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Relatório do Curso de Capacitação em Verificação de Desmatamento em Campo – Turma 4 - Altamira
Contrato n.º: 006/2016-NEPMV
Objeto de contratação: Contratação de empresa
especializada para elaboração, organização e
realização de 01 Curso de Capacitação em
Verificação de Desmatamento em Campo, dividido
em 07 turmas, objetivando o fortalecimento da
Gestão Ambiental Municipal através do Projeto
Municípios Verdes/Fundo Amazônia e os Pactos
Locais firmados pelo Programa Municípios Verdes –
NEPMV e os municípios paraenses, conforme
especificações constantes no Edital do Pregão
Eletrônico nº 002/2016 – NEPMV e seus anexos.
Contratada: Floram Engenharia e Meio Ambiente –
Ltda.
Produto: 6 – Relatório do Curso – Turma 04
Altamira.
Dezembro/2016
FICHA TÉCNICA
IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATO
FICHA TÉCNICA
IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATO
Número do contrato: 006/2016 – NEPMV
Objeto da contratação: Contratação de empresa especializada para elaboração, organização e realização de
01 Curso de Capacitação em Verificação de Desmatamento em Campo, dividido em 07 turmas, objetivando o
fortalecimento da Gestão Ambiental Municipal através do Projeto Municípios Verdes/Fundo Amazônia e os
Pactos Locais firmados pelo Programa Municípios Verdes – NEPMV e os municípios paraenses, conforme
especificações constantes no Edital do Pregão Eletrônico nº 002/2016 – NEPMV e seus anexos.
Contratante: Núcleo Executor do Programa Municípios Verdes
Contratado: Floram Engenharia e Meio Ambiente Ltda.
Produto: 6 – Relatório do Curso – Turma 04 / Altamira
IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL LEGAL PELO PRODUTO (CONTRATADA)
Razão social: Floram Engenharia e Meio Ambiente Ltda.
CNPJ: 02.479.401/0001-00
Inscrição Estadual: 010.775.497
Endereço: Rua 23 de Maio n° 146 – Centro – Eunápolis/BA
CEP: 45820-075
Telefone: (73) 3281-3190
Representante legal: Paulo Tarcísio Cassa Louzada E-mail: paulo@floram.com.br
EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL
ESTA EQUIPE PARTICIPOU DA ELABORAÇÃO DO PRODUTO E RESPONSABILIZA-SE TECNICAMENTE POR SUAS RESPECTIVAS ÁREAS
Jakeline da Silva Viana: Eng. Florestal / Especialista em Gestão Ambiental / Instrutora Titular / jakeline.vian@gmail.com Paulo Tarcísio Cassa Louzada: Eng. Agrônomo, MBA Internacional em Meio Ambiente e Mestre em Solos CREA/MG 34.536/D / Responsável Legal / paulo@floram.com.br Augusto Luciani Carvalho Braga: Biólogo, MBA em Gestão Empresarial, Especializando em Direito Ambiental e Mestre em Ecologia Aplicada CRBio 44.253/04-D / Coordenação técnica / Produção Técnica / augusto@floram.com.br
EQUIPE DE APOIO TÉCNICO Bruna Furtado: Engenheira Ambiental CREA/PA1514639661 / Apoio técnico e operacional em Belém e nas bases locais / basebelem.pmv@floram.com.br Marcelia Ribeiro Dias: Bióloga / Técnico de referência na base local / basealtamira.pmv@floram.com.br Louise Gomes Passos: Engenheira Florestal CREA/BA 90.825 / Produção de Relatório / louise@floram.com.br
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................... 9
2. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 11
3. OBJETIVO ..................................................................................................................................................... 15
4. METODOLOGIA ............................................................................................................................................ 17
4.1 Período e local de realização ............................................................................................................... 17
4.2 Identificação e mobilização do público Alvo ......................................................................................... 17
4.2.1 Aspectos Gerais ............................................................................................................................... 17
4.2.2 Aspectos Específicos ....................................................................................................................... 18
4.3 Preparação dos kits didáticos, apostilas e aulas teóricas ..................................................................... 19
4.4 Preparação da aula prática .................................................................................................................. 20
5. PRODUTO .................................................................................................................................................... 23
5.1 Realização do evento ........................................................................................................................... 23
5.1.1 Integração e Modulo 01 ................................................................................................................... 23
5.1.2 Módulo 2 .......................................................................................................................................... 26
5.1.3 Módulo 3 .......................................................................................................................................... 27
5.1.4 Módulo 4 .......................................................................................................................................... 28
5.1.5 Módulo 5 .......................................................................................................................................... 28
5.1.6 Módulo 6 .......................................................................................................................................... 30
5.1.7 Módulo 7 .......................................................................................................................................... 32
5.1.8 Entregas de certificados e encerramento ......................................................................................... 33
5.2 Avaliação da Capacitação .................................................................................................................... 35
5.2.1 Procedimentos para a avaliação ...................................................................................................... 35
5.2.2 Resultados da Avaliação .................................................................................................................. 37
5.3 Avaliação dos Participantes ................................................................................................................. 39
6. RECOMENDAÇÕES E/OU JUSTIFICATIVAS .............................................................................................. 41
7. DIFICULDADES E ENTRAVES .................................................................................................................... 43
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................... 45
RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO....................................................................................................... 47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................................... 49
ANEXOS ................................................................................................................................................................ 51
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Composição dos participantes da 4ª Turma da Capacitação em Verificação do Desmatamento em
Campo. ......................................................................................................................................................... 18
Quadro 2 – Composição efetiva dos participantes da 4ª Turma da Capacitação em Verificação do Desmatamento
em Campo. ................................................................................................................................................... 25
Quadro 3 – Distribuição de frequência dos conceitos de acordo com as avaliações realizada pelos técnicos da
Capacitação em Verificação do Desmatamento em Campo, Turma 4 – Altamira ........................................ 38
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Modelo do convite enviado pelo NEPMV às secretarias. ........................................................................ 19
Figura 2: Entrega da apostila e Kit didático aos participantes no primeiro dia de curso. ...................................... 20
Figura 3: Localização da área definida para a realização da aula prática. ............................................................. 21
Figura 4: Vistoria das condições de acesso à área da aula prática. ...................................................................... 22
Figura 5: Vistoria prévia da área para prática de campo. ....................................................................................... 22
Figura 6 – Participação dos representantes dos municípios no coffee break fornecido pelo NEPMV. .................. 25
Figura 7 – Abordagem teórica com aula expositiva para a turma 04 - Altamira. .................................................... 26
Figura 8 - Monitor auxiliando aluno na instalação do software de geoprocessamento. ........................................ 28
Figura 9 – Desmatamento vetorizado a partir do alerta do SAD 199262. .............................................................. 29
Figura 10: Apresentação do representante da Rádio Margarita. ............................................................................ 29
Figura 11 – Transporte utilizado para condução dos participantes na aula prática. ............................................... 31
Figura 12 – Instruções de configuração do GPS para aula prática. ....................................................................... 31
Figura 13 – Destaque para o desmatamento no local da aula prática. .................................................................. 32
Figura 14 – Modelo de mapa de verificação de desmatamento. ............................................................................ 33
Figura 15 – Certificado entregue aos participantes da Turma 04 da Capacitação em Verificação do Desmatamento
em Campo. ................................................................................................................................................... 34
Figura 16 - Entrega do certificado para a técnica representante do município de Altamira. .................................. 34
Figura 17 - Foto oficial do evento, com a equipe do NEPMV, Floram e os técnicos participantes ......................... 35
Figura 18 – Escala com valores dos conceitos para avaliação da capacitação por parte dos técnicos participantes.
..................................................................................................................................................................... 36
Figura 19 – Nota média (percentual de satisfação) alcançado em cada um dos 7 Módulos da Capacitação em
Verificação do Desmatamento em Campo, Turma 4 – Altamira. .................................................................. 37
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Cursos de Capacitação em
Verificação de Desmatamento em
Campo – Turma 04 Altamira
Programa Municípios Verdes
1. APRESENTAÇÃO
O presente relatório é apresentado em atendimento ao Contrato 006/2015
– NEPMV que tem como objeto a realização de Capacitações em Verificação do
Desmatamento em Campo, objetivando o fortalecimento da Gestão Ambiental
Municipal.
Nesse relatório são descritas todas as ações para realização da
capacitação da Turma 4 - Altamira. Dessa forma, o relatório encontra-se organizado
em 8 capítulos.
No Capítulo 2 – Introdução – são apresentadas a contextualização e
justificativas para a realização da Capacitação em Verificação do Desmatamento em
Campo.
No Capítulo 3 é apresentado o objetivo do relatório, enquanto que no
Capítulo 4 é descrita a metodologia para organização e realização da capacitação.
No Capítulo 5 é realizada a descrição das atividades de capacitação, com
uma breve análise dos resultados alcançados nas aulas teóricas e prática; é
apresentada também uma breve análise da avaliação do curso conforme apontado
pelos participantes nas fichas de avaliação.
No Capítulo 6 são apresentadas as recomendações/justificativas, ao ponto
que no Capítulo 7 são apresentadas as dificuldades e entraves para a realização da
capacitação. No Capítulo 8 são apresentadas as Considerações Finais.
Integra ainda o relatório, a responsabilidade técnica sobre o produto, as
referências bibliográficas, e os anexos.
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Cursos de Capacitação em
Verificação de Desmatamento em
Campo – Turma 04 Altamira
Programa Municípios Verdes
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Cursos de Capacitação em
Verificação de Desmatamento em
Campo – Turma 04 Altamira
Programa Municípios Verdes
2. INTRODUÇÃO
O Programa Municípios Verdes teve sua inspiração na experiência bem
sucedida do município de Paragominas que, em 2008, após ter sua história associada
à expansão de atividades econômicas que incentivavam o desmatamento, lançou o
projeto “Paragominas - Município Verde”. O projeto tinha como objetivo enfrentar os
altos índices de desmatamento a partir da realização de um pacto com a sociedade
local e com diversas ações empreendidas por parceiros atuantes no município
(prefeitura, sindicatos dos produtores rurais, ONGs, trabalhadores, Ministério Público
Federal, dentre outros). Cinquenta e uma entidades atenderam ao chamado, e o
status do desmatamento começou a ser discutido com a sociedade civil (PMV, 2013).
Ainda em 2008, no final do ano, o pacto iniciado em março foi posto à prova,
após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA apreender vários caminhões de madeira em terras indígenas cometendo crime
ambiental. Houve revolta por parte dos exploradores ilegais afetados pela ação do
órgão ambiental. Os caminhões apreendidos foram roubados e queimados, assim
como a sede local do IBAMA e veículos pertencentes à Secretaria Municipal de Meio
Ambiente. Mais uma vez, como resultado da desordem provocada pelas ações dos
madeireiros ilegais, a sociedade foi convocada para reafirmar o pacto em prol de
desmatamento zero. A partir daí, em um ato inédito de parceria, o Sindicato dos
Produtores Rurais de Paragominas, cedeu uma sala para a ONG The Nature
Conservancy (TNC) dar início ao processo de cadastramento das propriedades, e fez
o município alcançar mais de 90% de seu território privado com áreas cadastradas
(PMV, 2013).
Os resultados desse trabalho pioneiro foram sentidos já em 2010, quando
postos de trabalho, antes fechados, foram reabertos, dessa vez, voltados para a
produção sustentável, com melhor qualidade e em prol do desenvolvimento
sustentável. Foram anos difíceis para Paragominas, com perdas de empregos e de
receita. Ainda em 2010, Paragominas foi o primeiro município da Amazônia a sair da
lista do desmatamento, ganhando status de Município Verde, após reduzir em mais
de 90% as taxas locais de desmatamento e degradação florestal, resultado de ampla
adesão ao Cadastro Ambiental Rural - CAR e ações da Operação Arco de Fogo do
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Verificação de Desmatamento em
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Programa Municípios Verdes
Governo Federal, que inativou carvoarias e embargou propriedades listadas com
desmatamento ilegal (PMV, 2013).
Quase uma década após a primeira experiência bem sucedida em
Paragominas, o Programa Municípios Verdes (PMV), criado em 2011, é um
consolidado programa do Governo do Pará, desenvolvido em parceria com a
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), o Ministério
Público Estadual (MPE), o Ministério Público Federal (MPF), o Instituto Brasileiro do
Meio Ambiento e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), os municípios, a
sociedade civil e a iniciativa privada.
O principal objetivo do PMV é combater o desmatamento e fortalecer a
produção rural sustentável por meio de ações estratégicas de ordenamento ambiental
e fundiário, com foco em pactos locais contra o desmatamento, implantação do
Cadastro Ambiental Rural (CAR) e estruturação da gestão ambiental municipal (PMV,
2016). O primeiro passo para a adesão ao PMV é a assinatura, pelo município, do
Termo de Compromisso (TC) com o Ministério Público Federal (MPF), visando dar
estabilidade jurídica e política ao programa (PMV, 2013). Dos 144 municípios do
Estado do Pará, 107 já tiveram sua adesão consolidada ao programa, superando a
meta do PMV de atingir 100 municípios em 2015 (PMV, 2016).
Ao assinar o TC, o município se compromete com um conjunto de metas,
a serem monitoradas e validadas pelo PMV, e habilitando os municípios a receberem
benefícios como o desembargo ambiental, incentivos fiscais e prioridade na alocação
dos recursos públicos estaduais, nos termos da Resolução no 01/2012 do Comitê
Gestor do PMV. São sete as metas a serem cumpridas, as quais são: (1) Celebrar o
pacto local contra o desmatamento com a sociedade e governos locais; (2) Criar o
grupo de trabalho municipal de combate ao desmatamento ilegal; (3) Realizar as
verificações em campo dos focos de desmatamento ilegal e reportar ao programa; (4)
Manter a taxa anual de desmatamento abaixo de 40 Km² (com base nos critérios do
PRODES/INPE); (5) Possuir mais de 80% da área municipal cadastrada no Cadastro
Ambiental Rural (CAR); (6) Não fazer parte da lista dos municípios que mais
desmatam na Amazônia e; (7) Gestão Ambiental minimamente estruturada (PMV,
2013).
No que tange as estratégias construídas para o combate ao desmatamento,
o monitoramento por satélite e ações de fiscalização ambiental por agentes
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Cursos de Capacitação em
Verificação de Desmatamento em
Campo – Turma 04 Altamira
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ambientais têm se mostrado eficientes na Amazônia nos últimos anos. No entanto, o
Pará está entre os Estados da Amazônia que vêm apresentando as maiores taxas.
Dados preliminares do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na
Amazônia Legal por Satélite (PRODES) apontam o Pará como responsável por 32 %
do desmatamento ocorrido na Amazônia em 2015, ou seja, o Estado que mais
desmatou no ano passado, seguido pelo Mato Grosso.
Algumas estratégias no combate ao desmatamento vêm sendo
implementadas no Estado do Pará, a citar:
A Lista do Desmatamento Ilegal - LDI, que foi criada pelo Decreto Estadual
838/2013. Este Decreto veda a concessão de licenças, autorizações, serviços
ou qualquer outro tipo de benefício ou incentivo público por parte dos órgãos e
entidades da Administração Pública Estadual aos empreendimentos e
atividades situadas em áreas desmatadas ilegalmente no Estado do Pará.
A Instrução Normativa n°. 07/2014, de 19 de novembro de 2014 da SEMAS,
que estabelece procedimentos e critérios de autuação, embargo e publicação
decorrentes das infrações relativas ao desmatamento ilegal. A participação do
órgão ambiental municipal nesse processo se dará a partir do Relatório de
Verificação em Campo – RVD, nos termos do instrumento de cooperação a ser
firmado entre os entes federativos.
A LDI é composta a partir de critérios técnicos definidos pelo Comitê
Técnico acerca do período de ocorrência, tamanho da área desmatada e,
dominialidade do imóvel rural. Ela engloba informações sobre as áreas desmatadas
embargadas pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará
(SEMAS), Secretarias Municipais de meio ambiente, além de agregar áreas
desmatadas detectadas por satélite, fornecidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) através dos dados do PRODES.
Adicionalmente, a LDI pode ter como fonte as informações geradas pelos
sistemas de detecção em tempo (quase) real DETER/INPE (Sistema de Detecção de
Desmatamento em Tempo Real) e SAD/IMAZON (Sistema de Alerta de
Desmatamento). Ambos os sistemas, baseiam-se em imagens de satélite, em que as
análises são realizadas por sistemas eletrônicos automáticos e, portanto, podem gerar
polígonos de desmatamento que não representam a realidade em termos de cálculo
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Cursos de Capacitação em
Verificação de Desmatamento em
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de área e, até mesmo, indicar áreas que não são desmatadas de fato.
Assim, as Secretarias Municipais de Meio Ambiente têm um importante
papel nesse procedimento de controle do desmatamento, pois fazem a verificação do
foco em campo com o intuito de remover possíveis erros, ou confirmar os polígonos
para que sejam autuados e inseridos na LDI. Contudo, muitas dessas Secretarias têm
dificuldades de operacionalizar a verificação do desmatamento em campo, seja pela
falta de equipamentos, ou capacitação de seus técnicos.
Neste contexto, visando o atendimento das necessidades operacionais
para o combate ao desmatamento ilegal, através do monitoramento e fiscalização,
especificamente a verificação em campo, estão sendo fornecidos aos municípios pelo
PMV com o apoio do Fundo Amazônia, veículos tipo caminhonete 4x4, GPS de
navegação, máquinas fotográficas, computadores e impressoras, bem como
treinamento apropriado para a realização de todas as etapas necessárias desta
atividade, compreendidas desde a fase do recebimento pelo município do alerta de
desmatamento enviada pelo Estado, até os encaminhamentos finais do procedimento
administrativo punitivo.
Desta forma, o Curso de Capacitação em Verificação de Desmatamento
em Campo objetiva fortalecer a Gestão Municipal e reafirmar o compromisso
assumido através de Pactos Locais pelo Núcleo Executor do Programa Municípios
Verdes – NEPMV e os municípios paraenses, considerando que a atividade de
verificação em campo, faz parte das metas do PMV, sendo que sua realização
configura-se como um subsídio para o cumprimento de um compromisso assumido
pelos municípios, através de uma das metas do PMV, bem como ação direta no
combate ao desmatamento.
Além disso, as atividades de Monitoramento Ambiental e de Projetos,
objetivando o fortalecimento da gestão ambiental municipal através do Programa
Municípios Verdes/Fundo Amazônia, conduzidas no âmbito do PMV (Contrato
010/2015 entre o NEPMV e a empresa Floram Engenharia e Meio Ambiente)
identificaram a necessidade de capacitação dos técnicos dos órgãos municipais de
meio ambiente como uma das demandas para melhoria da gestão ambiental
municipal.
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Verificação de Desmatamento em
Campo – Turma 04 Altamira
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3. OBJETIVO
O presente relatório tem como objetivo apresentar os resultados
alcançados por meio da Capacitação em Verificação de Desmatamento em Campo
para a Turma 04, no município de Altamira.
Especificamente pretende-se com este documento:
Estabelecer um panorama geral do curso, informando o local e o período a ser
realizado; relatar os procedimentos de identificação e mobilização do público
alvo; referir aos processos de organização e preparação dos materiais didáticos
e apostilas; infraestrutura e; realização do evento.
Descrever as etapas do curso conforme cronograma estabelecido pelo Núcleo
Executor do Programa Municípios Verdes – NEPMV;
Propor recomendações para a melhoria que devem ser analisadas quanto à
sua aplicação nas demais turmas;
Elencar alguns entraves que dificultaram a realização das atividades;
Capacitar técnicos dos órgãos municipais de meio ambiente visando o
fortalecimento da gestão ambiental municipal através do Programa Municípios
Verde/Fundo Amazônia e da empresa Floram Engenharia.
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4. METODOLOGIA
4.1 Período e local de realização
Para a Turma 04 – Altamira, a capacitação foi realizada entre os dias 12 e 16
de dezembro de 2016. A carga horária, conforme definido do Termo de Referência,
foi de 40 horas, tendo como referência 8 horas/aula por dia.
A cidade de Altamira foi definida como município polo para receber os
participantes da quarta turma. É importante ressaltar que todos os participantes são
técnicos das secretarias de meio ambiente dos municípios integrantes da base local
de Altamira, com exceção da servidora da Unidade Regional da SEMAS em Altamira.
A capacitação foi realizada em uma das salas do Centro de Convenções e
Cursos, situada no Acesso 2, S/N – Clemente. O espaço disponibilizou rede de
internet, que é pré-requisito para aplicação de algumas atividades desenvolvidas
durante o curso. A sala disponibilizada para que o curso fosse ministrado comporta
aproximadamente 20 pessoas, possui climatização, de forma a manter o ambiente
com uma temperatura agradável para os participantes, e possui rede de iluminação
propícia para realização de atividades, além de cadeiras com mesas, facilitando o uso
do computador. Além da sala de aula, o local de realização do curso também
contemplou um espaço no qual foi ofertado serviço de buffet pelo NEPMV.
4.2 Identificação e mobilização do público Alvo
4.2.1 Aspectos Gerais
No âmbito do contrato 006/2016, as capacitações em Verificação do
Desmatamento em Campo irão contemplar um total de 98 participantes distribuídos
em sete turmas. Serão realizadas sete capacitações em seis bases locais,
abrangendo municípios das diferentes regiões geográficas do Estado do Pará, sendo
estas: Belém, Santarém, Itaituba, Altamira, Marabá e Redenção.
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Cursos de Capacitação em
Verificação de Desmatamento em
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4.2.2 Aspectos Específicos
Para a realização da quarta capacitação foi eleita a base local de Altamira,
atendendo nove municípios (Quadro 1). Além disso, foi disponibilizada uma vaga para
o representante da regional do INCRA.
O processo de mobilização dos participantes foi conduzido diretamente
pelo NEPMV. Foi elaborado um convite (Figura 1), e se realizaram chamadas em sites
de internet para ajudar na divulgação do evento. Após a definição dos municípios que
iriam participar da 4ª Turma, foi realizada a chamada pública para que os participantes
fizessem inscrição por meio de um link contendo o formulário de inscrição. O e-mail
com o link foi enviado para as secretarias de meio ambiente, que puderam definir
quais técnicos participariam do curso. Vencida essa etapa, os técnicos, que efetivaram
a inscrição, receberam um e-mail de confirmação informando o conteúdo do curso,
além de orientações quanto ao material que deveriam levar para as aulas (Notebook
e GPS).
Quadro 1 – Composição dos participantes da 4ª Turma da Capacitação em Verificação do Desmatamento em Campo.
MUNICÍPIO POLO MUNICÍPIOS NÚMERO DE VAGAS
Altamira
Altamira 2
Anapú 2
Brasil Novo 2
Medicilândia 2
Pacajá 2
Porto de Moz 2
Senador José Porfírio 2
Uruará 2
Vitória do Xingu 2
INCRA* 1
Total 09 19
*Vaga reservada para representante da regional do INCRA.
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Cursos de Capacitação em
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Figura 1: Modelo do convite enviado pelo NEPMV às secretarias.
4.3 Preparação dos kits didáticos, apostilas e aulas teóricas
Conforme previsto no TDR, foram disponibilizados kits didáticos para todos os
participantes do curso (Figura 2). Cada kit era composto por um Bloco de Anotações
com 20 páginas em tamanho A4, 01 Caneta Esferográfica Azul, 01 Prancheta em
Acrílico Transparente e 01 CD contendo a apostila em formato digital, as imagens de
satélite da região da aula prática e os programas de geoprocessamento de uso livre
para as atividades práticas da capacitação.
Juntamente ao kit foi disponibilizada uma apostila em formato impresso. O
conteúdo da apostila foi o mesmo previsto para os módulos da capacitação, a saber:
Módulo 1: Introdução ao Gerenciamento Ambiental, com ênfase à fiscalização
ambiental
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Módulo 2 – Legislação ambiental com ênfase à fiscalização e ao desmatamento
Módulo 3 - Dinâmica do Desmatamento no Estado do Pará, com ênfase nos
municípios participantes do Curso
Módulo 4 - Introdução a Geotecnologias
Módulo 5 – Planejamento de Campo
Módulo 6 - Aula prática em campo
Módulo 7 – Análise dos dados de campo
Figura 2: Entrega da apostila e Kit didático aos participantes no primeiro dia de curso.
4.4 Preparação da aula prática
A escolha do local para a aula prática foi realizada de forma a simular as
situações reais que os técnicos das secretarias municipais de meio ambiente
encontram em campo, em matéria de verificação de áreas desmatadas.
Foi obtido junto à SEMAS o arquivo vetorial com o histórico dos alertas
SAD/IMAZON. A partir da análise espacial deste arquivo foram identificadas as áreas
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Cursos de Capacitação em
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com alertas recentes próximas à sede do município de Altamira, onde fosse possível
realizar a prática de verificação de desmatamento em campo.
Dessa forma, foi identificada uma área pertencente ao município de Brasil
Novo (Figura 3), cujo alerta corresponde a junho de 2016, CodSAD 199262 (Anexo
1).
Figura 3: Localização da área definida para a realização da aula prática.
A definição do local da aula prática foi baseada também em orientações
dos técnicos da Secretaria de Meio Ambiente de Brasil Novo, que já haviam realizado
a fiscalização na área, os mesmos forneceram informações de acesso e condições da
estrada.
Antes da realização do curso, a Floram observou as condições de acesso
à área, bem como, uma vistoria prévia do local a fim de verificar a viabilidade para a
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Cursos de Capacitação em
Verificação de Desmatamento em
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prática de campo (Figura 4 e Figura 5). Alguns aspectos foram observados durante o
reconhecimento em campo da área, a saber:
Distância total a percorrer;
Condições de acesso à área;
Tipo de veículo cabível para realização da aula prática;
Ocorrência do dano ambiental;
Riscos potenciais (segurança da equipe).
Figura 4: Vistoria das condições de acesso à área da aula prática.
Figura 5: Vistoria prévia da área para prática de campo.
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5. PRODUTO
5.1 Realização do evento
A capacitação para a Turma 04 ocorreu nos dias 12, 13, 14, 15 e 16 de
dezembro de 2016, conforme cronograma estabelecido pelo Núcleo Executor do
Programa Municípios Verdes - NEPMV.
A aplicação do conteúdo de cada módulo seguiu a orientação estabelecida
no TDR, com aulas expositivas, apresentação de vídeos, abertura para discussão
sobre as temáticas abordadas e aplicação prática das atividades que envolvem a
verificação de desmatamento pelos municípios.
Adiante, é apresentada uma síntese da dinâmica da capacitação em cada
um dos sete módulos.
5.1.1 Integração e Modulo 01
No primeiro dia de curso, os participantes fizeram o credenciamento e
receberam o kit didático e apostila no momento da chegada ao local, conforme pode
ser atestado através da lista de recebimento dos kits didáticos (Anexo 2).
O curso de verificação de desmatamento em campo iniciou as 08:30 com
as boas vindas pela instrutora Jakeline Viana, apresentando a equipe técnica da
Floram e a fiscal do curso. Em seguida, a Auxiliar de Fiscalização do curso, Sra.
Sineide Wu, aproveitou a oportunidade para dar boas-vindas aos participantes do
curso e se prontificou para esclarecimentos de possíveis de dúvidas pertinentes aos
procedimentos da SEMAS durante os dias do curso, tendo em vista que a mesma é
funcionária do órgão citado. Por seguinte, a instrutora do curso, Jakeline Viana,
retoma a palavra para explicar toda a dinâmica da semana, esclarecendo de forma
sintetizada os módulos que seriam abordados.
Houve um pequeno atraso para o início do curso devido o deslocamento
dos participantes até o município de Altamira, sendo este atraso previsto, quando se
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leva em consideração as limitações no translado, envolvendo período chuvoso, má
condições das estradas em alguns dos municípios, assim como também
disponibilidade de transportes com horários regulares que atende a região. Diferente
das demais turmas, no curso de Altamira, não ocorreu o café de boas-vindas. A pedido
da fiscal do contrato, a aula foi iniciada às 08:30, conforme previsto no cronograma do
plano de curso.
O número de participantes foi diferente do que estava programado. Apenas
o município de Anapú e Altamira mandaram os participantes previstos, ressaltando
que, compareceram mais dois técnicos da Secretaria de Meio Ambiente Gestão e
Turismo de Altamira, que apesar de não estarem na lista de controle de inscritos,
garantiram terem feito suas respectivas inscrições na capacitação, aonde
posteriormente a fiscal Sineide Wu pôde constatar a veracidade das informações.
Dessa forma, fizeram-se presentes neste primeiro momento do curso 8 participantes,
contabilizando com uma funcionária da Unidade Regional da SEMAS do município de
Altamira, convidada pela fiscal do curso. Destes 8 participantes presentes (frente aos
15 previstos), obteve uma representatividade de 4 municípios (frente aos 9 previstos).
Dos municípios com inscrições confirmadas, seis destes não fizeram-se presentes,
são eles: Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Porto de Moz e Senador José Porfírio,
conforme pode ser constatado no quadro de composição efetiva dos participantes do
curso (Quadro 2).
Houve alteração na composição de vagas por município, Altamira contou
com cinco participantes, destes cinco, quatro são técnicos da SEMAT e um funcionária
da URE da SEMAS. Anapú inicialmente contou com a participação de apenas um
técnico, assim como o município de Vitória do Xingu e Pacajá.
Os intervalos das refeições foram reajustados atendendo a sugestão da
Auxiliar de Fiscalização e da instrutora do curso com a anuência de todos os
participantes. O intervalo da manhã para o coffee Break ficou das 10:00h às 10:30h e
almoço das 13:00h às 14:00h e a finalização das atividades do dia às 17:00h com
coffee break. Os ajustes nos intervalos das refeições foram aplicados em todo curso,
a exceção do dia da aula prática. Tais ajustes não causaram prejuízo na aplicação do
conteúdo, nem da carga horária do curso. Na Figura 6 é demonstrado a participação
dos técnicos dos municípios no coffee break fornecido pelo NEPMV.
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Verificação de Desmatamento em
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Quadro 2 – Composição efetiva dos participantes da 4ª Turma da Capacitação em Verificação do Desmatamento em Campo.
MUNICÍPIO/ ENTIDADE QUANTIDADE DE TÉCNICOS PRESENTES
Altamira 05
Anapú 01
Brasil Novo 0
Medicilândia 0
Pacajá 01
Porto de Moz 0
Senador José Porfírio 0
Uruará 0
Vitória do Xingu 01
TOTAL 8
Figura 6 – Participação dos representantes dos municípios no coffee break fornecido pelo NEPMV.
O módulo teve como tema, “Introdução ao Gerenciamento Ambiental, com
ênfase à fiscalização ambiental” e ocorreu no dia 12/12/2016, nos dois turnos: manhã
(a partir das 08:30h) e tarde (a partir das 14:00h). Foi de comum acordo entre os
participantes a diminuição do tempo do almoço para que o encerramento do curso no
primeiro dia ocorresse às 17:00h.
A abordagem utilizada foi teórica, com aula expositiva (Figura 7) e
apresentação do vídeo “Momento Ambiental”, do Programa da TV Justiça, que retrata
especialmente sobre o desmatamento, e aborda a falta de políticas públicas em áreas
com exploração ilegal de madeira por comunidades ribeirinhas.
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Campo – Turma 04 Altamira
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O vídeo também enfatiza a preocupação atual do avanço da fronteira
agropecuária, traçando alternativas para o combate da ilegalidade através do Projeto
Carne legal, que visa o consumo consciente de produtos bovinos, alertando sobre
ilegalidades presentes na cadeia da pecuária e da necessidade de os consumidores
cobrarem informações a respeito da procedência das carnes que adquirem para
consumo.
Os participantes foram provocados a participar da discussão trazendo suas
experiências de atuação nos respectivos municípios onde desempenham suas
atividades de gestão ambiental.
Ainda foi possível adiantar no primeiro dia, alguns tópicos do Módulo 2,
sobre Legislação Federal voltada para a atividade de fiscalização. Esse ajuste foi
necessário para que os temas práticos, referentes aos módulos 4 e 5, ganhassem
mais tempo. Essa sugestão foi feita por alguns participantes durante o treinamento da
1ª turma, em Belém, sendo adotada para as demais turmas dos cursos.
Figura 7 – Abordagem teórica com aula expositiva para a turma 04 - Altamira.
5.1.2 Módulo 2
O Módulo 2 foi iniciado no período da tarde do dia 12/12/2016 e na manhã
do dia 13/12/2016, abordando a Legislação Ambiental com ênfase à fiscalização e ao
desmatamento. Foram apresentadas as normativas federais e estaduais que
embasam as atividades de fiscalização voltadas a coibir o desmatamento ilegal. A
aula, apesar de expositiva, teve a participação constante dos técnicos por meio de
depoimentos sobre aplicação de determinadas normativas e nivelamento sobre os
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Verificação de Desmatamento em
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processos que envolvem a atividade de verificação de desmatamento em campo
(papel dos municípios), até a etapa de publicação das áreas desmatadas na Lista de
Desmatamento Ilegal – LDI.
5.1.3 Módulo 3
Tendo como objeto abordar a Dinâmica do Desmatamento no Estado do
Pará, com ênfase nos municípios participantes da turma 04, o módulo 3 ocorreu
durante o turno da manhã e parte da tarde do dia 13/12/2016.
A aula foi expositiva e houve uma apresentação de vídeo, cujo título é
“Amazônia Desconhecida”, de Daniel Augusto e Eduardo Rajabally. O filme teve sua
primeira exibição na 37° Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Trata-se de
um Documentário sobre os conflitos na Amazônia brasileira hoje e, acompanha o
cotidiano de diversos grupos sociais que lutam por seu espaço, como índios,
fazendeiros, sem-terra, garimpeiros, entre outros. O objetivo é mapear qual o perfil
atual e as consequências da ocupação humana da Amazônia brasileira.
Aos participantes, o vídeo foi de fundamental importância para a reflexão
proposta de mostrar as verdades e mitos relativos à Amazônia nos dias atuais, sob a
ótica dos diversos grupos sociais, bem como, promoveu a participação ativa entre
eles, no que concerne às questões socioambientais.
Foi feita abordagem sobre os sistemas de monitoramento do
desmatamento por satélites, o papel das áreas protegidas na contenção do
desmatamento. Também foram apresentados os dados dos municípios que estavam
presentes quanto à dinâmica de uso e ocupação do solo, com base no mapeamento
do TerraClass/INPE. Todos os técnicos levaram seus computadores e puderam
acompanhar online o andamento da explicação.
É importante salientar que os técnicos se sentiram à vontade para fazer
observações, complementos e sugestões durante a aula. Houve participação
significativa dos técnicos, onde muitos aproveitaram para trocar experiências vividas
nas secretarias.
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Cursos de Capacitação em
Verificação de Desmatamento em
Campo – Turma 04 Altamira
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5.1.4 Módulo 4
Esse módulo teve como tema “Introdução a Geotecnologias” e ocorreu no
período da manhã do dia 14/12/2016. O módulo foi iniciado por meio de aula
expositiva, abordando noções básicas sobre cartografia, sensoriamento remoto, uso
de GPS e geoprocessamento para identificação de desmatamento e planejamento de
atividade de campo (criação de arquivo shapefile, vetorização de desmatamento,
estradas, composição de imagem, georreferenciamento, etc.). Os participantes
aproveitaram para configurar os computadores e instalar os complementos do
software livre para geoprocessamento.
Durante o treinamento da 1ª turma em Belém, notou-se a necessidade de
um auxiliar técnico para apoio nas atividades práticas de geoprocessamento, em
especial para ajudar os participantes nas instalações dos softwares e uso das
ferramentas dos programas. Sendo assim, para os cursos subsequentes, a Floram
mobilizou a contratação desse auxiliar técnico, que acompanhou as aulas nos
módulos 4, 5 e 7 (Figura 8).
Figura 8 - Monitor auxiliando aluno na instalação do software de geoprocessamento.
5.1.5 Módulo 5
Tendo como tema o “Planejamento de campo”, esse módulo foi cumprido
no período da tarde do dia 14/12/2016. Dessa forma, foi apresentado o manual de
preenchimento do Relatório de Verificação do Desmatamento e abordadas as
principais atividades de planejamento de campo, a saber: seleção dos alvos,
estimativa de distância, tempo e materiais necessários, configuração dos
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equipamentos, qualificação do autor do desmatamento, caracterização da área e
adversidades.
Com o uso de ferramentas de geoprocessamento, a turma vetorizou
(criação de polígonos nas áreas desmatadas) o desmatamento real da área onde
ocorreria a aula prática. Através de sensoriamento remoto e do alerta do SAD 199262
foi detectado o desmatamento na área de aproximadamente 32 hectares (Figura 9).
Figura 9 – Desmatamento vetorizado a partir do alerta do SAD 199262.
No período da tarde, após a conclusão das atividades programadas, o
representante da Rádio Margarita apresentou aos participantes o modelo das
atividades que serão desenvolvidas nos municípios que estavam vinculados ao
contrato de educação ambiental celebrado entre aquela instituição e o NEPMV (Figura
10).
Figura 10: Apresentação do representante da Rádio Margarita.
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5.1.6 Módulo 6
Esse módulo correspondeu à aula prática de verificação do desmatamento
em campo, sendo realizado no dia 15/12/2016. É importante ressaltar que os técnicos
foram orientados quanto ao uso de vestimentas e calçados apropriados para a aula
de campo. Todos os participantes foram conduzidos com transporte do tipo micro-
ônibus (Figura 11), dirigido por motorista habilitado na categoria D e compatível com
a carga e número de passageiros. Todos partiram de Altamira às 8:30h da manhã e
chegaram à área de interesse aproximadamente às 12:30h, percorrendo
aproximadamente 105 quilômetros da sede de Altamira até a área de ocorrência de
desmatamento constada no boletim de ocorrência do IMAZON. Antes da saída a
campo, os técnicos foram orientados quanto aos procedimentos a serem adotados
para prática de campo, entre eles:
Check list dos materiais (descrito no Modulo 5 da apostila);
Checar os alvos no GPS e ligar a função de trajeto (acionamento do track);
caminhamento na área e a captura de coordenada no momento que alcançar
o alvo;
Dirigir-se até o alvo;
Chegar ao centroide do desmatamento com o auxílio do GPS;
Salvar a coordenada do centroide;
Fazer o registro fotográfico da coordenada do centroide (tela dos satélites,
bússola ou mapa de navegação e ponto);
Fazer o registro fotográfico da área desmatada em vários ângulos;
Tomar anotações acerca do que for observado, como uso do solo, vegetação,
equipamentos encontrados, etc.; se possível coletar informações sobre o
responsável pela área.
Durante o deslocamento e após a chegada no local da aula prática, a turma
foi orientada quanto à configuração do GPS, como por exemplo, o sistema de
coordenadas DATUM, o acionamento do track, o caminhamento na área e a captura
da coordenada no momento que se alcançar o alvo (Figura 12).
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Figura 11 – Transporte utilizado para condução dos participantes na aula prática.
Figura 12 – Instruções de configuração do GPS para aula prática.
Na chegada ao local definido, foi possível constatar desmatamento na área,
alguns pontos onde ainda existiam arvores de grande porte em pé, porém o sub-
bosque da floresta foi removido (Figura 13). A área identificada possui o Cadastro
Ambiental Rural, identificado no módulo 5, na análise pré-campo.
A instrutora do curso, Jakeline Viana, passou as instruções necessárias
para a execução da atividade em campo. Após a vistoria na área de desmatamento,
foi realizado a registro oficial da aula prática.
O tempo de deslocamento a campo foi de 4 horas, totalizando 8 horas de
ida e volta, reflexo de vários fatores, tais como: distância do polígono, condições
climáticas (período de chuva) e estradas com condições ruins para acesso a área. Os
participantes tiveram que se deslocar em torno de 1,5 km a pé para chegar até a área
do polígono, visto que as condições da estrada não permitiam o acesso do veículo.
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Figura 13 – Destaque para o desmatamento no local da aula prática.
Cabe ressaltar que, durante a aula prática de campo, a turma encontrou
com a equipe do IBAMA fazendo a verificação em campo no mesmo local.
5.1.7 Módulo 7
Esse módulo teve como objetivo proceder com a análise dos dados de
campo, sendo realizado no dia 16/12/2016. Inicialmente foram realizadas abordagens
sobre os enquadramentos legais para os crimes relacionados ao desmatamento que
são adotados nos procedimentos da Secretaria de Estado, Meio Ambiente e
Sustentabilidade – SEMAS. Foram apresentados os modelos de autos e termos de
apreensão e embargo adotados pela SEMAS.
Os técnicos receberam o Relatório de Verificação do Desmatamento –
RVD, impresso. Com a orientação da instrutora, eles preencheram o RVD tomando
como base, a prática de campo ocorrida no dia anterior. Os técnicos foram orientados
que o preenchimento dos dados deve ser repassado para o formato digital, além de
inserir mapa e fotos, e então o RVD deverá ser impresso, assinado, digitalizado, e por
fim, remetido à SEMAS.
Foram confeccionados os mapas para compor o RVD a partir do modelo
do Google Earth e QGis (Figura 14). Posteriormente, o mapa foi inserido no RVD, no
local apropriado. Os técnicos foram orientados na escolha das fotos para compor o
relatório, sendo: duas da área desmatada e duas do GPS.
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Figura 14 – Modelo de mapa de verificação de desmatamento.
5.1.8 Entregas de certificados e encerramento
O Diretor do NEPMV, Sr.° Felipe Zagallo, encerrou o curso ressaltando a
importância dessas atividades para os municípios e posteriormente, fez a entrega dos
certificados aos participantes e secretarias.
Todos os certificados foram impressos com o nome e o município do aluno.
Eles foram assinados pelo Diretor do PMV, Sr.° Felipe Zagallo; pela Instrutora Titular,
Sra.ª Jakeline Viana; além da assinatura do próprio aluno (Figura 15).
A entrega oficial do certificado de conclusão foi realizada pela
Coordenadora Regional da SEMAS de Altamira, Sra. Ema Ysabel Silva, para cada um
dos participantes, conforme pode ser ilustrado na Figura 16 durante a entrega do
certificado para a representante do município de Altamira.
Foi pedido aos participantes para assinarem uma lista confirmando a
entrega do certificado (Anexo 3), assim como um Termo de Autorização de Uso de
Imagem (Anexo 4).
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É importante frisar que todos os dias era passada uma lista de presença
(Anexo 5) em ambos os turnos, com a finalidade de comprovar a suficiência de
presença para a entrega do certificado. Para finalizar o evento, foi feita a foto oficial,
conforme mostrado na Figura 17.
Figura 15 – Certificado entregue aos participantes da Turma 04 da Capacitação em Verificação do Desmatamento em Campo.
Figura 16 - Entrega do certificado para a técnica representante do município de Altamira.
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Figura 17 - Foto oficial do evento, com a equipe do NEPMV, Floram e os técnicos participantes
5.2 Avaliação da Capacitação
5.2.1 Procedimentos para a avaliação
A avaliação da capacitação teve como objetivo identificar os pontos fortes
e as oportunidades de melhorias, relativos aos serviços realizados.
A metodologia de avaliação foi definida pelo PMV por meio do TDR. De
forma sucinta, a avaliação buscou identificar dois componentes: (i) do aprendizado e
aplicação do conhecimento; (ii) avaliação por módulo (Anexo 6).
O primeiro componente utilizou de uma abordagem qualitativa, com o
objetivo de instigar que os participantes refletissem sobre a aplicabilidade prática da
capacitação, no desenvolver de suas atividades profissionais na secretaria municipal
de meio ambiente.
O segundo componente, utilizou de uma abordagem quali-quantitativa,
tendo como objetivo atribuir conceitos para todos os módulos que compuseram a
capacitação. Os conceitos foram definidos a partir de notas que expressassem o nível
de satisfação dos participantes com os critérios avaliados (Figura 18).
Na avaliação por módulos também foi solicitado que os técnicos se
manifestassem quanto a: observações críticas (positivas e/ou negativas);
contribuições a respeito dos módulos; dos profissionais que ministraram o curso;
qualidade do material didático ofertado e; organização do curso e/ou da empresa
responsável pela realização do curso.
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Insatisfatório Satisfatório Bom Muito Bom Excelente
0 0,25 0,5 0,75 1
Figura 18 – Escala com valores dos conceitos para avaliação da capacitação por parte dos técnicos participantes.
O preenchimento dos formulários era voluntário, no entanto, todos os
técnicos optaram por realizá-lo.
De acordo com o TDR, para ser considerado satisfatório, deverá ser
alcançada a pontuação média igual ou superior a 80 pontos, considerando a somatória
da pontuação atribuída por cada aluno do curso/turma para os módulos, e no mínimo
8 pontos médios, considerando a média da pontuação atribuída por cada aluno do
curso/ turma para os módulos.
Para avaliar se os requisitos de satisfação foram alcançados, considerou-
se a somatória das notas finais, de cada módulo atribuída por cada aluno em função
do total de técnicos que realizaram a avaliação. Para se alcançar o resultado
percentual, o valor final foi multiplicado por 100 (Equação 1).
𝑆𝑆 = ∑𝐶𝐶𝐶𝐶𝑁𝑁𝑁𝑁
× 100 Equação 1
Onde: S: Nível de Satisfação: CM: Conceito por módulo atribuído por cada aluno NA: Número de técnicos que realizaram a avaliação
Dessa forma, para atender aos critérios de avaliação do PMV é necessário
ter 80% de satisfação em cada módulo, o que na equação 1 se traduz como S ≥ 80.
Para se avaliar a nota final da capacitação, foi realizada a somatória das
notas médias finais de cada módulo e divido pelo número de módulos, conforme
apresentado na equação 2.
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𝐶𝐶𝐶𝐶𝑆𝑆 = ∑𝐶𝐶𝐶𝐶𝑁𝑁𝐶𝐶
× 100 Equação 2
Onde: CFS: Conceito Final de Satisfação: MM: Nota média por módulo NM: Número de módulos
5.2.2 Resultados da Avaliação
a) Avaliação por módulo
Ao se avaliar os conceitos atribuídos pelos participantes a cada módulo, foi
obtido valor maior ou igual que 80% de satisfação (Figura 19). O módulo mais bem
avaliado foi o Módulo 5, com média final de 96,89%, ao passo que o Módulo 4 teve a
menor média final, 85,40%.
Figura 19 – Nota média (percentual de satisfação) alcançado em cada um dos 7 Módulos da Capacitação em Verificação do Desmatamento em Campo, Turma 4 – Altamira.
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Ao se avaliar a distribuição dos conceitos entre os módulos, observa-se que
todos apresentaram uma boa avaliação dos participantes. O planejamento de campo
(Módulo 5), refletiu numa maior participação dos técnicos, o que pode explicar a
melhor nota obtida (96,89% no percentual de satisfação da turma). Por outro lado, o
módulo referente à “Introdução a Geotecnologias” (Módulos 4) obteve a menor média:
85,40%. Esse resultado pode ser analisado sob a ótica de que, há uma maior
dificuldade para os técnicos quanto a abordagem das noções básicas de cartografia,
sensoriamento remoto, uso de GPS e geoprocessamento, refletindo num menor índice
de satisfação.
Todavia, cabe discorrer sobre outros resultados em relação à avaliação da
capacitação. Ao considerar a frequência de ocorrência das notas, ou seja, quantas
vezes cada critério apareceu na somatória das avaliações, o conceito “Excelente” foi
o que teve maiores valores, seguido por “Muito Bom” (Quadro 3). Os critérios “Bom”,
“Satisfatório” e “insatisfatório” não foram mencionados por nenhum dos 9
participantes.
Quadro 3 – Distribuição de frequência dos conceitos de acordo com as avaliações realizada pelos técnicos da Capacitação em Verificação do Desmatamento em Campo, Turma 4 – Altamira
CONCEITO VALOR ABSOLUTO PERCENTUAL
Insatisfatório 0 0%
Satisfatório 0 0%
Bom 0 0%
Muito Bom 24 38%
Excelente 38 59%
Ao se realizar a avaliação consolidada da capacitação, ou seja, o conceito
final com base na soma das médias obtidas em cada módulo, o índice de satisfação
foi 94,40%.
Dessa forma, considerando os parâmetros de avaliação do PMV, a
capacitação atendeu aos critérios para ser considerada aprovada, uma vez que tanto
a avaliação por módulo, quanto a média final do curso, obtiveram índices de satisfação
acima de 80%.
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5.3 Avaliação dos Participantes
Além da avaliação da qualidade da capacitação por parte dos técnicos,
também foi realizada uma avaliação do rendimento/participação dos técnicos pelo
instrutor. Foram analisados os seguintes critérios: 1) Assiduidade e pontualidade; 2)
Disciplina; 3) Motivação/interesse; 4) Assimilação dos conteúdos; 5) Cumprimento das
atividades; 6) Conhecimento dos temas; 7) Comunicação e participação na aula e; 8)
Capacidade de trabalhar em equipe.
Para cada critério, os participantes receberam o conceito de acordo com as
seguintes classes: IN = Insatisfatório; S = Satisfatório; B = Bom; MB = Muito Bom e; E
= Excelente. Essa avaliação foi realizada pela instrutora com o apoio do auxiliar de
curso.
De forma geral, a participação dos técnicos pode ser considerada
satisfatória, tendo em vista, que a maioria obteve conceitos entre “B”, “MB” e “E”. O
conceito “Satisfatório” foi registrado apenas duas vezes para dois participantes do
curso, no que concerne ao quesito assiduidade e pontualidade. O conceito
“insatisfatório” não foi registrado para nenhum dos 9 participantes. No Anexo 7 são
apresentadas as fichas de avaliação dos participantes do curso.
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6. RECOMENDAÇÕES E/OU JUSTIFICATIVAS
Ao longo do andamento do curso puderam ser identificadas oportunidades
de melhoria que devem ser analisadas quanto à sua aplicação nas demais turmas. As
contribuições, ora apresentadas, foram provenientes dos relatórios de Avaliação do
curso, realizadas pelos técnicos, equipe do PMV, SEMAS e equipe da Floram. São
elas:
Aumentar a carga horária do curso de forma a compatibilizar com os conteúdos
abordados, diminuindo o ritmo das aulas e facilitando a aprendizagem da
equipe, principalmente quanto ao uso dos softwares e equipamentos;
Apesar de ser alertado com veemência quanto ao uso de equipamento de
proteção individual no módulo 5 (pré-campo), sugere-se que no e-mail de
convocação venha esta recomendação para os participantes;
Verificar a real condição da rede e internet do local do curso, e situações
adversas, como por exemplo possibilidade de alagamento, goteiras, ar-
condicionado, etc.
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7. DIFICULDADES E ENTRAVES
Considerando o processo de organização e realização da Capacitação em
Verificação do Desmatamento em Campo – Turma 04, Altamira, podem ser elencadas
algumas dificuldades e entraves que dificultaram a realização das atividades, são elas:
A distribuição da carga horária prevista pelo TDR disponibilizou pouco tempo
para assuntos relativos ao geoprocessamento, em especial, as práticas com
GPS e softwares de geoprocessamento;
Ocorreram atrasos no início do curso em decorrência dos participantes estarem
se deslocando de seus municípios de origem para o município polo no período
da manhã. É esperado que esses atrasos se repitam nas turmas do interior,
tendo em vista que as distâncias entre os municípios tendem a serem maiores;
A internet do prédio era limitada, em virtude disso, a Floram precisou
providenciar um outro serviço de internet, a fim de garantir a qualidade da
internet para os participantes do curso;
Foi exigido pela Auxiliar de Fiscalização do PMV, Sra. Sineide Wu,
equipamento próprio para projeção, visto que, o equipamento utilizado no curso
era da Secretaria de Altamira, sendo este equipamento foi utilizado nos dois
primeiros dias de curso. Após a advertência da auxiliar, a Floram providenciou
o aluguel do equipamento para os demais dias do curso.
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a capacitação em Verificação do Desmatamento em Campo –
Turma 04/Altamira foram capacitados nove técnicos das secretarias municipais de
meio ambiente. No total, a capacitação contemplou quatro municípios.
De acordo com a avaliação dos participantes, todos os módulos tiveram
nota final superior a 80%. As maiores e as menores notas foram obtidas nos Módulos
5 e 4, com média final de 96,89% e 85,40%, respectivamente.
O critério de avaliação “Excelente” foi o que apresentou maior frequência
de ocorrência, com 59% dos conceitos distribuídos pelos técnicos na avaliação. Não
houve registro de conceitos nas classes “bom”, “satisfatório” e “insatisfatório” nas
avaliações realizadas pelos técnicos.
As dificuldades encontradas para realização da capacitação estavam
relacionadas com os usos dos softwares de geoprocessamento e do GPS.
Durante o treinamento da 1ª turma em Belém, notou-se a necessidade de
um auxiliar técnico para apoio nas atividades práticas de geoprocessamento, em
especial para ajudar os participantes nas instalações dos softwares e uso das
ferramentas dos programas. Sendo assim, para as turmas subsequentes, a Floram
mobilizou a contratação desse auxiliar técnico, que acompanhou as aulas nos
módulos 4, 5 e 7.
Entre as recomendações de melhoria para as próximas turmas destacam-
se: verificar a real condição da rede e internet do local do curso e situações adversas,
como por exemplo, a possibilidade de alagamento ou goteira na sala de aula, bem
como, o efetivo funcionamento do ar-condicionado.
Pode-se considerar que os objetivos da Capacitação em Verificação de
Desmatamento em Campo - Turma 4/Altamira foram atendidos, sendo, portanto,
alcançado êxito na realização do curso.
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RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO
A Floram Engenharia e Meio Ambiente, representada por seu Responsável
Legal e Coordenador Geral do Contrato 006/2016, Eng. Agr. Paulo Tarcísio Cassa
Louzada, pelo Coordenador Técnico do Contrato 006/2016, Biol. Augusto Luciani
Carvalho Braga e pela Instrutora Titular, Jakeline Viana, se declaram responsáveis
pela elaboração do presente relatório e atestam a veracidade e qualidade das
informações ora apresentadas.
Jakeline Viana CREA 14460D PA Instrutora Titular Engenheira Florestal. Paulo Tarcísio Cassa Louzada CREA 34.536/D Coordenador Geral Engenheiro Agrônomo Augusto Luciani Carvalho Braga CRBIO 44.253/04-D Coordenador Técnico Biólogo
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Programa Municípios Verdes
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AUGUSTO, Daniel; RAJABALLY, Eduardo. Amazônia Desconhecida. Roteiro: Luiz Bolangnesi. Co-produção: Gullane e Grifa Filmes. Distribuição: Elo Company, 2012. 52 min. INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). Projeto PRODES: monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira. São Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.obt.inpe.br/prodes/index.php>. Acesso em 08 de março de 2016. INSTITUTO DE TERRAS DO PARÁ (ITERPA). Regularização Territorial: a regularização fundiária como instrumento de ordenar o espaço e democratizar o acesso à terra. Texto, Instituto de Terras do Pará; Organização, Jane Aparecida Marques e Maria Ataide Malcher. Belém: ITERPA, 2009. 74 p. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA. Portaria nº 102/2009. Lista de municípios situados no bioma Amazônia onde incidem ações prioritárias de prevenção, monitoramento e controle do desmatamento ilegal. Diário Oficial da União, 25 de março. Brasília-DF. PROGRAMA MUNICÍPIOS VERDES. Lições aprendidas e desafios para 2013/2014. Coordenação de Marussia Whately; Maura Campanili. – Belém, PA: Pará. Governo do Estado. Programa Municípios Verdes, 2013. TV JUSTIÇA. Momento Ambiental – Desmatamento da Floresta Amazônica. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=O2yyuCdpQoc>. Acesso em: 07 de novembro de 2016.
Página 50
Cursos de Capacitação em
Verificação de Desmatamento em
Campo – Turma 04 Altamira
Programa Municípios Verdes
ANEXOS
Anexo 1 – Alerta de Desmatamento.
Anexo 2 – Protocolo de recebimento dos Kits Didáticos.
Anexo 3 – Lista de Confirmação da Entrega dos Certificados.
Anexo 4 – Termo de Autorização para uso de Imagem.
Anexo 5 – Listas de presença.
Anexo 6 – Fichas de Avaliação do Curso.
Anexo 7 – Fichas de Avaliação dos Participantes.
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