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FACULDADES INTEGRADAS PITAGORAS DE MONTES CLAROS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
REFERENCIAL TEÓRICO: Geometria Descritiva
ADILSON BERNARDO MONTEIRO DA SILVACARLOS FELIPE BATISTA SILVA
DANRLEY ROCHA SILVAJOSÉ LAÉRCIO FIUZA DE SOUZA FILHO
LUIZ OSCAR VIEIRA LAFETÁMATEUS SANGUINETTE
ROBERTO CARLOS DA SILVA JÚNIOR
MONTES CLAROS - 2015
Referencial teórico
CALCULAR ÁREAS E VOLUMES DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS EM PERFIS
METÁLICOS: VIGAS METÁLICAS
Segundo Pfeil e Pfeil (2009, p. 2) o primeiro material siderúrgico empregado na construção
foi o ferro fundido, entre 1780 e 1820, sendo utilizado na construção de pontes em arco e
treliçadas nos elementos sujeitos à compressão. Os elementos que resistiam aos esforços de
tração eram feitos de ferro forjado que, além da excelente resistência à tração, apresentava
boa resistência à corrosão.
O aço, apesar de ser conhecido desde a Antiguidade, não era muito utilizado até meados do século XIX devido a seu preço pouco competitivo. Fato esse que mudou com a invenção de Henry Bessemer: um forno que permitia a produção de aço em larga escala, dessa forma tornando o preço do produto mais competitivo. (PFEIL; PFEIL, 2009, p. 2).
“Atualmente, com o aumento da produção de aço no Brasil e visando novas soluções
arquitetônicas e estruturais, sua utilização vem crescendo consideravelmente na construção de
edifícios industriais, comerciais, pontes, etc.” (KIRCHHOF; NETO, 2015, p.2)
Mancini (2003, p. 139-140) enfatiza que:
As propriedades mecânicas constituem as características mais importantes dos aços, uma vez que o dimensionamento das estruturas metálicas é baseado na capacidade resistente dos elementos estruturais, determinada a partir de seu comportamento estrutural quando submetidos a esforços que possam levá-los ao colapso ou determinar o aparecimento de estados limites de utilização.
“As vigas são os elementos da estrutura que recebem as reações das lajes, e eventualmente de
outras vigas, e as transmitem para os pilares. São elementos geralmente horizontais, sujeitos a
cargas transversais ao seu eixo longitudinal, trabalhando essencialmente à flexão.”
(IERVOLINO, 2013, não paginado)
“As vigas não precisam descarregar diretamente sobre pilares, podendo existir apoio de viga
sobre viga. A viga de maior altura, sendo a de menor vão, tem rigidez muito superior àquela
de menor altura, de modo que a menor se apoia na maior, denominada viga principal. ”
(IERVOLINO, 2013, não paginado)
Segundo Rebello (2005, p.22) as vigas são consideradas elementos estruturais lineares, logo
as cargas são distribuídas linearmente, contudo as cargas lineares que podem atuar em uma
viga são seu peso próprio, as cargas das lajes e cargas de alvenarias.
FIGURA 1: Cargas que atuam nas vigas Fonte: REBELLO, 2005, p.22
“Nas vigas podem, ainda, atuar cargas concentradas devidas ao apoio de outras vigas. Essas
cargas são as reações das vigas que nelas se apoiam.” (REBELLO, 2005, p.22)
FIGURA 2: Cargas que atuam nas vigas Fonte: REBELLO, 2005, p.22
“Como o peso da viga é uma carga linear sobre ela mesma, para determina-lo calcula-se o
peso volume de um metro linear da viga.” (REBELLO, 2005, p.23)
FIGURA 3: Cargas provenientes do peso próprio da viga Fonte: REBELLO, 2005, p.22
Vol(m³) = 1(m) x b(m) x h(m)
Peso próprio de 1m linear de viga (q pp)
q pp (kgf)= 1m x bm x hm x 2.500kgf/m³
Repare que o peso da viga independe do comprimento podendo-se obter o peso próprio
multiplicando-se diretamente as dimensões da seção transversal da viga (b e h) pelo peso
específico do concreto armado. Assim:
q pp (kgf)= (b x h)m² x 2.500kgf/m³
Segundo Pinheiro (2005, p. 11) o cálculo para a determinação de uma área plana (A) como a
figura a seguir:
Figura 4: Cálculo de área de figuras planasFonte: PINHEIRO, 2005, p.11
É definida pela seguinte integral:
A¿∫A
dA
No caso de um retângulo como a figura a seguir:
Figura 4: Cálculo de área de figuras planasFonte: PINHEIRO, 2005, p.11
Sua área é representada pela seguinte integral:
A¿∫A
dA = ∫0
h
bdy = by |0h
= bh
Onde o elemento de área é dA= b d y
Para facilitar o cálculo de áreas deve-se, sempre que possível, desmembrar a figura plana em
figuras geométricas cuja áreas são conhecidas.
A seguir, será demonstrado diversos cálculos relacionado ao tipo de viga I, onde as
determinadas medidas foram retiradas de uma viga presente na Faculdades Integradas
Pitágoras de Montes Claros.
Figura 4: Viga metálicaFonte: Próprio autor.
Cálculo do momento de inércia à torção pura:
J= 13
(2 bt f3+ht 0
3 ) J= 13(2 x 23 x 23+61 x23) J=285,33
Cálculo do momento de inércia ao empenamento:
Cw=t f .b3. h ²
24 Cw=
2.233 . 61²24
Cw=3.772.783,917
Cálculo para encontrar a área apenas do perfil da viga:
A= A I+A II+ A III A= (2 x 23) + (2 x 57) + (2 x 23) A= 206 cm²
Determinação da área com o cálculo de integrais:
Figura 4: Cálculo de integrais em uma vigaFonte: Próprio autor.
∬0
23
∫0
61
dy ¿dx¿ = ∫0
23
y ¿061 dx = ∫
0
23
61 dx = 61x|023
= 61 x 23 = 10403cm²
As fórmulas para determina os parâmetros de flexotorção que está relacionada com as
propriedades geométricas de um corpo são determinadas pelas constantes de centro de torção
(O), centro de gravidade (G), momento de inércia à torção pura (J) e pelo momento de inércia
ao empenamento (Cw).
FIGURA 4: Parâmetros de Flexotorção
Fonte: PFEIL; PFEIL, 2009, p. 328
REFERÊNCIAS
IERVOLINO , Marcilene R. S. Tecnologias da construção. Colégio Cetes, 2013. Disponível em: <http://cetes.com.br/wp-content/uploads/2012/08/2013_TECNOLOGIA-CONSTRU%C3%87%C3%83O.pdf>. Acesso em: 16 set. 2015.
KIRCHHOF, Larissa; NETO, Jorge. Uma contribuição ao estudo de vigas mistas aço-concreto simplesmente apoiadas em temperatura ambiente e em situação de incêndio A. 2015. Disponível em: <http://www.researchgate.net/profile/Jorge_Neto3/publication/267994702_UMA_CONTRIBUIO_AO_ESTUDO_DE_VIGAS_MISTAS_AOCONCRETO_SIMPLESMENTE_APOIADAS_EM_TEMPERATURA_AMBIENTE_E_EM_SITUAO_DE_INCNDIO_A/links/546c7b6c0cf21e510f61be34.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2015.
MANCINI, Luciana Cotta. Pré-dimensionamento de estruturas metálicas em fase de concepção arquitetônica. 2003. 256f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Ouro Preto. Disponível em: <http://www.propec.ufop.br/upload/tese201.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2015. p. 139-140.
PFEIL, Walter; PFEIL, Michèle. Estruturas de aço: dimensionamento prático. 7. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2009. 335 f.
PINHEIRO, Antonio Carlos da Fonseca Bragança. Estruturas metálicas: cálculos, detalhes, exercícios e projetos. São Paulo: Edgard Blucher, 2005.
REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. Estruturas de aço, concreto e madeira: atendimento da expectativa dimensional. São Paulo: Zigurate Editora, 2005.
VERIFICAR AS PROPRIEDADES QUÍMICAS DOS METAIS QUE FAVORECEM
SUA UTILIZAÇÃO NOS PERFIS METÁLICOS E AS LIMITAÇÕES DOS METAIS
PARA UTILIZAÇÃO NOS PERFIS METÁLICOS.
Rebello (2007, p. 25) explica sobre a composição do material, o aço:
O aço é uma liga metálica constituída fundamentalmente de ferro e carbono. Além desses dois elementos, dependendo do tipo de aço que se obter, são adicionados outros elementos tais como: manganês, silício, fósforo, enxofre, alumínio, cobre, níquel, nióbio, entre outros, que modificam as propriedades físicas da liga, como resistência mecânica, resistência à corrosão, ductilidade e muitas outras.
Segundo Pfeil e Pfeil (2009, p. 1) as formas mais usuais de metais ferrosos são o aço, o ferro
fundido e o ferro laminado.
O aço e o ferro fundido são ligas de ferro e carbono, com outros elementos adicionais, como silício, manganês, fósforo, enxofre etc.
O aço (steel) é, com larga margem, o mais importante dos três. O teor de carbono pode variar desde 0% até 1,7%. O carbono aumenta a resistência do aço, porém o torna mais duro e frágil. Os aços com baixo teor de carbono têm menor resistência à tração, porém são mais dúcteis. As resistências à ruptura por tração ou compressão dos aços utilizados em estruturas são iguais, variando entre amplos limites, desde 300 MPa até valores acima de 1200 MPa.
O ferro fundido (cast iron) contém 1,8% a 4,5%de carbono. Tem boa resistência à compressão (da ordem de 600 MPa), porém a resistência à tração é apenas cerca de 60% da primeira. Sob efeito de choques, mostra-se quebradiço (frágil).
O ferro laminado ou maleável (wrought iron) é praticamente um aço de baixo carbono, inferior a 0,12%. As pequenas partículas de escória espalhadas na massa do metal se apresentam em forma de fibras, devido às operações de laminação. Estas fibras de escória permitem distinguir o ferro maleável do aço com o mesmo teor de carbono
De acordo com Pfeil e Pfeil (2009, p. 9) e conforme a composição química, os aços utilizados
em estruturas são divididos em aços-carbono e aços de baixa ligam que podem receber
tratamentos térmicos que modificam suas propriedades mecânicas.
“Os aços-carbono são os tipos mais usados, nos quais o aumento de resistência em relação ao
ferro puro é produzido pelo carbono e, em menor escala, pelo manganês. Eles contêm as
seguintes porcentagens máximas de elementos adicionais.” (PFEIL; PFEIL, 2009, p. 10).
Carbono 1,75% Manganês 1,75%
Silício 1,75% Cobre 1,75%
“Os aços de baixa liga são aços-carbono acrescidos de elementos de liga (cromo colúmbio,
cobre, manganês, molibdênio, níquel, fósforo, vanádio, zircônio), os quais melhoram algumas
das propriedades mecânicas.” (PFEIL; PFEIL, 2009, p. 10).
A adição de elementos de liga no aço proporciona alteração nas características mecânicas
finais do mesmo, sendo que a proporção de cada elemento adicionado influencia diretamente
o resultado final conforme a Tabela 1.
Tabela 1 – Influência dos elementos de liga nas propriedades do aço.
Legenda: (+) Efeito positivo; (-) Efeito negativo.
Fonte: adaptado de Dias (1997).
Rebello (2007, p. 25) afirma que:
Para a obtenção de aços mais resistentes à corrosão são adicionadas quantidades determinadas de cobre; para aços inoxidáveis adiciona-se cromo; para aços resistentes a ácidos adiciona-se níquel, e assim por diante.
A quantidade de carbono é de suma importância nas características mais relevantes do aço.
Aços com porcentagem maior de carbono, são mais resistentes, mas em compensação tornam –se pouco dúcteis e muito quebradiços.
Com menos carbono, sua resistência cai mas aumenta a ductilidade.
A ductilidade é uma das características mais importantes dos materiais estruturais.
Os materiais com boa ductilidade possibilitam a visualização de grandes deformações em peças estruturais submetidas a tensões muito elevadas, servindo então como aviso de que a ruptura pode acontecer, ou, em situações mais favoráveis, permitindo a redistribuição de esforços para elementos menos solicitado.
REFERÊNCIAS
DIAS, Luiz Andrade de Mattos. Estrutura de aço conceitos, técnicas e linguagem. 2.ed.São Paulo: Zigurate, 1998. 159 f.
PFEIL, Walter; PFEIL, Michèle. Estruturas de aço: dimensionamento prático. 7. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2009. 335 f.
REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. Bases para projeto estrutural na arquitetura. São Paulo: Zigurate Editora, 2007.
ANALISAR AS FORÇAS QUE ATUAM NOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS EM
PERFIS METÁLICOS
Denomina-se força ao resultado de uma massa submetida a uma aceleração.
Conforme foi apresentado relacionado a força, F= M x A, onde F é força, M a massa e A a
aceleração.
“Para caracteriza uma força, é necessário informar sua intensidade, direção e sentido. Não se
deve confundir direção com sentido. Dada uma direção – por exemplo – a horizontal, tem-se
dois sentidos: para a direita e para a esquerda. ” (REBELLO, 2005, p. 19)
As forças que atuam nas estruturas são basicamente de duas espécies: gravitacionais e ventos. As primeiras têm direção vertical e as segundas, horizontal. Podem ocorrer ocasionalmente ou durante toda a vida útil da estrutura; as ocasionais são
denominadas cargas acidentais e as segundas, cargas permanentes. São exemplos de cargas acidentais, pessoas, mobiliários, vento e veículos. Essas cargas, por serem de difícil quantificação, são definidas por Norma, a NBR 6120. As cargas permanentes são o peso próprio da estrutura, os revestimentos e as paredes. (REBELLO, 2005, p. 19)
Sartori (20--? p.3) explica a função das vigas relacionadas as cargas e forças:
Um elemento estrutural projetado para suportar cargas aplicadas em vários pontos de sua extensão é denominado viga. Em geral as cargas são perpendiculares ao eixo da viga, na qual causarão somente cisalhamento e flexão. Quando as cargas não formam ângulo reto com a viga, produzem também forças axiais.
Em geral, vigas são barras prismáticas retas e longas. Projetar uma viga consiste essencialmente em selecionar uma seção reta que proporcionará resistência mais efetiva ao cisalhamento e flexão produzidos pelas cargas aplicadas. O projeto da viga, portanto, inclui duas partes distintas.
As vigas recebem diversas ações de cargas, como ações de pilares, ações de vigas, ações da
laje, alvenaria e seu próprio peso.
“Ações são as forças ou os momentos externos aplicados à estrutura, podendo ser também
deformações impostas à mesma” (NBR 8800/86).
Os esforços de ação que atuam nas estruturas podem ser classificados em forças ou momentos. Com relação às forças estas podem ser concentradas ou distribuídas.
Força distribuída: Uma força é distribuída quando sua aplicação em um corpo é feita em mais do que um ponto. Com relação à distribuição, as forças distribuídas podem ser classificadas em:
• Forças Distribuídas Volumetricamente: que são aquelas distribuídas pelo volume de um corpo. Por exemplo, temos a força peso.
• Forças Distribuídas Superficialmente: que são aquelas distribuídas pela superfície de um corpo. Por exemplo, temos a pressão.
• Forças Distribuídas Linearmente: que são aquelas distribuídas ao longo de uma linha. Embora, da mesma maneira que a força concentrada, este tipo de força é uma aproximação. Por exemplo, consideremos uma força distribuída aplicada na parte superior de uma viga retangular.
Força Linearmente Distribuída (Carregamento): Seja uma força linearmente distribuída onde a função de distribuição é q (x) Pode-se dizer que a força total da distribuição (F) nada mais é do que a soma de todas as forças ao longo da distribuição. Desta forma, a força total de distribuição é a integral da função q (x) ao longo de L.
A posição equivalente desta força, com relação à distribuição, é o centro de gravidade da distribuição.
Quando se recorda que a integral da expressão (1), também, representa a área sob o gráfico da função q (x), se pode afirmar que a força resultante de um carregamento é numericamente
igual à área delimitada pela distribuição. A posição relativa desta força é o centro de gravidade da figura formada na distribuição.
Força Concentrada: Diz-se que uma é força concentrada quando se considera que ela é aplicada em um único ponto. Uma força deste tipo é representada por um vetor cujo tamanho representa a intensidade da força; a direção representa a direção da força e o sentido, o sentido da força. A figura 11 mostra a representação de uma força concentrada de 5 kN aplicada no ponto A de uma barra de três metros.
Uma viga é um elemento sujeito a dois tipos de esforços: momento fletor e força cortante.
Sendo o primeiro o esforço predominante e o mais desfavorável, a viga é o sistema estrutural
que exige maior consumo de material e maior resistência.
Tese
Capítulo III – A Concepção Estrutural em Aço
As estruturas de aço são muito utilizadas proporcionando uma construção limpa e rápida gerando mínima interferência no seu entorno. Existem diversos tipos de vigas metálicas em: (“I”, “W”, “U”, “H”, “L”), as escolhas das vigas serão de acordo com a precisão de cada projeto. As vigas metálicas possuem diferentes funções e aplicações, por isso é importante saber as funções e caraterísticas de cada viga e adquirir um produto de boa qualidade.
MANCINI, Luciana Cotta. Pré-dimensionamento de estruturas metálicas em fase de concepção arquitetônica. Ouro Preto : UFOP, 2003. 256p. : il. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de Minas. Departamento de Engenharia de Civil.
REFERÊNCIAS
MORILLA, José Carlos. Estática Das Estruturas. Disponível em: < http://cursos.unisanta.br/mecanica/ciclo4/estaticanasestruturas.pdf> . Acesso em: 16 de set. 2015.
REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. Estruturas de aço, concreto e madeira: atendimento da expectativa dimensional. São Paulo: Zigurate Editora, 2005.
SARTORI, Cláudio S. Mecânica Geral II: Notas de AULA 6 – Teoria. 20--?. Disponível em: <http://www.claudio.sartori.nom.br/mg2_capitulo6.pdf>. Acesso em: 17 set. 2015.
ANALISAR OS TIPOS, FORMAS E MEDIDAS DOS DIVERSOS ELEMENTOS
ESTRUTURAIS EM PERFIS METÁLICOS: VIGAS METÁLICAS
A linguagem gráfica é o método de comunicação que busca descrever objetos sólidos ou fatos
físicos de maneira precisa e completa. Onde grande parte dos desenhos são feitos de linha que
representam superfície, bordas e os contornos dos objetos, dispostas em um sistema lógico de
projeção em dimensões, direções, instruções, descrevendo assim a forma e o tamanho dos
objetos representados.
Os métodos de descrição de forma são representados em sistemas ortográficos, com a
presença de variação, símbolos e abreviatura. E em representação em perspectiva onde o
objeto em única projeção é mostrado como se fosse visto com os próprios olhos.
Os métodos de descrição de tamanho são demostrados através de dimensões, que indicam
distância, raios e outras magnitudes necessárias.
Com isso, a linguagem gráfica se relaciona com as formas, tipos e medidas de perfis
metálicos, como a viga.
Rabello (2005, p.5) define geométrica como:
A Geometria é o ramo da Matemática que se propõe a estudar as figuras existentes na natureza através das propriedades de seus elementos, definindo, caracterizando e padronizando suas formas e dimensões, facilitando assim seu próprio desenvolvimento e o de outras áreas do conhecimento científico e tecnológico.
As figuras estudadas na Geometria são, de um modo geral, a associação de uma ou mais formas específicas, formas estas denominadas formas geométricas.
“Denomina-se perfil estrutura à barra obtida por diversos processos e que apresenta a forma da seção com determinas características geométricas que o qualifica para absorver determinados esforços. ” (REBELLO, 2007, p. 29)
A principal e mais importante aplicação da viga metálica: “ Sua forma de seção é extremamente adequada para absorver os esforços de flexão, já que suas mesas constituem elementos de grande quantidade de massa, afastados do centro de gravidade da seção. ” (REBELLO, 2007, p. 36)
Segundo Rebello (2007, p.30-31) para obter o perfil mais adequado apropriado para cada aplicação, é de fundamental importância lembrar do princípio da distribuição de massa nas seções que se relaciona as formas dos perfis. O esforço de tração simples convém qualquer tipo de forma de seção, se caso a intenção for trabalhar com peças esbeltas, recomenda-se o uso de seções em que o material esteja concentrado junto ao centro de gravidade da seção. O esforço de compressão simples pode provocar flambagem, daí peças comprimidas exigirem seções mais rígidas, onde o material é afastado do centro de gravidade em todas direções. O esforço de flexão exige formas de seção em que o material esteja longe do centro de gravidade, em relação ao eixo em torno do qual ocorre o momento fletor.
Pfeil e Pfeil (2009, p. 134) indica os tipos mais utilizados para vigas:
Os perfis (a), (c), (d) são laminados, porém atualmente no Brasil só tem sido fabricados perfis I e H até 152 mm (6”); no passado os perfis I eram laminados até 508 mm (20”). Os perfis IP, de abas com espessura constante, são muitos utilizados na Europa e nos Estados Unidos, onde são laminados, respectivamente, com altura até 100 cm e 36”.
FIGURA 1: Tipos usuais de perfis para vigas (Fonte: PFEIL; PFEIL, 2009, p. 134)
As vigas em alma cheia são aquelas que não possuem aberturas ao longo de seu eixo
longitudinal, sendo formada por uma chapa fina, que seja enrijecida evitando assim o
processo de flambagem. Tem-se que as principais formas deste tipo de viga são os perfis
I, sejam estes laminados ou soldados. Também há outras formas de vigas em alma cheia
sem utilizar perfis do tipo I, como por exemplo, a união de perfis U, mas estes são menos
utilizados na prática.
O perfil I pode ser obtido por laminação, em siderúrgica, ou pela soldagem de três chapas. Os perfis I laminados, são especificados em projeto pela letra I acompanhada da dimensão da sua altura em polegada ou milímetro, seguida do seu peso por metro linear, tanto para padrão americano como europeu. (REBELLO, 2007, p. 35)
Conforme Rebello (2007, p. 35) cada fabricante possui suas próprias siglas, como os perfis
fabricados pela Açominas são especificados pela letra W, Usiminas pela sigla VE e VEE, no
padrão americano, pode ocorrer substituições na especificação do peso do perfil conforme a
tabela do catálogo do fabricante (1ª alma, 2ª alma, e assim por diante), quando não obtido
industrialmente são especificados pela sigla VS (viga soldada).
Exemplos de medidas desses perfis:
- I 12” x 60,6; (altura = 12”, peso= 60,6 kgf/m) ou “I” 12” – 1ª alma;
ou VS 300 x 62; (altura = 300 mm, peso= 62kgf/m)
ou W 310 C 28,3; (altura = 310 mm, peso= 28,3kgf/m)
ou VE 250 x 19. (altura = 250 mm, peso= 19kgf/m)
“O perfil U pode ser obtido por dobramento de chapa ou por laminação em siderúrgica. Sua
especificação é feita pelo uso do símbolo U, seguido das dimensões da seção e do peso por
metro linear. ” (REBELLO, 2007, p. 38)
Rebello (2007, p. 35) demonstra como são fornecidas as medidas conforme os tipos de perfil
U, o laminado e o de chapa dobrada:
No caso do perfil laminado, é fornecida a altura da alma em polegadas seguidas do peso por metro linear; no caso dos perfis de chapa dobrada, são fornecidas todas dimensões de seção em milímetros, na seguinte sequência: altura, largura e espessura. O perfil U de chapa dobrada pode apresentar dobras nas suas extremidades, denominadas lábios. Usa-se o enrijecimento para melhorar o comportamento do perfil.
Exemplos de medidas desses perfis:
-U 8” x 17,11, para perfil laminado (altura = 8”, peso = 17,11 fgf/m)
- U 100 x 50 x 3, para perfil de chapa dobrada (altura = 100 mm, largura = 50 mm, espessura = 3 mm).
“Nos perfis laminados, para cada altura de alma são fabricados diversos perfis com várias espessuras de alma e de mesa. À vista disso, pode-se substituir a especificação por meio do peso pela posição do perfil no catálogo de fabricação. ” (REBELLO, 2007, p. 33)
Exemplo: U 8” x 17,11 ou U 8” 1ª alma.
Perfil H pode ser obtido pela soldagem de 3 chapas ou por laminação. Esse perfil se diferencia geometricamente do perfil I por apresentar largura de aba igual a altura da alma. As indicações em desenho são semelhantes às do perfil I. Exceto que os perfis não industrializados de chapa soldada recebem a sigla CS, iniciais de coluna soldada ou mais genericamente, PS de perfil soldado. (REBELLO, 2007, p. 38)
Segundo Rebello (2007, p. 38) cada fabricante também possui suas próprias siglas, os perfis fabricados pela Açominas recebem a sigla W ou HP, Usiminas recebem a sigla CE, de coluna eletro-soldado. Os perfis soldados, seja perfil I ou H, são especificados genericamente pela sigla PS de perfil soldado. Como não são tabeladas, são identificadas na prancha de desenho, em tabela própria, na qual todas as suas dimensões sejam especificadas.
Exemplos de medidas desses perfis:
- CS 300 x 26 (altura= largura=300 mm, peso= 26 kgf/m)
ou W 310 x 93 (altura= largura=310 mm, peso= 93 kgf/m)
ou CE 300 x 79 (altura= largura=300 mm, peso= 76 kgf/m)
Os perfis H, por suas características geométricas, é quase que unicamente utilizado como pilar, pois apresenta boa rigidez em ambas as direções, respondendo bem ao esforço de compressão axial. A inércia de sua seção faz com que o perfil H seja indicado também para pilares submetidos a flexo-compressão (flexão + compressão axial) e, mais raramente, para barras de grandes treliças. (REBELLO, 2007, p. 38)
Rebello (2007, p. 38- 39) explica que o perfil T tem pouca utilização estrutural, pode ser obtido por laminação ou pelo corte de um perfil I ou de perfil H, é bastante utilizado em peças submetidas a baixos esforços, principalmente para peças curvas, por sua facilidade de calandragem ou ainda na composição de caixilhos, sendo sua indicação em desenho semelhante à da cantoneira, substituindo-se a espessura da alma pelo peso por metro linear.
Exemplo de medidas desse perfil:
- T 4” x 4” x 20 kgf/m.
REFERÊNCIAS
PFEIL, Walter; PFEIL, Michèle. Estruturas de aço: dimensionamento prático. 7. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2009. 335 f.
RABELLO, Paulo Sérgio Brunner. GEOMETRIA DESCRITIVA BÁSICA. Cabo Frio, 2005. Disponível em: <http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_rossano/wp-content/uploads/sites/16/2014/10/GEOMETRIA-DESCRITIVA-B%C3%81SICA-Paulo-S%C3%A9rgio-Brunner-Rabello.pdf>. Acesso em: 21 set.2015.
REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. Estruturas de aço, concreto e madeira: atendimento da expectativa dimensional. São Paulo: Zigurate Editora, 2005.
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