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BenficaQuestões Económicas.
Introdução
• Temos visto com muito agrado que conseguimos uma
coisa: colocar a debate o estado financeiro do Benfica!
• Gostámos imenso de ver todas as críticas e elogios
construtivos ao nosso trabalho, e foi aliás com imenso
gosto que decidimos responder ao blog Benfiquista
desde Pequeninos. O nosso objectivo não é o de
defender a todo o custo a nossa forma de ver as
coisas, mas de suscitar o debate. Mas não resistimos a
responder a um texto que rejeitava de forma vigorosa
mas leal e à Benfica.
Importa perceber diversas
coisas:
• Não pretendemos ser donos da verdade absoluta;
• O nosso objectivo é lançar a debate pontos que têm sido
consensuais, mas que a nosso ver merecem preocupação;
• Indicar aos Benfiquistas os locais onde a informação está
disponível;
• Dar uma visão própria dos números vertidos nos relatórios e
contas da SAD do Benfica.
• Sem esquecer uma coisa: o Benfica faz-se de vitórias!
Maus resultados financeiros não
têm sido acompanhados de vitórias
• Custa-nos ver tantos sinais negativos sem haver ao menos
um acompanhamento de títulos. Perguntar-nos-ão: Os títulos
fariam diminuir a preocupação sobre as finanças? Não! Mas
dariam melhores garantias de que alguns dos pressupostos
mais arriscados da gestão financeira do Benfica poderiam ser
cumpridos.
• Posto isto, pensámos em lançar para debate mais alguns
pontos de vista, destas vez exclusivamente centrados na
actividade económica da SAD – grosso modo, e para que
todos entendam, a diferença entre o que o Benfica recebe e o
que dispende todos os anos, na SAD.
Relação entre receitas provenientes
do “entusiasmo”, e juros
• O que pretendemos com esta comparação?
• Os juros não têm tendência para baixar no curto prazo, a não
ser que seja abatida muita dívida – duvidoso;
• Quanto valem as receitas provenientes dos adeptos e
sócios?
• Que porção das receitas oriundas directamente dos adeptos
são gastas só em juros?
Particularidades destas
receitas
• Evolução futura muito condicionada pela crise que o país
atravessa;
• Muito dependente de resultados desportivos – o Benfica tem
de ganhar!
Evolução das receitas oriundas de
adeptos e do montante pago em juros
Os juros valem que percentagem das
receitas oriundas dos adeptos?
A nossa visão
• O aumento dos juros, a reboque do endividamento e subida
das taxas, é muito superior aos aumentos verificados nas
receitas provenientes dos sócios e adeptos;
• Os juros não têm de ser pagos por estas receitas, mas torna-
se clara a ameaça desta situação.
Receitas de parceiros vs salários
• Porquê a comparação?
• Receitas mais estáveis, contratualizadas por períodos
temporais normalmente longos (4-5 anos ou mais);
• Planeamento do orçamento tem nestas receitas um grande
pilar;
• Salários são custos expectáveis e planeáveis, contrariamente
às receitas anteriormente vistas.
Evolução das receitas de
parceiros e gastos com salários
A nossa visão
• Tratam-se de custos e receitas mais estáveis e planificáveis;
• Não é necessário que umas equivalham às outras;
• Preocupa-nos no entanto que os aumentos dos salários não
estejam sustentados num aumento destas receitas mais
estáveis.
A dependência da venda de
jogadores
• Razões para preocupações:
• Vendas fortemente dependentes de resultados desportivos e
condições do mercado;
• Encaixes não previsíveis, não planificáveis, altamente
incertos;
• Grande risco associado à gestão amparada pela venda de
jogadores.
Comparação entre o resultado com
atletas (vendas – compras) e o resultado
líquido da SAD
Quais seriam os resultados
económicos sem transacções de
atletas?
A nossa visão
• Benfica fortemente dependente de grandes vendas para
equilibrar contas;
• Vendas massivas não têm chegado para contrariar
desequilíbrios;
• Risco de necessidade de vendas de vários jogadores
importantes em simultâneo, colocando em risco sucesso
desportivo;
• Gestão dependente de vendas de jogadores num clube que
não tem tido grandes êxitos desportivos constitui dupla
preocupação.
Juros vs Receitas
operacionais
• Porquê a comparação?
• Comparação mais abrangente;
• Capacidade de aumento de receitas operacionais não está
em causa, mas será que os juros não crescem ainda mais do
que esse aumento?
• Importaria ajustar o serviço da dívida do Benfica à sua
capacidade de gerar receitas.
Comparação do peso dos juros no total
de receitas operacionais (sem atletas)
A nossa visão
• Apesar do aumento de receitas, juros têm crescido muito
mais;
• Insustentabilidade latente – investimentos não são
acompanhados pelo aumento proporcional da geração de
receitas;
• Risco de asfixia económica por conta das responsabilidades
assumidas com as dívidas do Benfica.
Mais alguns dados
• Relembramos a evolução dos dois custos da SAD do Benfica
que mais pressionam a actividade económica da SAD:
– Juros
– Salários
Juros
Salários
Em resumo
• Fundamental gestão desportiva mais competente, de modo a
evitar investimentos excessivos no plantel, que não têm tido
sequer correspondência em resultados desportivos;
• Melhor gestão dos activos do clube é fundamental. Só isso
pode permitir que algumas vendas se destinem a baixar o
nível de endividamento e a pressão do serviço da dívida, sem
por em causa o sucesso desportivo que se exige!
E PLURIBUS UNUM
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