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www.esvnemesio.net
Editorial
«[…] Tenho o Verbo comigo
E uma alma que berra:
Novas estradas! E força para as abrir.
Novos dias… e calma para os sentir.»
(Da Weasel, Re-Definições)
Alunos, professores, funcionários, ESCOLA,
«a dificuldade de ser homem ou mulher começa a
aprender-se na Escola. A vitória mais doce é ganha
sobre nós próprios à ignorância e ao medo.» (João
Lobo Antunes, in Jornal de Letras Educação, n.º 919).
Temos o Verbo na alma de/da Vitorino,
temos as estradas que estoicamente abrimos num
mundo cada vez mais imundo, temos os dias e as
noites que sentimos ser nossos e temos homens e
mulheres vitoriosos… Perguntar-nos-ão, o que falta?
Faltam as palavras. Palavras que (re)tratem
per se a nossa Vitorino. Palavras que sejam a ponte
entre os nossos corsários da Praia e a comunidade que
os envolve. Palavras que (d)escrevam tudo e todos os
que neste espaço passam a maioria dos seus dias.
Este projecto (s)urge, assim, da necessidade
comunicacional entre as várias células desta escola,
para que esta seja, de facto, uma unidade orgânica. Um
ser vivo que pulsa opiniões, sugestões, críticas,
comentários, poemas, notícias, cartoons, anedotas,
adivinhas, passatempos, actividades...
Se assim não for, acreditem que veremos
apenas e só a fachada que intimida quem se atreve a
olhá-la de frente. Imponente, alongada num horizonte
feito de escadas impessoais, cedo percebemos o seu
esgar de indiferença face a quem chega. É, sem
dúvida, uma escola com História e histórias e a
próxima, a deste ano lectivo e a dos vindouros. A
assinatura do nosso jornal. Assinem.
Liç
ão
nº 0
Jun
ho_
11
Sumário: Reportagem à Comunidade escolar.
Entrevista ao Presidente do Conselho Executivo.
Entrevista à escritora Maria Armanda Santos.
Percursos de Ex-Alunos.
Leituraturas.
Actividades, Jogos e muito mais…
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Ficha Técnica
Propriedade: Escola Secundária Vitorino Nemésio.
Coordenação: Professores António Bulcão, Laudalina Arruda e Olga Gomes.
Colaboraram neste número: Conselho Executivo, professores Domingos da Graça, Paula Cabral, João Lopes, Rui, João Santos, Augusta
de Escobar, Ana Cavaleiro, Ana Catarina Mateus, Conceição Prudêncio, Conceição Esculcas; os alunos Eduardo Spínola, Andreia
Borges, Filipe Machado, Fabiana Mendonça, Ana Dinis, Letícia Barcelos, Carla Fagundes, Luís Neves, Marta Cruz, Maria Armanda
Santos, Maria Inês Santos, David, Diogo Correia, Pedro Estêvão, Beatriz Correia, Vanessa Santos, Júlia Ourique, Rodrigo Gomes,
Catarina, Cláudia Silva, Jéssica Melo, Carolina Inácio, Turma do PC; os funcionários Raimundo, Olga Ricardo, Secretaria, Contabilidade,
Eduardo; o Departamento de Línguas Românicas, de Línguas Germânicas, de Educação Física e Desporto, de Humanidades, de
Matemáticas, de Artes e Tecnologias. Ano 2011, Mês de Junho.
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Gostava de ver e ler sobre os alunos que têm as melhores notas de cada ano escolar.
Eduardo Spínola, 7.º A
Gostava de no jornal da escola ver informações sobre desporto, notícias sobre os acontecimentos na escola, trabalhos de alunos, banda desenhada e jogos.
Andreia Borges, 7.º B
Gostava muito que o jornal tivesse notícia do que os alunos fazem, ou desenham. É que vejo muitas “obras de arte” ou grandes poemas feitos por alunos da nossa escola. Para exprimir as sensações de grandes alunos.
Filipe Machado, 8.º A
Passatempos, falar sobre as actividades desenvolvidas na escola (centenário), divulgação de concursos.
Fabiana Mendonça, 8.º B
Gostava de ver publicado no jornal da escola os torneios dos vários desportos organizados na escola durante o ano lectivo. Também acho pertinente para os alunos a publicação das actividades, sugestões que a Associação de Estudantes pensa promover. O jornal também podia mostrar o talento de todos os alunos, publicando textos, desenhos, fotografias, etc.
Ana Dinis, 9.º F
Informações sobre o departamento de desporto, banda desenhada e anedotas.
Letícia Barcelos, 9.º C
Publicar anedotas, letras de músicas que os alunos podem escolher, ou definir um tema para cada edição e publicar poemas, textos, fotografias, etc.
Beatriz Correia, 10.º E
Crónicas, editoriais, textos argumentativos, opiniões, críticas, vários textos produzidos não só por alunos, mas também por professores, que falem não só da escola, mas também de outros temas interessantes.
Pedro Estêvão, 11.º F
Envolvimentos dos jovens na sociedade, problemas nas escolas, uma coluna de opinião dos jovens sobre arte, cultura, política, publicação de trabalhos de elementos da escola desde professores a estudantes.
Carla Fagundes, 11.º A
O que eu gostava de ver publicado no jornal da escola era artigos que informassem os alunos sobre as mudanças constantes no ensino e as consequências que essas mudanças iriam ter sobre os alunos em particular, mas também sobre toda a comunidade escolar. Para mais, gostaria de ver lá divulgadas todas as actividades efectuadas na nossa escola que por vezes nos passam ao lado, sendo essa divulgação uma importante forma para despertar o interesse dos alunos para essas actividades e práticas.
Luís Neves, 12.º A
O que gostava de ler (ou ver) publicado no jornal da Escola? Este será um espaço onde tentaremos inserir, edição a edição, reportagens sobre os mais variados assuntos. Ouvindo professores, alunos,
funcionários… Justificava-se, assim, que a primeira colheita de opinião fosse sobre o próprio jornal. O que será? O que gostaria cada um dos
inquiridos de ver nele publicado? Procurámos pequena amostra: dois alunos por cada ano de escolaridade, um professor por cada departamento,
funcionários (leia-se os que fazem funcionar), Conselho Executivo (leia-se quem nos representa e agrega). O resultado está abaixo. Podia ser
melhor? Claro! Pode ser sempre melhor. Mas, quem dá o que tem…
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Gostava de ver publicados poemas tanto de poetas conhecidos nacional e internacionalmente como também de alunos que se oferecessem para dar a conhecer o seu eventual talento. Também gostava de ver publicados artigos de todo o género, incluindo científicos, de modo a que estejamos todos informados sobre os avanços a nível mundial. Era útil que existisse uma pequena secção no jornal destinada a temas relacionados com a universidade e com eventuais cursos pós secundário noutros países (exemplo: Newsletter da empresa portuguesa Multiway).
Proponho ainda que no início de todas as edições seja sempre publicada uma citação de algum autor, poeta, cientista, personalidade famosa que inspire os alunos e sugira o tema do artigo principal dessa edição. Encorajar os alunos a escrever para o jornal e também a expressar a sua opinião sobre algum assunto escolar numa secção apropriada do jornal seria importante.
Marta Cruz, 12.º B
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Espero que o jornal da escola seja mesmo nosso e não, apenas, de
alguns. O seu conteúdo deve expressar uma reflexão crítica sobre as
competências dos nossos PEE, PCE, PCT, restaurando as pontes
quebradas do meio-escola-assembleia-conselho-executivo-conselho
pedagógico, conselhos de turma, departamento, docentes, não
docentes e alunos. Ver-julgar-agir-intradisciplinarmente para
conviver-partilhar-servir, interdisciplinarmente e, assim, transcender-
educar-progredir, transdisciplinarmente.
Professor de E. M. R. C. | Padre Domingos da Graça
No nosso jornal gostaria de ver os trabalhos dos nossos alunos, os
espontâneos e os obrigatórios. Opiniões, críticas e sugestões sobre o
nosso universo escolar… Para onde caminhamos! Poderá ser,
também, um meio de divulgação das actividades/ projectos de todos
os elementos da comunidade. Que sirva para difundir a informação e
chegar efectivamente a todos.
Professora de Português | Paula Cabral
Espero que a criação do jornal da escola venha dinamizar a
informação no ambiente escolar através da realização de eventos
a realizar na escola; assuntos de relevância social; resultados das
competições desportivas internas, informação científica relevante.
Estou ainda à espera de artigos de opinião quer por parte dos
alunos quer dos professores e funcionários. E já agora uma secção
mais divertida que para tristeza já basta este país.
Professor de Ciências Físico-Químicas | João Pedro Lopes
Sendo um jornal um meio de comunicação acessível a todos, espero
que este jornal em especial seja dos alunos, para os alunos e que se
estenda também a toda a comunidade escolar, mostrando e
informando o que se faz e diz de positivo para bem social e para
desenvolvimento da consciência social, ambiental, cultural e etc.
Professora de Artes | Ana Cavaleiro
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“Um bocado de liberdade” Naquela aula, a professora pediu-nos para escrever um poema. O tema
era a liberdade e eu falava sobre o mar e sobre os pássaros mas também
sobre o amor. Na altura não percebi porquê mas os meus colegas
gostaram, a professora emocionou-se e, nesse jogo de afectos, foi um
pequeno passo para que o tal poema fosse publicado no jornal da escola.
Era um bocado de papel, meia dúzia de páginas a preto e branco,
com histórias, passatempos, anedotas e outras coisas que o tempo apagou
da minha memória. Conservo-o algures num canto que nem eu sei, do
outro lado do oceano. Melhor guardado ficou, concerteza, aquele
sentimento misto de alegria e orgulho por ter contribuído para aquele jornal.
Um jornal que se fez de pequenos artigos, escritos com o cuidado de não apresentar erros; ali
expressávamos os nossos sentimentos e ali era-nos dada oportunidade de falar sobre o que não gostávamos na
escola, nas camionetas que nos levavam e traziam, nas ruas sem passeios e sem iluminação, … tantas coisas. Era
um bocado de nós que transmitíamos a cada leitor e que nos ajudava a crescer olhando com espírito crítico o
mundo à nossa volta.
O António Bulcão, meu colega nesta escola e grande impulsionador deste projecto, pediu-me para escrever
sobre a minha concepção de um jornal escolar. Não tenho qualquer experiência em dinamizar projectos deste tipo
mas acho que, fundamentalmente, é isso: um bocado de liberdade que se constrói em cada linha.
Professor de Geografia, João Santos
A escola secundária Vitorino Nemésio iniciou a sua actividade no ano de
1992/1993 tendo como papel primordial servir a comunidade no sentido de
formar cidadãos não só para ingressar no Ensino Superior, mas também para
integrar a vida activa.
Ao longo destes anos emergiu a necessidade de criar, à imagem de outros
estabelecimentos de ensino, um jornal da escola.
É, precisamente, neste ano lectivo que o nosso jornal nasce!
O que espero do nosso jornal? Um reflexo puro de todas as experiências, ou
pelo menos as mais relevantes, vivenciadas no cosmos que é a escola. Espero
encontrar testemunhos de todos os seres activos e responsáveis de toda a
actividade escolar; os trabalhos mais ou menos voluntários dos alunos,
actividades desenvolvidas em nosso redor, opiniões / sugestões pois há sempre
algo que poderá ser melhorado, em prol de uma escola melhor… e, claro, alguns
espaços de lazer!
Assim, é de salientar, que sendo o jornal da escola de todos nós e para todos nós, o contributo dos demais é
imprescindível!
Professora de Matemática | Ana Catarina Mateus
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Do nosso jornal esperamos um espaço multifacetado, que não fuja a
duas das principais funções de um jornal: a de informar e a de divulgar.
Informação sobre aprendizagens, experiências, eventos e projectos
levados a cabo, ou a decorrer na ESVN. Divulgação científica de assuntos do
âmbito das várias áreas do saber, que dão forma aos curricula. Divulgação
literária de textos da autoria dos nossos alunos, que podem ir da poesia à
crónica, passando por contos, artigos de opinião e afins.
Mas, porque é um jornal escolar, por que não um cantinho daquelas coisas
que tornam a escola tão apetecível: o do recreio? Isto é, uma rubrica
humorística sem, contudo, perder de vista a correcção da língua materna; um
espaço de entrevista a personalidades da comunidade escolar; banda desenhada…
Publicidades não, obrigada.
Professora de Filosofia | Conceição Prudêncio
Um jornal de escola define não só o tipo de estabelecimento que
temos, mas, acima de tudo aquele que queremos. O Jornal da Escola é o
texto que nos falta para chegar a todos e pode ser a voz daqueles que
nunca falam.
Para nós, Departamento de Línguas Germânicas, devem constar do
Jornal da Escola tópicos como os que passamos a enumerar: as
Actividades do Plano Anual de Actividades previstas para o período
vigente do jornal; notícias / informação de eventos de interesse da
comunidade escolar, que já aconteceram ou vão realizar-se;
depoimentos de alunos, professores e auxiliares que traduzam a escola
que cada uma das partes conhece e que, na maioria das vezes, não é
conhecida pelas outras partes; depoimentos que encerrem críticas construtivas para uma escola melhor
e sugestões de mudança; partilha das boas práticas que ninguém vê, quer dos alunos, quer dos
auxiliares, quer dos Encarregados de Educação, quer dos docentes; fotos das nossas coisas, das nossas
actividades, da nossa comunidade escolar, dos nossos cantinhos; divulgação de dicas úteis: livros que
não podem deixar de ser lidos; sítios da net que sejam uma mais-valia para a vida académica dos nossos
discentes; filmes ou espectáculos que são oportunidades a não perder; curiosidades da comunidade
educativa…; súmulas da situação política, especialmente sobre a educação, do país e da região, redigidas
de forma simples para promover a cultura geral de todos os que por algum motivo não sabem das coisas.
O que esperamos do Jornal da Escola é, sobretudo, que seja claro, conciso, apelativo, verdadeiro e
interactivo.
A Coordenadora de Departamento | Augusta de Escobar
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Poemas, sugestões sobre melhoramentos na escola; histórias sobre alunos
(casos problemáticos que precisem de ajuda); e puzzles.
Olga Ricardo | Serviços de Reprografia
Como qualquer jornal, este deve ter uma primeira página
com rosto onde serão apresentados assuntos da maior relevância. Nas páginas seguintes
poderão ser noticiados todos os acontecimentos relativos à comunidade escolar, tais como:
iniciativas e decisões do conselho executivo; trabalhos efectuados pelas turmas ou pelos
alunos individualmente; actividades desenvolvidas, iniciativas e projectos futuros da
associação de estudantes.
Poderá também ter um espaço onde seja abordado o Ambiente no sentido de alertar
e informar, um espaço cultural e um espaço dedicado à actualidade. A última página será para
uma leitura menos séria a ser preenchida com espaços dedicados a curiosidades, anedotas, adivinhas,
etc.
Raimundo | Biblioteca
Curiosidades, actualidade, culinária (adequada
à época festiva), anedotas, relacionamento/
funcionamento da escola, concursos, anúncios,
calendarização de actividades.
Contabilidade
O jornal da Escola é dirigido à comunidade escolar,
em particular aos alunos por isso pensamos que deviam falar
acerca de: sexo na adolescência (causas e consequências) e
contracepção (prevenção); saídas profissionais.
Secretaria
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P.: Acha importante a existência de um jornal na Escola?
R.: Os meios de divulgação e de comunicação, quer sejam sob a
forma de jornal ou outros, são uma mais valia para a comunicação da
Escola. Conseguem alcançar os diferentes intervenientes da
comunidade educativa, divulgando, quer para o exterior como para o
interior, os projectos da escola; distinguem e valorizam os diversos
intervenientes. Parece-me que começar por um jornal pode ser o
início para outros projectos, dada a notoriedade que este meio de
comunicação tem.
P.: Que outros projectos considera que se devem implementar
nesta unidade orgânica para que consigamos projectá-la ainda mais
extra muros?
R.: A par dos meios de comunicação ditos convencionais, como é o
caso de revistas e jornais, as ferramentas de comunicação criadas
pelas tecnologias digitais têm uma aceitação muito grande juntos das
camadas mais novas, pelo que a criação de blogues, fóruns de
discussão, canais de emissão vídeo e áudio ou repositórios de
conteúdos, podem apresentar-se apetecíveis para uma grande parte dos discentes e docentes. Permitem,
ainda, ser um motor para combater a iliteracia digital e dotar os jovens de conhecimentos que garantam um
uso seguro da internet e das redes sociais.
P.: Receber críticas ou sugestões dos diferentes membros da comunidade escolar, poderá ajudar o
Conselho Executivo no cumprimento das suas funções?
R.: As críticas e sugestões são um dos motores do desenvolvimento e um caminho para a qualidade do
sistema educativo. A diversidade de áreas de actuação e o número de intervenientes que actuam no
contexto educativo é de tal maneira alargado, que só com a colaboração de todos é que os desígnios da
educação podem ser alcançados.
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P.: Cumpridos dois terços do vosso mandato, qual o balanço do efectuado e a perspectiva do ainda a
realizar?
R.: Tendo em conta o programa de acção que foi proposto a sufrágio para o triénio 2008-2011, a maioria das
propostas foi realizada, estando previstas para o presente ano lectivo o desenvolvimento da plataforma para
o ensino recorrente mediatizado, a implementação dos sistema de gestão de correspondência e o projecto
para a ampliação e requalificação do edifício escolar. Para esta última entendemos que deve existir uma
participação alargada, pelo que se têm promovido debates e troca de ideias, inclusive com o Arq. Farelo
Pinto que é o autor do edifício da ESVN.
P.: Gostaria de deixar uma mensagem à Escola?
R.: Sim. Que os problemas sejam olhados como desafios e não como dificuldades; que os sucessos tenham
mais importância do que os insucessos.
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As (Im)Pressões… de Maria Armanda Santos
P:. A história que estoriaste representa alguns aspectos da tua vida?
R:. A sete passos de ti expressa, através da história de dois jovens com percursos sociais e familiares
distintos, uma mensagem fundamental: são os sonhos, a
esperança e o amor que nos guiam e que nos proporcionam
alcançarmos sempre mais e mais. Se não sonharmos, se não
desejarmos alcançar aquilo que nos faz felizes, não
passaremos de meros instrumentos ao serviço desta vida
rotineira.
Aquilo que escrevi não representa a minha vida nem se
baseia em aspectos concretos ou vivências que experienciei,
mas claramente expressa pensamentos, sentimentos e
valores com os quais tenho de lidar diariamente. A história de
Alice e Rodrigo revela e partilha fundamentalmente aquilo em que acredito.
P:. Quais foram as sensações que sentiste ao ver o teu livro publicado?
R:. É quase indescritível o sentimento de ver o meu livro publicado. Desde criança que pego em pequenas
folhas de papel para expressar aquilo que acredito e que sinto. Foi sempre através da escrita que me
consegui expressar da melhor forma, por isso, ver as palavras, que me preencheram durante tanto tempo e
que criaram um mundo só meu, partilhadas com todos e disponíveis ao público é algo maravilhoso.
Perdida no meio dos livros. Do teu, dos dos outros. Com um sorriso de alfenim, doce de lábios. Com uma esperança nos olhos, as pestanas
a folhearem. Os livros dos outros. O teu. Uma flor nos dedos, que até cheira quem lá vai. Pétala a pétala de ti. Falas de amor, escritora.
Sorrindo. Com uma flor nos dedos. Perdida no meio dos livros. Achada no meio das palavras.
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P:. Recomendas a leitura do “A Sete Passos de Ti” a que tipo de público?
R:. A sete passos de ti não é apenas uma história de amor entre dois jovens. É uma história que, através da
descrição de dois percursos e do cruzamento de vidas, transmite sentimentos e valores insubstituíveis, que
não se destinam apenas aos jovens. A esperança, o perdão, a felicidade, a fé e a amor são sentimentos que
nos acompanham ao longo da nossa caminhada e que têm necessariamente de estar presentes nas nossas
escolhas, nos melhores e piores momentos, enfim,
nas nossas vidas…
P:. Haverá com certeza alunos que trabalharão o
teu livro no espaço “Contrato de Leitura”, na
disciplina de Português. Que conselhos lhes dás?
R:. Se tiver a felicidade de ver o meu livro
apresentado por algum aluno, na disciplina de
Português, o que aconselho é o mesmo que
aconselharia em relação a qualquer livro. Cada livro é
uma viagem. Cada história revela uma mensagem. O
importante é interpretarmos essa mensagem e transmiti- la aos outros,
para que fiquem curiosos e ansiosos por ler o livro que a revelou. Se tivesse que dizer algo acerca do que
escrevi, apenas afirmaria que A sete passo de ti contém muito mais do que as meras palavras nele escritas, o
que faz com que os leitores se identifiquem, de alguma forma, com Alice e Rodrigo.
P:. Agora que te encontras a “sete passos” da Terceira, qual a mensagem que gostarias de deixar à tua
terra?
R:. Estar “A sete passos” da terra onde nasci e cresci apenas me faz valorizá-la ainda mais. Especificarei o
destinatário dessa mensagem. Uma “terra” é feita pelas pessoas que a constituem e que diariamente criam
e partilham experiências. A mensagem que transmitiria é essencialmente o que procurei partilhar através do
meu livro. É na valorização de sentimentos como a esperança e o amor que podemos chegar mais longe,
mais longe nos nossos sonhos… mais longe na construção de um mundo em que se deixe de substituir a
capacidade de imaginação e criação pela repetição de vivências e pensamentos alheios.
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P:. Para quando um novo livro? Já tens o projecto?
R:. Em relação a um novo livro, ainda não tenho nada em concreto planeado.
Tenho sempre ideias e projectos a flutuar pela minha imaginação, mas confesso
que tenho uma pequenina aversão ao futuro, pelo que prefiro desfrutar o
momento presente e claro lutar por aquilo em que acredito, mas deixando a
vida fluir natural e criativamente.
Se nos esforçarmos e formos determinados, não tenho dúvidas de que
alcançaremos o que mais desejamos. A vida é surpresa, magia, experiência,
amor.
P:. A escrita da aluna Maria Armanda Santos diferenciava-se das restantes?
Em que aspectos o verificou?
R:. A Maria Armanda foi minha aluna nos 10.º e 11.º anos. Desde logo,
manifestou facilidade na produção de textos, não só na estruturação e
articulação das ideias, como também na escolha criteriosa do vocabulário e no
domínio dos recursos expressivos. Manifestava também originalidade e
espírito crítico na sua produção escrita.
P:. Se tivesse de fazer o prefácio de “A Sete Passos de Ti”, o que escreveria?
R:. Não sou uma teorizadora da literatura logo não enveredaria por esta via.
Creio que escolheria outro caminho a que se pode chamar alquimia da escrita.
Assim, a minha atenção prender-se-ia às personagens que povoam esta novela e analisaria as relações que
elas estabelecem com o mundo que, através da escrita, é dado a conhecer ao leitor. É evidente que seria de
todo impossível não fazer referência à pessoa da Maria Armanda, uma jovem que conjuga timidez e
humildade na postura com convicção dos valores, e a relação de amizade, respeito e admiração que se
estabeleceu ao longo dos dois anos que foi minha aluna.
P:. O que sente ao ver os seus alunos a agigantarem-se no mundo da escrita?
R:. Nutro uma satisfação e um orgulho imensos. Enquanto professora, sinto-me realizada por partilhar
conhecimentos com os meus alunos, por lhes fornecer as “ferramentas” que os levarão a descobrir novos
percursos e a dar passos maiores. Como diria Aristóteles, “o verdadeiro discípulo é aquele que consegue
superar o mestre”.
P á g i n a | 14
São poucos os meses que me distanciam da Terceira e da experiência do ensino secundário na Escola Vitorino Nemésio…
Em Lisboa a vida é mais agitada, mais apressada, há menos tempo para descansar e para parar apenas por um minuto para
pensar. Os momentos reduzem-se a meros segundos que passam a correr, a palavras que nos passam por entre os dedos…
A Vitorino Nemésio é palco de troca de experiências, de saberes, de informações. É inquestionável a importância dos
conhecimentos que me foram transmitidos pelos mais diversos professores durante os cinco anos que lá passei, bem como
as actividades colectivas proporcionadas. Foi lá que adquiri a maior parte dos meus métodos de estudo e também foi lá que
criei amizades não só com colegas, mas com professores.
Se é verdade que o secundário foi fundamental para adquirir muitos dos conhecimentos que agora possuo, bem como
alguma cultura geral, não posso deixar de admitir que é considerável, arriscaria dizer que abismal, a diferença para com o
ensino superior.
Estando a frequentar a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, apenas posso falar relativamente à experiência que
tenho tido. Tendo em conta tratar-se deste curso e desta faculdade em questão, reconhecida pelo seu elevado nível de
exigência e prestígio, as diferenças sentem-se no nível de dificuldade exigido, na forma de expressão oral e escrita, na
quantidade de matéria leccionada.
Isto talvez possa ser explicado tendo em conta um factor importante: o secundário é feito e baseado tendo em conta
alunos com idades médias de quinze aos dezoito anos. O ensino superior está preparado para abranger, da mesma forma e
sem qualquer tipo de diferenciação, alunos desde os dezoito anos até qualquer idade. Ou seja, o ensino superior, mais
concretamente, o curso de Direito na Faculdade de Lisboa exige de nós uma grande dedicação e preparação, fazendo com
que não sejamos mais meninos, mas adultos, porque temos necessariamente de agir e pensar como tal.
Com tudo isto, não quero de forma alguma intimidar os finalistas do ensino secundário, muito pelo contrário!
Apesar de exigente, considero que este “salto” é indispensável na nossa formação não só académica como pessoal, visto
que a partir de uma certa altura temos necessariamente de começar a encarar a vida de outra forma, que não aquela a que
estávamos habituados, além de que nos proporciona o conhecimento e o convívio com outras pessoas.
Por breves palavras, a minha vinda para Lisboa fez-me valorizar todo o apoio e aprendizagem adquirida através dos
professores, na Escola Secundária Vitorino Nemésio; fez-me valorizar o tempo passado com a família; proporcionou-me
uma experiência completamente nova e única… e essa experiência é algo que, se tivermos possibilidade e oportunidade,
jamais devemos desperdiçar!
Maria Armanda Santos,
Novembro 2010
Para onde vão os nossos alunos e alunas, quando saem pela última vez ao portão lá de baixo? Entram nos cursos que queriam? Nas
escolas que preferiam? Que é feito deles? Ainda sonham? Sonham mais do que sonhavam quando nos atafulhavam os corredores de
risos? Neste espaço vamos tentar seguir os seus percursos. Não necessariamente respondendo sempre às perguntas antes deixadas. Por
vezes dando-lhes voz. Nos seus sucessos, nos seus tremores, nas suas ilusões. E que vivam os nossos pequeninos e pequeninas. Porque
nos corredores, já gritam e correm os que, daqui a nada, sairão de vez pelo portão lá de baixo, dizendo adeus ao lema “viva a escola” e
tirando mais uma ruga ao Vitorino.
P á g i n a | 15
Jovem e de opiniões bem formadas, deparei-me no fim do 12.º ano com um dilema. Tanto tinha
conhecimento de praticamente tudo, como não tinha qualquer tipo de instrução específica que pudesse
compensar a falta de cultura geral (não) ensinada no secundário e que seria necessária, evidentemente, no caso de
querer seguir estudos. Tentei a minha sorte e consegui entrar na minha terceira opção da lista, Antropologia. Não
por ser um curso do género “ah, se entrar é porque não consigo entrar em mais nada”, mas porque embora seja do
meu interesse as saídas profissionais são no mínimo decadentes e fantasiosas. De qualquer forma decidi-me por
seguir este sonho face ao facto de ter “brincado” muito no secundário não conseguindo (sem qualquer esforço)
média quer para Medicina quer para Direito. Aconselho vivamente que quem se quer “safar” nos tempos que
correm se dedique de corpo e alma porque a vossa vida não É UMA BRINCADEIRA. Não existirão doravante ilusões
e só os melhores triunfarão e espero fazer-me entender quando digo que é possível conciliar diversão com estudo,
aliás é o que tenho feito na minha estadia de sensivelmente dois meses no ISCTE-IUL, claro que não é fácil mas é
como se diz “Tudo o que merece ser feito não é fácil”.
Quero só deixar a nota de que actualmente os jovens têm de se meter a par dos acontecimentos, têm de
ganhar cultura geral “por fora” porque francamente o sector educativo em Portugal é no mínimo miserável, salvo
raras excepções, e que somos nós o futuro desta nação em decadência. Deixo-vos agora a reflectir sobre os vossos
próximos passos e escolhas que cabem somente a vós, não a mim que já as fiz.
Diogo Correia,
ex-aluno do 12_ C
P á g i n a | 16
Sabeis escrever? Eis o vosso espaço. Literatura, robótica, informática, escrevei sobre o que quiserdes. Poemas, crónicas,
pequenos contos… Escrevei. Porque não basta dizer, por vezes. As palavras pegam e andam, vão-se no vento que as
leva. Quando lhes prendemos o pé ao papel, ficam, com fraco atilho, é certo, se quisessem até se soltavam, mas ficam,
para os outros lhes pegarem, acariciarem e por fim as devolverem ao branco. Para que outros olhos as colham, delas
façam bebés. Porque é tão bom, embalá-las, até adormecerem. Até amanhã.
00:00:00
E se o mundo acabasse amanhã?
E se todas as teorias de conspiração fossem verdadeiras e todas as profecias se realizassem? Se visses o
mundo arder e perder-se no fumo – se deixasses de ver o horizonte, esquecesses a cor das estrelas, não
conseguisses mais cheirar o mar? E se o ar se tornasse irrespirável, e as nuvens da cor de carvão – e se a
brisa deixasse de passar as mãos pelos teus cabelos?
E se o teu futuro – se O Futuro – e se não houvesse tal coisa? Os teus planos desfeitos. Os planos que ainda
não fizeste perdidos. Se não houvesse nada por que esperar – nada de finais felizes, nada de vestidos
brancos, nada de ordenados de cinco dígitos, nem férias ao sol – não vês a Torre Eiffel, nem vês os teus
filhos sorrirem-te.
E se tudo o que querias fazer amanhã, tudo o que deixaste para depois, tudo o que guardaste numa caixa
fechada a sete chaves – se tudo se evaporasse? Todos os riscos que nunca correste. Todas as oportunidades
que não agarraste.
E se te dessem um último dia?
Se te entregassem vinte e quatro horas embrulhadas em orvalho da manhã, com cheiro a jasmim? Se
chovesse e te escondessem o guarda-chuva, se o arco-íris tivesse o dobro das cores, se alguém te
estendesse a mão? Se a música te fizesse levitar e os raios do sol te abraçassem e se o vento fizesse as folhas
dançar aos teus pés?
E se, assim devagarinho, te deixasses envolver, fechasses os olhos, esquecesses o resto? E os teus sonhos
voassem para lá da atmosfera, e pousassem na lua? E o tempo deixasse de passar e o mundo se abrisse para
ti?
Ouve. Shhhh. Sabes que dizem que quando colocas uma concha ao ouvido não é o mar que ouves, mas sim o
teu sangue pulsar nas veias? É a tua vida.
Ouves?
O tempo parou.
Vanessa Santos
P á g i n a | 17
O milagre da Arte na construção da Casa do Homem
Desde sempre que o Homem utiliza a Arte na
construção da sua Casa. Através da História, podemos
saber que já o Homem primitivo demonstrava
interesse pela arte; temos conhecimento de que, numa
possível tentativa de descrição, o ser humano
desenhava a sua caça nas paredes das suas cavernas
ou fazia pequenas esculturas. Mas porquê? Será que
aqueles retratos artísticos da sua realidade faziam dele
algo diferente?
Na realidade, esta é uma pergunta a que,
objectivamente, ninguém pode responder. No entanto,
pode tratar-se de um objecto de estudo ou de
comparação com a nossa realidade. Talvez nos ajude a
entender qual o papel da arte no Nosso Mundo.
Os nossos antepassados descreviam nas suas
pinturas ou nas suas esculturas o que estaria perante
os seus olhos, mas tratar-se-ia apenas disso? De uma
simples descrição sem “fundo” algum?
Vejamos o que se entende por “fundo”: neste caso, o
fundo das descrições do homem primitivo seria
constituído pela motivação para aquele momento
artístico. Perante isto, podemos questionar se tais
motivações seriam fundamentadas por sentimentos de
esperança (possível objecto que aparecesse num
futuro próximo/longínquo); por simples inspirações
criadas pela convivência com o meio; por simbólicos
momentos de criação que representavam aclamações
às crenças vigentes; ou apenas um refúgio para
aqueles homens que necessitassem de algum conforto
psicológico e emocional em momentos de crise. Deste
modo, a arte ter-se-á tornado numa forma de evolução
racional e emocional ao longo de toda a nossa história,
constituindo o inicio de imensos princípios filosóficos…
Isto ter-se-á dado há cerca de trinta mil anos (quando
apareceu o derradeiro Homo sapiens sapiens –
primeiro artista da humanidade). Porém, será que tal
afeição à arte se dissipou? Ou simplesmente alterado o
seu “fundo”?
Pensar que, por estarmos a viver uma Era
completamente diferente, e que a arte dos nossos
antepassados nada tem a ver com a arte de Hoje, é
idêntico a pensar que, por exemplo, os chineses não
vêem da mesma forma que nós. Ora, sabemos
perfeitamente que o facto de os chineses terem na sua
face os olhos mais achatados não implica uma visão
diferente da nossa. Na realidade, o plano de fundo de
cada imagem, será exactamente igual, tanto para eles,
como para nós, pois a visão não depende
exclusivamente da área de superfície dos olhos, mas, e
principalmente, do nosso cérebro, do processamento
interior de cada imagem que este órgão vital
concretiza. Este exemplo parece absurdo de ponto de
vista comparativo, afinal o que tem a ver a nossa visão
e a dos chineses com a arte dos primitivos e a nossa?
Metaforicamente, tudo.
É verdade que a arte do mundo actual tem um aspecto
completamente diferente daquela que foi considerada
arte no mundo primitivo. Mas facilmente temos a
noção de que arte não é apenas o aspecto que contêm
as peças, é tudo o que é gerado à sua volta, como
sentimentos, críticas, elogios, ou até mesmo
movimentação de grandes massas populacionais. Para
que esta aconteça, é necessário um “fundo”, ou seja,
uma motivação/razão para que ela exista. Deste modo,
concluímos que a forma como vemos a Arte, por si só,
não nos dá a verdadeira essência, tal como acontece
com a nossa visão.
É óbvio que os tipos de arte são significativamente
diferentes, mas todos estes derivados, dependem
exclusivamente da nossa cultura – entendendo-se por
P á g i n a | 18
cultura tudo o que aprendemos e vivemos ao longo da
nossa vida, tendo em conta que a faceta artística é
uma das várias formas de semear e colher uma cultura
enriquecedora, sendo por si só algo de enorme relevo
no ser humano como substância racional. Não
obstante, se pensarmos bem, tal como no passado, o
“fundo” actual basear-se-á nos mesmos princípios do
“fundo” primitivo
Em suma, a arte é algo que nos tem ajudado, desde os
primeiros momentos da nossa vida, a construir a casa
do ser humano; e, na realidade, é uma forma de nos
encontrarmos como pessoas que somos, pois quando a
criamos vamos ao encontro das nossas ideologias, das
nossas crenças, do nosso conforto interno.
O facto de, por entre gerações e gerações, ter
permanecido até hoje, demonstra-nos que a arte
constitui algo de muito importante tanto para o ser
humano inato, como para a nossa cultura, e que, na
verdade, acaba por ser adaptadora e adaptativa. Quer
isto dizer que poderá ter sido através dela que muitas
culturas se modificaram e que perante essas
modificações, a própria arte em si, se terá adaptado
novamente a novos costumes e linhas de
pensamentos.
É, sem dúvida, parte de nós e algo que sem nós não
existe e por isso constitui uma divisão da nossa casa,
que sem ela, ruiria!
Júlia Ourique, 12_A
.
Todos os anos, são realizadas Olimpíadas Internacionais
de Informática - IOI, onde participam diversos países de
todo o mundo. Nestas, são testadas as capacidades de
programação de uma forma eficiente de centenas dos
melhores estudantes a nível mundial (tanto do básico como do secundário) trazendo prestígio não só aos
concorrentes como às escolas, regiões e países que representam.
Portugal tem vindo a participar nestas olimpíadas. No entanto, a nossa prestação como país não tem sido
digna de destaque, já que nas 22 edições das IOI apenas alcançámos duas medalhas: uma de prata e uma de
bronze.
A nível açoriano, a prestação é ainda pior! Os açorianos marcaram presença nas IOI apenas na Edição de
2010. Quanto às Olimpíadas Nacionais de Informática - ONI, concurso que qualifica para as IOI, apenas em
2010 se qualificou um açoriano, que se sagrou vice-campeão Nacional.
Com o objectivo de melhorar a prestação dos açorianos, foi criado o Concurso Regional em Informática nos
Açores (CRIAç), organizado pela nossa escola. Este consiste em duas provas – uma a nível online, e uma
presencial, que inclui estágio, mas que ainda não está confirmada, visto depender do financiamento
externo. Além disso, este concurso visa aumentar a consciência, a nível regional, da existência de provas
nacionais e internacionais em informática. Assim, este evento tenta tanto incentivar os jovens açorianos a
participar em concursos em informática como prepará-los para os mesmos.
Assim, se sabes programar, aproveita e participa neste concurso, que não tens nada a perder! Para
mais informações, podes consultar o site http://criac.net/.
Rodrigo Gomes, 12_B
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A robótica é uma das áreas mais interessantes da actualidade. Promete ser um dos focos de maior
desenvolvimento num futuro próximo. Além disso, visto que junta várias disciplinas e tem várias aplicações, desde
entretenimento a processos industriais, é uma área que proporciona muita satisfação aos seus crescentes adeptos.
No ano lectivo 2009/2010, a nossa escola fez a aquisição de 4 kits de robótica LEGO NXT, que facilitam a montagem
(visto serem à base de legos) e programação (visto fornecerem uma interface simples de programação) de pequenos
robôs. Com este kit, podem fazer-se aplicações interessantes, como seguir luz, sons, linhas, detectar e contornar
obstáculos, ou até mesmo “dançar”, estando limitado apenas à capacidade de inovação e programação dos seus
criadores.
Outro projecto interessante que surgiu este ano relacionado com a robótica foi o de um grupo de Área de Projecto do
12º ano, turma B (elementos do grupo: Ana Ferreira, Hugo Branco, João Dinis, Mafalda Trindade e Rodrigo Gomes), que
estão a construir, do zero, um pequeno robô capaz de participar no Festival Nacional de Robótica, prova de busca e
salvamento B, que se realizará em Abril de 2011.
Este evento já é organizado desde 1995. Qualquer pessoa pode participar. Para participar, apenas tem de juntar uma
equipa de pelo menos três elementos, e no máximo cinco elementos, e construir um robô capaz de participar numa das
várias provas do festival. As provas em que cada equipa pode participar dependem da idade dos participantes, visto
estarem divididas em escalões etários:
Escalão Júnior (8-19 anos):
Busca e Salvamento – seguir um percurso e identificar vítimas
Prova A – seguir uma linha
Prova B – orientar-se num labirinto tendo como referência as paredes
Dança
Futebol Robótico
Escalão Sénior (a partir dos 20 anos):
Condução autónoma
Futebol Robótico
Para o ano 2011, ainda não existem muitas informações acerca deste evento, além de que irá ocorrer durante o mês
de Abril, e irá ser realizado no Instituto Superior Técnico em Lisboa. No entanto, as regras das competições devem ser
semelhantes às do ano 2010, podendo consultar-se o site http://robotica2010.ipleiria.pt/ para obter mais informações.
Este evento pode ainda qualificar os participantes para o evento internacional RoboCup, de acordo com a
performance dos robôs.
Visto a robótica ser uma área, actualmente, com um grande desenvolvimento, o investimento que tem sido feito
nesta área, pela nossa escola, é proveitoso para os alunos, ao fornecer-lhes equipamentos que possam iniciá-los nesta
área promissora. Só me resta dizer: “venham competir comigo”.
Rodrigo Gomes, 12_ B
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A leveza da tua voz, acalma-me a alma. Muda-me o espírito de viver, diz que me queres, vá lá diz!
Faz de mim princesa e ensina-me o sorrir da vida. Ensina-me a respirar o tão ar puro que em ti vagueia. Por favor não
me deixes aqui, prisioneira de um dia-a-dia indesejado, um destino que já está planificado. Liberta-me! E ensina-me a
voar por um céu azul onde tudo é colorido e tu me tratas como deusa, aquilo que realmente sou, e que ninguém vê!
É tão magnífico ver a vida, e vivê-la. Saber que era, eu outra, no Passado, é ser eu tudo no Presente e num Futuro nem
saber o que serei!
Contigo irei descobrir o infindável até nascer o sol, e eu, me sentir viva. . .
Catarina, 11_ D
A alma caiu-lhe aos pés
Uma figura de vestido branco, brilhando, entrava pela janela. O príncipe agarrou-se aos lençóis, surpreso. A figura,
uma rapariga de longos cabelos castanhos, ondulados e lustrosos, aproximou-se. O príncipe tremeu. Os olhos de ambos
tilintavam no escuro, iluminados pelo brilho da rapariga. O rapaz estava perplexo, e ela sorria-lhe. Fechou os olhos,
segurou com mais força os cobertores e desejou acordar. Voltou a abri-los e fitou de novo a figura iluminada, que se
encontrava agora em cima da cama. Estava perto, tão perto. Ele sentia-a respirar, e observava com inocência a face da
rapariga. Os seus lábios vermelhos, os seus olhos escuros… O bater de dois corações ressoava pelas paredes frias. Tum-
tum, tum-tum… A rapariga moveu-se. Passou-lhe a mão no cabelo e foi descendo. Pela testa, pelo nariz, pelos lábios…
Parou. O rapaz olhava-a, imóvel. A rapariga chegou o seu rosto ao dele; e beijou-o. O rapaz rendeu-se.
Na manhã seguinte, acordou suado e sorriu ao relembrar a noite. Chamou o seu pajem e contou-lhe o estranho
sonho, mas este assegurou que sentira passos.
Semanas mais tarde, esquecido do sucedido, o príncipe passeava pela cidade quando avistou uma donzela nunca
vista. Aproximou-se pelas costas, e tocou-lhe no ombro. A rapariga virou-se e, nesse instante, o sangue congelou nas
veias do rapaz.
— Eu… eu sonhei contigo… — balbuciou.
A rapariga sorriu-lhe.
— Sim, foi contigo! — continuou o rapaz, surpreso.
A rapariga agarrou-lhe na mão e puxou-o para um beco. O rapaz tremia e de novo ela passou-lhe a mão pelos
cabelos negros, pela testa, pelo nariz, pelos lábios… E beijou-o. O rapaz entrelaçou os dedos nos dela e sucumbiu a mais
um beijo. Mas, lembrando-se do tempo que já havia passado, parou e perguntou com firmeza:
— Quem és tu?
— Sou o teu anjo. — respondeu-lhe a rapariga, sorrindo.
Sem saber como, o rapaz sentiu-se seguro na ignorância e deixou-se levar. Fechou os olhos, ouvindo apenas o
respirar de um anjo e o bater do seu coraçãozeco vencido.
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Nas noites seguintes, a figura entrou-lhe pela janela, reluzindo. O rapaz já não a temia, não agarrava os lençóis
nem fechava os olhos. Esperava apenas que os pés descalços da rapariga a trouxessem até si. E as noites foram passando.
Assim…
Certa madrugada, ao vê-la dormir ao seu lado, o rapaz lembrou-se de que ainda não sabia o seu nome. Acordou-a
e, com olhos tristes, suplicou-lhe:
— Diz-me o teu nome…
— Sou o teu anjo. — respondeu-lhe a rapariga, sorrindo levemente.
O rapaz deu-lhe a mão por baixo dos cobertores, sorriu e disse:
— O teu verdadeiro nome.
A rapariga, olhando-o chocada, largou-lhe a mão e sentou-se na cama.
— Sou mesmo um anjo, sabes? Não minto. Mas, já que insistes, o meu nome é Clara.
— Um anjo como? — perguntou o rapaz, céptico.
— Eu provo-to. — e, dito isto, uma rosa do jardim entrou pela janela. — Para ti, meu príncipe, meu David. —
continuou a rapariga, colocando-lhe a rosa na mão e fechando-lhe os dedos sobre o caule vazio de espinhos.
— Príncipe não! — exclamou, assertivo, o rapaz. — Anjo ou não, aos meus olhos serás sempre mais que eu. Por isso
nada de títulos, sim?
A rapariga sorriu suavemente, mas de repente, como que atingida por uma memória, os seus olhos esbugalharam-se
e levantou-se da cama de um salto.
— Tenho de ir. — disse, aflita.
— Clara, espera!
Antes de o rapaz acabar a frase, já ela tinha desaparecido. O príncipe levantou-se e foi até à janela, mas só encontrou
uma pequena lágrima reluzindo no parapeito.
Dias e dias passaram sem que Clara trepasse de novo pela janela. David mandou procurá-la por todo o reino, mas não
havia sinal dela.
Numa noite limpa, após um mês sem notícias, o príncipe debruçou-se na varanda cheirando a rosa, já seca, que Clara
lhe tinha dado. Embora a flor já não cheirasse a nada, para David, cheirá-la era sentir o odor do anjo que o tinha beijado.
Ao voltar para o quarto, deparou-se com a linda rapariga dos cabelos castanhos que o atormentava, sentada no parapeito
da janela, a olhar para fora, por cima do ombro.
– Meu David, — começou ela, colocando a mão no seu rosto — voltei para te ver uma última vez.
O rapaz soltou uma lágrima, que ela rapidamente secou.
— Uma última vez? Como? Porquê? — perguntava o rapaz, atropelando as suas próprias perguntas.
A rapariga sorria levemente, sem levantar a mão do seu rosto, mas o seu sorriso era amargo, talvez temendo a
despedida. Passados uns instantes, o rapaz desesperou:
— Responde!... — suplicou-lhe com os mesmos olhos tristes com que lhe havia pedido o nome.
P á g i n a | 22
— Infelizmente, desobedeci à primeira regra que Deus nos ensina: «não se apaixonem pelos vossos protegidos, pois
um par espera-vos cá em cima».
O rapaz virou-lhe as costas e, com um ar pensativo, começou a andar de um lado para o outro.
— Deve haver algo que possamos fazer! — exclamou. — Pedimos a Deus que te transforme numa mulher, ou a mim
num anjo.
— Não funciona. Deus não muda a nossa condição!
— Então iremos ter com o Diabo. Ele há-de ter alguma solução.
Dito e feito. Atravessaram a cidade até chegarem a uma viela escura. Pararam diante de uma pequena porta de
madeira, encimada por um dístico onde se lia: «Bate três vezes e saberei quem és». O rapaz bateu três vezes e a porta
abriu-se. Os dois entraram numa cave, iluminada apenas por uma tocha a um canto. A sala estava forrada de estantes e,
por entre prateleiras cheias de livros e frascos e boiões, saltitava uma pequena criatura vermelha.
— Príncipe David! Eras a última pessoa que esperava… — algo captou a atenção do pequeno diabrete, e ele correu
pelas mesas em direcção a Clara. — Que temos aqui? — perguntou ele com um sorriso maquiavélico, cheirando-lhe a
mão. — Um anjo! — exclamou, deliciado.
— Foi por isso que viemos cá. — disse David — Precisamos de uma maneira de ficarmos juntos, de algo que a
transforme numa mulher… Ou a mim num anjo.
— Sim… — respondeu o Diabo, folheando um livro a seu lado. — Isso é algo que se pode arranjar… Transformá-la-ei
com uma condição: entregas-me a tua alma.
E, com um estalar de dedos, uma pequena saquinha de veludo azul cozida com fio de ouro surgiu nas mãos do rapaz.
— Está nas tuas mãos… — disse o Diabo, sempre com um sorriso nos lábios.
— Pois bem. Que seja. Transforma-a e dar-te-ei a minha alma.
O Diabo acenou que sim e correu a um grande livro que prontamente folheou. Clara colocou-se no meio da sala.
O diabrete vermelho disse algumas palavras estranhas e logo Clara começou a levitar. Mas, em vez de perder o brilho
de anjo que tinha, um clarão de luz encheu a sala. O rapaz tremia a um canto, segurando a alma. Quando o clarão
desvaneceu, apercebeu-se do que tinha acontecido. Ela tinha desaparecido. O príncipe deixou cair o saquinho e a alma
caiu-lhe aos pés.
Uma gargalhada maléfica ecoou pela sala enquanto a pequena criaturinha vermelha desaparecia por entre as
prateleiras.
Cláudia R. P. M. Silva
10 de Junho a 2 de Setembro de 2010
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A Arca do PC
Burro – utilizado como meio de transporte por ser económico. Deixa-se usar e abusar. Tem um enorme
sorriso amarelo e encontra-se em vias de distinção.
Cão – guardião da casa. Veloz, brincalhão e, por vezes, amigo do Homem!...
Carrapato – é um ser livre e hiperactivo. Passa a vida a saltar; é muito sovina. Quando tem algo, nunca
mais larga e suga até ao miolo… é tão irrequieto que incomoda toda a gente.
Gato – animal fofinho e maroto, muito curioso e brincalhão que, por vezes, faz asneiras; amigo do
Homem e caçador de ratos. Adora dormir e contenta-se com qualquer refeição.
Girafa – por ver tudo de cima, tem outra apreciação do mundo. De que não lhe vale o tamanho senão
para apanhar as folhas mais altas.
Golfinho – animador de ondas. Felicita-nos com os seus saltos exuberantes. Amigo dos olhares que lhe
lançam. Azul ou cinzento, tem sempre algo a mostrar.
Lagartixa – vive escondendo-se em buracos, até perder o rabinho; coitadinhos dos outros que a
rodeiam, porque ao contrário do normal…emagrecem quando as comem!
Pulga – salta, salta, salta e não pára. Irrequieta e irritante. Menina atarefada que gosta de dar
mordidelas em todo o animal que encontra. Se a queres encontrar, procura em algum lugar.
Tigre branco – vive da Natureza; com os seus olhos e garras caça as suas presas. Defensor das suas crias.
Animal felino.
Zebra – será preta e branca ou branca e preta? Bem, isso não sei… o que sei é que adora pastar, mas de
olho aberto pois os leões podem atacar.
Trabalho realizado a partir da leitura do poema «Bichos convidados (de A a Z)», de Ondjaki
Viver em Português, PC
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Aqui ficam as actividades. Já realizadas, sempre que possível as a realizar. Actividades dos Departamentos, Regulamentos de
Concursos, tudo o que aqui couber. Fazer é, sem dúvida, o essencial. Mas dar conhecimento do que se faz, transpor os muros da
escola com a notícia do feito, torna-se igualmente importante. Desde logo pelo registo, para a posteridade. Mas também para o
envolvimento da comunidade, para uma melhor compreensão da escola. Aguardam-se contributos e… eventos.
“O menino que escrevia versos” no OUTONO VIVO 2010
No âmbito do evento «Outono Vivo 2010», que decorreu entre 29 de Outubro e 7 de Novembro, o
Departamento de Línguas Românicas promoveu uma actividade de representação com os alunos da turma C, do curso
Profij III - Técnicas Administrativas 3º ano.
Integrando a unidade «O Português no Mundo», da disciplina de Viver em Português, o estudo de textos de Mia
Couto foi o mote para a adaptação do conto «O menino que escrevia versos». O tema, «A medicina e a Arte» foi, assim,
interpretado pelos alunos num sketch apresentado em três sessões, no dia 3 de Novembro, no Auditório do Ramo
Grande, a escolas do Jardim de Infância e 1º Ciclo, dos Concelhos da Praia da Vitória e de Angra do Heroísmo, bem como
aos alunos do 3º ciclo, da Escola Secundária Vitorino Nemésio.
A dedicação, o entusiasmo e a responsabilidade de todos os envolvidos neste projecto, comprovam a
importância da crescente ligação escola-comunidade.
“O menino que escrevia versos”
Ficha técnica
Personagens:
Menino – Soraia Pombo
Serafina (a mãe) – Maria Almeida
Mecânico (o pai) – Francisco Ribeiro
Médica – Marisa Pereira
Imagem e som: Vanessa Silva, Jessica Aguiar, Lisandra Gomes e
Marina Gomes.
Adereços e vestuário: Ana Borba, Rosa Linhares e Isabela Pinheiro.
Encenação: Paula Cotter Cabral
A professora responsável,
Paula Cotter Cabral
(grupo 300)
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A Professora responsável | Albertina Neto
Este projecto garante à nossa escolar um honroso 3º lugar num total de 296 escolas participantes. Desde já agradecemos o empenho e a colaboração de todos os alunos, professores e encarregados de educação envolvidos, só assim foi possível sermos reconhecidos e recebermos o galardão de Escola Segura.
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Se uma senhora ____ num café e ____ comer ____
pagar, vai presa.
Que números faltam nesta frase?
Solução: se uma senhora 60 num café e 70 comer 100 pagar, vai presa.
Descobre as 6 diferenças que estão nas figuras!
Utiliza os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, sem os repetires nem alterares a ordem, para formar números, de modo a que ao utilizares os símbolos + e – entre esses números obtenhas 100.
Solução: 123+4-5+67-89=100
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Sudoku Coloca um número de 1 a 9 em cada casa vazia de forma a que cada linha, cada coluna e cada bloco 3x3 contenham todos os números de 1 a 9.
"Amormetria"
Dê-me um apoio (centro) Num piscar de olhos me transformo em um compasso Giro 90º, 180º, 270º, 360º graus Volta completa na circunferência chamada vida. Dê-me uma régua ou uma trena Com ela conseguirei medir ou não nossa distância Que parece infinita. Dê-me um transferidor para medirmos os graus do nosso amor. Um esquadro Quem sabe ele possa nos enquadrar. Dê-me um ponto Por ele passarei infinitos segmentos de sentimentos Paixão, amor, raiva, ressentimento, gratidão... Só não me limite com dois pontos Pois, não saberia que segmento de sentimento Passaria por eles. Edi Santana Barbosa Professor da rede Estadual e municipal de Juazeiro BA Pós-graduado em Metodologia e Didática do Ensino Superior
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O Clube Desportivo Escolar “Os Vitorinos”, fundou-se a 18 de
Outubro de 1998, dando resposta a um vazio existente no Concelho
da Praia da Vitória, da prática regular do basquetebol e
aproveitando a disponibilidade de alguns professores da Escola
Secundária Vitorino Nemésio com formação específica na
modalidade.
Esta não foi a única modalidade a ser trabalhada no clube, existindo
também durante algum tempo núcleos de Ginástica Aeróbica e
Actividades de Exploração da Natureza.
Presentemente, todas as energias estão concentradas na modalidade que justificou a sua génese,
mantendo-se uma linha fiel ao quadro de referência que norteou o arranque dos “Vitorinos” como Clube
Desportivo Escolar, ou seja, constituindo-se como uma oferta da escola, de prática de actividade física
regular orientada pedagogicamente, fora da componente lectiva curricular e que, sendo um direito dos
jovens, contribui decisivamente para um estilo de vida activo e consequentemente como um meio de
prevenção e educação para a saúde.
Esta é uma premissa que temos vindo a respeitar e a reforçar de ano para ano, sustentando relações de
cooperação com entidades comerciais do Concelho da Praia da Vitória, com a Associação de Basquetebol da
Ilha Terceira, bem como com a autarquia.
No desejo de participação integrada da comunidade, continuamos as relações/compromissos que
começámos a estabelecer com as outras escolas do concelho á alguns anos, com vista a assegurar a
continuidade da prática nos escalões mais novos e que a referência deste clube nos mais jovens que gostam
de basquetebol e que já existe no nosso concelho, tenha consequências práticas.
Face a tudo isto, o crescimento do clube tem sido exponencial, possuíndo várias dezenas de alunos/atletas
em todos os escalões de formação, “saltando” as fronteiras de clube escolar, implantando-se no panorama
basquetebolistico Açoreano como sendo uma referência de qualidade no trabalho com jovens.
O director do Clube
Paulo Pinto
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Comemoração do Primeiro Centenário da República
No passado 5 de Outubro, comemorou-se o Primeiro
Centenário da República Portuguesa, motivo mais que
suficiente para o grupo de História levar a cabo uma
iniciativa que visou assinalar essa data especial. Assim
sendo, de 28 de Setembro a 4 de Outubro, a
comunidade pôde assistir a diversas actividades. No
átrio da Escola esteve patente uma exposição “Galeria
dos Presidentes da República”, que foi motivo de um
concurso, ganho por uma aluna, Mariana Arruda, turma
A, do 9.º ano. E na escadaria principal “Quadros Vivos”,
onde os alunos puderam assistir à recriação dos
momentos mais marcantes que levaram à queda da
monarquia e à implementação da república. Esta
iniciativa contou com a colaboração dos Bombeiros e
da Câmara Municipal da Praia da Vitória, do Museu de
Angra e ainda do professor Juvenal Castro,
colaborações que o grupo de História muito apreciou.
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O Dia de Ação de Graças, em inglês Thanksgiving Day, é um feriado celebrado nos Estados Unidos
da América e no Canadá, observado como um dia de
gratidão, geralmente a Deus, pelos bons acontecimentos
ocorridos durante o ano. Neste dia, as pessoas dão as graças
com festas e orações.
O primeiro deles foi celebrado em Plymouth,
Massachusetts, pelos colonos que fundaram a vila em 1620.
Após péssimas colheitas e um inverno rigoroso, os colonos
tiveram uma boa colheita de milho no verão de 1621. Por
ordem do governador da vila, em homenagem ao progresso
desta em relação a anos anteriores, uma festividade foi
marcada no início do Outono de 1621. Os homens de Plymouth mataram patos e perus. Outras comidas que
fizeram parte do cardápio foram peixes e milho. Cerca de noventa índios também participaram da
festividade. Todos comeram ao ar livre em grandes mesas.
No Canadá, o Thanksgiving Day é comemorado na segunda Segunda-feira de Outubro, que é Dia
de Colombo nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, este dia é comemorado na quarta Quinta-feira de
Novembro.
Na nossa escola, como é habitual, o
departamento de Línguas Germânicas celebrou este
dia com o tradicional almoço de Thanksgiving, que
teve lugar na cantina. Excepcionalmente, o almoço
decorreu num ambiente acolhedor à luz das velas, ao
som de musica tradicional Anglo-Saxónica e decorada
com elementos alusivos ao dia. Os alunos, como
sempre, aderiram em maior número que o habitual,
revelando enorme apreço pela festividade.
P á g i n a | 31
Jéssica Melo, 11.º H
P á g i n a | 32
Carolina Inácio, 11_ I
P á g i n a | 33
O ano da morte de José Saramago
Foste embora, neste ano de 2010. Tu,
que te “duplicaste” enquanto homem, em
“memoriais” infindos, contra a “cegueira” que
Portugal e o Mundo ensaiam dia-a-dia. Foi a
tua última “viagem”, depois de tantas vezes
teres fintado “as intermitências da morte”.
Alguém disse, no dia da tua morte que “já não
há palavras”, que as “terias levado todas”.
Não estamos de acordo. Viveste toda uma
vida para nos deixar palavras, não para as
levar quando partisses. E conseguiste. Aí estão, dispersas por poemas, por ensaios, por contos, por
romances. Deliciamo-nos, com cada um nas mãos. Choramos, apenas pela consciência de que, para o ano,
não correremos para devorar a tua ausência de pontos e vírgulas, agora que chegou… o ponto final.
António Bulcão
N’A Caverna, O Homem Duplicado tem Todos os
Nomes, pensa nAs Pequenas Memórias e prega O
Evangelho Segundo Jesus Cristo.
N’A Noite, Levanta(n)do do Chão admira a Terra do
Pecado e sente Provavelmente Alegria aquando ensaia os
Ensaios sobre a Lucidez e sobre a Cegueira deste mundo
imundo.
E, no final, dA Vi(r)agem do elefante, (s)urgem As
Intermitências da Morte e resta a última Navegação a
bordo de umA Jangada de Pedra.
Neste Caderno que é a vida restará apenas o Memorial
do Convento que enclausura In Nomine Dei…
“Perdoai-me *nos+ se vos pareceu pouco isto que para mim é tudo”.
Olga Gomes
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Sr. Eduardo
Está lá? Estou cá. Estou sempre aqui. Gabinete 2 por favor. Sempre educado, sempre disponível.
Com toda a amizade por todos, estou cá. Está lá. Com um objecto nas mãos, rumo aos ouvidos,
está cá a voz que quer, está lá a voz que ouve. Gabinete 2, por favor. Atenda.
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Associação de Estudantes
Este jornal devia ter um espaço para a Associação de Estudantes. Dos seus planos e projectos, das
suas realizações, dos seus espaços (ou falta deles). Com toda a liberdade, a associação que
representa os estudantes neste estabelecimento de ensino tem coisas para dizer? Então, que as
diga. Esperamos, no próximo número, já termos uma, duas (três) páginas da responsabilidade da
A.E. O jornal todo? Seria o ideal… Não esperamos tanto. A não ser que tenham muitos ideais.
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