PROTEÇÃO AO TRABALHADOR ADOLESCENTE. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL Art. 205, CF/88 - A educação,...

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PROTEÇÃO AO PROTEÇÃO AO TRABALHADOR ADOLESCENTETRABALHADOR ADOLESCENTE

PROTEÇÃO CONSTITUCIONALPROTEÇÃO CONSTITUCIONAL

Art. 205, CF/88 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

PROTEÇÃO CONSTITUCIONALPROTEÇÃO CONSTITUCIONAL

Art. 227, CF/88 - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

PRIORIDADE NA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS DA PRIORIDADE NA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTECRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público: assegurar a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (art. 4.º, Lei n.º 8.069/90-ECA)

A garantia de prioridade compreende: primazia de receber proteção e socorro em quaisquer

circunstâncias; precedência de atendimento nos serviços públicos ou de

relevância pública; preferência na formulação e na execução das políticas

sociais públicas; destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas

relacionadas com a proteção à infância e à juventude

PRIORIDADE NA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS DA PRIORIDADE NA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 3o O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;[...]VII – valorização do profissional da educação escolar;[...]X – valorização da experiência extra-escolar;XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;[...] Art. 34 A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos

quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de pemanência na escola.

[...]Parágrafo 2o O ensino fundamental será ministrado progressivamente em

tempo integral, a critério dos sistemas de ensino. ( Lei n.º 9.394 – diretrizes e bases da educação nacional)

IMPEDIMENTOS LEGAIS AO TRABALHO DE IMPEDIMENTOS LEGAIS AO TRABALHO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTESCRIANÇAS E ADOLESCENTES

O adolescente não pode trabalhar em locais e/ou atividades:

prejudiciais a sua formação ; prejudiciais ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral ou social; que não permitam ou prejudiquem seus horários de freqüência à escola; prejudiciais a sua saúde, segurança ou moralidade, conforme especificado na Lista TIP - Piores Formas de Trabalho Infantil, aprovada pelo Decreto n.º 6.481, de 12 de junho de 2008 (de acordo com arts. 3.º, “d”, e 4.º, da Convenção 182 da OIT); em que o trabalho seja noturno(22h às 5h), insalubre, perigoso e penoso.

IMPEDIMENTOS LEGAIS AO TRABALHO IMPEDIMENTOS LEGAIS AO TRABALHO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTESDE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Os trabalhos técnicos ou administrativos serão permitidos, desde que fora das áreas de risco à saúde, à segurança e à moral, ao menor de dezoito e maior de dezesseis anos e ao maior de quatorze e menor de dezesseis, na condição de aprendiz .

Atividades que integram as piores formas de trabalho infantil (Convenção 182, da OIT):

todas as formas de escravidão ou práticas análogas, tais como venda ou tráfico, cativeiro ou sujeição por dívida, servidão, trabalho forçado ou obrigatório;

a utilização, demanda, oferta, tráfico ou aliciamento para fins de exploração sexual comercial, produção de pornografia ou atuações pornográficas;

a utilização, recrutamento e oferta de adolescente para outras atividades ilícitas, particularmente para a produção e tráfico de drogas;

o recrutamento forçado ou compulsório de adolescente para ser utilizado em conflitos armados, dentre outras atividades.

LISTA TIPLISTA TIP ( (Piores Formas de Trabalho Infantil)Piores Formas de Trabalho Infantil)

Trabalhos prejudiciais à saúde e à segurança

Ex: com operação de máquinas agrícolas; manuseio de agrotóxicos; indústrias cerâmicas; beneficiamento da castanha de caju; indústria de móveis; fabricação de farinha de mandioca; construção civil e pesada; coleta, seleção e beneficiamento de lixo; serviços domésticos.

Trabalhos prejudiciais à moralidade

Ex: em prostíbulos; boates; bares; cabarés; motéis; salas de jogos de azar; venda, a varejo, de bebidas alcoólicas.

IDADE PARA O TRABALHOIDADE PARA O TRABALHO

Faixa etária: até 13 anosVedação absoluta ao trabalho

Faixa etária: de 14 a 15 anosForma: contrato de aprendizagem

IDADE PARA O TRABALHOIDADE PARA O TRABALHO

Faixa etária: de 16 a 17 anosForma: 1- contrato de trabalho comum 2- contrato de aprendizagem 3- estágio

Faixa etária: a partir de 18 anosForma: 1- contrato de trabalho comum 2- aprendizagem(até 24 anos, salvo se

deficiente) 3- estágio

Sintetizando:

Contrato de trabalho escrito, por prazo determinado, e não superior a 2 anos;

Idade: 14 a 24 anos (se for deficiente não há o limite máximo);

Inscrição do jovem em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica.

O TRABALHO DO ADOLESCENTE O TRABALHO DO ADOLESCENTE APRENDIZAPRENDIZ

Outras condições:

Anotação em CTPS;Matrícula e freqüência do aprendiz à escola;Garantia do salário mínimo hora;Formação: atividades teóricas e práticas.

O TRABALHO DO ADOLESCENTE O TRABALHO DO ADOLESCENTE APRENDIZAPRENDIZ

Obrigação de contratar aprendizesEstabelecimentos em geral, exceto microempresas-ME e empresas de pequeno porte-EPP Obs:

Cota : 5% , no mínimo, e 15%, no máximo sobre o n.º de trabalhadores do estabelecimento cujas funções demandem formação profissional;

Não se incluem na base de cálculo: funções com exigência legal de nível técnico ou

superior; cargos de direção, gerência ou de confiança; contratados sob regime de trabalho temporário (Lei n.º

6.019/74).

O TRABALHO DO ADOLESCENTE O TRABALHO DO ADOLESCENTE APRENDIZAPRENDIZ

Prioridade nas contratações

Os adolescentes entre 14 e 18 anos têm prioridade legal para a contratação, salvo nos seguintes casos:

Insalubridade ou periculosidade da atividade ou local de trabalho;

Exigência legal de licença para menor de 18 anos;

Natureza da atividade incompatível com o desenvolvimento físico, psicológico e moral do adolescente.

O TRABALHO DO ADOLESCENTE O TRABALHO DO ADOLESCENTE APRENDIZAPRENDIZ

Direitos do Aprendiz Equiparação aos demais empregados – faz jus a repouso

semanal remunerado, vale-transporte, 13.º salário, direitos previdenciários etc.

Direitos específicos: salário mínimo hora, salvo condição mais favorável;

cômputo das horas de aprendizagem para efeito de jornada e pagamento da remuneração;

férias anuais de 30 dias, coincidindo com as férias escolares, caso menor de 18 anos;

depósito de FGTS: 2%.

O TRABALHO DO ADOLESCENTE O TRABALHO DO ADOLESCENTE APRENDIZAPRENDIZ

O aprendiz não se confunde com o estagiário. Vejam as principais diferenças entre ambos:

O aprendiz é empregado; o estagiário não. A idade mínima para a aprendizagem 14 anos. Para o

estágio é 16 anos. Além da frequência à escola, o aprendiz precisa estar

matriculado e frequentar o curso de aprendizagem. O estágio não é computado para a cota de aprendizagem.

APRENDIZAGEM x ESTÁGIOAPRENDIZAGEM x ESTÁGIO

ATUAÇÃO DO NAPE/SRTE NO COMBATE ATUAÇÃO DO NAPE/SRTE NO COMBATE AO TRABALHO INFANTIL E PROTEÇÃO AO AO TRABALHO INFANTIL E PROTEÇÃO AO

TRABALHADOR ADOLESCENTETRABALHADOR ADOLESCENTE

Planejamento das ações

Subsídios para a elaboração do planejamento anual: Diretrizes do MTESITI - Sistema de Informações de focos de trabalho infantilDados do IBGESugestões dos AFTDemandas das instituições da rede de proteção à criança

e ao adolescente e do FEETIDenúnciasCursos de aprendizagem previstos ou em andamento

(exclusivamente para adolescentes e jovens)

ATUAÇÃO DO NAPE NO COMBATE AO ATUAÇÃO DO NAPE NO COMBATE AO TRABALHO INFANTIL E PROTEÇÃO AO TRABALHO INFANTIL E PROTEÇÃO AO

TRABALHADOR ADOLESCENTETRABALHADOR ADOLESCENTE

Operativos nacionaisDiretrizes do MTEDiagnóstico Articulação com parceiros para que os operativos

tenham grande visibilidade

Recebimento de denúnciasFone: 85 – 3255-2200E-mail: nape.srtece@mte.gov.brPrioridade na apuração

AÇÕES EDUCATIVASAÇÕES EDUCATIVAS

Seminários

Visita e palestras em escolas

Palestras na periferia

Elaboração de vídeos, informativos, cartilhas, etc.

Panfletagem

TRABALHO DE CRIANÇAS E TRABALHO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES - PROCEDIMENTOS DA ADOLESCENTES - PROCEDIMENTOS DA

FISCALIZAÇÃO NA ATIVIDADE INFORMAL FISCALIZAÇÃO NA ATIVIDADE INFORMAL

Identificação do trabalho de crianças e adolescentes

Coleta de dados (ficha de verificação física) Encaminhamento à rede de proteção Inserção de dados no SITI Encaminhamentos a cursos de aprendizagem

(alternativa) – a partir dos 14 anos

TRABALHO DE CRIANÇAS E TRABALHO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES - PROCEDIMENTOS DA ADOLESCENTES - PROCEDIMENTOS DA FISCALIZAÇÃO NA ATIVIDADE FORMAL FISCALIZAÇÃO NA ATIVIDADE FORMAL

Identificação do trabalho ilegal de crianças e adolescentes

Coleta de dados (ficha de verificação física) Lavratura do termo de afastamento Lavratura de auto de infração Exigência do pagamento de verbas rescisórias Relatório ao MPT, MPE e Conselho Tutelar Encaminhamento à rede de proteção

SITI – SISTEMA DE INFORMAÇÕES SITI – SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE FOCOS DE TRABALHO INFANTILSOBRE FOCOS DE TRABALHO INFANTIL

Inserção de dados no programa Descrição da atividade com CNAE Município Local Data da fiscalização Quantidade de crianças/adolescentes Idade da criança Sexo Encaminhamentos

Subsídio para ações fiscais e educativas da SRTE e outras instituições

Acesso no site do MTE

AÇÕES PARA INCLUSÃO DE JOVENS AÇÕES PARA INCLUSÃO DE JOVENS APRENDIZESAPRENDIZES

Fiscalização de empresas quanto ao cumprimento da cota

Orientação aos cursos de aprendizagem

Estímulo à contratação de adolescentes na condição de aprendiz (prioridade)

TRABALHO ILEGAL DE ADOLESCENTES TRABALHO ILEGAL DE ADOLESCENTES APRENDIZES E ESTAGIÁRIOS APRENDIZES E ESTAGIÁRIOS

PROCEDIMENTOS DA FISCALIZAÇÃOPROCEDIMENTOS DA FISCALIZAÇÃO

Desvirtuamento da aprendizagem ou estágio de adolescentes

Exigência da regularização Lavratura de auto de infração, se for o caso Conversão em contrato a prazo indeterminado,

se for o caso Afastamento do trabalho, se for o caso Relatório ao MPT e encaminhamento à rede de

proteção

Pedro Jairo N. Pinheiro FilhoPedro Jairo N. Pinheiro FilhoAuditor-Fiscal do TrabalhoAuditor-Fiscal do Trabalho

Contato: Contato: pedrojaironpf@hotmail.compedrojaironpf@hotmail.com

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