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PODA RACIONAL DE ÁRVORES E APROVEITAMENTO DE
RESÍDUOS
A poda regular de árvores na cidade produz um volume significativo
de resíduos que, além de não terem um aproveitamento econômico,
representam uma sobrecarga considerável nos aterros sanitários. O
projeto propõe a realização de um esforço no sentido de pesquisar,
identificar, selecionar e implementar novos conceitos, instrumentos
e processos para o manejo de árvores e destinação dos resíduos.
São Paulo – Novembro - 2009
2
PODA RACIONAL DE ÁRVORES E APROVEITAMENTO DE
RESÍDUOS
Mirian Furtado Quero – Subprefeitura Penha
Marco Antonio Alves da Silva – Subprefeitura Penha
Nivaldo Prado Gonçalves – Subprefeitura Santo Amaro
Silas Macedo – Subprefeitura São Mateus
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Índice
Descrição do Projeto 04
Análise do contexto e justificativas 05
Árvore de problemas e árvore de objetivos 06 e 07
Seleção do projeto 07
Detalhamento do projeto 08
Cronograma executivo 14 e 15
Recursos necessários 16
Fontes de financiamento 18
Stakeholders 18
Monitoramento do projeto 19
Indicadores de execução e formas de verificação 19
Bibliografia 20
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Breve descrição do projeto
Tem-se como objetivo geral , aumentar a produtividade das equipes de
poda de árvores, reduzir custos, gerar receitas para a Prefeitura e minimizar o
impacto ambiental decorrente desta atividade.
Como objetivos específicos , temos:
• Executar as podas de acordo com critérios botânicos e tecnicamente
corretos;
• Processar os resíduos das podas de forma a produzir matérias primas
comercialmente viáveis;
• Criar uma fonte alternativa de receitas para a Prefeitura;
• Reduzir a sobrecarga nos aterros aumentando a sua vida útil;
• Prolongar de forma saudável a vida útil das árvores;
• Reduzir o percurso com a decorrente redução dos custos de
transporte;
• Reduzir os custos com pagamento de aterro.
Tal proposta foi pautada em experiências pioneiras desenvolvidas e
implementadas nas Subprefeituras São Mateus (poda racional) e Santo Amaro
(aproveitamento de resíduos). Como projeto piloto, a área geográfica a ser
compreendida engloba as Subprefeituras da Zona Sul, que são 07 (sete):
• Capela do Socorro
• Campo Limpo
• Cidade Ademar
• Jabaquara
• M’Boi Mirim
• Santo Amaro
• Parelheiros
5
A população que será beneficiada com a implantação do projeto será os
munícipes de São Paulo, pois além de todo o exposto acima, os munícipes serão
beneficiados com a redução do tráfego de caminhões nas marginais e
conseqüentemente, menos poluição.
Análise do Contexto
A poda e remoção de árvores, bem como a manutenção das áreas verdes
da cidade, produzem volume significativo de resíduos que além de não ter um
aproveitamento econômico, representa uma sobrecarga aos aterros sanitários,
reduzindo sua vida útil.
Além disso, com a expansão da cidade a localização dos aterros sanitários
se tornou cada vez mais distante, sendo que as Subprefeituras da zona sul
atualmente distam cerca de 60 km do aterro, sendo as mais afetadas, permitindo
apenas uma única descarga ao dia.
Dessa forma, a produtividade da equipe fica prejudicada, contribuindo para
um aumento dos custos de tais serviços.
Atualmente, existe um descompasso entre as solicitações e o efetivo
atendimento, conseqüência de uma demanda excessiva, incompatível com a
capacidade de execução, além de grande número de queda de árvores devido a
apodrecimento precoce, o que exige, urgentemente, mudança nos procedimentos
visando atendimento ao cidadão com qualidade e segurança.
Dentro destes aspectos, exige-se uma nova concepção nos métodos
adotados nos referidos serviços, visando implantar uma atividade sustentável,
atendendo as novas expectativas ambientais da sociedade com resultados eficientes
na realização dos trabalhos.
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Árvore de Problemas
DESPESAS COM ATERROS
IMPACTO AMBIENTAL (POLUIÇÃO)
ACÚMULO DE RESÍDUOS
GRANDE DEMANDA DE MANEJO DE ÁRVORES
CONSTANTE INTERRUPÇÃO DE DESCARGA NOS
ATERROS
REDUÇÃO DA VIDA ÚTIL DOS ATERROS
IMPACTO NO TRÂNSITO
NÃO GERAR NENHUMA RECEITA
FALTA DE APROVEITAMENTO
RESÍDUOS
DISTÂNCIA DOS ATERROS
PLANTIO SEM PLANEJAMENTO
PODA INADEQUADA
AÇÃO NÃO CONSIDERA AS QUESTÕES DE
RESPONSABILIDADE SOCIAL
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Árvore de Objetivos
Seleção do Projeto
Assim sendo, dentro deste contexto, pode-se avaliar alguns parâmetros,
como: técnicas de poda, produtividade da equipe, aproveitamento de resíduos,
redução de custos e geração de receitas, impacto ambiental, os quais poderão ser
incorporados nas especificações quando da elaboração de novos contratos para
estes serviços.
ELIMINAÇÃO DE DESPESAS COM
ATERROS
APROVEITAMENTO PELO PROCESSAMENTO DE
RESÍDUOS
MELHOR ATENDIMENTO DAS DEMANDAS
NÃO UTILIZAÇÃO DE ATERROS
GERAÇÃO DE RECEITA
APROVEITAMENTO TOTAL DOS RESÍDUOS
MENOR DISTÂNCIA PARA DESCARGA
ARBORIZAÇÃO PLANEJADA
PODA RACIONAL
AÇÃO COM RESPONSABILIDADE
SOCIAL
MENOR IMPACTO NO TRÂNSITO
REDUÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL (POLUIÇÃO)
AUMENTO DA VIDA ÚTIL DO ATERRO
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Detalhamento do Projeto
� Técnicas de Poda (Poda de Precisão, Racional ou Mín ima)
As árvores dão formas aos espaços públicos e tem-se constituído em
problemas urbanos, devido a planos de arborização inadequados, falta de gestão do
ambiente urbano e falta de uma consciência sobre a vegetação urbana. Isto tem
provocado o insucesso de alguns empreendimentos, além do surgimento de árvores
mutiladas, suscetíveis de queda e ataque de doenças e pragas, induzindo a morte
precoce.
O ideal é que, se a poda for necessária, que seja bem executada, ou seja,
efetuando-se a remoção do órgão vegetal, no local tecnicamente correto (precisão )
e recomendado pelos estudos disponíveis até hoje.
A poda de precisão sendo vital para a saúde da árvore deve ser incorporada
como procedimento obrigatório nos contratos, pois garante sua qualidade de vida,
provocando a diminuição do número de intervenções no exemplar arbóreo,
reduzindo o custo de sua manutenção e aumentando a vida útil e saudável da
árvore.
� Produtividade de Equipe
Com a implantação da poda de precisão, conforme descrito, a equipe terá
condições de atender maior número de solicitações, aumentando assim, sua
produtividade.
Além disso, com a redução da distância do aterro em virtude ao
aproveitamento dos resíduos em local centralizado, os caminhões poderão realizar
duas ou mais viagens ao dia, implicando diretamente no aumento da produtividade.
� Aproveitamento de Resíduos
O objetivo é aproveitar os resíduos provenientes de poda, triturando os
galhos com diâmetro até 10 cm, com as folhas, misturando-os com os resíduos
provenientes da roçagem de áreas verdes para a preparação de compostagem.
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A matéria orgânica é um recurso valioso quando decomposto ou usado
como cobertura no jardim. Melhora o solo e as plantas, previne a erosão, mantém a
umidade e nutrientes do solo, reduzindo o uso de fertilizantes químicos, fazendo
com que os vegetais expressem todo seu potencial.
Num aterro, os resíduos orgânicos em decomposição geram gás metano
que polui o ar e cria o perigo de explosão. Restos de jardim, em aterro, também
reagem com outros resíduos e dão origem a lixiviados tóxicos que contaminam as
águas subterrâneas.
O restante dos resíduos, tais como, troncos e galhos com diâmetro
superiores a 10 cm, serão preparados para comercialização como matéria prima
para artesãos, confecção de compensados, aglomerados de madeira, , briquet (tijolo
prensado para queima em lareiras e fogões a lenha), cama de frango, cama de rato
de laboratório, delimitador de canteiro e pisos em praças, e como combustível para
fornos, etc.
De acordo com a experiência já adotada na Subprefeitura Santo Amaro,
onde foi instalado um triturador de galhos em agosto de 2008, nos últimos doze
meses, com a média de 2 equipes, foram produzidas aproximadamente 750
toneladas de composto orgânico, que além da sua utilização na revitalização das
Praças da própria Subprefeitura, também foi fornecido à outras 10 Subprefeituras,
aos Parques Severo Gomes, Cordeiro e Guarapiranga, ao Viveiro Municipal de Cotia
Harry Blossfeld e Viveiro Manequinho Lopes.
É importante destacar que foram utilizados apenas os resíduos de poda de
árvores, não tendo sido utilizado os de roçagem de áreas verdes, pois demanda um
espaço maior para armazenagem. 1
1 Foto: Praça Peixoto Viegas – Autor SP-SA/STLP - Nivaldo Gonçalves
10
2
3
4
2 Foto: Triturando Galhos – Autor SP-SA/STLP - Nivaldo Gonçalves 3 Foto: Triturando Galhos – Autor SP-SA/STLP - Nivaldo Gonçalves 4 Foto: Depósito de Matéria Orgânica - Autor SP-SA/STLP - Nivaldo Gonçalves
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� Redução de Custos – Viabilidade Econômica
1 – Análise da Produtividade
De acordo com a experiência já adotada na Subprefeitura de São Mateus de que
com a implantação da poda de precisão, houve um sensível aumento na
produtividade mensal (conforme demonstra gráfico abaixo ), sendo constatado
5
Rendimento da Poda de PrecisãoSubprefeitura de São Mateus
80200
60140
816
10
0 40 80 120 160 200 240
Por
te d
a Á
rvor
e
Vistoria e Poda(Nº/mês)
Alto Risco
Grande
Médio
Pequeno
• Árvores de pequeno porte: 150%;
• Árvores de médio porte: 130%;
• Árvores de grande porte: 100%.
Resultados Positivos
Conhecimento e Aplicação do Manual Técnico de Poda
Maximiza o uso do Dinheiro Público2006 á 2009* = R$ 4.502.092,32
Aumento no Rendimento: 100% á 150 %
Libera mão de obra: 36.724 árvores plantadasRevitalização/Implantação de 21 praças
Econômicos
Atendimento ao Público
Educação Ambiental
Administrativos
6
5 Gráfico da Subprefeitura São Mateus – Autor Silas Macedo 6 Gráfico da Subprefeitura São Mateus – Autor Silas Macedo
12
5.1704.799
1.915
5001.0001.5002.0002.5003.0003.5004.0004.5005.0005.500
Nº
de Á
rvor
es P
odad
as
2006 2007 2008
Evolução da Poda de árvores-SPSMateus
OBS: redução gradual no nº de árvorespodadas, devida á implantação da Poda dePrecisão (retorno em 2-3 anos, no mínimo). 7
Fica demonstrado que o aumento médio de 100% na produtividade por
equipe, possibilita uma redução de número de equipes a serem contratadas na
proporção de 50%. Considerando que atualmente o custo de uma equipe é de
aproximadamente R$ 42.000,00 e que se tem hoje em média 03 equipes por
Subprefeitura, avaliamos que é possível uma redução conforme demonstram dados
abaixo:
• Custo mensal por equipe: R$42.000,00
• Número médio de equipes por Sub: 03
• Subprefeituras: 7
• Meses/ano: 12
• Fator de redução de equipes: 50%
• Fator de correção de produtividade (característica da região –
diversidades arbóreas): 40%
• Economia anual estimada = E (para 7 Subprefeituras da Zona Sul)
• E= R$ 42.000,00 X 3 X 7 x 12 x 0,5 x 0,4 =
E= R$ 2.116.800,00
7 Gráfico da Subprefeitura São Mateus – Autor Silas Macedo
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2- Análise da deposição de Resíduos
Tomando-se por base as sete Subprefeituras envolvidas, no período de
janeiro a setembro de 2009, foram gerados 3.259 ton. (três mil duzentos e cinqüenta
e nove toneladas) de resíduos.
Conforme informação de LIMPURB, atualmente é pago pela Municipalidade
ao aterro sanitário, a quantia de R$ 45,00 (quarenta e cinco reais) por tonelada
desses resíduos.
Sendo assim, estima-se para um período de 12 (doze) meses, 4.345
toneladas de resíduos gerados, perfazendo um valor de R$ 195.525,00 (cento e
noventa e cinco mil, quinhentos e vinte e cinco mil reais) de custos de deposição em
aterro.
� Geração de Receitas
De acordo com levantamento de mercado, tem-se os seguintes preços
vigentes para os produtos finais resultado do aproveitamento dos resíduos:
• matéria orgânica proveniente da compostagem: R$ 0,15 o Quilo;
• madeira utilizada como lenha da espécie eucalipto: R$ 25,00 / m³;
• demais espécies: R$ 15,00 /m³.
� Impacto Ambiental
A implantação desse projeto vem de encontro aos programas da Prefeitura
de São Paulo com relação à Agenda 2012, devendo contribuir de maneira
significativa com as diretrizes estipuladas pelo Governo do Estado quanto à redução
de emissões de gases de efeito estufa em 20% até 2020, onde os Municípios do
Estado de São Paulo, além de outras fontes poluidoras, deverão dar a sua efetiva
participação.
O aproveitamento desses resíduos (não inertes) também irá proporcionar
uma maior vida útil dos aterros sanitários, pois é sabido que não há na Prefeitura de
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São Paulo área disponível para implantação de novos aterros, o que projeta que as
futuras áreas disponibilizadas para este fim, serão cada vez mais distantes.
A matéria orgânica que será produzida pela compostagem, também irá
contribuir na diminuição de utilização de adubo químico, contribuindo para
potencialização do mercado de produtos orgânicos que está em pleno processo de
crescimento e aceitação.
Haverá também uma melhoria na permeabilidade do solo com a utilização
de “bolachas” de madeira como piso e delimitador de canteiro em praças públicas.
Com as técnicas de poda adequadas, haverá um aumento considerável de
vida útil das árvores, o que também vem de encontro com a melhoria do ambiente
urbano, pois é sabido que a árvore além de proporcionar sombra também reduz
barulho, melhora qualidade do ar, diminui temperatura.
Com relação ao trânsito, considerando as 07 Subprefeituras com 03 equipes
cada, com o projeto implantado, serão 35 caminhões por dia que deixarão de
trafegar nas Marginais, contribuindo para sua melhoria.
Cronograma Executivo
CRONOGRAMA EXECUTIVO - PODA RACIONAL
Meses Atividades
1º 2º 3º 4º Semanas
1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª
Exposição das Técnicas às Subprefeituras Levantamento da Demanda Vistoria Técnica e Emissão de Laudo Publicação Execução da Poda Treinamento da Equipe em campo
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CRONOGRAMA EXECUTIVO - APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS
Meses Atividades 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
Semanas
1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª
Identificar imóvel público adequado
Elaboração de Projeto Executivo da Obra ou adaptação da existente
Procedimento Licitatório para Contratação de Obra
Execução da Obra
Compra de Equipamentos - Processo Licitatório
Instalação dos Equipamentos
Contratação de Equipe
Treinamento da Equipe
Início das Atividades
Produto final disponível - composto orgânico
Demais Produtos
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RECURSOS NECESSÁRIOS (Orçamento)
Visando minimizar custos, entendeu-se viável a implantação por regiões,
tendo como piloto a região sul composta por 07 Subprefeituras já mencionadas
anteriormente. A primeira ação para tal será a utilização de área pública com
aproximadamente 4.000 m² no mínimo. Neste local, serão instalados todos os
equipamentos necessários para o pleno funcionamento da Central de Triagem e
Processamento dos Resíduos, conforme discriminados em orçamento a seguir.
ORÇAMENTO
ESTIMATIVA ORÇAMENTAL (EM REAIS)
Especificação Unidade Custo Unitário Quantidade Subtotal 1 - Recursos Humanos - Técnico de Careira homem/mês 5.000,00 1 5.000,00 - Mão-de-obra Terceirizada
homem/mês 1.300,00 10 13.000,00
- Vigilância Terceirizada
homem/mês 5.000,00 1 5.000,00
Subtotal RH 23.000,00 2 - Equipamentos triturador elétrico de 30 hp-trifásico, com capacidade de trituração de 8’’ (20 cm de diâmetro) e produção de 10m³/h
Unidade 78.000,00 2 156.000,00
- Locação Caminhão Basculante Toco Mês 10.500,00 1 10.500,00
- Locação Maq. Pá Carregadeira Mês 9.500,00 1 9.500,00
- Motosserras Unidade 2.000,00 4 8.000,00 Ferramentas diversas (machado, enxada, facão, rastelo, serras manuais, gadanho, etc)
Lote 2.000,00 1 2.000,00
Subtotal Equipamentos 186.000,00 3 - Materiais - Computador Unidade 2.000.00 1 2.000,00 - Mobiliário Lote 3.000,00 1 3.000,00
Subtotal Materiais 5.000,00 4 - Edificações
17
- Galpão de 10 X 15 m, com pé direito de 6 m, com cobertura metálica em arco
Unidade 80.000,00 1 80.000,00
- Escritório Unidade 15.000,00 1 15.000,00 - Sanitários e Vestiários Unidade 5.000,00 2 10.000,00 - Almoxarifado Unidade 10.000,00 1 10.000,00
Subtotal Edificações 115.000,00
TOTAL GERAL 329.000,00
É importante ressaltar que esse valor está suscetível à alterações em função
da infraestrutura do imóvel a ser utilizado.
ESTIMATIVA DE RECEITA ANUAL
� Projeção de resíduos gerados projetados para 12 meses – 4.345 toneladas.
� Aumento de produtividade – 50% - 2.172 toneladas.
� Total de resíduos a serem gerados – 6.517 toneladas.
� Geração de material para compostagem 60% - 3.910 toneladas.
� Receita estimada – 3.910 x R$ 150,00 = R$ 586.500,00
o Geração de resíduos para outros fins 40% = 2.607 toneladas.
o Quebra com secagem 10% - 260 toneladas.
o Produto final – 2.347 toneladas = 3.825 m³
o Receita estimada = 3.285 x R$ 15,00 = R$ 49.275,00
Economia c/ despesa de Aterro Sanitário = 6.517 ton. x R$ 45,00 = R$ 293.265,00
Receita Total Anual = 586.500,00 +49.275,00 + 293.265,00 = R$ 929.040,00
Receita mensal estimada por Subprefeitura = R$ 929.040,00 / 12 = R$ 77.420,00
Amortização do Investimento = R$ 77.420,00 x 4,25 meses = 329.035,00
Tempo de Amortização Estimado = 5 meses.
18
A quebra para a produção da matéria orgânica foi compensada pela adição dos
resíduos provenientes de áreas verdes, não considerados nos cálculos acima.
FONTES DE FINANCIAMENTO – ORIGEM DOS RECURSOS
Para a implantação será necessária a alocação de recursos próprios da
Prefeitura.
Como a proposta é que o Projeto seja auto-sustentável com a geração de
recursos provenientes da redução de custos com aterros, melhoria da produtividade
permitindo a redução de contratação do número de equipes e receita com a
comercialização dos diversos produtos gerados, estima-se que o período de
amortização do investimento inicial é de aproximadamente 05 meses.
Sugere-se também que se faça um estudo da legislação, de forma a permitir
que as receitas originadas pelo projeto, possam ser consignadas para as atividades
ligadas à conservação do meio ambiente.
Para a poda de precisão não haverá necessidade de alocação de recursos,
pois será utilizado apenas o treinamento dos técnicos das Subprefeituras, que
repassarão às equipes contratadas com o conseqüente acompanhamento.
Todo o resíduo gerado pelas 7 subprefeituras envolvidas, tanto pelo manejo
de árvores quanto pela conservação de áreas verdes será encaminhado à Central
de Processamento pelos próprios caminhões das equipes contratadas que antes
deslocavam-se aos aterros sanitários.
STAKEHOLDERS
Podemos mencionar como stakeholders neste projeto, as 7 subprefeituras
da zona sul envolvidas, através de seus subprefeitos e equipes técnicas da
Supervisão Técnica de Limpeza Pública, unidades de áreas verdes, com apoio,
acompanhamento e divulgação da Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSP)
e Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA).
Esse processo se dará desde o início, quando haverá a necessidade de
localização de um imóvel municipal que atenda aos requisitos necessários para
19
implantação do projeto e durante todo o decorrer do processo com avaliações
periódicas, sugestões de melhoria, etc...
MONITORAMENTO DO PROJETO
O monitoramento do projeto deverá ser executado rotineiramente através de
reuniões mensais com os técnicos das subprefeituras envolvidas e
excepcionalmente quando necessário, para quaisquer eventualidades, visando o
cumprimento dos objetivos propostos.
INDICADORES DE EXECUÇÃO E FORMAS DE VERIFICAÇÃO
Serão adotados como indicadores os seguintes instrumentos de medição:
• quantidade de viagens de resíduos que cada Subprefeitura enviou
durante o mês, tendo em vista que os caminhões utilizados obedecem
ao mesmo padrão de carga.(Nº de viagens/mês/sub)
• quantidade de resíduos gerados para compostagem, tomando-se
como medida o número de viagens do caminhão basculante toco,
utilizado para o transporte dos resíduos até a área de
preparação.(Ton. resíduos / viagem)
• cubicagem de resíduos produzidos para combustível e demais
finalidades.(Produtividade/m³)
• Controle dos custos de forma a garantir a amortização do
investimento.(receitas geradas/mês)
• Acompanhamento da produtividade das equipes para verificação dos
períodos de intervenção e melhoria da qualidade de vida das arvores.
• Controle da comercialização dos produtos finais, processo a ser
normatizado.
• Diminuição de Despesa com aterro.
20
Bibliografia
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2- BRICKELL,C.; JOYCE,D. Enciclopedia de La Poda. Eslováquia; Blume; 336p.
2003. 3- FERREIRA, F.A. Patologia Florestal: Principais Doenças Florestais no
Brasil. Viçosa-MG, S.I.F.; 570P. 1989. 4- GALLO, D. (Coordenador). Manual de Entomologia Agrícola. São Paulo-SP,
Ceres, 2 ed; 649p., 1988. 5- Grupo Paulista de Fitopatologia. Guia de Fungici das Agrícolas. Piracicaba-
SP, 281p., 1986. 6- Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais. Ma nual de Pragas em
Florestas. Viçosa-MG; vol. 1, 2 e 3; 1993. 7- LOPES, A.S.; GUILHERME, L.R.G. In: ANDA. Uso Efi ciente de Fertilizantes e
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12- RYAN, H. D. P. III. Arboricultural Pruning Meth odologies. Arborist News Volume 3(4):33-38. 1994.
13- SHIGO, A. Modern Arboriculture. Durham, NH: Shigo & Trees, Associates. 1991.
14- SHIGO, A. Tree Pruning: A Worldwide Photo Guide . Durham, NH: Shigo & Trees, Associates. 1989.
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