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1 RELATÓRIO ANUAL 2017
2 RELATÓRIO ANUAL 2017
3 RELATÓRIO ANUAL 2017
ÍNDICE
4 MENSAGEM DA DIRETORIA EXECUTIVA
6 ADMINISTRAÇÃO DA APCDPrev
8 PANORAMA ECONÔMICO DE 2017
RESULTADO DO PLANO EM 2017
17 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS
30 DESPESAS ADMINISTRATIVAS E COM
INVESTIMENTOS DO PLANO
32 INFORMAÇÕES REFERENTES AO ESTATUTO SOCIAL
DA ENTIDADE E DO REGULAMENTO DO PLANO
34 INFORMAÇÕES REFERENTES À POLÍTICA DE
INVESTIMENTOS
38 RELATÓRIO RESUMO DAS INFORMAÇÕES DO
DEMONSTRATIVO DE INVESTIMENTOS
40 RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
44 PARECER DO CONSELHO FISCAL
46 MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO
48 GLOSSÁRIO
4 RELATÓRIO ANUAL 2017
MENSAGEM DA DIRETORIA EXECUTIVA
5 RELATÓRIO ANUAL 2017
MENSAGEM DA DIRETORIA EXECUTIVA
A Diretoria Executiva do Fundo de Pensão Multinstituído da Associação Paulista de Cirurgiões
Dentistas - APCDPrev em cumprimento aos dispositivos legais apresenta o Relatório Anual de
suas atividades durante o ano de 2016, na versão COMPLETA.
A Entidade encerrou o exercício de 2017 com patrimônio de R$ 22.155.209,42 e com 1.043
participantes ativos, consolidando uma gestão moderna com foco nos resultados e no
participante.
Com base nas informações do Plano, apresentamos abaixo as estatísticas referentes aos
Participantes Ativos nos exercícios 2015, 2016 e 2017.
Ativos
INFORMAÇÕES GERAIS
ITEM 2015 2016 2017
Nº de Participantes* 1.103 1.012 1.043
Idade média (anos) 41,71 42,57 43,51
Tempo médio de filiação ao Plano (anos) 6,26 7,21 7,98
Contribuição média R$ 207,52 R$ 230,63 R$ 210,46
Saldo individual médio R$ 13.534,90 R$ 17.129,66 R$ 19.731,56 (*) Valores não contemplam participantes cancelados, os quais estão aguardando resgate.
Conforme tabela acima, percebe-se que a Entidade teve um aumento no número de participantes
em 2017 na ordem de 3,06%, quando comparado com o exercício de 2016.
Assistidos e Pensionistas
O Plano de Benefícios APCDPrev possui atualmente 03 participantes assistidos e 04
Pensionistas. Além disso, não houveram concessões de pensão por morte em 2017.
Desde o início do funcionamento da Entidade, em agosto de 2007, muito já se fez para fortalecer
as relações com os Participantes, de modo a aperfeiçoar os serviços prestados.
O Relatório Anual tem por objetivo prestar informações aos Participantes referentes às atividades
desenvolvidas pela Entidade e ao seu Plano de Benefícios. Com o envio do documento, a
APCDPrev mantém o compromisso de apresentar os resultados de sua gestão com
transparência.
Boa leitura!
6 RELATÓRIO ANUAL 2017
ADMINISTRAÇÃO DA APCDPrev
7 RELATÓRIO ANUAL 2017
ADMINISTRAÇÃO DA APCDPREV (EM 31/12/2017)
DIRETORIA EXECUTIVA
Diretor-Presidente: Paulo Vianna Mesquita
Diretor Administrativo e de Benefícios: Moacyr Natale Macedo
Diretor Financeiro e AETQ: Pedro Antônio Fernandes
CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente: Marcio Rossi Mascarenhas
Conselheiro Suplente: Renato Gaudiosi Vianna
Vice-Presidente (titular): (cargo em aberto)
Conselheiro Suplente: Artur Cerri
Conselheiro Titular: Marcos Del Valle
Conselheiro Suplente: Rochael Marques de Oliveira
Conselheiro Titular: Juscelino Kojima
Conselheiro Suplente: Waldyr Romão Junior
CONSELHO FISCAL
Conselheiro Presidente (titular): Gilberto Gomes
Conselheiro Suplente: Ronaldo Iurovschi
Conselheiro Vice-Presidente (titular): Wilson Yasuo Inada
Conselheiro Suplente: Mauricio Teixeira Duarte
8 RELATÓRIO ANUAL 2017
PANORAMA ECONÔMICO DE 2017
9 RELATÓRIO ANUAL 2017
PANORAMA ECONÔMICO DE 2017
Em 2017, finalmente a economia brasileira mostrou trajetória consistente de recuperação, após
dois anos seguidos de forte recessão. O PIB do Brasil caiu 3,46% em 2016, encima de uma outra
queda de 3,55% em 2015. Aliás, em 2014 ainda houve crescimento econômico, mas foi pífio,
apenas 0,50. Entre 2014 e 2016, enquanto o PIB do Brasil recuou 6,5%, o PIB mundial acumulou
crescimento de 10%. A maior economia mundial, os Estados Unidos, cresceu 7% nesse período
e a União Europeia cresceu 6,3%. Para concluir as comparações importantes, gostaríamos de
destacar que a China e a Índia (dois países que fazem parte dos “BRICS” como o Brasil),
acumularam crescimento de 22,5% e de 23,2%, respectivamente, entre 2014 e 2016! Como a
população brasileira cresce à taxa de aproximadamente 0,8% ao ano, o efeito da maior recessão
na história do Brasil sobre o PIB per capita foi devastador. O PIB por habitante caiu cerca de 9%
nesse período. Felizmente, a mudança radical na condução da política econômica pela equipe
do Ministro Henrique Meirelles e do Presidente do Banco Central Ilan Goldfajn levou o Brasil a
uma nova trajetória de crescimento com inflação excepcionalmente baixa. A primeira queda do
PIB na comparação interanual se deu já no segundo trimestre de 2014. Foram onze trimestres
seguidos de queda do PIB e mais um trimestre de estagnação. Mas já no segundo e terceiro
trimestres de 2017 houve crescimento e a nossa expectativa é que o quarto trimestre também
venha a mostrar um dado positivo. A recessão provocada por vários anos de políticas
econômicas inconsistentes ficou para atrás.
Entretanto, as consequências de uma das mais profundas recessões na história econômica do
Brasil vão se sentir por muito tempo ainda, tendo em vista quão mais pobre ficou a população
brasileira nesse longo período. O PIB per capita, medido em Dólares norte americanos, alcançou
o pico em 2011, quando atingiu pouco mais de US$ 13.000. Em 2016, ficou em US$ 8.600. Após
oito trimestres consecutivos de queda do PIB com ajuste sazonal, no fundo do poço, o número
índice correspondente ao PIB do quarto trimestre de 2016 foi menor do que a estatística
correspondente ao quarto trimestre de 2010! Isto se traduziu da seguinte maneira: na média, o
volume de produção total da agropecuária, da indústria e dos serviços da economia brasileira no
último trimestre de 2016 (antes da retomada) foi menor do que se produzia seis anos antes.
Dentro de esses setores, o mais atingido de longe foi a indústria, cujo nível de produção
despencou e foi dos setores que mais desempregou pessoas.
5,2
6,55,9
6,66,2 6,3
7,0
1,0
-2,4 -2,2
-1,2
5,3
9,28,5
6,95,7
5,24,7
3,52,6
1,71,0
2,5 2,5 2,7
4,02,8
2,5
3,5
-0,4-0,6
-0,2
-1,6
-2,7
-4,3
-5,6 -5,2
-3,4-2,7
-2,5
0,0
0,41,4
-6,5
-4,5
-2,5
-0,5
1,5
3,5
5,5
7,5
9,5
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17
PIB - Trimestre sobre mesmo Trimestre Ano Anterior (%)
10 RELATÓRIO ANUAL 2017
Conforme pode se observar no final da cauda do gráfico acima, já tivemos três trimestres
seguidos de crescimento ao longo de 2017. De acordo aos dados do IBGE, a taxa de
desemprego, que tinha aumentado significativamente ao longo da recessão, começou a se retrair
a partir do trimestre móvel acabado em abril de 2017. O pico do desemprego da PNAD contínua
foi de 13,7% no trimestre janeiro-fevereiro-março de 2017. Embora a taxa de desemprego
continue alta, a partir do trimestre fevereiro-março-abril de 2017, o desemprego caiu de forma
consistente e encerrou o ano em 11,8% com 12,3 milhões de desocupados. Este número foi
bastante menor que o recorde da série histórica, que foram os 14,2 milhões de desocupados
estimados para o primeiro trimestre de 2017. Mostramos embaixo os dados históricos de
desocupação no Brasil. Chamamos a atenção para o fato que embora a recessão tenha
começado no segundo trimestre de 2014, o desemprego só começou a aumentar de forma
alarmante a partir de 2015.
2012 2013 2014 2015 2016 2017
1° nov-dez-jan ... 7,2 6,4 6,8 9,5 12,6
2° dez-jan-fev ... 7,7 6,8 7,4 10,2 13,2
3° jan-fev-mar 7,9 8,0 7,2 7,9 10,9 13,7
4° fev-mar-abr 7,8 7,8 7,1 8,0 11,2 13,6
5° mar-abr-mai 7,6 7,6 7,0 8,1 11,2 13,3
6° abr-mai-jun 7,5 7,4 6,8 8,3 11,3 13,0
7° mai-jun-jul 7,4 7,3 6,9 8,6 11,6 12,8
8° jun-jul-ago 7,3 7,1 6,9 8,7 11,8 12,6
9° jul-ago-set 7,1 6,9 6,8 8,9 11,8 12,4
10° ago-set-out 6,9 6,7 6,6 9,0 11,8 12,2
11° set-out-nov 6,8 6,5 6,5 9,0 11,9 12,0
12° out-nov-dez 6,9 6,2 6,5 9,0 12,0 11,8
Taxa de desocupação para os trimestres móveis ao longo dos anos
Trimestre móvel
4Tri-10:162,6
3Tri-17:165,1
4Tri-16:161,6
120
130
140
150
160
170
180
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17
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17
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17
PIB Trimestral com Ajuste Sazonal
O PIB de 2016 alcançou R$ 6,3 trilhões. O PIB percapita acumulou queda de cerca de 9,0% entre 2014e 2016.
11 RELATÓRIO ANUAL 2017
Com efeito, de acordo aos dados do IBGE, a taxa de desemprego a nível nacional aumentou de
6,5% no trimestre móvel outubro-novembro-dezembro de 2014 para 12% no mesmo trimestre
móvel de 2016 e continuou em alta até o primeiro trimestre de 2017 (13,7%). Em meio à
recessão, a última vez que houve um dado positivo de abertura de postos de trabalho em doze
meses, com carteira assinada, foi nos doze meses terminados em janeiro de 2015. Mesmo
assim, o dado foi pífio para um país com uma força de trabalho de mais de 100 milhões de
pessoas: entre fevereiro de 2014 e janeiro de 2015 abriram-se somente 41.345 vagas de
trabalho. Daí em diante começaram a se fechar postos de trabalho de forma acelerada, atingindo-
se um pico de quase 2.000.000 milhões de vagas fechadas nos doze meses até março de 2016.
A recuperação econômica iniciada em 2017 levou ao registro de vários meses com criação
líquida de postos de trabalho mas, em doze meses, o saldo ainda foi negativo: 123.429 vagas
fechadas. De todo modo, é o menor número de corte de vagas desde fevereiro de 2015.
Além do forte aumento do desemprego desde 2015, a elevada taxa de inflação, que o Banco
Central não se dispunha a controlar, corroía o poder de compra da renda disponível dos
consumidores que ainda tinham renda. Não é de se estranhar, portanto, que o consumo das
famílias também tenha apresentado vários trimestres seguidos de queda a partir do início de
2015. Entretanto, com a recuperação iniciada em 2017 e a derrubada da inflação conseguida
pela nova equipe do Banco Central, o consumo das famílias começou a mostrar dados
interanuais positivos a partir do segundo trimestre de 2017.
Embora a nova equipe econômica tenha criado um ambiente de maior confiança, inflação em
queda, rentabilidade, maior segurança jurídica e regulatória tem demorado bastante a
recuperação do investimento que abriria novos postos de trabalho mais rapidamente. O
investimento público é praticamente inexistente tendo em vista a gravidade da situação das
contas públicas. E tudo indica que o investimento privado em larga escala haverá de esperar o
resultado das eleições presidenciais de 2018. Não temos expectativa que a recuperação deste
investimento se de forma significativa antes de 2019.
A derrubada da inflação foi um grande destaque da mudança de 180 graus na condução da
política econômica. A excelente equipe à frente do Banco Central ganhou rapidamente
credibilidade e levou a inflação para dentro da meta em apenas seis meses. Com efeito, o IPCA
caiu de 10,67% em 2015 para 6,29% em 2016 (abaixo do limite superior de 6,5% para aquele
ano). Em 2017, a inflação caiu bem mais e fechou abaixo do limite inferior das metas de inflação
(meta central de 4,5% mais o menos 1,5 ponto percentual). O IPCA de 2017 registrou inflação
4,9
5,8
5,3 5,1
6,4 6,25,8
7,17,2
7,0
8,4
3,5
2,3
4,04,5
7,07,5
5,4 5,3
6,86,4 6,6
4,0
2,53,0
2,2
3,9
4,8
3,84,1
3,52,5
3,5
1,51,1
2,8
-0,5
-2,1
-3,9
-6,1 -5,9
-4,9
-3,4-3,0
-1,7
0,6
2,2
-8,0
-6,0
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
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20
06
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17
Consumo das Famílias - Anual %
12 RELATÓRIO ANUAL 2017
de 2,95%. O enorme sucesso no combate à inflação permitiu que a taxa de juros Selic fechasse
o ano no menor patamar histórico: 7% ao ano.
A produção industrial que, conforme apontamos acima, foi a que mais sofreu na política
econômica anterior, começou a mostrar uma trajetória consistente de recuperação,
principalmente a partir do início de 2017. Mas, as consequências sobre o setor industrial da
política econômica incoerente foram tão devastadoras, que o volume de produção industrial de
dezembro de 2017 tinha se retraído aos níveis de produção de meados de 2009.
Algo que nunca é demais chamar a atenção é que o Banco Central presidido por Alexandre
Tombini não combateu a inflação descontrolada com o instrumento tradicional de taxa de juros.
Ao invés disso, fizeram uso de fortes intervenções no mercado cambial, através de derivativos,
Mar-07:2,96%
Out-08:6,41%
Out-09:4,17%
Abr-11:6,51%
Set-11: 7,31% Jun-13:6,70%
Dez-13:5,91%
Dez-14:6,41%
Dez-17:2,95%
Dez-15:10,67%
Mai-16:9,32%
Dez-16:6,29%
2%
3%
4%
5%
6%
7%
8%
9%
10%
11% IPCA 12 Meses - %
12 Meses Dez 2017: Preços administrados: 8,0%Preços livres 12 M: 1,34%
Jul-08:105,1
Dez-08: 82,8
Jun-09:91,7
Mai-11:105,1
Dez-10:102,8
Jun-13:105,7
Dez-17:91,1
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
110,0
Produção Industrial - Com Ajuste Sazonal
Média Jan/05 a Set/08:
,
-21%
O volume de produção de dezembro de 2017 é mais ou menos equivalente ao de junho de 2009!
Dez-10 a Dez-17: -11,4%
13 RELATÓRIO ANUAL 2017
para manter o Real artificialmente baixo e desta forma tentar (em vão) controlar a inflação. O
resultado foi a significativa perda de competitividade para o setor industrial brasileiro. Se bem
taxas de câmbio acima de R$4 por Dólar claramente não eram taxas de câmbio de equilíbrio,
taxas abaixo ou pouco acima de R$2 também não.
Uma vez que acabaram as intervenções no mercado cambial e a política econômica voltou ao
tripé de câmbio flutuante, inflação sob controle e discurso firme a favor da austeridade fiscal,
houve consistente aumento da confiança do empresário industrial. De acordo aos dados da
Confederação Nacional da Indústria, desde a troca da equipe econômica em maio de 2016, o
nível de confiança da indústria deixou para atrás os dados historicamente baixíssimos que se
registravam desde 2014. O gráfico é particularmente revelador.
55,8
65,1
55,954,8
57,1
62,2
57,4 56,5
59,958,5
55,0
64,8
57,856,9
54,7
48,2
38,0
44,9
36,537,1
37,436,8
41,3
45,747,3
51,5
53,752,3
51,7
48,0
50,1
53,1
54,053,1
53,751,9
50,6
52,6
55,7 56,056,5
58,3
30,0
35,0
40,0
45,0
50,0
55,0
60,0
65,0
70,0
19
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o/1
7
se
t/17
ou
t/1
7
no
v/1
7
de
z/1
7
Confiança do Empresário IndustrialMédia histórica: 54,1
Após 28 meses o índiceficou acima da linha divi-sória dos 50 pontos em agosto.
26-Jul-11: 1,53
25-Nov-11: 1,89
23-Fev-12:1,70
28-Jun-12:2,09
22/8/13:2,45
8/3/13:1,95
3/9/14:2,24
29/1/14:2,44
24/9/15:4,19
18/5/17:3,38
21/1/16:4,16
25/10/16:3,12
1,20
1,70
2,20
2,70
3,20
3,70
4,20
4,70
01
/03
/20
11
16
/03
/20
11
27
/05
/20
11
08
/08
/20
11
19
/10
/20
11
30
/12
/20
11
13
/03
/20
12
24
/05
/20
12
03
/08
/20
12
16
/10
/20
12
28
/12
/20
12
12
/03
/20
13
23
/05
/20
13
02
/08
/20
13
11
/10
/20
13
23
/12
/20
13
07
/03
/20
14
21
/05
/20
14
31
/07
/20
14
09
/10
/20
14
18
/12
/20
14
04
/03
/20
15
18
/05
/20
15
28
/07
/20
15
07
/10
/20
15
18
/12
/20
15
03
/03
/20
16
16
/05
/20
16
26
/07
/20
16
05
/10
/20
16
19
/12
/20
16
01
/03
/20
17
15
/05
/20
17
25
/07
/20
17
04
/10
/20
17
18
/12
/20
17
Taxa de câmbio 2011-2017: R$/US$
29/12/2017:3,31
14 RELATÓRIO ANUAL 2017
A queda substancial da inflação e o aumento do emprego também concorreram para aumentar
a confiança dos consumidores.
Apesar da mudança radical na condução da política econômica na direção correta e do firme
discurso de austeridade fiscal, levará muito tempo para conseguir recuperar o que foi perdido, já
que as contas públicas ficaram em frangalhos na administração Dilma Rousseff. Pela primeira
vez na série histórica houve déficit primário nas contas públicas (a soma de todas as receitas
descontadas as despesas correntes e de investimento, exceto pagamento de juros do estoque
de dívida) em 2014. Esse déficit cresceu como bola de neve nos dois anos seguintes. Mas, em
2017, houve uma melhora de R$ 45,2 bilhões no déficit total do setor público.
Contudo, por mais que o governo atual se esforce, o brutal aumento que houve em despesas
obrigatórias em termos reais, não permitirá a volta de superávits primários a não ser mediante a
implementação de urgentes reformas estruturais. Principalmente, a reforma da previdência, que
tem pouquíssima chance de ser discutida antes das eleições de 2018. Tendo em vista a forte
deterioração do quadro fiscal, uma solução estrutural para evitar o aumento descontrolado da
dívida pública é premente. A dívida bruta do governo geral passou de 57,2% do PIB em 2014
para 74% do PIB em dezembro de 2017. Na falta de superávits primários que consigam pagar
os juros da dívida pública, só continuará a crescer. É por isso que as eleições de 2018 serão um
divisor de águas. Caso venha a ganhar um candidato populista que negue a necessidade de
reformas, o Brasil jogará fora o atual processo de arrumação da casa e deverá retroceder anos
em termos de investimento, crescimento e criação de empregos.
Além da retomada do crescimento e da inflação baixa, o que permaneceu uma boa notícia na
área econômica em 2017 foram as contas externas, cujo déficit continuou caindo após o
destravamento da taxa de câmbio. O Banco Central só interveio no mercado cambial em
pouquíssimas oportunidades, unicamente para evitar forte volatilidade. O déficit em conta
corrente do balanço de pagamentos, que o país precisou financiar com divisas, caiu
drasticamente. Em 2014, Brasil tinha registrado um déficit no balanço de pagamentos de US$
104,1 bilhões. Em 2017 foi de apenas US$ 9,8 bilhões (0,48% do PIB). Por sua vez, os
investimentos diretos estrangeiros alcançaram US$ 70,3 bilhões. Ou seja, as contas externas do
Brasil estão extremamente robustas.
2,71
3,143,20
3,73
3,17
3,343,29
3,22
2,99
2,522,31
Nov-12:1,94
Dez-12:2,39
2,16
1,89
Out-13:1,42
Dez-13:1,88 Abr-14:
1,87
Dez-14:-0,63
Set-16:-3,08
Dez-17:-1,69
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
jan
-11
ma
r-11
ma
i-11
jul-
11
set-
11
no
v-1
1
jan
-12
ma
r-12
ma
i-12
jul-
12
set-
12
no
v-1
2
jan
-13
ma
r-13
ma
i-13
jul-
13
set-
13
no
v-1
3
jan
-14
ma
r-14
ma
i-14
jul-
14
set-
14
no
v-1
4
jan
-15
ma
r-15
ma
i-15
jul-
15
set-
15
no
v-1
5
jan
-16
ma
r-16
ma
i-16
jul-
16
set-
16
no
v-1
6
jan
-17
ma
r-17
ma
i-17
jul-
17
set-
17
no
v-1
7
Resultado Primário do Setor Público (% do PIB) - 12 Meses
Jan-Dez 2012: R$ 105 bn (2,39% PIB)Jan-Dez 2013: R$ 91,3 bn (1,88% PIB)Jan-Dez 2014: -R$ 32,5 bn (-0,63% PIB)Jan-Dez 2015: -R$111,2 bn (-1,88% PIB)Jan-Dez 2016: -R$155,8 bn (-2,49% PIB)
Jan-Dez 2017: -R$110,6 bn (-1,69% PIB)
15 RELATÓRIO ANUAL 2017
O mercado financeiro refletiu a melhora da confiança e tanto o risco Brasil caiu quanto a Bolsa
subiu. No começo de 2017, o risco País estava acima dos 300 pontos e em dezembro fechou
em 240 pontos. Já o índice Bovespa registrou valorização de 26,9%.
O ano de 2018 promete ser de bastante volatilidade pela incerteza das eleições, mas no que
depende da condução da política econômica não devemos esperar grandes surpresas e sim a
continuidade da inflação baixa, juros baixos e crescimento econômico.
(Panorama Econômico realizado por Victoria Werneck – Economista Chefe do Grupo Icatu
Seguros)
Jan-99:4,09
Ago-99:4,82
Dez-17:0,48
Fev-15:4,38
-2,00
-1,00
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
Jan
-97
Oct-
97
Jul-
98
Ap
r-99
Jan
-00
Oct-
00
Jul-
01
Ap
r-02
Jan
-03
Oct-
03
Jul-
04
Ap
r-05
Jan
-06
Oct-
06
Jul-
07
Ap
r-08
Jan
-09
Oct-
09
Jul-
10
Ap
r-11
Jan
-12
Oct-
12
Jul-
13
Ap
r-14
Jan
-15
Oct-
15
Jul-
16
Ap
r-17
Déficit em Conta Corrente como % do PIB
Valores negativos indicam superávit
Déficit 2014: US$ 104,18 bnDéficit 2015: US$ 59,43 bnDéficit 2016: US$ 23,53 bn
Déficit 2017: US$ 9,8 bn
20-May-08:73.517
27-Oct-08: 29.435
6/1/10:70.729
8/4/10:71.785
8/11/10:72.657
23/5/11:62.345
8/8/11:48.668
13/3/12:68.394
7/8/12:57.726
3/1/13:63.312
7/8/13:47.447
31/10/13:54.256
2/9/14:61.896
5/5/15:58.052
28/12/17:76.402
27/4/16:54.478
21/2/17:69.052
13/10/17:76.990
26000,00
32000,00
38000,00
44000,00
50000,00
56000,00
62000,00
68000,00
74000,00
80000,00
02
-Ja
n-0
8
02
-Ma
r-0
8
02
-Ma
y-0
8
02
-Ju
l-0
8
02
-Sep
-08
02
-No
v-0
8
02
-Ja
n-0
90
2-M
ar-
09
02
-Ma
y-0
9
02
-Ju
l-0
9
02
-Sep
-09
02
-No
v-0
9
02
-Ja
n-1
00
2-M
ar-
10
02
-Ma
y-1
0
02
-Ju
l-1
0
02
-Sep
-10
02
-No
v-1
0
02
-Ja
n-1
10
2-M
ar-
11
02
-Ma
y-1
1
02
-Ju
l-1
1
02
-Sep
-11
02
-No
v-1
1
02
-Ja
n-1
2
02
-Ma
r-1
2
02
-Ma
y-1
2
02
-Ju
l-1
2
02
-Sep
-12
02
-No
v-1
2
02
-Ja
n-1
30
2-M
ar-
13
02
-Ma
y-1
3
02
-Ju
l-1
3
02
-Sep
-13
02
-No
v-1
3
02
-Ja
n-1
40
2-M
ar-
14
02
-Ma
y-1
4
02
-Ju
l-1
4
02
-Sep
-14
02
-No
v-1
4
02
-Ja
n-1
50
2-M
ar-
15
02
-Ma
y-1
5
02
-Ju
l-1
5
02
-Sep
-15
02
-No
v-1
5
02
-Ja
n-1
6
02
-Ma
r-1
6
02
-Ma
y-1
6
02
-Ju
l-1
6
02
-Sep
-16
02
-No
v-1
6
02
-Ja
n-1
70
2-M
ar-
17
02
-Ma
y-1
7
02
-Ju
l-1
7
02
-Sep
-17
02
-No
v-1
7
Indice Bovespa
Em 2009: +83%
Em 2010: +1,04%
Em 2011: -18,1%
Em 2012 até 13/3: 20,5%
Em 2012: 7,4%
Em 2012 até 5/6: -7,5%
Em 2013: -15,5%
Em 2014: -2,9%
Em 2015: -13,3%
Em 2016: +38,9%
Em 2017 até 17/5: 12,1%Em 2017: 26,9%
16 RELATÓRIO ANUAL 2017
RESULTADO DO PLANO EM 2017
17 RELATÓRIO ANUAL 2017
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS
18 RELATÓRIO ANUAL 2017
RESULTADOS DO PLANO EM 2017
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS
BALANÇO PATRIMONIAL
DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO SOCIAL
BALANÇO PATRIMONIAL R$ MIL
ATIVO Nota 31.12.17 31.12.16 ∆% PASSIVO Nota 31.12.17 31.12.16 ∆%
DISPONÍVEL 4 201 184 9% EXIGÍVEL OPERACIONAL 140 119 18%
REALIZÁVEL 22.092 18.150 22% Gestão Previdencial 9 66 82 -20%
Gestão Previdencial 5 2.166 - 100% Gestão Administrativa 10 74 31 139%
Gestão Administrativa 6 - 34 -100% Investimento - 6 -100%
Investimentos 7 19.926 18.116 10% PATRIMÔNIO SOCIAL 11 22.155 18.217 22%
Fundos de Investimento 19.926 18.116 10% Patrimônio de Cobertura do Plano 22.155 18.217 22%
PERMANENTE 8 2 2 0% Provisões Matemáticas 22.155 18.217 22%
Imobilizado 2 2 0% Benefícios Concedidos 662 595 11%
Benefícios a Conceder 21.493 17.622 22%
TOTAL DO ATIVO 22.295 18.336 22% TOTAL DO PASSIVO 22.295 18.336 22%
As notas explicativas integram as Demonstrações Contábeis
Exercício findo em Exercício findo em
19 RELATÓRIO ANUAL 2017
DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO SOCIAL
DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO ATIVO LÍQUIDO DO PLANO
DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO SOCIAL R$ MIL
Nota 31.12.17 31.12.16 ∆%
A) Patrimônio Social – Início do Exercício 18.217 16.147 13%
1. Adições 7.026 5.156 36%
Contribuições Previdenciais 12.1.1 4.727 2.651 78%
Resultado Positivo Líquido dos Investimentos – Gestão Previdencial 12.3 1.713 2.118 -19%
Receitas Administrativas 586 387 51%
2. Destinações (3.088) (3.086) 0%
Benefícios 12.1.2 (2.502) (2.699) -7%
Despesas Administrativas (586) (387) 51%
3. Acréscimo no Patrimônio Social (1+2) 3.938 2.070 90%
Provisões Matemáticas 12.1.3 3.938 2.070 90%
B) Patrimônio Social no Final do Exercício (A+3) 22.155 18.217 22%
As notas explicativas integram as Demonstrações Contábeis
Exercício findo em
DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO ATIVO LÍQUIDO POR PLANO DE BENEFÍCIOS R$ MIL
Nota 31.12.17 31.12.16 ∆%
A) Ativo Líquido - início do exercício 18.217 16.147 13%
1. Adições 6.440 4.769 35%
Contribuições 12.1.1 4.727 2.651 78%
Resultado Positivo Líquido dos Investimentos - Gestão Previdencial 12.3 1.713 2.118 -19%
2. Destinações (2.502) (2.699) -7%
Benefícios 12.1.2 (2.502) (2.699) -7%
3. Acréscimo no Ativo Líquido (1+2) 3.938 2.070 90%
Provisões Matemáticas 12.1.3 3.938 2.070 90%
B) Ativo Líquido – Final do Exercício (A+3) 22.155 18.217 22%
As notas explicativas integram as Demonstrações Contábeis
Exercício findo em
20 RELATÓRIO ANUAL 2017
DEMONSTRAÇÃO DO ATIVO LÍQUIDO DO PLANO
DEMONSTRAÇÃO DO PLANO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA
DEMONSTRAÇÃO DO ATIVO LÍQUIDO POR PLANO DE BENEFÍCIOS R$ MIL
Nota 31.12.17 31.12.16 ∆%
1. Ativos 22.221 18.299 21%
Disponível 4 129 183 -30%
Recebível 5 2.166 - 100%
Investimento 19.926 18.116 10%
Fundos de Investimento 7 19.926 18.116 10%
2. Obrigações 66 82 -20%
Operacional 9 66 82 -20%
5. Ativo Líquido (1-2) 22.155 18.217 22%
Provisões Matemáticas 11 22.155 18.217 22%
As notas explicativas integram as Demonstrações Contábeis
Exercício findo em
DEMONSTRAÇÃO DO PLANO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA R$ MIL
Nota 31.12.17 31.12.16 ∆%
A) Fundo Administrativo do Exercício Anterior - - 0%
1. Custeio da Gestão Administrativa 586 387 51%
1.1. Receitas 586 387 51%
Custeio Administrativo dos Investimentos 326 287 14%
Receitas Diretas 100 100 0%
Outras Receitas 160 - 100%
2. Despesas Administrativas (586) (387) 51%
2.1. Administração Previdencial (141) (134) 5%
Pessoal e encargos (75) (70) 7%
Serviços de terceiros (15) (15) 0%
Despesas gerais (44) (42) 5%
Tributos (7) (6) 17%
Outras Despesas - (1) -100%
2.2. Administração dos Investimentos (285) (253) 13%
Serviços de terceiros (271) (240) 13%
Tributos (14) (13) 8%
2.4. Outras Despesas (160) - 100%
B) Fundo Administrativo do Exercício Atual (A) 12.2 - - 0%
As notas explicativas integram as Demonstrações Contábeis
Exercício findo em
21 RELATÓRIO ANUAL 2017
DEMONSTRAÇÃO DAS PROVISÕES TÉCNICAS DO PLANO
NOTAS EXPLICATIVAS CONSOLIDADAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
(EM MILHARES DE REAIS)
1. CONTEXTO OPERACIONAL
O Fundo de Pensão Multinstituído da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCDPREV
é uma Entidade Fechada de Previdência Complementar, inscrita sob o CNPJ nº
08.940.007/0001-03, constituída sob a forma de sociedade de previdência privada nos termos
da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001 e normas subsequentes, sem fins lucrativos,
dotada de autonomia administrativa e personalidade jurídica de direito privado, regida por
Estatuto, pelos regulamentos dos planos de benefícios de contribuição definida (CD) por ela
operados e pela legislação em vigor. São instituidores fundadores da APCDPREV, a Associação
Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD e a Associação Brasileira de Cirurgiões Dentistas –
ABCD.
O Plano de Benefícios APCDPREV, inscrito sob o CNPB nº 2007.0019-18, possui, em
31.12.2017, 1.043(1.012 em 2016) participantes ativos com média de idade de 42,56 anos, 03
assistidos com média de idade de 54,66 anos (03 em 2016) e 04 pensionistas com média de
idade de 56,75 anos (03 em 2016).
A Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social, por meio da
Diretoria de Análise Técnica, aprovou a constituição e autorizou o funcionamento da entidade
APCDPREV, bem como o estatuto pela portaria nº 918 de 25 de janeiro de 2007, publicada no
Diário Oficial da União nº 19 de 26 de janeiro de 2007. A autorização da aplicação do regulamento
do plano de benefício APCDPREV administrado pelo Fundo de Pensão Multinstituído da
Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas - APCDPREV foi aprovada pela portaria nº 1.459 de
21 de agosto de 2007, publicada no Diário Oficial da União nº 162 de 22 de agosto de 2007.
O APCDPREV tem por objetivos principais a organização e execução de planos de benefícios
de natureza previdenciária em favor dos participantes, e estabelecer acordos, contratos e
convênios com entidades públicas e privadas, objetivando o melhor cumprimento de suas
finalidades.
DEMONSTRAÇÃO DAS PROVISÕES TÉCNICAS DO PLANO DE BENEFÍCIOS R$ MIL
Nota 31.12.17 31.12.16 ∆%
Provisões Técnicas (1+4) 22.221 18.299 21%
1. Provisões Matemáticas 11 22.155 18.217 22%
1.1. Benefícios Concedidos 662 595 11%
Contribuição Definida 662 595 11%
1.2. Benefício a Conceder 21.493 17.622 22%
Contribuição Definida 21.493 17.622 22%
Saldo de Contas - Parcela Participantes 21.493 17.622 22%
4. Exigível Operacional 66 82 -20%
4.1. Gestão Previdencial 9 66 82 -20%
As notas explicativas integram as Demonstrações Contábeis
Exercício findo em
22 RELATÓRIO ANUAL 2017
Para a consecução de seus objetivos, a Entidade dispõe de recursos oriundos das contribuições
de seus participantes e da remuneração dos seus ativos, que obedecem ao disposto na
Resolução CMN nº 3.792/2009 e em suas alterações posteriores, estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional.
Em 2017, foi publicado no D.O.U de 05 de maio de 2017 nos termos da Portaria nº 461 de 02 de
maio de 2017, a alteração ao Regulamento do Plano de Benefícios APCDPREV.
Essas demonstrações consolidadas e por plano são apresentadas em Real, que é a moeda
funcional da entidade. Todas as informações financeiras foram arredondadas para o milhar mais
próximo, exceto quando indicado de outra forma.
2. APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
A APCDPREV apresenta as demonstrações contábeis em atendimento às disposições dos
órgãos normativos e reguladores das atividades das entidades fechadas de previdência
complementar, especificamente pela Instrução SPC nº 34, de 24 de setembro de 2009, alterada
pela Instrução MTPS/PREVIC Nº 25, de 17 de dezembro de 2015, e de acordo com as práticas
contábeis aplicáveis no Brasil e em observância à Resolução do Conselho Federal de
Contabilidade nº 1.272, de 22 de janeiro de 2010, que aprova a ITG 2001.
De acordo com a Instrução SPC nº 34, de 24 de setembro de 2009 e suas alterações, as
entidades fechadas de previdência complementar apresentam os seguintes demonstrativos
contábeis:
I. Balanço Patrimonial;
Tem como finalidade evidenciar de forma consolidada os saldos das contas de ativo,
passivo e patrimônio social dos planos de benefícios previdenciários, mantidos pelos
seus montantes originais, ao final de cada exercício.
II. Demonstração da Mutação do Patrimônio Social – DMPS;
Este Demonstrativo substitui a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE e tem
como finalidade evidenciar de forma consolidada as modificações sofridas pelo
Patrimônio Social do conjunto de planos de benefícios, ao final de cada exercício.
III. Demonstração da Mutação do Ativo Líquido por Plano de Benefícios - DMAL;
Tem por finalidade demonstrar de forma individualizada as mutações sofridas pelo Ativo
Líquido dos planos de benefícios, ao final de cada exercício.
IV. Demonstração do Ativo Líquido por Plano de Benefícios – DAL;
Tem como finalidade evidenciar de forma individualizada os componentes patrimoniais
de cada plano de benefícios, ao final de cada exercício.
V. Demonstração do Plano de Gestão Administrativa – DPGA;
Tem como finalidade evidenciar de forma consolidada e individualizada (facultativa) a
atividade administrativa da entidade, demonstrando as alterações do fundo
administrativo, ao final de cada exercício.
VI. Demonstração das Provisões Técnicas do Plano de Benefícios – DPT.
Tem como finalidade evidenciar de forma individualizada a totalidade dos compromissos
de cada plano de benefícios, ao final de cada exercício.
23 RELATÓRIO ANUAL 2017
2.1. As principais práticas adotadas pela Entidade emanam das Resoluções CNPC nº 8, de
31 de outubro de 2011, CGPC nº 29, de 31 de agosto de 2009, Instrução SPC nº 34, de
24 de setembro de 2009 e suas alterações posteriores, e encontram-se resumidas a
seguir:
2.1.1 A sistemática estabelecida pelo órgão normativo apresenta como principal
característica a autonomia patrimonial dos planos de benefícios de forma a
identificar, separadamente, os planos de benefícios previdenciais e o plano de
gestão administrativa.
2.1.2 As práticas contábeis aplicadas em 2017 estão de modo uniforme em relação a
2016.
2.1.3 Apuração do Resultado
As receitas e despesas são registradas com base no princípio da competência
significando que na determinação do resultado são computadas as receitas, as adições
e as variações positivas auferidas no mês, independentemente de sua realização, bem
como as despesas, as deduções e as variações negativas, pagas ou incorridas no mês
correspondente.
As contribuições de participantes vinculados ao plano instituído são escrituradas com
base no regime de caixa, por ocasião do recebimento, de acordo com o item 8.1 do
anexo C da Resolução CNPC nº 08 de 31 de outubro de 2011.
2.1.4 Realizável
O realizável da gestão previdencial e administrativa são apresentados pelos valores de
realização e incluem, quando aplicável, as variações monetárias e os rendimentos
proporcionais auferidos.
2.1.5 Investimentos
Os limites operacionais de aplicações dos recursos da entidade foram estabelecidos pela
Resolução do Conselho Monetário Nacional 3.792 de 24 de setembro de 2009 e
alterações posteriores. Nos termos da Resolução CGPC nº 4, de 30 de janeiro de 2002,
e alterações posteriores, os títulos e valores mobiliários podem ser classificados em
Títulos para negociação e Títulos mantidos até o vencimento.
A entidade possui apenas títulos para negociação contabilizados pelo custo de
aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos, e ajustados pelo valor de mercado com
seus ganhos e perdas reconhecidos.
2.1.6 Exigível Operacional
São demonstrados os valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável,
dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridas. São registradas as
obrigações decorrentes de pagamentos de benefícios aos participantes, prestação de
serviços por terceiros, obrigações tributárias, provisões de folha de pagamento e
respectivos encargos, dentre outros.
24 RELATÓRIO ANUAL 2017
2.1.7 Operações Administrativas
Os registros das operações administrativas são efetuados por meio do Plano de Gestão
Administrativa (PGA), que possui patrimônio próprio segregado dos planos de benefícios
previdenciais. O patrimônio do PGA é constituído pelas receitas administrativas
originárias dos custeios previdenciais, custeios de investimentos e receitas diretas,
deduzidas das despesas comuns e específicas da administração previdencial e dos
investimentos, sendo as sobras ou insuficiências administrativas alocadas ou revertidas
ao Fundo Administrativo.
2.1.8 Provisões Matemáticas
O plano de benefícios adota regime financeiro e métodos de financiamento em
consonância com a legislação vigente e adequados ao perfil da massa de participantes
ativos e assistidos, guardando relação direta com as obrigações e compromissos
assumidos pelo plano.
2.1.9 Estimativas Contábeis
A elaboração de demonstrações contábeis, de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil, aplicáveis às entidades reguladas pelo Conselho Nacional de
Previdência Complementar – CNPC requer que a Administração use de julgamento na
determinação e registro de estimativas contábeis. O item significativo sujeito às referidas
estimativas inclui as depreciações do ativo permanente. A liquidação das transações
envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados,
devido à subjetividade inerente ao processo de sua determinação. A Administração
revisa as estimativas e premissas periodicamente.
3. ATIVIDADES DE REGISTRO E DE CONTROLE
2.2. Gestão Previdencial: compreende a atividade de registro e de controle das contribuições,
dos benefícios e dos institutos previstos no art. 14 da Lei Complementar nº 109, bem
como do resultado do plano de benefícios de natureza previdenciária.
3.2. Gestão Administrativa: compreende a atividade de registro e de controle inerentes à
administração dos planos de benefícios.
3.3. Investimentos: compreende a atividade de registro e de controle das aplicações dos
recursos da entidade.
4. ATIVO - DISPONÍVEL
A denominação “disponível” é utilizada para designar dinheiro em caixa e em bancos, bem como
cheques em tesouraria e numerários em trânsito.
A posição consolidada do Ativo – Disponível em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, referente
às contas correntes é a seguinte:
25 RELATÓRIO ANUAL 2017
5. ATIVO REALIZÁVEL - GESTÃO PREVIDENCIAL
O saldo apresentado no ativo realizado no valor de R$2.166 corresponde aos valores a receber
da movimentação previdencial de longo prazo. A referida movimentação corresponde ao
resultado obtido na metodologia do cálculo da cota e quotização das reservas.
6. ATIVO REALIZÁVEL – GESTÃO ADMINISTRATIVA
O valor em 2017 foi nulo (R$ 34 em 2016). Em Outubro/2017, houve mudança no fluxo do
repasse de custeio administrativo do Plano para o PGA que passou a ser realizado dentro do
próprio mês de competência. Antes da mudança, a conta tinha registro correspondente
no passivo da Gestão Previdencial.
Adicionalmente, devido a mudança no fluxo do recebimento do risco passando a ser direto pelo
PGA a partir de Outubro/2017, não há mais a necessidade da transição entre o Plano e o PGA
na contabilização do pró-labore concernente as contribuições de risco junto a seguradora que
administra a cobertura de morte e invalidez.
7. ATIVO REALIZÁVEL – INVESTIMENTOS
Em atendimento às determinações da Resolução CMN Nº 3.792, de 24 de setembro de 2009,
que dispõe sobre as diretrizes de aplicação dos recursos garantidores dos planos de benefícios
das entidades fechadas de previdência complementar, foram adotadas as seguintes
providências:
a) Política de Investimento
A gestão dos ativos do plano de benefícios no ano de 2017 seguiu as diretrizes das respectivas
políticas de investimentos aprovadas pelo Conselho Deliberativo em sua reunião ordinária,
realizada em 30 de dezembro de 2016.
b) Controle de Riscos
Descrição 31.12.17 31.12.16
Caixa 1 1
Plano de Gestão Administrativa 1 1
Banco 200 177
Itaú -ag.:251 c.c.:80210-4 200 177
Plano de Benefícios 129 183
Plano de Gestão Administrativa 71 (6)
Total Disponível 201 178
Exercício findo em
Descrição 31.12.17 31.12.16
Outros Realizáveis 2.166 -
Direitos a receber 2.166 -
Total 2.166 -
Exercício findo em
26 RELATÓRIO ANUAL 2017
No âmbito da política de investimento, são observados diversos tipos de riscos, principalmente
os riscos de mercado, de crédito, de liquidez e operacional/legal. O risco de mercado refere-se
a possíveis perdas oriundas de oscilações nos preços e cotações dos títulos. O risco de crédito
corresponde a perdas oriundas do fato de o emissor de um título não honrar o compromisso
assumido. Enquanto o risco de liquidez se refere a possibilidade de não haver recursos
suficientes para o pagamento de alguma obrigação ou não conseguir transformar ativos em
caixa. Por fim, o risco operacional/legal está relacionado à falha de execução das atividades e
ao descumprimento das regras aplicáveis.
➢ Monitoramentos dos riscos:
Risco de mercado: para cada segmento descrito na Política de Investimentos é utilizado uma
métrica de risco limitando a atuação do gestor, de forma a minimizar o risco.
Risco de crédito: na Política de Investimentos é descrito o percentual que pode ser alocado para
cada tipo de título, sendo dividido entre alto ou baixo risco, inclusive utilizando uma política mais
conservadora do que as agências de rating internacionais.
Risco de liquidez: Como forma de minimizar esse risco é definido na Política de Investimentos
um percentual de ativos que devem ser mantidos para liquidez imediata.
Risco operacional/legal: O administrador fiduciário é o encarregado pelo monitoramento da
aderência das ativos em relação às legislações aplicáveis.
c) Gestão de Investimentos
O plano de benefícios, em 31/12/2017, possuía o Fundo de Investimento Icatu Vanguarda FIC
de FI Previdência Associativa Multimercado, a seguir discriminados:
A posição consolidada do Ativo Realizável – Investimentos em 31 de dezembro de 2017 e de
2016 é a seguinte:
31.12.17 31.12.16
Renda Fixa
ICATU VANGUARDA CRÉDITO PRIVADO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA LONGO PRAZO 5.745 5.441
ICATU VANGUARDA GOLD FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA LONGO PRAZO 5.689 4.721
ICATU VANGUARDA RENDA FIXA FUNDO DE INVESTIMENTO PLUS LONGO PRAZO 1.127 1.063
ICATU VANGUARDA MACRO FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO 1.919 1.617
ICATU VANGUARDA FIC DE FUNDOS DE INVESTIMENTO INFLAÇÃO CURTA RENDA FIXA 1.487 1.757
ICATU VANGUARDA FIC DE FUNDOS DE INVESTIMENTO INFLAÇÃO LONGA RENDA FIXA 1.156 899
ICATU VANGUARDA PRÉ-FIXADO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA LONGO PRAZO 200 -
OPERAÇÕES COMPROMISSADAS - LTNO 157 466
Contas A Pagar / Receber (7) (6)
Saldo em Tesouraria 6 5
Renda Variável
ICATU VANGUARDA DIVIDENDOS FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES 900 775
ICATU VANGUARDA TOP AÇÕES FUNDO DE INVESTIMENTO DE AÇÕES - 747
ICATU VANGUARDA AÇÕES IBX FUNDO DE INVESTIMENTO 1.547 631
TOTAL 19.926 18.116
Exercício findo em
27 RELATÓRIO ANUAL 2017
8. ATIVO PERMANENTE
Os bens que constituem o permanente do Plano de Gestão Administrativa são depreciados pelo
método linear às taxas estabelecidas em função do tempo de vida útil fixado por espécie de bem.
Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, a composição consolidada do Ativo Permanente é a
seguinte:
9. PASSIVO EXIGÍVEL OPERACIONAL – GESTÃO PREVIDENCIAL
Correspondem às obrigações a pagar assumidas pelo plano de benefícios com terceiros relativos
a Gestão Previdencial, incluindo o contrato de repasse das contribuições de risco a uma
seguradora que administra a cobertura de morte e invalidez oferecido pela entidade aos
participantes do plano e a retenção de imposto de renda retido na fonte - IRRF sobre os resgates
e benefícios.
A posição consolidada do Passivo Exigível Operacional – Gestão Previdencial em 31 de
dezembro de 2017 e de 2016 é a seguinte:
(1) Valor nulo em 2017. Vide nota 6.
10. PASSIVO EXIGÍVEL OPERACIONAL – GESTÃO ADMINISTRATIVA
Correspondem às obrigações a pagar assumidas pela entidade relativas à Gestão
Administrativa, assim como as retenções incidentes sobre salários, fornecedores, ainda não
liquidados, dentre outros.
A partir de Outubro/2017 o repasse de risco passou a ser realizado pelo passivo exigível da
gestão administrativa devido a mudança no fluxo de recebimento do risco direto no PGA.
Investimentos 31.12.17 31.12.16
Plano de Benefícios 19.926 18.116
Fundos de Investimentos 19.926 18.116
Total 19.926 18.116
Exercício findo em
Taxa de depreciação
Amortização
Ativo Permanente 31.12.17 31.12.16
Imobilizado
Móveis e Utensílios 10% aa. 2 2
Total 2 2
Exercício findo em
Descrição 31.12.17 31.12.16
Retenções a Recolher 49 5
IRRF 49 5
Outras Exigibilidades 17 77
Repasse de Risco para a Seguradora 17 51
Repasses e outros custeios (1)- 26
Total 66 82
Exercício findo em
28 RELATÓRIO ANUAL 2017
A posição consolidada do Passivo Exigível Operacional – Gestão Administrativa em 31 de
dezembro de 2017 e de 2016 é a seguinte:
(1) A entidade contribui às alíquotas de 0,65% para PIS e 4% para a COFINS, sobre as receitas administrativas. (2) O Repasse de risco para a Seguradora decorre da contratação terceirizada do risco para administração da
cobertura de morte e invalidez pago mensalmente pelos participantes pertencentes ao plano de benefício
APCDPrev que optaram por essa contratação.
11. PASSIVO – PATRIMÔNIO SOCIAL
A posição consolidada do Passivo – Patrimônio Social em 31 de dezembro de 2017 e de 2016,
que representa os recursos acumulados para fazer frente às obrigações do plano, apresenta a
seguinte composição:
11.1 PREMISSAS E HIPÓTESES ATUARIAIS
Exercício findo em
Descrição 31.12.17 31.12.16
Tábua de Mortalidade Geral AT2000 F AT2000 F
Tábua de Mortalidade de Inválidos AT2000 F AT2000 F
Hipóteses sobre taxa de juros % 0,00% 0,00%
Desde o exercício de 2014 este plano está dispensado do envio das Demonstrações Atuariais –
DA, bem como de toda documentação decorrente do processo de Avaliação Atuarial, salvo por
exigência da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
Descrição 31.12.17 31.12.16
Salários e Encargos 4 7
INSS 1 1
Provisão para Férias 3 6
Fornecedores 24 20
Icatu Administração Previdenciária 24 20
Retenções a Recolher 3 2
PIS/COFINS/CSLL sobre serviços de terceiros 3 2
Tributos a Recolher 2 2
PIS/COFINS sobre receitas administrativas (1)2 2
Outras exigibilidades 41 -
Repasse de risco (2)41 -
Total 74 31
Exercício findo em
Descrição 31.12.17 31.12.16
Patrimônio de Cobertura do Plano 22.155 18.217
Provisões Matemáticas 22.155 18.217
Benefícios Concedidos 662 595
Benefícios a Conceder 21.493 17.622
Total Patrimônio Social Consolidado 22.155 18.217
Exercício findo em
29 RELATÓRIO ANUAL 2017
Essas hipóteses não são utilizadas para apuração das obrigações do plano de benefícios junto
a seus Participantes, mas sim para o cálculo das rendas mensais, por equivalência atuarial,
quando de sua concessão e em seu recálculo anual com base no saldo de conta remanescente,
enquanto este existir. Sendo assim, optou-se pela manutenção das premissas até que seja
necessário novo estudo.
12. CONTAS DE RESULTADOS
12.1 Gestão Previdencial
12.1.1. As receitas previdenciais totalizaram no ano R$ 4.727 (em 2016, R$ 2.651). A
variação na conta é referente a valores a receber de longo prazo. Vide nota 5.
12.1.2. As despesas de benefícios dos assistidos totalizaram no ano R$ 2.502 (em 2016,
R$ 2.699).
12.1.3. As variações das Provisões Matemáticas, que foram impactadas com os resultados
dos investimentos líquidos e contribuições realizadas para o plano, deduzidos dos
pagamentos de benefícios, totalizaram no ano:
12.2 Gestão Administrativa
As movimentações ocorridas na Gestão Administrativa resultaram em saldo nulo no Fundo
Administrativo, nos exercícios findos em 2017 e 2016.
12.3 Investimentos
O resultado líquido das aplicações dos investimentos, no ano, foi positivo de R$ 1.713 (em 2016,
positivo de R$ 2.118) e foi transferido para a Gestão Previdencial por meio dos Fluxos dos
Investimentos.
Marcos Celio Santos Nogueira
Contador
CPF: 991.742.787-20
CRC/RJ : 089.351/O-8
Paulo Vianna Mesquita
Diretor Presidente
CPF: 042.888.058-48
Descrição 31.12.17 31.12.16
Benefícios Concedidos 67 54
Benefícios a Conceder 3.871 2.016
Total Constituições das Provisões Matemáticas 3.938 2.070
Exercício findo em
30 RELATÓRIO ANUAL 2017
DESPESAS ADMINISTRATIVAS E COM
INVESTIMENTOS DO PLANO
31 RELATÓRIO ANUAL 2017
DEMONSTRAÇÕES ADMINISTRATIVAS E COM INVESTIMENTOS DO PLANO
Em 31 de dezembro de 2017, as despesas administrativas diretas e indiretas do Plano de
Previdência APCDPrev somaram, respectivamente, R$ 586 e R$ 22 conforme detalhamento
abaixo:
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
(R$ Mil) 608 100,00%
Despesas Diretas 586 96,38%
Pessoal Próprio e Encargos 75 12,34%
Administradora de Planos 271 44,57%
Recursos Humanos 1 0,16%
Auditoria Externa 14 2,30%
Cartório 2 0,33%
Locomoção 1 0,16%
PIS/COFINS 19 3,13%
TAFIC-Taxa de Fiscalização 2 0,33%
Tarifas Bancárias 34 5,59%
Água/Energia Elétrica/Telefone 3 0,49%
Tributos municipais 4 0,66%
Repasse de risco 160 26,32%
Despesas Indiretas (Gestão Terceirizada) 22 3,62%
Taxa de Administração 18 2,96%
CVM 3 0,49%
CETIP / SELIC / CBLC / ANBID 1 0,16%
2017
32 RELATÓRIO ANUAL 2017
INFORMAÇÕES REFERENTES AO ESTATUTO SOCIAL
DA ENTIDADE E DO REGULAMENTO DO PLANO
33 RELATÓRIO ANUAL 2017
INFORMAÇÕES REFERENTES AO ESTATUTO SOCIAL DA ENTIDADE E DO REGULAMENTO DO PLANO
ESTATUTO SOCIAL DA ENTIDADE
Não houve alteração do Estatuto Social do Fundo de Pensão Multinstituído da Associação
Paulista de Cirurgiões Dentistas - APCDPrev em 2017.
REGULAMENTO DO PLANO
Foi aprovada por meio da Portaria nº 461 publicado no DOU de 05/05/2017 as alterações
propostas para o Regulamento do Plano de Benefícios APCDPrev.
O Estatuto vigente e Regulamento vigente do Plano estão disponíveis para consulta no site
www.APCDPrev.org.br, nas opções Institucional → Estatuto e Plano APCDPrev →
Regulamentos.
34 RELATÓRIO ANUAL 2017
INFORMAÇÕES REFERENTES À POLÍTICA
DE INVESTIMENTOS
35 RELATÓRIO ANUAL 2017
INFORMAÇÕES REFERENTES À POLÍTICA DE INVESTIMENTOS
PLANO DE BENEFÍCIOS APCDPrev
1. ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
Exercício
2017
Data da aprovação pelo Conselho Deliberativo
30/12/2016
Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado
Heber Luis Nogueira Fontão
Mecanismo de informação da política aos Participantes
Relatório Anual
2. CONTROLE DE RISCOS
A política de investimentos do plano de benefícios possui controles de risco de mercado, legal,
liquidez, operacional, contraparte, entre outros.
2.1. RISCO DE CRÉDITO
O Icatu Fundos de Pensão utilizará as agências classificadoras S&P, Moody’s e Fitch para a
definição do risco de crédito da carteira de investimentos. Como referência, vale a mais baixa
ou a única classificação, não valendo ainda classificações feitas por agências diferentes das
mencionadas.
Na hipótese de uma emissão não receber classificação de nenhuma das agências aqui consideradas, a mesma será considerada automaticamente como de alto risco de crédito e caberá ao gestor a decisão de compra baseado na análise do crédito do ativo e dos limites definidos nesta política para ativos de alto risco de crédito:
2.2. TABELA DE RISCO DE CRÉDITO
CLASSIFICAÇÃO MOODY’S S&P FITCH
Baixo Risco Aaa.br, Aa1.br, Aa2.br, Aa3.br, A1.br, A2.br, A3.br
brAAA, brAA+, brAA, brAA-, brA+,brA, brA-
AAA, AA+, AA, AA-, A+, A, A-
Alto Risco Baa.br, Ba.br, B.br, Caa.br, Ca.br, C.br
brBBB, brBB, brB, brCCC, brCC, brC, brD
BBB, BB, B, C,
D
A alocação em ativos classificados como baixo risco de crédito, incluindo os títulos públicos
emitidos pelo Governo Federal, conforme critério definido nesta política, será de até o percentual
máximo de aplicação no segmento de renda fixa determinado na tabela de macroalocação.
A alocação em ativos de renda fixa classificados como alto risco de crédito, conforme critério
definido nesta política, será até 05% dos recursos garantidores do plano de benefícios.
A exposição a ativos classificados como Alto Risco de Crédito será tolerada, dentro dos limites
estabelecidos, caso o Plano já tenha exposição anterior a entrada em vigor desta Política, ou no
caso de alguma emissão ter sua classificação alterada durante a vigência desta Política.
36 RELATÓRIO ANUAL 2017
Os títulos de crédito privado neste segmento devem verificar necessariamente os seguintes
limites:
TABELA DE LIMITES POR EMISSOR EM FUNÇÃO DO RATING – VÁLIDA PARA EMISSÕES DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E NÃO-FINANCEIRAS
LIMITE DOS RECURSOS
GARANTIDORES DO
PLANO
MOODY’S S&P FITCH
Até 10% Aaa.br brAAA AAA
Até 6% Aa1.br, Aa2.br, Aa3.br brAA+, brAA, brAA- AA+, AA, AA-
Até 5% A1.br, A2.br, A3.br brA+, brA, brA- A+, A, A-
Até 4% Baa.br, Ba.br, B.br, Caa.br,
Ca.br, C.br
brBBB, brBB, brB,
brCCC, brCC, brC, brD
BBB, BB, B,
C, D
TABELA DE LIMITES EM RELAÇÃO AO VALOR TOTAL DA EMISSÃO EM FUNÇÃO DO RATING– VÁLIDA PARA RISCO DE CRÉDITO FINANCEIRO E NÃO-FINANCEIRO
LIMITE DO VALOR
DA EMISSÃO MOODYS S&P FITCH
Até 15% Aaa.br brAAA AAA
Até 10% Aa1.br, Aa2.br, Aa3.br brAA+, brAA, brAA- AA+, AA, AA-
Até 5% A1.br, A2.br, A3.br brA+, brA, brA- A+, A, A-
Até 2% Baa.br, Ba.br, B.br, Caa.br,
Ca.br, C.br
brBBB, brBB, brB,
brCCC, brCC, brC, brD BBB, BB, B, C, D
3. ALOCAÇÃO DOS RECURSOS
Segmento Sub-Segmento Indexador
do segmento
Limite inferior
Limite Superior
Alvo Meta de
Rentabilidade
Renda Fixa
TOTAL SEGMENTO RF
70% 100% 85%
Título Público Pré-fixado
IRFM 0% 25% 0% IRFM
Título Público Pós-fixado
IMA-S 20% 100% 40% IMA-S
Título Público Inflação Curta
IMAB 5 0% 30% 10% IMAB 5
Título Público Inflação Longa
IMAB 5+ 0% 15% 5% IMAB 5+
Crédito Privado CDI 0% 50% 30% 102% do CDI
Renda Varável TOTAL SEGMENTO
RV IBrX 0% 20% 4% IBrX
Investimentos Estruturados
TOTAL SEGMENTO INV. EST.
0% 10% 5%
Fundo de Investimento Multimercado CVM
CDI 0% 10% 5% CDI
37 RELATÓRIO ANUAL 2017
4. CENÁRIO MACROECONÔMICO
A principal característica desta Política é o seu horizonte de longo prazo, compatível com o horizonte de investimento de um Plano de complementação de aposentadoria. Por isso, baseia-se principalmente numa estimativa de retornos reais de longo prazo para os benchmarks de cada segmento de aplicação. Com a aproximação do fim de 2016, se faz oportuno refletir sobre as perspectivas e tendências econômicas para 2017.
Abaixo apresentamos as estimativas de retorno nominal das principais variáveis econômicas.
Indicadores 2017
PIB - % -1,00%
US$ final - R$ 3,55%
IGPM - % 4,80%
IPCA - % 4,50%
SELIC Fim de Período - % 10,00%
SELIC Média - % 11,55%
Bolsa (130% SELIC) - % 15,02%
Fonte: Icatu Fundos de Pensão e APCDPrev (Data base 10/2016)
O Gestor e a APCDPrev, na execução e acompanhamento da Política de Investimentos, podem
se utilizar dos cenários de curto prazo para, respectivamente, fazer suas micro-alocações
(escolha de ativos específicos, como ações, títulos de renda fixa, etc.) e para a alocação tática
em cada segmento (renda fixa, renda variável, investimentos estruturados, investimentos no
exterior, empréstimos e imóveis) dentro dos limites aprovados.
38 RELATÓRIO ANUAL 2017
RELATÓRIO RESUMO DAS INFORMAÇÕES
DO DEMONSTRATIVO DE INVESTIMENTOS
39 RELATÓRIO ANUAL 2017
RELATÓRIO RESUMO DAS INFORMAÇÕES DO DEMONSTRATIVO DE INVESTIMENTOS
DISTRIBUIÇÃO DOS INVESTIMENTOS
A APCDPrev acredita que a contratação de instituições especializadas em gestão de recursos
de terceiros é a melhor alternativa para a maximização da relação Retorno x Risco tolerado da
carteira e a mitigação de riscos inerentes ao processo de gestão de recursos.
A gestão é discricionária, cabendo aos gestores o processo de escolha de ativos a serem
incluídos nas carteiras, desde que de acordo com os limites, vedações, definições, regras,
restrições e procedimentos descritos pelas legislações vigentes e na Política de Investimentos
deste Plano de Benefícios ao qual a carteira é destinada.
Na implementação da política, utiliza-se um Fundo de Investimento em Quotas (FIQ), que aplica
em diversos Fundos de Investimento (FIs).
Em 31/12/2017 os recursos do Plano de Benefícios estavam aplicados no Fundo Icatu
Vanguarda FIC FIM Previdência Associativa, cuja macroalocação está descrita conforme o
quadro abaixo (valores em milhares de reais):
RENTABILIDADE ACUMULADA JAN/16 A DEZ/16
Os recursos da entidade estão alocados no Fundo Icatu Vanguarda FIC FIM Previdência Associativa, que teve uma rentabilidade líquida de 11,39% no ano de 2016.
Alocação
Renda Fixa 17.479 87,72% 15.962 90,58%
Renda Variável 2.447 12,28% 2.154 9,42%
Total 19.926 100,00% 18.116 90,92%
2017 2016
40 RELATÓRIO ANUAL 2017
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
41 RELATÓRIO ANUAL 2017
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Aos Administradores e Participantes
Fundo de Pensão Multinstituído da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas –
APCDPREV
São Paulo – SP
OPINIÃO
Examinamos as demonstrações contábeis da Fundo de Pensão Multinstituído da Associação
Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCDPREV (“Entidade”), que compreendem o balanço
patrimonial em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas demonstrações da mutação do
patrimônio social, da mutação do ativo líquido, do ativo líquido por plano de benefícios, do plano
de gestão administrativa e das provisões técnicas do plano para o exercício findo nessa data,
bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas
contábeis.
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente,
em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Fundo de Pensão
Multinstituído da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCDPREV, em 31 de dezembro
de 2017 e o desempenho de suas operações para o exercício findo naquela data, de acordo com
as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às Entidades reguladas pelo Conselho
Nacional de Previdência Complementar (CNPC).
BASE PARA OPINIÃO
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir
intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. Somos
independentes em relação à Entidade, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos
no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho
Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com
essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para
fundamentar nossa opinião.
RESPONSABILIDADES DA ADMINISTRAÇÃO E DA GOVERNANÇA PELAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações
contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis a entidades
reguladas pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) e pelos controles
internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações
contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela avaliação da
capacidade de a Entidade continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos
relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das
demonstrações contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a Entidade ou cessar
suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das
operações.
42 RELATÓRIO ANUAL 2017
Os responsáveis pela governança da Entidade são aqueles com responsabilidade pela
supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis.
RESPONSABILIDADES DO AUDITOR PELA AUDITORIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas
em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou
erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível
de segurança, mas, não, uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas
brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes
existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes
quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva
razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações
contábeis.
Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da
auditoria. Além disso:
• Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações
contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos
procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de
auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não
detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de
erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio,
falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.
• Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para
planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com
o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Entidade.
• Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das
estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.
• Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de
continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe
incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida
significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Entidade. Se
concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório
de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis ou incluir
modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas
conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de
nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Entidade a não
mais se manter em continuidade operacional.
• Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis,
inclusive as divulgações e se as demonstrações contábeis representam as
correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de
apresentação adequada.
43 RELATÓRIO ANUAL 2017
Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do
alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive
as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos
trabalhos.
São Paulo, 07 de março de 2018
GF AUDITORES INDEPENDENTES
CRC 2SP 025248/O-6
Vlademir Ortiz Pereira Contador
CRC 1SP 210264/O-1
44 RELATÓRIO ANUAL 2017
PARECER DO CONSELHO FISCAL
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PARECER DO CONSELHO FISCAL
EXERCÍCIOS DOS ANOS DE 2017 E 2016
O Conselho Fiscal do Fundo de Pensão Multintituído da Associação Paulista de Cirurgiões
Dentistas – APCDPrev, no exercício de suas atribuições legais e estatutárias, conforme disposto
no art. 41 do Estatuto, em reunião ordinária, realizada em 20 de março de 2018, analisou os
relatórios da Auditoria Independente e as Demonstrações Contábeis, referentes ao exercício
findo em 31 de dezembro de 2017 e 2016, e constatou-se que foram praticados com os Princípios
Gerais de Governança, aos preceitos da legislação e ao Estatuto da Entidade, estando
adequadamente refletidos em seus aspectos relevantes e nas demonstrações contábeis, que
foram elaboradas em consonância com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Após análise dos documentos acima referidos, o Conselho Fiscal, concluiu que os documentos
refletem a situação patrimonial e financeira da entidade. Este Conselho, portanto, recomenda
que as contas da Diretoria Executiva – Exercício do ano de 2017 e 2016, sejam aprovadas sem
restrições pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Pensão Multinstituído da Associação Paulista
de Cirurgiões Dentistas – APCDPrev.
São Paulo, 20 de março de 2018.
Gilberto Gomes
Presidente do Conselho Fiscal
46 RELATÓRIO ANUAL 2017
MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO
47 RELATÓRIO ANUAL 2017
MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO
EXERCÍCIOS DOS ANOS DE 2017 E 2016
Quanto às Demonstrações Contábeis e de Resultado da APCDPrev referente ao exercício de
2017 e 2016:
Em reunião de 20 de março de 2018, o Conselho Deliberativo do Fundo de Pensão Multiinstituido
da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCDPrev,, no uso das competências de que
trata Art. 31 do Estatuto da Entidade, examinou as Demonstrações Contábeis e de Resultado da
APCDPrev, relativamente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017 e 2016.
Com fundamento nas análises procedidas, nos esclarecimentos prestados pela Diretoria
Executiva, no Parecer dos Auditores Independentes, no Parecer Atuarial, no Parecer do
Conselho Fiscal e nas Demonstrações Contábeis, o Conselho Deliberativo conclui que as
atividades administrativas obedeceram aos dispositivos estatutários da APCDPrev e aos
princípios legais, e que as demonstrações contábeis refletem adequadamente a situação
patrimonial e financeira da Entidade, contemplando os negócios e as atividades desenvolvidas
no exercício examinado, razão pelo qual aprova as Demonstrações Contábeis e de Resultado
referentes ao exercício de 2017 e 2016.
São Paulo, 20 de março de 2018.
Marcio Rossi Mascarenhas
Presidente de Conselho Deliberativo
48 RELATÓRIO ANUAL 2017
GLOSSÁRIO
49 RELATÓRIO ANUAL 2017
GLOSSÁRIO
Balanço Patrimonial: o Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que tem por objetivo
apresentar, de forma sintética, a posição financeira e patrimonial da Entidade. Os valores do
Balanço Patrimonial estão posicionados em 31 de dezembro e são divididos em dois grandes
grupos (ativo e passivo), onde o ativo representa os bens, direitos e aplicações de recursos, e o
passivo, as obrigações para com os participantes e terceiros.
Conselho Deliberativo: Órgão máximo da estrutura organizacional da Entidade. É responsável
pela definição da política geral de administração da EFPC e seus Planos de Benefícios. Cabe ao
Conselho Deliberativo ser o principal agente nas definições das políticas de administração e das
estratégias gerais da entidade, bem como a sua revisão periódica.
Conselho Fiscal: Órgão de controle interno da Entidade. Supervisiona a execução das políticas
do Conselho Deliberativo e o desempenho das boas práticas de governança da Diretoria
Executiva. Cabe ao Conselho Fiscal elaborar relatórios semestrais que destaquem a opinião
sobre a suficiência e a qualidade dos controles internos referentes à gestão dos ativos e
passivos, e à execução orçamentária. O Conselho Fiscal deve comunicar eventuais
irregularidades, sugerir, indicar ou requerer providências de melhoria na gestão, e emitir parecer
conclusivo sobre as demonstrações contábeis anuais da entidade.
Demonstrações Contábeis: Conjunto de relatórios emitidos pela entidade, como o Balanço
Patrimonial, Balancete, Mutação do Ativo Líquido, dentre outras, bem como as respectivas notas
explicativas às demonstrações. Objetivam proporcionar entendimento quanto à posição
patrimonial e financeira, o desempenho e os fluxos de caixa da entidade e dos planos
administrados, servindo de base informacional aos usuários em geral.
Demonstração da Mutação do Patrimônio Social (DMPS): a DMPS é o demonstrativo contábil
que tem por objetivo evidenciar de forma consolidada as modificações que ocorreram no
Patrimônio Social ao final de cada exercício.
Demonstração da Mutação do Ativo Líquido (DMAL): a DMAL é o demonstrativo contábil que
tem a finalidade de apresentar, ao final de cada exercício por plano de benefícios, a
movimentação do ativo líquido por meio das adições (entrada) e deduções (saídas) de recursos.
Demonstração do Ativo Líquido (DAL): a DAL é o demonstrativo contábil responsável por
evidenciar a composição do Ativo, Obrigações e Fundos não Previdenciais do plano de
benefícios ao final de cada exercício.
Demonstração do Plano de Gestão Administrativa (DPGA): a DPGA é o demonstrativo que
apresenta de forma consolidada, com clareza e objetividade, a atividade administrativa da
Entidade, destacando as movimentações que influenciaram as receitas, despesas e rendimentos
e impactaram diretamente no resultado do fundo administrativo ao final de cada exercício.
Demonstração das Provisões Técnicas do Plano de Benefícios (DPT): a DPT é o
demonstrativo que representa a totalidade dos compromissos dos planos de benefícios
previdenciais administrados pelas entidades fechadas de previdência complementar.
50 RELATÓRIO ANUAL 2017
Demonstrativo de Investimentos: o Demonstrativo de Investimentos apresenta a alocação dos
recursos da Entidade por segmento (renda fixa e variável) e estabelece um comparativo com as
diretrizes estabelecidas na política de investimentos e na legislação vigente. O Demonstrativo de
Investimentos traz também um resumo sobre o retorno dos investimentos dos planos e a
diferença quando comparado à meta atuarial ou meta de investimentos, os custos de gestão dos
investimentos e as modalidades de aplicação.
Diretoria Executiva: Órgão responsável pela administração da Entidade e dos Planos de
Benefícios, observando a política geral traçada pelo Conselho Deliberativo e as boas práticas de
governança.
Estatuto Social: Documento que define as estruturas administrativas, cargos e respectivas
atribuições, além da forma de funcionamento da Entidade.
Fundo de Investimento: São condomínios constituídos com o objetivo de promover a aplicação
coletiva dos recursos dos participantes. É uma comunhão de recursos destinados a aplicação
em carteira diversificada de valores mobiliários de emissão de empresas emergentes.
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis: as Notas Explicativas acompanham as
demonstrações contábeis e são responsáveis por detalhar as principais práticas contábeis
utilizadas, os critérios adotados na apropriação dos recursos e na avaliação dos elementos
patrimoniais. Além das informações já descritas, as Notas Explicativas normalmente trazem
também um breve histórico dos planos de benefícios administrados pela Entidade.
Parecer do Auditor Independente: o Parecer do Auditor Independente é o documento que
apresenta a análise do auditor em relação às demonstrações contábeis da Entidade e,
principalmente, se os resultados apresentados refletem a realidade da Entidade e se estão de
acordo com as normas legislativas e as principais práticas contábeis adotadas no Brasil.
Parecer Atuarial: o Parecer Atuarial é o documento que apresenta o resultado de um estudo
técnico realizado anualmente nos planos de previdência por um atuário e reflete a opinião deste
profissional sobre a saúde financeira dos planos. Este documento traz os custos estimados para
manutenção do equilíbrio dos planos e os principais dados estatísticos e hipóteses utilizadas no
estudo. O Parecer é confeccionado somente para os Planos classificados como modalidade
Benefício Definido ou Contribuição Variável, que possuem componentes atuariais que impactam
no resultado do Plano.
Parecer do Conselho Fiscal: o Parecer do Conselho Fiscal é o documento que reflete a opinião
deste conselho acerca dos resultados apresentados nas demonstrações contábeis da Entidade,
fazendo constar neste parecer todas as informações complementares que julgarem necessárias
e pertinentes ao completo entendimento dos resultados.
Política de Investimentos: a Política de Investimentos é responsável por definir as principais
regras e condições para aplicação dos recursos da Entidade e dos Planos de Benefícios e tem
a finalidade de garantir uma gestão prudente e eficiente dos ativos dos planos. A política é
elaborada anualmente e deve considerar em sua elaboração os riscos envolvidos e os objetivos
da Entidade para definição dos investimentos de médio e longo prazos.
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Manifestação do Conselho Deliberativo: a Manifestação do Conselho Deliberativo é o
documento que formaliza a ciência e concordância deste Conselho em relação ao conteúdo das
demonstrações contábeis apresentadas pelo contador da Entidade e do Relatório Anual de
Atividades referentes ao exercício após os esclarecimentos prestados pela Diretoria Executiva,
pelos Auditores Independentes e pelo Conselho Fiscal.
Relatório Anual: Documento de comunicação interna elaborado pela Entidade para os
participantes e assistidos com informações sobre o desempenho da Entidade e do Plano de
Benefícios no ano.
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53 RELATÓRIO ANUAL 2017
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