu esforço.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
83
Toda a renda proveniente da exploração das florestas e fauna, concessão de turismo e visitantes a ACs é
passada a nível nacional e para o sector de Turismo, 80% redistribuído para gestão da conservação – 20%
desta porção, para o benefício das comunidades nas ACs. O fluxo de fundos é baixo e a responsabilidade
difícil, imprimindo uma boa política difícil de implentar. As comunidades são pedidas que sejam
legalmente representadas com uma conta bancária para beneficiarem dos fundos que são devidos.
Reconhecimento legal formalizado duma comunidade é um processo lento no qual os membros devem
organizar numa associação ou como direitos de propriedade de uso formal da terra e passar por muitos
entraves burocráticos, que mesmo quando finalizados não resulta necessariamente numa instituição
funcional a longo prazo.
O estabelecimento da ANAC juntamente com o Fundo da Biodiversidade espera-se que direccione o fluxo
da renda e benefícios muito mais efectivamente.
O Ministério das Pescas define e estabelece medidas de conservação dos recursos pesqueiros incluindo
prescrição de medidas de gestão e conservação incluindo áreas para pesca desenhadas exclusivamente para
pescas artesanais. Tem a responsabilidade de gestão de áreas marinhas protegidas e pode propor novas
ACs a serem aprovadas pelo Conselho de Ministros. ACs marinhas são mapeadas e reguladas através de
planos de gestão já que os seus equivalentes terrestres são, e áreas marinhas protegidas podem ser criadas
dentro de ACs nacionais existentes. O uso de recursos marinhos é controlado pelo sector até ponto em este
possa o fazer, através de áreas de conservação reguladas e as capturas de peixes e inventários / análises
para determinar licenciamento e permissões. A marinha de guerra de Moçambique, INAMAR e MICOA
têm papéis compatíveis na gestão de pesca apoiando o papel da monitoria do Instituto de Investigação
Pesqueira (IIP) e o método de desenvolvimento integrado do Instituto de Desenvolvimento da Pesca de
Pequena Escala (IDPPE).
O sector de Pescas de pequena escala tem arranjos operacionais de co-gestão como base para gestão de uso
competitivo de recursos próximo do litoral e para resolver conflitos associados. O crescente número das
populações humanas nas zonas costeiras e no interior está a causar sobre-pesca em certas áreas e a gestão e
monitoria de captura não tem a mesma cobertura por todo o país.
Políticas nacionais em todos os sectores incluem a descentralização dos processos governamentais como
um elemento chave. O Ministério da administração Estatal e o Ministério para Planificação e
Desenvolvimento são os importantes responsáveis pela descentralização no país, planificação distrital e
implementação de políticas de financiamento, autoridades locais e provinciais são encarregues de
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
84
promover acções de conservação para recursos naturais e biodiversidade a nível das comunidades,
localidades, postos administrativos, distritos e províncias. Contudo, o tema de meio ambiente e
conservação de recursos naturais e biodiversidade está aos poucos ganhando espaço nas agendas políticas
usadas no exercício da governação.
Mais significante para a operação das ACs e suas zonas tampão tem sido a atribuição de plano de
desenvolvimento, responsabilidades financeiras e de orçamento aos distritos para os ajudar a se tornarem
unidades autónomas. Desde 2006 os projectos de desenvolvimento comunitário têm sido financiados pelo
Fundo de Desenvolvimento do Distrito (FDD) que fornece recursos para financiamento de projectos que
são localmente definidos como prioritários através de mecanismo participativo. Embora áreas de despesas
elegíveis foram inicialmente destinadas a serem diversas, orientações centrais chamadas para
aproximadamente metade dos fundos a serem alocados para desenvolvimento da agricultura ou produção
de alimentos (Banco Mundial 20115).
O Conselho nacional para o Desenvolvimento sustentável (CONDES) é um corpo consultivo do gabinete
sobre questões do meio ambiente, e foi formalmente estabelecido pela Lei de Meio ambiente de 1997. Está
ao gabinete do Primeiro-ministro e composta por Ministros e Vice-Ministros de sectores relacionados
(agricultura, turismo, recursos minerais, planificação e desenvolvimento, saúde, etc.) e liderado pelo
Ministro do Meio ambiente. Está no topo da gestão da política de meio ambiente do governo e hierarquia
de monitoria.
O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) desempenha um papel importante na
garantia de conformidade nos padrões ambientais e onde seja necessário licenciamento de um projecto.
Licenciamento ambiental segue um processo de avaliçao consultiva que identifica impactos ambientais e
recomenda acções de mitigação a serem empreendidos pelo projecto. A nível central, as Direcções
Nacionais abrangidas pelo MICOA incluem Direcção Nacional de Gestão Ambiental (DNGA), Direcção
Nacional de Planificação e Ordenamento Territorial (DNAPOT), a Direcção Nacional da Avaliação do
Impacto Ambiental (DNAIA), e a Direcção Nacional da Promoção Ambiental (DNPA).
Muitas instituições do governo têm unidades ambientais para permitir coordenação mais efectiva e
implementação de projectos conforme com mais métodos sustentáveis. Uma área protegida pode ser
proclamada ao abrigo do Ministério da Educação se a mesma deve ser baseada no seu património histórico
ou cultural.
O Ministério das Obras Publicas e Habitação é responsável pela construção de infra-estruturas pública
incluindo estradas, pontes e fornecimento de água. Embora não formais, as orientações ambientais para
obras rodoviárias em Moçambique têm desde 2002 fornecido assistência abrangente ao desenvolvimento
do sector. As políticas dos sectores rodoviário e da água requerem envolvimento da comunidade na tomada
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
85
de decisões que envolvem a melhoria das infra-estruturas e para segurar benefícios económicos locais, seu
envolvimento nas obras de construção.
Coordenação inter-institucional é fraca no seu todo, levando a sobreposições e lacunas na aplicação das
políticas.
7.8.2 Legal
A constituição de Moçambique (2004) é o guia global para todas as aplicações do quadro. Um dos
princípios fundamentais da constituição é que os recursos naturais e meios de produção são
propriedade pública de interesse colectivo. A Constituição fornece as garantias para qualquer perda
ou violação de direitos através do princípio de compensação e de direito de apresentar reclamações
à autoridade apropriada para remediar a situação para o benefício do interesse geral.
A lei da terra (lei Nº 17/1997 de 1 de Outubro) específica que a terra pertence ao estado, e os direitos de
uso somente podem ser concedidos pelo estado. Art. 111 deixa claro que o titulo de direito de uso de terra
pode ser adquirido ou existe como hereditário ou direitos ocupacionais. Contudo há excepções quando
uma área é uma reserva legar (i.e. uma Zona Protegida) ou onde a terra foi legalmente atribuída a uma
outra pessoa ou entidade.
As regularizações a luz desta lei definem áreas designadas por “Zonas de Protecção Total” e “Zonas de
Protecção Parcial”. As Zonas de Protecção Total incluem áreas designadas para actividades de
conservação da natureza. A Lei especifica que nenhum uso de terra e direitos de benefícios podem ser
adquiridas em zonas de protecção total e parcial que são consideradas de domínio público, contudo
licenças especiais para actividades específicas podem ser emitidas.
A lei da terra fornece os detalhes de direitos com base nas alegações consuetudinárias e procedimentos
para aquisição de título de uso e benefícios pelas comunidades e individualidades. Nas áreas rurais,
comunidades locais participam na gestão de recursos naturais e na resolução de conflitos, no processo de
obtenção de título e na identificação e definição dos limites da terra que ocupam (Art 24).
A lei define que o direito para o uso e benefício da terra pode ser adquirido através de ocupação por
indivíduos Moçambicanos que têm estado a usar a terra em boa-fé por no mínimo 10 anos, e por
comunidades locais que o seu direito de uso e benefício da terra respeitarão os princípios de co-
titularidade, direitos existentes para usar e beneficiar da terra podem ser terminados através da renovação
de tal direito por razoes de interesse publico e depois do pagamento de uma compensação equitativa; e
nesses casos todas as melhorias não removíveis serão revertidas para o estado.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
86
A lei da terra é clara quando diz que um certificado de direitos de uso de terra pela comunidade ou título
recebido depois da demarcação não pode ser usado como colateral nos contractos com terceiras partes.
Decreto 15/2000 descreve a articulação de autoridades do estado locais e liderança comunitária
principalmente nas áreas rurais através de conselhos locais e legitima líderes comunitários – líderes
tradicionais e secretários dos bairros. O decreto (15/2000) dá-lhes poderes a luz do artigo 24 da lei da terra
para participar na resolução de conflitos, representar opiniões comunitárias sobre solicitações por terra, e e
identificar e delimitar a terra da comunidade.
Lei de silvicultura e fauna nº 10/1999 – identifica os princípios de participação da comunidade
local na gestão sustentável dos recursos naturais dentro e fora das áreas protegidas. Também
enfatiza que as acções para a conservação e uso sustentável de recursos devia se harmonizar com
os das autoridades locais dentro do quadro de descentralização.
O Artigo 10 da lei florestal e da fauna define parques nacionais, reservas e áreas de valor histórico e
cultural como zonas protegidas. Essas áreas protegidas são alocadas zonas tampão para uso de múltiplos
recursos ao redor delas pelo Conselho de Ministros e seu uso é regulado pelo plano de gestão da área
protegida. A lei de silvicultura e fauna aponta que agricultura e pecuária são proibidas nos parques
nacionais ao menos que de um modo esteja estipulado no plano de gestão.
Os regulamentos para silvicultura e fauna (decreto nº 12/2002), determinam as comunidades como
tendo tido um direito alienável para tirar benefício da conservação, para o uso da terra e recursos
sobre os quais elas têm título de posse ou detêm direitos de acesso e uso.
Propõe que 20 % das rendas de concessão devia ir para as comunidades locais
residindo dentro da área de conservação.
As comunidades associadas a uma área de conservação têm direito de participar na
tomada de decisões que lhes afectam, a sua subsistência e bem-estar.
Os Conselhos de Gestão de Participação Local (COGEPs) constituídos como
associações com a representação de todas as partes interessadas com interesse no
uso de recursos naturais numa dada área podem ser criadas como um mecanismo
para articulação e defender os interesses dos participantes.
O mecanismo para a canalização e utilização dos 20% das taxas para beneficiar as comunidades locais foi
criado em 2005 através do Diploma Ministerial n.º 93/2005 de 4 de Maio. Este estipula que os fundos
somente podem ser recebidos por uma comunidade organizada em uma associação legalizada com uma
conta bancária prior para a distribuição aos beneficiários. As associações podem ser relacionadas ao uso de
recursos marinhos e terrestres já que são Conselhos Comunitários de Pesca (CCP) e gestão fora a nível
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
87
local, do distrito e provincial – Comités de Co-gestão (Legislação de pesca) e Comités de Gestão de
Recursos Naturais (CGRN) (legislação da silvicultura e fauna).
Em relação ao benefícios comunitários da fauna, Diploma Legal n.º 2629 de 7 de Agosto que aprova a
regulamentação das Coutadas igualmente nota que a carne da caça desportiva na fauna sendo dada a
população local depois da remoção dos troféus pelos caçadores.
A lei de Turismo nº 4/2004 enfatiza que o desenvolvimento social e económico deve respeitar florestas,
fauna, património mineral arqueológico e histórico e preservar os valores, marinha e biodiversidade da
terra e ecossistema. Parece que o turismo contribui para o crescimento económico, geração de emprego e
alívio da pobreza. A melhoria específica do padrão de vida das comunidades locais é esperada como
resultado da sua participação activa em actividades turísticas. A participação do sector privado na
promoção e desenvolvimento de recursos turísticos e estabelecimento de comunicação inter-institucional e
mecanismos de participação são responsabilidades chave do sector.
A nova lei das ACs nº 16/2014 fornece a estabilização da Gestão Fronteiriça da Área de Conservação
(CGAC), órgãos consultivos que cobrem uma ou mais ACs compostos de representantes da comunidade
local, do sector privado, associações e órgãos do estado locais para a protecção, conservação e promoção
do desenvolvimento sustentável e uso da biodiversidade. Legaliza parcerias público – privadas para gestão
da AC e para contractos de concessão.
A Lei também apresenta novas categorias para a classificação de áreas protegidas em a) áreas de
conservação total e b) áreas de conservação de uso sustentável. Os planos de gestão da AC têm que aderir
com instrumentos de panejamento de espaço a todos os níveis e planos de uso de terra especiais serão
requeridos para o mapeamento ecológico de ACs singulares ou grupos de ACs e as suas zonas de tampão,
corredores ecológicos e outras áreas críticas para a preservação do equilíbrio ecológico e elementos de
continuidade de espaço. Os interesses e envolvimento legal das comunidades dentro das ACs e suas zonas
de tampão, em actividades geradoras de renda que promovem a conservação da biodiversidade serão
considerados nos novos Planos de Desenvolvimento Estratégico da AC. Áreas de conservação da
comunidade com direitos de uso da terra proporcionarão as comunidades opções de gestão de parcerias e
concessões para terceiros. Zonas tampão serão administradas pelas ACs juntamente com o sector de
Agricultura ou sector de Pescas conforme se julgue pertinente, traves de Planos de gestão das ACs -
instrumentos com o mesmo nível de obrigação jurídica como os Planos de Uso de Terra e Planos de
Gestão Ambiental (e Social). A Lei também provê a possibilidade para o Estado reassentar as pessoas fora
de uma AC se a presença destas for incompatível com o estado legal da área de conservação ou impede a
sua boa gestão
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
88
A Lei ambiental nº 20/1997 - define responsabilidades para estabelecer Áreas de Protecção Ambiental para
salvaguardar interesses socioeconómicos, de biodiversidade e de ecossistemas. Estipula que as
comunidades locais e até certo ponto as ONGs e o sector privado terão “participação considerável e
indispensável na administração de tais áreas”, isso será matéria para monitorar e inspecção pelo governo.
Também proíbe actividades neste âmbito que podem ameaçar a conservação, reprodução, qualidade e
quantidade de recursos biológicos
Os regulamentos sobre a Avaliação do Impacto Ambiental (Decreto nº 45/2004) obrigam o proponente do
projecto a levar a cabo consultas e participação pública das pessoas afectadas pelo projecto, pessoas cujo
uso de recursos naturais é restringido por um projecto ou a deslocação do espaço físico é incluída durante o
processo de preparação de projecto. Os regulamentos de EIA omitem discussão de exigências do plano de
gestão ambiental.
A Directiva do MICOA para o Processo de Participação Pública publicado conforme o Diploma
Ministerial 130/2006 de 19 Julho provê detalhes do processo de participação pública durante uma
avaliação de impacto ambiental, a recolocação permanente ou temporária das pessoas ou comunidades, e
o deslocamento de bens ou activos ou restrições no uso de ou acesso aos recursos naturais. A Lei de
Protecção do Património Cultural (Lei Nº 10/1988) visa proteger todas as relíquias nacionais, património
histórico e cultural.
A Lei de Planeamento ou Ordenamento Territorial (Lei Nº 19/2007 de 18 de Julho), que reconhece os
direitos de ocupação das comunidades locais requer uma ampla consulta e um processo de divulgação
para comentário, reclamação e se inevitável, disputa de residência durante a planificação. Planos
Regionais, provinciais e distritais são criados através de um processo consultivo conduzido por um grupo
técnico intersectorial e só aprovaram depois de uma divulgação total por pelo menos duas audições
públicas e consulta com todas as partes interessadas antes de publicação que legaliza os instrumentos na
Gazeta de Governo. A luz da Lei de Planeamento Territorial o Regulamento para Reasseantamento que
Surge de Actividades Económicas (Decreto Nº 31/2012 de 8 Agosto) determina os direitos de
reassentamento para pessoas afectadas por um projecto. Os planos de reassentamento requerem um
estudo socioeconómico, panejamento de espaço e substituição de moradia, instalações e serviços
públicos assim para restabelecer as condições de pessoas afectadas para o mesmo ou um nível superior
que o anterior. São requeridas consultas regulares e quatro reuniões públicas durante o processo de
panejamento do reassentamento e as atas das reuniões devem ser certificadas pelas pessoas afectadas e
diferentes níveis do governo.
A Lei de Pescas (nº 3/90) apoia o envolvimento das comunidades na gestão de pescas artesanal. Os
recursos pesqueiros são propriedade do Estado. A sua gestão requer uma metodologia participativa da
conservação e uso apropriado de recursos biológicos aquáticos e ecossistema, o precautório e poluente
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
89
paga princípios. A área de águas territoriais até três milhas náuticas da costa é exclusivamente para
pescas de pequena escala e de subsistência, pesquisas científicas e pescas desportivas.
O Regulamento de Pescas Marinha (Decreto Nº 43/2003) estipula que o Ministério de Pescas adopta
gestão participativa de recursos pesqueiros. A gestão participativa procura alcançar os seguintes objectivos
(Art. 15): assegurar uma gestão responsável de pescas; garantir os direitos de acesso a pescas por
comunidade de pescadores; promover a participação de comunidades de pescadores na planificação e
implementação de medidas de gestão de pescas; promover actividades de treinamento através de trabalhos
de extensão de pesca; criar um ambiente favorável para uma coexistência calma entre os pescadores de
pequena escala e outros operadores industriais.
A Comissão para Administração de Pescas (CAP) e os Comités de Co-gestão (CCG) são a gestão
participativa fora para a representação de todos os interessados chave. O Comité de Co-gestão é
responsável pela gestão participativa a nível local, distrital e provincial e inclui a Autoridade local de
Administração de Pescas, Conselhos de Pescas de Comunidade, operadores de pescas, processadores,
pesquisa e trabalhadores de extensão, autoridade marítima e comerciantes de produtos relacionados com a
pesca local.
Os CCPs são entidades legais reconhecidas pelo Ministro de Pescas que contribuem na gestão participativa
de pescas e para o desenvolvimento de actividades para promover sustentabilidade de recursos e melhoria
de condições vida, incorporando os interesses da comunidade em planos de acção de desenvolvimento.
O regulamento define a responsabilidade de criação de quatro tipos de áreas reservadas para preservação e
protecção de espécies marinhas e provê o estabelecimento de parques marinhos, reservas marinhas e áreas
marinhas protegidas.
Regulamentos adicionais relacionados a pesca pertinentes para a protecção dos recursos marinhos incluem
o Decreto Ministerial de 23 2002 de Abril que declara uma Moratória em coral e colecção de peixe
ornamental e comércio.
O Decrete N.º 15/2000 sobre as Autoridades Locais, estabelece os modos como os órgãos estatais locais
ligam-se as autoridades comunitárias., chefes tradicionais, secretários da vila, e outros líderes legitimados
(que incluiria uma ampla variedade de potenciais líderes). Os principais mandatos destas autoridades são:
(a) Disseminar leis do governo e políticas entre membros da comunidade; (b) Colaborar com o governo na
manutenção da paz e luta contra o crime, especialmente em torno da exploração de recursos naturais; (c)
Mobilizar e organizar as comunidades para actividades de desenvolvimento local, incluindo a edificação e
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
90
manutenção de certas instalações sociais e económicas; (d) Participe na educação cívica sobre gestão
sustentável de recursos naturais; e (e) Mobilizar e organizar as pessoas para pagarem os impostos.
O decreto é regulado através do Diploma Ministerial 107-A/2000 que identifica as autoridades
comunitárias e conselhos locais como os dois meios de estabelecer a comunicação com as comunidades.
Um despacho Ministerial conjunto dos Ministérios de Administração Estatal, Planificação e Finanças e
Agricultura e Desenvolvimento Rural (13 de Outubro de 2003) aprovou as "Orientações para a
Participação da Comunidade e Consultoria na planificação do Distrito”. Guiam a instalação de conselhos
consultivos aos mais baixos níveis de governos locais, identificando mecanismos de participação para a
sua operação, e incluem recomendações para operação de fóruns comunitários representativos a nível da
vila / comunidade.
A Lei sobre a Administração Estatal Local (n.º 8/2003 de 19 de Maio) prevê o espaço para a
participação da comunidade com base em um modelo de “administração integrada" enfatizando a
dimensão territorial da administração pública - a lei dá autoridade ao governo do Distrito e um
orçamento. Panejamento participativo descentralizado é um veículo chave para reforma do sector
público e promoção do desenvolvimento rural a nível do distrito.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
91
7.9 J. Termos de Referência para o Ponto Focal Social da ANAC
A ANAC terá uma equipa de duas pessoas dos Pontos Focais Sociais e Ambientais (PFSA) em uma unidade de
protecção Social e Ambiental para orientar e conduzir a gestão de reparação de injustiças, licenciamento ambiental,
desenvolvimento e implementação de Planos de Desenvolvimento Estratégico para as Áreas de Conservação e
Planos de Acção par o Desenvolvimento da Comunidade e M&A relacionados ao Projecto relevante.
As Responsabilidades do Foco Social incluem, mas sem sem limitação a:
Desenvolvimento estratégico que planeja áreas de conservação
• Prestar apoio ao desenvolvimento do regulamento das Áreas de Conservação Lei nº 16/2014
especialmente ao processo e envolvimento das partes interessadas requerido para o desenvolvimento do
plano estratégico para as Áreas de Conservação.
• Supervisionar o plano do desenvolvimento estratégico para as Áreas de Conservação e grupos ACs já que
recursos para isto foram disponibilizados.
• Assegurar que os Planos de Desenvolvimento Estratégicos cobrem todas as áreas que requerem plano de
acção de desenvolvimento comunitário subsequente.
Plano de Acção para o Desenvolvimento Comunitário
• Apoiar a gestão fronteiriça da AC / Administração da AC para identificar uma equipa técnica para
preparar e actualizar o CDAP.
Os membros da equipa pode ser o pessoal de ligação comunitária da AC ou, as áreas contratadas e
costeiras deveriam considerar concelhos do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Zona Costeira
(CDS-ZC) e áreas do interior do Centro de Desenvolvimento Sustentável dos Recursos naturais (CDS-
RN).
• Assegurar o desenvolvimento de capacidade está em lugar de apoiar efectivamente a equipa técnica e as
comunidades para formular CDAPs integrados, monitorar, avaliar e os actualizar.
• Supervisionar a equipa técnica do CDAP junto com o Administrador da AC particularmente em relação
ao desenvolvimento da participação em processos de monitora.
• Monitora a implementação do CDAP e garantir que os relatórios sejam fornecidos ao Administrador de
AC, Administrador do Distrito e Governo Provinciano.
Gestapo de reparação de injustiças
• Orientar e conduzir a gestão da reparação das injustiças garantindo acesso para registar reclamações é
livremente disponível para os idosos e vulneráveis, mulheres e jovens.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
92
• Conduzir os procedimentos administrativos e legais de recurso para a reparação das injustiças
assegurando que o processo é oportuno.
Desenvolvimento Comunitário
• Apoiar na sensibilização sobre os direitos de uso dos recursos e restrições por meio de garantia da
provisão de materiais e treinamento ao pessoal de Ligação com a Comunidade da AC e supervisionar o seu
desempenho subsequente.
• Garantir a participação da comunidade no mapeamento e na planificação do uso da terra por meio de
assegurar ligações entre o pessoal de Ligação com a Comunidade da AC, o pessoal de extensão de sector da
Agricultura, especialistas de planeamento territorial e equipas de planificação do Distrito.
• Garantir a delimitação da terra de comunidade e a certificação é apoiada pela coordenação e facilitação
das ligações com os conselheiros legais e o pessoal de Ligação com a Comunidade da AC.
• Apoiar ao pessoal de Ligação com a Comunidade da AC para facilitar planificação comunitária e guia-los
para os processos de licenciamento para a criação de áreas de conservação, direitos-baseados de uso de
territórios aquáticos e terrestres e outras iniciativas.
• Apoiar o desenvolvimento do desenvolvimento de capacidade da comunidade precisa de avaliações,
planos para treinamento coerente e apoio em recursos que são escondidos para sustentabilidade a longo
prazo da comunidade e benefícios de conservação.
• Supervisionar e monitorar o desenvolvimento da capacidade da comunidade dos provedores de serviço
contratados por Mozbio para garantir o benefício máximo das comunidades, e que quaisquer deficiências
são acompanhadas.
Monitoria e Avaliação.
• Junto e em coordenação com a Unidade de Implementação do Projecto e o Departamento de panificação e
Monitoria da ANAC desenvolve e orienta todo a monitoria relacionada ao Projecto e actividades de
avaliação.
• Apoia a Gestão Transfronteiriça da AC para garantir que a monitora de participação e avaliação é
operacional em coordenação com o pessoal de Ligação com a Comunidade da AC.
• Ajudar o pessoal de Ligação com a Comunidade da AC a estabelecer Informação de Desenvolvimento e
Centros de Coordenação em uma base conforme necessário.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
93
K. Resumo Socioeconómico das AC
MozBio Principais fontes
de
sustentabilidade
(& acessibilidade
da AC)
Estimativa da
população
residente
Instalações
de serviços
sociais
Dados
económicos e
sociais
Infra-estruturas
públicas
Organização
social
Gestão e uso
dos recursos
naturais
ONGs Agências
Financiadoras
A
g
e
n
t
e
s
d
e
A
C
T
F
I
I
Reserva
Especial de
Maputo
Agricultura muito
produtiva nos
vales de zonas
baixas, pesca em
rios, zonas
húmidas e mar,
produção animal
de pequena
escala, caça.
Agricultura de
subsistência
praticada por 5
comunidades na
AC (Buingane,
Lihundo
Tsolombane,
5,000 1 Escola e 1
unidade
sanitária
A densidade
da população
Matutuine é
7.5 /km2,
mais de 50%
da população
é feminina. A
maioria de
população é
activa,
significa que a
idade de 52%
está entre 15 e
64. O índice
de
masculinidade
É informe: partes
do acampamento
principal,
estradas, postos
avançados,
pontes, bueiros e
vedação nos
limites.
As estruturas
de liderança
tradicionais
têm
sobrevivido e
há forte
fidelidade ao
Tembe,
liderança
tradicional no
sul. Foram
Criadas as
seguintes
associações
em 2009 Ahi
Zameni
Uso de locais
sagrados para
cerimónias e
enterros
dentro da AP.
Problemas
com
queimadas.
Uso
substancial
dos recursos
naturais
considerados
sustentáveis, e
localizados
perto dos
Corredor de
desenvolvim
ento de
Maputo
Helvetas,
IUCN,
LUPA,
ONGs locais
Governo,
Banco Mundial,
FPP, Fundação
Ford, Fundação
Bell.
F
P
P
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
94
Mvukuza e
Madjedjane).
Agricultura ao
longo do Rio
Maputo em terras
aluviais, gado
cultivando.
Produção e
retirada do mel.
é 94. 9. a taxa
total de
fecundidade é
de 3.9.
Chemucane e
em 2010: Ass
Pfuka
Guengo, Ass.
Comunitária
Matchia., Ass.
para o
desenvolvi-
mento de
Massuane,
Ass para o
desenvolvime
nto Phuza e
Ass para o
desenvolvime
nto Mabuluko.
assentamentos
. Compreende
pouca
participação
em CBNRM.
Corredor de
futi
Agricultura, pesca
nos rios e mar,
produção de
carvão, produção
animal de
pequena, caça.
n/a 5 escolas e
uma unidade
sanitária
A idade
padrão dentro
do Corredor
de Futi
proposta é de
47, oito anos
mais que as
pessoas em
áreas
adjacentes;
22% de
crianças no
corredor tem
da idade não
superior a 15
anos,
comparadas a
77% nas áreas
do leste e
oeste (Els
2001). Área
ocupada
durante
séculos pelos
As estradas estão
em más condições
mas é possível de
se passar com
veículos de quarto
rodas. Instalada a
rede eléctrica a
Linha férrea de
Salamanga
durante o
corredor.
As estruturas
de liderança
tradicionais
têm
sobrevivido, e
há forte
fidelidade a
liderança
tradicional de
Tembe no sul
Os recursos
estão a ser
esgotados na
Reserva
Florestal de
Licuati pelos
produtores de
carvão e
cortadores de
Madeira. As
pessoas que
depende dos
recursos
naturais para
complementar
a agricultura
baseada nas
técnicas de
queima e
corte. A venda
de peixe é a
principal fonte
de
rendimento.
LUPA
Governo,
Banco Mundial,
FPP
F
P
P
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
95
Rongas. Os
Changana são
agora
habitantes
predominantes
. A maioria
determinante
está ao longo
das
extremidades
do rio
Maputo, zona
sujeita a
inundações,
Salamanga,
Chia,
Mussongue &
Gueveza.
Ceifeiras de
vinho de
palma no
Puza.
Mineiros que
regressam da
África do Sul
estão
assentados
perto da Ponta
D'Ouro &
Ponta
Malongane
Reserva
Parcial
Marinha da
Ponta de
Ouro
As pequenas
propriedades e
pesca de
subsistência, uso
desta área por
emigrantes da
África do Sul.
n/a Uma escola
e 1 unidade
sanitária
A Reserva
Marinha é faz
parte do
Distrito de
Matutuine
(veja a cima).
Algumas lojas,
bombas de
Combustível,
hotel, estação
turística com
casas de campo e
parque de
campismo.
População
Ronga e
líderes
tradicionais
são influentes,
posto que o
governo
atribuiu
autoridade
Turismo e
migrantes da
África do Sul
como também
o aumento da
população
exercem
localmente
uma pressão
LUPA
Governo, Banco
Mundial e FPP
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
96
oficial. sobre a pesca.
Pobre
conservação
de áreas
litorais pelos
turistas e
investidores.
Governo local
não está a
cumprir com
normas de
panejamento
urbano.
P N
Limpopo
Criação de Gado,
agricultura de
pequena escala
comercial e de
subsistência ao
redor da represa e
ao longo dos rios
(mais de 60%
cultivam a baixo
de 4 hectares),
pesca em represa
e rios. AC no sul
é acessível mas o
rio é a fronteira
natural a leste e
fronteira com a
África do Sul está
parcialmente
vedada.
6,192 na CA e
21,000 zona
tampão ao
longo de ramo
ocidental do
Rio Limpopo.
Na bacia de
Shingwedzi:
7 escolas
primarias, 2
Unidades
sanitárias.
Aproximadam
ente 70% é
analfabeta.
Mais de 50%
da população
<20 anos de
idade. Não há
oportunidade
de emprego.
6 furos, 4
operacional.
Lençol de água
razoavelmente
salino. Mais de 1
hora de água para
um número
considerável. Não
há rede de
electricidade.
Estradas pobres
embora a
manutenção
esteja
melhorando. Boa
cobertura de
telefone celular.
Cercas, tanques
ou canal para o
gado.
A população
Changana. Os
Líderes
tradicionais
são influentes,
entretanto o
governo local
atribuiu-lhes
autoridade
oficial. A
maioria das
pessoas
deixou a área
durante a
guerra. Poucas
actividades
comunitárias
salvo grupos
de igreja.
Criada a
associação
Mapai Ngala
em 2010.
Muitos usam
água do rio.
Lenha para
cozinhar e
iluminação.
Muitos
artesãos.
Fortemente
dependente de
recursos locais
nas áreas
semi-áridas do
parque
nacional para
subsistência
básica. O uso
da madeira
para carvão e
combustível é
uma ameaça
as zonas
tampão. A
caça furtiva e
permeabilidad
e
transfronteiriç
a são questões
PPF, LUPA,
Technoserve
IUCN,
COWI,
CEDES,
ORAM,
LUPA
(irrigação);
CARITAS;
ORAM;
HLUVUKA
-PNL
(Advocacia,
Artesão &
produtos)
AFD, KFW,
FPP
L
U
P
A
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
97
importantes,
conflitos
homem
animal
afectaram
muitos. Zona
de tampão de
sul vedadas.
Gado e criação de
pequenos
animais,
agricultura em
brejos de
Banhine. Pesca,
recolha de frutas
silvestres e
plantas, bebidas
de fermentação.
Trabalhos em
minas na RSA. A
maior
dependência em
brejos de Banhine
e tendendo a
continuar a extrai-
los. 70% das
aldeias no parque
usam estacas para
construção
(principalmente
Mopani &
ironwood na parte
sul do parque),
lenha e capim.
60% das aldeias
usa frutas e lama
(para a construção
de casas) e
medicina
tradicional. 50 %
2,696 na CA e
aproximadam
ente 6,365
mais vivo fora
de mas usando
recursos
dentro de NP.
5 escolas
primárias.
Sem
unidades
sanitárias por
perto.
Aproximadam
ente 95% das
comunidades
estão
envolvidas em
agricultura de
subsistência
baseado em
seca em
culturas
tolerantes,
como sorgo,
milhete,
feijão,
melancias,
feijão-frade e
mandioca. A
maioria
(52.74%)
ganha menos
que 500 MT
/mês.
Economia
virtualmente
sem dinheiro,
trocas
baseadas em
género. 54.8%
não têm
nenhum
mecanismo
alternativo
Estradas em
condições pobres.
Sem rede
eléctrica e sem
cobertura de rede
de telefonia
móvel.
População
Changana em
Banhine.
Forte
liderança
hierárquica –
regulo
(intervenções
rituais para
garantir
produtividade
e harmonia
social,
cobrança de
impostos),
cabos e chefes
tradicionais
em paralelo e
por vezes
sobrepondo a
autoridade
local de
presidentes da
localidade e
secretários da
vila.
Resolução de
conflitos
através de
tribunais
comunitários
e debates de
Forte senso de
propriedade
dos recursos
locais.
Acesso/uso só
é possível
com base em
acordos via
líderes
tradicionais.
Uso
governado por
cerimonies
tradicional e
chefes de
aldeia. Uso
sobreposto de
recursos
comuns
menos a
pescas,
espiritual e
herança que
são
específicas e
exclusivas.
Uso acrescido
de RN durante
7 meses de
ano quando há
segurança
alimentar.
Fundo
Africano
para a
Protecção da
Natureza
USAID
A
W
F
,
D
P
A
C
T
F
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
98
das aldeias usam
raízes das plantas
e amarula, 30%
das aldeias, vinho
de palma,
madeira,
especialmente na
parte sul do
parque. Cerca de
20% de nenúfar
de peixe e terra.
Quase 93%
depende da
medicina
tradicional para
tratar doenças,
incluindo
aumentar a
fertilidade.
para ganhar a
vida ou
compensar a
escassez. Taxa
de
mortalidade
de u-5s alta.
Algumas
famílias
recebem
remessas.
Secas
regulares
fazem com
que haja
dependência
acrescida nos
brejos de
Banhine. Pelo
menos 65%
dos membros
da
comunidade
nunca
frequentaram
a escola.
Cerca de 46%
dos membros
da
comunidade
não dos bens
familiares.
anciões para
as
contravenções
de uso social e
natural dos
recursos.
Criada
Associação
Avestruz em
2009 e
Associação
Comunitária
Banamana em
2011.
Acesso é
reconhecido
para locais
sagrados.
Aproximadam
ente 84% das
comunidades
acreditam em
espíritos
ancestrais.
Locais
sagrados no
parque são
locais de
enterro ou
árvores,
principalment
e baobá ou
marula.
P N Zinave
Frutas silvestres
& plantas da AC.
Gado & produção
em pequena
escala de animais.
Pesca no rio é
importante.
Preparação e
5485 na AC e
6079 na zona
tampão.
1 Escola
primária de
primeiro
grau e 2 do
Segundo
grau. 3
Bombas
naturais e
Valor
estimado de
produtos e
culturas = 185
dólares por
família ou 30
dólares per
capita por
Estradas em
pobres condições,
sem rede de
electricidade.
Muitas
famílias em
Zinave são
Matswa. Elas
têm forte
liderança
hierárquica –
regulo
O rio Save
sofre sobre
pesca e abate
ilegal de
Madeira.
Tentou-se o
CBNRM mas
houve
Nenhuma Banco Mundial
L
V
I
A
,
S
N
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
99
venda de bebidas
fermentadas.
uma unidade
sanitária do
tipo II.
anos em 1999. (intervenções
rituais para
garantir
produtividade
e harmonia
social,
cobrança de
impostos),
cabos e chefes
tradicionais
em paralelo e
por vezes
sobrepondo a
autoridade
local de
presidentes da
localidade e
secretários da
vila.
Resolução de
conflitos
através de
líderes
comunitários,
tribunais e
conselhos de
anciões para
as
contravenções
de uso social e
natural dos
recursos.
Criada
Associação
Vuka Zinave
in 2009
objectivos,
papéis e
responsabilida
des não claros
(três comités
da aldeia
foram
criados).
Fracassou. Os
chefes da
aldeia
governam
tradicionalme
nte o uso de
recursos.
V
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
100
P N de
Chimanimani
Agricultura
produtiva, uso
de frutas
silvestre, planta,
animais e peixe.
A agricultura e o
uso de recursos
naturais são o
principal pilar
económico das
comunidades
(terra, lenha,
comercio de
ouro)
30,900 nas
zonas tampão.
2470
na AC
Sussundenga
com 64
escolas
primárias e
uma escola
secundária.
6 Unidades
sanitárias
6 lojas
registadas e
operacionais
no distrito de
sussundenga
6 telefones
públicos no
distrito de
sussundenga
O povo Ndau com
fortes relações
tradicionais
mútuas e recursos
naturais locais.
Hierarquia
tradicional
influente com o
líder mais alto
vivendo em
Zimbabwe e o
líder espiritual na
área de Mahate.
Conselhos
comunitários
organizados para
gerir pequenos
projectos de
desenvolvimento.
Práticas de
conservação
tradicional,
locais
sagrados
protegidos
pela
comunidade
local têm uma
vasta
experiência de
CBRNN mais
o programa
está sem
fundos.
12
Associações
desenvolvidas
nas zonas de
tampão de
2008 a 2011
para gerir os
recursos
naturais e
investimentos
comunitários
turísticos.
Mineração de
ouro constitui
um risco para
as iniciativas
sociais e da
RNM.
ORAM?
AMBERO
, fundação
MICAIA
Banco
mundial
KWAEDZA
SIMUCAI/
AMBERO,
DPACTF,
NICAIA
Parque
Nacional das
Quirimbas
Fortemente
dependente dos
recursos naturais
domésticos e
naturais. 95%
Dependendo da
agricultura de
95.362 na AC
e 71.823 na
zona tampão.
11 escolas, 3
unidades
sanitárias
nas ilhas.
Escolas na
maior parte
das
A economia é
baseada na
agricultura,
mineração e
silvicultura. A
silvicultura
baseia-se nas
Cobertura de
telefonia
móvel para
uma ilha, e
todos os
centros
administrativ
Líderes locais e
representantes das
aldeias apoiados
pelos secretários
do bairro, chefe
do bloco e chefe
da polícia
O
mapeamento
foi levado a
cabo para
melhor gerir
os recursos
naturais. Nas
Aga khan,
AMA,
Helvetas e
progresso,
KULIMA
Jacobus
van
Renswijk
e Mareja
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
101
subsistência
com terrenos de
1.2 hectares
alimentando 3-5
pessoas.
Estas
actividades são
reguladas pela
estratégia de
desenvolviment
o comunitário na
zona de uso de
multi recursos.
A caça e
madeira são
extraídas da AC
e empregos
ocasionais por
meio de
operadores
ilegais. Pedras
preciosas e
vários outros
mineiros
extraídos das
várias partes da
AC.
comunidade
s por toda
AC,
5 unidades
sanitárias no
Distrito de
Meluco, 9
em
Ancuabe, 4
em
Macomia, 7
em
Montepuez
licenças de
abates das
árvores. 42%
da população
é de abaixo de
15 anos de
idade e 80%
da população
é muçulmana.
Somente cerca
de 8%
concluiu o
ensino
primário (4%
das mulheres
e 13% de
homens) e
83% é
analfabeta.
Somente 21%
fala
Português. Em
Montepuez a
principal
cultura de
plantação
comercial é o
algodão, que é
plantado por
pequenos
proprietários.
As ilhas
detêm quatro
estações de
turismo que
geram
emprego para
residentes da
ilha e do
continente.
os. A AC é
atravessada
por estradas
de asfalto
com pontes
que não
suporta tão
bem as
cheias e
ciclones.
Somente
algumas
estradas não
preservadas
são de pobre
qualidade.
comunitária.
Organização
costeira para o
conselho de
pescas. A
liderança
tradicional é
através de um
chefe com a sua
linhagem
ancestral muitas
vezes restringida
ao domínio
espiritual, embora
tenha um papel
importante na
legitimação das
acções do estado
governamental na
comunidade, ex: a
cobrança de
impostos. Uma
rainha completa a
hierarquia
tradicional. A
rainha é superior
à chefe na
hierarquia social.
Ela tem um papel
importante no
sistema de
crenças
relacionadas a
chuva.
zonas
marinhas e
terrestres os
recursos estão
regulados.
Extracção de
Madeira está
licenciada fora
das áreas
protegidas, e o
uso
tradicional
pela
comunidade
de mangues,
para a
construção e
para caminhos
para o mar, as
pedras são
extraídas para
a venda e
construção. A
caça de
subsistência
está licenciada
e para
objectivos de
cerimónia e
medicina
tradicional.
Um lodge
comunitário
na ilha de
Matemo. A
agricultura em
blocos para
evitar
conflitos com
a fauna bravia.
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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Alto potencial
turístico
durante a
costa.
Parque Nacional
do Gilé
Agricultura é
considerada
como a principal
económico e
actividade de
subsistência em
Gilé e nas áreas
interiores de
Pebane. Durante
toda a área
costeira de
Pebane pescas
no mar é um
recurso
económico
significante. A
maioria da
população ao
redor de NRG
pratica
agricultura. As
castanhas são a
fonte de
dinheiro
principal.
Recursos
naturais são a
fonte principal
de alimento em
tempos de
escassez.
Sem
residentes na
AC.
Não há
residentes na
AC.
O crescimento
populacional
nos dois
distritos é de
3% embora ao
redor da
reserva nos
três postos
administrativo
s do distrito
de Gilé, a
população
cresceu por
30% entre
1997 e 2007 –
implicando
um
crescimento
rápido na
pressão nos
recursos
locais. 85% de
analfabetizção
no Gilé e 73%
em Pebane na
população
com mais de
15 anos.
Reabilitação
das estradas
de terra e
pequenas
pontes.
A maioria da
população do
Gilé fala Emakua,
a língua local
falada nesta área
é Elomwe.
Produtos da
mata e
florestais são
os principais
recursos
procurados
pela
população. O
abate de
árvore para a
aquisição do
mel causa
impacto nos
produtos da
mata
PNA Bazaruto
Agricultura de
subsistência de
pequena escala
(o tamanho
médio dos
3,500 5 Escolas
primárias, 3
no Bazarruto
e 1 em
Magaruque,
A Economia
é baseado em,
turismo e
pesca.
Emprego em
Estradas de
terra com
fraca
manutenção.
Cobertura
A maioria da
população nessas
áreas é Matswa
desde a invasão
dos Nguni. A
Duas
associações
criadas para
gestão dos
recursos
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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terrenos no
Bazaruto é de 18
hectares) pesca
marítima,
produção de
pequenos
animais, caça,
extracção de
palma para
produção de
vinho, canas e
mangues usados
para construção
de casa.
Comércio local
de produtos
básicos e peixe.
Ostras e outros
moluscos para
alimentação e
comercialização.
sem água
canalizada,
excepto para
pessoas que
vivem em
volta dos
hotéis. Na
maioria das
vezes poços
tradicional
não
protegidos e
poucos
furos. Uma
unidade
sanitária.
hotéis é
promovido
mas os
principais
proprietários
da terra têm
trabalhos
qualificados.
Transporte
por barco para
o continente
faz dos bens
muito caros.
telefónica
em algumas
áreas.
Aeródromo
em duas
ilhas com
ligação ao
aeroporto
internacional
de
Vilanculos.
liderança
tradicional
controla a
produtividade na
terra e do mar e
desde
reconhecida como
autoridade
tradicional que é
também
responsável por
solução de
conflitos locais
herança
patrilinear de
campos e arvores
assim como
outras
propriedades tais
como barcos.
naturais mas
elas não os
controlam
efectivamente.
Sobre o uso
de ostras de
areia,
queimadas
para preparar
a terra para
agricultura e
gestão de
fornecimento
de água na
terra, como
também fraca
capacidade
para manter os
pescadores do
continente
fora do
Parque. A
pesca está a
reduzir assim
como as
outras áreas
fora da AC
sobrem sobre
pescas.
Marromeu Os farmeiros de
subsistência que
utilizam
recursos locais
para
suplementar as
suas dietas e
Renda e suprir
necessidades
básicas por
artigos como
4,376
Uma
unidade
sanitária, 11
fontes de
água que
havia até
2005 nas
quais 2 são
inoperantes
Taxa de
alfabetização
muito baixa
menos de 10%
em algumas
áreas. Quase
cerca de 25%
de
empregabilida
de próximo
aos centros
Sem estradas
de acesso a
reserve de
morromeu
para chegar
neste local as
pessoas
usam barcos.
Pessoas que
vivem no Delta
do Zambeze são
da etnia Sena e
esta também é a
língua
predominante. A
liderança
tradicional local
ainda é muito
influente por
A floresta fora
do limite de
comunidade e
dentro da
Reserva é
administrada
pelo
Departamento
Provincial de
Floresta e pelo
Ministério do
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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combustível,
abrigo, artigos
domésticos e
medicamentos.
A renda
encontra-se
disponível a
partir de
trabalhos nas
concessões das
coutadas.
urbanos. meio de régulos,
sapandas e fumos.
Turismo.
Várias
associações
criadas por
ORAM para
lidar com
conflitos de
uso de terra.
Concessões de
caça (zonas
tampão MR)
Culturas de
alimentos
importantes
produzidos na
área incluem
milho, sorgo,
arroz, feijão,
abóbora,
mandioca,
batata-doce e
ervilha-de-
pombo. A
maioria das
casas também
cultiva frutas e
vegetais que são
tão diversos
quanto as
culturas de
alimento. Frutas
e vegetais
comuns
produzidas na
área incluem
mangas,
bananas,
papaias, lima,
goiabas,
repolho, tomate,
30,900 Uma escola Taxa de
alfabetização
muito baixa
menos de 10%
em algumas
áreas. Quase
cerca de 25%
de
empregabilida
de próximo
aos centros
urbanos.
Pouco acesso
a estas áreas
florestais
Pessoas que
vivem no Delta
do Zambeze são
da etnia Sena e
esta também é a
língua
predominante. A
liderança
tradicional local
ainda é muito
influente por
meio de régulos,
sapandas e fumos.
A floresta
dentro da
fronteira da
comunidade é
da pertença de
todo o
Régulado
como um
recurso
comum que
pode ser
usado por
membros da
comunidade
para
propósitos de
subsistência.
Se os
membros da
comunidade
quiserem
utilizar
produtos de
floresta para
um propósito
comercial, por
exemplo.
Produção do
carvão ou
Quadro do Processo – Projecto Mozbio 7 de Julho de 2014 – Versão Final
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cebola e piri-
piri.
venda de
madeira, então
ela/ele tem
que adquirir
uma licença
do
administrador
de distrito
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