PSICOLOGIA NA ENGENHARIA DE SEGURANÇA, COMUNICAÇÃO E TREINAMENTO Profa. Patricia Canal Mestre em...

Preview:

Citation preview

PSICOLOGIA NA ENGENHARIA DE SEGURANÇA, COMUNICAÇÃO E

TREINAMENTO

Profa. Patricia CanalMestre em Psicologia – UFSC

Esp. em Avaliação PsicológicaPsicóloga, Bel. em Administração – Unochapecó

Contato: pcanal@unochapeco.edu.br

PROGRAMA DE APRENDIZAGEM

PSICOLOGIA E SEGURANÇA DO TRABALHO? A partir de exemplos do seu cotidiano de trabalho compreende que as duas áreas se aproximam?

Porque?

Que exemplos embasam sua resposta?

QUESTÕES DO COTIDIANO DOS SESMTS

Como educar as pessoas?

Como comprometê-las com o processo?

Como melhorar o controle dos riscos?

Como motivar a prevenção?

Ato inseguro

Comportamento inseguro

Comportamento de risco

Comportamento seguro

PALAVRAS CHAVES Comportamento seguro Comportamento de risco Atitude Percepção de risco Psicologia da segurança Riscos Psicossociais

COMPORTAMENTO E ACIDENTES DE TRABALHO

O comportamento, as atitudes e as reações dos indivíduos em ambiente de trabalho não podem ser interpretados de maneira válida e completa sem considerar a situação total a que eles estão expostos (meio, grupo de trabalho, organização...).

Acidente de trabalho pode ser visto como expressão da qualidade da relação do indivíduo com o meio social que o cerca, com os companheiros de trabalho e com a organização (Dela Coleta,1991) .

PSICOLOGIA DA SEGURANÇA

Para a Psicologia, o estudo da influência humana na ocorrência de acidentes de trabalho necessita levar em conta a forma como o ser humano se relaciona com seu meio de trabalho.

PSICOLOGIA DA SEGURANÇA “Psicologia da segurança é a parte da psicologia que se ocupa do componente de segurança da conduta humana” (Meliá, 1999)

Brasil (Dela Coleta) Espanha (Meliá)

Conjunto de técnicas (metodologias de intervenção) que permitem compreender e agir sobre os elementos humanos da prevenção de acidentes de trabalho com profundidade e precisão.

COMPORTAMENTO E ACIDENTES DE TRABALHO

Tanto os ATs quanto o comportamento humano são multideterminados.

COMPORTAMENTO Comportamento seguro: aquilo que o trabalhador faz e que contribui para a não ocorrência de acidentes. (Exemplo??)

Comportamento de risco: aqueles que contribuem para que os acidentes aconteçam e são também chamados atos inseguros. (Exemplo ??)

EM PRÁTICA..... Não usar o EPI

Uso do cinto de segurança

COMPETÊNCIA: COMPORTAMENTO SEGURO “Capacidade para identificar e controlar os riscos presentes numa atividade no presente, de forma a reduzir a probabilidade de ocorrências indesejadas no futuro, para si e para os outros” (Bley, 2004).

Competência a ser desenvolvida e estimulada nos processos educativos – aumento da frequência de comportamentos seguros

ATITUDES RELACIONADAS AO COMPORTAMENTO SEGURO

Condições para o trabalhador pensar, sentir e agir considerando os riscos aos quais está exposto e as melhores formas de controlá-los.

MUDANÇA DE ATITUDES

PERCEPÇÃO DE RISCO Sensação: receber e converte o estímulo externo

Percepção: processo de atribuição de sentido à informação recebida.

Capacidade da pessoa em identificar a frequência na qual está exposta a situações ou condições de trabalho que possam causar dano e reconhecer os riscos que este oferece, não só na sua atividade imediata, mas também em todo o contexto de trabalho.

FATORES PSICOSSOCIAIS NOS ATS

Aspectos Individuais: percepção de risco, processos cognitivos, doenças, momentos de vida geradores de estresse, gênero, conhecimento sobre as formas de prevenção.

Aspectos Organizacionais: organização e relações de trabalho-Organização: pressão, ritmo de produção, condições ambientais, EPIs e EPCs, carga de trabalho, turno de trabalho.-Relações: comportamentos das chefias, assédio moral, conflitos no trabalho.

Prevenir Acidentes ou Promover Saúde?

EXERCITANDO: A partir de um exemplo do seu cotidiano de trabalho descreva um comportamento de risco (que resultou em AT) e de comportamento seguro e descreva os fatores psicossociais relacionados. (grupos de 4 integrantes) 15 minutos para debate

CULTURA DE SEGURANÇA

Uma cultura favorável é definida como sendo aquela em que ocorre o que ele denomina de cuidado ativo. Cuidar de si mesmo, cuidar do outro e deixar-se cuidar pelo outro podem ser considerados como sendo um tripé no qual se apóia uma cultura organizacional que tem como característica essencial a prevenção (cultura de saúde e segurança). (Bley, 2007)

CULTURA DE CUIDADO Capacitar e desenvolver pessoas para que se tornem competentes em pensar, sentir e agir cuidando de si mesmas, dos outros e deixando-se cuidar pelos outros e o objetivo da segurança baseada no comportamento humano.

Mudança de paradigmas: desenvolver a habilidade de identificação de causas de ATs e capacitar os trabalhadores e dirigentes para gerar um ambiente de trabalho saudável. (tirar o foco da punição)

DESENVOLVIMENTO DE ATITUDES SEGURAS

Desenvolver atitudes seguras (objetivo de grande parte dos treinamentos) significa criar condições para que as pessoas conheçam os riscos, aos quais estão expostas, e as formas de evitar lesões e perdas, sintam-se identificadas com e motivadas pela idéia de que “prevenir é realmente melhor do que remediar” e, principalmente, ajam de acordo com os dois primeiros fatores.

Atitude segura significa pensar, sentir e agir com segurança sempre que o indivíduo encontrar-se numa situação de risco (noção de tendência).

PONTOS QUE EMBASAM UM PROCESSO DE CAPACITAÇÃO PARA A PROMOÇÃO DE COMPORTAMENTOS SEGUROS Compreender o que, efetivamente, precisa ser ensinado e aprendido, além da forma como isso pode ocorrer.

Superar a crença de que as principais variáveis determinantes do comportamento são internas e identificar as variáveis ambientais mais significativas para alterar o comportamento, pois isso constitui um aspecto básico para administrar comportamento humano.

Objetivo: trabalhadores tornarem-se capazes de realizar suas atividades de forma mais segura.

Ensinar o trabalhador a tomar decisões por meio de escolhas conscientes e de qualidade é tão importante para a educação para a segurança quanto deixá-lo ciente das regras que precisam ser seguidas.

Ensinar alguém a trabalhar com consciência de segurança passa, necessariamente, por ensinar a conhecer criticamente sua realidade, a fazer escolhas com relação a elas, considerando as conseqüências para si e para aqueles que o cercam. O processo de conscientização e educação com foco na prevenção não pode ficar restrito ao nível da obediência e do controle. (CIPA)

CONHECIMENTO DO PÚBLICO E CONTEXTO

Conhecendo com profundidade os valores, as necessidades e as características do público a ser gerenciado, é possível construir (ou adaptar) um conjunto de ações mais coerentes, envolvendo estimulação de condutas desejáveis, limitação (de forma saudável e cuidadosa) de condutas indesejáveis, construção coletiva de regras, comemoração de conquistas como a de períodos sem acidentes (reconhecendo como foram construídas, pois não é obra do acaso).

Exercitar com situações concretas com as quais o trabalhador precisa ser capaz de lidar.

Prepara-se o indivíduo para lidar com os riscos das suas atividades, sem que isso lhe pareça aversivo, difícil ou desagradável, e cria-se condições pessoais e organizacionais para que ele torne-se o agente do seu processo de segurança, e não um expectador.

CONHECIMENTO DO PÚBLICO E CONTEXTO É necessário que o processo de levantamento de necessidades, em treinamento, planejamento do ensino, realização do curso, aplicação do conhecimento desenvolvido, ocorra em convergência com a natureza da atividade do trabalhador e seja apropriado ao seu nível educacional e de experiência profissional.

Tão importante quanto educar em espaço diferenciado (sala de treinamento, auditório), é ter clareza da importância de educar no cotidiano. Normalmente, a baixa eficácia das ações de educação está relacionada com a incompatibilidade que elas têm com a cultura e o clima da organização.

Um processo de educação para o comportamento seguro orienta-se para a construção de um raciocínio crítico que proporcione ao trabalhador uma maior capacidade de compreender, criticar e intervir sobre a sua realidade de trabalho, transformando-a.

PROPÓSITOS QUE REFERENCIAM UM PROCESSO DE PREVENÇÃO COM FOCO NO COMPORTAMENTO - empoderar o trabalhador para conhecer e controlar os riscos do seu trabalho, utilizando os meios disponíveis, bem como propor e negociar novos e melhores meios para trabalhar com dignidade e qualidade de vida;

- harmonizar as relações entre as pessoas que compõem o contexto de trabalho, tornando-o saudável e seguro também nos seus aspectos subjetivos;

- contribuir para o amadurecimento da cultura e do comportamento organizacional, potencializando a atuação antecipativa aos problemas de segurança e aos males à saúde dos trabalhadores;

- pretender estender-se para além dos muros da organização, contribuindo para o desenvolvimento de lares, escolas, centros comunitários e outros ambientes mais seguros e saudáveis para a população em geral, beneficiando a sociedade como um todo.

ATIVIDADE AVALIATIVA Em duplas construa um planejamento de capacitação para a promoção de comportamento seguro conforme os itens:

1. Tema Geral 2. Objetivos 3. Conteúdo 4. Estratégias 5. Tempo 6. Avaliação

Recommended