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RELATRIO E CONTAS 2014
Relatrios CGD
www.cgd.pt
2 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
CGD RELATRIO E CONTAS 2014 3
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
NDICE
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO .................................................... 7
1.1. MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAO E DO
PRESIDENTE DA COMISSO EXECUTIVA ................................................................ 7 1.2. ASPETOS MAIS RELEVANTES .................................................................................... 9 1.3. APRESENTAO DO GRUPO ................................................................................... 13
1.3.1. Estrutura acionista ........................................................................................ 13 1.3.2. Marcos histricos .......................................................................................... 13 1.3.3. Dimenso e ranking do Grupo ...................................................................... 15 1.3.4. Estrutura do Grupo CGD - Desenvolvimentos Recentes ............................. 16 1.3.5. Rede de distribuio ..................................................................................... 19 1.3.6. A marca Caixa .............................................................................................. 20 1.3.7. Capital humano ............................................................................................. 24
1.4. ENQUADRAMENTO ECONMICO-FINANCEIRO ..................................................... 29
1.4.1. Evoluo global ............................................................................................ 29 1.4.2. Economia portuguesa ................................................................................... 32
1.4.2.1. Evoluo global .................................................................................... 32 1.4.2.2. Agregados de depsitos e crdito ........................................................ 33 1.4.2.3. Taxas de juro ........................................................................................ 35 1.4.2.4. Evoluo cambial .................................................................................. 36 1.4.2.5. Mercado de capitais .............................................................................. 37
1.5. ESTRATGIA E SEGMENTOS DE ATIVIDADE ......................................................... 41
1.5.1. Objetivos estratgicos .................................................................................. 41 1.5.2. Segmentos de atividade ............................................................................... 43
1.5.2.1. Banca comercial ................................................................................... 43 1.5.2.2. Crdito especializado ........................................................................... 63 1.5.2.3. Atividade internacional.......................................................................... 64 1.5.2.4. Banca de investimento ......................................................................... 78 1.5.2.5. Gesto de ativos ................................................................................... 84
1.6. RESULTADOS, BALANO, LIQUIDEZ E SOLVNCIA .............................................. 88
1.6.1. Atividade consolidada ................................................................................... 88
1.6.1.1. Resultados ............................................................................................ 88 1.6.1.2. Balano ................................................................................................. 92 1.6.1.3. Liquidez ................................................................................................ 95 1.6.1.4. Solvncia .............................................................................................. 97 1.6.1.5. Fundo de penses e plano mdico do pessoal da CGD ...................... 99
1.6.2. Atividade individual ..................................................................................... 100
1.6.2.1. Resultados .......................................................................................... 100 1.6.2.2. Evoluo do balano .......................................................................... 101 1.6.2.3. Gesto de capital ................................................................................ 102
1.7. PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS EM 2015 ...................................................... 103 1.8. RATING DO GRUPO .................................................................................................. 106 1.9. GESTO DOS RISCOS ............................................................................................. 107
1.9.1. Risco de crdito .......................................................................................... 110 1.9.2. Risco de mercado ....................................................................................... 115 1.9.3. Risco de taxa de juro do balano ............................................................... 117 1.9.4. Risco de liquidez......................................................................................... 118 1.9.5. Risco operacional ....................................................................................... 121
1.10. EVENTOS SUBSEQUENTES .................................................................................. 124
4 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
1.11. NOTAS FINAIS ........................................................................................................ 125 1.12. PROPOSTA DE APLICAO DE RESULTADOS .................................................. 126 1.13. DECLARAES SOBRE A CONFORMIDADE DA INFORMAO
FINANCEIRA APRESENTADA ................................................................................ 127
1.13.1. Conselho de Administrao ..................................................................... 127 1.13.2. Posio obrigacionista dos membros do Conselho de Administrao ... 128 1.13.3. Indicao sobre acionistas da CGD ........................................................ 128
1.14. DEMONSTRAES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS .............. 129
Balanos individuais ............................................................................................ 129 Demonstraes dos resultados individuais ......................................................... 130 Demonstraes dos resultados e de outro rendimento integral individuais ........ 131 Demonstraes dos fluxos de caixa individuais .................................................. 132 Demonstraes das alteraes nos capitais prprios individuais ....................... 133 Balanos consolidados ........................................................................................ 134 Demonstraes dos resultados consolidados ..................................................... 135 Demonstraes dos resultados e de outro rendimento integral consolidados .... 136 Demonstraes dos fluxos de caixa consolidados .............................................. 137 Demonstraes das alteraes nos capitais prprios consolidados ................... 138
2. ANEXOS, RELATRIOS E PARECERES S CONTAS ............................................ 139
2.1. ANEXO S DEMONSTRAES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS .............................. 139
1. Nota introdutria .............................................................................................. 139 2. Polticas contabilsticas .................................................................................... 141 3. Caixa e disponibilidades em bancos centrais .................................................. 168 4. Disponibilidades em outras instituies de crdito .......................................... 169 5. Ativos financeiros detidos para negociao e outros ativos financeiros ao
justo valor atravs de resultados ..................................................................... 170 6. Ativos financeiros disponveis para venda ...................................................... 171 7. Ativos financeiros com acordo de recompra ................................................... 177 8. Aplicaes em instituies de crdito .............................................................. 178 9. Crdito a clientes ............................................................................................. 180 10. Derivados ....................................................................................................... 182 11. Ativos no correntes detidos para venda ...................................................... 187 12. Outros ativos tangveis .................................................................................. 188 13. Ativos intangveis ........................................................................................... 189 14. Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos ............ 190 15. Imposto sobre o rendimento .......................................................................... 193 16. Outros ativos .................................................................................................. 198 17. Recursos de bancos centrais e de outras instituies de crdito ................. 202 18. Recursos de clientes e outros emprstimos .................................................. 204 19. Responsabilidades representadas por ttulos ............................................... 205 20. Passivos financeiros associados a ativos transferidos ................................. 210 21. Provises e imparidade ................................................................................. 213 22. Outros passivos subordinados ...................................................................... 215 23. Outros passivos ............................................................................................. 220 24. Capital ............................................................................................................ 222 25. Reservas, resultados transitados e resultado do exerccio ........................... 223 26. Juros e rendimentos e juros e encargos similares ........................................ 226 27. Rendimentos de instrumentos de capital ...................................................... 228 28. Rendimentos e encargos com servios e comisses ................................... 229 29. Resultados de ativos e passivos financeiros avaliados ao justo valor
atravs de resultados e resultados de reavaliao cambial ............................ 230 30. Resultados de ativos financeiros disponveis para venda ............................. 231 31. Resultados de alienao de outros ativos ..................................................... 232
CGD RELATRIO E CONTAS 2014 5
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
32. Outros resultados de explorao .................................................................... 233 33. Custos com pessoal e nmero mdio de empregados .................................. 234 34. Penses de reforma e outros benefcios dos empregados ............................ 235 35. Gastos gerais administrativos ........................................................................ 244 36. Passivos contingentes e compromissos......................................................... 245 37. Relato por segmentos..................................................................................... 248 38. Entidades relacionadas .................................................................................. 251 39. Prestao de servio de mediao de seguros ............................................. 253 40. Divulgaes relativas a instrumentos financeiros .......................................... 254 41. Gesto de capital ............................................................................................ 281
2.2. ANEXO S DEMONSTRAES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ........................ 288
1. Nota introdutria ............................................................................................... 288 2. Polticas contabilsticas..................................................................................... 291 3. Empresas do grupo e transaes ocorridas no perodo .................................. 322 4. Caixa e disponibilidades em bancos centrais .................................................. 328 5. Disponibilidades em outras instituies de crdito ........................................... 329 6. Aplicaes em instituies de crdito ............................................................... 330 7. Ativos financeiros detidos para negociao e outros ativos ao justo valor
atravs de resultados ........................................................................................ 332 8. Ativos financeiros disponveis para venda ....................................................... 333 9. Ativos financeiros com acordo de recompra .................................................... 340 10. Derivados ........................................................................................................ 341 11. Crdito a clientes ............................................................................................ 346 12. Ativos e passivos no correntes detidos para venda ..................................... 348 13. Propriedades de investimento ........................................................................ 353 14. Outros ativos tangveis ................................................................................... 359 15. Ativos intangveis ............................................................................................ 360 16. Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos ....................... 365 17. Imposto sobre o rendimento ........................................................................... 367 18. Outros ativos ................................................................................................... 371 19. Recursos de instituies de crdito e bancos centrais .................................. 374 20. Recursos de clientes e outros emprstimos .................................................. 376 21. Responsabilidades representadas por ttulos ................................................ 377 22. Provises e passivos contingentes ................................................................ 383 23. Outros passivos subordinados ....................................................................... 387 24. Outros passivos .............................................................................................. 393 25. Capital ............................................................................................................. 395 26. Reservas, resultados transitados e resultado atribuvel ao acionista da
CGD .................................................................................................................. 396 27. Interesses que no controlam ........................................................................ 400 28. Juros e rendimentos e juros e encargos similares ......................................... 402 29. Rendimentos de instrumentos de capital ....................................................... 404 30. Rendimentos e encargos com servios e comisses .................................... 405 31. Resultados em operaes financeiras ........................................................... 406 32. Outros resultados de explorao .................................................................... 408 33. Custos com pessoal ....................................................................................... 410 34. Penses de reforma e outros benefcios de longo prazo ............................... 412 35. Outros gastos administrativos ........................................................................ 422 36. Imparidade em ativos ..................................................................................... 423 37. Relato por segmentos..................................................................................... 424 38. Entidades relacionadas .................................................................................. 427 39. Divulgaes relativas a instrumentos financeiros .......................................... 428 40. Gesto de capital ............................................................................................ 464
2.3. INFORMAO RELATIVA AO NUS SOBRE ATIVOS ........................................... 474 2.4. RELATRIOS EBA .................................................................................................... 475
6 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
2.5. RELATRIOS E PARECERES S CONTAS ........................................................... 481
2.5.1. Relatrio de auditoria contas individuais ................................................ 481 2.5.2. Certificao legal das contas individuais ................................................... 484 2.5.3. Relatrio de auditoria contas consolidadas ............................................ 486 2.5.4. Certificao legal das contas consolidadas ............................................... 488 2.5.5. Relatrio e parecer da comisso de auditoria ........................................... 490
3. RELATRIO DE GOVERNO SOCIETRIO ................................................................ 499
I - MISSO, OBJETIVOS E POLTICAS .......................................................................... 499 II - ESTRUTURA DE CAPITAL ......................................................................................... 503 III - PARTICIPAES SOCIAIS E OBRIGAES DETIDAS ......................................... 504 IV - RGOS SOCIAIS E COMISSES.......................................................................... 508
Assembleia geral ................................................................................................. 509 Conselho de Administrao ................................................................................. 509 rgos de fiscalizao ........................................................................................ 514 Comisso de estratgia, governao e avaliao ............................................... 517 Comisso de risco ............................................................................................... 518 Secretrio da Sociedade ..................................................................................... 518 Auditor externo ..................................................................................................... 519 Preveno de conflitos de interesses .................................................................. 520 Curriculum Vitae dos membros dos rgos sociais ............................................ 520
V - ORGANIZAO INTERNA ......................................................................................... 542
Estatutos e comunicaes ................................................................................... 542 Controlo interno e gesto de riscos ..................................................................... 543 Regulamentos e Cdigos .................................................................................... 548 Aplicao e Normas de Natureza Fiscal.............................................................. 553 Aplicao de Normas de Concorrncia e de Proteo do Consumidor .............. 553 Aplicao e Normas de Natureza Ambiental ....................................................... 555 Aplicao e Normas de Natureza Laboral ........................................................... 556 Deveres especiais de informao ........................................................................ 556 Representante para as relaes com o Mercado e Sitio da Internet .................. 556
VI - REMUNERAES..................................................................................................... 559 VII - TRANSAES COM PARTES RELACIONADAS E OUTRAS ................................ 564 VIII - ANLISE DE SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA NOS DOMNIOS
ECONMICO, SOCIAL E AMBIENTAL ................................................................... 567 IX - AVALIAO DO GOVERNO SOCIETRIO .............................................................. 586 ANEXO I ........................................................................................................................... 590
Apndice 1 ........................................................................................................... 597 Apndice 2 ........................................................................................................... 601
CGD RELATRIO E CONTAS 2014 7
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
1. Relatrio do Conselho de Administrao
1.1. Mensagem do Presidente do Conselho de
Administrao e do Presidente da Comisso
Executiva
Portugal assistiu em 2014 a um conjunto de eventos, com consequncias expressivas e
de natureza diferenciada no sistema financeiro e na economia nacional.
O Grupo Caixa Geral de Depsitos (CGD), importante referncia do setor bancrio e do
Pas, refletiu naturalmente os efeitos desses eventos, acionando de forma tempestiva as
ferramentas e ajustamentos necessrios a um enquadramento cujos contornos j se
vinham transformando e renovando nos ltimos anos mas que, ao longo de 2014,
assumiram, em alguns casos, propores e caratersticas menos auspiciosas e no
passveis de antecipao.
Eventos extraordinrios e no previstos ligados a um importante Grupo Financeiro
Portugus, tornados pblicos no incio do segundo semestre do ano, fizeram recear que
se introduzisse alguma turbulncia no Pas. Contudo, aps um primeiro e muito breve
impacto menos favorvel, a resposta imediata dada pelas autoridades, que apresentaram
de forma clara e rigorosa uma trajetria de resoluo, impediu que fosse generalizada
uma perceo de menor credibilidade e de maior risco perante a comunidade
internacional.
Portugal vinha, ao invs, respondendo de forma consistente aos compromissos
assumidos, facto confirmado nomeadamente pela concluso com sucesso do Programa
Econmico de Assistncia Financeira, em maio, sem necessidade de recurso a qualquer
programa de suporte complementar. Este facto constituiu, porventura, um relevante marco
do passado mais recente da economia Portuguesa o qual, ainda que com algum
desfasamento temporal, no deixar de ter repercusses positivas sobre a atividade
bancria.
O sistema bancrio portugus deu uma vez mais provas da sua resilincia e robustez,
tendo a generalidade dos bancos do pas apresentado resultados positivos (divulgados em
outubro) no exerccio de Comprehensive Assessment conduzido pelo BCE.
A CGD pautou-se por um desempenho muito favorvel neste exerccio, confirmando a
capacidade do respetivo Balano para suportar critrios de valorizao de ativos muito
rigorosos, bem como os efeitos de uma hipottica nova crise de dvida soberana.
A projeo para o rcio CET1 (disposies transitrias) em 2016 da CGD foi de 9,40% no
cenrio de base e de 6,09% no cenrio adverso, em ambos os casos nitidamente acima
dos limiares mnimos estabelecidos no mbito do exerccio.
Ainda que penalizada pelos efeitos extraordinrios antes referidos que obrigaram ao
reconhecimento de significativos custos com imparidades associadas exposio ao
Grupo Esprito Santo, a rentabilidade da CGD apresentou, ainda assim, uma notvel
melhoria em cerca de 40% face ao ano anterior (resultado negativo de 348 milhes de
euros que compara com perda de 578,9 milhes de euros em 2013), verificando-se esta
melhoria num contexto de reforada liquidez e de favorveis nveis de adequao dos
capitais prprios.
Para tal recuperao destacam-se os contributos positivos da margem financeira, apesar
da reduo das taxas Euribor, e da manuteno de uma tendncia descendente dos
8 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
custos operativos, na sequncia da continuada poltica de racionalizao e eficincia
operativa, importante pilar estratgico do Grupo.
Num contexto econmico em gradual recuperao, a CGD viu reforados os sinais de
confiana da sociedade portuguesa, famlias e empresas, expressos nomeadamente pelo
aumento das quotas de mercado dos depsitos de clientes e, no mbito das operaes
ativas, de um j visvel fluxo de novas operaes de crdito s empresas privadas no
financeiras. De destacar a importncia atribuda ao apoio tesouraria e capitalizao
das empresas, as quais tm continuado a contar com um substancial suporte da
plataforma internacional da CGD. Saliente-se tambm o crescimento de 16,4% da
produo de novo crdito habitao.
Tambm a comunidade financeira internacional continuou a afirmar a sua confiana no
crdito CGD como atesta a excelente recetividade do mercado emisso de Obrigaes
Hipotecrias realizada em janeiro com condies visivelmente mais favorveis do que as
alcanadas em 2013, tendo-se repetido esta melhoria, de forma ainda mais marcada, em
operao similar realizada j em 2015.
No decorrer de 2014 a CGD viu melhoradas as suas notaes de rating, semelhana do
que ocorreu com a Repblica Portuguesa.
Mantendo uma posio de vanguarda enquanto Banco com um assumido compromisso
para com o investimento no futuro do Pas, a CGD continuou a reforar os princpios e
aes no sentido de promover a sustentabilidade e responsabilidade social nas suas
diferentes vertentes de atuao.
Com significativo impacto na comunidade, estes princpios tm tambm particular
expresso nas polticas de atuao interna do Grupo, destacando-se a importncia
crescente dada formao e satisfao dos colaboradores, coluna dorsal da Instituio,
os quais, mesmo nos perodos de maior dificuldade e rigor, sempre assumiram como seus
os compromissos da CGD para com a comunidade e o Pas.
No mbito do Programa Corporativo de Sustentabilidade, o ano 2014 foi marcado, entre
outros relevantes aspetos, pela atribuio da Certificao Ambiental CGD, nos termos
da ISO 14001, constituindo-se como a primeira Instituio financeira portuguesa a
alcanar este reconhecimento.
Percorridos os primeiros meses de 2015, a conjuntura continua a apresentar desafios que
extravasam em muito a esfera financeira, exigindo o reforo de compromissos e a
afirmao de valores e princpios escala global.
Ao entrar no seu 139 ano de atividade, a histria percorrida pela CGD conferiu-lhe o
saber e a experincia que lhe permitiro por certo encontrar uma vez mais as melhores
respostas a uma envolvente exigente e a uma nova etapa histrica, cultural, social e
econmica.
CGD RELATRIO E CONTAS 2014 9
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
Grupo CGD Atividade Consolidada
1.2. Aspetos mais Relevantes
(milhes de euros)
Balano 2011 2012 2013 (*) 2014
Crditos sobre clientes (bruto) (**) 81 631 78 950 74 530 72 785
Aplicaes em ttulos (***) 25 176 19 611 19 035 19 562
Recursos de clientes 70 587 66 985 67 843 71 134
Responsabilidades representadas por ttulos 14 923 11 799 8 791 7 174
Capitais prprios 5 324 7 280 6 676 6 493
Ativo lquido 120 642 119 280 113 495 100 152
Conta de explorao
Margem financeira alargada 1 832 1 357 924 1 038
Margem complementar 611 942 791 700
Custos operativos 1 776 1 350 1 403 1 328
Produto da atividade bancria 2 913 2 303 1 715 1 738
Resultado bruto da explorao 1 138 954 312 411
Result. antes de imp. e int. que no controlam -545 -422 -673 -234
Resultado lquido de impostos -488 -395 -579 -348
Rcios
Common equity tier 1 (phased-in ) n.d. n.d. 10,9% 10,9%
Tier 1 (phased-in ) n.d. n.d. 10,9% 10,9%
Total (phased-in ) n.d. n.d. 12,4% 12,7%
Common equity tier 1 (fully implemented ) n.d. n.d. 7,6% 9,8%
Crdito a clientes lq. / Depsitos de clientes 122,2% 112,0% 103,5% 94,5%
Crdito em risco / Crdito total (1) 6,9% 9,4% 11,3% 12,2%
Crdito com incumprimento / Crdito total (1) 4,3% 6,4% 7,5% 8,9%
Crdito vencido / Crdito total 3,9% 5,7% 6,7% 7,7%
Crdito vencido > 90 dias / Crdito total 3,6% 5,3% 6,1% 7,1%
Crdito reestruturado / Crdito total n.d. n.d. 8,0% 10,6%
Crd. reest. no incl. crd. risco / Crd. total n.d. n.d. 4,8% 6,3%
Imparidade acumulada / Crdito vencido 105,0% 92,8% 91,0% 94,3%
Imparid. acumulada / Crd. vencido > 90 dias 116,5% 100,5% 99,9% 102,3%
Cost-to-income (1) 60,8% 58,5% 81,6% 75,5%
Rend. bruta dos capitais prprios - ROE (1) -8,1% -6,5% -9,4% -3,2%
Rend. lq. dos capitais prprios - ROE (1) -6,4% -5,3% -7,2% -3,6%
Rendibilidade bruta dos ativos - ROA (1) -0,4% -0,4% -0,6% -0,2%
Rendibilidade lquida dos ativos - ROA (1) -0,4% -0,3% -0,5% -0,3%
Produto de atividade / Ativo lquido mdio (1) 1,4% 2,0% 1,5% 1,7%
(*) Os valores relativos a 2013 so reexpressos refletindo a aplicao da IFRS 10 que conduziu integrao no permetro de
consolidao pelo mtodo integral da IMOBCI, do Fundimo e do Fundiestamo.
(**) Inclui ativos com acordo de recompra.
(***) Inclui ativos com acordo de recompra e derivados de negociao.
(1) Indicador calculado de acordo com instrues do Banco de Portugal.
10 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
Outros indicadores 2011 2012 2013 (*) 2014
Nmero de agncias bancrias 1 351 1 311 1 277 1 246
Portugal (2) 860 848 805 787
Estrangeiro 491 463 472 459
Nmero de escritrios de representao (3) 11 12 12 12
Nmero de empregados (4) 23 205 21 974 19 608 15 896
CGD Portugal 9 509 9 401 9 049 8 858
Noutras instituies bancrias 5 531 5 484 5 781 5 988
Seguradoras 3 463 3 411 3 378 0
Sociedades financeiras 368 411 421 361
Em outras atividades 4 334 3 267 979 689
Ratings (longo/curto prazo)
Moody's Ba2/NP Ba3/NP Ba3/NP Ba3/NP
Standard & Poor's BB+/B BB-/B BB-/B BB-/B
FitchRatings BB+/B BB+/B BB+/B BB+/B
DBRSBBB R-2
(high)
BBB (low)
R-2 (mid)
BBB (low)
R-2 (mid)
BBB (low)
R-2 (mid)
(*) Os valores relativos a 2013 so reexpressos refletindo a aplicao da IFRS 10 que conduziu integrao no permetro de
consolidao pelo mtodo integral da IMOBCI, do Fundimo e do Fundiestamo.
(2) Inclui agncias automticas.
(3) Inclui a presena na Arglia, em fase de aprovao.
(4) No inclui os empregados com vnculo contratual CGD colocados no Departamento de Apoio Caixa Geral de
Aposentaes ou requisitados em servio pblico ou outras situaes.
A CGD registou em 2014 um resultado lquido negativo de 348 milhes de euros, o que
representa uma melhoria de cerca de 40% da sua rendibilidade face ao ano anterior
(resultado negativo de 578,9 milhes de euros em 2013). Esta melhoria verificou-se num
contexto de reforada liquidez e de favorveis nveis de adequao dos capitais prprios.
O resultado bruto de explorao cresceu cerca de 32% totalizando 410,8 milhes de
euros, destacando-se os contributos da atividade internacional e da banca de investimento
que aumentaram respetivamente 59% e 40,1%.
A melhoria da rendibilidade foi, no entanto, afetada negativamente, nos segundo e terceiro
trimestres pelo reconhecimento de custos de imparidades associadas exposio ao
Grupo Esprito Santo (GES) e pelo reforo de provisionamento individual de um conjunto
de clientes com exposio mais relevante, bem como pelo impacto lquido da anulao de
impostos diferidos decorrente da reduo da taxa de IRC (85 milhes de euros).
No obstante o significativo esforo de provisionamento atrs referido, os custos
associados a provises e imparidades registaram em 2014 uma reduo de 15,6% face ao
ano anterior, totalizando 949,6 milhes de euros.
O custo do risco de crdito situou-se em 1,18% em 2014, que compara com 1,06% em
2013 e inferior ao ponto mximo de 1,24% registado em 2012.
A cobertura do crdito vencido superior a 90 dias por imparidades registou um reforo
aumentando de 99,9% para 102,3% em dezembro de 2013 e 2014, respetivamente.
Resultado lquido negativo de 348,0 M representa uma melhoria de 40% face ao ano anterior
Resultado bruto de explorao com crescimento de 32%
Rendibilidade afetada designadamente pelo reconhecimento de custos de imparidades
Custo do risco de crdito de 1,18% em 2014
CGD RELATRIO E CONTAS 2014 11
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
A margem financeira registou, apesar da reduo das taxas Euribor, uma evoluo
positiva no ano, tendo terminado 2014 com um crescimento de 15,7%. A margem
financeira alargada tambm manteve a tendncia de melhoria (+12,4%), apesar da
reduo em 28,2% dos rendimentos de instrumentos de capital.
A evoluo da margem reflete, porm, o impacto na atividade econmica do
comportamento dos mercados financeiros e do estreitamento dos spreads de crdito, num
enquadramento de melhoria da perceo de risco da economia portuguesa.
As comisses lquidas atingiram 515 milhes de euros, valor ligeiramente superior ao do
ano anterior (+0,3%).
Os resultados de operaes financeiras totalizaram 201,7 milhes de euros, em resultado
da negociao e de gesto das carteiras de ativos, num contexto de valorizao, em
particular na componente da dvida pblica portuguesa.
O produto da atividade bancria situou-se em 1 738,4 milhes de euros (variao positiva
homloga de 1,4%).
Prosseguindo a poltica de racionalizao operativa e aumento da eficincia que o Grupo
tem vindo a levar a cabo, os custos operativos mantiveram uma tendncia descendente,
diminuindo 5,4% face ao ano anterior, com destaque para nova reduo dos custos com
pessoal (-8%).
O indicador de cost-to-income decresceu para 75,5%, que compara com 81,6% um ano
antes, refletindo quer a reduo de custos, quer a melhoria do produto bancrio.
O crdito a clientes apresentou ainda redues homlogas de 3,5% e 2,3%,
respetivamente em termos lquidos e brutos, para 67 554 milhes de euros e 72 785
milhes de euros. Este decrscimo no foi uniforme nos diferentes setores de atividade
refletindo sobretudo a significativa reduo do crdito ao Setor Empresarial do Estado na
sequncia de um assinalvel fluxo de amortizaes antecipadas (cerca de 900 milhes de
euros), j que comeou a verificar-se um maior dinamismo nos fluxos de crdito s
empresas no financeiras privadas, excluindo construo e atividades imobilirias. A nova
produo de crdito habitao registou um aumento de 16,4% face a 2013.
A quota da CGD de crdito a empresas situava-se em 17,8% em novembro.
Os recursos de clientes apresentaram um crescimento homlogo de 3 291 milhes de
euros (+4,9%), atingindo um saldo de 71 134 milhes de euros.
Acentuou-se a liderana da CGD no segmento dos depsitos de clientes, que passou de
27,6% no final de 2013 para 28,6% em novembro de 2014, com especial destaque para a
quota de mercado do segmento de particulares que era, em final de novembro, de 32,4%.
A atividade internacional apresentou o expressivo contributo de 334,3 milhes de euros
para o resultado bruto de explorao do Grupo (+59,0%).
Saliente-se o bom desempenho das operaes em Espanha, com o BCG a registar um
lucro de 20,1 milhes de euros, que compara com uma perda de 57,3 milhes de euros no
perodo homlogo de 2013, refletindo o sucesso do programa de reestruturao em curso
naquela unidade.
Assistiu-se em simultneo a uma visvel reduo do prejuzo da sucursal da CGD em
Espanha que passou de -113,9 milhes de euros em dezembro de 2013 para -66,1
milhes de euros no final de 2014.
As operaes na sia e em frica continuaram a contribuir de forma muito positiva para a
rendibilidade consolidada, com 46,0 e 44,8 milhes de euros respetivamente.
No obstante o bom desempenho da generalidade das operaes do Grupo, o reforo de
provisionamento na plataforma internacional do Grupo em resultado da exposio ao GES
Margem financeira com uma evoluo positiva no ano
Bom desempenho das operaes financeiras
Produto da atividade bancria aumenta 1,4%
Manuteno da tendncia descendente dos custos operativos: reduo de 5,4% face ao ano anterior
Cost-to-income decresce 6,1 p.p.
Reduo da carteira de crdito
Bom desempenho das operaes em Espanha
Operaes na sia e em frica com contribuio muito positiva para a rendibilidade consolidada
12 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
no permitiu que este segmento tivesse em 2014 um contributo positivo para o resultado
consolidado (-2,8 milhes de euros).
O recurso a financiamento do BCE acentuou a sua trajetria descendente situando-se no
final de dezembro em 3 110 milhes de euros em termos consolidados (6 335 milhes de
euros no final de 2013).
A situao desafogada de liquidez da CGD permitiu antecipar a amortizao das
respetivas emisses de obrigaes com garantia do Estado, no montante total de 3,6 mil
milhes de euros.
Em janeiro de 2014, semelhana do que se verificara no ano anterior, a CGD regressou
ao mercado de Obrigaes Hipotecrias (OH) com uma nova emisso a 5 anos, no
montante de 750 milhes de euros, alcanando um spread de 188 p.b. sobre a taxa de
mid-swaps, o que representou uma reduo de cerca de 100 p.b. face ao nvel das
obrigaes emitidas em 2013, confirmando a perceo de crescente credibilidade do seu
crdito no mercado.
J em 2015, a CGD realizou nova emisso de obrigaes hipotecrias no montante de
1 000 milhes de euros, no prazo agora mais longo de 7 anos, que beneficiou uma vez
mais de uma forte recetividade dos investidores permitindo que fosse fixado um cupo de
1%, a taxa mais baixa alguma vez registada para obrigaes de emitentes portugueses
naquela maturidade.
A CGD concluiu com sucesso o Comprehensive Assessment conduzido pelo BCE em
colaborao com as autoridades competentes nacionais, cujos resultados foram
divulgados em 26 de outubro de 2014. A projeo para o rcio de CET 1 (disposies
transitrias) em 2016 de 9,40% no cenrio de base e de 6,09% no cenrio adverso,
ambos os casos acima dos limiares mnimos estabelecidos no mbito do exerccio de 8%
para o cenrio de base e 5,5% para o cenrio adverso. O exerccio do AQR traduziu-se
num impacto de 44 p.b. no CET 1.
O resultado da avaliao completa permite concluir pela resilincia da CGD em ambos os
cenrios.
Os Rcios Common Equity Tier 1 (CET 1), calculados de acordo com as regras da CRD IV
/ CRR phased-in (disposies transitrias) e fully implemented (implementao
definitiva) foram de 10,9% e 9,8%, respetivamente. Considerando a adeso ao Regime
Especial aplicvel aos Ativos por Impostos Diferidos, os referidos rcios seriam de 11,1%
e 10,2%, respetivamente.
Reduo consistente dos recursos obtidos junto do BCE
Em janeiro 2014 a CGD regressou aos mercados com a emisso de OH de 750 M a 5 anos
Em janeiro 2015, nova emisso de OH de 1 000 M a 7 anos com cupo historicamente baixo (1%)
CGD concluiu com sucesso o Comprehensive Assessment conduzido pelo BCE
CET 1 phased-in: 10,9%
CET 1 fully implemented: 9,8%
CGD RELATRIO E CONTAS 2014 13
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
1.3. Apresentao do Grupo
1.3.1. ESTRUTURA ACIONISTA
O capital da Caixa Geral de Depsitos detido pelo acionista nico, o Estado Portugus.
Em 31 de dezembro de 2014 o capital social totalizava 5 900 milhes de euros.
1.3.2. MARCOS HISTRICOS
1876 Criao da Caixa Geral de Depsitos, na dependncia da Junta de Crdito
Pblico, com a finalidade essencial de recolha dos depsitos obrigatrios
constitudos por imposio da Lei ou dos tribunais.
1880 criada a Caixa Econmica Portuguesa, para recebimento e administrao de
depsitos de classes menos abastadas, que seria fundida, de facto, com a CGD
em 1885.
1896 A CGD autonomiza-se da Junta de Crdito Pblico. Sob a administrao da CGD,
so criadas a Caixa de Aposentaes para trabalhadores assalariados e o Monte
da Piedade Nacional, para realizao de operaes de crdito sobre penhores.
1918 A CGD desenvolve as atividades de crdito em geral.
1969 A CGD, at ento servio pblico sujeito s regras da Administrao do Estado,
assume o estatuto de empresa pblica.
1975 Criao da sucursal de Paris.
1982 So criadas as empresas de leasing Locapor e Imoleasing. Nos anos seguintes,
so criadas as sociedades gestoras de fundos de investimento imobilirio
(Fundimo, em 1986) e mobilirio (Caixagest, em 1990) e adquiridas participaes
de domnio na sociedade financeira de corretagem (Sofin, em 1998) e para
aquisio a crdito (Caixa de Crdito, em 2000).
1988 Criao do Grupo Caixa por tomada de participaes de domnio no Banco
Nacional Ultramarino e na Companhia de Seguros Fidelidade.
1991 Aquisio, em Espanha, do Banco da Extremadura e do Chase Manhattan Bank
Espaa, que se passou a designar por Banco Luso-Espaol.
1992 Aquisio de posio na sociedade de capital de risco Promindstria, instituio
que em 1997 deu origem Caixa Investimentos, sociedade de investimentos.
1993 A CGD transformada numa sociedade annima de capitais exclusivamente
pblicos. consagrada a sua vocao de banco universal e plenamente
concorrencial, sem prejuzo da sua especial vocao para formao e captao de
poupanas e de apoio ao desenvolvimento do Pas.
1995 Aquisio, em Espanha, do Banco Simen.
1997 Criao, de raiz, do Banco Comercial de Investimentos de Moambique.
1998 Criao do HPP Hospitais Privados de Portugal, que veio posteriormente a
constituir a componente de Sade do Grupo CGD.
2000 Aquisio da seguradora Mundial Confiana e do Banco Totta & Comercial Sotto
Mayor de Investimentos, SA, mais tarde denominado Caixa Banco de
Investimento.
14 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
2001 Inagurao da sucursal em Timor-Leste.
A sucursal de Paris integra o Banque Franco Portugais, dando origem sucursal
de Frana.
2002 Racionalizao e consolidao dos bancos comerciais em Espanha, mediante a
fuso do Banco Luso Espaol, do Banco da Extremadura e do Banco Simen.
2004 Com a aquisio da seguradora Imprio Bonana em 2004, o grupo CGD passa a
liderar o setor segurador nacional.
Atravs de um reforo de capital, a CGD passa a ter uma posio dominante no
Mercantile Lisbon Bank Holding da frica do Sul.
2006 O Banco Simen altera a designao para Banco Caixa Geral.
2008 Constituio da Parcaixa (capital de 1 000 milhes de euros: 51% CGD e 49%
Parpblica).
Criao da Fundao Caixa Geral de Depsitos Culturgest.
A Caixa Seguros passa a designar-se Caixa Seguros e Sade, SGPS, SA aps
uma reorganizao naquelas reas de negcio, com passagem do universo HPP
do balano da Fidelidade Mundial para o balano da Caixa Seguros.
2009 Retoma da presena do Grupo CGD no Brasil atravs do incio de atividade do
Banco Caixa Geral Brasil.
Entrada no capital do Banco Caixa Geral Totta de Angola, em que a CGD e o
Santander Totta controlam 51% do total.
2010 Exerccio da opo de compra de 1% do capital social da Partang, SGPS,
detentora de 51% do capital social do Banco Caixa Geral Totta Angola (BCGTA),
passando o Grupo CGD a deter a maioria do capital da gestora de participaes e
indiretamente do prprio Banco.
Acordo para a aquisio de 70% do capital da Banif Corretora de Valores e
Cmbio (Banif CVC) pelo Grupo CGD.
Obteno da autorizao para constituio do Banco para Promoo e
Desenvolvimento (BPD) em Angola, que tem o capital inicial de mil milhes de
euros, a deter em partes iguais pelos Grupos CGD e Sonangol.
Constituio do Banco Nacional de Investimento (BNI), em Moambique, cujo
capital detido em 49,5% pela CGD, 49,5% pelo Estado de Moambique atravs
da Direo Nacional do Tesouro e em 1% pelo Banco Comercial e de
Investimentos (Grupo CGD).
2011 Constituio da Universal Seguros, em Angola, onde a Caixa Seguros e Sade
detm 70% do capital e parceiros angolanos os restantes 30%.
2012 Fuso das seguradoras Fidelidade-Mundial e Imprio Bonana, tendo esta sido
incorporada na primeira e, em simultneo, alterao da denominao social para
Fidelidade-Companhia de Seguros.
Assinatura dos contratos de aquisio de uma participao no capital da Banif
Corretora de Valores e Cmbio, a qual passou a ter a denominao de CGD
Investimentos Corretora de Valores e Cmbio (CGD Securities).
Assinatura do Contrato de Compra e Venda relativo alienao da participao
da CGD no Banco Nacional de Investimento (BNI).
Recompra da totalidade das participaes detidas por terceiros no Mercantile
Bank Limited, tendo a CGD passado a deter a totalidade do seu capital social.
CGD RELATRIO E CONTAS 2014 15
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
2013 Venda pela Caixa Seguros e Sade da HPP - Hospitais Privados de Portugal ao
grupo brasileiro de sade Amil Participaes.
Alienao da participao da CGD no capital social do Banco para a Promoo e
Desenvolvimento (BPD) ao grupo Sonangol.
2014 Alienao de 80% do capital social da Fidelidade - Companhia de Seguros, da
CARES - Companhia de Seguros e da Multicare - Seguros de Sade ao grupo
chins Fosun, no mbito da privatizao da atividade seguradora da CGD.
1.3.3. DIMENSO E RANKING DO GRUPO
O Grupo CGD manteve, em 2014, a liderana no mercado nacional nas principais reas
de negcio onde atua, conforme ilustra o quadro infra:
QUOTAS DE MERCADO EM PORTUGAL (%)
Atividade bancria Quota Ranking Quota Ranking
Ativo lquido (a) 31,5% 1 30,7% 1
Crdito a clientes (b) 21,6% 1 21,4% 1
Crdito a empresas (b) 18,1% 1 17,8% 1
Crdito a particulares (b) 23,7% 1 23,5% 1
Crdito habitao (b) 26,5% 1 26,5% 1
Depsitos de clientes (b) 27,6% 1 28,6% 1
Depsitos de particulares (b) 32,6% 1 32,4% 1
Crdito especializado (c)
Leasing imobilirio 12,3% 3 19,8% 2
Leasing mobilirio 15,4% 1 17,8% 1
Factoring 8,7% 4 9,7% 4
Gesto de ativos
Fundo de investimento mobilirio (FIM) (d) 26,3% 1 31,8% 1
Fundo de investimento imobilirio (FII) (d) 11,8% 2 11,6% 2
Fundo de penses (d) 16,6% 2 19,0% 2
Gesto de patrimnios (d) (e) 35,9% 1 40,4% 1
2013-12 2014-12
(a) Considerando a atividade consolidada dos cinco maiores Grupos do sistema bancrio portugus.
(b) Fonte: E.M.F. do Banco de Portugal de novembro de 2014. No Crdito esto includas as operaes titularizadas.
(c) Fonte: ALF Associao Portuguesa de Leasing e Factoring.
(d) Fonte: Associao Portuguesa de Fundos de Investimento, Penses e Patrimnios (APFIPP).
(e) Inclui Fundos de Penses geridos pela CGD Penses.
A quota de mercado da CGD no crdito a clientes diminuiu de 21,6% em dezembro de
2013 para 21,4% em novembro de 2014, refletindo a evoluo das quotas do crdito
tantos nos segmentos de empresas como de particulares. A quota do crdito habitao
fixou-se nos 26,5%.
Em 2014 a quota de mercado nos depsitos de clientes situou-se em 28,6%, reafirmando
a posio de liderana em Portugal, sobretudo no segmento de particulares, que atingiu
32,4%.
Na rea da locao financeira, a Caixa Leasing e Factoring (CLF) manteve a primeira
posio no ranking do setor de locao mobiliria, com uma quota de 17,8%. A CLF
cresceu 94,1% no negcio do leasing imobilirio, tendo este desempenho permitido um
aumento de quota de mercado de 12,3% em 2013 para 19,8% em 2014. Na atividade de
factoring, a Sociedade ocupava a quarta posio no ranking do setor com uma quota de
Liderana nos depsitos de clientes particulares com 32,4% do mercado portugus
16 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
mercado de 9,7% (crescimento de 1 p.p. face a dezembro de 2013).
Na atividade de gesto dos fundos de investimento mobilirio, o Grupo CGD ocupa
igualmente lugar de destaque, com a Caixagest a reforar a sua posio de liderana no
mercado, com 31,8% de quota de mercado. Na gesto de fundos de penses, a CGD
Penses aumentou a quota para 19,0%, em 2014, mantendo o segundo lugar no ranking,
por volume de ativos. Por ltimo, no mercado de gesto de carteiras, centrado nos
mandatos de grandes clientes institucionais, a Caixagest reforou a liderana do mercado
com uma quota de 40,4%.
O Caixa Banco de Investimento (CaixaBI) desenvolveu a sua atividade em 2014
prosseguindo a estratgia de afirmao internacional que tem vindo a implementar nos
ltimos exerccios. O bom desempenho do CaixaBI no seu core business continuou a
merecer o reconhecimento dos seus clientes e parceiros, nomeadamente atravs de
distines atribuidas por analistas internacionais, concretizando-se nas posies de
destaque que ocupa nos principais rankings do setor.
No mbito internacional, o Grupo detm uma posio de destaque, quer pela dimenso
muito relevante da sua quota de mercado (Cabo Verde, Moambique, So Tom e
Prncipe e Timor), quer pelo estatuto e reconhecimento da sua marca (Macau, Cabo
Verde, Timor, So Tom e Prncipe, Moambique e Angola).
Em Moambique, o Banco Comercial de Investimento confirmou durante o ano de 2014 a
sua posio como um banco de primeira linha e de vanguarda no sistema financeiro
moambicano, com quotas de mercado, em novembro, de 29,3% no crdito e 28,7% e
29,1% nos depsitos e ativos, respetivamente, e foi considerado pela 2 vez consecutiva,
como o Melhor Banco Comercial 2014 e o Melhor Banco de Retalho 2014 pela revista
internacional Global Banking & Finance Review.
O BCA foi eleito como a Marca de Confiana dos cabo-verdianos pela 5 vez. A pesquisa
de opinio, intitulada "Estudo sobre a Confiana dos Cabo-Verdianos nas Marcas,
Personalidades e Profisses" foi realizada pela Afronsondagem.
O Banco Interatlntico (BI) o terceiro banco do sistema financeiro e em 2014 foi
distinguido com o prmio Best Green Bank Cabo Verde, pela Capital Finance
International, como reconhecimento da sua atuao responsvel no mercado.
De salientar ainda que a sucursal de Timor detm uma quota de mercado de cerca de
32% nos depsitos e de 58% no crdito, enquanto que no BISTP as referidas quotas
foram de 72% e 47%, respetivamente.
1.3.4. ESTRUTURA DO GRUPO CGD - DESENVOLVIMENTOS RECENTES
Em 2014 a CGD concluiu uma etapa importante da sua estratgia reforando o seu
enfoque como banco comercial de retalho ao servio das famlias e empresas
portuguesas, completando a alienao de participaes financeiras no bancrias,
prevista no Programa de Assistncia Econmica e Financeira e consagrada no seu Plano
de Reestruturao.
CLF manteve a 1 posio no setor de locao mobiliria, com uma quota de 17,8%
Caixagest refora a sua posio de liderana no mercado, com 31,8% de quota de mercado
CaixaBI prossegue a estratgia de afirmao internacional
BCI confirma posio como banco de primeira linha e de vanguarda no sistema financeiro moambicano:
Melhor Banco Comercial 2014 e o Melhor Banco de Retalho 2014
CGD refora o seu enfoque como banco comercial de retalho ao servio das famlias e empresas portuguesas
CGD RELATRIO E CONTAS 2014 17
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
Venda de 80% das participaes nas unidades seguradoras
Reestruturao da operao em Espanha
Racionalizao da rede comercial em Portugal e desenvolvimento de canais no presenciais numa abordagem de melhoria contnua da qualidade de servio
Assinalam-se no exerccio de 2014 os seguintes desenvolvimentos na estrutura do Grupo
CGD:
Em 30 de abril, no mbito da reorganizao das participaes do Grupo em Cabo
Verde, a CGD, o Banco Interatlntico (BI) e Banco Comercial do Atlntico (BCA)
alienaram Fidelidade - Companhia de Seguros, as participaes, respetivas, de
41,55%, 4,35% e 10% do capital social da Garantia Companhia de Seguros de
Cabo Verde. Desta forma, a CGD e o BI deixaram de participar no capital da
Garantia, enquanto o BCA reduziu a participao para 25% do capital desta
seguradora. Concomitantemente, em 7 de maio, a CGD adquiriu Garantia uma
participao de 6,76% do capital do BCA, aumentando a sua participao direta
para 54,41% neste banco;
Em 15 de maio, a Caixa Seguros e Sade, S.G.P.S. alienou 80% do capital social
da Fidelidade - Companhia de Seguros, da Cares -Companhia de Seguros e da
Multicare - Seguros de Sade ao grupo chins Fosun, no mbito da privatizao
do grupo segurador da CGD. Conforme previsto no contrato de compra e venda
da Fidelidade, a participao da Caixa Seguros teria um mximo de 15%, com a
venda de 5% do capital aos trabalhadores. A Oferta Pblica de Venda ocorreu em
15 de outubro tendo sido vendidas 16 860 aes aos trabalhadores. As restantes,
para completar os 5% do capital da Fidelidade, foram adquiridas pelo Grupo
Fosun no dia 8 de janeiro de 2015;
Em 17 de junho, a CGD alienou a participao de 1,1% do capital social da REN
Redes Energticas Nacionais, S.G.P.S. na 2 Fase de Reprivatizao desta
sociedade, realizada atravs de uma Oferta Pblica de Venda (OPV) no mercado
nacional e de uma venda direta dirigida a investidores qualificados nacionais e
internacionais;
Em 31 de dezembro, por Deliberao Unnime por Escrito dos acionistas da
Gerbanca, S.G.P.S., a CGD e a Caixa-Participaes, S.G.P.S., detentores
respetivamente de 92% e 8% do capital social, foi aprovada a dissoluo da
sociedade.
Ao longo de todo o ano prosseguiu a reestruturao da rede comercial em Portugal com
fecho de 17 agncias com atendimento presencial de baixo volume de negcio ou com
grande proximidade fsica de outras agncias, verificando-se igualmente uma reduo de
191 empregados. J em janeiro de 2015, encerraram 19 outras agncias presenciais da
rede domstica. No exterior, com exceo de Espanha (onde se verificou uma reduo de
58 agncias em 2014), assistiu-se a uma expanso da rede fsica, com a abertura de 36
agncias em Moambique, 6 em Angola, 4 em Timor e uma em So Tom e Prncipe.
O redimensionamento da rede comercial domstico tem sido acompanhado pelo reforo
da qualidade do servio atravs de canais no presenciais, sempre numa tica de maior
satisfao dos clientes considerando os novos perfis e necessidades da populao.
18 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
GRUPO CAIXA GERAL DE DEPSITOS (Percentagem de Participao Efetiva)
Banco Caixa Geral (Espanha) 99,8%
Banco Caixa Geral (Brasil) 100,0%
BNU (Macau) 100,0%
B. Comercial do Atlntico (Cabo Verde)* 59,7%
B. Interatlntico (Cabo Verde) 70,0%
Mercantile Bank Hold. (frica do Sul) 100,0%
Parbanca, SGPS 100,0%
B. Com. Invest. (Moambique) 51,3%
Partang, SGPS 51,0%
Banco Caixa Geral Totta (Angola) 26,0%
Caixa Gesto de Activos, SGPS 100,0%
CaixaGest 100,0%
CGD Penses 100,0%
Fundger 100,0%
Caixa Leasing e Factoring IFIC 51,0% Promoleasing (Cabo Verde)* 55,5%
Locarent 50,0%
Gerbanca, SGPS 100,0% A Promotora (Cabo Verde)* 48,4%
Caixa Banco de Investimento 99,7% CGD Investimentos CVC (Brasil) 99,9%
Caixa Capital 99,7%
Caixa Desenvolvimento, SGPS 99,7%
Caixatec- Tecnologias de Informao 100,0% Inmobiliaria Caixa Geral (Espanha) 100,0%
Caixanet 80,0%
Imocaixa 100,0%
Esegur 50,0%
Sogrupo Sistemas Informao ACE 100,0%
Sogrupo Compras e Servios Partilhados ACE 100,0%
Sogrupo IV Gesto de Imveis ACE 100,0%
Caixa Imobilirio 100,0%
Parcaixa, SGPS 51,0% La Seda Barcelona 14,2%
Caixa Participaes, SGPS 100,0% Banco Internacional So Tom e Prncipe 27,0%
Wolfpart, SGPS 100,0%
AdP guas de Portugal, SGPS 9,7%
SIBS 21,6%
Fidelidade 20,0%
Cibergradual 100,0%
VAA - Vista Alegre Atlantis 4,5%
Yunit 33,3%
SERVIOS AUXILIARES
OUTRAS
PARTICIPAES
FINANCEIRAS
GESTO DE ATIVOS
CRDITO
ESPECIALIZADO
BANCA DE
INVESTIMENTO
E CAPITAL DE RISCO
NACIONAL INTERNACIONAL
BANCA COMERCIALCaixa Geral de Depsitos
(*) Inclui percentagem de participao detida por entidades consolidadas pelo mtodo de equivalncia patrimonial.
CGD RELATRIO E CONTAS 2014 19
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
1.3.5. REDE DE DISTRIBUIO
A rede comercial do Grupo CGD abrangia, no final do exerccio, 1 246 agncias, das quais
787 localizadas em Portugal e 459 no estrangeiro.
A rede de agncias da CGD em Portugal registou uma reduo de 18 unidades no ano,
passando a contar com 720 agncias com atendimento presencial, 39 agncias
automticas e 27 Gabinetes de Empresas.
NMERO DE AGNCIAS BANCRIAS DO GRUPO
2013-12 2014-12
CGD (Portugal) 804 786
Agncias com atendimento presencial 737 720
Agncias automticas 38 39
Gabinetes de empresas 29 27
Caixa - Banco de Investimento (Lisboa+Madrid) 2 2
Sucursal de Frana 48 48
Banco Caixa Geral (Espanha) 167 109
Banco Nacional Ultramarino (Macau) 18 18
B. Comercial e de Investimentos (Moambique) 132 168
Banco Interatlntico (Cabo Verde) 9 9
Banco Comercial Atlntico (Cabo Verde) 33 33
Mercantile Lisbon Bank Holdings (frica do Sul) 15 15
Banco Caixa Geral Brasil 2 2
Banco Caixa Geral Totta de Angola 29 35
Outras sucursais da CGD 18 21
Total 1.277 1.246
Escritrios de representao (*) 12 12
(*) Inclui a presena na Arglia, em fase de aprovao.
Durante o ano de 2014 a rede internacional de agncias da CGD registou uma diminuio
de 13 agncias. Este decrscimo ficou a dever-se exclusivamente reestruturao
verificada na operao em Espanha, na qual se verificou, ao longo de 2014 o fecho de 58
agncias. A restante rede no exterior cresceu 45 unidades, destacando-se o Banco
Comercial e de Investimentos, S.A. (BCI) em Moambique, com a abertura de 36 novas
agncias, e o Banco Caixa Geral Totta de Angola, S.A. (BCGTA), com 6 agncias.
Rede comercial do Grupo CGD: 1 246 agncias no final de 2014
Rede de agncias da CGD em Portugal: reduo de 18 unidades no ano
Rede internacional de agncias: reduo de 13 unidades
20 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
REDE DE DISTRIBUIO INTERNACIONAL
Europa
Espanha Alemanha
Banco Caixa Geral 109 CGD Escritrio de representao 1
Caixa Banco de Investimento 1 Reino Unido
CGD Sucursal de Espanha 1 CGD Sucursal de Londres 1
Inmobiliaria Caixa Geral 1 Luxemburgo
Frana CGD Sucursal Luxemburgo 2
CGD Sucursal de Frana 48 Sua
Blgica CGD Escritrio de representao 1
CGD Escritrio de representao 1 BCG Escritrio de representao 1
Amrica
Estados Unidos Venezuela
CGD Sucursal de Nova Iorque 1 CGD Escritrio de representao 1
Mxico BCG Escritrio de representao 1
BCG Escritrio de representao 1 Canad
Brasil CGD Escritrio de representao 1
Banco Caixa Geral Brasil 2 Ilhas Cayman
CGD Investimentos 1 CGD Sucursal Ilhas Cayman 1
frica
Cabo Verde So Tom e Prncipe
Banco Comercial do Atlntico 33 Banco Intern. S. Tom e Prncipe 12
Banco Interatlntico 9 Moambique
A Promotora 1 Banco Comercial e de Investimentos 168
Angola Arglia
Banco Caixa Geral Totta Angola 35 CGD Escritrio de representao (*) 1
frica do Sul
Mercantile Bank 15
sia
China Macau China
Banco Nacional Ultramarino SA 18 CGD Sucursal de Zhuhai 1
Sucursal offshore de Macau 1 CGD Escritrio de representao de Xangai 1
ndia Timor-Leste
CGD Escritrio de representao 2 CGD Sucursal de Timor-Leste 13
(*) Em fase de aprovao.
1.3.6. A MARCA CAIXA
A CGD continua a ser a marca bancria com maior Notoriedade no segmento de
Particulares e Empresas (clientes e no clientes), destacando-se pela melhoria na
perceo como marca inovadora, com dinamismo na comunicao e atrativa e pela
melhoria de posicionamento no critrio modernidade e jovem.
Na avaliao da Imagem Corporativa, est em primeiro lugar ex aequo, destacando-se
nos atributos relevncia no apoio a empresas e relevncia no apoio e ligao a
Universidades.
tambm a marca com maior probabilidade de atrair novos clientes particulares e subiu
expressivamente na avaliao da oferta para empresas, liderando em relevncia do
banco no setor. A probabilidade dos clientes PME da CGD se manterem clientes
tambm elevada (76%).
Marca bancria com maior Notoriedade no segmento de Particulares e Empresas
Marca com maior probabilidade de atrair novos clientes particulares
CGD RELATRIO E CONTAS 2014 21
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
Marca Bancria Portuguesa Mais Valiosa de Portugal - Brand Finance
A Caixa Geral de Depsitos foi em 2014 e pela 7 vez consecutiva a Marca
Bancria Portuguesa Mais Valiosa de Portugal' e a 181 mais valiosa do estudo,
avaliada em 556,42 milhes de euros, o que representa um acrscimo de 27 %
face ao ano anterior. O rating referente fora da marca melhorou de AA- (2013)
para AA.
Esta avaliao decorre do ranking Brand Finance Global Ranking 500 resulta de
uma parceria da Brand Finance e da publicao 'The Banker' que avalia,
anualmente, o valor das marcas no setor financeiro mundial.
Marca Bancria Portuguesa com maior reputao - Reputation Institute
O ndice de reputao junto dos consumidores em geral (66%) permanece
elevado e cresce 2,6% relativamente a 2013. Este valor continua a garantir a
liderana no ranking bancrio de reputao em Portugal.
O Reputation Institute criou um modelo de avaliao de marca onde a reputao
definida e quantificada pela perceo do consumidor face a sete dimenses, que
no caso da CGD so as seguintes: Produtos/Servios - 58,9 |Inovao 59,3
|Workplace 61,9 | Governance 57,8 | Cidadania 61,1 | Liderana 62,2 |
Performance 58,6.
Para identificar os fatores que influenciam a reputao corporativa, o modelo
estabelece, atravs de um processo estatstico assente numa sondagem
qualitativa e quantitativa, a relao entre as sete dimenses reputacionais.
O Global RepTrak Pulse 2014 o maior estudo de reputao mundial,
analisando mais de 2 000 empresas de 25 reas diferentes em 40 pases. Do
estudo resultam indicadores sobre perceo e comportamentos de consumidores
e mercados.
Prmios e Distines
Marca de Excelncia Superbrands 2014
Prmio Marcas que Marcam 2014 Categoria Bancos
Empresa Prime - Ranking Oekom
Carbon Disclosure Project Leadership Index Disclosure (CDLI) - CGD atinge a
classificao de topo entre as empresas portuguesas (99 pontos)
Carbon Disclosure Project Performance (CPLI) - Melhor Banco Ibrico (nvel A)
A Caixa foi distinguida com o prmio Atitude Sustentvel, na categoria Stand, no
Rock in Rio Lisboa 2014
Green Leadership Award (1 prmio do Greenfest 2014) - estratgia de
sustentabilidade
Vencedor na categoria Responsabilidade Social - CGD - Best Ethical Practices
Awards 2014
Prmio Eficcia 2014 - Prata
Prmio Marketeer 2014 Categoria Banca
Marca Bancria Portuguesa Mais Valiosa de Portugal
Marca Bancria Portuguesa com maior reputao
Distino da CGD no Carbon Disclosure Project - 2014
22 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
Prmios Sapo
- Ouro: Cliente do Ano
- Ouro: Grande Prmio Jri com Caixa Plim
- Ouro: Setor Financeiro com Caixa Plim APP
- Ouro: Melhor Formato WebTV com Caixa Plim APP
- Ouro: Melhor Plano de Meios Digital com Caixa Plim APP
- Prata: Setor Financeiro com Passatempo Nos Alive Facebook
- Bronze: Entretenimento e Espetculos com a Ativao Rock in Rio RFID
Prmios de Comunicao Meios e Publicidade
- Ouro: Banca & Finanas com CGD Saldo Positivo
- Prata: Banca & Finanas com Ativao Rock in Rio
- Prata: Social Engagement com Ativao Rock in Rio
- Ouro: Campanha de Comunicao Integrada com Ativao Rock in Rio
- Prata: Evento Interno com a Ao Aniversrio
- Trofu de Bronze para o projeto do livro rvores da Terra, na categoria
Responsabilidade Social Ao de Responsabilidade Social, lanado para
comemorao do dia da floresta autctone.
Nota: Os prmios recebidos so da exclusiva responsabilidade das entidades que os atriburam.
Comunicao Interna
Programa De Ns para Ns
No quadro da reorganizao do negcio, em curso, e de modo a envolver e mobilizar os
colaboradores para os inmeros desafios da decorrentes, foi implementado um programa
especfico de comunicao interna, iniciado com a mensagem de Ano Novo do CEO, onde
De Ns para Ns foi apresentado, incluindo a passagem dum curto filme motivacional
realizado expressamente para o efeito.
O programa, que acompanha todo processo de mudana e renovao do Grupo,
composto nomeadamente por newsletters temticas relativas aos vrios projetos
transversais e pgina na intranet sobre o que de mais relevante ocorra, seja no que
concerne aos desafios de negcio, seja na valorizao de equipas de excelncia em
projetos mais exigentes.
138. Aniversrio da Caixa
A comemorao do dia 10 de abril de 2014 foi assinalada com uma campanha de
comunicao motivacional desencadeada por um countdown a anunciar a presena do
Presidente da Comisso Executiva na intranet, a que se seguiu um filme com a
mensagem do Presidente que finalizou com uma selfie da Comisso Executiva e o convite
para que as equipas tirassem e partilhassem as suas selfies.
Cerca de 300 equipas responderam ao desafio e enviaram as respetivas selfies
acompanhadas de mensagens de aniversrio, traduzindo expressivamente o xito da ao
e o reforo da cultura e coeso internas.
Intranet
A Intranet o portal interno que serve para divulgar informao institucional e comercial
relevante para a atividade da CGD. Em 2014, o nmero de pginas vistas atingiu os 74,4
milhes em 8,39 milhes de visitas.
Distino nos Prmios Sapo com a conquista de 7 trofus
Distino na Comunicao Meios e Publicidade
Programa De Ns para Ns: Juntos, j estamos a transformar a Caixa- CEO da CGD
Intranet: mais de 8 milhes de visitas em 2014
CGD RELATRIO E CONTAS 2014 23
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
Newsletter Caixa Notcias
O Caixa Notcias o veculo privilegiado de comunicao com os colaboradores,
contribuindo para o sentimento de pertena e a cultura de empresa, transmitindo as
prioridades, a cada momento, para a concretizao do negcio e dos objetivos do Grupo.
Em 2014, os critrios editoriais foram reestruturados, mantendo-se em destaque os temas
de negcio, mas foram includos novos temas visando aproximar ainda mais a newsletter
dos leitores.
Salientam-se as entrevistas a alguns novos diretores, evidenciando o seu percurso e as
premissas que norteiam as suas novas funes, e a colaboradores que se notabilizaram
quer dentro quer fora da Caixa. Deram-se a conhecer equipas cujas funes,
fundamentais para a qualidade e excelncia do servio da CGD, eram de certo modo
desconhecidas da maioria dos colaboradores. Foram introduzidos contedos relacionados
com o lazer, vantagens e curiosidades.
O Caixa Notcias voltou a ter periocidade mensal e a contar com a colaborao dos vrios
rgos de Estrutura e Entidades. As sees passaram a no ser estanques, alternando
consoante o tipo de contedos de cada edio.
Comunicao Digital
www.cgd.pt
Em 2014 foram introduzidas alteraes estruturantes no cgd.pt, tendo em vista potenciar o
negcio de produtos e servios do portflio financeiro, com destaque para:
Disponibilizao da funo de callback: introduo de boto Quero ser
contactado que permite ao cliente agendar, junto do Caixa Contact Center (CCC),
pedido de contacto o qual ocorrer num prazo mximo de 30 minutos;
Integrao do cgd.pt com o Caixadirecta online: introduo de boto Quero
subscrever nas pginas de Cartes (dbito, crdito e pr-pagos), Depsitos a
Prazo e Contas Poupana. Esta integrao permite ao cliente navegar
diretamente do cgd.pt para a pgina de detalhe do produto no Caixadirecta online
e subscrever o produto. Nos casos em que o produto no de subscrio online,
o CCC recebe um alerta de contacto, com a inteno de subscrio, devolve a
chamada e dirige para a Agncia do cliente a oportunidade de venda do produto;
Criao nas pginas de Contas, Cartes e Poupana de uma zona Outras
Propostas para apresentao de alternativas de produtos semelhantes;
Disponibilizao de filtros nas listas de Contas, Cartes e Poupana o que permite
visualizar apenas os produtos pretendidos no momento;
Mdulo automtico de Fichas de Informao Normalizada (FIN) dos produtos,
possibilitando ao cgd.pt a leitura automtica das FIN a partir da plataforma
Documentum e garantir o compliance do site no que concerne a esta regra dos
Deveres de Informao CGD.
Redes Sociais
A presena CGD nas redes sociais foi alvo de reestruturao. As campanhas saram do
Facebook e em contrapartida foi lanada uma presena transversal em Facebook, Twitter,
Instagram e Google+: A Nossa Caixa, onde se encontram notcias, passatempos e
eventos.
Novas funcionalidades no cgd.pt
Reestruturao da presena da CGD nas redes sociais
24 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
A nova pgina pretende criar uma presena agregadora, abrangendo uma diversidade de
temas que vai de produtos a passatempos, dicas, literacia financeira, entre outros, tendo
por objetivo vir a ser a principal presena na web social.
O nmero de fs nos diversos Perfis CGD era no final do ano:
A Nossa Caixa: 83 000
Saldo Positivo: 77 000
Caixa IU: 37 500
Caixa Woman: 23 000
Vantagens Caixa: 23 000
A CGD est tambm no Youtube e no Linkedin. No caso desta rede social para
profissionais de salientar um claro crescimento, tendo em menos de um ano aps o seu
lanamento, a CGD se afirmado como a nica marca bancria com presena ativa,
decorrente da sua aposta em contedos na rea da Gesto, Empreendedorismo,
Formao, Inovao e Conhecimento.
1.3.7. CAPITAL HUMANO
Em 2014 a CGD continuou a reforar a sua abordagem corporativa visando a melhoria do
desempenho global atravs do fomento da cultura de Grupo e do envolvimento crescente
dos colaboradores nos objetivos estratgios do Grupo.
No que respeita ao capital humano, a Caixa preservou as linhas orientadoras dos ltimos
anos, atravs do reconhecimento do mrito, da gesto de potencial e desenvolvimento de
competncias e no equilbrio e harmonia entre a vida pessoal e profissional dos seus
empregados.
Face ao contexto econmico-financeiro e aos desenvolvimentos do enquadramento
financeiro prosseguiu-se o reajustamento do quadro de efetivo, que se reduziu em 243
empregados face a 2013. O quadro global da CGD inclua assim 9 649 empregados no
final de 2014, dos quais 8 773 afetos atividade bancria domstica.
DISTRIBUIO POR REAS (%)
8%
11%
81%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Apoio
Operacional
Comercial
Desenvolvimento de contedos na rea da Gesto, Empreendedoris-mo, Formao, Inovao e Conhecimento
Fomento da cultura de Grupo e do envolvimento crescente dos colaboradores nos objetivos estratgios do Grupo
CGD RELATRIO E CONTAS 2014 25
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
DISTRIBUIO FUNCIONAL (%)
1%
2%
2%
18%
29%
48%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
Outros
Auxiliares
Direo
Enquadramento
Tcnicas e especficas
Administrativas
DISTRIBUIO POR HABILITAES LITERRIAS (%)
11%
33%
56%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
Bsico
Secundrio
Superior
Verificou-se em 2014 o aumento da idade mdia de 42,8 para 43,4 anos e o reforo do
nmero de empregados com habilitaes ao nvel do ensino superior, que ultrapassou os
55%.
NMERO DE COLABORADORES CGD
2013-12 2014-12 Abs. (%)
Global da CGD (1) 9.892 9.649 -243 -2,5%
Servio efetivo (1) 8.971 8.773 -198 -2,2%
Entradas 284 323 39 13,7%
Sadas 691 521 -170 -24,6%
Principais indicadores
Idade mdia 42,8 43,4 0,7 1,5%
Antiguidade mdia 18,0 18,6 0,7 3,7%
Tx. de habilit. superiores ao ensino secundrio 54,5% 55,7% 1,2 2,3%
Taxa de feminizao 56,7% 57,2% 0,5 0,8%
Taxa de absentismo 4,9% 4,8% -0,1 -1,6%
Variao
(1) Colaboradores com vnculo CGD.
56% dos empregados com habilitaes ao nvel do ensino superior
26 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
No mbito da otimizao do seu efetivo, a Caixa procedeu ao rejuvenescimento dos seus
quadros atravs do recrutamento de um reduzido nmero de jovens licenciados, com
impacto no referido aumento do nvel mdio de habilitaes literrias.
Recrutamento e Gesto de Competncias
Em 2014 a Caixa prosseguiu a sua poltica de orientao para a valorizao do seu
Capital Humano.
A criao de oportunidades de evoluo profissional, que traduzem o investimento no
desenvolvimento de carreira dos empregados e a concretizao das suas expetativas em
alinhamento com a estratgia da Instituio, tem constitudo uma prioridade estratgica.
Assim, numa tica de gesto do talento, que resulta do racional representado pelo
conceito Conhecer + Desenvolver + Formar + Acompanhar, onde se procura identificar as
caractersticas diferenciadoras que se traduzem na atitude, competncias, motivaes e
conhecimentos dos empregados, realizaram-se 17 processos de caraterizao utilizando a
metodologia de Assessment Centres. Por outro lado, com o objetivo de dar resposta a
necessidades internas, realizaram-se 31 processos de mobilidade direcionados tanto para
a rea comercial como para os departamentos centrais e para a rea internacional.
No mbito do recrutamento externo, a Caixa manteve uma orientao assente na
qualificao e no rejuvenescimento dos seus quadros. A estratgia de proximidade com as
universidades, designadamente as que reconhecidamente ministram cursos em reas de
interesse para a Banca, tem-se revelado crucial. Neste quadro, a Caixa participou como
entidade empregadora, a convite de algumas universidades, no processo de avaliao e
acreditao dos seus cursos promovido pela A3ES Agncia de Avaliao e Acreditao
do Ensino Superior. Tambm, semelhana de anos anteriores, manteve a sua presena
em feiras de emprego promovidas pelos gabinetes de sadas profissionais e pelas
associaes de estudantes de diversas universidades.
O Programa de Estgios, que vigora desde 1993, proporcionou a finalistas de licenciatura
ou mestrado e a recm-licenciados das reas financeiras 337 estgios em 2014. Destes,
161 corresponderam a estgios profissionalizantes, 116 a estgios curriculares e 60 a
estgios de vero concedidos no mbito das Academias de Vero.
Formao
No ano de 2014, em termos da execuo da formao destacam-se as trs reas mais
importantes:
A consolidao de programas iniciados em anos anteriores, nomeadamente a
formao nas reas do negcio de empresas, da recuperao de crdito e das
questes decorrentes de obrigatoriedade legal;
A manuteno de suportes formativos de curta durao como os ADL (Aes de
Dinamizao Local) e tutoriais, o alargamento da tutoria ativa e a prevalncia da
formao interna com recurso ao conhecimento e a formadores internos;
O incremento da gesto corporativa da formao.
Assim, decorrente destas foras, salientam-se algumas iniciativas que marcaram o Plano
de Formao neste ano:
O desenvolvimento de competncias tcnicas e de abordagem comercial das
equipas dos Gabinetes Empresas (5 672 horas);
A sensibilizao e capacitao em temas como Preveno do Branqueamento de
Capitais e Combate ao Terrorismo (8 189 horas), tica e Cdigo de Conduta
Gesto do talento: Conhecer + Desenvolver + Formar + Acompanhar
Formao interna com recurso ao conhecimento e a formadores internos
CGD RELATRIO E CONTAS 2014 27
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
Deveres de Informao (2 934 horas), Mecanismo nico de Superviso (3 053
horas) e FATCA Foreign Account Tax Compliance Act (2 671 horas);
O desenvolvimento de aes de aproximao, networking e partilha de
conhecimento, juntando intervenientes de diferentes reas do negcio, atravs de
Sesses de Partilha e Painis de Mercado (7 030 horas);
Um maior foco no acompanhamento da realizao de formao obrigatria que
permitiu um incremento da taxa mdia de concluso de cursos e-learning, na rea
comercial, para valores acima de 98%;
A disponibilizao de contedos que permitem uma maior autonomia no processo
de aprendizagem das equipas, atravs dos ADL Aes de Dinamizao Local,
com a disponibilizao de 7 novos mdulos. No conjunto dos temas disponveis,
foram realizadas 17 195 horas de formao em ADL.
Em termos globais no Banco, foram asseguradas 367 795 horas de formao, num total
de 124 852 participaes e uma mdia de 35 horas de formao por empregado,
repartidas da seguinte forma:
FORMAO
Total N horas Total N horas
Programa liderar a mudana 224 2.240 6 84
Programa desenvolver equipas integradas 17.461 18.743 67 133
Programa reforar competncias chave 3.217 18.272 106 900
Programa participar na cadeia de vendas e inovao 293 2.459 21 176
Programa capacitar e certificar 6.735 138.195 445 5.255
Formao de desenvolvimento 27.930 179.909 645 6.548
Formao capacitante 93.098 173.503 833 11.025
Outras formaes 3.824 14.383 111 720
TOTAL 124.852 367.795 1.589 18.293
Da qual:
Interna 122.932 333.770 1.368 10.035
Externa 1.920 34.025 221 8.258
Presencial 38.389 247.059 1.458 18.004
E-learning 53.838 105.245 62 262
Tutoriais 32.625 15.491 69 27
Participaes Aes
A distribuio de horas de formao pelos agrupamentos funcionais foi a seguinte:
NMERO DE HORAS DE FORMAO (horas)
Agrupamentos funcionais 2014-12
Direo 9.931
Enquadramento 50.490
Tcnicas e especficas 97.332
Administrativas 209.899
Outras 143
Total 367.795
Maior autonomia no processo de aprendizagem das equipas
28 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
Evoluo do nmero de colaboradores do Grupo CGD
Em dezembro de 2014 o Grupo CGD contava com 15 896 colaboradores, o que
representou uma diminuio de 3 712 empregados face a 2013, dos quais 3 605
pertenciam Caixa Seguros e Sade, alienada em maio de 2014.
NMERO DE EMPREGADOS DO GRUPO CGD
2013-12 2014-12 Abs. (%)
Atividade bancria (CGD Portugal) (1) 9.049 8.858 -191 -2,1%
Outros 10.559 7.038 -3.521 -33,3%
Total 19.608 15.896 -3.712 -18,9%
Variao
(1) Inclui empregados provenientes de outras empresas do Grupo
Na CGD Portugal assistiu-se a uma reduo de 191 empregados em 2014. Em sentido
inverso, apesar do redimensionamento do Grupo em Espanha (-259 empregados), a rede
internacional registou um aumento de 207 empregados, acompanhando a tendncia de
expanso da atividade, nomeadamente no territrio Africano, com o aumento de 335 e 107
empregados no Banco Comercial e de Investimentos (Moambique) e no Banco Caixa
Geral Totta de Angola, respetivamente.
Reduo de 191 empregados na CGD Portugal
Continuao da expanso da atividade internacional com mais 207 empregados
Aumento significativo no territrio Africano
CGD RELATRIO E CONTAS 2014 29
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
1.4. Enquadramento Econmico-Financeiro
1.4.1. EVOLUO GLOBAL
Em 2014, a economia mundial ter crescido a um ritmo idntico ao do ano anterior, 3,3%,
segundo as estimativas intercalares de janeiro divulgadas pelo Fundo Monetrio
Internacional (FMI). Ainda de acordo com o FMI, o bloco dos pases desenvolvidos ter
registado uma ligeira acelerao na atividade (+0,5 p.p.), mantendo porm taxas de
crescimento muito baixas (+1,3% em 2013 e 1,8% em 2014); no bloco emergente e em
desenvolvimento assistiu-se a um arrefecimento da atividade de 4,7% em 2013 para 4,4%
em 2014.
A evoluo do crescimento no foi, uma vez mais, homognea entre as principais regies
e economias. Enquanto, por exemplo, nos EUA e no Reino Unido a atividade ganhou
intensidade ao longo de 2014, assente sobretudo na procura interna, na rea Euro,
embora a economia tenha voltado a crescer aps dois anos de contrao, o ritmo de
atividade permaneceu modesto.
Apesar da notria exceo da Reserva Federal norte-americana, a qual, conforme
planeado, finalizou em outubro o seu programa de compra de ativos, a tendncia
dominante foi de adio de novos estmulos monetrios por parte dos principais bancos
centrais. O avolumar das preocupaes com os nveis muito baixos da inflao, e a
necessidade de incentivar a concesso de crdito e induzir maior crescimento econmico,
constituram as principais razes para as medidas tomadas. Estas traduziram-se quer na
descida de taxas de juro, quer no uso de instrumentos no convencionais, como a compra
de ativos. Tambm nas economias emergentes, predominaram as intervenes no sentido
de maior cariz expansionista da poltica monetria, ainda que no de forma generalizada,
face heterogeneidade deste bloco. No seu conjunto, as aes dos bancos centrais
voltaram a ter um papel decisivo na confiana dos investidores.
Outros fatores que mereceram a ateno dos agentes econmicos e dos mercados
financeiros ao longo do ano tiveram origem em acontecimentos de ordem geopoltica.
Neste mbito, duas crises destacaram-se, a primeira entre a Ucrnia e a Rssia, a
segunda decorrente dos avanos de grupos radicais no Iraque e na Sria. A outro nvel,
saliente-se a realizao de eleies antecipadas no Japo, na sequncia da deciso de
postecipar a nova subida do IVA, inicialmente prevista para outubro de 2015, das quais
resultou a reconduo do Primeiro-Ministro, Shinzo Abe. Ainda em termos polticos,
sublinhe-se dois eventos que condicionaram o sentimento: por um lado, em setembro, o
referendo acerca da permanncia da Esccia no Reino Unido; por outro, a realizao das
eleies presidenciais indiretas na Grcia, onde, tendo falhado no Parlamento por trs
vezes a eleio do Presidente, nos termos da Constituio, levou o Primeiro-Ministro a
pedir a dissoluo daquela Assembleia e a convocao de eleies antecipadas.
A nvel econmico, a deteriorao de alguns indicadores de pases emergentes aumentou
o receio de um abrandamento mais acentuado do crescimento. Para alm disso, as
perspetivas para os pases mais dependentes de exportaes de matrias-primas foram
tambm afetadas pela evoluo negativa dos preos das mesmas.
Nos EUA, aps um incio de ano marcado pelo impacto negativo das condies
climatricas adversas, que levaram o PIB a registar o primeiro trimestre de contrao dos
ltimos trs anos, os indicadores econmicos recuperaram de forma assinalvel a partir da
primavera. Nos dois trimestres seguintes assistiu-se, inclusive, ao perodo de maior
crescimento da ltima dcada, o qual se cifrou em 4,6% e 5,0%, em cadeia e anualizado,
em cada um dos trimestres, respetivamente.
Economia mundial continua a crescer de forma moderada e heterognea, com os pases desenvolvidos a registarem crescimentos muito lentos
Recuperao ganha no entanto intensidade nos EUA e tambm no Reino Unido
Reserva Federal conclui programa de aquisio de ativos
30 RELATRIO E CONTAS 2014 CGD
1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO
No Japo, em consequncia do aumento do IVA ainda na primavera, a economia
japonesa voltou a cair em recesso tcnica, o que levou, como referido, o Primeiro-
Ministro, Shinzo Abe, a submeter aos eleitores o seu programa de reformas, via a
convocao de eleies antecipadas, e o banco central a adotar novas medidas de
estmulo, num ano em que a inflao registou o segundo ano consecutivo de variao
positiva, algo a que j no se assistia desde 2007 e 2008.
As economias emergentes denotaram um novo abrandamento, apesar de manterem um
nvel de crescimento superior ao verificado nos pases desenvolvidos. Condies menos
favorveis, quer de natureza cclica, quer, em alguns casos, de natureza estrutural,
ditaram esse arrefecimento.
No bloco asitico, onde o crescimento continua a ser mais forte, a China obteve uma
expanso de 7,4%, ainda assim o valor mais baixo dos ltimos 24 anos. Por seu turno, o
Brasil, principal economia da Amrica Latina, registou uma recesso tcnica durante o
primeiro semestre. No obstante, e em consequncia dos nveis elevados de inflao, o
Banco Central do Brasil manteve o processo de aumentos da taxa diretora, tendo a
principal taxa de referncia encerrado 2014 em 11,75%, o nvel mais elevado desde o
terceiro trimestre de 2011. Na Europa de Leste, destaque para a Rssia, onde o segundo
semestre do ano foi marcado por uma elevada incerteza, decorrente quer da queda do
preo do petrleo, quer do abrandamento da atividade induzido pelas sanes
econmicas impostas ao pas. O rublo registou nesse perodo uma depreciao de 79,8%
face ao dlar, tendo o Banco Central da Rssia sido obrigado a decretar em cinco
ocasies um aumento da taxa diretora, a qual encerrou o ano em 17%.
Embora os nveis de desemprego tenham registado de uma forma geral uma reduo,
permanecem, em termos histricos, ainda muito elevados. A presso sobre o crescimento
dos salrios manteve-se, desta forma, muito contida, o que, em conjunto com a queda do
preo das matrias-primas, sobretudo do petrleo no segundo semestre do ano, levou os
nveis de inflao a descer substancialmente em diversos pases desenvolvidos.
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