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SUMÁRIO
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS ....................................................................................... 4
CAPÍTULO II - TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS — DEFINIÇÕES................................................... 5
CAPÍTULO III - SISTEMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS .................................................... 8
CAPÍTULO IV - REMOÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ............................................... 11
SECÇÃO I - Deposição indiferenciada e seletiva de resíduos sólidos urbanos ...................... 11
SECÇÃO II - Recolha e transporte dos resíduos sólidos urbanos ......................................... 16
SECÇÃO III - Áreas de ocupação comercial, industrial e confinantes ................................... 16
SECÇÃO IV - Limpeza pública ........................................................................................... 17
CAPÍTULO V - VALORIZAÇÃO, TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RSU ................................... 17
CAPÍTULO VI - OUTROS TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS ......................................................... 18
CAPÍTULO VII - RESÍDUOS ESPECIAIS .................................................................................. 19
CAPÍTULO VIII - TARIFAS .................................................................................................... 19
CAPÍTULO IX - PENALIDADES .............................................................................................. 21
CAPÍTULO X - FISCALIZAÇÃO .............................................................................................. 27
CAPÍTULO XI - DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................... 27
3
PREÂMBULO
Quando se fala de ambiente, os menos avisados identificam, de modo primário, problemas
de limpeza de espaços públicos e de lixos. Na verdade, esta é capaz de ser a face mais visível
de todas as formas de poluição. Talvez por isso as autarquias locais investem tanto nestas
atividades de limpeza de espaços públicos e na recolha e tratamento de resíduos.
Porém, há muito que a solução dos problemas ambientais em geral, e o deste em particular,
deixou de depender exclusivamente dos serviços públicos responsáveis. Sem a colaboração
esclarecida dos cidadãos não é possível obter o resultado desejado.
Neste contexto, o presente Regulamento deverá desempenhar uma dupla função — por um
lado estabelecer as regras da limpeza e de recolha, valorização e tratamento dos RSU, por
outro ao divulgar estas regras estamos a envolver e a comprometer também os produtores
de RSU da área do município.
Esta a razão que levou a elencar as ações ou omissões que configuram prevaricações muitas
vezes aceites de tão habituais. Gestos como o de colar publicidade nos equipamentos ou
alimentar animais errantes precisam de ser denunciados como lesivos do bem-estar comum,
pois de tão quotidianos tornaram-se tolerados. É fundamental inverter estas situações, banir
os erros antigos para criar uma nova mentalidade e uma nova maneira de estar e viver em
Loures.
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CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1.º
Nos termos do artigo 53.º, n.º 2, alínea a), da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com as
alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, compete à Assembleia
Municipal, sob proposta da Câmara Municipal, aprovar os regulamentos do município com
eficácia externa [artigo 64.º, n.º 6, alínea a), ibidem].
Compete ao município de Loures, nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 6.º do Decreto-
Lei n.º 239/97, de 9 de setembro, e nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 26.º da Lei n.º
159/99, de 14 de setembro, assegurar o planeamento, a gestão de equipamentos e a
realização de investimentos no domínio dos sistemas municipais de resíduos sólidos urbanos
e limpeza pública na área do município.
Artigo 2.º
Responsabilidade pela remoção
1 — Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da Câmara Municipal de Loures são
a entidade gestora do Serviço de Remoção e Deposição de Resíduos Sólidos Urbanos no
Município de Loures.
2 — Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da Câmara Municipal de Loures são
responsáveis pela prestação do serviço referido no ponto anterior na área do município de
Odivelas, nos termos decorrentes da criação daquele município.
Artigo 3.º
Responsabilidade pela valorização e tratamento
A valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos produzidos na área do município de
Loures são da responsabilidade da Valorsul — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos
da Área Metropolitana de Lisboa (Norte), S. A. (VALORSUL), nos termos do Decreto-Lei n.º
297/94, de 21 de novembro, e do contrato de concessão celebrado entre o Estado Português
e a Valorsul, S. A.
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Artigo 4.º
Definição do sistema municipal
1 — A Câmara Municipal de Loures define o sistema municipal para a gestão dos resíduos
sólidos urbanos, higiene e limpeza pública do seu município, podendo definir um sistema
autónomo para qualquer área territorial atendendo à sua especificidade podendo aplicar-se,
entretanto, o presente Regulamento com as necessárias adaptações.
2 — Nos termos do Decreto-Lei n.º 379/93, de 5 de novembro, a exploração e a gestão do
sistema municipal de resíduos sólidos urbanos e limpeza pública podem ser diretamente
efetuadas pelo município ou em associação com outros municípios ou atribuída, em regime
de concessão, a entidade pública ou privada de natureza empresarial, bem como a
associação de utilizadores.
3 — Entende-se por gestão do sistema de resíduos sólidos o conjunto das atividades de
carácter técnico, administrativo e financeiro, bem como o conjunto das operações de
deposição, recolha, transporte, tratamento, valorização e eliminação dos resíduos, incluindo
o planeamento e fiscalização dessas operações, bem como a monitorização dos locais de
destino final, depois de se proceder ao seu encerramento.
CAPÍTULO II
Tipos de resíduos sólidos — definições
Artigo 5.º
Definição de resíduos sólidos
Resíduos sólidos são quaisquer substâncias ou objetos de que o detentor se desfaz ou tem
intenção ou obrigação de se desfazer, nomeadamente os previstos em portaria dos Ministros
da Economia, da Saúde, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do
Ambiente, em conformidade com a Lista Europeia de Resíduos (LER), Decisão n.º
2000/532/CE, da Comissão, de 3 de maio, com as alterações em vigor.
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Artigo 6.º
Resíduos sólidos urbanos
Para efeitos do presente Regulamento consideram-se resíduos sólidos urbanos (RSU) os
constituídos por:
1) Resíduos domésticos — os resíduos normalmente produzidos nas habitações;
2) Objetos domésticos volumosos fora de uso (monos) — os objetos provenientes das
habitações que, pelo seu volume, forma, dimensões ou outras características, não possam
ser recolhidos pelos meios normais de remoção;
3) Resíduos verdes — os resíduos provenientes das operações de limpeza e manutenção de
jardins públicos ou particulares, cemitérios e outras áreas verdes, nomeadamente, aparas,
troncos, ramos, relva e ervas;
4) Resíduos de limpeza pública — os resíduos provenientes da limpeza pública, entendendo-
se esta como o conjunto de atividades que se destinam a remover os resíduos sólidos
existentes nas vias e outros espaços públicos, incluindo sucatas, animais mortos e resíduos
provenientes da limpeza e desobstrução de linhas de água;
5) Resíduos comerciais equiparados a RSU — os resíduos provenientes do sector de serviços
ou de estabelecimentos comerciais ou do sector de serviços com uma administração comum
relativa a cada local de produção que, pela sua natureza ou composição sejam semelhantes
aos resíduos sólidos domésticos, desde que a produção diária não exceda 1100 l e que não
sejam considerados como perigosos na Lista Europeia de Resíduos (LER);
6) Resíduos industriais equiparados a RSU — os resíduos provenientes de atividades
acessórias das unidades industriais que, pela sua natureza ou composição sejam semelhantes
aos resíduos sólidos domésticos, nomeadamente de cantinas e de escritórios, desde que a
produção diária não exceda 1100 l por produtor e que não sejam considerados como
perigosos na LER;
7) Resíduos hospitalares não perigosos — os resíduos produzidos em unidades de prestação
de cuidados de saúde, incluindo as atividades médicas de diagnóstico, prevenção e
tratamento da doença, em seres humanos ou em animais, e ainda as atividades de
investigação relacionadas e cuja produção diária não exceda 1100 l por produtor e que não
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sejam considerados como perigosos na LER ou que não estejam contaminados, nos termos
da legislação em vigor;
8) Resíduos provenientes da atividade agropecuária — os resíduos produzidos na agricultura
e pecuária, incluindo resíduos de madeira e plástico, cuja produção diária não exceda 1100 l
por produtor e que não sejam considerados como perigosos na LER;
9) Resíduos provenientes de instalações autárquicas — os resíduos produzidos nas
instalações das autarquias (incluindo cemitérios, mercados, refeitórios, etc.) e que não sejam
considerados como perigosos na LER.
Artigo 7.º
Outro tipo de resíduos sólidos
Para efeitos do presente Regulamento considera-se outro tipo de resíduos sólidos os não
definidos como industriais, urbanos ou hospitalares, nomeadamente:
1) Resíduos de grandes produtores comerciais: os resíduos sólidos que, embora apresentem
características semelhantes aos resíduos indicados no n.º 5) do artigo anterior, atinjam uma
produção diária superior a 1100 l por produtor;
2) Resíduos de atividades acessórias das unidades industriais: os resíduos que, embora
apresentem características semelhantes aos resíduos indicados no n.º 6) do artigo anterior,
atinjam uma produção diária superior a 1100 1 por produtor;
3) Resíduos hospitalares não perigosos que, embora apresentem características semelhantes
aos resíduos indicados no n.º 7) do artigo anterior, atinjam uma produção diária superior a
1100 l por produtor;
4) Resíduos provenientes da atividade agropecuária — os resíduos que, embora apresentem
características semelhantes aos resíduos indicados no n.º 8) do artigo anterior, atinjam uma
produção diária superior a 1100 l por produtor;
5) Entulhos — os restos de construções, caliças, pedras, escombros, terras ou produtos
similares resultantes de obras;
6) Monos não-domésticos — os objetos volumosos não provenientes das habitações, que
pela sua natureza, volume, forma, dimensões ou outras características não possam ser
recolhidos pelos meios normais;
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7) Os resíduos provenientes das gradagens existentes nos sistemas de drenagem e de
tratamento de águas residuais;
8) Outros resíduos que, de acordo com a legislação, possam ser incluídos nesta categoria.
Artigo 8.º
Resíduos sólidos especiais
Para efeitos do presente Regulamento são considerados resíduos sólidos especiais os não
incluídos nas categorias anteriormente definidas, nomeadamente:
1) Resíduos sólidos industriais — os resíduos sólidos gerados em atividades industriais, bem
como os que resultem das atividades de produção e distribuição de eletricidade, gás e água;
2) Resíduos hospitalares — os resíduos produzidos em unidades de prestação de cuidados de
saúde, incluindo as atividades médicas de diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças,
em seres humanos ou em animais, e ainda as atividades de investigação relacionadas;
3) Resíduos perigosos — os resíduos que apresentem características de perigosidade para a
saúde ou para o ambiente, nomeadamente os definidos como tal na lista europeia de
resíduos (LER);
4) Outros resíduos que a legislação exclua expressamente das categorias referidas nos artigos
6.º e 7.º
CAPÍTULO III
Sistema de resíduos sólidos urbanos
Artigo 9.º
Definição de sistema de resíduos sólidos
1 — Define-se sistema de resíduos sólidos o conjunto de obras de construção civil,
equipamentos mecânicos e ou elétricos, viaturas, recipientes e acessórios, de recursos
humanos, institucionais e financeiros e estruturas de gestão, destinado a assegurar, em
condições de eficiência, conforto, segurança, inocuidade e economia, a deposição, recolha,
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transporte, valorização, tratamento e eliminação dos resíduos, sob qualquer das formas
enunciadas no Decreto-Lei n.º 239/97, de 9 de Setembro.
2 — Define-se sistema de resíduos sólidos urbanos o sistema que opera com resíduos sólidos
urbanos.
Artigo 10.º
Componentes do sistema de resíduos sólidos urbanos
O sistema de resíduos sólidos urbanos engloba as componentes técnicas e as atividades
complementares de cestão abaixo discriminadas:
1) Produção.
2) Remoção:
a) Indiferenciada;
b) Seletiva;
c) Objetos domésticos volumosos fora de uso (monos);
d) Limpeza pública;
e) Limpeza extraordinária.
3) Tratamento;
4) Valorização;
5) Eliminação;
6) Atividades complementares:
a) As atividades de conservação e manutenção dos equipamentos e das
infraestruturas;
b) As atividades de carácter técnico, administrativo, financeiro e de fiscalização.
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Artigo 11.º
Definição das componentes do sistema
1 — Considera-se Produção a geração de resíduos sólidos urbanos.
2 — Considera-se Remoção o afastamento dos resíduos sólidos urbanos dos locais de
produção, mediante deposição, recolha e transporte.
3 — A Deposição consiste no acondicionamento dos RSU no equipamento de deposição
apropriado (contentores ou embalagens não reutilizáveis) colocado nos locais para tal
indicados, a fim de se proceder à recolha.
4 — A Deposição Seletiva consiste no acondicionamento das frações passíveis de valorização
dos RSU no equipamento de deposição seletiva colocado nos locais para tal indicados, afim
de se poder proceder à recolha seletiva.
5 — A Recolha consiste na passagem dos RSU do equipamento de deposição, com ou sem
inclusão destes, para as viaturas de transporte apropriadas.
6 — A Recolha Seletiva consiste na passagem das frações valorizáveis de RSU dos locais ou
equipamento de deposição seletiva para as viaturas de transporte.
7 — O transporte consiste na deslocação dos RSU, em viaturas apropriadas, desde o seu
ponto de recolha até uma estação de transferência, destino de eliminação ou de valorização
autorizados.
8 — Considera-se tratamento qualquer processo manual, mecânico, físico, químico ou
biológico, que altere as características dos resíduos, de forma a reduzir o seu volume ou
perigosidade, bem como facilitar a sua movimentação, valorização e eliminação, de acordo
com a legislação vigente.
9 — Considera-se valorização qualquer operação que permita o reaproveitamento dos
resíduos, de acordo com a legislação vigente.
10 — Define-se por eliminação qualquer operação que vise dar aos resíduos um destino final
adequado, de acordo com a legislação vigente.
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CAPÍTULO IV
Remoção de resíduos sólidos urbanos
Artigo 12.º
Princípios gerais
1 — Os serviços da Câmara garantem a remoção de resíduos sólidos urbanos de forma
regular, eficiente, no mais rigoroso cumprimento da legislação e das normas em vigor,
procurando otimizar os recursos humanos, técnicos e económicos à disposição.
2 — As instruções de operação e manutenção do serviço de remoção emanadas pelos
serviços da Câmara Municipal de Loures são de cumprimento obrigatório.
SECÇÃO I
Deposição indiferenciada e seletiva de resíduos sólidos urbanos
Artigo 13.º
Deposição de resíduos sólidos urbanos
1 — A deposição dos resíduos sólidos urbanos, após acondicionamento em sacos de plástico
fechados, é efetuada utilizando o seguinte equipamento municipal, quando distribuído pelos
serviços da Câmara Municipal de Loures:
a) Contentores herméticos normalizados, distribuídos pelos edifícios das áreas do
município servidas por recolha porta-a-porta;
b) Contentores de utilização coletiva colocados na via pública;
c) Embalagens não reutilizáveis;
d) Qualquer outro equipamento ou instalação destinada à deposição de resíduos
sólidos urbanos, nomeadamente as bocas de recolha de resíduos em áreas servidas
com recolha pneumática.
2 — A deposição de resíduos sólidos produzidos na via pública é efetuada utilizando
papeleiras ou outros recipientes com idêntica finalidade colocados nas vias e outros espaços
públicos.
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3 — A deposição dos objetos domésticos volumosos fora de uso (monos) é efetuada pelos
munícipes junto ao equipamento de deposição, no caso de áreas servidas por contentores de
utilização coletiva na via pública, ou no local onde é habitual colocar o contentor, nas áreas
servidas por recolha porta-a-porta, salvo outras condições definidas pelos serviços. A
deposição deverá ser feita com um máximo de vinte e quatro horas de antecedência
relativamente ao horário de remoção previsto, devendo esta ser previamente acordada com
os serviços da Câmara.
4 — A deposição de aparas, ramos, troncos e folhas provenientes de jardins particulares é
efetuada pelos munícipes junto ao equipamento de deposição, no caso de áreas servidas por
contentores de utilização coletiva na via pública, ou no local onde é habitual colocar o
contentor, nas áreas servidas por recolha porta-a-porta, salvo outras condições definidas
pelos serviços. A deposição deverá ser feita com um máximo de vinte e quatro horas de
antecedência relativamente ao horário de remoção previsto, devendo esta ser previamente
acordada com os serviços da Câmara.
5 — Compete aos interessados acondicionar e transportar os seus objetos domésticos
volumosos fora de uso e os resíduos verdes para o equipamento de deposição específico ou
para o local indicado pelos serviços.
6 — As entidades que procedam à instalação de novos locais de produção de resíduos sólidos
urbanos, são obrigadas a requerer aos serviços da Câmara Municipal de Loures, o
fornecimento de equipamentos de deposição, previamente ao início da atividade.
Artigo 14.º
Deposição seletiva de resíduos sólidos urbanos
1 — O município promove a recolha seletiva dos resíduos para os quais é possível o seu
encaminhamento para reciclagem e ou valorização, no âmbito do sistema de gestão
integrada da Valorsul.
2 — Considerando o acima referido e nos termos a definir e divulgar pelos meios apropriados
pelos serviços da Câmara, será possível efetuar a deposição e recolha seletiva dos seguintes
resíduos:
a) Embalagens de papel e cartão;
b) Embalagens de plástico;
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c) Embalagens de metal;
d) Embalagens compósitas;
e) Embalagens de vidro;
f) Papel e cartão;
g) Resíduos biodegradáveis de cozinha e cantinas;
h) Pilhas e acumuladores usados;
i) Equipamento elétrico e eletrónico fora de uso;
j) Resíduos biodegradáveis de jardins e parques;
k) Outros materiais que possam ser objeto de valorização.
3 — A deposição seletiva de resíduos com vista à sua valorização é efetuada utilizando os
seguintes recipientes municipais:
a) Contentores verdes (vidrões) colocados na via pública ou em instalações de
grandes produtores do material a recuperar, destinados à deposição seletiva de
embalagens de vidro;
b) Contentores azuis (papelões) colocados na via pública ou em instalações de
grandes produtores do material a recuperar, destinados à deposição seletiva de
papel e cartão e de embalagens de papel e cartão;
c) Contentores amarelos (embalões) colocados na via pública ou em instalações de
grandes produtores do material a recuperar para deposição seletiva de embalagens
de plástico, metal e cartão complexo;
d) Ecopontos colocados na via pública ou atribuídos aos estabelecimentos de ensino
para deposição seletiva das frações valorizáveis de RSU objeto de recuperação,
nomeadamente os definidos nas alíneas a), b), c), d), e) e f) do n.º 2 do presente
artigo;
e) Contentores atribuídos aos edifícios de urbanizações em altura, para deposição
seletiva das frações valorizáveis de RSU, nomeadamente os definidos nas alíneas a),
b), c), d), e) e f) do n.º 2 do presente artigo, nas zonas servidas por recolha seletiva
porta-a-porta;
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f) Cestos atribuídos aos edifícios de habitação de baixo porte, para deposição seletiva
das frações valorizáveis de RSU, nomeadamente os definidos nas alíneas a), b), c), d),
e) e f) do n.º 2 do presente artigo, nas zonas servidas por recolha seletiva porta-a-
porta;
g) Pilhões colocados na via pública ou em estabelecimentos de ensino para a
deposição seletiva de frações valorizáveis de RSU tais como pilhas e acumuladores;
h) Outro equipamento de deposição destinado a deposição seletiva de outros
materiais, existentes ou a implementar, assim como as bocas de recolha de resíduos
em áreas servidas com recolha pneumática.
4 — Para efeitos de deposição seletiva deverão também ser considerados os ecocentros.
Artigo 15.º
Responsabilidade pela deposição
1 — O acondicionamento dos resíduos sólidos nos equipamentos de deposição nos termos
definidos no presente Regulamento é da responsabilidade:
a) Dos proprietários e administradores de estabelecimentos comerciais, industriais
ou hospitalares;
b) Dos residentes de moradias ou de edifícios de ocupação unifamiliar;
c) Da administração do condomínio, nos casos de edifícios em regime de propriedade
horizontal;
d) Dos representantes legais de outras instituições;
e) Nos restantes casos, os indivíduos ou entidades para o efeito designados, ou na
sua falta, todos os utentes.
2 — A colocação, retirada, limpeza e conservação do equipamento de deposição referido na
alínea a) do n.º 1 do artigo 13.º e nas alíneas d), e) e f) do n.º 3 do artigo 14.º é da
responsabilidade das entidades mencionadas no número anterior.
3 — As entidades referidas no n.º 1 são obrigadas a cumprir as instruções de deposição
emanadas pelos serviços da Câmara Municipal de Loures.
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4 — Os resíduos sólidos urbanos devem ser colocados no equipamento de deposição e locais
apropriados nos dias e horas definidos pelos serviços da Câmara Municipal de Loures
tornados públicos por edital e divulgados pelos meios apropriados.
Artigo 16.º
Obrigatoriedade de uso dos equipamentos de deposição
1 — Os produtores de RSU são obrigados a utilizar o equipamento de deposição destinado a
RSU e o destinado à deposição seletiva para deposição dos resíduos específicos a que se
destinam.
2 — Aos serviços da Câmara Municipal de Loures não pode ser imputada qualquer
responsabilidade pela não realização da recolha dos resíduos incorretamente depositados
nos equipamentos destinados aos resíduos sólidos urbanos e à deposição seletiva, até que os
produtores de resíduos cumpram o preceituado no número anterior.
Artigo 17.º
Localização dos equipamentos de deposição
1 — O equipamento de deposição referido na alínea a) do n.º 1do artigo 13.º e nas alíneas d),
e) e f) do n.º 3 do artigo 14.º deve encontrar-se dentro das instalações, fora dos horários
previstos no n.º 4 do artigo 15.º
2 — Quando as instalações do produtor de resíduos sólidos domésticos não reúnam
condições, por falta de espaço, para a colocação do equipamento de deposição no seu
interior em local acessível a todos os utilizadores, devem os responsáveis pela sua limpeza e
conservação, referidos no artigo 15.º, solicitar aos serviços da Câmara Municipal de Loures,
autorização para manter esse equipamento de deposição no exterior das instalações.
Artigo 18.º
Sistemas de deposição em projetos de edificações
Os projetos de edificações na área do município de Loures devem, obrigatoriamente, prever
um sistema de deposição de resíduos sólidos urbanos nos termos do que for definido pelo
Regulamento Municipal de Edificação Urbana (RMEU), a submeter a parecer vinculativo dos
serviços da Câmara Municipal de Loures.
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SECÇÃO II
Recolha e transporte dos resíduos sólidos urbanos
Artigo 19.º
Proibição de atividades de recolha e transporte por terceiros
1 — A recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos são da competência dos serviços da
Câmara Municipal de Loures, em horário e condições a definir e a divulgar pelos meios
apropriados.
2 — É proibida a execução de quaisquer atividades de recolha e transporte de resíduos
sólidos urbanos por qualquer entidade não devidamente autorizada.
SECÇÃO III
Áreas de ocupação comercial, industrial e confinantes
Artigo 20.º
Obrigatoriedade de limpeza das zonas de influência de estabelecimentos comerciais e
industriais
1 — Quem proceder à exploração de estabelecimentos comerciais e industriais deve realizar
a limpeza diária das áreas de influência destes, bem como das áreas objeto de licenciamento
ou autorização para ocupação da via pública, removendo os resíduos provenientes da sua
atividade.
2 — O disposto no número anterior também se aplica, com as necessárias adaptações, a
feirantes, vendedores ambulantes e promotores de espetáculos itinerantes.
3 — Para efeitos do presente Regulamento estabelece-se como área de influência de um
estabelecimento comercial ou industrial, uma faixa de 2 m de zona pedonal a contar do
perímetro da área de ocupação da via pública.
4 — Os resíduos provenientes da limpeza da área anteriormente considerada devem ser
depositados no equipamento de deposição destinados aos resíduos provenientes daquelas
atividades.
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SECÇÃO IV
Limpeza pública
Artigo 21.º
Componentes da limpeza pública
1 — A limpeza pública integra-se na componente técnica remoção e é constituída pelas
atividades de varredura, lavagem e eventual desinfeção, dos arruamentos, passeios e outros
espaços públicos, despejo, lavagem, desinfeção e manutenção de papeleiras, corte de mato e
de ervas e monda química, limpeza de sarjetas e sumidouros e remoção de cartazes ou outra
publicidade indevidamente colocada e grafitti, abrangendo ainda a remoção dos resíduos
referidos no n.º 4) do artigo 6.º
2 — Os serviços da Câmara Municipal de Loures procedem, no âmbito da sua atividade
regular, à limpeza pública e limpeza extraordinária.
3 — Considera-se limpeza extraordinária o saneamento de lixeiras ou outras operações não
regulares de limpeza, sem prejuízo de responsabilidade pela deposição indevida nos termos
dos artigos 26.º e 27.º
4 — Quando razões fundamentadas de proteção ambiental o justifiquem, a Câmara
Municipal poderá ordenar aos proprietários dos terrenos para proceder à proteção desses
terrenos com vedação de carácter ligeiro com altura mínima de 1,5 m.
CAPÍTULO V
Valorização, tratamento e eliminação de RSU
Artigo 22.º
Valorização, tratamento e eliminação de RSU
A valorização, tratamento e eliminação de resíduos sólidos urbanos produzidos na área do
município de Loures é efetuada nos termos do artigo 3.º.
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CAPÍTULO VI
Outros tipos de resíduos sólidos
Artigo 23.º
Responsabilidade pelo destino final de outros tipos de resíduos sólidos
1 — Os produtores de outro tipo de resíduos sólidos definido no artigo 7.º deste
Regulamento, são responsáveis por lhes dar destino final, sem prejuízo da responsabilidade
de cada um dos operadores na medida da sua intervenção no circuito de gestão desses
resíduos e salvo o disposto em legislação especial.
2 — A remoção dos resíduos referidos no número anterior poderá ser acordada com os
serviços da Câmara Municipal de Loures, mediante o pagamento do respetivo preço,
calculado com base na tabela de preços em vigor, a qual será definida pelos órgãos
municipais competentes.
3 — Em caso de admissão destes resíduos em qualquer das fases do sistema de resíduos
sólidos urbanos, a entidade produtora obriga-se a:
a) Entregar os resíduos produzidos;
b) Fornecer todas as informações exigidas referentes às características quantitativas
e qualitativas dos resíduos a admitir no sistema.
4 — O pedido de remoção de resíduos deve conter:
a) A identificação do requerente — nome ou denominação social;
b) O código de atividade económica;
c) O número de identificação fiscal;
d) A residência ou sede social;
e) O local de produção de resíduos;
f) A indicação da atividade de que resultam os resíduos;
g) A caracterização dos resíduos;
h) A estimativa da produção diária de resíduos.
19
5 — Os produtores de entulhos são responsáveis pela sua gestão, devendo promover a
recolha, transporte, armazenagem, valorização e destino final, de tal forma que não
prejudiquem a saúde pública, o ambiente, a limpeza e a higiene dos locais.
6 — Os munícipes poderão colocar os entulhos provenientes de obras de pequeno porte
realizadas na própria habitação e até 1 m3 nos ecocentros da Valorsul, nos termos fixados
por esta última.
7 — O município poderá exigir comprovativo do destino final dos entulhos produzidos na sua
área de competência, no âmbito da fiscalização de obras de loteamento e ou de construção.
CAPÍTULO VII
Resíduos especiais
Artigo 24.º
Responsabilidade pelo destino final de resíduos especiais
Os produtores de resíduos sólidos especiais definidos no artigo 8.º deste Regulamento são
responsáveis por lhes dar destino final, sem prejuízo da responsabilidade de cada um dos
operadores na medida da sua intervenção no circuito de gestão desses resíduos e salvo o
disposto em legislação especial.
CAPÍTULO VIII
Tarifas
Artigo 25.º
Tarifa de remoção e eliminação de RSU
1 — Pela utilização do sistema municipal de resíduos sólidos e para fazer face aos encargos
(excetuando a componente limpeza pública), serão cobradas tarifas de remoção e eliminação
de resíduos sólidos, a todos os utilizadores abrangidos pelo sistema municipal, a qual será
fixada por deliberação dos órgãos municipais competentes.
2 — Aos utilizadores do sistema municipal de resíduos sólidos de tipo doméstico e não-
doméstico, consumidores de água dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da
Câmara Municipal (SMAS), doravante definidos apenas como consumidores, a tarifa será
calculada em função do valor de consumos de água faturado.
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3 — Aos utilizadores do sistema municipal de resíduos sólidos de tipo doméstico não
consumidores de água e aqueles que sendo consumidores disponham de outras fontes de
abastecimento particulares, será cobrada a tarifa da recolha de resíduos sólidos com base no
valor do consumo estimado, fixado por deliberação dos órgãos municipais competentes.
4 — Aos utilizadores do sistema municipal de resíduos sólidos de tipo não-doméstico não
consumidores de água e aqueles que sendo consumidores disponham de outras fontes de
abastecimento particulares, será cobrado o preço da recolha de resíduos sólidos
determinado com base na efetiva produção de resíduos e ria tabela de preços em vigor, a
qual será fixada por deliberação dos órgãos municipais competentes.
5 — Poderá ser autorizada a não integração no sistema municipal de resíduos sólidos aos
requerentes, cujos resíduos se enquadrem nos tipos definidos nos n.os 5), 6), 7) e 8) do
artigo 6.º, que façam prova do adequado destino final dos resíduos produzidos, no respeito
do princípio da responsabilidade do produtor.
6 — No caso de utilizadores do sistema municipal de resíduos sólidos abaixo indicados e que
sejam simultaneamente consumidores de água, o serviço de remoção e eliminação de
resíduos sólidos urbanos semelhantes aos resíduos sólidos domésticos, será cobrado em
função do consumo de água, qualquer que seja a sua produção:
a) Autarquias Locais;
b) Entidades com estatuto de utilidade pública;
c) Instituições particulares de solidariedade social;
d) Estabelecimentos de ensino da responsabilidade do município.
7 — Para as entidades referidas nas alíneas b), c) e d) do ponto anterior, o serviço de
remoção inclui a remoção dos objetos volumosos fora de uso e dos resíduos verdes.
8 — O tarifário poderá ser alterado em áreas específicas abrangidas por projetos pilotos de
aplicação de instrumentos económicos de diferenciação, em aproximação ao princípio do
poluidor pagador.
21
CAPÍTULO IX
Penalidades
Artigo 26.º
Proibições
1 — É proibido o abandono de resíduos.
2 — É igualmente proibida a sua emissão, transporte, armazenagem, tratamento, valorização
ou eliminação por entidades não autorizadas.
3 — É também proibida a emissão, armazenagem, tratamento, valorização ou eliminação de
resíduos em instalações ou locais não autorizados.
4 — É proibida a descarga de resíduos, salvo em locais e nos termos determinados por
autorização prévia, definida na lei.
5 — São proibidas as operações de gestão de resíduos em desrespeito das regras legais ou
das normas técnicas imperativas aprovadas nos termos da lei.
6 — O produtor e o detentor de resíduos devem assegurar que cada transporte é
acompanhado das guias de acompanhamento de resíduos nos termos da Portaria n.º 335/97,
de 16 de Maio.
7 — O transporte de resíduos deve ser efetuado em condições ambientalmente adequadas,
de modo a evitar a sua dispersão ou derrame, nos termos definidos pela Portaria n.º 335/97,
de 16 de Maio.
Artigo 27.º
Contraordenações
Constitui contraordenação a prática dos seguintes factos:
a) O abandono, bem como a emissão, transporte, armazenagem, tratamento,
valorização ou eliminação de resíduos, por entidades não autorizadas ou em
instalações ou locais não autorizados, sem prejuízo do disposto nas alíneas seguintes;
b) Varrer, sacudir tapetes e outros objetos ou efetuar despejos para a via pública;
c) Lançar detritos ou qualquer produto para alimentação dos animais na via pública;
22
d) Vazar águas provenientes de lavagem para a via pública;
e) Vazar outras águas poluídas, tintas, qualquer tipo de óleos novos ou usados,
petróleos seus derivados ou outras matérias líquidas ou pastosas para a via pública,
sarjetas ou sumidouros;
f) Destruir, deslocar ou remover papeleiras;
g) Retirar, remexer ou escolher resíduos contidos nos contentores colocados na via
pública;
h) Lançar quaisquer detritos ou objetos nas sarjetas ou sumidouros;
i) Poluir a via pública com dejetos;
j) Despejar a carga de veículos, total ou parcialmente, com prejuízo para a limpeza
pública sem efetuar a limpeza dos resíduos daí resultante;
k) Espalhar na via pública quaisquer resíduos e materiais transportados em viaturas;
l) Lavar veículos na via pública;
m) Pintar e reparar veículos ou outros objetos com carácter habitual e regular em
locais não licenciados para o efeito;
n) Efetuar queimadas a céu aberto de resíduos sólidos urbanos;
o) Efetuar queimadas a céu aberto de resíduos perigosos e sucatas;
p) A deposição de objetos domésticos volumosos fora de uso (monos), bem como
aparas, ramos, troncos e folhas de jardim e de quaisquer outros resíduos verdes, em
violação do disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 13.º, respetivamente;
q) A utilização de recipientes diferentes dos autorizados pelos serviços da Câmara
Municipal de Loures, sendo o recipiente considerado perdido e removido
conjuntamente com os resíduos sólidos;
r) A falta e ou o incorreto acondicionamento dos resíduos no equipamento de
deposição;
s) A deposição de resíduos diferentes daqueles a que se destina o equipamento de
deposição seletiva;
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t) A afixação de cartazes, autocolantes ou de outros materiais de publicidade, e
quaisquer inscrições nos equipamentos de deposição de resíduos ou das suas frações
valorizáveis ou nos equipamentos de apoio à limpeza urbana, por entidades não
autorizadas;
u) A utilização do equipamento de deposição destinado aos resíduos fora dos
horários estabelecidos;
v) A permanência do equipamento de deposição referido na alínea a) do n.º 1 do
artigo 13.º e nas alíneas d), e) e f) do n.º 3 do artigo 14.º na via pública fora dos
horários estabelecidos;
w) Deixar os contentores sem a tampa devidamente fechada;
x) A alteração da localização do equipamento de deposição que se encontre na via
pública, quer sirva a população em geral, quer se destine a apoios dos serviços de
limpeza;
y) Retirar, remover ou escolher os materiais nos recipientes referidos no n.º 1 do
artigo 13.º e no n.º 3 do artigo 14.º;
z) A utilização dos contentores destinados a resíduos sólidos urbanos ou outro tipo
de resíduos para a deposição de objetos domésticos volumosos fora de uso (monos);
aa) A utilização de contentores destinados a resíduos sólidos urbanos ou outro tipo
de resíduos para a deposição de pedras, terra, entulhos;
bb) A utilização dos contentores destinados a resíduos sólidos urbanos para a
deposição de outros tipos de resíduos, exceto quando a utilização resultar de acordo
entre o produtor e os serviços da Câmara Municipal de Loures;
cc) A utilização dos contentores destinados aos resíduos sólidos urbanos ou outro
tipo de resíduos pelas entidades incluídas no sistema municipal de remoção, em
quantidade superior à definida;
dd) A utilização dos contentores destinados aos resíduos sólidos urbanos ou outro
tipo de resíduos para a deposição de resíduos industriais;
ee) A utilização dos contentores destinados aos resíduos sólidos urbanos ou outro
tipo de resíduos para a deposição de resíduos perigosos;
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ff) A utilização dos contentores destinados aos resíduos sólidos urbanos ou outro tipo
de resíduos para a deposição de resíduos hospitalares contaminados;
gg) A utilização dos contentores destinados aos resíduos sólidos urbanos ou outro
tipo de resíduos por entidades não integradas no sistema municipal.
Artigo 28.º
Coimas
1 — Às contraordenações referidas no artigo anterior são aplicáveis as seguintes coimas,
indexadas ao valor do salário mínimo nacional (SMN) para os serviços e indústria:
a) De ¼ a ½ SMN no caso das alíneas c), l), q), u), v) e w);
b) De ¼ a 1 SMN no caso das alíneas d), g), i), p) e x);
c) De ¼ a 1,5 SMN no caso das alíneas b) e h);
d) De ½ a 1 SMN no caso das alíneas r) e s);
e) De ½ a 1,5 SMN no caso das alíneas f), m) e y);
f) De 1 a 2 SMN no caso das alíneas j), k) e bb);
g) De 1 a 3,5 SMN no caso das alíneas n), t), z), aa) e cc);
h) De 1 a 4,5 SMN no caso da alínea e);
i) De 1 a 10 SMN no caso da alínea a);
j) De 3,5 a 10 SMN no caso da alínea gg);
k) De 4 a 10 SMN no caso da alínea dd);
l) De 6 a 10 SMN no caso da alínea ee);
m) De 6 SMN ao máximo estabelecido na lei geral no caso da alínea ff);
n) De 8 a 10 SMN no caso da alínea o).
2 — Quando o agente for pessoa coletiva, o montante mínimo das coimas previstas no
número anterior é elevado para o seguinte montante:
a) Para seis SMN no caso das alíneas k) e m);
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b) Para oito SMN no caso das alíneas d), e) e j).
3 — A violação do disposto no n.º 2 do artigo 12.º e no n.º 1 do artigo 19.º constitui
contraordenação punível com coima de ½ a 2 SMN.
4 — Não é punível a realização de queimadas a céu aberto de resíduos de origem vegetal
provenientes da limpeza de matos e florestas, quando efetuadas em conformidade com
diplomas legais aplicáveis.
5 — O abandono de resíduos em linhas de água constitui circunstância agravante da infração.
Artigo 29.º
Sanção acessória
Sem prejuízo da coima correspondente, a quem infringir o disposto no artigo 27.º podem ser
ainda aplicadas as seguintes sanções acessórias, em função da gravidade da infração e a da
culpa do agente:
a) Perda de objetos pertencentes ao agente;
b) Interdição do exercício de profissões ou atividades cujo exercício dependa de título público
ou de autorização ou homologação de autoridade pública;
c) Privação do direito a subsídio ou benefício outorgado por entidades ou serviços públicos;
d) Privação do direito de participar em feiras ou mercados;
e) Privação do direito de participar em arrematações ou concursos públicos que tenham por
objeto a empreitada ou a concessão de obras públicas, o fornecimento de bens e serviços, a
concessão de serviços públicos e a atribuição de licenças ou alvarás;
f) Encerramento de estabelecimento cujo funcionamento esteja sujeito a autorização ou
licença de autoridade administrativa;
g) Suspensão de autorizações, licenças e alvarás.
Artigo 30.º
Tentativa e negligência
1 — A tentativa e a negligência são puníveis.
26
2 — A sanção da tentativa será a do ilícito consumado, especialmente atenuada.
Artigo 31.º
Desistência
1 — A tentativa não é punível quando o agente voluntariamente desiste de prosseguir na
execução da contraordenação ou impede a consumação ou, não obstante a consumação,
impede a verificação do resultado não compreendido no tipo da contraordenação.
2 — Quando a consumação ou verificação do resultado são impedidas por facto
independente da conduta do desistente, a tentativa não é punível se este se esforçar por
evitar uma ou outra.
Artigo 32.º
Desistência em caso de comparticipação
Em caso de comparticipação, não é punível a tentativa daquele que voluntariamente impede
a consumação ou a verificação do resultado, nem daquele que se esforça seriamente por
impedir uma ou outra, ainda que os comparticipantes prossigam na execução da
contraordenação ou a consumem.
Artigo 33.º
Reposição coerciva da situação
1 — A entidade com competência para ordenar a abertura do processo de contraordenação
pode notificar o infrator para este repor a situação, tal como existia antes da prática do facto
ilícito, fixando-lhe o prazo para o efeito de quarenta e oito horas, sob pena de se substituir
ao infrator, procedendo à reposição por sua iniciativa e debitando o respetivo custo ao
infrator, calculado com base na tabela de preços em vigor.
2 — Quando o município proceder à remoção dos resíduos ou a qualquer outra situação
decorrente do disposto no presente Regulamento, o pagamento dos encargos se não for
efetuado voluntariamente no prazo de 20 dias a contar da notificação para esse efeito, será
cobrado coercivamente.
3 — O notificado deverá comprovar, nos casos devidos, o destino final dos resíduos por ele
removidos.
27
CAPÍTULO X
Fiscalização
Artigo 34.º
Competência fiscalizadora
A fiscalização do cumprimento das disposições do presente Regulamento compete à
fiscalização municipal, à Polícia de Segurança Pública e à Guarda Nacional Republicana.
CAPÍTULO XI
Disposições finais
Artigo 35.º
Entrada em vigor
Este Regulamento entra em vigor 15 dias após a sua publicação.
Artigo 36.º
Revogação
Este Regulamento revoga o Regulamento de Resíduos Sólidos, Higiene e Limpeza dos Espaços
Públicos, aprovado pela Assembleia Municipal em 25 de julho de 2002.
17 de novembro de 2004. — O Presidente da Câmara, Carlos Teixeira.
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