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REFª: 26466815
RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR- 155º CIRE
CARACTERIZAÇÃO
Tribunal Competente:
Ref. de autoliquidação:
Nº Processo:
Vila Nova de Famalicão - Tribunal Judicial da Comarca de Braga
3813/17.0T8VNFUnidade Orgânica: Juízo de Comércio de Vila Nova de Famalicão - Juiz 1
Finalidade: Juntar a Processo Existente
ADMINISTRADOR JUDICIAL SUBSCRITOR
Nome: Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva
Morada: Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, 236
Localidade:
Código Postal: 4770-831 Castelões Vnf
Telefone: 252921115 Fax: Email:
Nº Registo: 366
NIF: 206013876
Peça Processual entregue por via electrónica na data e hora indicadas junto da assinatura electrónica do subscritor (cfr. última página), aposta nos termos previstos na Portaria n.º 280/2013, de 26 de Agosto
Documento processado por computador Relatório do Administrador - 155º CIRE REFª. 26466815Pág. 1/1
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1 | P á g i n a
Escritório: Correspondência: Telefone: 252 921 115
Quinta do Agrelo Apartado 6042Rua do Agrelo, 236 4774‐909 Pousada de Saramagos Fax: 252 921 115 4770‐831 Castelões VNF geral@nunooliveiradasilva.pt www.nunooliveiradasilva.pt
Administrador Judicial – Economista – Contabilista Certificado
Exmo(a). Senhor(a) Doutor(a) Juiz de
Direito da Comarca de Braga – Juízo de
Comércio de Vila Nova de Famalicão
Juiz 1 Processo nº 3813/17.0T8VNF Insolvência de “Caminhamos Consigo, Lda.”
Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta
do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão, contribuinte
nº 206 013 876, Administrador da Insolvência nomeado no processo à margem
identificado, vem requerer a junção aos autos do relatório a que se refere o artigo 155º do
C.I.R.E., bem como o respectivo anexo (inventário).
Mais informo que não foi elaborada a lista provisória de créditos prevista no artigo
154º do CIRE, uma vez que vai ser junto aos autos a relação de credores a que alude o
artigo 129º do CIRE.
P.E.D. O Administrador da Insolvência
Nuno Oliveira da Silva
Castelões, 26 de julho de 2017
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Insolvênciade“CaminhamosConsigo,Lda.”Relatório(artigo155ºdoC.I.R.E.)
Processo nº 3813/17.0T8VNF da Comarca de Braga – Juízo de Comércio de Vila Nova de Famalicão – Juiz 1
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I – Identificação do Devedor
“Caminhamos Consigo, Lda.”1, sociedade comercial por quotas, com sede
na Rua 25 de Abril, nº 534, Loja 17, freguesia de Braga (São José de São Lázaro e São
João do Souto), concelho de Braga, com o NIPC 502 344 270, tendo por objecto social o
comércio de calçado e acessórios de moda.
A sociedade, constituída em 10 de Maio de 1990, encontra-se matriculada na
Conservatória do Registo Comercial de Braga sob o número 502344270 e tem
actualmente a seguinte estrutura societária:
Sócios Valor da Quota
José Manuel Igreja de Carvalho 3.942,30 €
Ana Maria Mendes Soares 45.937,49 €
Total 49.879,79 €
A gerência da sociedade está atribuída a Fernanda Maria Igreja de Carvalho desde
22 de Agosto de 20112. A sociedade obriga-se pela assinatura de um gerente.
Código de Acesso à Certidão Permanente: 7522-8621-7837
II – Actividade do devedor nos últimos três anos e os seus
estabelecimentos (alínea c) do nº 1 do artigo 24º do C.I.R.E.)
O estabelecimento da sociedade insolvente localiza-se na sua sede social. O
imóvel em causa é objecto de um contracto de arrendamento celebrado com José Castro
Barbosa e Maria Eugénia Monteiro Barbosa. A renda mensal ascende a Euros 600,00.
1 Entre a sua constituição e 27 de Dezembro de 2011, a sociedade tinha a designação de “Fernando Carneiro & Filhos, Lda.” 2 A gerência da sociedade esteve anteriormente atribuída a:
a) Francisco José Amorim Carneiro – desde a sua constituição até 01/02/2002, por renúncia; b) Fernando da Silva Carneiro – desde a sua constituição até 09/08/2011, por renúncia; c) Maria Lucília Amorim Carneiro Ferreira da Costa – desde 15/10/2003 a 09/08/2011, por
renúncia.
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Processo nº 3813/17.0T8VNF da Comarca de Braga – Juízo de Comércio de Vila Nova de Famalicão – Juiz 1
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A sociedade insolvente dedica-se ao comércio de calçado e de acessórios de moda,
designadamente através da exploração de uma loja de venda ao público com a designação
de “Sapataria Fernando”, localizada na sua sede social.
A sociedade explorou também uma loja no Centro Comercial de Santa Bárbara,
com entrada pela Rua Justino Cruz, nº 148, em Braga. Esta loja foi entregue ao senhorio
no passado mês de Março de 2017, uma vez que havia rendas em atraso.
Há mais de um ano e meio, a sociedade teve de entregar outras duas lojas aos seus
proprietários, por rendas em atraso. Uma dessas lojas localizava-se no Centro Comercial
Bragaparque.
De acordo com a gerência, as dificuldades sentidas pela sociedade insolvente nos
últimos anos, e que conduziram a graves problemas de liquidez, são explicadas pelos
seguintes factores:
a) Retracção no mercado do calçado, reflexo da crise a nível nacional que
originou uma diminuição da procura de calçado de qualidade, cujo preço de
venda era elevado;
b) Entrada no mercado de grandes empresas de roupa, com a venda de calçado
de menor qualidade, mas a preços mais acessíveis;
c) A venda on-line deste tipo de produtos, a preços mais competitivos;
d) Encerramento do hospital de São Marcos, afastando centenas de pessoas
diariamente da área circundante ao mesmo.
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Observemos a informação contabilística disponível para os exercícios de 2014 a
2016, a qual sustenta a explicação apresentada pela sociedade insolvente para as razões
que a conduziram à actual situação de insolvência:
Rubricas 2014 2015 Variação 2015/2014 2016 Variação 2016/2015 Variação 2016/2014
Vendas e serviços prestados 889 449,02 € 664 480,24 € -224 968,78 € -25,29% 268 689,91 € -395 790,33 € -59,56% -620 759,11 € -69,79%
CMVeMC 520 284,80 € 386 644,20 € -133 640,60 € -25,69% 201 433,64 € -185 210,56 € -47,90% -318 851,16 € -61,28%
Fornecimentos e serviços externos 165 660,97 € 166 160,58 € 499,61 € 0,30% 84 092,15 € -82 068,43 € -49,39% -81 568,82 € -49,24%
Gastos com pessoal 185 225,72 € 155 968,59 € -29 257,13 € -15,80% 95 864,95 € -60 103,64 € -38,54% -89 360,77 € -48,24%
Outros rendimentos e ganhos 33 972,07 € 5 619,69 € -28 352,38 € -83,46% 9 120,32 € 3 500,63 € 62,29% -24 851,75 € -73,15%
Outros gastos e perdas 5 990,74 € 20 548,97 € 14 558,23 € 243,01% 2 610,29 € -17 938,68 € -87,30% -3 380,45 € -56,43%
Resultado Operacional 43 538,49 € -64 217,54 € -107 756,03 € -247,50% -112 163,65 € -47 946,11 € 74,66% -155 702,14 € -357,62%
Resultado antes de impostos 43 040,27 € -65 110,77 € -108 151,04 € -251,28% -112 165,51 € -47 054,74 € 72,27% -155 205,78 € -360,61%
Resultado Líquido do Período 39 168,62 € -68 932,29 € -108 100,91 € -275,99% -114 128,82 € -45 196,53 € 65,57% -153 297,44 € -391,38%
Activo 356 592,31 € 344 668,27 € -11 924,04 € -3,34% 203 805,94 € -140 862,33 € -40,87% -152 786,37 € -42,85%
Activos fixos tangíveis 39 081,79 € 48 789,52 € 9 707,73 € 24,84% 42 655,99 € -6 133,53 € -12,57% 3 574,20 € 9,15%
Investimentos financeiros 56,68 € 661,33 € 604,65 € 1066,78% 500,00 € -161,33 € -24,39% 443,32 € 782,15%
Inventários 271 865,76 € 224 657,81 € -47 207,95 € -17,36% 100 276,54 € -124 381,27 € -55,36% -171 589,22 € -63,12%
Clientes 37 362,19 € 37 362,19 € #DIV/0! 332,10 € -37 030,09 € -99,11% 332,10 € #DIV/0!
Estado e outros Entes Públicos 2 081,56 € 4 824,06 € 2 742,50 € 131,75% 4 661,56 € -162,50 € -3,37% 2 580,00 € 123,95%
Outras contas a receber 39 680,72 € 19 367,67 € -20 313,05 € -51,19% 29 976,42 € 10 608,75 € 54,78% -9 704,30 € -24,46%
Diferimentos 787,07 € 108,10 € -678,97 € -86,27% 39,53 € -68,57 € -63,43% -747,54 € -94,98%
Caixa e depósitos bancários 3 038,73 € 8 897,59 € 5 858,86 € 192,81% 25 363,80 € 16 466,21 € 185,06% 22 325,07 € 734,68%
Passivo 507 805,66 € 564 813,91 € 57 008,25 € 11,23% 377 105,02 € -187 708,89 € -33,23% -130 700,64 € -25,74%
Financiamentos obtidos 0,00 € 16 666,67 € 16 666,67 € #DIV/0! 0,00 € -16 666,67 € -100,00% 0,00 €
Fornecedores 320 346,96 € 311 340,48 € -9 006,48 € -2,81% 148 678,27 € -162 662,21 € -52,25% -171 668,69 € -53,59%
Adiantamentos de clientes 700,00 € 845,69 € 145,69 € 20,81% 0,00 € -845,69 € -100,00% -700,00 € -100,00%
Estado e outros Entes Públicos 93 737,38 € 117 858,17 € 24 120,79 € 25,73% 125 281,22 € 7 423,05 € 6,30% 31 543,84 € 33,65%
Financiamentos obtidos 2 617,04 € 35 156,53 € 32 539,49 € 1243,37% 4 053,55 € -31 102,98 € -88,47% 1 436,51 € 54,89%
Outras contas a pagar 87 404,28 € 82 946,37 € -4 457,91 € -5,10% 99 091,98 € 16 145,61 € 19,47% 11 687,70 € 13,37%
Diferimentos 3 000,00 € 0,00 € -3 000,00 € -100,00% 0,00 € 0,00 € -3 000,00 € -100,00%
Capital Próprio -151 213,35 € -220 145,64 € -68 932,29 € 45,59% -173 299,08 € 46 846,56 € -21,28% -22 085,73 € 14,61%
Outros instrumentos capital próprio 43 700,00 € 43 700,00 € 0,00 € 43 700,00 € 0,00 € 0,00 €
Reservas 60 123,61 € 60 123,61 € 0,00 € 60 123,61 € 0,00 € 0,00 €
Resultados transitados -344 085,37 € -304 916,75 € 39 168,62 € -11,38% -212 873,66 € 92 043,09 € -30,19% 131 211,71 € -38,13%
Trabalhadores 16 15 -1 -6,25% 6 -9 -60,00% -10 -62,50%
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Como se verifica pelo quadro anterior, a sociedade exerceu uma actividade
lucrativa no ano de 2014, apresentando um resultado líquido do exercício superior a Euros
39.000,00. Apesar deste resultado positivo, a sociedade “carrega” resultados negativos
de anos anteriores e que ascendem a montantes avultados.
Nos exercícios de 2015 e 2016, a insolvente exerceu uma actividade bastante
deficitária, onde o volume de negócios não foi suficiente para suportar os seus custos de
funcionamento, acumulando avultados prejuízos – os resultados transitados até 2016
(inclusive) ascenderam a mais de Euros 212.000,00 negativos.
Verifica-se ainda que o volume de negócios da sociedade diminuiu em quase 70%
entre 2014 e 2016, o equivalente a um decréscimo de mais de Euros 600.000. Esta queda
abrupta nas vendas deve-se essencialmente ao fecho de duas das quatro lojas que a
sociedade insolvente explorava, entre 2015 e 2016.
É possível também verificar que a sociedade apresenta um capital próprio
negativo de Euros 173.299,08 em 2016, o que demonstra que a sociedade se encontra em
falência técnica.
Até ao momento não nos foram disponibilizados pelo contabilista da
sociedade insolvente a informação relativa ao ano de 2017, pelo que não é possível
fazer uma análise à actividade exercida pela sociedade até Junho deste ano.
As lojas “Sapataria Fernando” são conhecidas pela qualidade de todo o tipo de
calçado que dispunha para venda e, consequentemente, pela prática de preços elevados.
Ou seja, o seu público-alvo eram pessoas da classe média e alta.
Face à crise que assentou em Portugal, as pessoas deixaram de comprar calçado
de boa qualidade para comprar bens idênticos de menor qualidade, mas a preços mais
acessíveis.
A este facto alia-se a entrada no mercado de grandes empresas de roupa, que
começaram a fabricar calçado a preços bastante inferiores àqueles praticados pela
insolvente, contribuindo negativamente para o volume de negócios da insolvente.
Acresce ainda que perante o encerramento do Hospital de São Marcos em Maio
de 2011, os vários comerciantes daquela zona viram o seu negócio decair, uma vez que
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as ruas próximas ao hospital deixaram de ter a afluência de centenas de pessoas
diariamente3.
Uma vez que a loja que corresponde à sede é contígua ao hospital, a sociedade foi
uma das afectadas negativamente com o seu encerramento do Hospital, perdendo muitos
clientes e agravando a sua situação económica e financeira.
Tudo isto em conjunto, tal como referido, veio criar graves problemas de
tesouraria, que levaram a sociedade a entrar em incumprimento com as suas obrigações
junto dos seus credores, em especial com os seus trabalhadores, a quem não foram pagos
vários créditos salariais no segundo semestre de 2015.
Perante esta situação, a sociedade intentou um Processo Especial de
Revitalização4 em Dezembro de 2015, com o intuito de ser aprovado um plano de
recuperação para pagamento das suas dívidas vencidas no momento. Tal plano foi
aprovado e homologado em Julho de 2016.
Durante o período de revitalização, a sociedade cumpriu parcialmente com o
estipulado no plano de pagamento aos credores até Dezembro de 2016, nomeadamente
com os seus fornecedores.
No entanto, para conseguir pagar as suas dívidas vencidas, a sociedade não dispôs
de liquidez necessária para cumprir com os pagamentos dos custos gerados no decurso
do normal exercício da sua actividade, em especial com os fornecimentos de mercadoria
após a apresentação ao P.E.R., originando o acumular de dívidas.
Aliás, pelo quadro acima exposto, verifica-se que em 2016 a sociedade não
conseguiu obter receitas suficientes para suportar os seus custos de funcionamento,
quanto mais para conseguir aliar ao cumprimento de compromissos anteriores e que
constam do plano de revitalização.
3 Esta situação foi divulgada nos meios de comunicação social, nomeadamente no jornal “Público” que fez pelo menos dois artigos onde informavam que “(…) entre funcionários, doentes e visitas, estima-se que, todos os dias, frequentavam o Hospital de São Marcos seis a sete mil pessoas. O fluxo de pessoas naquela área da cidade é agora muito menor.” e ainda que “(…) os comerciantes queixam-se de quebras de facturação entre os 40 e os 60 por cento”. 4 O Processo Especial de Revitalização correu termos sob o nº 521/13.5TBBRG do extinto 3º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Braga
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Processo nº 3813/17.0T8VNF da Comarca de Braga – Juízo de Comércio de Vila Nova de Famalicão – Juiz 1
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A perda de clientes e a queda gradual no volume de negócios da sociedade
insolvente veio agravar ainda mais os seus problemas de tesouraria, que conduziram a
sociedade a entrar em incumprimento com os seus actuais credores e com os credores
objecto do plano de revitalização.
Perante este cenário e sem grandes perspectivas de melhoria da sua actividade
neste sector, bem como sem capacidade financeira para se reestruturar, a gerência da
sociedade acabou por se apresentar à insolvência.
Considerando o que atrás foi exposto, promoveu-se o encerramento antecipado do
estabelecimento da sociedade insolvente, reportando-o ao dia 14 de Junho de 2017, nos
termos do artigo 157º do CIRE, fazendo-se cessar os contractos de trabalho dos seis
colaboradores que à data mantinham vínculo contratual.
Importa ainda mencionar que há pelo menos duas sociedades especialmente
relacionadas com a insolvente, uma vez que foram suas sócias entre 05 de Fevereiro de
2002 e 02 de Setembro de 2011, nomeadamente:
1. Fernando Carneiro S.A.
a. NIPC: 505 813 769
b. Sede: Rua Dr. Justino da Cruz, nº 113, 4700-314 Braga
c. Objecto social: gestão e promoção imobiliária e compra e venda de
imóveis
d. Capital social: Euros 50.000,00 (1.000 acções nominativas ou ao portador
com valor nominal de Euros 50,00)
2. Sapatos e Nós, S.A.
a. Anterior denominação: Fernando da Silva Carneiro, S.A.
b. NIPC: 505 810 034
c. Sede: Rua Dom Frei Caetano Brandão, nº 54, 4700-031 Braga
d. Objecto social: Comércio a retalho de calçado, em estabelecimentos
especializados
e. Capital social: Euros 200.000,00 (4.000 acções com valor nominal de
Euros 50,00)
f. Administração: Francisco José Amorim Carneiro
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Insolvênciade“CaminhamosConsigo,Lda.”Relatório(artigo155ºdoC.I.R.E.)
Processo nº 3813/17.0T8VNF da Comarca de Braga – Juízo de Comércio de Vila Nova de Famalicão – Juiz 1
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g. Nota: esta sociedade foi declarada insolvente em 18/05/2012 no âmbito do
processo nº 3088/12.8TBBRG, que correu termos na Instância Local de
Braga – Secção Cível - J4
III – Estado da contabilidade do devedor (alínea b) do nº 1 do artigo 155º do
C.I.R.E.)
A contabilidade da sociedade encontra-se processada até final do ano de 2016,
tendo sido cumpridas as obrigações declarativas daí emergentes.
O signatário não consegue informar se a contabilidade reflecte (ou não) uma
imagem verdadeira e apropriada da sua situação patrimonial e financeira, uma vez que à
data de 31 de Dezembro de 2016, a mesma evidenciava os seguintes saldos a débito:
a) Saldo de caixa: Euros 4.709,14;
b) Conta de depósitos à ordem: Euros 20.654,66, dos quais:
I. Banco Popular: Euros 4.415,45
II. Banco Santander Totta: Euros 452,09
III. Banco Popular – Hush Puppies: Euros 15.787,12
Em 14 de Junho de 2017, o signatário encerrou o estabelecimento da sociedade
insolvente, tendo sido apenas entregue o valor de Euros 595,00 de saldo de caixa.
De acordo com a informação prestada pelo “Banco Popular Portugal, S.A.”, a
sociedade era titular de duas contas bancárias que apresentam um saldo de Euros 44,20 e
Euros 4,74, à data de 28 de Junho de 2017.
Perante a falta de informação contabilística relativa ao ano de 2017, desconhece-
se qual o destino dado a mais de Euros 24.000,00 que a sociedade tinha como
disponibilidade financeira, no período entre 31 de Dezembro de 2016 e Junho de 2017,
uma vez que este valor não foi apreendido para o processo de insolvência.
IV – Perspectivas futuras (alínea c) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.)
Por vontade da gerência da sociedade e do Administrador da Insolvência,
promoveu-se o encerramento antecipado do seu estabelecimento, reportado à data de 14
de Junho de 2017, tendo-se feito cessar os contractos de trabalho dos colaboradores da
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Insolvênciade“CaminhamosConsigo,Lda.”Relatório(artigo155ºdoC.I.R.E.)
Processo nº 3813/17.0T8VNF da Comarca de Braga – Juízo de Comércio de Vila Nova de Famalicão – Juiz 1
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sociedade (naquela altura, seis), o que, por si, evidencia a falta de vontade em propor aos
credores um plano de recuperação que preveja a manutenção da actividade.
Perante o que acima foi referido, deverão os credores deliberar no sentido da
ratificação da decisão do encerramento do estabelecimento da sociedade insolvente,
e, consequentemente deliberar a liquidação do seu activo.
Castelões, 26 de Julho de 2017
O Administrador da Insolvência
Nuno Oliveira da Silva
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Insolvência de “Caminhamos Consigo, Lda.”
Processo nº 3813/17.0T8VNF da Comarca de Braga – Juízo de Comércio de Vila Nova de Famalicão – Juiz 1
( A r t i g o 1 5 3 º d o C . I . R . E . )
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Insolvência de “Caminhamos Consigo, Lda.”
Inventário (artigo 153º do C.I.R.E.)
Processo nº 3813/17.0T8VNF da Comarca de Braga – Juízo de Comércio de Vila Nova de Famalicão – Juiz 1
1 | P á g i n a
Relação dos bens e direitos passíveis de integrarem a
massa insolvente:
Verba Descrição da Verba Valor
1
Stock de mercadoria composto por:
3 440,00 €
- Cerca de 40 pares de botas para homem; - 24 pares de sapatos para homem; - 6 pares de sapatilhas para homem; - Cerca de 35 pares de calçado para criança; - Cerca de 65 pares de botas para senhora; - Cerca de 75 pares de botins para senhora; - Cerca de 190 pares de sapatos para senhora; - Cerca de 220 pares de sandálias para senhora; - Cerca de 15 pares de chinelos para senhora; - Cerca de 10 pares de sapatilhas para senhora; - 8 carteiras de senhora;
2
18 prumos de expositores (em alumínio); 54 prateleiras de expositores (em alumínio); 1 escada em alumínio; 1 expositor com 6 prateleiras em alumínio; 1 expositor com 5 prateleiras em alumínio; 6 estantes iluminadas; 1 calha com 7 focos; 1 calha com 3 focos; 3 montras expositoras rotativas (em alumínio); 2 bancos em alumínio; 4 carrinhos expositores em alumínio; 4 cadeiras; 2 móveis com estrutura em alumínio com 2 gavetas; 1 móvel com estrutura em alumínio com 1 estante; 1 móvel com estrutura em alumínio com portas de correr; 1 sistema de video-vigilância da marca PANASONIC TL500, com 1 câmara; 1 torre de PC da marca HP, com teclado e rato e monitor da marca HP; 1 gaveta de dinheiro; 1 impressora de talões da marca EPSON;
2 130,00 €
3
3 torres de PC da marca HP; 1 torre de PC sem marca visível; 1 servidor da marca TSUNAMI; 1 gaveta de dinheiro; 1 multifunções da marca BROTHER DCP-195C; 1 central telefónica da marca SIEMENS HICOM 100E; 1 pistola leitora de códigos de barras; 2 telefones sem fio; 1 PDA com leitor de códigos de barras; 5 telemóveis antigos da marca NOKIA; 1 UPS da marca BLACK; 1 UPS da marca MUSTEK; 1 UPS da marca MGE; 1 monitor TFT da marca SAMSUNG; 1 monitor TFT da marca HP; 2 impressoras de talões sem marca, com o modelo TM200; 1 impressora de talões da marca EPSON, modelo M129B; 1 impressora de talões da marca EPSON, modelo M129H;
300,00 €
4 Saldo da conta D.O. nº 121.060.02192.17 titulada pela sociedade insolvente no “Banco Santander Totta, S.A.” 44,20 €
5 Saldo da conta D.O. nº 121.060.02871.85 titulada pela sociedade insolvente no “Banco Santander Totta, S.A.” 4,74 €
Total dos bens 5.918,94 €
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Insolvência de “Caminhamos Consigo, Lda.”
Inventário (artigo 153º do C.I.R.E.)
Processo nº 3813/17.0T8VNF da Comarca de Braga – Juízo de Comércio de Vila Nova de Famalicão – Juiz 1
2 | P á g i n a
a) Os bens acima descritos sob as verbas nº 1, 2 e 3 encontram-se na sede da sociedade
insolvente sita na Rua 25 de Abril, nº 534, Loja 17, freguesia de Braga (São José de São
Lázaro e São João do Souto), concelho de Braga.
Castelões, 26 de Julho de 2017
O Administrador da Insolvência
Nuno Oliveira da Silva
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