Projeto Centro Educacional e de Treinamento Esportivo CETE Mogi-Guaçu

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Projeto

Centro Educacional e de Treinamento Esportivo

CETE Mogi-Guaçu

Introdução

A cidade sede do Projeto é Mogi-Guaçu, localizada no interior

do Estado de São Paulo, à 170 Km da capital.

Com 124.228 habitantes distribuídos em 885 Km2, sua principal

atividade é a agropecuária, sendo a maior produtora de citrus

do Estado de São Paulo.

Mogi Guaçu como Alvo do Projeto CETE

• Mogi Guaçu está entre as cidades com melhores níveis de escolaridade e melhores situações sócio-econômicas do Estado de São Paulo, de acordo com o IPRS – Índice Paulista de Responsabilidade Social da Fundação SEADE.

• No entanto, não podemos desprezar os índices crescentes de criminalidade.

• A escolha de Mogi Guaçu para implantação do Projeto CETE Piloto se deu exatamente em razão de sua condição atual, que permite grande impacto sobre a vida dos jovens da região e, conseqüentemente, sobre os índices de empregabilidade desses jovens e de criminalidade da cidade, contribuindo para manter esse Município entre os melhores locais para morar e investir.

Criminalidade Mogi Guaçu

• Segundo dados do SEADE, a criminalidade em Mogi Guaçu aumentou em mais de 27% entre 2000 e 2003.

• Os crimes contra a pessoa aumentaram mais de 11% no mesmo período.

• Os crimes contra o patrimônio majoraram cerca de 30% no período. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o índice de furtos registrados na cidade em 2002 estava cerca de 35% acima da média do Estado de SP.

• O tráfico de entorpecentes aumentou 325% entre 2000 e 2003 no Município.

Perfil do Jovem no Narcotráfico no Brasil• Idade – 87,5% dos jovens que trabalham no narcotráfico têm entre

11 e 16 anos, de acordo com IETS – Instituto de Estudo Trabalho e Sociedade.

• Baixa renda – mais da metade dos jovens que trabalham com narcotráfico (52,5%) não sabem qual a renda de sua família. Dentre aqueles que têm essa informação, 80% têm pais com renda de até 3 salários mínimos.

• Baixa escolaridade – 80% dos jovens aliciados têm o máximo de 5 anos de escolaridade. A média brasileira é de 6,4 anos.

• A maioria dos jovens são aliciados enquanto ainda são estudantes, mas acabam abandonando a escola em prol do “negócio”, de acordo com OIT.

Perfil da População em Mogi Guaçu• Atualmente, Mogi Guaçu tem 24.174 jovens entre 10 e 19 anos

(cerca de 18% da população total).

• O número de matrículas de 5ª a 8ª séries nas escolas públicas de Mogi Guaçu caiu 13% no período de 2000 a 2003.

• 46,4% dos responsáveis pelos domicílios particulares de Mogi Guaçu têm rendimento de até 3 salários mínimos (dados de 2000).

• Em São Paulo, 32,6% dos jovens de até 16 anos estão sem emprego, em razão do baixo crescimento da economia, da baixa escolaridade e da falta de experiência profissional (Reportagem de Clarice Spitz em 19/09/05 na Folha Online sobre o levantamento "Juventude: Diversidades e desafios no mercado de trabalho metropolitano", realizado pelo Dieese).

Conclusões

• Os índices apontados mostram que é crescente em Mogi Guaçu o número de jovens em situação propícia para aderirem ao narcotráfico.

• O número de jovens na escola diminuiu, grande parte das famílias da cidade tem renda inferior a 3 salários mínimos e os jovens têm menores chances de obterem emprego.

• Paralelamente, as ocorrências de crimes contra a pessoa e contra o patrimônio cresceram consideravelmente de 2000 a 2003 e o tráfico de entorpecentes apresenta índice alarmante de crescimento nos últimos anos em Mogi Guaçu, o que comprova a tendência de os jovens de baixa renda e baixa escolaridade aderirem ao narcotráfico e à prática de outros crimes relacionados ao tráfico.

Esporte e Desenvolvimento Humano

• Diante desse quadro, entendemos necessário propiciar ao grupo mais sujeito às investidas do narcotráfico ocupação no contra-turno escolar eficiente não apenas para mantê-los afastados do assédio dos criminosos, mas também capaz de dar-lhes novas perspectivas quanto ao futuro, de modo a desestimular sua iniciação no narcotráfico.

• Elegemos o esporte como instrumento para atingir os objetivos do Projeto CETE, pois:

• O esporte é um poderoso fator de desenvolvimento humano, porque contribui para a formação física, intelectual e social dos indivíduos, ao incrementar valores como solidariedade, respeito ao próximo, tolerância, sentido coletivo, cooperação, disciplina, capacidade de liderança, respeito às regras e noções de trabalho em equipe, aumentar a auto-estima, a auto-confiança e o bem estar e sendo instrumento para o desenvolvimento físico saudável. Além desses benefícios, a prática do esporte pode trazer à tona habilidades que permitirão ao jovem vislumbrar nova perspectiva profissional.

Pesquisa de Campo

• A fim de identificar o esporte predileto dos jovens de 11 a 16 anos freqüentadores das escolas públicas de Mogi Guaçu, foi realizada pesquisa com 320 jovens mogi-guaçuanos estudantes de 5ª a 8ª séries em escolas do Bairro Itaqui, do Jardim Hedy, Jardim Santo Antonio e Centro.

• 74% dos entrevistados do sexo masculino elegeram o futebol como esporte predileto, seguido do vôlei (9%). Entre as entrevistadas, o vôlei foi eleito o esporte favorito (59%), vindo o futebol em segundo lugar, com indicação de 15% do público feminino.

• O futebol apresenta-se como o esporte predileto para 45% dos jovens. Para 33% dos entrevistados, o vôlei figura como esporte predileto.

• Diante desse quadro, elegemos o futebol como esporte principal do Projeto CETE, mas também reservamos espaço para o vôlei, o basquete e o handball, que juntos representam 47% das preferências.

Pesquisa de Campo

• Cabe dizer que, apesar de existirem vários clubes e quadras municipais disponíveis à população, apenas 19% dos jovens entrevistados que podem freqüentar algum clube/ginásio de fato o fazem. A maioria deles pratica seu esporte predileto apenas na escola, durante as aulas de educação física e aos finais de semana, quando a escola fica aberta para recreação.

• No entanto, 43% dos entrevistados com disponibilidade para participar do Projeto, declararam que freqüentariam a sede do Projeto em razão do caráter profissionalizante de suas atividades. O que demonstra o interesse dos jovens em desenvolver sua habilidades esportivas com cunho profissional.

Objetivo Geral do Projeto

Contribuir para que os jovens de 11 a 16 anos sofram

menor assédio dos traficantes e sintam-se desestimulados

a trabalhar no narcotráfico.

Objetivo Específico do Projeto

Contribuir, por intermédio de atividades educacionais,

sociais e esportivas, para o desenvolvimento intelectual,

físico e social de crianças e adolescentes carentes de

Mogi-Guaçu, objetivando transformar suas realidades e

lhes possibilitar melhores oportunidades profissionais no

futuro.

Público Alvo

Adolescentes carentes de 11 a 16 anos

moradores de Mogi-Guaçu, que estiverem

freqüentando regularmente a escola.

Prazo de permanência no Projeto

Objetivamos contribuir para o desenvolvimento

dos jovens participantes do Projeto até que

completem 16 anos.

Objetivos Fase I

Constituir Associação para gerir o Projeto e construir um

Centro Educacional e de Treinamento Esportivo (CETE),

onde serão desenvolvidas atividades educacionais,

sociais, recreativas, esportivas e profissionalizantes, com

capacidade para atender até 120 jovens por dia.

Ações Fase I

1. Constituir perante os órgãos competentes a Associação que

gerirá o Projeto – concluído;

2. Elaborar o estatuto social e definir o quadro diretivo dessa

Associação - concluído;

3. Obter da Prefeitura de Mogi-Guaçu, a título de doação ou cessão

gratuita de uso, terreno para construção do CETE;

4. Providenciar a elaboração do projeto arquitetônico do CETE -

concluído;

5. Conquistar patrocínio dos setores público e privado para

construir, mobiliar e equipar o CETE.

Objetivos Fase II

Implementar atividades recreativas, esportivas e sociais

no CETE, em prol do público alvo, no período extra-

escolar, a fim de afastar os jovens participantes do

Projeto do assédio dos traficantes da região e dar-lhes

novas expectativas e perspectivas profissionais por meio

do esporte.

Atendimento

Inicialmente, atenderemos 60 jovens por dia, sendo 30

no período da manhã e 30 no período da tarde.

A capacidade do CETE é de atendimento de até 120

jovens por dia, limite que pretendemos atingir após dois

anos da implantação integral do Projeto.

Ações Fase II

1. Estabelecer critérios para identificar os jovens carentes de Mogi-Guaçu;

1. Selecionar, dentre os interessados do público-alvo, os beneficiários do Projeto;

1. Firmar parceria com a Secretaria Municipal de Educação para obter documentos relativos à freqüência e ao desempenho escolar das crianças e adolescentes assistidos;

Ações Fase II

1. Oferecer transporte gratuito da escola para o CETE e desse para casa por intermédio de empresa parceira;

1. Disponibilizar aos beneficiários do Projeto atividades recreativas e esportivas, inclusive com aulas de futebol ministradas por profissionais com caráter profissionalizante, caso seja do interesse do beneficiário;

1. Firmar parcerias com academias de ginástica da cidade para propiciar aos jovens condicionamento físico adequado;

1. Providenciar acompanhamento fisioterâpico;

Ações Fase II

1. Oferecer cardápio balanceado, supervisionado por nutricionista;

1. Incentivar as crianças e adolescentes à prática da higiene pessoal;

1. Contratar, em nome e por conta da Associação, os profissionais necessários ao desenvolvimento das atividades descritas;

1. Encaminhar aos clubes interessados os jovens que demonstrarem e desenvolverem habilidade para a prática profissional do futebol;

1. Buscar parcerias para manutenção do Projeto.

Entidade Formadora de Atletas

A Associação se revestirá das formalidades necessárias para atuar como entidade formadora de atletas nos termos da Lei Federal n. 9.615/98 – Lei Pelé.

Jovens de 14 a 16 anos com dom para o futebol serão selecionados por profissional reconhecidamente habilitado para treinarem no CETE.

Essa seleção se dará entre jovens de todo o Brasil, beneficiários do Projeto ou não.

Entidade Formadora de Atletas

Eles contarão com a infra-estrutura e o suporte profissional necessários para:

• desenvolverem suas habilidades naturais para o esporte;• aprenderem inglês;• se desenvolverem física, emocional e socialmente.

Caso um jovem não participante do Projeto seja selecionado, ele arcará com os custos do treinamento que serão revertidos exclusivamente à manutenção da estrutura do CETE.

Objetivos Fase III

Propiciar aos participantes do Projeto atividades

intelectuais e recreativas capazes de incrementar seus

conhecimentos e torná-los melhor preparados para

atender as exigências do mercado profissional e, ainda,

condições para um desenvolvimento físico e emocional

saudáveis.

Ações Fase III

1. Disponibilizar aos participantes apoio escolar, aulas de línguas estrangeiras e computação, biblioteca e videoteca;

1. Obter convênio médico-odontológico gratuito, de qualidade e em período integral, aos assistidos;

1. Propiciar ao público alvo orientação psicológica;

1. Colocar assistente social à disposição das famílias dos jovens participantes do Projeto que apresentarem distúrbios de comportamento.

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