16
D. MANUEL MARTINS Bispo emérito de Setúbal recebido com elevada estima no Colégio. P 8 SEMANA DA FILOSOFIA FEIRA DO LIVRO Grupo de Filosofia dinamiza uma semana dedicada ao pensamento e reflexão. P 4 Colégio dá especial atenção aos alunos que se destacaram pela sua prestação no ano lectivo 2009-2010. P 2 Decorreu, de 22 a 29 de Novembro, iniciativa ao encargo da biblioteca do Colégio. P 10 DIA DE MÉRITO Diversas acções assinalaram dia tão apreciado por toda a comunidade. P 12 S. MARTINHO NUMA ESCOLA DE VALORES Projecto L&L, um estreitar de laços entre continentes JORNAL DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS . TRIMESTRAL . ANO XV . SETEMBRO | OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO 2010 . €0,75 Projecto de Responsabilidade Social entre o Colégio de Lamas e o Instituto Médio Normal de Educação Marista de Luanda PROJECTO amas uanda Tão longe e tão perto

Projecto L&L, um estreitar de laços entre continentes · 2 | 43 | ENTRElinhas | SETEMBRO | OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO 2010 quadro de honra 2009.2010 notávél 2009.2010 Antigos

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D. Manuel Martins

Bispo emérito de Setúbal recebido com elevada estima no Colégio. P 8

seMana Da FilosoFia Feira Do liVro

Grupo de Filosofia dinamiza uma semana dedicada ao pensamento e reflexão. P 4

Colégio dá especial atenção aos alunos que se destacaram pela sua prestação no ano lectivo 2009-2010. P 2

Decorreu, de 22 a 29 de Novembro, iniciativa ao encargo da biblioteca do Colégio. P 10

Dia De MÉrito

Diversas acções assinalaram dia tão apreciado por toda a comunidade. P 12

s. Martinho

Numa escola de valores

Projecto L&L, um estreitar de laços entre continentes

JorNal do colÉGIo lIceal de saNTa marIa de lamas . TrImesTral . aNo Xv . seTemBro | ouTuBro | NovemBro | deZemBro 2010 . €0,75

Projecto de Responsabilidade Social entre o Colégio de Lamas e o Instituto Médio Normal de Educação Marista de Luanda

P R O J E C T O

amas uandaTão longe e tão perto

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XI

entrega de Prémios O melhor aluno dos Cursos Científico-Humanísticos e o melhor aluno dos cursos Profissionais do Colégio receberam o Prémio de Mérito do Ministério da Educação. A cerimónia decorreu no Pequeno Auditório, no dia 11 de Setembro, e os prémios foram entregues pela directora Pedagógica ao Miguel Relvas, de curso de ciências e tecnologias, e à Fátima Sá Couto, do Curso de Animação Socio-cultural. Parabéns a ambos e que continuem no caminha da excelência!

5 ano 7 ano6 ano 8 ano

9 ano 11 ano10 ano 12 ano

12 ano

12 ano melhor aluno do secundário Miguel Relvas12 ano

12 ano melhor aluno dos cursos profissionais Fátima Sá Couto

notáveL Entrega do prémio de mérito ao Dr. Vítor Castanheira, um ex-aluno do Colégio que se notabilizou na vida activa.

Percurso Colégio Habilitações Literárias Percurso Profissional

ana Filipa lima osório magalhães santos

Investigadora no Centro de Investigação em Química da Universidade do Porto

5º ao 12º ano

•Licenciatura em Química – Ramo Científico, pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.•Doutoramento em Quí-mica, pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

•Desenvolve trabalhos na área de investigação de Química–Física: Termoquímica experimental e computacional.•Foi distinguida nacional e internacionalmente com diversos prémios, nomeadamen-te: Prémio Doutor Mendonça Monteiro, Prémio Eng. António de Almeida (classifica-ção mais elevada da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto), Prémio Teresa Fonseca, Prémio “IACT Júnior Award – 2008”, atribuído bienalmente pela International Association of Chemical Thermodynamics (IACT).•Formadora na demonstração para Professores do ensino secundário, realizada pela Sociedade Portuguesa de Química – Semifinal das Olimpíadas da Química+, no Depar-tamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto•Monitora no Projecto “Escola de Química”, realizado no Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciên-cias da Universidade do Porto.•Colabora na orientação dos trabalhos experimentais de disciplinas do Mestrado em Química da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.•Colabora com o Instituto de Química Física “Rocasolano”, CSIC, Madrid, Espanha no estudo termoquímico de diversas compostos orgânicos.•Autora de várias publicações em revistas de circulação internacional com arbitragem científica e de diversas comunica-ções em conferências científicas nacionais e internacionais.•Actualmente é membro integrante do Centro de Investigação em Química da Universidade do Porto, Grupo de Investi-gação de energética molecular, colóides e bio-interfaces.

Joaquim Jorge da silva marques

Professor da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto

5º ao 12º ano

•Licenciatura em Artes Plásticas-Pintura, pela Fa-culdade de Belas Artes da Universidade do Porto.•Apresentação de provas públicas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Cientifica na Faculdade de Belas Artes da Universida-de do Porto.• Desenvolve estudos de doutoramento na área científica do desenho .

•Foi docente da Escola Superior Artística do Porto (ESAP) da disciplina de Pintura I, do Curso de Pintura.•Tem participado, como convidado, em palestras, seminários, projectos editoriais e curatoriais no âmbito do desenho. •Expõe o seu trabalho individual e colectivamente desde 1993.•É assistente da Faculdade de Belas Artes do Porto da cadeira de Desenho.

Uma investigadora de Química e um artista/professor de Belas Artes são os convidados da

presente edição dos “Notáveis”. De um lado, o mérito pelos estudos e pesquisa científica. Do ou-

tro, o ensino e a criação artística. Em qualquer dos casos, o orgulho de terem estudado oito longos

anos no Colégio e de se terem guindado a um pa-tamar de excelência. Professor Gautier de Oliveira

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SETEMBRO | OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO 2010 | ENTRElinhas | 43 | 3

Esta é a nossa Escola! Respeite-se o direito à liberdade de aprender e de ensinar! Denúncia de todos os contratos de associação pelo Governo mobiliza comunidade escolar no sentido de impedir promulgação de Decreto-Lei.

No dia 26 de Novembro, foram enviados para a Presidência da República (e cópia à Ministra da Educação) os abaixo-assinados subscritos por alunos, pais e encarregados de educação, docentes e não docentes do Colégio de Lamas, num total de mais de quatro mil e quinhentas assinaturas. Por que se mobilizou desta forma tão afirmativa toda a comunidade escolar? Que ameaças pairam sobre o nosso Colégio? O Governo aprovou em Conselho de Ministros um Decreto-Lei que alterou o Estatuto

do Ensino Particular e Cooperativo. Em nome da “diminui-ção da despesa pública, no âmbito do esforço nacional de equilíbrio das contas públicas”, o Governo, alterando aquele Estatuto, prepara-se para cortar nos contratos de apoio finan-ceiro que celebrou com o ensino privado. Está em causa o futuro de 500 escolas, 80 mil alunos e dez mil trabalhadores. A pretexto das dificuldades económicas do país, a implemen-tação destas medidas representa um grave ataque ao ensino privado e à liberdade de educação. É preciso, portanto, com toda a urgência, contestar e tra-var a promulgação do referido Decreto-Lei. Por isso, a Direc-ção do Colégio redigiu uma petição, enviada ao Presidente da República em 15 de Novembro, à qual se seguiram os abaixo-assinados, no sentido de alcançar esse objectivo. Acreditamos que a eventual promulgação de tal diploma é um acto anti-democrático lesivo dos direitos constitucionais, pois põe em causa o reconhecimento da liberdade de ensino e do direito dos pais a escolherem a educação que desejam para os seus filhos (art. 43º da Constituição da República Portuguesa). O ensino particular não se resume aos Colégios dos meios urbanos como, tantas vezes, demagogicamente, se tenta fa-zer crer. O ensino particular é também, e muito especialmen-te, constituído por Colégios como o nosso, com contrato de associação, que proporciona ensino gratuito para todos, no-meadamente aos mais desfavorecidos. É nestes Colégios que mais claramente se põe em prática o direito à igualdade de oportunidades entre todos os alunos, independentemente da sua origem social e económica. O Colégio de Lamas presta, há 40 anos, um serviço público qualificado, reconhecido pelas comunidades locais. As questões financeiras, todos o sabemos, assumem par-ticular importância em tempo de crise, como aquele que atravessamos. Todavia, estudos independentes há muito de-monstraram que as escolas privadas com contrato de associa-ção saem mais baratos ao Estado. Portanto, o diploma que o Governo aprovou não é instrumento de redução de despesa, porque essa é já obtida dentro do quadro jurídico existente, mas sim um violento ataque à existência de um ensino priva-do aberto a todos os cidadãos, mesmo os mais carenciados. Todos nós, alunos e famílias, professores e não docentes, que prezamos a liberdade de opção educativa, e muito espe-cialmente aqueles que, por terem mais dificuldades, benefi-ciam do justo apoio do Estado, devemos manifestar o nosso repúdio por esta actuação do Governo. E foi isso que fizemos quando nos mobilizámos, em força, para fazer chegar a nossa voz a quem tem poder de decisão! Esta acção do nosso Colégio é concertada com muitas outras iniciativas de outros tantos Colégios que, por todo o país, têm vindo a insurgir-se contra as medidas do Gover-no. A AEEP (Associação dos Estabelecimentos do Ensino Par-ticular e Cooperativo) encabeça esta luta e marca presença muito combativa nas negociações com os representantes do Ministério da Educação para que o enquadramento legal dos apoios às famílias seja criado de uma forma segura para os próximos anos. Estamos no ensino privado por convicção! Esta é a nossa

Escola! Pedimos aos governantes deste país que se faça respeitar o direito que temos à liberdade de aprender e de ensinar!

Joana Vieira

Directora Pedagógica

O ensino particular

é também, e muito

especialmente,

constituído por

Colégios como o

nosso, com contrato

de associação, que

proporciona ensino

gratuito para todos,

nomeadamente aos

mais desfavorecidos.

É nestes Colégios que

mais claramente

se põe em prática o

direito à igualdade

de oportunidades

entre todos os alunos,

independentemente

da sua origem social e

económica. O Colégio

de Lamas presta, há

40 anos, um serviço

público qualificado,

reconhecido pelas

comunidades locais.”

•LínguaPortuguesaa28deJaneiro/9ºano•Matemáticaa11deMaio/8ºano•Matemáticaa7deFevereiroe17deMaio/9ºano•CiênciasFisico-Químicasa19deMaio/9ºano•CiênciasNaturaisa30deMarço/9ºano•Geografiaa29deAbril/9ºano•Históriaa15deMarço/9ºano• Inglêsa22deMarço/9ºanoensino secundário•BiologiaeGeologiaa24deMarço/10ºano•BiologiaeGeologiaa17deMarçoe18deMaio/11ºano•FísicaeQuímicaAa3deMarço/10ºano•FísicaeQuímicaAa11deFevereiroe5deMaio/11ºano •MatemáticaAa6deMaio/10ºano•MatemáticaAa27deJaneiroe24deMaio/11ºano•MatemáticaAa19deJaneiroe26deMaio/12ºano•Filosofiaa22deFevereiro/10ºanoduração:Todos os testes terão a duração de 90 minutos

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Informações - Exame 2010/2011Perguntas Frequentes

onde posso obter informação sobre os con-teúdos e competências avaliados nos exames nacionais do ensino Básico ou do ensino secun-dário?

Pode consultar as informações sobre cada um dos exames nacionais na página do GAVE. Quais são os exames que o Gave disponibiliza na sua página na Internet? O GAVE disponibiliza todos os exames das primei-ra e segunda chamadas do Ensino Básico e das primeira e segunda fases do Ensino Secundário. onde posso obter informações sobre o projec-to dos Testes Intermédios? As informações destinadas a alunos e a encarre-gados de educação sobre o projecto Testes Inter-médios encontram-se na página do GAVE. onde posso obter informação sobre os progra-mas das diferentes disciplinas?As informações relativas aos programas em vigor encontram-se na página da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular na Inter-net. Qual é a correspondência entre os exames na-cionais para conclusão do ensino secundário e as provas de ingresso ao ensino superior? Esta informação pode ser encontrada na página do Gabinete de Acesso ao Ensino Superior na In-ternet. Pretendo realizar exames de equivalência à frequência para concluir o ensino secundário. como posso obter informação sobre este as-sunto? Essas informações podem ser obtidas na escola que frequenta ou frequentou. O Secretariado de Exames

ExAMES E PROVAS 2011

RESULTADOS DOS ExAMES NACIONAIS 2009/2010

os testes intermédios, realizados pela primeira vez no ano lectivo de 2005/2006, são instrumentos de avaliação disponibilizados pelo Gave e têm como principais finalidades permitir a cada professor aferir o desempenho dos seus alunos por referência a padrões de âmbito nacional, ajudar os alunos a uma melhor consciencialização da progressão da sua aprendizagem e, complementarmente, con-tribuir para a sua progressiva familiarização com instrumentos de avaliação externa. No decorrer do presente ano lectivo é o seguinte o conjunto de disciplinas sujeitas a este instrumento de avaliação:3.º ciclo do ensino Básico

1ª FaseeNsINo suPerIor PÚBlIco:127colocações

Medicina, enfermagem, arquitectura, economia, línguas… prémio pelo empenho de Alunos e Pro-fessores ao longo do ano lectivo 2009/2010

colocados por curso

Administração 4

Arquitectura 3

Bioengenharia 2

Biologia 3

Ciências (de, da…) 10

Design 5

Economia 2

Enfermagem 14

Gestão 2

Línguas 4

Medicina 10

Psicologia 2

Engenharias (outras) 31

Outros cursos 35

colocados127(85%)

Universidades 82Institutos 41Escolas Superiores 4

Não colocados22(15%)

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| 43 | ENTRElinhas | SETEMBRO | OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO 20104

A decisão de trazer à memó-ria o que já alguma vez vivemos (…) é uma opção racional, um acto de liberdade só próprio do homem, a mais soberana criatu-ra do Criador. Este ano, o GRUPO de FILOSO-FIA, decidiu de novo reviver e ao mesmo tempo actualizar de forma inovadora as memórias já vividas no Dia da Filosofia. Fê-lo, mais uma vez, de forma me-morável!. Este acontecimento congre-gou muitos esforços, vontades, alegrias e concretizações. Na ver-

dade, foram muitos os autores de tudo aquilo que presenciei e guardei na minha memória sobre a qual hoje escrevo….No epicentro desta memória que revivo, o maior espaço represen-tativo é ocupado pelas ondas de movimento surfadas pelos nossos alunos que dão alma, a sua alma colectiva, à alma do Colégio. Na realidade, o que mais contundente posso afirmar so-bre esta festa escolar, recorrendo à minha base de dados memóri-cos, é que o que a comunidade viveu, não só no dia 18, DIA DA

FILOSOFIA, mas também ao lon-go de toda a semana (15-19) fez muito ruído instrutivo-pedagó-gico no nosso Colégio. O lema que nos ocupou foi, como sempre, a FILOSOFIA e a VIDA, uma unidade única, inseparável. A ideia mor que animou o grupo de professores para esta acção era despole-tar, nos alunos, aprendizes de Filosofia, o gosto pela reflexão analítico-critica sobre a vida quotidiana, partindo de várias exposições temáticas, repre-sentações alusivas à Filosofia e de um espólio fotográfico por eles criado, contextualizado no genérico temático “Isto dá que pensar”. A experiência levada a cabo ao longo da semana, nos vários agorai (praças/palcos) do Colégio, foi inaudita e muito profícua para alunos e profes-sores, pois proporcionou a to-dos uma real partilha de ideias, aprendizagens e diálogos cons-

trutivos, muito animados e ilu-minados de racionalidade… Se o velho programa televi-sivo “Hoje acontece” estivesse no Colégio, teria muito que con-tar sobre o acontecido, concre-tamente, no grande auditório. Naquele areópago, os aprendi-zes de filosofia mostraram bem, com as suas análises e críticas fundamentadas na visualização interpretativa de várias fotos, que as suas vidas e experiên-cias não são desertos isolados de belas paisagens, mas oá-sis de pensamento criativo a emergir com a força de um magma vulcânico para a cons-trução do futuro. Na e para a memória de todos, guardaremos mais este inédito acontecimento que a Scientia Mater nos inspirou. Para o ano, cá estaremos para acres-centar a esta memória, outra ainda mais filosófica. Professor Américo Couto

O que fazer para

mudar Portugal?

No contexto da aula de Filosofia, o repto foi lan-çado: “O que fazer para mudar Portugal?” - eis uma questão que não poderia ter mais actualidade e res-postas mais divergentes. Os nossos políticos disparam com propostas que obviamente apontam para soluções no cam-po meramente económico: aumento de impostos, salários congelados, corte nos benefícios sociais, aumento de consumo de produção nacional, etc… Quase me apetece invocar Fernando Pessoa, com o seu poema Nevoeiro: “Ninguém sabe que cousa quer/Ninguém conhece que alma tem/Nem o que

é mal nem o que é bem”, e afirmar alto e bom som que o que nos falta realmente é mudar de mentalidades, rever e reavaliar a nossa escala de valores, quer a nível pessoal, quer a nível co-lectivo. Para isso, impõe-se educar ou reeducar o povo e sobretudo os seus governantes. Ora, mudar de mentali-dades não é um processo revolucionário, pontual, palpável e definitivo. A sua morosidade pode levar ao desânimo, daí a necessidade de o forma-lizar, de o institucionali-zar. Para isso, como simples estudante de dezasseis anos que se encontra ainda num processo de construção de iden-tidade, proporia preci-samente que os nossos adultos, incluindo os nossos governantes, re-gressassem à escola! Pois é, meus senhores, duas a três aulas diá-rias de Filosofia prática seriam o ideal, aulas em que vos seriam ensi-nados valores cívicos e morais de tolerância, de construção de competên-cias, não só de oratória, mas também de escuta, de partilha, de solidarie-dade, de transparência, de valorização do que é nosso e de respeito pelo que é dos outros; enfim, valores de entendimento e de união produtiva e sustentável. Obviamen-te, essas aulas seriam de carácter obrigatório e certificadas com um documento que vos de-clararia aptos para go-vernar, para produzir, enfim, para viver genui-namente em prol do

bem comum e da dignidade humana. Na nossa história colectiva, o povo, com a sua fi-delidade, a sua franqueza e generosidade, mostrou-se sempre à altura dos acontecimentos. Quem nos deixou ficar mal foram os nossos governantes. Pois é hora de mostrar de novo essa humildade para aprender, para regressar à escola, para nos mistu-rarmos uns com os outros democraticamente, para erradicarmos das nossas mentalidades esse espíri-to consumista, parasita, “subsidiodependente”, fa-cilitista e egoísta. Deste modo, quiçá, poderemos construir de novo um Império, um Império para além das fron-teiras do individualismo e da inércia colectiva. “Ó Portugal, hoje és nevoeiro”, lamenta o poeta; mas eu afirmo, “É a hora!”, é hora de nos educarmos para depois agirmos.

Mariana Costa

11º A1

Mudar de

mentalidades não

é um processo

revolucionário,

pontual, palpável

e definitivo. A sua

morosidade pode

levar ao desânimo,

daí a necessidade

de o formalizar, de

o institucionalizar.

Para isso, como

simples estudante

de dezasseis anos

que se encontra

ainda num processo

de construção

de identidade,

proporia

precisamente que

os nossos adultos,

incluindo os nossos

governantes,

regressassem à

escola!”

inic

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vas

DIA DA FILOSOFIA

…filosofia é vida enquanto seres viventes somos o que somos, essencialmente um hipocampo de memórias… sem elas, seríamos na mesma o que somos, viventes, mas inertes…., passivos, simples mario-netas mecânicas, simplesmente submetidos a uma qualquer lei natural autora e motora inalienável das nossas acções.

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SETEMBRO | OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO 2010 | ENTRElinhas | 43 | 5

colaboram nesta edição:

Textos de: Mariana Costa -11º A1, Joana Figueiredo - 12º A3, Susana - 11º CD, Diana Pereira, Bibiana Costa e Sara Silva - 12º B, clube do ambiente, grupo de cidadania ambiental, clube da saúde, Joana Reis - 11º AS, Márcia Rocha - 10º A4, Viriato Santos Sousa, Daniela Vieira - 12º A4, José Pedro Monteiro e David Maia - 11º Desp. A, Natasha Rosário - 11º A5, Joaquim xavier - 11º B, Tiago Oliveira - 11º A4, Turma do 12ºB. Professores: António Joaquim Vieira, Joana Vieira, Daniel Pedrosa, Margarida Coelho, Gautier de Oliveira, Secretariado de Exames, Fernando Vicente e Alexandra Salomé, José Eduardo Pascoal, Mário César Correia, João Sousa, Fernando Correia, Paulo Costa, equipa responsável pelo projecto L & L, grupo de EMRC, Jorge Alves, Carlos Filipe Almeida, grupo de história e Nuno Vieira.

Fotografias de: Foto André Pereira, professores Luis Filipe Aguiar, Margarida Coelho, Daniel Pedrosa e Fernando Vicente.

director: Joana Vieiraeditor: Luis Filipe Aguiardesign e Paginação: Daniel Pedrosa

NoTa: os artigos assinados são da responsabilidade dos autores.

JorNal do colÉGIo lIceal de saNTa marIa de lamas TrImesTral . aNo Xv seTemBro | ouTuBro | NovemBro | deZemBro 2010www.colegiodelamas.com

[email protected]

RuadoColégio-Apartado107

4536-904StaMariadeLamas

fich

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Um Natal de esperança O tempo do Advento é um tempo que respira esperança. Uma esperança que tem um fundamento sério, o único que poderia vir de um Deus que é o máximo Elo da natureza e da vida. Se analisarmos todas as religiões, elas conduzem-nos, através das coisas e da natureza e da vida, até ao Deus trans-cendente, na dimensão absolutamente necessária à religiosidade de todo o ser humano. Uma dimensão diferente só existirá quando a pessoa não pensa ou, alergicamente, se coloca em situações fora da realidade. Pois o nosso Deus não nos deixou vegetar no vazio ou ficar apenas com uma nebulosidade divina. Tomou a iniciativa de vir até nós. De vir inserir-se nos acontecimentos e trabalhos do homem, suportando na Sua carne o sofri-mento, a dor, experimentando a alegria e a tristeza perante as angústias dos amigos, sobretudo dos pobres, pois escolheu estes para Seus amigos prioritá-rios. Tendo e sendo tudo, preferiu ser pobre e comunicou a mensagem que não agradou aos grandes e poderosos, mas sim aos humildes e das margens da sociedade. Enalteceu os pequenos, exaltou os humildes. Os poderosos não o quiseram acolher. Natal é isto. Pobreza, ternura, simplicidade, alegria, partilha. É Deus con-nosco na simplicidade e doçura de uma Criança. É este o mistério do Natal. Deus que Se fez Homem, para que o homem se encontre a si mesmo no mis-tério de Amor que é a Encarnação do Verbo, ou segunda Pessoa da Santíssima Trindade.

Na sua primeira carta, S. João diz-nos que o Verbo de Deus Encarnado pode ser visto com olhos de car-ne, escutado por ouvidos humanos e tocado com mãos humanas. Na pessoa de Jesus Cristo, Deus invisível Se torna visível. Único, excepcional e irrepetível. Vivemos num tempo em que as pessoas pretendem afastar o elemento divino, a religiosidade conatural do homem, com novas maneiras de viver, com mo-dernices de leis obsoletas, de leis contra os direitos da pessoa humana, que fazem do homem um inimigo do outro homem. Num mundo de drogas às tonela-das, de insegurança para onde quer que se vá, de uma educação que não sabemos aonde vai parar, mas que decerto pretende afastar cada vez mais os filhos dos pais para lhes “segredar” melhor os caminhos de um mundo ateu. Apelida-se a Igreja de obscurantista e atrasada porque não aceita que os direitos do homem sejam postos na prateleira com leis iníquas e indignas do próprio homem. Não se defende a vida. Só se pensa no cifrão. O homem é, por vezes, o que menos interes-sa no que se ordena e no que se faz. Para muitos o Natal é uma festa de família, sim. Mas nem pensam nos segredos da Família de Nazaré, nem nos seus exemplos. É família somente enquanto festa com refeição melhorada, encontros familiares e muitos brinquedos, muitas prendas, pois Natal para muitas crianças tornou-se apenas isto. Mesmo face à grande crise que o mundo atravessa, gastam milhões em prendas que são para estragar brevemente na sua maioria. Uma das grandes causas da crise é o consu-mismo, inconciliável com a almejada recuperação económica. Apesar de tudo e por tudo quanto precede, Jesus nasceu para nos dar a vida e a esperança no futuro.

A Igreja, portadora da voz de Cristo, ajuda-nos a caminhar felizes segundo a Palavra de Deus, notavelmente explicada pelos seus bispos, sucessores dos Apóstolos. Há também muito de positivo e por isso a nossa voz tem de ser uma voz de esperança. Esperança de que o rosto de Jesus Cristo transpareça nos cristãos. Esperança de que os direitos humanos sejam respeitados. Esperança numa educação integral fazendo prever um futuro melhor. Esperança num diálogo positivo e constante a todos os níveis da governação. Esperança no respeito pela liberdade de ensino como consequência da li-berdade de escolha da escola. Esperança na luta por uma vida com dignidade no trabalho, na escola, na família. Esperança de que Jesus Cristo, Rei do Universo, seja o Farol que ilumine todos os que, desorientados, anseiam por saber quem são, donde vêm e para onde vão, quer dizer, qual o significado e o sentido da nossa existência. Um santo e feliz Natal.

António Vieira

Natal é isto.

Pobreza, ternura,

simplicidade,

alegria, partilha.

É Deus connosco

na simplicidade

e doçura de uma

Criança. É este o

mistério do Natal.”

SARAU DE ENCERRAMENTO DO ANO LECTIVO 2009-2010um auditório repleto de valores: manifestações culturais diversas e entrega de prémios de mérito.

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Para um investimento na... “Bolsa de valores”

acÇÕes: Título negociável apenas pela própria consciência, representativo dos valores e princípios da pessoa.accIoNIsTa: Proprietário e sujeito de acções que pretende ser feliz e realizar-se numa sociedade mais humana, justa e fraterna.aumeNTo de caPITal: Acto pelo qual se adicio-nam ao capital da pessoa as suas decisões livres e responsáveis. auTo-reGulaÇÃo: Normalização e fiscalização das actividades e comportamentos para a manu-tenção de elevados padrões éticos. BaIXa: Tendência de queda nas acções e opções que revelam falta de maturidade e bom senso e consequente crise de valores. BalaNceTe: Demonstrativo periódico do estado existencial e da qualidade de vida de uma pessoa ou sociedade através de uma reflexão crítica. BeNeFÍcIos: Bonificações, dividendos e direitos resultado da gratuitidade, da solidariedade e do altruísmo.Bolsa de valores: Associação civil sem fins lucrativos cujo objectivo básico é o investimento nos valores essenciais do espírito e do coração.Bolsa em alTa: Quando o índice médio de boas acções e decisões do dia considerado é superior ao dia anterior, o que revela confiança e optimismo.caPITal socIal: Soma de todos os recursos, bens e valores mobilizados para a constituição de uma vida digna, realizada e com sentido.caPITalIZaÇÃo: Aplicação dos resultados dos ideais da amizade e do amor ao património espiri-tual de uma pessoa.caPTaÇÃo: Canalização de recursos do conheci-mento e da ciência para aplicação em investimen-tos de autêntica felicidade.carTeIra de acÇÕes: Conjunto de acções de ver-dade, respeito e tolerância da propriedade de uma pessoa.cracK: Ocorre quando a cotação das acções éti-cas e religiosas declinam para níveis extremamen-te baixos.esPeculaÇÃo: Aproveitar contextos de materia-lismo e consumismo para viver com o objectivo de auferir lucros desonestos a curto prazo.INvesTImeNTo: É o emprego do capital da fé, da esperança e da caridade com o objectivo de obter a felicidade a médio e longo prazo.lIQuIdeZ: É a maior ou menor facilidade para ser perseverante e fiel na vivência radical de uma vida de valores e com valores.lucraTIvIdade: É a satisfação desinteressada de fazer o que deve ser feito sem a preocupação de ser visto ou reconhecido.oFerTa PÚBlIca: Colocação junto ao público de um determinado número de acções que revelam civismo e espírito democrático.oscIlaÇÃo: Sequência de mérito máximo e míni-mo atingido pelas acções de uma pessoa em virtu-de da sua capacidade de discernimento moral.PaTrImÓNIo: É o valor do total de bens imateriais de uma pessoa: sentimentos, convicções e acções concretas ao serviço dos outros. PouPaNÇa: É a parcela de rentabilidade da vida resultado de opções por aquilo que é o essencial, na valorização do ser e não do ter.reNdImeNTo: Provento em felicidade interior e em consciência tranquila que uma pessoa aufere das suas actividades laborais e de lazer.valor INTrÍNseco de uma acÇÃo: É o resul-tado dos rendimentos que se obterão com um investimento capaz de gerar lucros de vida em plenitude.Professor Paulo Costa

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“MEMORIAL DO CONVENTO”

...ou um (bom) pretexto para visitar o palácio/convento de mafrasensivelmente todos os anos, as turmas do 12º ano realizam uma visita de estudo ao convento de mafra, no âmbito da obra que estuda-mos: “memorial do convento” de José saramago.

No passado dia 12 de Novembro, as turmas do 11º ano, do curso científico-Humanístico de línguas e Humanidades, realizaram uma visita de estudo à área arqueológica de Freixo e à fundação eça de Queirós. Partimos às treze horas do colégio e, após uma viagem de cerca de duas horas, chegámos ao nosso primeiro destino. de particular interesse para os estudantes de latim, a aldeia do Freixo revelou-se im-portantíssima para a assimilação de conteúdos da disciplina.

SaímosdoColégioporvoltadas6:30hdamanhã.Aviagemfoilonga e chegámos a Mafra às 10:30h. As turmas foram divididas em dois grupos: enquanto um grupo visitaria o Convento de manhã, o outro assistiria à peça de teatro, alternando no período da tarde. A minha turma fez a visita ao Convento, de manhã. Concentrá-mo-nos à entrada onde a nossa guia, Sara, já se encontrava à nossa espera para contar o que tinha acontecido quando o rei D. João V ordenou a construção do Convento. De seguida, entrámos e vimos a Igreja inspirada na Basílica de S. Pedro, maravilhosamente decorada. Após tirarmos algumas foto-grafias, a guia continuou a relatar-nos a história por detrás de todo aquele cenário fantástico, fazendo sempre a ponte com a obra de José Saramago. Depois de tudo isto, fomos visitar o Palácio. Subimos uma longa escadaria até ao 3º andar e vislumbrámos algumas salas de visitas e de jantar. Fomos, também, até ao quarto do rei (na época, era habi-tual dormir sentado ou recostado, uma vez que a posição horizontal era conotada com a ideia de morte).

Percorremos, de seguida, 232 metros até ao quarto da rainha, enquanto a nossa guia nos explicava o porquê dos quartos dos reis serem tão afastados, ao mesmo tempo que prosseguia com a histó-ria da construção de todo aquele deslumbrante espaço. Por fim, visitámos a Biblioteca, também muito bem decorada e onde, à noite, segundo a guia, uma colónia de morcegos que lá vive se alimenta dos insectos que poderiam danificar os cerca de 40 mil livros que lá se encontram. Após o almoço, no jardim do palácio, fomos assistir à peça de teatro baseada no “Memorial do Convento”. Mas não contarei mais nada sobre as histórias que a nossa guia nos falou, nem mais adiantarei acerca a peça. Espero ter deixado curiosos todos aqueles que ainda não frequentam o 12º ano. Assim, um dia que lá cheguem, poderão visitar Mafra ou então, podem fazê-lo com os familiares, pois vale a pena.E mesmo que não tenham oportunidade de o fazer a visita, não dei-xem de ler esta obra de José Saramago, pois ficam a perceber muito do significado desta visita. Joana Figueiredo, 12º A3

áREA ARQUEOLóGICA DE FREIxO E FUNDAçãO EçA DE QUEIRóS

As ruínas da cidade romana de Tongo-briga começaram a ser escavadas em Agos-to de 1980, na aldeia do Freixo. A estação arqueológica do Freixo é Monumento na-cionaldesde1986.A área classificada tem,hoje, 50 hectares, incluindo as ruínas de Tongobriga – zonas habitacionais, fórum, termas, templo, teatro, necrópole – e o nú-cleo central da aldeia do Freixo com marcas romanas, medievais e modernas.

As partes em que os alunos revelaram mais interesse foram as habitações, particu-larmente a forma como se constituíam – os cubicula (quartos), o triclinium (sala de jan-

tar), o tablinium (escritório) -, mas, também, a própria aldeia do Freixo, as instalações de ensino da escola profissional e todas as pai-sagens rurais.

Depois de curvas e contra curvas, por vol-ta das cinco horas da tarde, entrámos na Fun-dação eça de Queirós, em Tormes, Baião. De particular interesse para todos os alunos, no âmbito da disciplina Português é a Meca do roteiro sentimental eciano. Lá, encontrámos alguns objectos do espólio do escritor: a mesa alta onde escrevia de pé; a cabaia que o seu amigo Bernardo Pindela lhe trouxe do Oriente; as pinturas e gravu-

ras que decoravam a sua casa de Neuilly, em Paris; o seu mobiliário; objectos de uso pes-soal e também o que resta da sua bibliote-ca – cerca de 400 livros encadernados com as suas iniciais, que têm servido de preciosa fonte de informação a alguns especialistas. A quinta, hoje especialmente prepara-da para a produção de um «esperto, fresco e seivoso» vinho branco, Tormes, de seu nome, apresenta, aqui e além, construções rurais primitivas, as antigas casas de caseiro de Jacinto, duas delas já recuperadas, estan-do a chamada «Casa do Silvério», com qua-tro quartos, cozinha e lareira preparada para receber turistas. Susana, 11º CD

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Nesta exposição os alunos observa-ram vários corpos expostos que foram submetidos a sofisticados processos de conservação. A observação destes espécimes reais possibilita o estudo da natureza humana que sempre fun-cionou sobre um princípio básico: “VER e SABER”, princípio este que orientou as culturas egípcias, romana e islâmica rumo a uma compreensão cada vez mais científica do corpo humano. Os nossos corpos são de facto mais complexos e maravilhosos que todos

os computadores que nos rodeiam hoje em dia. Muitos dos nossos alunos não conseguiam imaginar o que temos debaixo da pele, que forma e tamanho têm alguns dos nossos órgãos, nem compreender como o corpo funciona, do que necessita para funcionar bem, o que o destrói e o que o reanima. A visita à exposição “O CORPO HU-MANO, como nunca o viu” foi uma oportunidade única e enriquecedora. Os alunos não esquecerão tão cedo o que puderam observar: os diferentes

órgãos que constituem os sistemas do corpo humano, nomeadamente, órgãos do sistema digestivo, sistema circulatório sanguíneo, sistema respiratório, sistema reprodutor masculino e feminino, siste-ma urinário, sistema ósseo e nervoso. Cada grupo, formado por cerca de 20 alunos, foi acompanhado por um professor que, ao longo da exposição, foi explicando e confrontando os alu-nos com os diferentes sistemas, com situações/doenças relacionadas com a alimentação incompleta/desequilibra-da e com os maus hábitos ao nível da higiene pessoal e social. Os alunos tiveram um comporta-mento exemplar, manifestaram bastan-te curiosidade e interesse pelos corpos/órgãos expostos, visíveis num significa-tivo número de questões colocadas aos professores acompanhantes.

Uma ampla sala arejada e quase vazia, adorna-da por cartazes, lápis de cor em cima da mesa e uma simpática senhora que nos acolheu, pedindo que nos sentássemos, num ambiente confortável e acolhedor. As directrizes que recebemos foram captadas com atenção e curiosidade notória: sob o eco da sala compreendemos que iríamos ver o testemunho de Nuno Coelho e Adam Kershaw que viajaram e passaram pelo território de confli-to entre Israel e a Palestina, e que a exposição que montaram, que já passara por outros países como a Austrália e Alemanha, procura reflectir e trans-mitir a todo o público o que se passa, realmente, naquele território. O sangue, a guerra, os gritos que daqui não conseguimos ouvir. Factos transmitidos em cartazes e impressos num livro, procurando transmitir ao público do mundo que do fim deste conflito depende a paz mundial. É neste sentido que, de lápis de cor na mão, fomos convidados a ler e a pintar os cartazes espa-

lhados pela parede branca da sala. Creio que inicial-mente a interacção e a pintura dominou o espírito da visita, conduzindo-nos ao desejo de colorir os cartazes e entender proporções, mas assim que as legendas começaram a ser lidas o pesar e o choque foi carregando o espírito e fomentando em cada um dos alunos a surpresa e o choque, a consciência ainda assim pouco nítida do que é uma guerra e do regime de forte crueldade humana que se passa, todos os dias, na Palestina. Sabemos que o conflito israelo-palestiniano se desencadeou pela necessi-dade das Nações Unidas de atribuírem uma terra aos judeus, sendo o território Palestiniano a primeira das possibilidades. O que não sabíamos e que esta exposição nos elucidou é que o conflito israelo-palestiniano se compara em imensos pontos com o Apartheid da áfrica do Sul e com o Nazismo da 2ª Guerra Mundial: existem estradas próprias para judeus e para palestinianos, e o mesmo se aplica a escolas e instituições públicas; no sector do traba-

lho, muitos árabes não conseguem arranjar traba-lho e as entidades alegam sempre “diferença racial”; existem barreiras nas estradas, pontos de controlo, vedações eléctricas e muros de separação. Os ju-deus atacam quando querem, pelo ar, com sofisti-cados helicópteros de ataque que lançam mísseis e provocam deliberadamente ruídos sónicos que re-bentam os tímpanos e aterrorizam. E dão aos seus militares o direito de molestar, prender ou matar livremente, sem julgamento, qualquer palestiniano – homem, mulher ou criança, sob qualquer pretex-to. Proíbem também aos palestinianos o acesso a cuidados de saúde essenciais e de emergência, à instrução, ao emprego, ao direito de movimentar bens e serviços do produtor/fornecedores para o utilizador final, e até comida e água suficientes. O cenário desta guerra desenrolou-se perante os nossos olhos na cor esbranquiçada dos carta-zes, e subitamente a vontade de pintar deu lugar à reflexão e o aperto no coração tornou-se numa consciência esmagadora de que habitamos uma

pequena parte do mundo e não temos a noção do que efectivamente se passa. Subitamente, cres-cemos imenso interiormente e entendemos, tris-temente, que neste momento actos de extrema crueldade e violação humana ocorrem no Mundo, um mundo que se diz e se quer justo, que se diz liberal e que proclama Direitos Humanos. Entendemos, por entre cartazes, cores e letras, que a Paz está longe, mas que cada um de nós pos-sui uma chave e um antídoto para a alcançar. E que, sem armas ou armamento, podemos conseguir sensibilizar o mundo através da única arma pacífica existente: a palavra. Assim, abandonámos a exposição com uma outra consciência, não só no respeitante ao conflito israelo-palestiniano, mas também no que se rela-ciona com a consciência cívica e humana, que nos leva a entender que a Guerra nunca é, não poderá nem deve ser um meio eficaz de alcançar a Paz. Diana Pereira

A visita, que se desenrolou durante a tarde, teve dois objectivos principais: conhecer os principais mo-numentos da cidade do Porto, a partir de uma viagem

em Autocarro Turístico, com a descrição áudio do pa-trimónio urbano e observar a cidade do Porto e as cin-co Pontes sobre o Douro de uma outra perspectiva, a

partir do rio, através de um mini-cruzeiro fluvial. A visita terminou pelo final da tarde, altura do regresso ao Colégio. Mas foi do agrado de todos, uma vez que permitiu articular os conteúdos pro-gramáticos do tema “A Identidade Regional”, das aulas de área de Integração e contribuiu para mo-mentos de convívio salutar entre alunos e professo-res. Professor José Eduardo Pascoal

No decorrer do dia 19 de outubro de 2010 foi-nos possibilitada a nós, turma 12ºd, a oportunidade de ver uma exposição decorrente na Biblioteca de santa maria da Feira, com o intrigante nome “uma terra sem gente para uma gente sem terra”, referente ao conflito entre Israel e a Palestina. a oportu-nidade foi-nos proporcionada, antes de mais, pelo facto de nos enquadrarmos no curso de línguas e Humanidades que engloba na sua génese a disciplina de História. Neste sentido, e para possibilitar o alargamento de conhecimentos adjacentes à disciplina, deslocámo-nos à Biblioteca para ver e, curiosa-mente, participar nesta exposição, que conjugou a vertente visual de qualquer exposição com a verten-te interactiva que foi, indubitavelmente, uma grande surpresa.

ExPOSIçãO: “O CORPO HUMANO, COMO NUNCA O VIU”

CENTRO HISTóRICO DA CIDADE DO PORTO

Cursos Profissionais de design gráfico e de animação socio-Cultural descobrem o Porto

Músculos e tendõesPulmões de um fumador

No passado dia 25 de outubro de 2010, os alunos do ensino Profissional do 10º desIGN e 10º as participaram numa visita de estudo ao centro histórico da cidade do Porto. Promovida pelos pro-fessores da disciplina de Área de Integração, a visita dividiu-se entre um circuito urbano em auto-carro Turístico e um mini-cruzeiro fluvial no douro.

ExPOSIçãO NA BIBLIOTECA DE SANTA MARIA DA FEIRA

“a paz está longe”

No dia 4 de Novembro, os alunos das turmas 8º d, 8º J e 8º l deslocaram-se à cidade do Porto para visitarem a exposição “o corPo HumaNo, como nunca o viu” localizada no centro de congressos da alfândega, no âmbito de uma visita de estudo organizada pelas professoras de ciências Naturais, Isabel alexandra Pinto e Fátima rios, acompanhadas pela professora alexandra salomé.

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O D.Manuel Martins é por todos reconhe-cido pela sua notável acção dinâmica em to-das as vertentes, essencialmente na dimensão social. Todo o seu episcopado tem sido um clamor profético e ousado na denúncia dos er-ros, incoerências, hipocrisias e injustiças deste mundo e na defesa aberta e persistente dos mais pobres e marginalizados da sociedade. A sessão teve lugar no Auditório António Joaquim Vieira e iniciou-se com uma singe-la interpretação da canção “Amazing Grace” pela Mónica e Tatiana do 11ºA3 e, logo de seguida, foi com a sua simplicidade, esponta-neidade e frontalidade que D.Manuel Martins se dirigiu aos alunos de 10º e 11ºanos. Após ter elogiado o nosso Colégio pela sua grandeza, pela qualidade dos seus es-paços e pelo seu Projecto Pedagógico, des-tacou a importância da educação integral na formação dos adolescentes e jovens, pois é

essencial crescer nos grandes valores da vida, amadurecendo por dentro e de forma har-moniosa. D. Manuel Martins sublinhou que a Edu-cação é um direito e denunciou certas ten-dências estatizantes que procuram anular a pessoa e a sociedade, defendendo a necessi-dade de se estar atento à importância e valor da democracia e da educação em liberdade face a certas filosofias do Estado. D.Manuel Martins referiu ainda que o futu-ro da sociedade são os jovens de hoje e que é necessária uma adequada e cuidada prepara-ção e educação. Citando o papa João Paulo II, disse que os jovens são a madrugada do mun-do e devem procurar transformar, pela sua vida, esta madrugada num dia pleno de paz e de luz. Importa, por isso, dar as mãos para fazer desaparecer a injustiça e o ódio pelo diálogo, pela unidade e pela reconciliação.

Referindo-se ao progresso dos tempos modernos, acrescentou que o desenvolvi-mento que buscou a felicidade desencadeou ainda mais miséria, pois os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Defendeu o desenvolvimento, sim, mas com solidariedade e com o Homem no centro e não como um objecto ou uma peça descar-tável de uma engrenagem. De seguida, D.Manuel Martins acentuou a ideia de que a Escola deve ser um espaço onde se pensa e reflecte face a tantas vozes e ruídos. A sociedade não tem tempo para nada e está “completamente escangalhada”, não se deixando guiar pelos critérios da ver-dade e da justiça. Além de ser uma sociedade pansexualizada, vive-se num mundo de me-dos, onde o dinheiro é visto por muitos como um deus e a economia não tem em conta a dignidade da pessoa humana. Terminou sublinhando a elevada digni-dade do Homem e a predilecção paterna de Deus que ama e se preocupa por cada pes-soa como se não existisse mais ninguém.No final da conferência, D.Manuel Martins re-cebeu uma singela oferta do Colégio - uma pintura da aluna Joana Neves - e um interes-

sante livro com fantásticas imagens do nosso planeta, captadas do alto, com o título suges-tivo “A terra vista do céu”. O Grupo de EMRC agradece a presença do D.Manuel Martins entre nós e a todos, pro-fessores e alunos quantos tornaram possível este acontecimento singular.

O Grupo de EMRC

A ilustradora/designer Rosana Couceiro, ex-aluna do Colégio, marcou presença no auditório do Colégio para fazer uma apresen-tação sobre o seu trabalho e percurso acadé-mico, tendo-a preparado em especial para os alunos da área de Artes. Os alunos mostraram-se bastante entu-siasmados pela exposição que a designer fez do seu trabalho, pois foi ao encontro das ex-pectativas dos alunos e dos seus objectivos fu-turos. No final da sessão, alguns dos estudan-tes presentes abordaram a Dra. Rosana para lhe solicitarem mais alguns esclarecimentos. O grupo “Feel (the) Art” ficou bastante satisfeito com a realização desta activida-

de que permitiu adquirir algum traquejo no que concerne o planeamento, contacto com várias entidades, realização das tarefas e res-pectiva avaliação. Além disso, as informações transmitidas pela designer convidada possi-bilitaram um leque alargado de conhecimen-tos úteis para o futuro académico dos alunos presentes. Bibiana Costa e Sara Silva

d. manUeL martins entre nÓs!No dia 15 de Novembro, o Bispo emérito de setúbal, d.manuel martins, visitou a nossa escola, o que muito nos alegrou e honrou. a razão essencial da sua presença entre nós prendeu-se com o convite do Grupo de emrc para uma conferência sobre “os desafios do mundo moderno”.

ENCONTRO COM ARTISTAS

rosana Couceiro... No passado dia 24 de Novembro, pelas 14.30h, o grupo “Feel (the) art”, do 12ºB, realizou o primeiro “encontro com artista”, tendo o apoio da professora de desenho, margarida coelho.

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•acabar com a fome;•implementar educação básica para todos;•valorizar o papel da mulher;•reduzir a mortalidade infantil;•melhorar a saúde das grávidas;•combater a Sida, malária e outras doenças;•promover a qualidade de vida e respeito pelo meio ambiente;•criar uma parceria de desenvolvimento global.

Nesse sentido, foi proposto aos alunos de 2º ciclo um con-curso de desenho e pintura de um postal de Natal, abarcando os oito ODM. A venda dos postais reverterá a favor de um fun-do que será entregue à escola de Luanda com a qual estabele-ce parceria. Os trabalhos que se apresentam correspondem ao selec-cionado de cada uma das oito categorias a concurso. A equipa L & L

Na continuidade de todas as acções que foram desenvolvidos no ano lectivo passa-do, a nível local, vamos agora mobilizar toda a comunidade educativa para o “Projecto L & L – Lamas e Luanda – Tão Longe e Tão Perto” que tem como objectivo estabelecer uma parceria solidária entre o nosso Colégio e uma escola de Luanda, em Angola. O que se pretende é que todos os alunos e profes-sores trabalhem afincadamente para que das suas acções e iniciativas resulte uma melhoria das condições de trabalho de alunos que têm menos do que nós. O início deste projecto assinalou-se no

dia 15 de Outubro, com a participação de um grande número de alunos de todos os anos de escolaridade, os quais se mobilizaram para cantar o Hino do Colégio e para assistir ao descerrar de telas alusivas ao projecto, colo-cadas em lugares de destaque, nas entradas do Colégio, e que aí permanecerão para di-vulgação a toda a comunidade. Simbolica-mente, foi pedido a todos que vestissem uma peça de roupa branca, o que fez com que todos se sentissem mais unidos nesta causa. Entretanto, foi já estabelecido o primeiro contacto com a escola de Luanda – Institu-to Médio Normal de Educação Marista – e

dizem-nos os responsáveis que as carências são de toda a ordem. Assim, ao longo do ano lectivo, serão apresentadas propostas de in-tervenção, para que todos possam dar o seu contributo. No primeiro período, estiveram já a trabalhar os nossos alunos do 2º ciclo, nas aulas de Formação Cívica, para conhecerem e perceberem o que são os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, e nas aulas de EVT, para prepararem a sua participação no concurso de postais de Natal, cuja temática é exactamente os ODM e o nosso Projecto L & L. No 2º período, vamos lançar propostas de trabalho para o 3º ciclo, cujos alunos vão procurar interagir com os seus colegas de Luanda, estabelecendo laços de amizade via carta e correio electrónico. Contaremos, ain-da, com os alunos do Secundário para orga-nização de eventos e campanhas de recolha de bens e donativos. Desta forma, o nosso Colégio quer fazer do longe perto, aproximando jovens alunos e

professores de origens e realidades tão distin-tas, mas habitantes de um mesmo mundo.O Projecto L & L é uma proposta de amizade que enviamos para Luanda. Esperamos que se fortaleça esta amizade, como espaço de diálogo e de respeito, e que nos torne a todos mais felizes, cá e lá, inspirados pelos ideais hu-manistas da Missão Educativa do Colégio. A equipa Responsável pelo Projecto L & L

RESPONSABILIDADE SOCIAL 2010/2011

Projecto L & L - Lamas e Luanda - Tão longe e Tão pertoUma proposta de amizade

CONCURSO POSTAL DE NATAL ALIA-SE AO PROJECTO L&Lalunos do segundo Ciclo mostram o seu valor a educação para o desenvolvimento é um desafio: transmitir conhecimentos, sensibilizar, mobilizar e motivar para as prio-ridades de desenvolvimento global e para a cidadania global. Por isso, todos devem estar alerta para os oITo oBJecTIvos de deseNvolvImeNTo do mIlÉNIo (odm), que são:

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No âmbito do seu Projecto educativo – educação Para os valores -, o colégio preocupa-se em educar para a responsabilidade social. Isto significa que queremos promover, junto dos nossos alunos, o desenvolvimento de atitudes e de comportamentos éticos e responsáveis, no sentido de os fazer cidadãos activos e participativos, traduzindo-se as suas acções na melhoria das condições de vida da comunidade em geral. Trata-se de ensinar valores que dizem respeito aos deveres e obrigações de cada um de nós para com os outros, vistos como sociedade. Não podemos ficar indiferentes à realidade que nos circunda!

Projecto de Responsabilidade Social entre o Colégio de Lamas e o Instituto Médio Normal de Educação Marista de Luanda

P R O J E C T O

amas uandaTão longe e tão perto

Objectivo de Desenvolvimento do Milénio 2 — Alcançar a Educa-ção Primária Universal. Ilustração criada por Ana Paula Coelho, 6.º L

Objectivo de Desenvolvimento do Milénio 1 — Erradicar a pobre-za extrema e a fome. Ilustração criada por Catarina Monteiro, 5.º A

ObjectivodeDesenvolvimentodoMilénio7—Assegurarasus-tentabilidade ambiental. Ilustração criada por André Seixas, 6.º J

Objectivo de Desenvolvimento do Milénio 5 — Melhorar a saúde materna. Ilustração criada por Catarina Oliveira, 6.º D

Objectivo de Desenvolvimento do Milénio 3 — Promover a igualdade do género e capacitar as mulheres. Ilustração criada por Pilar Ventura, 5.º B

Objectivo de Desenvolvimento do Milénio6—CombateroHIV/SIDA,amalária e outras doenças. Ilustração criada por Tiago Gonçalves, 5.º I

Objectivo de Desenvolvimento do Milénio 4 — Reduzir a mor-talidade infantil. Ilustração criada por Alexandra Cunha, 6.º G

Objectivo de Desenvolvimento do Milénio 8 — Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento. Ilustra-ção criada por Eduardo Guedes, 5.º G

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Grupo I – Professor: José Eduardo Pascoal / Alunos: 9º F - Rui Moreira, Ivo Pinto, Eduardo Oliveira, Paulo Matos; 9º C - Jorge Vinagre; 8º C - Samuel Gonçalves, João Barros Baptista, Pedro Miguel Oliveira, Sandro Pereira, Natália Costa,SaraBelinha;7ºJ-FernandoCruz.

Grupo II – Professor: Carlos Filipe Almeida / Alunos: 8º B - Maria Teresa Alves, Mariana Du-arte, 5º A – Beatriz Mota, Patrícia Oliveira; 5º B–BernardoCancelinha;7ºF–DianaSilva;7ºD – Diogo Vieira.

Ao longo do primeiro período lectivo, o GEO-CLUBE realizou algumas actividades geográfi-cas, tais como:

- a comemoração do “Dia Internacional do Turismo” - 27 de Setembro. Os alunos reali-zaram inquéritos aos professores e funcio-nários que, posteriormente, foram tratados estatisticamente com vista à elaboração de gráficos. Esta informação foi exposta num Painel Temático colocado no átrio de acesso à Reprografia/Bar principal, juntamente com imagens alusivas aos vários tipos de turismo.

- a construção de Globos e Rosas-dos-Ventos em papel e cartolinas.- a construção de bússolas ar-tesanais.- o visionamento de filmes e de documentários geográficos.- a comemoração do “Dia Na-cionaldoMar”(16deNovem-bro) e do “Dia Internacional dos Direitos Humanos” (10 de Dezembro), com a elaboração

de marcadores de leitura alusivos aos Direitos Humanos e distribuídos à Comunidade Escolar.

Ao longo do ano serão implementados outros trabalhos lúdico-didácticos, que pro-movem o desenvolvimento de conhecimen-tos e competências geográficas.

Professores José Eduardo Pascoal/Carlos Fili-pe Almeida

O referido concurso, promovido pelas Câma-ras Municipais de Arouca, Oliveira de Aze-méis, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Vale de Cambra, destina-se aos alunos de estabelecimentos de ensino dos respectivos concelhos e visa promover a coesão, através da sensibilização do público quanto aos be-nefícios de uma sociedade mais justa e soli-dária, pretendendo abordar o tema da Luta Contra a Pobreza e Exclusão Social.

O concurso abrange duas categorias (ca-tegoria A, destinada a alunos do Ensino Bá-sico – concurso de criação de frases-chave / slogans; categoria B, destinada a alunos dos Ensinos Secundário e Profissional – concurso de ilustração.), podendo cada escola concor-rer com o máximo de cinco trabalhos por categoria (todos os trabalhos a concurso par-ticiparão numa exposição itinerante a realizar nos cinco Municípios envolvidos, sendo os

trabalhos vencedores, em ambas as catego-rias, utilizados na edição de uma agenda para o ano de 2011).------------------------------------------------------- Para participar na categoria a, em repre-sentação do colégio, foi escolhida a Turma l do 9º ano. eis as cinco frases seleccionadas e os nomes dos respectivos autores:

FRASE 1: Ruas monumentais, onde diariamen-te passam milhares de pessoas, acolhem os olhares perdidos das crianças que delas fa-zem o seu quarto, o seu lar… Ana Rita Correia

FRASE 2: Para quê desesperar com o que tens, quando há quem não desespere por nada

ter? Bárbara Pais

FRASE 3: Deixa os preconceitos de lado e aprende a viver com as diferenças, que te en-riquecem! Sara Guedes

FRASE 4: Neste mundo, onde a realidade é dura aos olhos de quase todos, gostaria de usar um lápis que nos pintasse de igual. Ma-ria João Amaral

FRASE 5: O sem-abrigo não é uma erva dani-nha na sociedade, é uma das muitas pétalas de uma rosa que, excluída, acabou por mur-char. Bárbara SousaProfessor Fernando Correia

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Esta actividade teve como finalidade não apenas contribuir para uma (re)aproximação dos alunos a esta importante e original fonte de informação, como também promover uma reflexão sobre o que seria o mundo sem a Imprensa. Na verdade, e como foi transmitido no texto anexado aos jornais distribuídos nesse dia, para além da finalidade de transmitir notícias e informar sobre acontecimentos, a imprensa é também um agente de mudança,

tendo um papel muito importante da defesa dos direitos humanos.

Os Meios de Comunicação Social em geral, e a Imprensa em particular, exercem uma grande influência no comportamento humano, desempenhando um papel impor-tante na promoção da tolerância, do respeito, da liberdade... Valores que também o Colé-gio assume como referência. Professor Jorge Alves, Grupo de EMRC

DIA INTERNACIONAL DA IMPRENSA

data assinalada com oferta simbólica de jornais diárioso grupo de emrc, em parceria com o Jornal de Notícias, associou-se à comemoração do dia Internacional da Imprensa, no passado dia vinte e quatro de setembro. a iniciativa contou com a participação do referido jornal diário que disponibilizou, gratuitamente, cem jornais, que de-pois foram oferecidos a alunos e professores.

FEIRA DO LIVROdecorreu, de 22 e 29 de Novembro, a Feira do livro, uma iniciativa da biblioteca do colégio.Alunos e professores convidados a visitar um espaço sempre aberto

CONCURSO DE FRASES E ILUSTRAçÕES

o nosso colégio recebeu, no dia 18 de outubro, um convite, da parte da câmara municipal de santa maria da Feira, para participar no Projecto edv (crI)acTIvo – concurso de Frases e Ilustrações.

GEOCLUBE

novos aprendizes de geógrafos o GeocluBe – clube de Geografia, surgido há quatro anos no colégio, integra este ano novos membros. os aprendizes de geógrafos subdividem-se em dois grupos que são orientados, respectivamente, pelos seguintes professores:

clu

bes

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das necessidades diárias, no seu conjunto podem fazer a diferença numa sociedade cada vez mais global. Conscientes da impor-tância do Homem como parte da solução do problema, foi criado o Grupo de Cidada-nia Ambiental. Até hoje, já muito tem sido feito na área do Ambiente, no Colégio. Nomeadamente na área da reciclagem do papel, através da promoção da recolha e encaminhamento para a linha de reciclagem de resíduos da actividade diária na escola. Contudo, pode-remos fazer mais pelo ambiente e pelo futu-

ro sustentável das gerações vindouras. Como Grupo de Cidadania Ambiental, pretendemos contribuir para o despertar de uma consciência ambiental e, com peque-nos gestos na área da energia, água e resí-duos, poderemos ajudar a desenvolver uma comunidade escolar mais responsável e eco-eficiente, onde todos contribuem para que hoje possamos construir uma escola com valores de futuro. Hoje, como cidadãos, temos nas mãos o nosso futuro, o futuro do Planeta. O grupo de Cidadania Ambiental

ambi

ente

As actividades do CLUBE DA SAÚDE, frequentado por alunos do 5º ao 9º ano de escolaridade, decor-rem à terça-feira e à sexta-feira. A saúde é um bem precioso que todos desejam e para a qual devem contribuir com hábitos de vida saudável, designadamente na alimentação. A este propósito, recorde-se que foi a partir de Agosto último que en-trou em vigor a lei que obriga a uma

reduçãode25%desalnopão. Os Portugueses consomem mais do dobro da quantidade de sal do que devem! Dados divulga-dos indicam que a diminuição de sal no pão pode significar menos 3 mil mortes por problemas cardio-vasculares (AVC, tromboses). Assim, pela nossa saúde no ano 2011: viva o INSOSSO!

O Clube da Saúde

CLUBE DA SAÚDE

o clube, durante este primeiro período, assinalou junto da comunidade escolar vários dias temáticos: 16 de outubro - dia da alimentação; 30 de outubro - dia da Prevenção do cancro da mama: 17 de Novembro - dia do Não Fumador; 1 de dezembro - dia do combate à sida.

CIDADANIA AMBIENTAL

Um gesto responsável por um futuro! em 1987, o relatório de Brundtland, elaborado pela comissão mundial sobre o meio am-biente e desenvolvimento, da oNu, alertou pela primeira vez para uma grave incompatibilida-de existente entre o desenvolvimento sustentável e os consumos vigentes. a elevada taxa de exploração de recursos naturais foi vista como problemática para a sobrevivência das gerações futuras.

saBIas Que…

Cada cidadão europeu produz em média 1kg de lixo por dia.

saBIas Que…

Em média, uma televisão usa 45% da sua energia em modode espera. Se todos os europeus evitassem utilizar o modo de espera dos equipamentos, pou-pariam energia suficiente para abastecer um país do tamanho da Bélgica.

saBIas Que…

Tomar duche exige quatro vezes menos energia do que um ba-nho de imersão.

saBIas Que…

O papel é o produto mais reci-clado na Europa. Mais de meta-de do papel utilizado na Europa provem da reciclagem.

saBIas Que…

O papel higiénico e os lenços depapelcontêmentre60a70%depapelrecicladoeosjornaispodemusaraté100%.

saBIas Que…

A energia poupada pela recicla-gem de uma garrafa de vidro é suficiente para manter acesa uma lâmpada de 100 watts du-rante 4 horas.

saBIas Que…

Se reciclares uma lata de alu-mínio estás a poupar energia suficiente para alimentar um computador portátil durante dez horas.

saBIas Que…

As fábricas de papel utilizam muito menos energia se produ-zirem papel a partir de jornais velhos de que se o fizerem a partir de pasta de madeira.

CLUBE DO AMBIENTE

X 100 ! Olá! Aqui estamos nós, mais uma vez, o Clube

do Ambiente.

Somos quatro grupos diferentes (45 alunos)

com muita vontade de trabalhar e mudar o “am-

biente”, aqui no nosso Colégio! Juntamo-nos às

segundas, terças, quartas e quintas-feiras ao pri-

meiro bloco da manhã, sempre acompanhados

pelos professores e amigos Ana Castro e Rui Tei-

xeira Lopes.

Continuaremos a ser um grupo dinâmico,

desenvolvendo actividades que visam incutir em

toda a comunidade escolar uma atitude amiga do

ambiente assumindo, assim, uma maior responsa-

bilidade com o nosso planeta.

O Clube do Ambiente

saBIas Que…

Um empregado de escritório gasta, em média, 20000 folhas de papel A4 por ano. A maioria dessas folhas acaba no caixote do lixo.

saBIas Que…

Ao deixar o telemóvel ligado à corrente depois de este já estar carregadodesperdiça-se95%daelectricidade,apenas5%éutili-zada para carregar o telemóvel.

saBIas Que…

Cada 100 toneladas de plástico reciclado evitam a extracção de uma tonelada de petróleo.

Projecto “atitude azul”Desdeoanode2006oColégio,atravésdonossoClube,envioupara reciclagem de papel cerca de 6500 kg, evitando o abate de aproximadamente 100 árvores. O ambiente agradece!!!!!!

No presente ano de 2010, volvidos 13 anos sobre a apresentação do relatório de Brundtland, a WWF - World Wide Fund for Nature, apresentou um panorama nada animador sobre o futuro do Planeta. Tal como vem sendo habitual, esta asso-ciação internacional apresentou a avaliação anu-al da Pegada Ecológica global, isto é, informação sobre a pressão que a humanidade exerce sobre a biosfera através da comparação entre a procura humana de recursos e serviços dos ecossistemas com a capacidade que o planeta tem para gerar estes recursos e serviços. Em suma, apresenta qual a necessidade, em hectares, para o forne-cimento de recursos necessários para suportar a nossa actividade diária. O resultado é alarmante. Desde os anos 80 que o consumo de recursos por parte da po-pulação mundial supera a taxa de renovação, ou de reposição dos mesmos pela natureza. Hoje, de forma a suportar a taxa de exploração que efectuamos dos recursos naturais, neces-

sitaríamos virtualmente de 2,5 planetas. Isto significa que, teoricamente, estamos a gastar acima das nossas possibilidades, consumindo os recursos potencialmente necessários à so-brevivência das gerações futuras.O homem tem um papel importante para re-verter a actual situação, através da alteração de pequenos gestos dia-a-dia que, não implican-do uma diminuição do conforto e a satisfação

clu

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O Sr. Gilberto Prudente e o Sr. Alberto Ousado ganharam ambos 50 mil euros. O Sr. Prudente guardou o seu dinheiro dentro do colchão e o Sr. Ousado depositou o seu num prestigiado banco de investimentos, onde lhe foi garantido o retorno absoluto e chorudas rendas. Passados cinco anos de paz e tranquilidade, eis que rebenta a crise do “subprime” fazendo ruir todo o

sistema financeiro mundial, retirando liquidez a muitos bancos, conduzindo-os à bancarrota. Alberto Ousado recebe a constrangedora notícia de que, no “momento”, o seu dinheiro não estava disponível (nunca viria a estar). Solidário com o amigo, Gilberto Prudente não pôde disfarçar o frenesim de satisfação pela sábia opção de guardar o dinheiri-nho dentro do seguríssimo colchão…, até ao fatídico dia (jamais o esquecerá) em que a filha teve a generosa ideia de o surpreender com um colchão novo; surpresa é surpresa! Sem dizer nada ao pai,

a filha envia o velho colchão para a reciclagem e coloca o novo. Do trágico colapso financeiro da banca ao bizarro incidente doméstico, “eclipsaram-se” 100 mil euros, sem deixar rastos. O que é, realmente, o dinheiro? O seu efémero e abstracto valor poderá quantificar-se e modelar matematicamente? Jar-gões como o subprime, bolha Imobiliária, etc., popularizaram-se rapidamente nos últimos dois anos. Qual o seu significado? Que fenómenos descrevem? Nas próximas edições do Entrelinhas abordaremos estas e outras questões. Prof. Mário César Correia

EM ENTREVISTA

aNdrÉ cardoso assume coNvIcTameNTe a sua vocaÇÃo Pela cIÊNcIas ecoNÓmIcas. Falou-Nos dIsso mesmo, e revelou as comPeTÊNcIas Que a maTemÁTIca lHe Tem ProPorcIoNado.

DINHEIRO, ESSA TERRÍVEL ABSTRAçãO!

“OLIMPÍADAS DA MATEMáTICA”

... uma participativa enchente de alunos em competição

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O projecto museológico assenta em duas grandes vertentes: a pedagogia cívica e a interpretação cultural e científica, associada à Instituição Presidencial. Neste âmbito, o Museu desenvolve actividades de educação (visitas guiadas, oficinas pedagógicas e pro-jectos) e de formação nas áreas da História Contemporânea de Portugal, do Património e da Cidadania, através de exposições perma-nentes e temporárias.

A colecção, patente no Museu, teve o seu início nos presentes de Estados deixados à Presidência da República pelo General Ra-malho Eanes (primeiro Presidente eleito por sufrágiodirectoeuniversalem1976),duranteosseusmandatos(entre1976e1986). Embora importante, este espólio estava longe de ser representativo da História da Re-pública Portuguesa ou daqueles homens que exerceram o cargo de Presidente, o que origi-

nou uma intensa procura de material junto de diversos organismos e dos descendentes dos ex-chefes de Estado portugueses. Procuraram-se não só presentes de estado, mas também objectos pessoais dos Presidentes, assim como outras peças e documentos de arquivo, que ca-racterizam os três ciclos da República (Primeira República, Estado Novo e Democracia). Mais informações poderão ser obtidas em http://www.museu.presidencia.pt Grupo de História, inserindo-se nas come-morações do centenário da República.

TRIBUNA DA HISTóRIA

a escolha do museu da Presidência da república o acolhimento do visitante ao museu faz-se pela frente urbana do Palácio de Belém (que foi modificada para o efeito), residência oficial do nosso Presidente da república, estando aberto todos os dias, encerrando à segunda-feira e feriados.

cate

to d

a m

atem

átic

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E : André, este é mais um ano em que participas nas Olimpíadas Matemá-ticas. Vês mais qualquer coisa nas Olimpíadas para além do desafio matemático?A: Para além do desafio matemático, vejo uma competição saudável onde se luta por um objectivo. As Olimpí-adas nunca foram o meu preferido, pois sempre gostei mais do “Equa-mat”. Mas mesmo assim cativa-me competir, pois não é uma prova de avaliação de conhecimentos, mas sim de teste ao nosso raciocínio.

E : Qual é a sensação de estar no Se-cundário, já com uma orientação vo-cacional definida, a Economia?A: É uma óptima sensação, pois sin-to que já estou a “ meio caminho” para o meu objectivo e do qual não sinto duvidas - agora que tenho al-gumas noções mais, sei que escolhi a área certa.

E : Essa vocação teve alguma inspira-ção ou motivações especiais?A: Optar por esta área não foi fácil,

pois há sempre o receio de estar ou não a fazer a melhor escolha. Como nunca tinha lidado com a economia em concreto, não dispunha de mui-tas informações. Além disso, tinha boas notas nas disciplinas da área de Ciências, pelo que tive dúvidas se seria assim, também, em Econo-mia. Mas acabei por me decidir por esta última. Afinal, desde pequeno que me sinto ligado à área que lida com o dinheiro e o seu valor. Foi só seguir o impulso.

E : Compreendes já melhor o sentido global do mundo em que vivemos, sobretudo o financeiro?A: Desde pequeno que tive sempre contacto com o mundo das finan-ças, pois a minha família está mui-to ligada aos assuntos económicos e políticos. Aprendi e continuo a aprender muito com os meus fami-liares, pois constituem uma enorme influência para mim. Todo o conhe-cimento que adquiri em casa deu-me boas bases para compreender as grandes questões dessa área.

Como referia Platão, “Não podemos viver na ignorância, temos de pro-curar o conhecimento”, e é isso que tentarei fazer sempre.

E : A médio prazo lidarás com uma Matemática muito orientada para as Finanças. Já tens alguma ideia do significado técnico do dinheiro, por exemplo?A: Por enquanto, a Matemática con-tinua a ser a mesma, independente-mente da área escolhida. Por vezes pergunto-me por que é preciso certas matérias como Geometria no Plano, etc., se esta parece nada ter a ver com a área Económica. Mas pen-so que tudo serve para aprofundar os conhecimentos e alargar a nossa cultura. Quanto ao dinheiro, tenho a noção de que tudo gira à sua volta. É por isso importante compreender o valor que tem nas sociedades e no mundo. Destas questões tenho, sim, algum conhecimento.

E : Como futuro Economista, deverás habituar-te aos jargões como Capi-

tal, Juro e Tempo que representam variáveis na equação: Capital + Tem-po = Juro. Consegues citar algumas competências que a Matemática te proporcionou para a vida prática e profissional?A: A matemática proporcionou-me muitas competências que se reflec-tem, hoje, nas facilidades que sinto na resolução de problemas, e na abordagem de vários outros con-ceitos, sobretudo aqueles que se prendem com um fenómeno típico dos nossos dias: o consumismo. As pessoas recorrem cada vez mais ao crédito bancário, e ao fazê-lo equa-cionam as três variáveis referidas, isto é: ao capital devido é aplicada uma taxa de juros, que varia conforme o tempo. Tudo isto é Matemática.

E : Lembro-te que no 9.º ano, no âmbi-

to da Área de Projecto, desenvolveste, em grupo, um projecto empreende-dor. O Empreendedorismo Jovem diz-te alguma coisa? Já tens um projecto de vida ou é cedo ainda?A: Para um projecto de vida con-creto penso que ainda é cedo, mas como qualquer pessoa tenho os meus objectivos, que pretendo re-alizar. O empreendedorismo jovem é algo que me cativa pois é base-ado em novos valores e em novas ideias, mas por enquanto não te-nho nenhum projecto em concre-to. Tenho algumas ideias, mas estas ainda terão de ser estudadas. Para já vou ter um pequeno projecto de empreendedorismo que é a “feira da economia” e é do pequeno que se chega ao grande.

E : Queres deixar algum conselho aos alunos do 9.º ano, que este ano deve-rão fazer as suas opções vocacionais? A: O único conselho que posso dar é para se esforçarem e quando che-gar a altura de escolher, sigam por aquilo que gostam e não tanto pe-los desejos dos pais ou pelas influ-ências dos amigos , pois devemos valorizar aquilo de que gostamos.

Entrevista por Professor Mário César

OlimpíadasdaMatemática3.ºciclo7.ºano. Olimpíadas da Matemática 3.º ciclo 8.º e 9.º ano. Olimpíadas da Matemática Secundário 10.º,11.º,12.º ano.

Celebrando o dia de s. martinho Numa iniciativa que envolveu toda a comunidade, o dia de S. Martinho foi vivido com uma intensidade diferente: as paredes do Colégio serviram como ponto de afixação de diversos cartazes alusivos ao dia, resultado do trabalho da turma de Animação Social do décimo ano. Este espírito de partilha e alguma alegria festiva inundou também a sala de convívio dos professores, que aderiram à iniciativa, confraternizando de forma agradável.

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A actividade decorreu durante os dois intervalos da manhã, em pe-ríodos de tempo escassos. Contudo, procurámos contextualizar aquele tipo de acontecimento através de figuras e objectos simbólicos para melhor recriar o ambiente medieval.Entre os figurantes, retratámos os Juízes inquiridores do Santo Ofício, os guardas como força de autori-dade, o povo e as bruxas (mulheres conhecedores das virtudes de cer-tas plantas para a cura de múltiplas doenças), cujas práticas eram forte-mente reprimidas por serem con-trárias à doutrina da Igreja. É neste cenário que a “caça às bruxas” tem lugar. E mal se provas-sem práticas pagãs, as bruxas eram presas, torturadas e condenadas a morrerem na fogueira.

Para além de toda a caracterização fiel ao cenário da época, não falta-ram as “ladainhas” dos esconjuros, muito divulgadas na região trans-montana de Barroso. Todo este projecto permitiu empreender um trabalho de equi-pa entre as duas turmas. E se, à partida, havia reticências quanto ao sucesso deste trabalho, depois não faltaram os elogios, des-de os colegas, passando pelos pro-fessores e até assessores. Valeu a pena! Joana Reis, 11.º AS in

icia

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Professores Fernando Vicente e Alexandra Salomé

Apresentamos nesta nossa coluna de ciência, (que já leva 8 anos de existência!), mais algumas participações brilhantes dos nossos cientistas! Como sempre, primamos pela diversidade de temas: desde o Universo às curiosidades sobre os animais e passatempos. Esperamos que seja do vosso agrado e que continue a fomentar o interes-se pela cultura científica.Saudações científicas!

o Céu e as estrelas

Quem é que, à noite, ao olhar para o céu estrelado, não admira o que vê? E quem é que, quando o céu está nublado, não desejaria que ele assim não estivesse? Quem não tem, em certa medida, curiosidade acerca das estrelas?As estrelas são, admitimos nós quando somos ainda inocentes, pontos muitíssimo pequenos no céu, que brilham. Hoje, sabemos que não é assim que as coisas são e que o nosso sonho de agarrar uma é impossível, devido às suas dimensões e à distância que nos separa. Ao longo de biliões de anos, as estrelas vão evoluindo de formas diferentes, depen-dendo da sua massa. As estrelas com massa superior ao Sol vão evoluir para supergigantes vermelhas, transformando-se depois numa supernova, numa explosão fantástica. Desta explosão pode resultar uma nuvem

de gases enriquecida com elementos pesa-dos e em expansão rápida; ou uma estrela de neutrões (compostas, como o nome indi-ca, por neutrões, partículas dos átomos que constituem a matéria), muito densa; ou ainda um buraco negro: uma área situada no espaço cuja força da gravidade é tão forte que nem a luz consegue escapar! No entanto, também temos estrelas com tamanho semelhante ao Sol! Estas estrelas vão, ao longo da sua vida, evoluir para gigan-tes vermelhas, que originam nebulosas plane-tárias: nebulosa (nuvem) de gás e poeira ou uma anã branca (uma estrela de pequenas dimensões - aproximadamente do tamanho da Terra - e de elevada densidade). Enfim, como diria Carl Sagan: «Num uni-verso que já tem 10 ou 15 biliões de anos, es-tamos constantemente a esbarrar em surpre-sas.» Márcia Rocha, 10º A4

---------------------------------------------------CiÊnCia divertida

Saberes animalescos A coruja-das-neves é também conhecida com bufo-branco; esta ave encontra- se nas florestas setentrionais. Alimenta-se de outros animais: desde pei-xes, anfíbios ou lebres. Faz um voo silencioso aproveitando as elevações do terreno como “postos de vigia”- esperta… Mas na reprodução é uma ave monóga-ma, quer dizer, quando arranja namorado é até que a morte os separe! Que romântico é este casal! Viriato Santos Sousa no clube das ciências

... e esta sabias? O cloreto de sódio, NaC em designação química, é fundamental à vida! Além de tem-perar a comida, tem imensas aplicações: - tinturaria; - descongelamento de estradas; - purificação de águas; - fabricação de líquidos para arrefecimento de reactores nucleares; - conservação de alimentos!Professora Alexandra Salomé---------------------------------------------------

PersonaLidadesdian Fossey (1932-1985) Dian Fossey nasceu nos Estados Unidos da América, na cidade de São Francisco, em 1932 e desde criança que a sua paixão eram os animais! Desejava, por isso, ser veterinária e chegou até a ir para a universidade… Mas tinha dificuldades em algumas disciplinas como Física e Química. Optou por Terapia ocupacional e trabalhou com crianças deficientes, durante alguns anos. Um dia, ao ler um livro sobre os gorilas-da-montanha, que viviam em áfrica, a sua paixão reavivou-se : pediu um empréstimo ao banco e, com 29 anos, partiu à aventura para o continente Africano. Em Africa conhece outro importante in-vestigador, Louis Leaky, que a convida para estudar os gorilas-da-montanha. Instalou-se em Kabara, no Parque Nacional de Virunga, no Congo… O seu acampamento, bem jun-to dos gorilas, mantinha-a afastada de tudo e todos, passando o dia a observar os animais, ao longe, e à noite a escrever…Só uma vez por mês descia à aldeia mais próxima para se abastecer de mantimentos. Uma guerra civil fê-la mudar de país e ini-ciar novo acampamento, «Karisoke», porque ficava entre os montes Bisoke e Karisimbi! Desta vez a sua tarefa de observação foi penosa: os gorilas não se mostravam simpáti-cos ou receptivos a observações… eram víti-mas da caça por parte de homens sem qual-quer respeito pelos animais. Mas Diane foi persistente! Ao longo dos anos conquistou a confiança destes primatas, chegando mesmo a estar no seio deles. Divulgou o produto das suas observações no livro Gorilas na Bruma que serviu de argu-mento para um filme. Graças à sua coragem, o mundo ficou a conhecer melhor estes grandes primatas, a sua forma de viver e se relacionar. Infelizmente, a sua paixão foi a sua morte: morreu assassinada por caçadores furtivos, enquanto defendia os seus gorilas. Mas, para não terminar com tristeza a vida desta mulher tão tenaz, relembro o episódio do momento em que recebeu o convite para trabalhar em áfrica. Disseram-lhe, sem mais explicações, que só poderia ir se tirasse o apêndice (órgão junto ao intestino grosso)! Rapidamente cumpriu esta “condição”! Só depois percebeu que era uma brincadeira!

Para reflectir: quais as qualidades a destacar nesta mulher ? Paixão, persistência, paciência, tenacidade, coragem?

sugestão para férias: procura o filme e visio-

na-o na companhia da família ou amigos.

---------------------------------------------------Férias Com CiÊnCia

Cultura Científica em família! Numa época em que se fala da neces-sidade de desfrutar de bons momentos em família, não necessariamente em casa frente a um televisor ou a uma consola, aqui ficam algumas sugestões de visitas/actividades destinadas a famílias! Aproveitem!

Fábrica da ciência em aveiroQuímica por tabela - a partir de uma sequên-cia de reacções químicas espectaculares, con-jugadas com artes cénicas de luz e som, são proporcionados momentos de comunicação de ciência. Durante o “espectáculo” são utili-zados reagentes que se combinam para, em reacções rápidas (e até muito rápidas!) forma-rem produtos de reacção com efeitos visuais sempre fantásticos.

A Cozinha é um Laboratório - convida a des-cobrir a ciência e tecnologia que existe num lugar tão familiar como a cozinha. Este é um espaço onde “mãos na massa” tem um sig-nificado literal. Através da experimentação e observação das transformações químicas e bioquímicas que ocorrem quando prepara-mos uma refeição, são abordados os proces-sos subjacentes a estas alterações.

Zoo de santo InácioVisita os novos inquilinos do Parque, num ano dedicado à Biodiversidade. São apresenta-dos muitas espécies, um grande número em vias de extinção. Uma bela tarde de Outono, coberta de castanho, com a colaboração de S. Pedro, será fantástica! Professor Fernando Vicente

---------------------------------------------------Passa-minUtosnome de aves, em todas as direcções

F O C U P A T O Z E

A G A L I N H A E G

L T G A N S O V B U

C I V Z G E W E R A

A A H O U A U ç O C

O C O L I B R I x O

R I S O M E L R O R

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P A R D A L O M I J

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can

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da

ciên

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QUEIMA DA BRUxA

representação medieval Nas actividades integradas no dia Internacional da Filosofia, as turmas de animação sociocultural e desporto a, do 11º ano, procuraram retratar o cenário medieval do julgamento e queima das bruxas às ordens do santo ofício, mais propriamente da Inquisição.

Page 14: Projecto L&L, um estreitar de laços entre continentes · 2 | 43 | ENTRElinhas | SETEMBRO | OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO 2010 quadro de honra 2009.2010 notávél 2009.2010 Antigos

| 43 | ENTRElinhas | SETEMBRO | OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO 201014

Como conciliar a vida de estudante com o regime de alta competição?

Como é do conhecimento de todos, conci-liar a prática de um desporto, no regime de alta competição, com uma vida escolar de su-cesso não é, definitivamente, tarefa fácil. Os atletas que estão englobados no regime de alto rendimento são todos aqueles a quem lhes é conferido o Estatuto de Alta Competi-ção e aqueles que também estejam integra-dos no percurso da alta competição (são obri-

gados a constar no registo do Insti-tuto do Desporto Profissional). Os critérios técnicos são baseados no reconhecimento do sucesso, tanto no contexto inter-nacional, como no nacional. Para tal, concorrem varia-dos factores rela-cionados com as provas em que os referidos atletas/estudantes estão a participar, como, por exemplo, as classificações ob-tidas e o desem-penho individual,

medido através da obtenção de prémios indi-viduais. Ser um atleta de alta competição, como é o nosso caso, tem as suas vantagens e desvan-tagens. Entre todas as vantagens referentes ao regime de alta competição, salientamos as seguintes: aquisição do Estatuto de Alta Competição, que traz enormes vantagens no (acesso ao) Ensino Superior; obtenção de uma melhor capacidade, quer ao nível físico, quer mental, e maior habilidade de actuar em situações de stress e pressão, uma vez que a mente de um atleta está, de certa forma, habituada e “programada” para saber lidar com a pressão (dos adeptos, das direcções desportivas, dos treinadores, ou mesmo de uma nação, quando se representa uma Selec-ção Nacional). Por outro lado, existem as desvantagens, nomeadamente a fadiga, que afecta o dia-a-dia dos atletas/estudantes, resultante das muitas horas semanais de treino e de com-petição e das poucas horas de descanso, asso-ciada à consequente escassez de tempo para dedicar à realização de tarefas escolares. Assim, o que é, então, necessário para ter sucesso nestas duas vertentes da vida que, à primeira vista, parecem ser quase impossí-veis de conciliar? Após um pequeno debate entre nós, que temos experiência neste regi-me, concluímos que a chave para o sucesso é a organização. Claro está que a pergunta que surge logo de seguida é “Como é possí-vel haver organização nestes atletas que têm o tempo todo ocupado, com treinos, escola e trabalhos associados à mesma?”. A resposta é simples, mas difícil de ser posta em acção, mas aqui deixamos uma sugestão: nas aulas, há que fixar tudo que os professores dizem, apontar as dúvidas referentes aos temas estudados e, no curto espaço de tempo disponível, realizar as tare-fas escolares propostas pelos professores e só então, quando tudo o que acima foi referido estiver preparado, descansar. O objectivo é saber fazer render ao máximo o tempo, e se-guir a máxima “Não cruze os braços diante de uma dificuldade, pois o maior Homem do mundo morreu de braços abertos!”.

José Pedro Monteiro

jogador de voleibol, atleta

do Esmoriz Ginásio Clube

David Maia

jogador de futebol, atleta do

Clube Desportivo Feirense

11º Desp. A

Esta nova Associação de Estu-dantes, que abraça ideais pacíficos, coerentes e dinâmicos, lutará por dar voz aos alunos. Esta lista, ao vencer uma campanha civilizada e renhida, pauta-se por um grande sentido de responsabilidade.

Os alunos João Costa e Hélio Maia, representantes da Associa-ção de Estudantes, propõem levar a cabo algumas iniciativas, das quais se destacam campanhas solidárias, torneios desportivos e radicais, festas e festivais, baile

e viagem de finalistas, concurso Miss & Mister, entre outros; de sa-lientar a proposta de realização de workshops de fotografia, de música, de dança e colóquios so-bre temas da actualidade, bem como concurso de talentos e ex-

posições artísticas de trabalhos realizados pelos alunos. A nova Associação de Estu-dantes tem como principal ob-jectivo dar voz activa aos alunos e torná-los personagens principais na longa e riquíssima história des-te Colégio. Mais do que promes-sas, a Associação de Estudantes tem como missão levar a bom porto os principais interesses dos alunos a fim de que, cada vez mais, o Colégio seja a instituição de e para todos nós. Daniela Vieira, 12º A4

viva a nova associação de estudantes!a campanha para a associação de estudantes terminou. os alunos foram a votos e a sua voz foi sobera-na. das três listas concorrentes, os alunos do colégio escolheram aquela cujos ideais melhor os serviam. assim, o colégio conhece mais uma associação de estudantes, constituída por um grupo de alunos visionários que se juntou para, com o seu contributo, fazer com que este seja um ano diferente, com objectivos diferentes, exequíveis e úteis (sem esquecer as festas, os concursos e as actividades lúdicas).

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Parte I

Desde os tempos da Antiguidade que conhecemos exem-plos da relação entre a música e as artes visuais. Tratando-se de duas formas de comunicação anteriores à invenção da escrita e com possibilidade de interpretação mais ampla, mais universal que esta, muito cedo convergiram nas sociedades primitivas e encontramo-las associadas em momentos distintos ao longo da evolução da História da Arte. Remotamente falam-nos a pintura e a escultura da música, em representações que se podem encontrar tanto na arte da Me-sopotâmia como na do Antigo Egipto, na da Grécia ou na de

Roma, mas ainda em tantos outros mo-mentos e culturas. O papel que a pintura e a escultura assumem na liturgia cristã da Idade Média, por exemplo, era secun-dado pelo som que, ora através do cânti-

co, ora pela via da execução instrumental, proporcionavam ao culto a ambiência ideal. É, no entanto, no século XVII que na História da Arte e da Cultura surge o momento em que se vislumbra a modernida-de, momento esse que oferece desde logo uma multiplicidade de soluções, no campo da expressão artística, soluções essas que fundem as artes da música com as artes plásticas, com a arquitectura e a literatura e de onde a expressão máxima terá sido alcançada pela ópera – é o Barroco na sua plenitude. Por outro lado, no século XIX, as atmosferas de Claude De-bussy seriam porventura diferentes, não tivessem os impres-sionistas pintores observado tão “nitidamente” a impressão

fugaz, a sugerida aparência. Olho e ouvido afiguram-se-nos como um mesmo órgão para diferentes estímulos perceptivos. As primeiras correntes do modernismo no início do sé-culo XX são profícuas na produção artística de diversas ex-pressões sob uma mesma “bandeira”. O Expressionismo le-gou-nos as experiências da Escola Vienense com a sua música expressionista atonal, contra a tradição europeia em que a música utiliza uma estrutura de consonâncias harmónicas. Arnold Schoenberg, Anton Webern e Alban Berg, da escola de Viena, são os construtores de uma nova linguagem mu-sical, onde a envolvência emotiva é muito vincada. A estrei-ta relação pintura-música, neste período, leva o compositor Schoenberg a pintar, em 1910, um quadro expressionista que intitulou “Olhar Vermelho”. Foi por essa via, a da analogia entre linguagens distintas, que Wassilly Kandinsky entendeu seguir quando iniciou a fundamentação da autonomia das artes plásticas, em espe-cial da pintura, relativamente às artes da escrita, ao universo da literatura. Tinha Kandinsky atingido o pico do conceito “Arte pela Arte”, vislumbrando uma nova visão que definiti-vamente libertava a pintura do mundo dos objectos. Quando este afirmava que “… a cor é um meio para exercer uma influ-ência directa sobre a alma. A cor é a tecla; o olho, o martelo. A alma o instrumento das mil cordas. O artista é a mão que, ao tocar nesta ou naquela tecla, obtém da alma a vibração justa…” está tão somente a centrar a sua atenção na especifi-cidade da linguagem plástica e dos seus elementos, que deve ter a capacidade de estimular a percepção visual e de provo-car emoções, tal como a linguagem musical, em vez de se completar na busca da descrição literária. Já antes, Henri Matisse começara por estabelecer uma íntima ligação entre música e cor, quando trata a dança e a execução musical, através de uma acentuação cromática inverosímil que ninguém ousara ainda ou, mais tarde, quan-do designa uma série de trabalhos executados na década de 1940 por “Jazz”.

Nuno Vieira

Professor

Pontos de convergência entre as expressões plástica e musical na arte moderna(ou como a pintura tomou da música o exemplo)

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SETEMBRO | OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO 2010 | ENTRElinhas | 43 | 15

Gran Torino, de Clint Eastwood, vs Sermão de Santo António aos Peixes, de Padre António Vieira O filme Gran Torino, que vi, com os alunos da minha turma, em duas au-las de Português, aborda temas da sociedade actual, nomeadamente o racis-mo e os preconceitos raciais, a dificuldade de integração dos imigrantes nos países de acolhimento, os traumas pós-guerra que marcam ex-combatentes, a

exclusão/solidão na terceira idade e a violência. Considero, após ter visto o filme, que as duas aulas resultaram numa estratégia pedagógica pertinente, uma vez que o mesmo foca várias te-máticas do nosso tempo e que, de algum modo, estabelece pontes com o Sermão de Santo Antó-nio aos Peixes, do Padre António Vieira, analisado nas nossas aulas. Com este sermão, Vieira dirige-se, essencialmente, aos colonos portugueses, no Brasil do século XVII, a fim de os consciencializar de que a escravidão a que submetiam os nativos locais era desumana. Tal como os nossos colonos, nesse tempo, exploravam os indígenas brasilei-ros, no filme de Clint Eastwood um gangue de orientais, numa cidade dos EUA, pretendia explo-rar o jovem Thao, tendo-lhe imposto o roubo do carro de estimação do protagonista do filme, um Ford Gran Torino de 1972.

Com o seu sermão, Padre António Vieira quis agitar as consciências humanas e conduzir os homens à reflexão, procurando evitar que o Mal prevalecesse sobre o Bem. Também o jovem pa-dre do filme tenta chamar à razão Walt Kowalski, personagem brilhantemente interpretada por Clint Eastwood, pedindo-lhe que se confessasse.

Padre António Vieira divide o sermão em duas grandes partes: na primeira, louva as virtudes dos peixes e, na segunda, repreende-lhes os ví-cios, numa alegoria que pretende criticar os vícios dos homens do século XVII, sobretudo os colonos portugueses. Analisando o filme com atenção, poderemos perceber que o jovem Thao pode ser comparado à rémora, no sermão de Viei-ra, já que o jovem asiático guiou Kowalski para o caminho do Bem. De facto, no início do filme, Walt Kowalski mostrava-se arrogante, egoísta, racista, solitário, mas o jovem Thao conseguiu fazer com que este se sentisse menos só e encon-trasse uma razão de ser para a sua existência, que parecia ter perdido o sentido desde a morte da sua esposa. Ao longo do filme, a personagem desempenhada por Clint Eastwood torna-se um defensor intransigente de Thao e da sua família, chegando mesmo a fazer “tremer” o gangue de jovens hmongs e um grupo de afro-americanos, o que nos remete um pouco para o papel do Tor-pedo, que Vieira louva, por fazer tremer o braço dos pescadores.

Quanto aos indivíduos de raça negra que, no filme, importunaram a jovem Sue, irmã de Thao, podem ser comparados aos roncadores, que Vieira critica, pois pareciam muito fortes, mas amedrontaram-se e fugiram, quando con-frontados por Walt (ou seja, roncaram muito,

julgando-se importantes e fortes, mas não passavam de jovens fracos e cobar-des). Outra comparação passível de ser estabelecida, nas duas obras – o ser-mão e o filme -, é entre a neta de Kowalski e uma das repreensões que Vieira faz aos peixes (e aos homens do seu tempo). De facto, as atitudes de Ashley, a jovem neta do veterano da Guerra da Coreia, que vai ao funeral da avó com roupa desapropriada e que, posteriormente, pede ao avô que lhe deixe o Gran Torino e um sofá como herança, fazem lembrar a atitude de todos os peixes que se comem uns aos outros, e dos homens que, segundo Vieira, também se “comem” (exploram, roubam), quer enquanto vivos, quer aquando/depois da morte de algum. Esta atitude mostra uma ambição desmedida de ter, que poderia remeter-nos para outro dos peixes que Vieira repreende, os voadores, que ambicionavam ser peixes e aves, em simultâneo. Em jeito de conclusão, poder-se-á dizer, ainda, que este filme não deixa indiferentes aqueles que o vêem, como aconteceu comigo e com os meus cole-gas de turma, estimulando o seu pensamento e levando-os a questionar-se, tal como o Sermão de Santo António aos Peixes foi uma tentativa de Vieira, no sentido de incentivar os fiéis que, naquele dia 13 de Junho de 1654, assistiram à missa que ele celebrou no Maranhão.

Tiago Oliveira

11.º A4

Com o seu sermão,

Padre António

Vieira quis agitar as

consciências humanas

e conduzir os homens

à reflexão, procurando

evitar que o Mal

prevalecesse sobre o

Bem. Também o jovem

padre do filme tenta

chamar à razão Walt

Kowalski, personagem

brilhantemente

interpretada por Clint

Eastwood, pedindo-lhe

que se confessasse.”

LEITURAS

“Não se tem uma biblioteca para

arrumar os livros, mas para guardar

aqueles que é preciso ler”.

Umberto Eco

“O Porco de Erimanto” é uma colectânea de contos de A.M. Pires Cabral, escritor transmontano que está entre os melhores prosadores portugueses em actividade. Como, por exemplo, Mário de Carvalho, Pires Cabral explora bem a riqueza da língua portuguesa. E faz de cada conto, para lá da história em si mesma, um primor de linguagem. Os contos são ora divertidas, ora cruéis, mas sempre com um fundo de fantás-tico. Pires Cabral gosta de manipular as suas personagens e de vê-las em esta-do de angústia. Por causa de um buraco na parede, o hóspede de uma pensão barata alucina com o que se passa no quarto ao lado. Há quem se transforme no seu objecto de estudo (o porco que dá título ao livro), quem lute com a própria som-bra ou com um cancro tão íntimo que até tem nome de gente (Desidério) e por isso se torna difícil de eliminar. Todos os protagonistas enlouquecem ou são vítimas da loucura dos outros. E quando não ficam doidos, adoecem. Noutra história, sugere-se que «um coração doente é o melhor tesouro que um homem pode ambicionar», porque nos oferece o consolo de uma morte rápida. A morte, aliás, está sempre a pairar neste livro, nos seus mil disfarces. Um livro delicioso. Professor João Sousa

o PorCo de erimanto de A. M. Pires de CabralEdições Cotovia, 258 páginas

Miguel Real é, indiscutivelmente, um dos mais notáveis escritores portugueses da actualida-de, destacando-se pela mestria na escrita do romance histórico. O seu mais recente livro é prova disso mes-mo. A personagem central é, como o título indica, a última rainha de Por-tugal, uma francesa casada com o rei D. Manuel II, assassinado em 1908. O manuscrito «As Memórias Secretas da Rainha D. Amélia», escrito nos seus úl-timos anos de vida e doado pela própria à Casa de Bragan-ça, em Lisboa, foi recuperado em Sófia, na Bulgária. Neste manuscrito, a Rainha D. Amélia retrata a sua vida em doze capítulos, equivalente a um por cada mês do ano, organi-zados em quatro grandes partes, correspondendo a cada uma das estações do ano, desde a Primavera, na infância, até ao Inverno triste da sua velhice. O livro apresenta-nos um retrato magnífico do Portugal da 2ª metade do século xIx e da 1ª década de xx, até à implantação da República, sempre numa perspectiva muito crítica de Portugal e das suas camadas dirigentes. Professor João Sousa

as memÓrias seCretas da rainHa d. améLiade Miguel RealDomQuixote,256páginas

Nada

Escrevo-te sem razão ou motivo aparente. Procuro apenas um refúgio, um porto de abrigo, um mun-do para o qual só eu tenha entrada livre. Um mundo meu e teu, onde eu possa recordar e reflectir sobre tudo o que já nos aconteceu e relembrar-te. Sabes, quando era pequenina, tinha sempre um sorriso estampado no rosto e tudo o que sentia era completamente puro e inocente. Não tinha noção do perigo, nem da morte. Questionava tudo e mais alguma coisa, mas obtinha sempre resposta. Lembro-me, então, de perguntar so-

bre o que era a morte e sobre como se deve lidar com ela e de me responde-rem com convicção que não me de-via preocupar com isso, porque ain-da era muito cedo para pensar nesses

assuntos sombrios.Não estando satisfeita com as respostas que obtive, procurei uma definição no dicionário. Morte: “acto de morrer ou efei-to de matar; facto ou momento que leva algo do estado vivo para o estado morto; desaparecimento dos sinais vitais, tais quais pressão arterial, movimentos respiratórios e actividade cerebral; fim, decadência; entidade imaginária que ceifa a vida.” Fiquei assustada e confusa, porque, apesar de já saber o que era, não sabia como encará-la. Até que tu partiste. Já se passaram três anos e a dor é mes-ma. A revolta e a tristeza permanecem. No entanto, a sauda-de é cada vez maior. É duro aceitar a tua perda, é duro seguir em frente e é mais duro ainda recordar-te. Sempre que me vens à memó-ria, sou arrasada por um furacão incontrolável de sensações e sentimentos. Comecei a considerar a morte menos dolorosa que a perda. Apenas quem se depara com perda, sabe o quão intensa ela é. É uma dor completamente irracional e irreversível que não tem cura ou solução. Corrói. Arruína, destrói e aterroriza. Fica-se completamente abalado e não se sente vontade de fazer nada, pois o próprio nada cansa e não preenche o vazio. Nada o preenche e nada o irá preencher. O nada é imortal e nada é para sempre. Já não acredito em finais felizes, em sonhos mágicos, curas de outros mundos e amores à primeira vista. Só acredito que, um dia, a dor irá ser curada. Não com o tempo, nem com nenhum antídoto especial. Apenas com o teu regresso ou com o nosso reencontro. E sabes, anseio reencontrar-te, meu amor.

Natasha Rosário

11.º A5

A tecnologia ao serviço do homem

A proposta de comentário à frase que serve de mote teve lugar numa das aulas de Português, num momento em que nos prepa-ramos para abordar o texto argumentativo. A frase é da autoria do premiado escritor José Saramago - uma frase que, se for bem in-terpretada, nos fornece uma ideia muito actual da realidade dos nossos dias. Esta frase serve de alerta e incentivo para as pessoas ajudarem, no que puderem, os seus semelhantes, isto é, qualquer ser vivo. O prestigiado autor diz ainda que se inves-

te mais na pesqui-sa de Marte do que na ajuda a pessoas com dificuldades, quer financeiras, quer de saúde ou de outra ordem. Ao utilizar Mar-te, o autor não quer apenas referenciar este planeta, ele refere-se a todas as tecnologias. Todos os anos gastam-se milhares, ou me-lhor, milhões de euros na pesquisa de novos equipa-

mentos, muito principalmente em arma-mento. Mas esse dinheiro poderia ser mais bem usado, por exemplo, no combate à fome e à pobreza. Para mim, esta frase diz que devemos pensar no que realmente é importante, se o bem-estar de todos os seres humanos, se as descobertas de novas tecnologias. Penso que a resposta é óbvia, mas as pessoas parece que não vêem ou não querem ver isso. Com isto não quero dizer que não devamos investir nas tecnologias; julgo apenas que te-mos de pensar em investir em tecnologias que possam resultar em benefícios para o ser hu-mano, ao invés de provocar dor e sofrimento. A tecnologia, quando correctamente ex-plorada e utilizada, salva vidas! Por isso, va-mos lá a ter atenção aonde investimos.

Joaquim Xavier

11.º B

“Chega-se mais

facilmente a Marte

do que ao nosso

semelhante”

José Saramago

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Desde crianças que observamos os livros infantis e as suas ilustrações, mesmo antes de sa-bermos ler. Algumas dessas imagens persistem na nossa memória até aos dias de hoje... A ver-dade é que a ilustração encontra-se presente no

nosso quotidiano, numa infinidade de formas e de suportes que lemos, usamos e utilizamos. Os temas de fotografia, cinema, artes per-formativas, moda e, finalmente, desenho e pintura, foram escolhidos em área de Projecto e serviram de ponto de partida para as ilustra-ções, agora estampadas em camisolas de man-ga curta. Os trabalhos foram realizados pela turma do 12.ºB de Artes Visuais, na disciplina de Oficina Multimédia, recorrendo à ferramenta in-formática de desenho InkScape — que deu ori-gem à exposição que esteve patente na galeria. A linha, a forma e o preenchimento são os elementos básicos do desenho, também utilizados na técnica da ilustração digital com imagem vectorial, presentes nos trabalhos dos alunos. Professor Daniel Pedrosa

A turma B do 12° ano, de Artes Visuais, du-rante os meses de Setembro e Outubro, de-senvolveu um projecto cujo tema geral era a Recriação do Galo de Barcelos, no âmbito da disciplina de Oficina de Artes. Com este projecto, os alunos procuraram usar a imaginação e a criatividade para repre-sentarem o Galo que, para além de ser um ex-líbris português, é também a figura de uma lenda usada pelo Estado Novo.

Sob a atenta orientação do Professor Carlos Cancelinha, os alunos criaram vários esboços, partindo da imagem e do simbolismo do Galo. Depois, com trabalho contínuo e persistente, limaram diversos aspectos até chegarem ao projecto final, que se encontra exposto. A base do trabalho, comum a todos os alunos, para além do tema, eram os materiais a utilizar. Ficou decidido, logo desde o início, que as técnicas obedeceriam aos parâmetros

do Exame Nacional de Desenho. No entan-to, outros materiais e técnicas poderiam ser aplicados, tais como colagens e pastel seco,

dando assim um toque ainda mais pessoal e criativo ao trabalho. Turma 12°B

Assim, demos abertura a este ciclo com uma exposição de T-shirts realizadas pelos alunos do 12º B, no âmbito da dis-ciplina de Oficina Multimédia. Pela mesma ocasião estiveram expostos, no edifício da secretaria, exercícios de Desenho rea-lizados nos dois primeiros anos na FBAUP, pelo nosso ex-aluno Fábio Santos, actualmente a frequentar o 3º ano da Licencia-tura em Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Todos se devem recordar das gravuras de Natal de 2009, foram um sucesso. O lucro apurado permitiu a realização de um workshop de gravura realizado na casa do artista em vila Nova de Cerveira. Foi uma experiência gratificante que ficará para sempre na memória dos alunos. Este ano relançaremos o projecto, por isso estejam aten-tos e adiram. A venda realizar-se-á durante os intervalos e no

período das reuniões de final do 1º período. Os alunos estarão disponíveis no Atelier de Gravura, onde as gravuras poderão ser adquiridas, colaborando desta forma para o financiamen-to do Projecto Artístico deste ano. No dia 24 de Novembro esteve no Colégio Rosana Mar-garida Couceiro, uma ex-aluna, Licenciada em Design pela Universidade de Aveiro, com especialização em Design Grá-fico, Web design, Concept Art e Ilustração a convite do 12º B no âmbito da disciplina de área de Projecto. A Rosana fez uma extraordinária apresentação do seu percurso académico e profissional, tendo sido uma mais-valia para os nossos alu-nos que assistiram e um orgulho para os seus ex-professores. Quem estiver interessado poderá consultar o seu trabalho em <www.rosanamc.com>, <http://cg-levelseven.blospot.com>, <http://rosie.blogs.sapo.ua.pt>, <http://twitter.com\rosecg>. Para finalizar as nossas notícias, os alunos de Artes Visuais visitaram a Exposição “TRANSPARÊNCIA - ABEL SALAZAR E O SEU TEMPO, UM OLHAR”, patente no Museu Nacional Soares dosReis,nopassadodia26deNovembro. AbelSalazar(1889-1946),médicocientista,símbolodado-

cência da Universidade do Porto e artista plástico, é um caso singular no panorama cultural português, que não pode ser avaliado somen-te numa perspectiva disciplinar. Na verdade, não só aprofundou o es-tudo do corpo biológico, através da microscopia, como estreitou os laços com o corpo social através da arte, utilizando diversas técnicas: o dese-

nho, a pintura, a escultura. Além disso, produziu uma importan-te obra teórica, em que convergem arte, ciência e filosofia. É todo esse corpo de saber que converge então para uma exposição composta por cerca de duas centenas de obras de arte (pintura e desenho) da autoria de Abel Salazar e de alguns dos artistas mais relevantes do naturalismo, do impressionismo e do modernismo português. Entre eles estão Henrique Pou-são, Silva Porto, António Carneiro, Columbano Bordalo Pinheiro, Amadeo de Souza Cardoso, Mário Eloy, Almada Negreiros, Viei-ra da Silva, e Júlio Pomar. Professora Margarida Coelho

notícias das artes no Colégiocomo vem sendo hábito, este ano lectivo retomámos o nosso ciclo de exposições no colégio.

GALERIA DE ExPOSIçÕES DO COLÉGIO

recriação do galo de Barcelosa Galeria de exposições do colégio, que funciona no espaço do bar, acolheu mais uma exposi-ção temporária, subordinada ao tema do Galo de Barcelos.

arte

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suai

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A ilustração é uma forma que os artistas gráfi-cos usam para combinar uma expressão pes-soal com a representação pictórica, de modo a veicular ideias.

ilustração digital criativa

Encontro com a artista Rosana Couceiro.

Venda de gravuras de natal.

Visita ao Museu Nacional de Soares dos Reis.

Pormenor de um desenho de Fábio Santos.

Painel informativo da exposição transparência.

Exposição de Fábio Santos no bloco administrativo.