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04 MAIO NECTAR

Reportagens

PARA DAR A CONHECER AS NOVAS EDIÇÕES doPêra-Manca, a equipe técnica da Adega da Car-tuxa, juntamente com o Frei Antão e o Frei Prior(dois monges cartuxos que raramente saem àrua), receberam na manhã do dia 7 de Abril, àentrada do Convento, alguns jornalistas que sedeslocaram de Lisboa a Évora. O local foi esco-lhido como “uma espécie de regresso às ori-gens”, como referiu o administrador-delegadoLuís Rosado, “uma vez que é aqui que se si-tuam as primeiras caves usadas pela Cartuxapara produzir os seus vinhos, no Convento,bem como a adega, localizada a cerca de

Fundação Eugénio de Almeida

CARTUXA APRESENTANOVAS COLHEITAS Um dos mais antigos e emblemáticos vinhos topo de gama portugueses - o Pêra-Manca - tem duas novas colheitas: o tinto 2005 e o branco 2007. A apresentação decorreu no dia 7 de Abril, no exterior do Convento Santa Maria ScalaCoeli, em Évora, a escassos metros das antigas caves, com cerca de 500 anos, e perto da adega, instalada na Quinta Valbom, no antigo posto jesuíta integrado nos Bens Nacionais em 1755.R E P O R T A G E M P A T R I C K N E V E S

600 metros, na Quinta Valbom, no antigoposto jesuíta onde, em 1776, já funcionavaum lagar de vinho”. Pelo facto de incluir mu-lheres, a comitiva foi impedida de entrar no inte-rior do Convento pois o regime monástico proí-be de vê-las, sendo o contacto dos monges como mundo exterior muito reduzido, pois vivemnum mundo de clausura, espiritualidade e per-manente oração. Os técnicos optaram então porapresentar os vinhos no exterior, junto ao cen-tenário e enorme poço, paredes-meias com asantigas caves, e ao som dum quarteto de cordasque tocou trechos de Mozart, Bethoven e Bach.

Representando 30% das exportações da Adega da Cartuxa, o Pêra-Manca tem como principais mercados o Brasil e os EUA, embora ganhe cada vez mais terreno no centro da Europa; Macau e Angola. Cartuxa, Foral de Évora e EA são os outros vinhos produzidos

Cartuxa • Reportagem

NECTAR MAIO 05

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Pêra-Manca Tinto 2005 e Branco 2007

Com origem em parcelas de vinha com maisde 25 anos criteriosamente seleccionadas, oDOC Alentejo-Évora Pêra Manca Tinto é pro-duzido apenas em anos excepcionais a partirde castas alentejanas, consagradas e reco-mendadas para a região. Da responsabilidadedo enólogo Pedro Baptista, a colheita de 2005advém, como habitualmente, das castas Trin-cadeira e Aragonez, dando origem a um vinhoencorpado, complexo e elegante, com aromasa passa de uva e notas da madeira onde esta-giou 18 meses. Iniciado o processo de desen-

gace e esmagamento, seguiu-se a fermen-tação do mosto em cubas de aço inox comtemperatura controlada e maceração pós-fer-mentiva prolongada. Após o estágio em ma-deira, realizou-se outro de 24 meses em gar-rafa nas caves do Convento.

Lançado anualmente e elaborado a partirdas castas Antão Vaz e Arinto, o Pêra-MancaBranco caracteriza-se em 2007 pela cor citri-na, aroma frutado e paladar fino, complexo epersistente. Após a colheita, parte das uvasfermentaram a temperatura controlada emdepósito de aço inox e as restantes em barri-cas de carvalho francês (90% fabricadas naBorgonha), seguindo-se a fermentação e umestágio de 12 meses sobre borras finas combatonage. Por fim, o vinho beneficiou de umestágio final em garrafa que se prolongou por6 meses.

Segundo José Ginó, director comercial, “em2007, devido ao clima suave que tem assola-do a região, as maturações das uvas brancasforam bastantes lentas, com diferentes com-portamentos de talhão para talhão, apesarde terem respeitado os ciclos de cada castabem como os solos e a exposição das plan-

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O Pêra-Manca Tinto 2005 resultadum ano vitícola extremamentedifícil do ponto de vista climatérico,pois foi muito quente e seco,precedido dum 2004 também compluviosidade reduzida em Évora epoucas reservas hídricas ao níveldo solo e barragens que alimentamas vinhas da Fundação

O ano de 2004 registouapenas 140 ml/m2 de

chuva em Évora durante ociclo de desenvolvimento

vegetativo das plantas quedão origem aos vinhos

Pêra-Manca. Comoprecaução, entre Abril e

Maio, a área foliar expostadas plantas foi controlada

e reduzida

Foram produzidas 32000garrafas de Pêra-MancaTinto 2005 (35% desti-nadas ao mercado externo), distribuídas com um PVP recomendado de 49 euros

06 MAIO NECTAR

Reportagem • Cartuxa

tações”. Daí resultou um vinho “elegante eharmonioso do qual foram produzidas60.000 garrafas, que estarão disponíveis paravenda na distribuição normal e na loja daAdega com um PVP entre os 16 e os 18 euros”.Ao servir deverá ser decantado pois apesar dese tratar dum branco, “responde muito bemdo ponto de vista aromático ao contactocom o ar e o oxigénio”.

Visita às caves do Convento

e almoço na Adega

Após a apresentação do vinho, os presentesforam convidados a visitar as antigas caves doConvento, com cerca de 500 anos de existên-cia e localizadas por baixo dos dormitórios dosmonges, tendo uma única porta de acesso e,no tecto, típicas abóbadas em tijolo de barro.Aqui repousam em contentores identificadosas garrafas de Pêra-Manca, Cartuxa Reserva,Cartuxa Colheita e Scalla Coelli, que são asmais afamadas marcas da Fundação.

O percurso terminou com um almoço de sa-bores tradicionais alentejanos na QuintaValbom, no antigo posto jesuíta recentementeremodelado e no qual se podem ver grandestonéis de madeira, pipas em estágio, alguns

artefactos do vinho (como as talhas em barro)e, nos tectos, reminiscências de antigos fres-cos ainda por restaurar.

Como entrada, e a acompanhar o vinho demesa Foral de Évora Branco 2007, a Casa daComida serviu Rolinhos de salmão, Espetadasde camarão, ananás e molho de chuttney, Es-pargos com presunto e Presunto com Pêra Ro-cha, seguindo-se uma refeição casada com osnovos Pêra-Manca digna dum domingo pas-cal: Tiborna, Sopa Marinheira de garoupa egambas, Cabrito assado no forno, batatinha,cebolinha assada e legumes perfumados comcoentros, Queijos de Évora, Sopa dourada das

A Adega da Cartuxa prevê ter em breve um percurso enoturístico que envolve visita às antigas caves e passagem pela actual adega, com loja de vinhos incluída.

O azeite extra virgem topo de gama produzido pelaAdega recebeu o nome Lagar Cartuxa, havendo aindao São Bruno (em homenagem ao patrono dos monges)e o Azeite dos Álamos (vendido em pequenas latas)

Presentes em Évora desde1522, os monges cartuxos só se estabeleceram oficialmente no Convento em 1604

O almoço decorreu ao som da guitarra portuguesa de Jaime Santos na sala de estágio dos vinhos em barricas, a mais emblemática da Adega, com tectos em abóbada feitos em tijolo de burroinstalado em espinha

freiras de Santa Clara com ananás e Queijadasde Évora. Destaque para o azeite extra virgemservido no início, da responsabilidade da Ade-ga, e o original Bom Bom de Azeite, apresen-tado com o café.

Percurso enoturístico para breve

Um dos atractivos que a Adega da Cartuxaprevê ter em breve é um percurso enoturísticoque envolve visita às antigas caves e passagempela actual adega, com loja de vinhos incluída.Actualmente na primeira fase de elaboração,o projecto prevê a disponibilização de infor-mação durante a visita suportada em meiosaudiovisuais, prova de vinhos e explicaçõesadicionais acerca dos vinhedos e do processoprodutivo. O objectivo é que comece a fun-cionar em Julho deste ano, aguardando-se du-rante os dois primeiros anos a visita de 30000pessoas, número que deverá tendencialmenteaumentar com o passar do tempo. •

08 MAIO NECTAR

Reportagem • Globa l W ines /Dão Su l

PARA A APRESENTAÇÃO DOS VINHOSbrancos de 2008 da Global Wines no no-vo restaurante do Paço dos Cunhas deSantar, a distribuidora nacional Vinalda,reuniu um grupo de jornalistas especiali-zados que se deslocou de Lisboa a Nelas.Após o check in no atraente Hotel Ur-geiriça, onde a comitiva pernoitou, o en-genheiro agrário e enólogo Carlos Lucas,acompanhado da técnica Liliana Castilho(da ArqueoHoje), recebeu os convidados

Global Wines/Dão Sul

MANJAR DE NOBRES NO PAÇO DOSCUNHAS DE SANTAR

no Paço, que é um dos maiores pontos deinteresse da pequena e graciosa vila. Àporta, a breve explicação dada pela técni-ca acerca das origens do edifício foi apre-sentada com um welcome drink - um es-pumante bruto Quinta de Cabriz 2005 -seguindo-se uma visita aos jardins de bux-os e centenários cedros que circundam oPaço (ao som de dois intérpretes de cor-das de música clássica), uma passagempelas vinhas e paragem frente à Casa do

A Global Wines, antiga Dão Sul

Sociedade Vitivinícola, apresentou

no dia 5 de Maio no Paço dos Cunhasde Santar, em Nelas,

as colheitas de 2008 dos seus

vinhos brancos. Para os acompanhar,organizou um jantar

elaborado por 4 afamados chefs,

no qual participaramjornalistas que se

deslocaram de Lisboaao vigoroso coração

do Dão.R E P O R T A G E M

P A T R I C K N E V E S

Casa do Soito

Soito que, futuramente, será um peque-no hotel de charme, com 10 quartos evista privilegiada para os jardins.

O percurso foi interrompido pelo co-nhecido chef Vítor Sobral que, em con-junto com José Júlio Vintém, Bertílio Go-mes e Diogo Rocha, preparou um manjardigno de nobres, animado pelos enólogosTiago Macena e Lúcia Freitas, bem comopor uma dupla de actores portuenses quebrindou os convidados com uma curta maspujante encenação.

O menu e as novas colheitasApós a degustação do espumante bair-

radino Baga/Arinto Encontro Grande Cu-veé 2005, foi servido como amuse bou-che Petinga albardada, Mimo de ostras,Alhada de camarão e Polvo de meio fu-mo, assistido do vinho regional Estrema-dura Cortello 2008. A acompanhar a en- >

Junto ao Paço,as vinhas foram plantadaspela Dão Sul, através daempresa Casa do Agricultordas Beiras. Adiante, a Casado Soito, que pertenceu noséculo XIX ao governadorcivil de Viseu, tem aindapor recuperar quartos,salas, cozinha e biblioteca,sendo um marco na históriaantifascista portuguesa e não tendo, o que é rarona região, nenhuma capelaanexada.

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Reportagem • Nome

trada fria de Carpaccio de bacalhau comgeleia de salsa e crocante de milho esteveo vinho regional alentejano Monte da CalAntão-Viognier 2008 e o Cabriz Encru-zado 2008, da região do Dão. A entradaquente de Cação de coentrada escoltou ovinho de lote Casa de Santar Reserva 2008,obtido com 50% de Encruzado, maisCercial e Bical, seguido do requintado vi-nho de topo Condessa de Santar 2008 quefaz um tributo a D. Teresa. Os pratos prin-cipais, Robalo corado com emulsão deberbigão e migas soltas de coentros (VítorSobral) e Bacalhau à Zé do Pipo à minhamaneira (Bertílio Gomes), assistiram o Vi-nha do Contador 2008 e o Encontro 12008, terminando o repasto com Cremequeimado de pinhão e fava de Tonka como Moscatel de 2004 Quinta do Sabugal

(Douro) e uma surpresa: o vinho do PortoVintage 2007 Quinta das Tecedeiras.

400 anos de produção de vinhos de qualidade

Considerada património histórico da re-gião do Dão, a pitoresca vila de Santar viuser construído no início do século XVII oPaço dos Cunhas, propriedade que contacom 400 anos de tradição na produçãode vinhos de qualidade. Trata-se duma vas-ta construção ao estilo renascentista ita-liano, mandado erigir em 1609 por D. Pe-dro da Cunha que, no final da guerra en-tre Portugal e Espanha, foi adquirido pelafamília Amaral dos Reis à Junta dos TrêsEstados. Em 1641 a linhagem perde o di-reito à casa e a todas as suas posses, per-manecendo em Espanha do lado filipino,recuperando o domínio somente em 1722,através de cordão régio, mas nunca paravoltar. Mais tarde, seria edificada na mes-ma pertença a Casa do Soito, datada doséculo XVIII e com uma grande quintaanexa, onde decorreram as obras de res-tauração do Paço, reaberto em Setembrode 2008. Segundo Carlos Lucas, “o ob-jectivo é transformar a propriedadenum destino de excepção, com restau-rante, loja e espaço multiusos, apto à re-alização de eventos ou, simplesmente, àdegustação duma simples refeição, in-undada pelos testemunhos históricos daregião do Dão”.

Sala dos contadores e mesa especial para grupos

Após o jantar, que decorreu no restau-rante no meio de seculares peças de arte,mobiliário e os antigos brasões e armas,os convidados tiveram a oportunidade deconhecer, no primeiro andar, a sala doscontadores, que possui lareira, dois mó-veis que deram nome a um dos vinhosGlobal Wines (Vinha do Contador) e amesa especial para jantares de grupo, in-stalada a preceito. A viagem culminou noHotel Urgeiriça, de 4 estrelas, a escassosquilómetros de Santar, onde os jornalistaspernoitaram após aquela que foi, de fac-to, uma apresentação inesquecível. •

O factode não sofrer

grandes intervençõesdesde 1722,

permitiu que o Paçomantivesse uma

linguagem maneirista,rara em Portugal,

citada em obras de história de arte.

As pedras cilhadas eas marcas de

canteiros na antigaadega lembram

origens que remontamao século XV.

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Fundador da Global Wines em 1990, Carlos Lucas (em cima à direita)

engarrafou seis anos depois o seu primeiro vinho em Santar, vendendo-o ainda sem rótulo.

Actualmente ainda estão por recuperar algumas vinhas.

NECTAR MAIO 11

12 MAIO NECTAR

Reportagem • Carmim

PREPARADO PELA EMPRESA de catering ClubeCasa de Campo e servido com os vinhos demesa Reguengos DOC Tinto 2007 e DOCBranco 2008, o almoço juntou cerca de 900sócios e familiares que não quiseram faltar àcomemoração do 38º aniversário da Carmim.Segundo José Canita, director geral, “este éum número recorde de adesão a um even-to que se realiza há já 10 anos, comemo-rando a actividade duma empresa que es-tá presente em Portugal mas também em25 países da União Europeia”.

Após servirem as entradas, constituídas por

38.º aniversário da Carmim

ALMOÇO REÚNE 900 SÓCIOSCerca de 900 sócios da Carmim - Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz reuniram-se no almoço anual de confraternização, realizado no dia 29 de Março no pavilhãoprincipal, para comemorar o 38º aniversário.R E P O R T A G E M P A T R I C K N E V E S

produtos típicos alentejanos, Manuel Montei-ro, presidente da direcção, dirigiu-se à plateiasaudando os presentes e agradecendo a suaparticipação na actividade da empresa. Subli-nhou a importância da aquisição, há um ano,da empresa distribuidora de vinhos e deriva-dos Monsaraz Vinhos S.A. (sedeada em PaioPires, na margem sul do Tejo), bem como o re-forço dos quadros comerciais mediante a con-tratação de três novos elementos para vendasnas zonas da grande Lisboa, Setúbal e Algarve.Disse ainda ser “com apostas fortes” que aCarmim vai superar a crise, devendo para tal

Misto de doce e frutas foi degustadoantes de cortar o bolo comemorativo do 38º aniversário da empresa

continuar a “manter a sua posição a nívelnacional e internacional, com esforço, tra-balho e dedicação”. “Estamos no bom ca-minho e assim queremos continuar no fu-turo sem dispensar a ajuda de todos”.

“A Carmim é um exemplo

a nível nacional”

Convidado para a ocasião, Capoulas Santos,ex-ministro da Agricultura, disse ser “comimensa satisfação” que participa há já al-guns anos nestas reuniões anuais. “A Car-mim é um exemplo a nível nacional queparte dos pequenos agricultores que seorganizaram e souberam criar uma gran-de empresa, competitiva e organizada, queaposta na qualidade e conseguiu conquis-tar o mercado, mesmo neste momento decrise, continuando a progredir e a aumen-tar a sua facturação”, referiu. Quanto àpolítica agrícola nacional, afirmou existir “umorçamento aprovado no quadro comuni-tário de apoio que está em vigor até 2013,que é preciso negociar e garantir para que semantenha até 2020 duma forma mais crite-riosa na sua repartição pelos estados mem-bros da Europa, que cada vez são mais”.

Visivelmente emocionado, o presidente daautarquia de Reguengos de Monsaraz, VítorMartelo, lembrou que antes da Adega começara funcionar foi “um dos seus maiores activis-tas, contribuindo para a sua constituição”.Explicou que, no próximo ano, irá deixar a au-tarquia mas que continuará a apoiar o progres-so, como sócio honorário, quer da Carmim co-mo de Reguengos de Monsaraz.

O evento fechou com a distribuição do enor-me bolo de aniversário e a degustação deAguardente Terras d'El Rei e Abafado Re-guengos. •

Caldo verde, Feijoada de marisco e Carne de porco à alentejana foram os pratos principais servidos

14 MAIO NECTAR

Reportagem • Fructus

A ABERTURA DO VII FESTIVAL das Sopas eMerendas de Alenquer, que decorreu junto àsinstalações da Adega Cooperativa da Labru-geira no último fim-de-semana de Março, con-tou com o lançamento do novo vinho tinto re-gional da Estremadura Fructus Alicante Bous-chet+Caladoc, da colheita de 2008. Presentesna iniciativa estiveram Álvaro Pedro, presiden-te da autarquia de Alenquer, Luís Rema, ve-reador responsável pelo pelouro das Activida-

Adega Cooperativa da Labrugeira

NOVO FRUCTUS A Adega Cooperativa da Labrugeira engalanou-se para acolher, no dia 28 de Março, a inauguração do VII Festival das Sopas e Merendas de Alenquer, cuja programação incluiu o lançamento do novo vinho tinto Fructus Alicante Boushet+Caladoc.R E P O R T A G E M P A T R I C K N E V E S

des Económicas, representantes dos 12 parti-cipantes do Festival e membros dos órgãos so-ciais da Adega. Após o Hastear da Bandeira aosom da Banda Filarmónica dos Bombeiros Vo-luntários de Alenquer, os autarcas entregaramos diplomas de participação aos organismosque se associaram ao Festival, distribuindo-ospelos doze stands instalados no exterior da Ade-ga. Depois, na sala de convívio, participaramno almoço de lançamento do novo vinho.

“A sopa é um sustento quase divino”

Antes da apresentação do vinho, José Ma-nuel, membro da Adega, referiu-se ao Festivalcomo sendo de “grande valor patrimoniale histórico”, salientando que a “a sopa éum alimento básico” que, nos dias em que

Com nariz muito rico e commuitos aromas sugestivos porexplorar. Com muita cor, está bom para beber no momento com pratos fortes como cozido à portuguesaou assados mas também pode ser guardado 2 a 3 anos.

Nome • Reportagem

NECTAR MAIO 15

vivemos, reforça “a esperança numa vidamelhor” e “é um sustento quase divinopara alcançar o dia de amanhã”. Explicouainda a importância da parceria que a Adegatem com a câmara municipal na defesa e ho-menagem de “tão nobre alimento”, que“constitui as delícias dos ricos e o confor-to dos pobres”, devendo ser “preservado edignificado”.

Álvaro Pedro lembrou “o tom de brin-cadeira com que foi lançado, há 7 anospela Adega, o desafio de fazer o Festival”,agradecendo aos expositores a “atitude e be-leza” demonstradas.

Vinhos da Adega presentes

nos 4 cantos do mundo

Antes de dar a provar o vinho ao presidente,José Santos, director comercial, evidenciou o“esforço de adaptação ao mercado que temvindo a ser desenvolvido, ao longo dos úl-timos anos, pela Adega Cooperativa daLabrugeira que tem colocado os seus vi-nhos em países da Europa mas também noterceiro mundo”. “Estamos presentes comdiversas marcas nos EUA, Dinamarca,Suécia, Noruega e Finlândia, fazendo umenorme esforço para manter os vitivinicul-tores da região e levar o nome de Alen-quer além fronteiras, mas exportamostambém para Angola, que foi o melhormercado da Adega em 2008 comprando800 mil garrafas, Macau e China”.

Novo tinto Fructus

Segundo José Santos o novo Fructus Ali-cante Bouschet+Caladoc da colheita de 2008é o segundo vinho produzido na região doOeste com a casta Caladoc, sendo o primeiroda responsabilidade do enólogo José NeivaCorreia, da DFJ. Resulta do esforço da Adegana separação das uvas (60% Caladoc e 40%Alicante Bouschet), tendo sido produzidos 60mil litros e colocadas agora no mercado 40 milgarrafas.

As uvas são vindimadas mecanicamente eaquando a recepção na Adega são desen-gaçadas na totalidade para serem esmagadas.A fermentação alcoólica decorre em cubas deinox, de remontagem automática, com a aju-

da de leveduras seleccionadas a uma tempe-ratura de 24ºC, durante 6 dias. O vinho é de-pois trasfegado para cascos de carvalho ame-ricano nos quais se realiza a fermentação ma-lolática.

Apresentado com um novo rótulo de corvioleta, é acondicionado em garrafa bordalesaprestigie 0,75 l, possuindo um teor alcoólicode 13,5 vol. e um PVP de 3 euros.

Nas palavras da enóloga responsável, SofiaCatarro, o projecto deste vinho nasceu “comalguns agricultores da região de Alenquerque tinham na sua produção Caladoc eAlicante Bouschet e pensou-se fazer umduo engraçado com as duas castas france-sas”. “A recepção das uvas fez-se numa úni-ca vasilha num casamento extremamentepositivo e bem elaborado”, daí resultando“muita cor, bastante aroma” e um vinho“com nariz muito rico e com muitos aro-mas sugestivos por explorar”. “Com muitacor, está bom para beber no momento compratos fortes como cozido à portuguesaou assados mas também pode ser guarda-do 2 a 3 anos”, referiu a técnica. •<

Dos 18 vinhos produzidos pela Adega, o Fructus AlicanteBouschet+Caladoc é a 4ª referência da gama, possuindo um rótulo violeta que a diferencia

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