View
232
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
R e l a t ó R i o d e a t i v i d a d e sf e t r a n s p o r
2 0 1 5
2 integRação da RmRj
R e l a t ó R i o d e a t i v i d a d e sf e t r a n s p o r
2 0 1 5
2 integRação da RmRj
MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA
PoR CIDADES MAIS AMIGávEIS E fuNCIoNAIS
No ano de 2015, a Fetranspor entrou em sua sexta década, contabilizando grandes avanços, notadamente
a participação cada vez maior na melhoria da mobilidade do Estado, por meio de investimentos na área da
tecnologia, ou em educação corporativa.
Em evento realizado para os funcionários, em 22 de janeiro, houve exibição de um vídeo que conta parte
da trajetória da entidade ao longo desses 60 anos e homenagens a algumas personalidades que fizeram parte
dessa história. Uma edição especial do Prêmio Mobilidade Urbana encerrou as comemorações de forma
simbólica, pois a premiação é iniciativa alinhada estrategicamente com a ideia de valor da Federação – Mobi-
lidade com Qualidade – por incentivar e reconhecer estudos, projetos e práticas de excelência voltados para a
otimização dos deslocamentos da população.
Honrar o passado, com o olhar direcionado para o futuro. Este é o posicionamento da Fetranspor, mesmo
em ano de crise econômica, que apresenta reflexos na demanda e traz novos desafios e dificuldades para as
empresas do setor. Houve queda no número de passageiros dos transportes municipal e intermunicipal, ao
passo que a quilometragem percorrida registrou aumento, e a idade média da frota decresceu, tudo isso aliado
à defasagem tarifária. Apesar do cenário adverso, o trabalho institucional desta Federação continuou focado
no desenvolvimento, na construção de um legado pós-Olimpíada e na contribuição para o fortalecimento e o
aprimoramento do setor empresarial que representa.
Nas páginas que se seguem, o leitor tomará conhecimento dos principais projetos realizados e seus resulta-
dos, comparativamente aos anos anteriores. Nesses dados, estão embutidos frutos de esforços realizados no
passado e o registro de um trabalho contínuo, ininterrupto, de construção da mobilidade do futuro.
Que as nossas cidades ofereçam, cada vez mais, formas integradas e limpas de transporte; tecnologias
que informem os passageiros sobre horários e trajetos (como já acontece no sistema BRT); espaços livres nas
calçadas; acessos fáceis a locais de cultura e lazer; formas modernas e eficientes de pagamento e de combate
à fraude no transporte público. Tudo isso faz parte da mobilidade. E cada um desses itens influi significativa-
mente na qualidade de vida dos cidadãos. E é para assegurar que um dia possamos contar com cidades assim,
mais amigáveis, agradáveis e funcionais, que essa Federação trabalhou em 2015, nos 59 anos anteriores, e
continuará a trabalhar, certamente, por muitas décadas. Esta é a mensagem de confiança que a Fetranspor
quer passar às empresas do setor e à sociedade em geral.
LéLIS MARCoS TEIxEIRAPresidente
Representar os sindicatos das empresas de ônibus do estado do Rio de janeiro, melhorando a mobilidade urbana e promovendo o aprimoramento do sistema de transporte de passageiros.
NEGÓCIo
ser referência como organização responsável pelo fortalecimento do sistema de transporte de passageiros por ônibus.
vISÃo
Promover o desenvolvimento dos transportadores de passageiros em todos os níveis, objetivando a sustentabilidade, maximizando o retorno dos investimentos das empresas de ônibus.
MISSÃo
• Ética, transparência e credibilidade
• Foco em resultados (rentabilidade das empresas associadas)
• Excelência
• Empreendedorismo
• Segurança e controle (risco financeiro e estratégico)
• Representatividade
vALoRES
Sumário
40maRKeting e ComUniCação
56meio amBiente
62ResPonsaBilidade soCial
46gestão do ConHeCimento
8FETRANSPOR 60 ANOS
14Relações institUCionais
22moBilidade sUstentável
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 9
1fETRANSPoR 60 ANoS
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 11 10 FETRANSPOR 60 ANOS
O ano que mal começava seria recordado no tempo por
alguns acontecimentos que marcariam a história do mundo
e do país. No auge da guerra fria protagonizada pelos Estados Unidos e União Soviética, que disputavam
a hegemonia política e econômica mundial, era assinado na Europa o Pacto de Varsóvia, a aliança militar
formada por países socialistas do leste europeu. No Reino Unido, Winston Churchill renunciava ao cargo
de Primeiro Ministro.
Na Argentina, o presidente Juan Perón era derrubado por um golpe militar. No Brasil, ainda sob o impacto
do suicídio de Getulio Vargas ocorrido no ano anterior, Juscelino Kubitschek assumia a Presidência da Repú-
blica, dando início a um projeto desenvolvimentista para o país.
A Fetranspor nascia naquele dia, na então capital da República, batizada de Federação das Empresas de
Transportes Rodoviários do Leste Meridional do Brasil, entidade que reunia também instituições ligadas ao
setor de transporte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Poucos anos depois, no início dos anos 1960, o trans-
porte público vivia dias de grandes transformações e se desenvolvia em direção aos bairros do subúrbio e a
outros municípios importantes.
O Rio de Janeiro, elevado à condição de Estado da Guanabara após perder o status de capital federal para
Brasília, era cenário de uma empreitada modernizadora que furava túneis, erguia viadutos e expandia mar
adentro a área urbana, alterando também as condições de mobilidade da população.
A década de 1960 foi um marco para a história dos transportes públicos no Rio de Janeiro ao finalizar a
transição rodoviária iniciada no pós-guerra e lançar bases para a consolidação do sistema nas décadas seguin-
tes. Os ônibus, que carregavam milhares de pessoas, tomavam pouco a pouco o lugar dos bondes elétricos e
autolotações. A constituição de empresas de coletivos tornava-se um imperativo para o governo, às voltas com
as demandas por transportes de uma metrópole em franco crescimento.
O sistema de transportes de passageiros passou a ser regulado pelo poder municipal e a Fetranspor teve um
papel fundamental na formulação de estratégias frente às esferas públicas, promovendo a organização política
das empresas de ônibus por meio dos sindicatos.
Décadas se passaram desde então e muitos outros capítulos da trajetória dos transportes por ônibus no
Estado do Rio de Janeiro foram escritos ao longo dos anos, sempre com a participação da Fetranspor, que
acompanhou passo a passo as mudanças ocorridas no cotidiano da população fluminense, reinventando-se a
cada novo desafio e adaptando-se às exigências dos tempos modernos.
Hoje, do alto de sua experiência acumulada ao longo de 60 anos, aliada ao vigor típico da adolescência, a entida-
de arregaça as mangas mais uma vez e ajuda a desenhar um novo futuro para o Rio de Janeiro. Assim como nos anos
seguintes ao de sua fundação, a cidade vive um período de efervescência com uma série de intervenções urbanas e
um grande desafio: garantir mobilidade eficiente e sustentável aos milhões de habitantes da Região Metropolitana.
Em todas as obras que objetivam melhorar a mobilidade urbana — com destaque para os corredores segre-
gados à circulação de ônibus articulados (sistema BRT) — a Fetranspor, sindicatos filiados e empresas associa-
das caminham lado a lado com o poder público e com os anseios da população.
São iniciativas que representam uma nova era para a mobilidade urbana, melhoram a qualidade dos servi-
ços prestados pelos transportes públicos, atraem mais passageiros e incentivam a classe política a desenvolver
e apoiar projetos que priorizem os meios de transportes sustentáveis.
Nesse novo contexto, os ônibus abrem novos caminhos para a mobilidade do século 21, transportando
cada vez mais cariocas e fluminenses em direção ao futuro. E a Fetranspor, que tradicionalmente sempre es-
teve atenta às mudanças que movem o mundo, mantém o olhar voltado para o amanhã e se prepara para os
desafios dos próximos 60 anos.
Experiência aliada ao vigor da juventude
22 de JANeiro de 1955.
1fETRANSPoR 60 ANoS
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 13 RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 13
1996 O Etransport passa
a abrigar também a
FetransRio – uma das
principais exposições
de tecnologia voltada
para o transporte de
passageiros
2008 Inauguração da
Universidade
Corporativa do
Transporte, responsável
pela capacitação
de mais de 50 mil
trabalhadores do setor
2012 Criação
da RioPar
Participações
2014 Inauguração
do BRT
TransCarioca
2004 Instituição do
Sistema de
Bilhetagem
Eletrônica no
Rio de Janeiro
2014 Elaboração dos
corredores do tipo
BRS (15 implantados)
e a formulação de
dez sistemas de BRT
para a capital e Região
Metropolitana
2011 Criação da
RioCard Cartões
2012 Inauguração do
BRT TransOeste
Legado1955 Fetranspor é
criada graças à
união de cinco
sindicatos.
1982 Federação
adquire sua
sede própria
1986 Fetranspor recebe
das empresas a
gestão integrada
do Vale-Transporte
1979 Setor de
transporte
estabelece as
planilhas de custo
1985 Instituída a lei do
Vale-Transporte
1987 O governo do
Estado encampa
16 empresas
filiadas à
Fetranspor
1994 Criação do Sest/Senat.
A Fetranspor
é gestora do
Conselho Regional
do Rio de Janeiro
décAdA de 1950 | Uma das primeiras reuniões da Fetranspor. Fotos: Arquivo Fetranspor
décAdA de 1960 | Mudança na configuração dos ônibus. Sai a madeira e entra o aço na estrutura dos veículos, que ficam mais leves e mais resistentes.
décAdA de 1990 | O Departamento de Vale-Transporte (Deval) da Fetranspor evolui com o aumento da demanda de passageiros.
décAdA de 1980 | Começam a circular no Rio de Janeiro os primeiros ônibus articulados.
décAdA de 1970 | A partir desta década, os ônibus assumem o papel de principal modal de transporte de massa em todo o país.
ANoS 2000 A 2015 | Sistema de transportes do Rio ganha nova configuração com a construção dos corredores expressos do BRT.
1989 Criação do
Etransport
(congressos sobre
transporte de
passageiros)
12 FETRANSPOR 60 ANOS
1997Criação do
Programa
EconomizAr
2010Criação do
Selo Verde
2007Criação da
RioCard TI
2013Criação do
Consórcio VLT
14 integRação da RmRj RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 15
2RELAçõES INSTITuCIoNAIS
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 17 16 Relações institUCionais
2RELAçõES INSTITuCIoNAIS
Elo dos transportes com o poder público e a sociedadeA cONSTRuçãO dE SOluçõES viávEiS PARA ENFRENTAR OS dESAFiOS
dA mObilidAdE NO ESTAdO E FAciliTAR OS dESlOcAmENTOS dOS cidAdãOS
RESulTA dE PARcERiAS ESTRATÉgicAS dA FETRANSPOR.
o compromisso com o avanço da mobilidade urbana e a melhoria da qualidade
de vida da população fluminense guiou a postura participante e proativa da
fetranspor na representação do setor de transporte por ônibus e reforçou
sua aliança estratégica com o poder público e a sociedade. Ao longo de 2015,
a federação renovou o posicionamento adotado nos últimos anos e manteve
no centro de sua atuação a proposição de que o planejamento intermodal
do transporte de massas — cujo carro-chefe é o sistema BRT — é vital para a
integração da Região Metropolitana.
Como parte dessa linha de ação, a fetranspor valorizou, em mais um ano de
atividades, o diálogo aberto sobre os temas da mobilidade e a transparência no
relacionamento com as autoridades, clientes do serviço de ônibus, organizações
do setor e outros parceiros. No saldo positivo do ano está a proposta apresentada
pela entidade em 2014, em sintonia com a iniciativa do governo do Estado, de
intensificar o debate sobre a integração via transportes dos municípios do Grande
Rio e de começar estudos para a construção do BRT Leste fluminense, ligando
Niterói a cidades vizinhas.
PolítiCas PúBliCas
A integração urbana pela via do transporte coletivo,
preconizada pela Fetranspor no debate sobre a mo-
bilidade na Região Metropolitana do Rio de Janeiro,
foi definitivamente alçada, em 2015, à condição de
item prioritário na agenda governamental. Com o
estímulo da Federação e do governo do Estado, a
busca da operação integrada dos vários modais ul-
trapassou as fronteiras da capital e passou a mobi-
lizar outras prefeituras, embalada pela experiência
bem-sucedida dos BRTs TransOeste e TransCarioca,
inaugurados em 2012 e 2014.
Na parceria estratégica com as autoridades do
transporte e a sociedade, a Fetranspor manteve em
2015 atuação propositiva no esforço conjunto para a
construção de soluções viáveis e sustentáveis, frente
aos desafios da mobilidade no território fluminense.
Para a integração da Região Metropolitana por meio do
transporte de massas, a Federação reforçou a defesa
do BRT como a melhor alternativa, conforme proposta
apresentada ao governo do Estado, em 2014, para a
criação de dez corredores expressos no Grande Rio, a
fim de estender aos demais municípios os benefícios
proporcionados pelo sistema à população da capital.
a experiência bem-sucedida do sistema BRt fez a proposta de integração dos modais de transportes ultrapassar fronteiras e mobilizar outras cidades fluminenses.
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 19 18 Relações institUCionais FETRANSPOR 19
O trabalho da Câmara de Integração Governa-
mental do Rio de Janeiro (CIG), criada pelo go-
verno estadual em 2014, tem sido decisivo para
fortalecer essa visão integrada da mobilidade.
A construção de uma rede formada por BRTs, ôni-
bus convencionais, metrô, trens, veículo leve so-
bre trilhos (VLT), barcas e vans regularizadas está
na base das atividades da CIG, em linha com as
diretrizes do Estatuto da Metrópole (Lei Federal
13.089, de 2015) para o planejamento, gestão e
execução de ações de interesse comum aos muni-
cípios das áreas metropolitanas.
Além da mobilidade, outros cinco campos da vi-
da urbana estão no foco do trabalho da CIG para o
desenvolvimento do Grande Rio: abastecimento de
água, saneamento básico, saúde, educação e susten-
tabilidade. No planejamento de ações para a região,
a Câmara baseia-se no conceito de Desenvolvimento
Orientado para o Transporte (TOD, na sigla em in-
glês), que visa à estruturação da malha urbana em
torno das vias de transporte de massa, a fim de racio-
nalizar investimentos públicos e privados e melhorar
a qualidade de vida da população.
Para o aperfeiçoamento da mobilidade na Região
Metropolitana, a CIG pauta sua atuação no Plano Di-
retor de Transportes Urbanos (PDTU), elaborado em
parceria com a Secretaria de Transportes do Estado. No
estudo, que norteará os aportes em mobilidade nos
próximos anos, a integração modal tem lugar de des-
taque, em convergência com a visão desenvolvida pela
Fetranspor. O PDTU também está orientando a formu-
lar planos municipais de mobilidade urbana, obrigató-
rios para os municípios com mais de 20 mil habitantes.
O serviço de ônibus tem papel especial no horizon-
te da mobilidade no Grande Rio ao transportar o maior
contingente diário de passageiros nos 21 municípios e
nos deslocamentos intermunicipais — são 6,9 milhões
de pessoas, oito vezes mais do que o metrô (830 mil),
11 vezes mais do que o trem (620 mil) e 63 vezes mais
do que as barcas (110 mil). Pela importância do modal
rodoviário, os projetos apresentados pela Fetranspor
ao governo incluem a implantação de oito BRTs e mais
dois corredores expressos para ônibus na Baixada e
no Leste Fluminense, além da reforma de terminais,
paralelamente à expansão do transporte metroviário e
do sistema ferroviário na Baixada.
Em 2015, um dos avanços rumo à integração me-
tropolitana pelo transporte público foi a decisão do
governo estadual de iniciar os estudos para a cons-
trução de um dos projetos defendidos pela Fetrans-
por — o BRT Leste Fluminense, composto por dois
corredores expressos para ônibus articulados entre
Niterói e os vizinhos municípios de São Gonçalo e
Itaboraí. No mesmo contexto da integração, também
tiveram curso durante o ano as obras de construção
dos BRTs TransOlímpica e TransBrasiil, que integram
o pacote de empreendimentos vinculados aos Jogos
Rio 2016, e de instalação do sistema do Veículo Leve
sobre Trilhos (VLT) no centro carioca.
RioPaR PaRtiCiPações
Holding do Sistema Fetranspor, a RioPar Participa-
ções deu continuidade, em 2015, ao fortalecimento
de sua estrutura organizacional e à prospecção de
novas oportunidades de negócio associadas a ser-
viços e produtos que são oferecidos no transporte
público. A empresa, criada em 2012, tem a missão
estratégica de capturar e gerir atividades sinérgicas
à mobilidade por ônibus, com a visão de ser reco-
nhecida como investidora preferencial em empreen-
dimentos nos diversos modais operados no Estado.
A RioPar atua em várias frentes, na busca de siner-
gias que possam aperfeiçoar ainda mais a mobilida-
de urbana e agregar valor ao Sistema Fetranspor. De
modo complementar ao serviço de ônibus, a holding
controla a RioCard Cartões e a RioCard TI e detém
participações acionárias em outras quatro empresas
– CCR Barcas, Rio Terminais, Concessionária do VLT
Carioca e MovTV. Juntas, as operações em que a Rio-
Par está presente atendem a mais de 11 milhões de
transações diárias, em sete modais integrados.
A RioCard Cartões, dedicada à gestão de soluções
customizadas em meios de pagamento e emissão de
cartões eletrônicos, disponibiliza serviços para em-
presas de transporte urbano e de fretamento e turis-
mo. O sistema dos cartões inteligentes é utilizado em
SegurANçA dA iNformAçãodois anos depois da criação do Escritório de Segurança da informação (ESi), a Fe-
transpor registrou evolução expressiva na área durante o ano de 2015. Além da ela-
boração de um arcabouço normativo para a proteção das informações na Federação
e empresas vinculadas, o esi intensificou ações conjuntas com diretorias da entidade
e promoveu a sensibilização dos colaboradores para o tema. a iniciativa culminou na
realização de palestras no dia da Segurança da informação do Sistema Fetranspor,
em 21 de outubro.
A missão do ESi, ligado à Presidência Executiva da Fetranspor, é prover as dire-
trizes estratégicas de segurança da informação para o sistema, estimulando as boas
práticas na área. Em 2015, o escritório estabeleceu oito normas e criou processos re-
lacionados à gestão de identidade e acesso, política de segurança e gerenciamento
de riscos. nesse terreno, o esi identificou, em várias áreas, ações que poderiam com-
prometer a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade das informações,
principalmente daquelas relacionadas à bilhetagem eletrônica.
O ESi teve como principais parceiros, em 2015, as áreas de Tecnologia da infor-
mação, marketing e Comunicação, mobilidade Urbana, gestão de Pessoas, jurídico
e operações. Com as normativas formuladas ao longo do ano, o escritório objetivou
dotar o Sistema Fetranspor de controles que proporcionem a execução segura dos
projetos. as normas se referem à continuidade dos negócios, incidentes de seguran-
ça da informação, acesso à internet, controle de acesso, uso de correio eletrônico e
classificação da informação.
a construção de uma
rede formada pelos
diversos modais de
transportes faz parte
do planejamento, gestão
e execução de ações
de interesse comum na
Região metropolitana
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 21 20 Relações institUCionais
mais de 19 mil ônibus – frota que responde por mais
de 80% do transporte público no Estado. A RioCard
TI gerencia o Bilhete Único, o Vale-Transporte e os
cartões de gratuidade utilizados no Estado.
Pelas participações nas outras empresas, que incluem
as atividades de interface com os parceiros de negócio,
a RioPar exerce papel estratégico para o setor de trans-
porte por ônibus no contexto da mobilidade urbana. A
concessionária CCR Barcas, controlada pela CCR e SPTA,
na qual a RioPar detém participação de 50%, conta com
24 embarcações em seis linhas, que transportam 29 mi-
lhões de passageiros por ano, e é a quarta maior opera-
ção aquaviária de passageiros do mundo.
A Rio Terminais, consórcio com a empresa Soci-
cam, gerencia e opera quatro terminais na capital e
nos municípios de Nova Iguaçu e Nilópolis, atenden-
do a mais de 77 milhões de passageiros por ano. Na
VLT Carioca, que constrói o sistema do veículo leve
sobre trilhos na cidade do Rio de Janeiro, a RioPar
tem participação de 24,88%, a exemplo dos par-
ceiros CCR, Invepar e Odebrecht Mobilidade, tendo
também como sócias a Benito Roggio Transporte e
o Grupo RATP – cada uma com 0,25% do capital da
concessionária.
A MovTV, na qual a RioPar divide o controle
acionário com o Grupo Bandeirantes de Comuni-
cação, é a mais completa empresa de publicidade
em ônibus em todo o Estado, com 2,5 mil telas de
TV no sistema digital e programação composta de
conteúdo exclusivo.
AuditoriA iNtegrAdAA revisão do código de conduta da Fetranspor e a criação do canal de denúncia voz Ativa marcaram
as atividades da Auditoria integrada em 2015. No terceiro ano de trabalho em apoio ao conselho de
administração da entidade, a auditoria tem a responsabilidade de agregar valor às operações do sis-
tema Fetranspor, por meio da avaliação e da melhoria da governança corporativa, da gestão de riscos,
dos processos e dos controles internos, a fim de reduzir a exposição a vulnerabilidades e as práticas que
possam causar danos aos negócios e à imagem da Federação.
com a revisão do código, criado em 2012, e a abertura do canal de denúncia, a Fetranspor deu curso
à execução de seu programa de aderência à lei 12.846/13 (lei Anticorrupção). O voz Ativa dotou a Fe-
deração de um importante meio para a identificação, investigação, tratamento e prevenção de práticas
desalinhadas dos preceitos do Código de Conduta, com base em informações prestadas por colabo-
radores, fornecedores e público em geral, de forma identificada ou anônima, via internet, telefone ou
caixa postal.
Em paralelo ao trabalho com o código e o canal de denúncia, a Auditoria integrada efetuou audita-
gens previstas em seu ciclo trienal de atividades, em sintonia com o Comitê de auditoria do Conselho
de administração. além das ações planejadas nas esferas administrativa, financeira e operacional do
Sistema Fetranspor, a Auditora também desenvolveu atuações pontuais, em resposta a preocupações
específicas do Conselho. nos dois casos, as atividades visaram ao aumento da transparência, da con-
fiabilidade e do alinhamento das diversas frentes do sistema aos princípios do Código de Conduta e às
boas práticas de governança.
PArticiPAção em eVeNtoS
rio 2016A Fetranspor patrocinou o Fórum Empresarial de mobilidade urbana – Rio 2016, realizado pelo grupo de líde-
res Empresariais — Rio de Janeiro (lide Rio), em 6 abril, no copacabana Palace Hotel, enfatizando a importân-
cia dos bRTs para o avanço da mobilidade urbana e dos investimentos públicos do governo estadual no setor
de transporte, além de apresentar o Prêmio mobilidade Urbana.
Prêmio dA uitPintegrante da união internacional do Transporte Público (uiTP), a Fetranspor venceu, na categoria Estra-
tégias de transporte, com o projeto “Construindo uma Rede de BRts para o Rio de janeiro”. o programa
diálogo Jovem sobre mobilidade, da área de RS da Federação, recebeu menção Honrosa, na categoria Y4PT
Health awards.
trANSPorte metroPolitANoA Fetranspor marcou presença no 20º congresso brasileiro de Transporte e Trânsito, realizado pela Asso-
ciação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), de 23 a 25 de junho, em Santos (SP). O encontro abordou
a mobilidade nas regiões metropolitanas e teve como evento paralelo a iX exposição internacional de trans-
porte e Trânsito.
eXtrA coNect@ Na condição de parceira do jornal Extra, a Fetranspor patrocinou, em 18 de agosto, o seminário Extra conect@
— apontando novos caminhos da mobilidade urbana, na capital fluminense. o encontro, primeiro de uma série
de quatro, teve como tema o planejamento das cidades.
PrioridAde Ao coletiVo“Prioridade ao coletivo para uma mobilidade sustentável” foi o tema central do Seminário Nacional NTu 2015,
realizado de 1º a 3 de setembro, na cidade de São Paulo, pela Associação Nacional das Empresas de Transpor-
tes urbanos (NTu). O encontro enfatizou a importância da expansão dos corredores expressos e faixas exclu-
sivas de ônibus para a mobilidade das cidades brasileiras.
redução de AcideNteSAs ações preventivas para a redução do número de acidentes de trânsito no país foram tema da participação
da Fetranspor no i Fórum sobre Segurança viária, promovido pela cruz vermelha brasileira, em 18 de setembro,
na capital fluminense.
BicicletASas boas práticas no uso da bicicleta nas grandes cidades e o aprimoramento da estrutura cicloviária no Rio de
Janeiro estiveram no centro dos debates do 5º Fórum internacional da mobilidade por bicicleta (biciRio) em
21 de setembro. O evento, promovido pela Prefeitura do Rio de Janeiro, contou com patrocínio da Fetranspor.
22 integRação da RmRj RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 23
3MoBILIDADE SuSTENTávEL
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 25 24 moBilidade sUstentável
3MoBILIDADE SuSTENTávEL
o melhor caminho para todos os destinosO AmbiENTE uRbANO dA cAPiTAl FOi mARcAdO PElA gRANdE viSibilidAdE
PRoPoRCionada Pelas oBRas de melHoRia do tRansPoRte Coletivo, Como
a ConstRUção de novos sistemas BRt e do vlt.
A busca de alternativas viáveis para o avanço integrado da mobilidade sustentável
na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, como forma de melhorar a qualidade
de vida da população e promover o desenvolvimento dos municípios, pontuou
a trajetória da fetranspor em 2015. A entidade estreitou ainda mais a parceria
propositiva com o poder público, em um ambiente urbano caracterizado pela
grande visibilidade proporcionada pelas obras de melhoria do transporte coletivo
na capital, como a extensão da Transoeste, no chamado Lote Zero, construção
dos BRTs Transolímpica e TransBrasil e do Sistema do veículo Leve sobre
Trilhos (vLT), que vai ligar a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont,
passando pelo centro.
Além das obras, outro avanço registrado no ano foi a decisão do governo do
Estado de efetivar o projeto do BRT Leste Metropolitano, com corredor expresso
para ônibus articulados na ligação de Niterói com localidades populosas de
São Gonçalo e Itaboraí. Com o estudo funcional concluído, o projeto é parte
de um plano de dez corredores propostos pela fetranspor para a integração
metropolitana, visando à constituição de uma rede de transporte intermunicipal
capaz de estender a milhões de fluminenses os benefícios da mobilidade
inteligente e induzir o desenvolvimento econômico em seus municípios.
Em paralelo a essas conquistas, a demanda do trans-
porte de passageiros por ônibus no Rio de Janeiro re-
cuou ao longo do ano, em consequência dos efeitos
da crise econômica sobre a rotina de grande parte da
população. A queda do movimento de passageiros foi
sentida, sobretudo, nas linhas dos serviços intermuni-
cipais, mas registrada também na capital e em muni-
cípios como Niterói e Nova Iguaçu. Ao mesmo tempo,
o setor viu-se em dificuldades para manter o ritmo de
renovação da frota, devido a fatores como perdas his-
tóricas de receita, decorrente de defasagens tarifárias,
e restrições nos financiamentos federais.
desemPenHo do setoR
A demanda por transporte nas linhas municipais e
intermunicipais do Estado do Rio de Janeiro registrou
queda pela primeira vez em dez anos, refletindo os
efeitos da retração da economia sobre o dia a dia
da população. Em 2015, o movimento diário nessas
linhas foi, na média, de 2,1 milhões de passageiros
— um decréscimo de 3,3% em relação ao número
do ano anterior. Somaram-se ao recuo da utilização
do modal, para atestar o refluxo vivido pelo setor, os
resultados de indicadores que mensuram o desem-
penho operacional do serviço de ônibus.
Apesar da redução da demanda, comum a outros
estados, o trajeto percorrido aumentou nos ônibus
intermunicipais, dos quais 86% circulam na Região
Metropolitana. A quilometragem rodada cresceu
2,4%, de 70,8 milhões de quilômetros, em 2014, pa-
ra 72,5 milhões, enquanto o índice de passageiros
por quilômetro (IPK) caiu de 0,80 para 0,75 — combi-
nação de indicadores que sugere baixa de produtivi-
dade da frota. A idade média dos veículos aumentou
de cinco para seis anos, como resultado de proble-
mas de financiamento no setor e dos impactos da
crise econômica.
O recuo mais forte foi sentido nas operadoras
com linhas intermunicipais que têm como destino
o centro da capital. Em movimento descendente
iniciado em julho, passo a passo com o agrava-
mento das adversidades da economia, a demanda
nessas linhas fechou o semestre com decréscimo
de 10,1%, mensurada por dados da bilhetagem ele-
trônica. A perda de passageiros está associada a fa-
tores como a queda do nível de emprego e as obras
de remodelação do Centro, que geraram mudanças
no trânsito e congestionamentos, induzindo o uso
dos trens e do metrô.
A interrupção da curva de crescimento aberta na
década passada ocorreu também nas linhas munici-
pais da cidade do Rio de Janeiro, tendo se acentuado
igualmente no segundo semestre. De julho a no-
vembro, o número diário de passagens computado
pelo sistema de bilhetagem eletrônica caiu 2,6% em
relação ao mesmo período de 2014. Quadro seme-
lhante foi registrado pela bilhetagem em Nova Igua-
çu e Niterói, onde a queda da demanda nas linhas
locais foi de 3,3%.
No Rio, a quilometragem percorrida pela frota
diminuiu 3,4%, passando de 62,8 milhões de quilô-
metros para 60,7 milhões, com elevação do IPK de
1,21 para 1,28 passageiros pagantes. E, a exemplo
do serviço intermunicipal, a idade média da frota
da capital aumentou, de quatro anos para quatro
e meio. A renovação da frota carioca e também a
do serviço intermunicipal teve o ritmo freado desde
2012, devido, em grande medida, à queda de recei-
ta causada pelas defasagens tarifárias, que geraram
perdas de R$ 600 milhões nas linhas intermunici-
pais desde 2010, de acordo com estudo da auditoria
Ernst & Young.
Outro fator adverso para a renovação da frota foi
o fim das condições especiais de que dispunham as
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 27 26 moBilidade sUstentável
operadoras para acessar recursos do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
pelo programa de Financiamento de Máquinas e
Equipamentos (Finame). Em 2015, no contexto do
ajuste fiscal empreendido pelo governo federal, as
restrições no Finame quintuplicaram o valor de en-
trada para a aquisição de bens, reduziram a partici-
pação do BNDES e elevaram os juros.
Ao problema tarifário associaram-se, ao longo do
ano, os impactos da diminuição da atividade econô-
mica sobre o poder de compra de grande parcela dos
usuários do serviço de ônibus. Parte da população
foi afetada por dificuldades relacionadas a fatores
como a queda do nível de emprego e da renda, com
a consequente redução da demanda por transporte,
incluído o utilizado para lazer.
PoRto maRavilHa
A Fetranspor atuou como parceira proativa da
Prefeitura do Rio de Janeiro e do governo do Es-
tado para ajustar o itinerário das linhas municipais
e intermunicipais às obras no Centro e da Região
Portuá ria, como parte da Operação Urbana Consor-
ciada Porto Maravilha. O projeto promove a rees-
truturação da área por meio da ampliação, articula-
ção e requalificação dos espaços públicos, visando
à melhoria da qualidade de vida dos atuais e futuros
a queda do nível de emprego, com a consequente redução da demanda por transporte, refletiu no número de pagamento de passagens com cartões Riocard: 10% a menos nas linhas intermunicipais com destino ao centro do Rio.
municipal Rjintermunicipal
municipal Rjintermunicipal
eVolução Km PercorridA
199
6
199
7
199
8
199
9
200
0
200
1
200
2
200
3
200
4
200
5
200
6
200
7
200
8
200
9
2010
2011
2012
2013
2014
2015
80.000.000
70.000.000
60.000.000
50.000.000
40.000.000
30.000.000
20.000.000
10.000.000
0
eVolução do iPK (média mês)
2,00
1,80
1,60
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
199
6
199
7
199
8
199
9
200
0
200
1
200
2
200
3
200
4
200
5
200
6
200
7
200
8
200
9
2010
2011
2012
2013
2014
2015
20142015
PASSAgeiroS liNHAS iNtermuNiciPAiS (com destino ao Centro)
• Há evidência de reduções significativas de demanda no segundo semestre de 2015 (dados de bilhetagem), média de 10,1% no segundo semestre de 2015;
• Devido aos congestionamentos e à perda de demanda (crise econômica).
12.000.000
10.000.000
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
0JAN fEv MAR ABR MAI JuN JuL AGo SET ouT Nov DEZ
-4,3% -8,9% -13,9% -9,0% -14,3%
eVolução dA demANdA (passageiros/dia)
4.000.000
3.500.000
3.000.000
2.500.000
2.000.000
1.500.000
1.000.000
500.000
0
199
6
199
7
199
8
199
9
200
0
200
1
200
2
200
3
200
4
200
5
200
6
200
7
200
8
200
9
2010
2011
2012
2013
2014
2015
municipal Rjintermunicipal
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 29 28 moBilidade sUstentável
moradores e à sustentabilidade ambiental e socioe-
conômica da região.
Com o avanço das obras, foram desenvolvidos
estudos em conjunto com o Departamento de Trans-
portes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (De-
tro), a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e
a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região
do Porto do Rio de Janeiro (CDURP), com o objetivo
de diminuir ao máximo o impacto sobre a rotina dos
usuários dos ônibus. A Federação também colaborou
na elaboração dos folhetos informativos e veiculou
informações sobre as mudanças em seu site e no
aplicativo Vá de Ônibus.
Nas cinco fases das obras ao longo de 2015, a
Fetranspor apoiou 214 alterações de itinerários de
linhas — 140 de percursos intermunicipais, em apoio
ao Detro, e 74 de municipais, em cooperação com
a SMTR. Somente na fase mais crítica da interdição
de vias, decorrente das obras, com o fechamento do
principal acesso ao Terminal Américo Fontenelle, na
Central do Brasil, foram modificados os trajetos de
100 linhas intermunicipais, além da promoção de
ajustes na chegada e saída dos coletivos e na ope-
ração do terminal.
A área de Mobilidade da Fetranspor é responsá-
vel pela elaboração de projetos de infraestrutura de
transportes, sistemas BRT e BRS e intervenções viá-
rias, estudos econômicos e tarifários, sistema integra-
do de informações de transporte e planejamento do
setor. A diretoria responde ainda pelos estudos volta-
dos à gestão do meio ambiente, pelo gerenciamento
da rede de indicadores de qualidade e pela perfor-
mance do setor de transportes por ônibus no Estado.
sistema BRs
No quarto ano de funcionamento na cidade do Rio
de Janeiro, o sistema BRS ganhou mais três corredo-
res exclusivos para ônibus em vias de grande movi-
mento, fortalecendo-se ainda mais como alternativa
eficiente para o transporte público frente aos con-
gestionamentos de trânsito. Os novos corredores,
demarcados à direita das pistas e proibidos aos au-
tomóveis de passeio, foram implantados pela Prefei-
tura, com apoio da Fetranspor e do RioÔnibus, na
região de Vila Isabel, Zona Norte.
Com a criação dos novos corredores BRS, a ca-
pital passou a dispor de 16 sistemas do gênero, que
totalizam 52,2 quilômetros de extensão, por onde
circulam coletivos de 381 linhas, com 298 pontos de
parada. As faixas exclusivas em Vila Isabel abriram
caminho livre aos ônibus nas ruas Teodoro da Silva,
Visconde de Santa Isabel e Avenida 28 de Setembro
—com 2,1 quilômetros, 40 linhas de ônibus e 11 pon-
tos; 1,7 quilômetros, 44 linhas e seis paradas; e 1,5
quilômetro, 36 linhas e 8 paradas, respectivamente.
O grande ganho do sistema BRS é o aumento dos
níveis de segurança viária e da velocidade operacional
dos coletivos, ao livrá-los dos engarrafamentos e efeti-
var a prioridade ao transporte coletivo. Como resulta-
do, os passageiros tiveram o tempo de deslocamento
reduzido. Como alternativa de mobilidade sustentável,
esses corredores também contribuem para a proteção
ambiental, por otimizar as atividades da frota de ônibus,
diminuir o consumo de combustíveis e, em consequên-
cia, reduzir as emissões de gases e material particulado.
Em 2015, além da criação de BRS em Vila Isabel,
a Prefeitura deu partida aos estudos para a implanta-
ção de um sistema do gênero na Ilha do Governador,
com apoio da Fetranspor. De acordo com o plano
inicial, o BRS Galeão terá 6,8 quilômetros (ida e vol-
ta), na estrada homônima, e atenderá 23 linhas de
ônibus, com 14 pontos de parada.
sistema BRt
O sistema BRT completou três anos de funcionamen-
to na cidade do Rio de Janeiro, consagrado como
solução eficiente, confortável e segura para o des-
locamento diário de mais de meio milhão de passa-
geiros. Em 2015, os BRTs TransOeste e TransCarioca
conduziram, na média, 653,8 mil passageiros por
dia — 88% a mais do que no ano anterior, quando o
TransCarioca entrou em operação (junho de 2014).
A evolução da demanda por parte dos cariocas
atesta a importância do BRT, com seus corredores
Com a implantação de novos corredores em 2015, a capital passou a dispor de 16 sistemas bRS, com 52,2 quilômetros de extensão, por onde circulam coletivos de 381 linhas, com 298 pontos de parada.
idAde médiA dA frotA
intermunicipal municipal Rj
intermunicipal municipal Rj
199
6
199
7
199
8
199
9
200
0
200
1
200
2
200
3
200
4
200
5
200
6
200
7
200
8
200
9
2010
2011
2012
2013
2014
2015
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0
frotA
200
3
200
4
200
5
200
6
200
7
200
8
200
9
2010
2011
2012
2013
2014
2015
10.000
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 31 30 moBilidade sUstentável
expressos para ônibus articulados, como alternativa
econômica de médio prazo frente aos desafios da
mobilidade urbana no Grande Rio. Com o Trans Oeste
(Santa Cruz-Barra da Tijuca) e no TransCarioca (Bar-
ra da Tijuca-Aeroporto Internacional Tom Jobim), os
usuários tiveram redução de 40% a 60% no tem-
po dos deslocamentos, dependendo do trecho per-
corrido, beneficiando-se de mais confiabilidade do
transporte, segurança, comodidade e melhoria da
qualidade de vida.
Além do conforto, segurança e maior rendimento
operacional dos ônibus articulados, os BRTs têm estações
com alto padrão construtivo e funcional, construídas com
estrutura pré-moldada e design moderno. Climatizadas,
essas instalações dispõem de acessibilidade, sistema
de captação de vento para refrigeração, monitores com
informações sobre o deslocamento dos ônibus, portas
controladas por dispositivo automático e máquinas de
autosserviço para venda e recarga dos cartões RioCard.
A excelência na prestação de serviços se estende às equi-
pes de bilheteria, operações, segurança e limpeza.
Toda a operação dos BRTs é monitorada de forma
permanente no Centro de Controle Operacional (CCO)
do sistema — um edifício inteligente com 1,2 mil metros
quadrados erguido pelo Consórcio Operacional BRT jun-
to ao Terminal Alvorada, na Barra. O sistema de controle
acompanha, em tempo real, a operação nas estações e
os corredores expressos e linhas de ônibus alimentado-
ras, com imagens captadas por câmeras e dados opera-
cionais sobre a localização dos veículos. Graças a esses
recursos, o consórcio pode efetuar alterações eventuais
no sistema, transmitindo instruções a motoristas e técni-
cos das estações.
tRansolímPiCa
O BRT TransOlímpica, que faz parte da maior obra de in-
fraestrutura em curso na capital, vai desempenhar papel
central para a mobilidade durante os Jogos Rio 2016, as-
segurando o deslocamento rápido entre os polos olím-
picos de Deodoro, na Zona Norte, e da Barra da Tijuca,
atendida pelo corredor expresso antes de seu ponto ter-
minal, no Recreio dos Bandeirantes. Orçado em R$ 1,5
bilhão, com recursos da Prefeitura e do Estado, o projeto
inclui, além do BRT, uma autoestrada de 26 quilômetros
com duas pistas de três faixas e dois túneis.
Com demanda prevista de 50 mil passageiros por
dia, o TransOlímpica vai operar com 19 estações, três
terminais de integração e 30 ônibus articulados. Além
de dispor de conexão com o serviço de trens em Deo-
doro e Magalhães Bastos, esse corredor expresso terá
ligação com o TransOeste e o TransCarioca, de forma
a viabilizar a interoperabilidade dos BRTs. Assim, em a evolução da demanda observada atesta a importância do BRt, com seus corredores expressos para ônibus articulados, como alternativa econômica frente aos desafios da mobilidade urbana no Rio.
imPActo dA PeNetrAção doS BrtS
• o número total de passageiros no sistema BRT tem crescido a taxas elevadas, mas o pax equivalente não cresce na mesma propoção.• Com a entrada de Lote Zero, Transolímpica e TransBrasil, espera-se que, ao fim de 2016, todos os BRTs somem 800 mil pax/dia.
pax total/ano pax total/mês pax total/dia
ANo gratuidade valorado gratuidade valorado gratuidade valorado total
2012 824.062 13.806.666 117.723 1.972.381 4.528 75.861 80.389
2013 2.880.775 47.164.266 240.065 3.930.356 9.233 151.168 160.401
2014 10.955.155 97.492.104 912.930 8.124.342 35.113 312.475 347.588
2015 28.436.899 175.546.578 2.369.742 14.628.882 91.144 562.649 653.793
PeSquiSA APoNtA SAtiSfAção com Brt
Pesquisa realizada pela dataFolha entre 25 de março e 12 de abril de 2015, revelou que 74% dos
usuários do sistema bRT estão satisfeitos com o serviço. desses, 25% estão muito satisfeitos (notas
9 e 10) e 49% estão satisfeitos (6 a 8). A principal vantagem do bRT é o tempo de viagem, apontado
espontaneamente por 86% dos usuários. Os insatisfeitos somam 26% (0 a 5).
O levantamento ouviu 3.621 usuários maiores de 16 anos em 34 estações com maior fluxo de passa-
geiros – 21 estações da linha Transcarioca e 13 estações da TransOeste. A maioria (54%) são homens,
com idade média de 34 anos, e 90% fazem parte da População Economicamente Ativa (PEA).
Conheça mais alguns resultados da pesquisa
n O bRT é um dos meios de transportes mais bem avaliado, com nota média de 6,9 – à frente do
metrô, com 6,8;
n Oito em cada dez usuários (80%) nunca tiveram problemas nas estações ou nos veículos bRT;
n O tempo médio de viagem dos usuários do bRT ficou em 33 minutos;
n A principal desvantagem é a falta de comodidade dentro dos veículos bRT (69%)
n A nota média de satisfação com as estações do bRT ficou em 6,6 (Transcarioca) e 5,9 (TransOeste).
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 33 32 moBilidade sUstentável
uma nova etapa da operação do sistema, articulados
de linhas diferentes poderão trafegar por dois ou mais
corredores sem necessidade de os passageiros troca-
rem de coletivos e sem pagamento de outra tarifa.
tRansBRasil
Embora tenha entrega prevista para 2017, o BRT Trans-
Brasil reforçará o transporte durante os Jogos Rio 2016,
aberto para o tráfego de ônibus articulados entre a Ilha
do Fundão, em conexão com o TransCarioca, e a Cen-
tral do Brasil. Quando estiver concluído, o TransBra-
sil ligará Deodoro à Central — um corredor expresso
de 32 quilômetros, com 16 estações, que será o mais
movimentado da cidade, operando com uma frota es-
timada de 400 ônibus articulados, com uma expecta-
tiva de 500 mil passageiros por dia, incluídos morado-
res da Baixada Fluminense, que utilizarão estações na
Avenida Brasil.
A interligação do TransBrasil ao TransCarioca e ao
TransOlímpica, em Deodoro, abrirá outra frente para
a interoperabilidade dos BRTs, de modo que os veícu-
los articulados de uma linha possam circular por dois
ou mais corredores expressos. As obras do TransBra-
sil estão divididas em dois lotes — de Deodoro ao Ca-
ju, trecho com 23 quilômetros a cargo da Prefeitura:
do Caju ao Centro, trajeto com nove quilômetros sob
responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento
Urbano da Região do Porto, que desenvolve as inter-
venções do Porto Maravilha.
leste metRoPolitano
O sucesso alcançado pelos dois BRTs em operação
na capital e o engajamento da Prefeitura na constru-
ção de mais dois sistemas do gênero estimularam a
Fetranspor a propor ao governo do Estado a implan-
tação de dez corredores expressos para a integração
da Região Metropolitana. Resultado de levantamento
detalhado da demanda e da malha viária, o projeto
Transporte para o Desenvolvimento da Região Metro-
politana do Rio de Janeiro teve os primeiros desdo-
bramentos em 2015, com os estudos para a criação
do BRT Leste Metropolitano, formado pelos corredo-
res expressos Niterói-Manilha, via RJ-104, e Niterói-
-Alcântara, no antigo leito ferroviário da região.
A premissa do estudo da Fetranspor é a de que o
BRT é a melhor solução para integrar o Grande Rio,
proporcionando mais eficiência e conforto aos usuá-
rios e induzindo o desenvolvimento regional. Com 21
municípios e mais de 12 milhões de habitantes, a área
metropolitana é a segunda maior do Brasil, a tercei-
ra da América Latina e a 20ª do mundo. De acordo
com estudo da Universidade Federal do Rio de janeiro
(UFRJ), 55% da população da região trabalham na ca-
pital e efetuam intensa movimentação pelos demais
municípios — realidade que mantém na ordem do dia
o desafio da mobilidade.
Para os corredores Niterói-Manilha e Niterói-Alcân-
tara, orçados em R$ 2,3 bilhões, a Fetranspor elabo-
rou e detalhou, em 2015, os estudos funcionais e de
demanda e os planos operacionais do BRT. O trabalho
abrangeu amplo levantamento das operações das atu-
ais linhas municipais e intermunicipais e do transporte
hidroviário entre Niterói e Rio, traçando as característi-
cas funcionais dos dois corredores expressos, incluída
a reorganização do sistema de transporte da área. No
caso do Niterói-Manilha, foram estudados o posiciona-
mento das estações e as características dos terminais,
incluindo estimativas de custos.
O BRT Niterói-Manilha terá, de acordo com o estu-
do do Estado, extensão de 28 quilômetros, cortando
também os municípios de São Gonçalo e Itaboraí, e
oito linhas troncais. Conectado às barcas, em Niterói,
e ao outro BRT, em Alcântara, transportará 230 mil
passageiros por dia, em 180 ônibus articulados, e com
1,6 milhão de pessoas atendidas. O Niterói-Alcântara, com
18 quilômetros, passando também por São Gonçalo,
terá seis linhas troncais, conexão com as barcas e ca-
pacidade para o transporte diário de 146 mil passa-
geiros, em 78 articulados, atendendo 1,5 milhão de
habitantes.
vlt CaRioCa
As obras do Sistema de Veículo Leve sobre Trilhos
(VLT), que implicaram complexas intervenções viárias
na região central do Rio, fecharam em estágio avan-
çado o ano de 2015, com grande parte dos trilhos im-
plantados nas linhas Rodoviária Novo Rio-Aeroporto
Santos Dumont, Central do Brasil-Praça 15 e Central do
Brasil-Praça Mauá. No fim de dezembro, a infraestrutu-
ra de trilhos estava concluída em quase toda a primeira
linha, possibilitando, no início de 2016, a circulação
experimental, à noite, dos veículos leves entre a Praça
Mauá e a Cinelândia.
O projeto do VLT, orçado em R$ 1,16 bilhão, com 28
quilômetros de trilhos, é executado desde 2013 graças
à parceria público-privada entre o governo federal e o
Consórcio VLT Carioca, integrado pela RioPar, holding
da Fetranspor que atua em empreendimentos nos di-
versos modais do transporte de passageiros. Do total
de recursos, R$ 625 milhões são investidos pelo con-
sórcio, que fará a operação do sistema por 25 anos,
e R$ 532 milhões pelo governo federal, como parte
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da
Mobilidade.
Com entrega prevista para o primeiro semestre de
2016, a primeira etapa do VLT terá 13 quilômetros,
com 18 paradas entre a Rodoviária Novo Rio e o Aero-
porto Santos Dumont. O sistema terá capacidade para
transportar até 300 mil passageiros por dia, utilizando
32 veículos, compostos por vagões articulados e mo-
vidos a eletricidade fornecida por um terceiro trilho,
o APS (Alimentação Pelo Solo). A etapa Central do
Brasil–Praça XV tem conclusão prevista para o fim
de 2016.
BilHete úniCo
A procura pelo Bilhete Único (BU) por parte dos usu-
ários do transporte por ônibus e de outros modais
manteve a tendência de crescimento na Região Metro-
politana. O aumento da demanda por esse meio de
pagamento ocorreu tanto em relação ao BU Carioca,
para trajetos em ônibus e trens dentro da capital, quan-
to no caso do BU Intermunicipal, para percursos em
ônibus, barcas, trens, metrô e vans regularizadas entre
os municípios do Grande Rio.
A quantidade de usuários dos dois bilhetes supe-
rou em 8% o contingente beneficiado no ano an-
terior. No fim de 2015, a quantidade de cartões BU
era de 2,7 milhões — um acréscimo de 7,5% sobre o
volume de 2014. As viagens integradas pelos dois ti-
pos de BU totalizaram 789,9 milhões, corresponden-
te a aumento de 3,7%. O percentual dessas viagens
integradas em relação ao total de viagens também
cresceu de 28% para 29%, no BU Intermunicipal, e
de 29% para 31%, no Carioca.
Um dos avanços obtidos ao longo do ano foi a decisão do governo do estado de efetivar o projeto do BRt leste metropolitano, iniciando com um corredor expresso ligando niterói a são gonçalo e a itaboraí.
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 35
NO Fim dE 2015, A RiOcARd
cONTAvA cOm 234 máquiNAS dE
aUtosseRviço esPalHadas PoR
Pontos de gRande movimento
de UsUáRios: estações de BRts,
bARcAS E dO mETRô, AlÉm dE
sHoPPing CenteRs.
Responsável pela gestão dos cartões inteligentes utili-
zados no transporte púbico em todo o Estado, a RioCard
Cartões faz a emissão, distribuição e comercialização
desse meio eletrônico de pagamento, desenvolvendo
estratégias de marketing e prestando atendimentos
aos clientes em 29 lojas e em quase 1,5 mil pontos
de venda e recarga. Além disso, desenvolve soluções
customizadas de pagamento por meio de cartões e de-
sempenha papel estratégico para a Fetranspor, ao pro-
ver a expansão da bilhetagem eletrônica nos diversos
modais da mobilidade urbana.
A RioCard Cartões fechou o ano de 2015 com uma
base de clientes formada por mais de 123 mil empresas
e 2,2 milhões de usuários de cartões Vale-Transporte.
Incluídos todos os tipos de produtos (Vale-Transporte e
Vale-Transporte Rápido, Expresso e Bilhete Único Cario-
ca, Intermunicipal e Niterói, entre outros), a quantidade
de cartões em uso no transporte de passageiros no Es-
tado chegou a 3,8 milhões. Somente o Bilhete Único,
nas três modalidades, beneficiou 3,1 milhões de pessoas
ao longo do ano.
O número de transações efetuadas com os cartões
RioCard totalizou 1,7 bilhão em 2015, registrando cresci-
mento de 4,3% em relação ao ano anterior. A utilização
dos cartões moedeiros Expresso e Bilhete Único regis-
trou o maior crescimento entre o público. Vendidos a
pessoas físicas que não estão vinculadas ao benefício
do Vale-Transporte, como profissionais autônomos e es-
tudantes, os dois produtos viabilizaram 439 milhões de
transações — 18% a mais do que as registradas em 2014.
Com o aumento da base de clientes, as lojas RioCard
efetuaram cerca de nove milhões de atendimentos, en-
quanto a Central de Relacionamento da empresa reali-
zou quase dois milhões de procedimentos, em suporte
a usuários novos e antigos dos cartões. Na gratuidade,
mais de dois milhões de cartões foram utilizados, propor-
cionando a seus detentores o deslocamento em 477 mi-
lhões de viagens durante o ano. Mais de 439 mil pessoas
utilizaram os dez pontos de atendimento da gratuidade,
enquanto o call-center dedicado à prestação de informa-
ções sobre o benefício atendeu a 520 mil telefonemas.
A RioCard pôs em prática em 2015 várias iniciativas
no segmento da gratuidade. Em janeiro, lançou novo
site para a emissão de cartões escolares estaduais. Em
março, deu início à coleta biométrica para os cartões
Passe Livre Universitário. Em junho, iniciou o atendi-
mento eletrônico da gratuidade com informações para
usuários dos benefícios Estudante e Sênior. Em agosto,
implantou o Cartão Especial, para pessoas com defici-
ência física e em tratamento de doenças crônicas, no
município de Queimados. Em novembro, a empresa
iniciou o cadastramento biométrico do Passe Livre Uni-
versitário, encerrando o trabalho em dezembro, quan-
do começou o recadastramento dos beneficiários do
Cartão Especial na cidade do Rio de Janeiro.
Ao longo de 2015, a RioCard Cartões deu continui-
dade à expansão do atendimento, visando facilitar aos
usuários a aquisição e a recarga dos cartões. Duas lo-
jas foram incorporadas à rede, em Araruama (Região
dos Lagos), no mês de março, e no bairro carioca de
Campo Grande, em agosto. No centro da capital, em
novembro, a loja que funcionava na Rua da Assem-
bleia foi instalada em espaço mais amplo e confortável,
na Avenida Nilo Peçanha. Em São Gonçalo, a loja foi
RIoCARD
SoLuçõES CuSToMIZADAS PARA BILHETAGEM ELETRôNICA
Cariocaintermunicipal
ViAgeNS iNtegrAdAS Por ANo (em mil)
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
319.846
192.377
387.185
204.681
417.331
269.347 278.889
500.461
296.019
488.046
2011 2012 2013 2014 2015
Número de BilHeteS úNicoS No fim de cAdA ANo (em mil)
2.000
1.800
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
0
539432
832
656
1.615
665787
1.777
972
1.771
2011 2012 2013 2014 2015
cArtão riocArd em uSo (em mil)
4.500
4.000
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
02009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Cariocaintermunicipal
1.844
2.392
2.889
3.2223.446
4.161
3.695
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 37
transferida do terminal rodoviário para o Shopping Pá-
tio Alcântara. O atendimento da gratuidade também foi
ampliado, no Rio, com a abertura de postos de cadas-
tramento equipados para coleta biométrica em Madu-
reira, Campo Grande e na loja da Avenida Nilo Peçanha.
Outro canal para tornar mais fácil o acesso do público
aos cartões foram os quase 1,5 mil pontos de venda e
recarga instalados em mais de 1,1 mil estabelecimentos
comerciais, além das lojas RioCard e bilheterias de termi-
nais de passageiros. No fim do ano, a empresa contava
com 234 máquinas de autoatendimento espalhadas por
pontos de grande movimento de usuários do transporte
público, como estações dos BRTs TransOeste e TransCa-
rioca, das barcas e do metrô, além de shopping centers.
Para facilitar ainda mais a vida dos usuários, a em-
presa iniciou, em setembro, testes com um minicartão
adesivo, que pode ser colado em qualquer lugar, usa-
do e recarregado como os demais nos canais on-line.
No mês seguinte, lançou o Recarga Fácil, aplicativo que
dispensa cadastro e faz a recarga de qualquer cartão
moedeiro em apenas quatro passos, por computador,
tablet ou telefone celular.
Como parte desse trabalho para ampliar o uso dos
cartões, a RioCard reforçou a presença na internet e re-
estruturou a área de atendimento. Em junho, a empresa
lançou o Portal RioCard, que integrou os sites dos car-
tões Expresso, Vale-Transporte e Gratuidade, com de-
sign que fortalece a nova identidade visual da RioCard,
mais leve e descontraída. Em outubro, a empresa criou
o RioCard Responde, que conta não somente com cen-
tral telefônica, mas também com atendimento via Face-
book, Twitter e o serviço Reclame Aqui, além de atender
a ouvidorias de governos e a demandas jurídicas.
Outro serviço lançado em 2015 foi o RioCard Itine-
rante, efetuado por uma equipe de atendimento e ca-
dastramento de usuários que participa de ações sociais
promovidas por governos e organizações sociais, assim
como de outras iniciativas em locais públicos. A equipe
dispõe de recursos que incluem estandes, computado-
res, leitoras RC 700, folhetos explicativos e informações
sobre os locais de recarga mais próximos dos lugares
onde são desenvolvidas as ações.
Para evitar perdas para os usuários e otimizar o uso dos
cartões, a RioCard lançou a campanha Seu Cartão Vale R$
1,00, com orientações aos usuários, especialmente os do
BRT, a recarregarem seus cartões. Como parte da iniciativa,
cada usuário passou a pagar R$ 1,00 de depósito em garan-
tia, ao adquirir um cartão, e a ter direito à restituição do valor
em caso de devolução. Outra campanha foi realizada em
Petrópolis, na Região Serrana, para difundir a vantagem do
uso do cartão como forma de acesso à integração entre li-
nhas de ônibus, com pagamento de apenas uma passagem.
A RioCard pôs em prática, ao longo de 2015, várias
iniciativas no segmento da gratuidade. Em janeiro, a em-
presa lançou novo site para a emissão de cartões esco-
lares estaduais. Em março, deu início à coleta biométrica
para os cartões Passe Livre Universitário. Em junho, ini-
ciou o atendimento eletrônico da gratuidade com infor-
mações para usuários dos benefícios Estudante e Sênior.
Em agosto, implantou o Cartão Especial, para pessoas
com deficiência física e em tratamento de doenças crô-
nicas, no município de Queimados. Em novembro, a
empresa iniciou o cadastramento biométrico do Passe
Livre Universitário, encerrando o trabalho em dezembro,
quando começou o recadastramento dos beneficiários
do Cartão Especial na cidade do Rio de Janeiro.
Provedora de desenvolvimento tecnológico à bilhe-
tagem eletrônica no estado, a RioCard tecnologia da
informação é referência nacional no desenvolvimento
de soluções em meios eletrônicos de pagamento para
a mobilidade urbana, dispondo de avançada infraestru-
tura de armazenamento e processamento de dados. a
empresa, que administra o Bilhete único, o vale-trans-
porte e os cartões de gratuidade, exerce papel estraté-
gico para a operacionalidade, a segurança e a expansão
do sistema de cartões no transporte público.
a RioCard ti também faz a gestão em tempo real, de
uma moderna rede de telecomunicações que interliga,
com links dedicados, cerca de 200 pontos do sistema
de transporte de passageiros por ônibus no estado —
entre eles, garagens, postos, lojas e escritórios. a rede
de transporte de dados (backbone) da empresa é com-
posta por duas nuvens que operam em modalidade de
alta disponibilidade, com site principal em Hortolândia
(sP) e site de contingência em tutoia (sP), alocados em
instalações da iBm do Brasil.
Com a migração do centro de dados para são Paulo,
em 2015, a Riocard Ti passou a contar com ambiente
mais robusto e seguro, além de ter reduzido custos e
aumentado a disponibilidade dos sistemas e a capa-
cidade de contingência. a mudança visou ampliar e
melhorar ainda mais a oferta de serviços ao sistema
Fetranspor, incluído o desenvolvimento de novas plata-
formas tecnológicas, como forma de agregar valor aos
negócios relacionados à mobilidade urbana.
no suporte tecnológico à bilhetagem eletrônica, uma
das iniciativas desenvolvidas pela Riocard Ti em 2015 foi
o aumento da capacidade de processamento dos valida-
dores de cartões instalados nos ônibus. ao longo do ano,
a empresa efetuou a substituição de chips antigos por no-
vos em 22.165 validadores, elevando a capacidade de me-
mória e a segurança operacional dos equipamentos, com
ganhos de velocidade no embarque de passageiros. os
novos chips permitem a realização de atualizações remo-
tas do software, sem intervenção física nos validadores.
a economia de tempo no embarque de passageiros foi
foco de outra iniciativa da RioCard ti, posta em prática
com a Fetranspor em 2015 — o projeto dois validadores,
com a instalação de mais um equipamento sincronizado a
outra roleta em 2.018 coletivos de 22 empresas da capital
e de niterói. Com a inovação, os validadores funcionam
de forma integrada: o segundo equipamento assume as
configurações do primeiro, possibilitando mais rapidez
no embarque e controle total por parte das empresas.
em atendimento à demanda das empresas do siste-
ma Fetranspor, a Riocard Ti desenvolveu um sistema
automatizado de ressarcimento tarifário (clearing), que
agrega mais segurança às transações, graças ao uso de
criptografia no processamento das informações. o siste-
ma também oferece novos recursos para as operações fi-
nanceiras e permite rastreabilidade total das transações.
A empresa repetiu, com a Fetranspor e a Riocard
Cartões, a experiência de venda antecipada, pela inter-
net, de passagens para o serviço especial de ônibus de
ida e volta ao Rock in Rio, realizado em setembro, na
Barra da tijuca. além de gerenciar a comercialização
on-line, a RioCard ti transmitiu, de forma permanente,
as informações sobre as vendas às empresas, para que
estas pudessem planejar a logística da frota utilizada
nos dias do evento.
a RioCard ti trabalhou também no desenvolvimen-
to de três projetos que terão seguimento em 2016 — a
adoção de tecnologia de reconhecimento facial anti-
fraude para o uso de cartões de gratuidade, a substitui-
ção gradual do sistema de armazenamento de informa-
ção nos cartões por tecnologia de última geração e um
sistema de cerca eletrônica para controle do itinerário
de vans regularizadas.
riocArd tecNologiA dA iNformAção
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 39 38 moBilidade sUstentável
A Rio Terminais Rodoviários de Passageiros — con-
sórcio formado pela Socican e a RioPar Participa-
ções, holding da Fetranspor — responde pela gestão
e operação de quatro terminais intermunicipais no
Grande Rio: Américo Fontenelle (Central do Brasil),
Menezes Cortes (Centro da capital), Nova Iguaçu e
Nilópolis, na Baixada Fluminense. Norteada pela con-
cepção de que os terminais são elos vitais na logís-
tica da mobilidade por ônibus na região, a empresa
exerce papel estratégico para o Sistema Fetranspor,
por aumentar a eficiência operacional desses locais,
melhorar suas instalações e oferecer mais serviços e
segurança aos passageiros.
O ano de 2015 foi extremamente importante para
trabalho da Rio Terminais, que promoveu a reestru-
turação de seu programa de investimentos até 2017
e iniciou a execução da primeira fase desse plano,
orçada em R$ 40 milhões, com aportes programa-
dos até o segundo semestre de 2016. Com foco na
melhoria da operação dos terminais, que atendem a
mais de 74 milhões de passageiros por ano, os inves-
timentos foram projetados e iniciados no contexto
de contratos de concessão de 25 anos (abril de 2012
a abril de 2037), que podem vir a ser renovados por
igual período. Todos os projetos estão sendo revisa-
dos e ajustados para atender às exigências dos con-
tratos de concessão.
O Terminal Américo Fontenelle, que contará com
R$ 11,8 milhões de investimentos, esteve no centro
das atenções da Rio Terminais ao longo do ano, em
decorrência do forte impacto produzido pelas obras
do Porto Maravilha em suas vias de acesso e de sa-
ída, e da implantação do sistema VLT, no Centro. As
intervenções no local, efetuadas em parceria com o
Detro e a Prefeitura, incluíram fechamentos de ruas
no entorno, inversões de mão do trânsito e remane-
jamento de várias linhas intermunicipais.
Parte dos investimentos foi destinada à cons-
trução de instalações temporárias de embarque
e desembarque, que serão incorporadas ao pro-
jeto final. O terminal tem atualmente 47 vagas e
contará com mais 12 até as Olimpíadas. Quando
as obras estiverem concluídas, no final de 2016, o
Américo Fontenelle terá um total de 75 vagas. A
proposta é transformar o terminal num grande hub
de conexão entre as linhas de ônibus municipais e
intermunicipais.
Em Nova Iguaçu, que terá o número de vagas am-
pliado de 32 para 40, a Rio Terminais iniciou investimen-
tos de R$ 11,2 milhões em obras de ampliação e ex-
pansão da oferta de serviços aos usuários — entre eles,
melhorias nos banheiros, implantação de sistemas de
reutilização de água e de reaproveitamento da luz natu-
ral e abertura de lojas de refeições ligeiras (fast-food),
além de disponibilizar conexão à internet por wi-fi.
Em Nilópolis, com investimentos previstos de
R$ 7,4 milhões, a empresa deu prioridade ao aumento
do fluxo no terminal, que dispõe de 12 vagas, por meio
da elevação da frequência das linhas e da capacidade
para estacionamento de automóveis particulares.
No Menezes Cortes, os investimentos em curso
até 2017 somam R$ 4,4 milhões. A localização do ter-
minal — num ponto nevrálgico do Centro da cidade
— não permite obras de expansão. O espaço passará
por um complexo processo de revitalização, ilumina-
ção e exaustão, para melhorar a circulação de ar, mas
continuará operando com 22 vagas.
LEGENDA
A DEMOLIR
A CONSTRUIR
MANOBRA DE ONIBUS
PLATAFORMA EXISTENTE
ESC.: 1:5001
PLANTA BAIXA GERAL
____/____/______
ARQUITETO ASTÉRIO GUGLIELMONE SANTOS
CLIENTE
ENDEREÇO
CONTEÚDO
DATA
ESCALA
REVISÃO
1/500
00
JAN /2016
APROVAÇÃO DO CLIENTE EM
TERMINAL RODOV. AMERICO FONTENELLE
PLANTA BAIXA GERAL
D
IREI
TOS A
UTO
RAIS
DE
PRO
JETO
RES
ERVAD
OS C
ONFO
RM
E LE
I FED
ERAL
CO
NFE
A/C
REA
-BRASIL
- L
EI A
UTO
RAL
51
94
- 2
4 -
12
- 6
6 -
59
88
/78
RUAS BARÃO DE SÃO FELIX E SENADOR POMPEU
N
rio termiNAiS, A logíSticA dA moBilidAde
Plataforma existente
A demolir
A construir
manobra de ônibus
termiNAl rodoViário Americo foNteNelle
40 integRação da RmRj RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 41
4MARKETING E CoMuNICAçÃo
Iniciativas que mobilizam e transformamA ATividAdE dA áREA dE mARkETiNg E cOmuNicAçãO REFORçA
O cOmPROmiSSO dA FEdERAçãO cOm A iNOvAçãO, A SuSTENTAbilidAdE
dO SiSTEmA E A quAlidAdE dE vidA dA POPulAçãO.
As ações de Marketing e Comunicação têm função estratégica na política de
relacionamento do Sistema fetranspor com seus públicos de interesse, ao
fortalecer os valores, o posicionamento institucional e a atuação proativa da
entidade no debate sobre os rumos da mobilidade urbana. o trabalho na área
é dirigido tanto ao público interno do setor, formado por sindicatos filiados,
operadoras e rodoviários, quanto ao externo, composto por usuários, autoridades,
parceiros não-governamentais e o conjunto da população.
Em 2015, as atividades de Marketing e Comunicação foram norteadas pelas
comemorações dos 60 anos da fetranspor, completados em 22 de janeiro.
uma logomarca criada especialmente para a data foi usada em todas as ações
da federação ao longo do ano, alinhada aos padrões de apresentação da logo
tradicional. Reiterando a proposição de valor “Mobilidade com Qualidade”,
a marca comemorativa expressou graficamente a convergência conceitual
entre tradição e compromisso com o avanço da mobilidade, visando gerar valor
agregado ao posicionamento e à imagem da fetranspor.
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 43 42 maRKeting e ComUniCação
CamPos de atUação
A Fetranspor empreende seus projetos de Marketing
e Comunicação em quatro campos de atuação –
Ambiente Digital, Produtos, Relacionamento com a
Mídia e Eventos e Campanhas. Em 2015, tendo como
referência o 60° aniversário, o trabalho nessas qua-
tro frentes enfatizou a promoção do debate de temas
relevantes para o Sistema Fetranspor e os usuários
do setor, com destaque para os benefícios do siste-
ma BRT, solução viável de mobilidade bem-sucedida
na capital, que deve ser estendida aos outros municí-
pios da Região Metropolitana.
Nesse contexto, as ações de Marketing e Comu-
nicação reafirmaram a valorização do BRT como
alternativa de transporte de massas, abordando as
diversas vantagens do sistema. Entre elas, a rapidez
dos deslocamentos, a frequência da circulação dos
ônibus articulados e a redução do tempo de espe-
ra — características que proporcionaram ao BRT a
aprovação dos mais de meio milhão de passageiros
diários. O esforço de comunicação teve o objetivo
de consolidar a visão de que o sistema disponibiliza
sobre rodas benefícios similares aos oferecidos pelo
modal metroviário.
a logomarca comemorativa dos 60 anos expressou graficamente a convergência conceitual entre tradição e compromisso com o avanço da mobilidade, gerando valor à imagem da Fetranspor.
O investimento nos meios digitais manteve-se
entre as prioridades da área de Marketing e Comu-
nicação durante o ano de 2015. Um dos destaques
foi a dinamização da Sala de Imprensa no Portal da
Fetranspor, a fim de ampliar e intensificar a interação
com jornalistas e meios de comunicação, em linha
com a política de relacionamento da entidade. Outra
iniciativa foi a consolidação de todo o acervo fotográ-
fico da entidade em um banco de imagens virtual,
acessado por meio de senha por todas as áreas da
Federação. O material também é disponibilizado às
empresas, mediante solicitação.
PRodUtos e CamPanHas
Ao longo do ano, várias iniciativas de Marketing e
Comunicação foram direcionadas ao público in-
terno. Além de manter o veículo Ponto da Notícia,
dedicado a todos os colaboradores da Fetranspor e
das empresas RioPar, RioCard TI e RioCard Cartões,
a Federação desenvolveu diversas ações de endo-
marketinkg e campanhas para seus colaboradores,
valendo-se dos recursos de comunicação interna via
Intranet. Todas essas ações estiveram associadas às
comemorações dos 60 anos, que permearam as
atividades realizadas ao longo do ano.
Prêmio moBilidAde urBANA
A edição 2015 do Prêmio mobilidade urbana (Pmu) ganhou duas categorias ex-
tras em função dos 60 anos da Fetranspor: destaque Especial e destaque Pmu.
a primeira, em homenagem à personalidade que mais contribuiu com a mobilida-
de no Rio de Janeiro nas últimas seis décadas e a segunda, às instituições que se
notabilizaram durante o ano em cada uma das cinco modalidades da premiação
— Relacionamento com Clientes, desenvolvimento sustentável, Planejamento de
transportes e tecnologia, educação e Cultura e jornalismo (mídias impressas e
mídias eletrônicas).
O Prêmio mobilidade urbana é concedido pela Federação desde 2010, como
forma de valorizar e divulgar projetos e outras soluções que proporcionam, de
forma direta ou indireta, o aprimoramento do transporte público no Estado, com
impactos positivos na qualidade de vida da população. Em 2015, os vencedores
das categorias especiais criadas em homenagem ao sexagenário foram esco-
lhidos entre três finalistas de cada uma, indicados pelos coordenadores das mo-
dalidades, que depois elegeram, com a participação da comissão julgadora, os
merecedores do primeiro lugar.
Nesta edição especial da premiação, realizada em 11 de novembro, em copa-
cabana, a Fetranspor concedeu ao vencedor o troféu do Pmu, além de prêmios
em dinheiro. as pessoas físicas e jurídicas eleitas como destaque especial e des-
taque PmU foram agraciadas com troféus.
Para sensibilizar os colaboradores a respeito da relevância dos 60 anos, a área de Marketing e Comunicação
organizou evento comemorativo no aniversário da entidade, com a participação dos diretores, conselheiros,
empresários e convidados. Na ocasião, além da apresentação da logomarca Fetranspor 60 Anos, a Federação
lançou a edição especial do Prêmio Mobilidade Urbana, que encerraria, em novembro, as comemorações de
seu sexagenário.
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 45 44 maRKeting e ComUniCação
a dinamização da sala de imprensa no Portal da Fetranspor ampliou e intensificou a interação com os jornalistas e os meios de comunicação, reforçando a política de relacionamento da entidade.
relAçõeS com A mídiA
no relacionamento com os meios de comunicação,
a Fetranspor intensificou e aprimorou o contato di-
ário com os veículos e os formadores de opinião,
empenhada em interpretar os anseios dos jornalistas
em relação à mobilidade urbana e em divulgar, com
transparência, as ações desenvolvidas no setor para
a melhoria da qualidade do atendimento à popula-
ção. A Federação pautou-se pela busca do diálogo
permanente, uma vez que o transporte público ganha
cada vez mais espaço na agenda da sociedade, o que
exige a divulgação da evolução do setor de transpor-
tes e de seus desafios.
Uma das iniciativas nesse contexto foi a parceria
com a infoglobo, que edita os jornais o globo, extra
e expresso, para incentivar um olhar mais qualificado
sobre as transformações vividas pela cidade do Rio de
janeiro em função dos investimentos em mobilidade.
Com o extra, que alcança a parcela da população que
utiliza diariamente o serviço de ônibus, a Fetranspor
colaborou na organização de dois seminários, com
especialistas de renome, sobre o financiamento do
transporte público e o desafio da mobilidade urbana
nas áreas metropolitanas. Com o propósito de levar o
debate aos universitários, o projeto teve a participa-
ção da Universidade estácio de sá.
Com o tema apontando os novos caminhos da
mobilidade urbana, os seminários foram realizados
em agosto e novembro. além dos debates, a parce-
ria com o extra resultou na produção de reportagens
mensais sobre mobilidade urbana, com veiculação
também em o globo, destacando os desafios e os
avanços da área de transportes no estado do Rio de
Janeiro. O conteúdo foi complementado com o canal
mobilidade Urbana no site do extra.
Na parceria com a infoglobo, a Fetranspor também
apoiou o projeto extraordinários, premiação concedi-
da em dezembro pelo extra a heróis anônimos que,
sem nenhum apoio institucional, realizam projetos que
mudam a vida de outras pessoas. dois rodoviários fo-
ram finalistas na categoria Saúde pelo projeto volun-
tários do amor.
Para nortear o relacionamento com a imprensa, a
Fetranspor criou, em setembro, o relatório de Análise
de mídia, que pesquisa e avalia todas as reportagens
publicadas sobre o setor. a cada mês, são verifica-
das aproximadamente mil notícias, veiculadas em
todas as mídias (rádio, televisão, jornais e internet).
Uma matriz de performance elaborada especialmen-
te para a análise revela a relevância das publicações
e dos meios de comunicação que cobrem a área de
mobilidade urbana, permitindo traçar um posiciona-
mento atual e estabelecer uma meta para a marca
Fetranspor.
Com base nas informações, a Comunicação dire-
ciona o relacionamento com a imprensa, intensifica a
agenda positiva em determinado veículo e concentra
as respostas reativas para melhorar as mensagens re-
passadas ao público. A análise possibilitou a criação
do mapa de influenciadores, utilizado para a mídia
e as redes sociais. os principais influenciadores são
acompanhados e convidados a conhecer as empre-
sas, consórcios e a Fetranspor.
Para intensificar o diálogo com a imprensa e criar
um canal permanente e previsível de comunicação
com os jornalistas, a área de marketing e Comunica-
ção criou uma newsletter que, de setembro a dezem-
bro, divulgou 12 relatórios, com 44 reportagens sobre
o setor, abrangendo temas como posicionamentos
institucionais, bons exemplos de projetos executados
pelas empresas, avanços tecnológicos e histórias de
profissionais do transporte de passageiro por ônibus.
Todo o conteúdo é direcionado para a Sala de im-
prensa da Fetranspor.
com a proposta de qualificar o conteúdo produzi-
do pela imprensa, a Fetranspor também manteve par-
ceria com o jornal o dia no projeto observatório da
mobilidade. o espaço visa discutir conceitos impor-
tantes da mobilidade urbana, deixando em segundo
plano as questões operacionais do sistema de trans-
porte. a ideia é apresentar aos leitores os avanços,
desafios e tendências da mobilidade, abrindo espaço
para especialistas, técnicos, representantes de uni-
versidades e de associações da área de transporte.
ao longo do ano, o projeto resultou na publicação
semanal de aproximadamente 50 reportagens. Outra
iniciativa com o jornal é o projeto on-line o dia no Co-
letivo, que aborda de modo atrativo e descontraído
aspectos do transporte por ônibus. Em 2015, as pági-
nas com mensagens da Fetranspor tiveram 535.405
visualizações, impactando 146.837 pessoas.
A Fetranspor produz as publicações Indo e Vindo,
destinada aos mais de 100 mil rodoviários flumi-
nenses, e a Revista Ônibus, dirigida a empresários,
gestores e fornecedores, autoridades, parceiros ins-
titucionais e formadores de opinião, que, além de te-
mas relevantes para o sistema, veiculou uma série de
reportagens sobre os 60 anos da entidade.
Em 2015, a Federação criou o projeto Histórias
que Movem a Vida, cuja proposta é divulgar para
seus públicos internos e externos relatos de pessoas
que tiveram suas vidas transformadas graças às boas
práticas ligadas ao transporte.
A Fetranspor também manteve atitude proativa em
relação à cobertura pelos meios de comunicação dos
assuntos relativos à mobilidade urbana, além de outros
temas e iniciativas caras ao setor, como projetos e even-
tos promovidos pelas empresas e sindicatos filiados.
emPResas de PoRtas aBeRtas
Para valorizar o trabalho das empresas e dinamizar
a aproximação delas com seus usuários, a área de
Marketing e Comunicação deu continuidade, pelo
terceiro ano consecutivo, ao programa Empresas
de Portas Abertas, que promove visitas de grupos
às garagens das empresas de ônibus e proporciona
aos clientes a oportunidade de conhecer a rotina de
operação e manutenção do sistema de transporte e
a estrutura organizacional das operadoras. Além de
conhecer as instalações, os usuários passam a saber
como suas manifestações são tratadas e como fun-
cionam os processos internos dessas organizações.
Em 2015, o programa promoveu visitas a 22 em-
presas, com participação de 182 clientes, selecionados
com base nos contatos feitos com o Fale Ônibus, le-
vando-se em conta o número de registros feitos pelos
usuários a respeito dos serviços prestados pelas em-
presas. Durante as visitas, integrantes do Fale Ônibus
promoveram discussões sobre temas relacionados à
prestação do serviço, de forma que os visitantes pu-
dessem entender melhor os desafios do setor, ao mes-
mo tempo em que as empresas puderam conhecer
mais detalhadamente as demandas dos usuários.
FAlE ôNibuS
Seguindo a estratégia de criar novos canais de co-
municação que façam a intermediação entre os
usuários e as empresas de ônibus do Estado do Rio
de Janeiro, o Fale Ônibus inaugurou, em janeiro de
2015, o serviço via WhatsApp. Através do telefone
99992-8511, o cliente pode pedir informações, fa-
zer reclamações ou dar sugestões em tempo real e
sem custo. Ao longo de 2015, o Fale Ônibus efetuou
389.569 atendimentos, 17% a menos em relação ao
ano anterior. Do total, 85% foram pedidos de infor-
mações e 14%, reclamações.
46 integRação da RmRj RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 47
5GESTÃo Do CoNHECIMENTo
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 49
GESTÃo Do CoNHECIMENTo5
48 gestão do ConHeCimento
o engajamento das empresas de ônibus do Estado do Rio de Janeiro nas
políticas da fetranspor, no campo da gestão de pessoas e da transmissão do
conhecimento, registrou avanço expressivo em 2015, associado ao trabalho
empreendido pela federação, nos últimos anos, por meio da Diretoria de
Gestão de Pessoas. Em várias frentes de ação, o ano foi marcado pelo crescente
empoderamento das operadoras com vistas a tomar iniciativas dedicadas à
formação de seus profissionais, em uma demonstração de que, cada vez mais,
operadoras e sindicatos do Sistema fetranspor vêm incorporando em suas rotinas
o valor da educação.
As políticas e práticas em gestão de pessoas e de transmissão do
conhecimento são desenvolvidas e implementadas pelo Centro de Serviços de
Gestão de Pessoas (CSGP) e pela universidade Corporativa do Transporte (uCT).
vinculados à Diretoria, a universidade e o Centro de Serviços desempenham
papel vital na estratégia da fetranspor de alavancar a profissionalização e a
modernização do setor, tendo em vista a transformação acelerada das práticas
gerenciais e operacionais, requerida pela exigência crescente de qualidade das
condições de mobilidade urbana.
UniveRsidade CoRPoRativa
do tRansPoRte
A UCT completou sete anos de atividades, em 2015,
consolidada como provedora de soluções integra-
das em educação continuada para o setor, com a
finalidade de aprimorar e promover a excelência dos
serviços prestados e a melhoria dos resultados ope-
racionais das empresas do Sistema Fetranspor.
Nesse contexto, a Universidade Corporativa esti-
mula o desenvolvimento pessoal e a formação e o
aprimoramento profissional dos trabalhadores, com
consequentes ganhos em sua qualidade de vida e no
reconhecimento de seu papel e de suas competên-
cias por parte do mercado de trabalho e da socieda-
de. Por conta da importância de sua função pedagó-
gica, a UCT recebeu, em sete anos, investimentos de
R$ 30,8 milhões da Fetranspor.
valorização das pessoas é fator estratégicoA AdOçãO dE iNiciATivAS dEdicAdAS à FORmAçãO dE PROFiSSiONAiS AO
lONgO dO ANO dEmONSTRA quE AS OPERAdORAS E OS SiNdicATOS dO SiSTEmA
FETRANSPOR iNcORPORAm O vAlOR dA EducAçãO Em SuAS ROTiNAS.
a UCt estimula o desenvolvimento pessoal e o aprimoramento profissional dos trabalhadores, com ganhos de qualidade de vida e de competências para o mercado de trabalho e a sociedade.
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 51
RodoviáRio Cidadão
A UCT certificou 1.930 profissionais, ao longo de
2015, no programa Rodoviário Cidadão, carro-chefe
das ações de capacitação da Universidade. O progra-
ma estimula o aprimoramento profissional e a pro-
moção da ética e da cidadania entre os condutores,
fiscais, despachantes e inspetores das empresas de
ônibus. Cerca de 20,7 mil profissionais foram capa-
citados desde 2006, quando o Sindicato Rio Ônibus
lançou a iniciativa, mais tarde absorvida pela Fetrans-
por, através da UCT, que já está incorporada às ativi-
dades do setor em todo o Estado.
Em 2015, a UCT priorizou no programa a ação
educacional dedicada aos condutores (Motorista
Cidadão), que visa à valorização do papel desses
profissionais como condutores de vidas humanas —
condição que se constitui em fator de diferenciação
positiva do setor, diante das outras modalidades do
transporte coletivo. Os trabalhadores certificados du-
rante o ano fizeram parte de 108 turmas do curso,
desenvolvido pela Universidade Corporativa em par-
ceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
teCnólogo em tRansPoRte
Diante da dinâmica cada vez mais complexa da mo-
bilidade urbana e da demanda crescente por qualifi-
cação profissional no setor, a UCT criou, em 2015, o
primeiro curso do país para a graduação de técnicos
em transporte coletivo de passageiros. Elaborado e
ministrado em parceria com a Universidade Estácio
de Sá, com duração de dois anos, o curso Tecnólogo
em Transporte Terrestre teve 49 alunos matriculados
na primeira turma, composta por trabalhadores de
diversas áreas do transporte por ônibus.
O objetivo da UCT com a iniciativa é contribuir
para dotar as empresas de profissionais qualificados
para atuar em meio às profundas transformações vi-
vidas pelo setor no Estado do Rio de Janeiro. Entre as
inovações que impõem desafios de operação e ges-
tão no setor estão: a expansão dos sistemas BRT e
BRS, a adoção de veículos cada vez mais sofisticados,
o avanço da integração dos modais de transporte, a
convivência dos ônibus com bicicletas nas ruas e as
mudanças na gestão operacional das empresas agru-
padas em consórcios.
A oferta do curso vai ao encontro do imperativo
de eficiência operacional das operadoras do Sistema
Fetranspor, com vistas à melhoria da qualidade do
atendimento e à racionalização de recursos huma-
nos e materiais, com impactos positivos nos custos.
Nesse contexto, a grade curricular contempla a inte-
gração de competências ligadas a temas como eco-
nomicidade operacional, desde o uso de insumos até
a racionalidade das escalas; gerenciamento integrado
dos processos básicos da organização; e uso cons-
ciente e racional do espaço urbano.
Para desenvolver essas e outras competências
nos quatro semestres de duração do curso, o Tec-
nólogo em Transporte de Passageiros tem disciplinas
como estatística aplicada, contabilidade de custos,
orçamento empresarial, gestão de processos, gestão
integrada de recursos humanos, marketing de ser-
viços, mobilidade urbana, planejamento urbano e
meio ambiente, políticas públicas e legislação para
transporte de passageiros, otimização de sistemas
de transportes, gerência de manutenção, gerencia-
mento de projetos, gestão de qualidade e legislação
ambiental aplicada. Para a primeira turma, a UCT ofe-
receu bolsas de 50% do valor do curso, cabendo às
empresas ou aos alunos arcarem com a diferença.
gESTãO dE quAlidAdE
Em parceria com a Associação Nacional de Transpor-
tes Públicos (ANTP), a UCT formou 29 profissionais
no curso Gestão para Excelência do Desempenho
e iniciou a capacitação de mais 34 alunos em 2015,
fechando o ano com 94 profissionais preparados
desde o lançamento da iniciativa, em 2014. O curso
objetiva apoiar as empresas na implementação de
um modelo de gestão pela qualidade, visando ao
aperfeiçoamento dos processos de trabalho e à bus-
ca contínua por serviços de excelência.
Os participantes do curso foram encaminhados
por 33 operadoras de oito sindicatos, que esco-
lheram esses colaboradores com base em critérios
relacionados a competências de liderança, pensa-
mento analítico, espírito de cooperação, capacidade
de exercer representação institucional e entusiasmo
pela área de qualidade. Com a ação educacional, a
UCT atende à demanda da sociedade por um trans-
porte com mais qualidade e com a correspondente
racionalização de processos internos, sustentada por
gestão baseada nos princípios da excelência, eficiên-
cia operacional e consequente redução de custos.
BRt
A demanda crescente por transporte no sistema
BRT carioca e a esperada abertura de mais dois
corredores expressos para ônibus articulados, em
2016, levaram a UCT a elaborar o Programa de De-
senvolvimento BRT, que prevê o desenvolvimento
para equipes que atuam nesses sistemas, visando à
melhoria do atendimento ao público. Em 2015, seis
equipes de bilheteiros do Consórcio BRT, que opera
os corredores expressos, receberam treinamento e
23 multiplicadores de conteúdo foram treinados, a
fim de ministrar o treinamento a outros colaborado-
res do consórcio.
Os cursos desse programa, que conta com o
apoio material didático produzido pela Universidade
Corporativa de Transporte, são priorizados a partir
da identificação de lacunas de desempenho que in-
fluenciam diretamente o atendimento nas bilheterias
e/ou a operacionalidade regular do sistema.
Código de CondUta
Depois de ter respondido pela elaboração do Códi-
go de Conduta dos Motoristas de Ônibus da Cidade
do Rio de Janeiro, atendendo ao Decreto 37.068 de
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 53 52 gestão do ConHeCimento
02/05/2013, a UCT realizou intensa ação educacional
para apresentar princípios e valores da profissão aos
condutores cariocas que não haviam participado da
criação do documento. Ao longo de 2015, a Univer-
sidade detalhou os preceitos de conduta para 4.862
novos motoristas, em 268 turmas, através de multi-
plicadores formados por ela, desencadeando proces-
so interno às empresas para absorção do código no
dia a dia das operadoras de transporte de passagei-
ros por ônibus da capital.
O trabalho efetivou a segunda fase do Programa
de Monitoramento e Controle de Conduta dos Moto-
ristas das Empresas de Transporte de Passageiros do
Município do Rio de Janeiro, instituído pela Prefeitura
em 2013. No contexto do programa, conhecido como
No Ponto Certo, a UCT havia coordenado de forma
inovadora e colaborativa a formulação do código, em
2014 com a participação de 10.293 condutores. Em
55 oficinas educativas, eles fixaram no código os va-
lores, direitos e deveres dos motoristas e as respon-
sabilidades mútuas na relação com os passageiros.
simUladoRes de diReção
No treinamento de profissionais do setor com o uso
de simuladores de direção, a UCT capacitou 1.301
motoristas e instrutores em 2015 — parte deles ligada
a 20 novas empresas engajadas na iniciativa. Os cur-
sos, realizados com quatro modernos equipamentos
do gênero, aperfeiçoaram motoristas dos ônibus
convencionais e dos articulados do sistema BRT e
formaram novos condutores e instrutores operacio-
nais, responsáveis por disseminar nas operadoras o
conteúdo da iniciativa pedagógica.
O treinamento foi oferecido pelo terceiro ano
consecutivo, em quatro locais: os sindicatos Trans-
Ônibus, em Nova Iguaçu, e Setrerj, em Niterói, e as
unidades do Sest/Senat de Deodoro e Paciência, no
Rio de Janeiro. Os simuladores de direção são um
conjunto de equipamentos elétricos, mecânicos e
digitais, que reproduzem ambiente semelhante ao
do tráfego nas grandes cidades, possibilitando aos
motoristas o contato reflexivo com problemas coti-
dianos e a valorização das boas práticas ao volante.
motoRista amigo
do CiClista
Para difundir no setor a abordagem integrada da
mobilidade urbana, com a complementaridade dos
diversos meios de locomoção, a UCT desenvolveu,
ao longo do ano, a ação educacional Motorista
Amigo do Ciclista, destinada a condutores e instru-
tores das operadoras do transporte de passageiros
por ônibus. A iniciativa teve como objetivo cons-
cientizar e sensibilizar os motoristas a respeito do
relevante papel desempenhado pela bicicleta no
contexto da mobilidade, visando também à capa-
citação dos instrutores para disseminar essa visão
em suas empresas.
No Motorista Amigo do Ciclista, a UCT capa-
citou 268 condutores da cidade do Rio de Janeiro,
em ações realizadas no ponto terminal do bairro de
Cosme Velho e no Largo do Machado, na Zona Sul.
A iniciativa contou com a parceria do RioÔnibus, Se-
cretaria Municipal de Meio Ambiente, Companhia de
Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio),
Secretaria de Transportes do Estado, Detran-RJ e
ONG Transporte Ativo. O treinamento dos instruto-
res qualificou 131 profissionais da capital e de outras
cidades, visando à multiplicação dos conteúdos da
ação educativa nas operadoras.
PaRCeRia em PRol
da soCiedade
Em 2015, uma parceria com o Departamento de
Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro)
levou a UCT a desenvolver e aplicar treinamento
para 150 fiscais daquele Departamento. Os treina-
mentos foram realizados em uma das empresas do
município do Rio em seis turmas com 25 partici-
pantes cada. Os fiscais e seus supervisores conhe-
ceram as características técnicas e aprenderam a
manusear os diversos modelos de elevadores utili-
zados em ônibus e em vans do setor.
O espírito que norteou essa parceria foi o de
construir um ambiente saudável de atendimento e
de ajuda mútua ao cadeirante, mesmo em situações
de autuação ou de dificuldade de atendimento a este
tipo de passageiro.
edUCação na Rede
A UCT reforçou a presença na internet em 2015 por
meio da veiculação de conteúdos em seu site e nas
redes sociais, com o objetivo de incentivar os rodo-
viários a tomar a iniciativa de aprimorar seus conhe-
cimentos. Ao longo do ano, o site da Universidade
Corporativa registrou mais de 40 mil visitas, e os ví-
deos educativos e informativos veiculados no serviço
YouTube tiveram mais de 100 mil visualizações. No
Facebook, as postagens da UCT alcançaram mais de
150 mil acessos de internautas e atraíram mais de
200 novos seguidores.
Para a Universidade, o site e os canais nas mí-
dias sociais (Facebook, Twitter e YouTube) são
importantes ferramentas de aproximação com seu
público, graças à oferta de conteúdos atrativos que
O conteúdo das publicações on-line expresso UCt e Boletim do gestor, canais de interação da UCt, é produzido pela Universidade para divulgar conhecimentos relativos à mobilidade urbana.
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 55 54 gestão do ConHeCimento
difundem informações e conhecimentos. No site, a
UCT divulga suas ações educacionais por meio de
webséries, eventos do setor, artigos, publicações
impressas e trabalhos acadêmicos. Além de atuar
nas mídias sociais mais populares, a Universidade
também está presente no Google +, LinkedIn e Sli-
deShare, a fim de atingir segmentos diferenciados
do público.
Outro canal de interação da Universidade com os
profissionais do setor são as publicações on-line Ex-
presso UCT e Boletim do Gestor. Enviados a pessoas
cadastradas no mailing, os dois boletins apresentam
conteúdo produzido ou selecionado pela Universida-
de para divulgar conhecimentos relativos à mobilida-
de urbana, sob a forma de notícias, entrevistas, arti-
gos e vídeos. De periodicidade semanal, o Expresso
UCT é enviado para mais de três mil destinatários,
enquanto o Boletim do Gestor, que é mensal, é re-
metido a mais de 500 profissionais ligados à gestão
das empresas.
CentRo de seRviços
em gestão de Pessoas
No apoio ao desenvolvimento dos profissionais do
Sistema Fetranspor, o Centro de Serviços em Gestão
de Pessoas oferece consultoria e assessoria especiali-
zada e soluções compartilhadas às operadoras e sin-
dicatos filiados, com objetivo de dar apoio consultivo
e apontar soluções compartilhadas para o setor. Em
2015, foram efetivadas algumas iniciativas, como a
elaboração de um plano de cargos e salários em par-
ceria com o Sindicato TransÔnibus, disponibilizado
para as empresas. Empenhado em contribuir para a
melhoria continua dos processos de gestão de pes-
soas no setor, o Centro de Serviços consolidou direi-
tos e vantagens em benefício dos rodoviários, como
na negociação do seguro de vida dos motoristas.
segURo de vida
Em nome do Sistema Fetranspor, o Centro de Ser-
viços em Gestão de Pessoas conduziu a negociação
de nova apólice coletiva de seguro para os moto-
ristas de ônibus e obteve resultados que ultrapas-
saram as exigências da legislação, beneficiando ro-
doviários, empresas e sindicatos. A negociação com
seguradoras atendeu a requisitos da Lei 13.103,
sancionada em março de 2015, que assegurou aos
condutores (antes protegidos por seguros de aci-
dentes pessoais) o direito a seguro de vida, com
cobertura para casos de morte natural e acidental
em qualquer circunstância.
O seguro contratado pela Fetranspor também co-
bre casos de invalidez total ou parcial e assistência fu-
neral extensiva a dependentes. Além das exigências
legais, o seguro ainda prevê auxílio para adaptação
de veículo e residência nos casos de invalidez. Até
o fim de 2015, 136 empresas do Sistema Fetranspor
haviam aderido à apólice coletiva, que fixa o valor
por vida em R$ 3,48 mensais.
Plano de CaRgos e saláRios
Em parceria com o TransÔnibus, o Centro de Servi-
ços em Gestão de Pessoas desenvolveu, em 2015,
o primeiro plano de cargos e salários para os pro-
fissionais do transporte de passageiros por ônibus
no Estado do Rio de Janeiro, adotado como projeto-
-piloto em uma das empresas da base do sindicato.
O trabalho resultou na elaboração de material iné-
dito sobre cargos e salários, baseado em avançada
metodologia de gestão de recursos humanos, que
incluiu a revisão de estruturas organizacionais e a
adequação da nomenclatura de cargos à realidade
do mercado de trabalho.
O Centro de Serviços da Fetranspor contou com
a colaboração de várias empresas filiadas ao
TransÔnibus, que franquearam documentação e
acesso aos trabalhadores para o levantamento dos
cargos e níveis salariais e a descrição de compe-
tências de cada posto de trabalho nas três áreas
comuns às operadoras do setor — operação, manu-
tenção e administração, que somam mais de 60 car-
gos diferentes. O plano, disponibilizado para todas
as empresas do Sistema Fetranspor, produziu uma
série de parâmetros que as operadoras podem uti-
lizar nos subsistemas de gestão de pessoas, como
recrutamento e seleção, capacitação e treinamento
e avaliação de desempenho.
ClUBe de vantagens
do RodoviáRio
No segundo ano de funcionamento, o Clube de
Vantagens do Rodoviário encerrou 2015 com quase
100 estabelecimentos conveniados, tendo como
destaque as parcerias com universidades, escolas
e cursos, nos quais os profissionais e seus depen-
dentes são beneficiados com descontos e outras
vantagens exclusivas. Além de contribuir para o
acesso à educação, o clube visa estimular o con-
sumo consciente e a melhoria da qualidade de
vida dos trabalhadores das empresas do Sistema
Fetranspor, que podem aderir gratuitamente a esse
benefício coletivo.
O Centro de Serviços em Gestão de Pessoas,
que faz a gestão do clube, efetuou mais uma cam-
panha de divulgação em 2015, a fim de ampliar as
adesões. O Clube de Vantagens dos Rodoviários,
lançado em julho de 2014, foi criado pela Fetrans-
por em atendimento aos anseios manifestados
pelos trabalhadores em pesquisa sobre o perfil e
as expectativas dos motoristas, realizada no início
daquele ano. Os estabelecimentos conveniados são
motivados a participar do clube pelo grande po-
tencial de consumo dos rodoviários fluminenses —
um contingente de mais de 100 mil trabalhadores,
acrescido de seus dependentes.
RelaCionamento inteRno
No campo de desenvolvimento organizacional,
o Centro de Serviços em Gestão de Pessoas deu
seguimento ao programa de avaliação de desem-
penho dos colaboradores da Fetranspor, criado no
ano anterior com o monitoramento das compe-
tências requeridas aos profissionais. Em 2015, esse
acompanhamento foi estendido à performance dos
colaboradores, de forma a permitir a avaliação do
atendimento de metas, levando em conta não só o
desempenho individual, mas também de cada área e
de toda a organização.
Para divulgar informações sobre o processo
de avaliação de metas a Diretoria de GP ministrou
treinamento para cerca de 70% dos colaboradores,
seguido de avaliação da performance de 100% dos
profissionais. Ao proporcionar a gestão integrada do
desempenho individual à luz do desempenho seto-
rial e empresarial, o programa de avaliação permite
a visualização de resultados e a comparação entre
eles, assim como a adoção de iniciativas de reconhe-
cimento baseados em princípios da meritocracia.
semana da saúde
Na promoção do bem-estar e da qualidade de vida
dos colaboradores, a Fetranspor realizou a Semana
da Saúde, em outubro, com palestra, curso e ações
de incentivo à adoção de práticas saudáveis no dia a
dia e de rotinas de exames anuais para prevenção de
doenças, orientados por médico do trabalho. Um dos
resultados alcançados foi o baixo índice de absen-
teísmo causado por gripe em 2015, graças à vacina-
ção de 74% dos colaboradores.
56 integRação da RmRj RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 57
6MEIo AMBIENTE
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 59 58 meio amBiente
6MEIo AMBIENTE
A busca constante por soluções eficazesA AgENdA AmbiENTAl dA FETRANSPOR vAi AlÉm dO ATENdimENTO àS
ExigêNciAS lEgAiS: diFuNdE vAlORES E bOAS PRáTicAS ENTRE AS EmPRESAS dO
SETOR E AJudA NA PROmOçãO dA quAlidAdE dE vidA dA POPulAçãO.
o avanço da mobilidade sustentável no Estado do Rio de Janeiro teve na
proteção do meio ambiente uma gama de resultados ampla e consistente em
2015, alinhada aos compromissos do Programa Ambiental fetranspor,
atualizado durante o ano. No centro da abordagem do tema, de forma integrada
às ações empreendidas em outras frentes do setor, a federação priorizou
o controle das emissões atmosféricas dentro dos novos níveis da legislação
estadual, a eficiência energética da frota, a inovação tecnológica e o apoio
às empresas na gestão ambiental.
A atuação em meio ambiente, voltada para a busca constante de soluções
viáveis e eficazes para minorar os impactos gerados pelo transporte de
passageiros por ônibus, tem papel estratégico para o trabalho da fetranspor em
favor da mobilidade inteligente. Proativa, a agenda ambiental da federação vai
além do atendimento às exigências da legislação, ao difundir entre as empresas
do setor valores e boas práticas obtidos nessa área e expressar o compromisso
do Sistema fetranspor com a sustentabilidade e a melhoria da qualidade
de vida da população.
Por meio do programa Selo Verde, a Fetranspor deu
contribuição decisiva às operadoras no processo de
adequação aos novos limites de emissões estabe-
lecidos pela Resolução n° 58 do Conselho Estadual
de Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Conema), no
fim de 2013. Concluído o período de treinamento
e de adaptação operacional dos técnicos em junho
de 2015, o programa passou a associar as emissões
atmosféricas aos novos padrões de controle e de
desempenho energético, com a aferição de tempe-
ratura e rotação dos motores, dentro do contexto do
Programa de Autocontrole de Emissão de Fumaça
Preta por Veículos Automotores do Ciclo Diesel (Pro-
con Fumaça Preta).
A Fetranspor também concluiu, em 2015, os testes
de uso de diesel de cana-de-açúcar em parte da frota
do BRT TransCarioca, tendo entre seus parceiros o
Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e
Pesquisa em Engenharia (Coppe) da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A iniciativa atestou
excelentes resultados em rendimento e proteção am-
biental, embora a viabilidade comercial do biocom-
bustível dependa de alavancagem governamental.
No suporte gratuito ao setor, por meio do Centro de
Serviços Ambientais (CSA), a Federação conquistou
novas parcerias e colaborou com o licenciamento de
novas empresas.
selo veRde
Por meio de parceria com as autoridades no controle
do impacto ambiental das operações do transporte
por ônibus, a Fetranspor contribuiu, em 2015, pa-
ra a economia de mais de 55 milhões de litros de
óleo diesel e a consequente redução de emissões
de dióxido de carbono (CO2) e material particula-
do (fumaça preta) na atmosfera. Esse ganho para a
qualidade do ar, decorrente do aumento da eficiência
dos motores, foi proporcionado pelo programa Selo
Verde, que simboliza o compromisso do setor com a
proteção do meio ambiente.
O programa é resultado de convênio da Fetrans-
por com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), pa-
ra a diminuição das emissões de fumaça preta, e de
parcerias institucionais que atendem aos programas
Despoluir, da Confederação Nacional do Transporte
(CNT), e EconomizAR, da Petrobras, como parte do
Programa Nacional de Racionalização do Uso de De-
rivados de Petróleo e Gás Natural (Conpet). Aferido
o bom desempenho dos motores, por técnicos da
Fetranspor, o certificado do Selo Verde é afixado nos
para-brisas dos ônibus.
Em 2015, o programa aprovou as condições de
funcionamento dos motores de 98,7% dos ônibus
vistoriados por técnicos do Centro de Serviços Am-
bientais da Fetranspor, de acordo com critérios do
EconomizAR. As inspeções incluem o monitoramen-
to da rotação e da temperatura dos motores e a con-
fecção de relatórios de avaliação dos veículos e das
empresas. Graças ao Selo Verde, ainda mais alinhado
em 2015 às novas exigências da legislação estadual, a
economia do setor com a não contratação de laudos
de emissões foi de R$ 9,5 milhões.
os testes de uso de diesel de cana-de-açúcar em parte da frota do BRt transCarioca mostraram excelentes resultados em rendimento e proteção ambiental.
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 61 60 meio amBiente
As mudanças no programa atenderam aos
critérios mais rigorosos da Resolução Conema
nº 58. Além de determinar maior periodicidade pa-
ra as aferições dos veículos, a resolução ampliou
o número de quesitos ambientais das inspeções.
A atuação do CSA dedicada ao atendimento das
novas exigências da legislação estadual reafirma a
importância estratégica do Selo Verde para o Pro-
grama Ambiental Fetranspor, que incentiva ações
de eficiência energética e compensação ambiental
no setor.
Em face dos novos requisitos da resolução esta-
dual, o Centro de Serviços Ambientais da Federação
lançou nova edição do Manual Selo Verde, impor-
tante ferramenta de informação sobre o programa
para técnicos ambientais das empresas e sindicatos
em todo o Estado. Além de incorporar as novas exi-
gências, o Manual Selo Verde 2015 apresenta o ar-
cabouço legal do programa, sua evolução histórica,
seus procedimentos de operação e os resultados
alcançados ano a ano.
Desde 1997, o trabalho ambiental da Fetranspor
contribuiu com economia de 722,3 milhões de litros
de diesel por parte da frota fluminense de ônibus,
que deixou de emitir 1,9 milhão de toneladas de CO2
e 43 mil toneladas de fumaça preta. Por conta do
pioneirismo do Selo Verde em todo o país e do êxito
do programa, o compromisso ambiental da entidade
teve reconhecimento da Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro, que concedeu à Fetranspor
o Prêmio Firjan de Ação Ambiental 2015, na categoria
Gestão de Gases de Efeito Estufa (GEEs) e Eficiência
Energética.
diesel de Cana
Os primeiros testes de uso comercial do diesel de
cana no transporte por ônibus no Rio de Janeiro fo-
ram concluídos pela Fetranspor em 2015, no projeto
BRT + Verde, em conjunto com o Programa de Enge-
nharia de Transportes (PET) da Coppe/UFRJ. Os tes-
tes, patrocinados pela Fetranspor, Ipiranga e Raízen
Combustíveis, foram realizados no BRT TransCarioca
e contaram com a parceria das empresas Viação Re-
dentor, Transportes Futuro e Transportes Barra, Rio
Ônibus, além de Amyris Brasil, com o fornecimento
de combustíveis.
Desenvolvido com 17 ônibus do corredor ex-
presso, o projeto visou à avaliação do desempenho
operacional e ambiental do novo produto e dos cus-
tos associados à sua utilização. Por 156 dias, desde
junho de 2014, os ônibus articulados trafegaram mo-
vidos pelo combustível de cana – inicialmente, puro
(AMD100); depois adicionado na proporção de 10%
(AMD10) ao diesel de petróleo com as misturas de
biodiesel obrigatórias no período dos testes – 5%
(B5), 6% (B6) e 7% (B7).
O desempenho do diesel de cana, comparado ao
do diesel misturado ao biodiesel usado por outros
veículos da frota do TransCarioca, atingiu níveis alta-
mente satisfatórios, de acordo com o relatório final
dos testes, concluído em maio de 2015. Os dados
coletados em campo totalizaram mais de 600 mil
quilômetros rodados, com consumo de pouco mais
de 400 mil litros de combustíveis.
A vantagem do produto está, evidentemen-
te, no fato de ter origem renovável, que na fase
da produção canavieira compensa as emissões
atmos féricas geradas na etapa de consumo. Outro
ponto a favor o produto é a dispensa de qualquer
modificação nos motores. O uso comercial do
diesel de cana requer, porém, políticas públicas e
condições de mercado para que seja viável econo-
micamente.
seRviços amBientais
Ao longo de 2015, o Centro de Serviços Ambientais
(CSA) fortaleceu sua inserção entre as empresas e
os sindicatos do Sistema Fetranspor, ampliando o
suporte técnico às operadoras para o atendimento
gratuito aos requisitos de gestão ambiental e contri-
buindo para a disseminação de princípios e práticas
de desenvolvimento sustentável no setor. Além do
programa Selo Verde, o CSA desenvolve atividades
em várias outras frentes, como responsabilidade e
educação ambiental, ecoeficiência e controle de
emissões atmosféricas.
No licenciamento ambiental, mais cinco em-
presas obtiveram, com apoio do Centro, licenças
de operação (LOs) para suas garagens e outras 21
passaram a contar com os serviços do CSA, que
promoveu semanas dedicadas ao meio ambiente
em 16 operadoras e fez 42 visitas técnicas, além
de palestras, congressos e workshops. O Centro de
Serviços também acompanhou os processos de li-
cença prévia do BRT Leste Fluminense (Niterói, São
Gonçalo e Itaboraí) e da remodelação do Terminal
Rodoviário Américo Fontenelle, na Central do Bra-
sil, centro do Rio.
O CSA também estimula a sustentabilidade por
meio de eventos como o Dia Mundial sem Carro,
promovido no mês de setembro em parceria com o
Inea e outras organizações. Em outra linha de ativida-
des, o Centro de Serviços trabalha para a celebração
de outras parcerias ambientais da Federação, como
as firmadas com as prefeituras do Rio de Janeiro e de
Mesquita, na Baixada Fluminense.
o controle do impacto ambiental
das operações do transporte por
ônibus levou à economia de mais de
55 milhões de litros de óleo diesel e
reduziu as emissões de Co2.
o Csa ampliou o suporte técnico às operadoras para o atendimento gratuito aos requisitos de gestão ambiental e contribuiu para disseminar práticas sustentáveis no setor.
62 integRação da RmRj RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 63
7RESPoNSABILIDADE SoCIAL
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 65 64 ResPonsaBilidade soCial
A atuação transversal da área Responsabilidade Social Corporativa da fetranspor
envolve todas as frentes de trabalho da federação, dos sindicatos filiados e das
operadoras, contribuindo de forma significativa para a melhoria da qualidade de
vida das pessoas, sob as premissas da inclusão e da transformação social.
Através da fetranspor Social, programa criado em 2010, a área tem o trabalho
focado na juventude e exerce seu papel de modo participativo e sustentável, com
base em três pilares estratégicos: diálogo e engajamento, gestão responsável e
investimento social privado.
Em 2015, a fetranspor Social reafirmou sua prioridade com o público jovem
e conquistou importantes resultados, conduzindo o desdobramento das
iniciativas lançadas em anos anteriores. A promoção do diálogo permanente
baseia-se em ações efetivas e transformadoras de educação e na construção de
relacionamentos com os diversos públicos do setor.
A consistência e a abrangência dos projetos de-
senvolvidos pelo Fetranspor Social ao longo do ano
atraíram a atenção dos meios de comunicação com
coberturas espontâneas, que ampliaram o alcance das
iniciativas. O resultado foi o aumento significativo da
visibilidade do trabalho, que beneficiou cerca de 80
mil jovens: mais de três milhões de pessoas acessaram
a página do programa no Facebook. Nas ações dedi-
cadas ao relacionamento com parceiros, a Fetranspor
Social representou a Federação, dilatando sua presen-
ça institucional em mais de 40 atividades em 2015.
diálogo jovem
No quarto ano de atividades, o Diálogo Jovem sobre
Mobilidade obteve avanços importantes em favor da
inclusão dos jovens na construção do diálogo sobre
a mobilidade e do seu empoderamento para debater
com empresários, lideranças das empresas, repre-
sentantes do poder público e outros interlocutores,
como organizações da sociedade civil, propostas
para o aperfeiçoamento do sistema de transporte.
O objetivo da iniciativa é identificar os desafios do
transporte público sob a ótica da juventude, por
meio da atuação dos jovens como agentes de mu-
dança em escolas, faculdades, empresas e cidades, e
dos registros de suas atividades.
Um dos programas prioritários da Fetranspor no
campo da responsabilidade social, o Diálogo Jovem
dá voz a jovens de 13 a 29 anos, escolhidos como
protagonistas pelo perfil inovador, dinâmico e ousa-
do e sua conexão com as novas tecnologias — atribu-
tos que credenciam a juventude como representan-
te do futuro. O Diálogo Jovem promove dinâmicas
participativas, que incluem metodologias nominadas
como Vídeos Participativos, Diálogos em Aquário,
Open Space e World Café, para que os jovens pos-
sam expressar suas opiniões, debater a realidade e
os problemas da mobilidade e propor ações de me-
lhoria sob o ponto de vista coletivo.
Ao longo do ano, as ações desenvolvidas pelo
Diálogo Jovem sobre Mobilidade incluíram cinco cur-
sos de capacitação, com 466 horas de atividades, e a
produção de 15 vídeos participativos relacionados à
mobilidade urbana e às cidades feitos pelos jovens.
Veiculados no site do programa, no canal do YouTube
e no perfil do Diálogo Jovem no Facebook, os vídeos
são veiculados também na TV Minuto, que pode ser
assistida em ônibus e em estações de embarque de
passageiros. A parceria com a TV, firmada graças à
qualidade do conteúdo gerado pelos jovens, expôs a
marca Fetranspor a um milhão de pessoas.
A presença do Diálogo Jovem sobre Mobilidade
nas mídias sociais, canal privilegiado de interação
com seu público, também foi reforçada. No novo
site do programa, lançado em outubro, com conteú-
do elaborado exclusivamente pelos jovens, o tempo
médio de permanência dos internautas foi de qua-
tro minutos 39 segundos, quase três vezes superior
à duração média dos acessos à rede. No Facebook,
o perfil do Diálogo Jovem alcançou mais de 2,6
milhões de pessoas, teve 267,3 mil visualizações e
Promoção da qualidade de vida sob a premissa da inclusão socialo diálogo PeRmanente Com os jovens lança novas lUzes à oRganização
E AO FuNciONAmENTO dO TRANSPORTE PúblicO, POR mEiO dE AçõES EFETivAS E
TRANSFORmAdORAS dE EducAçãO.
7RESPoNSABILIDADE SoCIAL
RElATóRiO dE ATividAdES FETRANSPOR 67 66 ResPonsaBilidade soCial
quase 23 mil curtidas. No YouTube, os vídeos foram
vistos por mais de 18 mil pessoas.
Pela originalidade e qualidade da abordagem dos
desafios da mobilidade urbana, o programa da Fe-
transpor dedicado à juventude ampliou sua projeção
aos olhos da sociedade: foi tema de reportagens em
27 veículos de comunicação em 2015. Destaque nes-
se campo foi a presença do Diálogo Jovem no debate
sobre protagonismo juvenil promovido no programa
“Como Assim?”, da Rede Bandeirantes, do qual tam-
bém participaram jovens da Plataforma de Centros
Urbanos do Unicef e do Rap da Saúde, da Secretaria
de Saúde da Prefeitura do Rio de Janeiro.
A relevância do Diálogo Jovem sobre Mobilidade
para a promoção de um novo olhar sobre os desafios
do transporte público foi reconhecida: o programa foi
um dos finalistas da premiação da União Internacional
de Transporte Público (UITP) e recebeu menção hon-
rosa na categoria Y4PT Health Awards, em junho, na
cidade italiana de Milão, no 61º congresso mundial da
entidade, maior evento do gênero em todo o mundo.
O prêmio foi recebido por três participantes do Diálo-
go Jovem, que registraram em vídeo várias iniciativas
europeias na área de mobilidade e, de volta ao Brasil,
compartilharam experiências e informações com parti-
cipantes do programa e técnicos da Fetranspor.
FóRum FETRANSPOR SOciAl
Em três edições realizadas em 2015, o Fórum Fe-
transpor Social proporcionou aos agentes do setor
de transporte de passageiros por ônibus o debate
de vários temas da mobilidade urbana, com ênfase
nos desafios e soluções relacionados ao Estado do
Rio de Janeiro. A série de fóruns culminou no encon-
tro promovido em setembro, com a participação de
representantes de empresas, consórcios cariocas e
sindicatos, que discutiram o cenário social da mobili-
dade e as demandas da população.
Com o objetivo de contribuir para o planejamen-
to estratégico das organizações do setor, o fórum
abordou o contexto social sob os pontos de vista do
relacionamento com o público, da participação da
juventude, da qualidade de vida e da gestão social-
mente responsável. Nesse contexto, os participantes
debateram temas como uso dos meios digitais no en-
gajamento dos cidadãos, importância da participação
jovem nas decisões sobre os rumos da mobilidade,
expectativas dos diversos públicos dos grandes cen-
tros urbanos e contribuição do investimento social
das empresas para os negócios.
Em outra edição do Fórum Fetranspor Social, rea-
lizada em julho, dirigentes da Federação e integrantes
do Diálogo Jovem para a Mobilidade apresentaram e
debateram inovações no transporte público apresen-
tadas no 61º Congresso da UITP. Os participantes do
programa, que durante o congresso trocaram expe-
riência com jovens de vários países e conheceram o
transporte público da Itália, França, Suíça e Portugal,
destacaram a tendência crescente nesses países da
integração dos modais ônibus, metrô, VLT, táxis e
bicicletas.
Outra iniciativa da área para disseminação de
conteúdo e boas práticas em gestão responsável é a
newsletter de circulação mensal.
indiCadoRes etHos
A Fetranspor associou-se, em 2015, ao Instituto Ethos
de Empresas e Responsabilidade Social, dando curso
à parceria iniciada no ano anterior. A iniciativa reno-
vou o compromisso da Federação com a dissemina-
ção, ente as empresas e sindicatos do Sistema Fe-
transpor, de boas práticas para a gestão sustentável e
socialmente responsável, por meio da aplicação dos
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis, que
possibilitam o autodiagnóstico gerencial dessas or-
ganizações e o aprimoramento de suas iniciativas de
responsabilidade social.
moBilidade sonoRa
No quinto ano de atividades dedicadas à difusão da
música erudita e popular entre os alunos da rede
pública e à qualificação profissional de jovens ins-
trumentistas, o projeto Mobilidade Sonora encerrou
com 20 concertos didáticos a temporada 2015, nas
cidades do Rio de Janeiro, Niterói, Nova Iguaçu e Bar-
ra Mansa. Ao todo, 13 mil estudantes assistiram aos
espetáculos realizados pela Fetranspor. As orques-
tras são formadas por jovens de projetos sociais e o
público recebe explicações sobre as obras musicais e
orientações sobre a prática da cidadania.
Pela primeira vez, o Mobilidade Sonora integrou-se
à programação do projeto Circulando Cultura, do Rio-
Ônibus, com a apresentação das orquestras Jovem de
Paquetá e Som+Eu no Museu de Arte do Rio (MAR).
Os espetáculos foram realizados em dezembro e reuni-
ram cerca de quatro mil pessoas. Na temporada 2015,
que beneficiou estudantes de 185 escolas, participa-
ram também do projeto da Fetranspor as orquestras
Filarmônica do Projeto Villa-Lobos e as Crianças e Maré
do Amanhã e o grupo do Instituto Zeca Pagodinho.
Com a realização dos concertos, complementada
pelo transporte gratuito dos jovens até os espaços
culturais, a Fetranspor valoriza a cultura, estimula
a formação de plateias e contribui para a profissio-
nalização dos musicistas. A Federação mantém, por
meio da Fetranspor Social, site do Mobilidade Sonora
na internet e perfil do projeto no Facebook. No site,
o tempo médio de permanência é dois minutos e 28
segundos, quase o dobro do usual; no Facebook, o
número de acessos durante o ano superou 440 mil,
com mais de 15 mil curtidas.
cARTãO FETRANSPOR SOciAl
Em apoio à participação juvenil em atividades edu-
cativas realizadas por organizações parceiras, a Fe-
transpor assegurou, em 2015, a mobilidade gratuita a
3.532 jovens. O benefício foi efetivado por meio do
Cartão Fetranspor Social, concedido a estudantes pa-
ra os deslocamentos de ida e volta entre suas casas
e os locais das ações pedagógicas, que têm o acom-
panhamento da Federação. O cartão materializa o
compromisso da Fetranspor com o estímulo à quali-
ficação profissional entre a juventude, a melhoria da
qualidade de vida das famílias e a mobilidade social.
FETRANSPOR SOciAl NAS
esColas e ComUnidades
A Fetranspor interagiu com mais de 57 mil pessoas,
em ações educativas promovidas em escolas e even-
tos comunitários ao longo de 2015. Nesse diálogo,
por meio do programa Fetranspor Social na Comu-
nidade e nas Escolas, a Federação difundiu informa-
ções sobre segurança de pedestres e passageiros
para prevenção de acidentes para 20,5 mil estudan-
tes e educadores de 26 estabelecimentos escolares
da rede pública. A entidade também participou de
ações de promoção da cidadania em 14 comunida-
des, levando informações sobre temas da mobilidade
urbana a 36,8 mil pessoas.
A Fetranspor Social exerce seu papel de modo participativo e sustentável com base em três pilares estratégicos: diálogo e engajamento, gestão responsável e investimento social privado.
diretoriA fetrANSPor
Presidente executivo
Lélis Marcos Teixeira
diretora de gestão de Pessoas e uct
Ana Rosa Bonilauri
diretor financeiro
André Nolte
diretor de marketing e comunicação
Paulo Fraga
diretor Administrativo e controle
Paulo Marcelo Ferreira
diretora de mobilidade urbana
Richele Cabral
coNSelHo de AdmiNiStrAção
efetiVoS
Presidente
José Carlos Reis Lavouras
Vice-Presidente
Marcelo Traça Gonçalves
demais conselheiros
Alexandre Antunes de AndradeAmaury de AndradeAvelino AntunesDomenico Emanuelle Siqueira LorussoFlorival AlvesFrancisco José Gavinho GeraldoHumberto Fernandes ValenteJoel Fernandes RodriguesJosé Carlos Cardoso MachadoNarciso Gonçalves dos Santos
SuPleNteS
David Ferreira BarataFrancisco Carlos Félix TeixeiraJacob Barata FilhoJoão Carlos Felix TeixeiraManoel Luis Alves LavourasMarco Antônio Feres de Freitas
coNSelHo fiScAl
efetiVoS
Carlos Alberto Souza GuerreiroLuiz Ronaldo CaetanoValmir Fernandes do Amaral
SuPleNteS
Fábio Teixeira AlvesJorge Luiz Loureiro Queiroz Ferreira
delegAdoS rePreSeNtANteS – cNt
efetiVo
Jacob Barata Filho
SuPleNte
Marcelo Traça Gonçalves
SiNdicAtoS filiAdoS
rio ÔNiBuS
Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de JaneiroRua Victor Civita,77 – Bloco 8, 2º andarBarra da Tijuca – Rio de Janeiro – RJCEP. 22775-044Tel: (21) 2173-7400 | Fax: (21) 2173-7447 rioonibus@rioonibus.com www.rioonibus.comPresidente do Conselho Superior | João Augusto Morais MonteiroPresidente | Lélis Marcos Teixeira
SetrerJ
Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de JaneiroAlameda São Boaventura, 81 Fonseca – Niterói – RJ Cep: 24130-005 Tel: (21) 2199-3300 | Fax: (21) 2199-3320 setrerj@setrerj.org.br | www.setrerj.org.brPresidente | Marcelo Traça Gonçalves
trANSÔNiBuS
Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Nova IguaçuAv. Carlos Marques Rollo, 854 Vila Nova – Nova Iguaçu – RJ Cep: 26225-290 Tel: (21) 2797-1050Fax: (21) 2796-2957 transonibus@transonibus.org.br www.transonibus.org.brPresidente | Narciso Gonçalves dos Santos
SetrANSduc
Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários em Duque de CaxiasRua Almirante Grenfall, 405, bl. 2, 6o andar Parque Duque – Duque de Caxias – RJ Cep: 25085-135. Telefax: 2673-6477 adm@setransduc.com.br www.setransduc.com.brPresidente | José Carlos Cardoso Machado
SetrANSPetro
Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de PetrópolisRua do Imperador, 100Centro – Petrópolis – RJ Cep: 25620-000 Telefax: (24) 2103-5100 ascom@setranspetro.com.brwww.setranspetro.com.brPresidente | Vilcemar Galvão Rodrigues
SetrANSPAS
Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de CamposRua Dr. Lacerda Sobrinho, 273 Centro – Campos dos Goytacazes – RJ Cep: 28023-631 Telefax: (22) 2722-7034 secretaria.setranspas@setranspas.com.br www.setranspas.com.brPresidente | Gilson Alves Menezes
SiNdPASS
Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Barra MansaRua Benedita Helena de Lima, 140 Centro – Barra Mansa – RJ Cep: 28010-077Tel: (24) 2106-5656 sindpass@sindpass.com.br www.sindpass.com.brPresidente | Paulo Afonso de Paiva Arantes
SetrANSol
Sindicato das Empresas de Transportes da Costa do SolAv. Central, 81 Jardim Excelsior – Cabo Frio – RJ Cep: 28915-550 Tel: (22) 2647-8200 salineira@mar.com.br | www.salineira.com.brPresidente | Francisco José Gavinho Geraldo
SiNterJ
Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais do Estado do Rio de JaneiroRua do Carmo, 11, sala 1302 Centro – Rio de Janeiro – RJ Cep: 20011-020 Telefax: (21) 2252-0062 sinterj@sinterj.net.brPresidente | Amaury de Andrade
SiNfrerJ
Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado do Rio de JaneiroRua Buenos Aires, 68 – 10º andar Centro – Rio de Janeiro – RJ Cep: 20070-900 Telefax: (21) 2210-7400 sinfrerj@sinfrerj.org.brPresidente | Manuel Martins Vidinha
expediente
Coordenação
Via texto
edição
Vania mezzonato
textos
francico luiz noel / Vania mezzonato
Revisão
tânia mara gouveia leite
Fotos
mirian fichtner / pluf fotografiasarquivo fetranspor
Projeto gráfico
traço design
impressão
gráfica Colorset
o Relatório anual de atividades
é uma publicação da diretoria
de marketing e Comunicação
da Fetranspor
Rua da Assembleia, 10 / 39º andar – Centro
CEP 20011-901 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 3221-6300 | Fax: (21) 2531-2276
www.fetranspor.com.br
Recommended