RESIDÊNCIA EM SERVIÇO SOCIAL 2012 - unifesp.br · arterial e diabetes e faz tratamento na Unidade...

Preview:

Citation preview

edudata

Nome do Candidato N.Inscrição

INSTRUÇÕES

• Verifique se este caderno de prova contém um total de 70 questões, numeradas de 1 a 70. Se o caderno estiver incompleto, solicite outro ao fiscal da sala. Não serão aceitas reclamações posteriores.

• Para cada questão existe apenas UMA resposta correta. • Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher UMA resposta. • Essa resposta deve ser marcada na FOLHA DE RESPOSTAS que você recebeu.

VOCÊ DEVE • Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão a que você está

respondendo. • Verificar, no caderno de prova, qual a letra (A, B, C, D, E) da resposta que você

escolheu. • Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS fazendo um traço no quadrinho que

aparece abaixo dessa letra.

ATENÇÃO

• Marque as respostas com caneta esferográfica azul ou preta. • Marque apenas uma letra para cada questão: mais de uma letra assinalada

implicará anulação dessa questão. • Responda a todas as questões. • Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de aparelhos

eletrônicos. • Você terá 4h (quatro horas) para responder a todas as questões e preencher

a Folha de Respostas.

"Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia".

Universidade Federal de São Paulo COREMU Residência Multiprofissional

RESIDÊNCIA EM SERVIÇO SOCIAL 2012

1. O Art. 6º da Constituição Federal de 1988 dispõe sobre os direitos sociais e teve sua redação alterada pelas Emendas Constitucionais nº 26 e nº 64, respectivamente, nos anos de 2000 e 2010. Desde então, compõem o elenco dos direitos sociais: (A) A saúde, o trabalho, a moradia, a felicidade, a previdência social, a assistência aos

desamparados. (B) A educação, a saúde, a alimentação, a moradia, a previdência social, a proteção à

maternidade e à infância, a assistência social e a cultura. (C) A educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a

previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.

(D) A saúde, a previdência social e a proteção à maternidade e à infância. (E) A assistência social, a saúde, o trabalho, a educação e a moradia.

2. De acordo com Vera da Silva Telles (1998), o neoliberalismo traz importantes implicações para a consolidação dos direitos sociais no Brasil contemporâneo. Afirma que essas implicações do pensamento neoliberal, no campo dos direitos sociais, produzem os seguintes desdobramentos: (A) Afirma as possibilidades de uma sociedade mais justa e igualitária. (B) Amplia a estrutura de serviços públicos garantidoras de direitos sociais. (C) Expande o campo dos direitos sociais. (D) Firma um discurso que desresponsabiliza o mercado e a sociedade. (E) Suprime a responsabilidade pública e descaracteriza a própria noção de direitos.

3. Dona Salete, 30 anos, compareceu na Santa Casa de Misericórdia de Santos e procurou o Serviço Social para pedir informações sobre um setor do Hospital que pudesse atender a sua filha Maria Eduarda, de quatro anos de idade, com discrição. A assistente social respondeu, primeiramente, à solicitação de informação e acompanhou todo o atendimento da Maria Eduarda pelos demais profissionais de saúde. Após cuidadosa intervenção e análise da situação foi confirmada a ocorrência de maus-tratos contra a criança. Considerando a legislação de proteção à criança e adolescente - o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA-1990) - a atitude que a assistente social deverá tomar, sem prejuízo de outras providências, é comunicar essa situação: (A) Ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. (B) À Vara da Infância e Juventude, por ser um caso que envolve violência física e

negligência dos pais. (C) À Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. (D) A Diretoria Administrativa do Hospital. (E) Ao Conselho Tutelar da respectiva localidade.

2 – UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012

4. Constitui um dos princípios da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS/1993): (A) Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer

natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais. (B) Focalização do atendimento de acordo com as exigências de rentabilidade

econômica. (C) Contribuição compulsória regida pelo estatuto da seguridade social. (D) Responsabilização das entidades e organizações de assistência social na gestão da

política de assistência social. (E) Submissão à lógica mercantil por meio das entidades e organizações de assistência

social.

5. Antonio Moraes, 68 anos, desempregado, nunca teve vínculo com a Previdência Social. Mora sozinho, em uma pequena casa, cedida por uma sobrinha, na Zona Noroeste no município de Santos/SP. Sobrevive com a venda de verduras que ele planta num terreno abandonado perto de sua casa. Também recebe ajuda da Igreja. Tem hipertensão arterial e diabetes e faz tratamento na Unidade Básica de Saúde há 10 anos. Perguntou ao médico que o atendeu se poderia aposentá-lo e foi encaminhado para orientação do Serviço Social. Considerando a legislação vigente, o/a assistente social ao avaliar a situação, deverá orientá-lo a: (A) Requerer a aposentadoria por idade, no Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. (B) Solicitar perícia médica para comprovar sua incapacidade para o trabalho formal. (C) Procurar o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS e pedir o benefício

eventual. (D) Requerer o benefício de prestação continuada, nos termos da Lei Orgânica de

Assistência Social – LOAS. (E) Ir até o plantão social da Prefeitura e requerer cesta básica mensal.

6. Em 6 de julho de 2011, a presidenta Dilma Roussef, sancionou a Lei do SUAS, Lei nº 12.435. A referida Lei altera artigos da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) e estabelece como objetivos da assistência social: (A) Prestar atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos pela Lei do

SUAS e atendidos pelos Centros de Referência de Assistência Social - CRAS. (B) Criar fundos de assistência e solidariedade em todos os entes federados. (C) A proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos. (D) Constituir entidades e organizações de assistência social para atuarem na defesa e

garantia de direitos. (E) Implantar os Conselhos de Seguridade Social em todos os níveis de gestão.

UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012 3

7. Segundo Braz e Barata (2009) é possível afirmar que o projeto ético-político do Serviço Social se expressa/manifesta: (A) Em documento coletivo, escrito pelas entidades da categoria intitulado “O projeto

ético-político brasileiro”. (B) Na produção do conhecimento no interior do Serviço Social; nas instâncias político-

organizativas da profissão e na dimensão jurídico-política da profissão. (C) Na produção do conhecimento no interior do Serviço Social, em documentos da

categoria profissional e no código de ética profissional, mas em nada tem a ver com as dimensões políticas da profissão que dependem de eleições.

(D) No código de ética profissional e em documento coletivo intitulado “O projeto ético-político brasileiro na atualidade”.

(E) Na ação dos profissionais cotidianamente, nas diretrizes curriculares, no documento oficial do CFESS sobre o projeto ético-político e nas teses de doutorado.

8. No texto “O Serviço Social brasileiro em movimento: fortalecendo a profissão na defesa dos direitos”, as autoras Yazbek, Martinelli e Raichelis (2008) apresentam desafios presentes ao Serviço social e à efetivação do Projeto ético-político na atualidade. Dentre os desafios apresentados, podemos citar: (A) Defesa intransigente do sigilo profissional; a necessária reafirmação do projeto ético-

político e a defesa da formação profissional com qualidade. (B) A não mercantilização da formação profissional, a luta contra o coorporativismo que

apenas busca ampliar postos de trabalho e a defesa intransigente do sigilo profissional.

(C) A defesa da formação profissional com qualidade, a inserção nas políticas sociais e a defesa intransigente do Código de Ética.

(D) A busca de inserção da profissão nos processos de construção de uma sociedade democrática e participativa, a entrada nas políticas públicas e a participação dos assistentes sociais no Estado.

(E) A necessária reafirmação do projeto ético-político; a luta pela ampliação dos postos de trabalho e a busca de inserção da profissão nos processos de construção de uma sociedade democrática e participativa.

9. As autoras Yazbek, Martinelli e Raichelis (2008), discutem a questão da formação dos assistentes sociais chamando a atenção para três aspectos a serem enfrentados/pensados na atualidade. São eles: (A) Mercantilização e precarização do ensino; o equívoco do ensino à distância (em

especial a graduação, mestrado e doutorado) e o exame de proficiência. (B) Mercantilização e precarização do ensino; o abismo entre a academia e os

profissionais e ampliação de vagas em pós-graduações. (C) A necessária ampliação de vagas nas pós-graduações, o debate acerca das

residências multiprofissionais e a formação continuada. (D) A defesa da formação profissional com qualidade, o equívoco do ensino à distância

(em especial graduação, mestrado e doutorado) e a ampliação de vagas nas pós-graduações.

(E) A distância entre a produção teórica e a prática profissional, a lei de cotas para o Serviço Social e o papel do Serviço Social nas residências multiprofissionais.

4 – UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012

10. O autor José Paulo Netto (1999) define o Projeto Profissional que passa a ser referência no Serviço Social brasileiro, em especial, na lógica do projeto ético-político. Segundo o autor (em suas palavras), dentre outros, os projetos profissionais: (A) São abstrações a serem planejadas e colocadas em prática, pois delimitam os

pressupostos para a atuação profissional, direcionando o trabalho e dando horizontes para os assistentes sociais de forma coletiva.

(B) Marcam o direcionamento da categoria profissional, prescrevendo valores e normas a serem seguidas no campo da moralidade profissional. Direcionam a ação individual tendo por base padrões coletivos a serem seguidos.

(C) Prescrevem princípios e diretrizes para o trabalho profissional, entendendo o assistente social como protagonista da profissão, livre para tomar decisões e escolher caminhos a partir de tais diretrizes.

(D) Apresentam a auto-imagem de uma profissão, elegem valores que a legitimam, delimitam e priorizam os seus objetivos e funções, formulam os requisitos para o seu exercício, prescrevem normas para o comportamento dos profissionais

(E) Sempre apresentará relação com um projeto societário e no caso do projeto ético-político, uma evidente relação com o comunismo defendido literalmente em nosso Código de Ética e no projeto ético-político.

11. A Seguridade Social representa um dos maiores avanços da Constituição Federal de 1988 e representa a promessa de afirmação e extensão de direitos sociais em nosso país, em consonância com as transformações sócio-políticas que se processaram. Nessa direção, destaca-se como significativo na concepção de Seguridade Social: (A) As disputas políticas, pautadas pelo conflito de classes, em que a economia política

do capital impõe limites à classe trabalhadora. (B) A Saúde não integra a Seguridade Social, mas apenas ao Sistema Único de Saúde

(SUS), que é uma das proposições do Projeto de Reforma Sanitária, que foi regulamentado em 1990, pela Lei Orgânica da Saúde (LOS).

(C) Defesa do processo de privatização (a mercantilização) da Saúde; a defesa do SUS para os pobres e a ampliação do assistencialismo com a refilantropização da assistência social.

(D) A universalização, a concepção de direito social e dever do Estado, o estatuto de política pública à assistência social, a definição de fontes de financiamento e novas modalidades de gestão democrática e descentralizada com ênfase na participação social de novos sujeitos sociais.

(E) A universalização do acesso à política de saúde e assistência social, a definição e garantia efetiva de fontes de financiamento, adoção de modalidades de gestão democrática e gerencial, com ênfase no controle social realizado pelos conselhos consultivos.

UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012 5

12. Há uma enorme distância entre o Projeto de Reforma Sanitária, tendo o SUS como estratégia e a prática do sistema público de saúde vigente. Qual o impacto deste cenário na prática profissional do assistente social que atua na área da saúde? (A) Amplia-se o trabalho precarizado e os profissionais são chamados a cumprirem a

sua função: amenizar a situação da pobreza absoluta a que a classe trabalhadora é submetida.

(B) A nova configuração da política de saúde vai impactar o trabalho do assistente social em diversas dimensões: nas condições de trabalho, na formação profissional, nas influências teóricas, na ampliação da demanda e na relação com os demais profissionais e movimentos sociais.

(C) Nesta conjuntura, cabe aos profissionais do Serviço Social apenas o desafio de articular com os demais profissionais de saúde e movimentos sociais em defesa do projeto de Reforma Sanitária.

(D) O exercício profissional do assistente social deve ser restrito as questões subjetivas vividas pelo usuário e pela defesa de uma suposta particularidade deste trabalho.

(E) Considera-se que o Código de Ética da profissão apresenta ferramentas fundantes para o trabalho dos assistentes sociais na saúde em todas as suas dimensões - na prestação de serviços diretos à população, no planejamento e na assessoria - no entanto, é no atendimento à população que ele se efetiva.

13. As atribuições e competências das (os) profissionais de Serviço Social, sejam aquelas realizadas na saúde ou em outro espaço sócio-ocupacional, são orientadas e norteadas por direitos e deveres constantes no Código de Ética Profissional e na Lei de Regulamentação da Profissão, que devem ser observados e respeitados, tanto pelas(os) profissionais, quanto pelas instituições empregadoras. Compreende-se, portanto, como componente do perfil do assistente social para atuar nas diferentes políticas sociais: (A) A intervenção deve ser orientada para a leitura da realidade e capacidade de

identificação das condições subjetivas de vida, identificação das respostas pelo indivíduo e pela família; formulação e construção coletiva em conjunto com os trabalhadores.

(B) Apoiar-se em abordagens funcionalistas e pragmáticas, que reforçam as práticas conservadoras que tratam as situações sociais como problemas pessoais que devem ser resolvidos individualmente.

(C) Compreender o contexto sócio-histórico em que se situa sua intervenção, se atendo apenas as particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país e da realidade regional.

(D) Saber encaminhar providências e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população.

(E) Reconhecer a questão social como objeto de intervenção profissional, o que demanda uma atuação profissional em uma perspectiva totalizante, baseada na identificação dos determinantes sociais, econômicos e culturais das desigualdades sociais.

6 – UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012

14. As atribuições e competências das (os) profissionais de Serviço Social na área da saúde são definidas e orientadas pelo Código de Ética Profissional e pela Lei de Regulamentação da Profissão e pautada na concepção de saúde contida no Artigo 196 da Constituição Federal de 1988 e no caput do Artigo 3º da Lei 8.080/1990, que ressalta as expressões da questão social. O Serviço Social tem na questão social a base de sua fundamentação enquanto especialização do trabalho. Nessa perspectiva, a atuação profissional deve estar pautada em: (A) Apenas atender diretamente ao usuário, que na estrutura da rede de serviços

brasileira ganham materialidade a partir dos postos e centros de saúde, policlínicas, institutos, maternidades e hospitais gerais, de emergência e especializados, incluindo os universitários, independente da instância a qual é vinculada seja federal, estadual ou municipal.

(B) Uma proposta que vise o enfrentamento das expressões da questão social que repercuta nos diversos níveis de complexidade da saúde, desde a atenção básica até os serviços que se organizam a partir de ações de média e alta densidade tecnológica.

(C) Atuar no planejamento, gestão, assessoria, investigação, formação de recursos humanos e nos mecanismos de controle social (conselhos e conferências), não havendo ação direta com usuários.

(D) Escolher alguma das dimensões, pois não são complementares e indissociáveis: assistencial; em equipe socioeducativa; mobilização, participação e controle social; investigação, planejamento e gestão; assessoria ou qualificação e formação profissional.

(E) Saber encontrar soluções quanto ao atendimento (facilitar marcação de consultas e exames, solicitação de internação, alta e transferência) e dar encaminhamento a reclamação com relação à qualidade do atendimento e/ou ao não atendimento (relações com a equipe, falta de medicamentos, entre outros).

15. Segundo Yolanda Guerra (2010), entre o conhecimento e a ação há mediações de diferentes naturezas. Quais determinações a autora aponta como significativas: (A) Determinações econômicas e sociais da realidade solucionadas pelo método. (B) Determinações subjetivas dos usuários e capacidade do profissional em identificá-

las, relacionadas ao método dialético pragmático. (C) Determinações objetivas da realidade e subjetivas dos sujeitos, que embora

desveladas pelo método, não são por ele solucionadas. (D) Determinações políticas e determinações ideológicas vinculadas aos projetos

políticos. (E) Determinações psicológicas e sociológicas vinculadas às teorias sociológicas.

UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012 7

16. Segundo Yasbek (2007), dentre os objetivos do trabalho do Assistente Social tem-se: (A) Melhorar as condições de vida dos empresários, através de ações de controle social

da classe trabalhadora. (B) Melhorar o funcionamento de vida da população através de ações benevolentes,

filantrópicas e sociais. (C) Melhorar a vida cotidiana da população através de práticas terapêuticas e sociais. (D) Melhorar as condições de vida da população, tanto através da oferta de bens e

serviços, como através de uma ação sócio educativa. (E) Melhorar a vida dos trabalhadores estimulando a organização político-partidária e a

luta social.

17. A emergência da profissão de Serviço Social na sociedade industrializada está relacionada: (A) Aos fatores decorrentes da segunda guerra mundial que afetaram a vida dos

trabalhadores. (B) A demanda específica da classe trabalhadora que gerou os primeiros assistentes

sociais. (C) A necessidade de criação de uma profissão feminina. (D) A questões vinculadas ao processo de lutas sociais. (E) A progressiva intervenção do Estado nos processos reguladores da vida social.

18. Em setembro de 2010 ocorreu o 39º Encontro Nacional CFESS/CRESS na cidade de Florianópolis (SC) onde foram debatidas e aprovadas alterações no Código de Ética Profissional do Assistente Social (1993). Assinale as modificações ocorridas neste Código apresentadas na edição de 2011: (A) Constitui-se de correções formais e de conteúdo. As formais são relacionadas a

incorporação das novas regras ortográficas da língua portuguesa e reconhecimento da linguagem de gênero. As de conteúdo expressam a modificação de nomenclatura, substituindo o termo “opção sexual” por “orientação sexual” e inclusão do termo “identidade de gênero”.

(B) Constitui-se de correções formais no âmbito da adequação das novas regras ortográficas da língua portuguesa e relativas à inserção das 30 horas semanais sem redução salarial, de acordo com a Lei 12.317/10.

(C) As modificações indicadas na edição de 2011 do Código de Ética Profissional do Assistente Social referem-se a alteração de jornada de trabalho do Assistente Social para 30 horas semanais sem redução salarial, de acordo com a Lei 12.317/10.

(D) As modificações ocorridas no Código de Ética Profissional são correções de conteúdo referentes a mudança de nomenclatura do termo “orientação sexual” por “opção sexual”, além da incorporação das novas regras ortográficas da língua portuguesa.

(E) Trata-se de alterações formais e de conteúdo. As formais referem-se a linguagem de gênero, incluindo em todo o texto a referência de masculino e feminino. As de conteúdo são alterações indicadas na Lei 12.317/10, referente a mudança de jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução salarial.

8 – UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012

19. Em 13 março de 1993 foi aprovado o Código de Ética Profissional do Assistente Social, tratou-se de uma revisão ampliada do Código de 1986 que foi extremamente debatida no conjunto profissional por meio da organização de suas entidades representativas. Quais foram os elementos motivadores para a revisão do Código de Ética Profissional de 1986? (A) A necessidade de superação dos parâmetros conservadores contidos neste Código,

proporcionando o avanço democrático e de construção de um perfil profissional competente teórica, técnica e politicamente.

(B) O amadurecimento do projeto profissional bem como as mudanças ocorridas na sociedade brasileira, levando a buscar maior rigor no que concerne aos princípios conquistados, na fundamentação ética e na instrumentalização destes princípios.

(C) As mudanças ocorridas na sociedade brasileira, como a conquista da Constituição de 1988, o processo de renovação profissional que garantiu um amadurecimento teórico e prático da categoria, além da necessidade de superação dos princípios de base filosófica tradicional corroboraram para a revisão do Código de Ética Profissional de 1986.

(D) Considera-se como elementos motivadores, o processo de renovação profissional e a negação dos valores fundantes contidos no Código de 1986.

(E) Trata-se de motivações oriundas do amadurecimento teórico e prático da profissão, referente a necessidade de reafirmar os princípios conservadores e tomar como base os valores que fundamentam a profissão: a liberdade e a justiça social.

20. Um dos princípios fundamentais contidos no Código de Ética Profissional do Assistente Social de 1993 é o/a: (A) Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o

aprimoramento intelectual, na perspectiva de responder as demandas institucionais. (B) Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar, por questões

de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física.

(C) Articulação com os movimentos sociais e partidos políticos no sentido do compromisso da luta geral dos trabalhadores.

(D) Opção por um projeto profissional vinculado a um processo de consolidação da ordem societária vigente, sem dominação de classe, etnia e gênero.

(E) Garantia do pluralismo articulado ao ecletismo ambos importantes, devendo ser respeitados pois manifestam as correntes profissionais existentes no Serviço Social e suas expressões teóricas.

UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012 9

21. No Código de Ética Profissional do Assistente Social de 1993, título II, dos direitos e das responsabilidades gerais do/a Assistente Social, Art. 2o, dentre os direitos dos/as assistentes sociais tem-se: (A) Ampla autonomia no exercício da Profissão, sendo obrigado/a a prestar serviços

profissionais incompatíveis com suas atribuições, cargos ou funções. (B) Aprimoramento profissional de forma regular, colocando-se a serviço das demandas

institucionais. (C) Participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais, e na formulação e

implementação de programas sociais. (D) Participar de programas de socorro à população em situações de calamidade

pública, no atendimento e defesa de seus interesses e necessidades. (E) Desempenhar suas atividades profissionais com eficiência e responsabilidade,

observando a legislação em vigor.

22. No Código de Ética Profissional do Assistente Social de 1993, título III, das relações profissionais, capítulo I, das relações com os/as usuários/as, constitui-se um dos deveres do profissional: (A) Garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e consequências

das situações apresentadas, respeitando democraticamente as decisões dos/as usuários/as, mesmo que sejam contrárias aos valores e às crenças individuais dos/as profissionais, resguardados os princípios deste Código.

(B) Contribuir para a criação de mecanismos que venham a burocratizar a relação com os/as usuários/as, no sentido de agilizar e melhorar os serviços prestados.

(C) Devolver as informações colhidas nos estudos e pesquisas aos/às usuários/as e à instituição de referência, no sentido de que estes possam ser utilizados no fortalecimento dos interesses profissionais e institucionais.

(D) Dispor de condições de trabalho condignas, em entidade pública ou privada de forma a garantir a qualidade do exercício profissional.

(E) Denunciar ao Conselho Regional as instituições públicas ou privadas, onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar os/as usuários/as ou profissionais.

23. No Código de Ética Profissional do Assistente Social de 1993, título IV, da observância, penalidades, aplicação e cumprimento deste Código, constituem penalidades de acordo com o Art. 24: (A) Multa; advertência verbal; advertência escrita; suspensão do exercício profissional;

cassação do registro profissional. (B) Multa; advertência verbal; advertência pública; suspensão do exercício profissional;

cassação do registro profissional, abertura de processo cível e criminal. (C) Multa; advertência reservada; advertência pública; suspensão do exercício

profissional; cassação do registro profissional. (D) Multa; advertência reservada; advertência pública; cassação do registro profissional;

abertura de processo cível e criminal. (E) Multa; advertência verbal; advertência escrita; suspensão do exercício profissional;

cassação do registro profissional e encaminhamento à autoridade policial.

10 – UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012

24. Diante de uma realidade em que as diferentes áreas de conhecimento têm suas fronteiras rompidas e seus territórios penetrados por vários outros territórios do saber, ao mesmo tempo em que se veem multiplicar as diferentes abordagens para um mesmo fenômeno, o maior desafio na produção e na transmissão de conhecimentos parece ser: (A) Integrar áreas heterogêneas de conhecimento, somando-as num todo em que cada

parte perde sua significação específica, diluindo-se no todo. (B) Integrar áreas heterogêneas de conhecimento, somando-as num todo em que cada

parte compete com outra pela definição do significado do todo. (C) Integrar diferentes áreas do conhecimento num todo, em que qualquer perspectiva

de especialização perde totalmente seu sentido. (D) Integrar áreas heterogêneas de conhecimento, não a partir da mera soma de suas

partes, e sim na perspectiva de uma unidade em que cada parte preserva sua significação originária, embora transformada numa nova síntese peculiar.

(E) Integrar partes heterogêneas de diferentes áreas do saber, que se somam de tal modo que não haja rompimento de fronteiras nem interpenetração de territórios específicos.

25. Descartes comparava “a Filosofia” com uma árvore, cujas raízes seriam a metafísica, o tronco seria a física, e os ramos que saem do tronco representariam todas as ciências, que para ele poderiam ser reduzidas a três principais: a medicina, a mecânica e a moral, sendo esta última a mais nobre e elevada, “o último grau da sabedoria”. Pode-se dizer que esta perspectiva defende uma idéia de conhecimento em que: (A) todo o conhecimento é visto como uma totalidade, um conjunto de saberes dotado

de uma unidade orgânica, a que Descartes dá o nome de Filosofia. (B) todos os ramos do saber são vistos como subordinados à Filosofia. (C) todas as Ciências devem adotar uma perspectiva moral. (D) a metafísica, sendo a raiz de todo o conhecimento, não é contudo útil para se

alcançar a sabedoria. (E) a moral, sendo o grau máximo de sabedoria, dispensa por isso mesmo todas as

outras áreas do saber.

26. Numa abordagem política da questão da interdisciplinaridade, pode-se dizer que a democracia: (A) favorece a interdisciplinaridade, ao possibilitar a emergência de diferentes sujeitos

populares na cena histórica, contrariando o movimento da sociedade capitalista, na qual todos devem estar voltados unicamente para o trabalho e a produtividade.

(B) é um obstáculo à interdisciplinaridade, porque não favorece a emergência de diferentes sujeitos populares, com suas diferentes perspectivas, no cenário sócio-político.

(C) é um obstáculo à interdisciplinaridade, pois homogeneíza as diferentes vozes populares que emergem na cena histórica.

(D) é um obstáculo à interdisciplinaridade, pois propicia a dominação de uma única voz – “a voz do povo” –, no cenário político.

(E) favorece a interdisciplinaridade, ao suprimir as diferentes vozes dos diversos sujeitos históricos, eliminando assim todo e qualquer conflito.

UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012 11

27. Em relação ao conhecimento, pode-se adotar duas visões opostas: uma na qual as diferentes áreas do conhecimento conservam um unidade dada pela adoção de um mesmo modelo de abordagem; outra na qual os diferentes tipos de conhecimento possuem objetos e metodologias específicos que não se misturam. A essas duas visões pode-se chamar, respectivamente: (A) holismo metodológico e pluralismo diferenciador (B) integralismo holístico e pluralismo multifacetário (C) monismo epistemológico e pluralismo epistemológico (D) unitarismo filosófico e separatismo científico (E) metodologia unificadora e metodologia pluralista

28. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), “cuidados paliativos consistem na abordagem para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares, no enfrentamento de doenças que oferecem risco de vida, através da prevenção e alívio do sofrimento”. Os cuidados paliativos não são considerados uma especialidade médica e pressupõem a atuação multiprofissional.

I. O/A assistente social compõe a equipe e seu papel central é o de possibilitar as

condições de alta hospitalar visando que a família se responsabilize pelo paciente; II. O/A assistente social é o responsável na equipe multiprofissional pela resolução

dos problemas que o paciente enfrenta, dentre estes, o de aliviar o sofrimento e integrá-lo novamente à comunidade e sua família;

III. Outra responsabilidade do/a assistente social refere-se ao cuidador que deverá ser preparado para ser o responsável integral pelos cuidados com o paciente.

IV. Dentre a intervenção profissional do assistente social, como sua responsabilidade encontra-se a comunicação do óbito à família.

Assinale a alternativa correta: (A) I e II estão corretas (B) I e III estão corretas (C) III e IV estão corretas (D) Todas estão corretas (E) Todas estão incorretas

12 – UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012

29. Os profissionais do Serviço Social desenvolvem sua intervenção em um conflito entre a reprodução do sistema e a defesa dos direitos conquistados pelos trabalhadores, principalmente a partir de: (A) Acordo estabelecido entre trabalhadores, empregadores, Estado e a categoria

profissional dos Assistentes Sociais. (B) Reivindicações e lutas em torno de bens e equipamentos coletivos necessários à

reprodução da força de trabalho, tais como habitação, transportes, escolas, dentre outros.

(C) Atitudes dos profissionais que constroem suas bases, identificam e respondem às necessidades da população usuária de seus serviços.

(D) Um saber profissional que aspire à construção de práticas individuais que articulem as demandas do social, ao mesmo tempo em que se direciona para os projetos particulares dos usuários.

(E) Práticas do saber do passado que determinam a produção de um novo conhecimento legitimado pelos contratantes da prática.

30. Os profissionais do Serviço Social, ao desempenharem uma prática inserida no interior das contradições entre as classes, ocupam um lugar estratégico nos movimentos sociais para: (A) Encaminhar os usuários para receberem o atendimento de acordo com suas

necessidades. (B) Possibilitar um ambiente profissional multidisciplinar que elimina as especificidades

autenticamente humanas das áreas do saber. (C) Realizar um trabalho coletivo que procure estabelecer fronteiras bem definidas entre

os campos profissionais. (D) Despertar para a luta política de diversos segmentos da classe trabalhadora, como

nas lutas por bens de consumo coletivo, nos movimentos de moradia, por serviços de infraestrutura, dentre outros.

(E) Articular o saber e o fazer individual que torne a prática profissional parte do processo de conhecimento.

31. A classe trabalhadora, com cujos atores os profissionais do Serviço Social lidam no cotidiano, viu a modernização conservadora no Brasil consolidar um processo de concentração e de centralização do capital que, sobretudo a partir da crise do “milagre econômico” significou para esta classe: (A) Uma inserção na sociedade capitalista que oferecia as melhores condições de vida e

de trabalho. (B) A consolidação de novos valores oferecidos pelas pessoas que habitavam o meio

urbano. (C) O início de uma melhor relação com seus empregadores, sobretudo por intermédio

dos profissionais do Serviço Social. (D) Uma relação de diálogo entre empregadores, trabalhadores e Estado com vistas a

melhores condições de vida. (E) O início das contestações populares contra o agravamento da deterioração de suas

condições de vida e de trabalho.

UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012 13

32. O Serviço Social, no processo de formação de seus profissionais, tem uma direção ético-política embasada na formação de um profissional crítico e competente. Nesse sentido, o Movimento Estudantil do Serviço Social se destaca por: (A) Reivindicar a formação de profissionais capacitados teórica e metodologicamente

para responder às demandas do mercado. (B) Subsidiar encontros e debates entre profissionais da área para propor respostas às

demandas dos usuários. (C) Lutar por uma formação profissional que possibilite a capacitação teórico-

metodológica, técnico-operativo e ético-política de profissionais comprometidos com as lutas das classes subalternas.

(D) Ampliar as possibilidades da atuação profissional para vários campos e áreas do saber.

(E) Dialogar com vários movimentos sociais reconhecendo seus limites de atuação no atual contexto.

33. Considerando a relação de exploração do capital sobre os trabalhadores e a consequente luta de classes contra as desiguais condições de vida, é possível um projeto ético-político profissional sensível aos interesses das classes trabalhadoras e às populações mais desfavorecidas. Neste sentido, pode-se identificar no Serviço Social: (A) Um projeto profissional baseado no ecletismo dos diversos projetos sociais que têm

a capacidade de reunir interesses antagônicos. (B) Uma profissão madura, com características de um novo projeto ético-político

profissional capaz de estabelecer contatos com o avanço das políticas neoliberais. (C) Uma perspectiva emancipatória, comprometida com a luta das classes subalternas e

com uma formação profissional crítica. (D) Um espaço de diálogo entre as diferentes forças sociais que movem a sociedade

contemporânea. (E) Uma proposta inovadora capaz de ampliar as possibilidades da atuação profissional

para vários campos.

14 – UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012

34. Ana Maria Vasconcelos (2002) afirma que “O direito de criticar e enfrentar a realidade com autonomia não é negado aos Assistentes Sociais por ‘outros’ – instituição, profissionais, realidade -, como frequentemente é apontado pelos profissionais ao lamentarem os empecilhos postos na atuação profissional.” Nesse sentido: (A) É um direito que os próprios Assistentes Sociais se negam, alimentando sua própria

subalternidade ao não realimentarem permanentemente sua formação teórica, ética e política como base para o planejamento, execução, avaliação e direção de suas ações.

(B) A autonomia total é foco da formação profissional quando são informadas as possibilidades de um processo de debate teórico, referenciado pela tendência de intervenção na reprodução material e social da força de trabalho via serviços sociais.

(C) A prática profissional pode se caracterizar como subsídio para definir a intencionalidade da ação, de tal forma que alimente, através do cotidiano, mesmo que este se apresente contraditório, a capacidade de construção de críticas legitimadoras dessa autonomia profissional diante da realidade e seu potencial, independente de articulações teóricas.

(D) Ao estabelecer suas bases criticas o profissional automaticamente passa a exercer sua autonomia em relação ao cotidiano institucional e serviços sociais, ao exercício da cidadania pelos usuários dos serviços e a construção de uma prática profissional coerente em defesa dos direitos sociais.

(E) A negação da autonomia pelos Assistentes Sociais, deriva da formação, obtida ao longo da vida profissional através do exercício de sua capacidade de captar as tendências teóricopráticas e as possibilidades contidas na realidade.

35. Lúcia, assistente social na Maternidade da Santa Casa de Misericórdia em Santos, recebeu uma ligação em seu Setor, solicitando providências quanto à comunicação à respectiva família, de óbito de uma parturiente naquela manhã. No que se refere a comunicação do óbito, podemos afirmar que: (A) Não se indica a participação do/a Assistente Social nesta atividade, entendendo que

é responsabilidade e função exclusiva da equipe médica. (B) Em casos de comunicação de óbito a presença do/a Assistente Social será

necessária somente para o apoio e suporte às demandas decorrentes do óbito. (C) Não há definições sobre o papel do Assistente Social na situação de óbito, pois

trata-se de demandas dos serviços de Saúde como um todo. (D) É indicada a participação do/a Assistente Social nesta atividade, principalmente se a

família/paciente estão sendo acompanhados pelo Serviço Social. (E) Há o reconhecimento da categoria profissional que esta é uma demanda

historicamente assumida pelo Serviço Social e com isto há regulamentação em vigor para que o/a assistente social assuma essa atribuição independente da equipe de saúde.

UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012 15

36. Ainda que as demandas individuais e o repasse dos serviços sejam o ponto de partida na operacionalização do acesso da população a serviços que lhe são essenciais, para o Assistente Social o enfoque da questão: (A) está no trabalho intersetorial pela diversidade de demandas que se apresentam nos

serviços de saúde cuja origem não esta relacionada ao setor da saúde. (B) se dá na formação de uma consciência do coletivo, tendo como referência as

classes sociais e não o indivíduo. (C) fica estabelecido pela demanda territorial onde as subjetividades se manifestam e

definem a atuação profissional. (D) está na criação de instrumentos de trabalho que atendam as demandas das políticas

sociais e possibilitem o acesso dos usuários aos bens e serviços que tem direito. (E) tem sua centralidade na execução da política de saúde no nível local, independente

do território onde se dá a atuação profissional. 37. O trabalho profissional dos Assistentes Sociais – tanto com indivíduos quanto com grupos deve ter como objeto: (A) A realização de encaminhamentos burocráticos que entravam o acesso aos direitos

dos cidadãos envolvidos. (B) A resolução mais eficiente dos casos de assistência sem necessidade de

continuidade de acompanhamento seja pela política de saúde ou de assistência social.

(C) Tanto a reflexão crítica sobre uma temática de interesse de um usuário ou de um conjunto de usuários quanto a execução de uma demanda dos serviços voltada à área profissional.

(D) A capacitação da população no que se refere às suas demandas para sua total autonomia das políticas públicas e sociais.

(E) O redirecionamento dos usuários para outros serviços não se responsabilizando pelo acompanhamento das situações, uma vez que o acompanhamento direto pode se traduzir na tutela do/a usuário/a.

38. É partindo do que se tem acumulado de análise sobre o movimento da realidade, objeto de ação profissional, nas suas múltiplas determinações, que o Assistente Social: (A) Se instrumentaliza politicamente para dar atendimento às demandas institucionais,

dando ênfase ao que os usuários tem em comum neste espaço. (B) Se qualifica para participar, crítica e conscientemente, num processo de

ação/reflexão, democratizando informações, conhecimentos e instrumentos de indagação para com os segmentos envolvidos.

(C) Participa do processo de atendimento dos serviços possuindo todas as respostas postas pelos indivíduos e/ou grupos.

(D) Repassa as informações necessárias a cada demanda, contribuindo para a definição dos encaminhamentos próprios do espaço institucional.

(E) Cria condutas próprias e autônomas em relação a instituição, visando ampliar o atendimento da população na política em que atua.

16 – UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012

39. Segundo Sampaio et al, a interdisciplinariedade é uma questão de atitude e como tal o que se pretende é: (A) A justaposição de conteúdos de disciplinas heterogêneas ou a integração de

conteúdos em uma disciplina. (B) A mescla de conteúdos específicos de cada Ciência em um conjunto unitário e

instrumental. (C) Que não haja colaboração entre profissionais e se mantenham as fronteiras e o

espaço de atuação profissional estabelecidos pelos respectivos conselhos de classe. (D) Que ocorra a hierarquização dos saberes e justaposição de conteúdos no sentido da

atuação disciplinar mais qualificada. (E) Que não se estabeleça a hierarquização dos saberes, a supremacia de uma ciência

em detrimento da outra.

40. “A especialização e a tecnocracia penetram, enquanto ideologia de fundo, nas consciências e nas estruturas sociais, gerando força legitimadora” o que faz com que: (A) A tarefa de se construir um novo modelo de organização curricular voltada para

interdisciplinariedade seja árdua além de ser um empreendimento de ordem filosófica, científica e educativa.

(B) Sua legitimidade precise ser constantemente reafirmada com um modelo de organização curricular que explicite as especificidades dos diferentes campos do saber constantemente.

(C) A justaposição de conteúdos de disciplinas heterogêneas ou a integração de conteúdos em uma disciplina sejam impossíveis.

(D) A lógica do processo científico precise ser invocada constantemente. (E) A relação comunidade e docentes-profissionais-grupos das classes populares

demande uma mensuração de sua reorganização.

41. “O homem é uma unidade que só pode ser apreendida numa abordagem sintetizadora e nunca mediante uma acumulação de visões parciais”, indicando, segundo Severino (In Sá,1989) a: (A) Necessidade de se considerar sistematicamente o conhecimento profundo de todas

as partes que compõem a realidade humana. (B) Necessidade de se praticar sistematicamente uma dialética entre as partes e o todo,

para o conhecimento da realidade humana. (C) Reafirmação de uma perspectiva científica da realidade humana conforme apontado

pelo positivismo. (D) Necessidade de um acúmulo de experiências prévias e caracterização das mesmas

a fim de uma compreensão neutra da realidade humana. (E) Consideração de uma síntese total dos aspectos que compõem a realidade humana

para sua teorização e prática não contaminada pela intuição e irracionalidade.

UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012 17

42. Segundo Sampaio (In Sá, 1989), uma revisão do Positivismo, na busca de uma atitude interdisciplinar, além de se dar no plano epistemológico tem necessariamente de: (A) Conduzir uma revisão extensa da literatura e dos conteúdos das diferentes

disciplinas. (B) Emprestar da Fenomenologia uma revisão das relações epistêmicas entre sujeito e

objeto. (C) Compreender de forma crítica a necessidade do rigor empírico para a construção de

uma nova proposta científica. (D) Elaborar um plano metodológico de ação conjunta na revisão de suas conjecturas. (E) Basear-se em uma crítica radical de suas alianças e compromissos ideológicos.

43. Para Marilda Iamamoto (1992), o Serviço Social brasileiro é uma profissão: (A) Que surge das tensões entre Igreja e Estado, cujos candidatos à profissão são,

primeiramente, os quadros religiosos para evangelizar a sociedade. (B) Criada para combater as idéias comunistas no país; seus primeiros agentes sociais

pertenciam ao movimento de “reação católica anticomunismo”. (C) Que foi formada, em sua gênese, pelos quadros intelectuais religiosos pertencentes

às organizações difusoras do neoliberalismo na sociedade. (D) Inscrita na divisão do trabalho, que surge nas bases confessionais e laicas da Igreja

Católica nas décadas de 1930. (E) Criada a partir da mobilização da classe operária, para enfrentar a “questão social”;

os primeiros agentes pertenciam aos sindicatos, associações e movimentos sociais.

44. Conforme Iamamoto (1992), quando do surgimento da profissão Serviço Social no Brasil, sobre a questão social, podemos afirmar: (A) Surgiu pelo rompimento com as tradições, dogmas e princípios morais, cujo principal

responsável era o Estado. (B) Rompe com os ideais da justiça social defendidos pela Igreja, pelo Estado e pelos

movimentos de esquerda, dos quais participavam os primeiros assistentes sociais. (C) Era um problema social que deveria sofrer a intervenção do Estado, para o bem

comum e a harmonia entre as classes dominantes. (D) Antes de ser econômico-política, era uma questão moral e religiosa. (E) Deveria sofrer a intervenção apenas da Igreja pois esta poderia recristianizar a

sociedade e enfrentar as mazelas do capitalismo.

18 – UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012

45. “O Serviço Social propõe uma ação educativa entre a família trabalhadora, numa linha não apenas curativa, mas preventiva dos problemas sociais”. Esta afirmativa em Iamamoto (1992), corresponde ao seguinte pensamento social: (A) Da teoria da modernização presente nas Ciências Sociais. (B) De bases científicas sólidas e menos doutrinárias. (C) Da superação do cunho reformista-conservador, presente principalmente na vertente

empirista norte-americana. (D) Da transição da filosofia neotomista para a aristotélica. (E) Do discurso técnico-humanista, rompendo com o pensamento conservador.

46. Segundo as análises de Iamamoto (1992), o conservadorismo moderno: (A) É um contra-movimento ao tradicionalismo. (B) É um estilo de pensamento, de um modo de vida, que tende a romper com o

passado. (C) É próprio da sociedade de classes, da engrenagem capitalista. (D) É uma forma de agir e pensar a sociedade que desfavorece a manutenção da ordem

capitalista. (E) Contribui para que a organização da sociedade visto pelo primado da razão e não da

ordenação natural.

47. Conforme Iamamoto (1992), o espaço profissional: (A) Deve ser visto apenas na ótica da demanda profissional, a partir da nova realidade

do mercado de trabalho que redefine a identidade profissional de acordo com as novas configurações do capitalismo nas sociedades.

(B) Não pode ser reduzido àquilo que normalmente faz o trabalhador social no mercado de trabalho. Não se pode reduzir a uma prática rotineira, burocratizada, empiricista e tarefeira. Essa prática revela um saber alicerçado no senso comum e na falta de reconhecimento da identidade profissional.

(C) É um lócus de equilíbrio dos interesses coletivos antagônicos e o posicionamento profissional em prol dos consensos é determinante para uma atuação legítima e competente.

(D) Propicia o desenvolvimento da participação popular controlada, integrando as classes subalternas à demanda profissional, eliminando os focos de conflito e tensão.

(E) É um lugar que realiza a determinação institucional da prática profissional, dentro dos limites estabelecidos pela própria realidade, estabelecendo as possibilidades do Serviço Social de acordo com projetos societários dominantes.

UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012 19

48. Para Iamamoto (1992), a discussão sobre as distorções da prática social refletem na prática profissional, passando por questões como: (A) As mitologias presentes nas concepções sobre prática social, tal como a

necessidade de eficiência técnica para o desvendamento da realidade. (B) Os “teórico-práticos” são aqueles que, mesmo distante da imediaticidade, estão

envolvidos na vida social, privilegiados para apreender, explicar e executar a prática profissional.

(C) A concepção de prática social que passa pelo debate estabelecido por Marx: toda atividade humana é compreendida à margem da subjetividade humana.

(D) O fatalismo e o messianismo na prática profissional são naturais, desde a gênese das intervenções nas instituições; cabe na atualidade, construir uma noção de prática social e profissional carregada de historicidade.

(E) O fatalismo que se atrela ao poder monolítico e sua naturalização; ao messianismo que privilegia as intenções individuais do sujeito profissional.

49. Conforme Behring e Boschetti (2009), em relação às diferenças entre Estado liberal e Estado social podemos afirmar. (A) Não houve propriamente ruptura entre Estado liberal e Estado social; ocorre uma

transformação na perspectiva do Estado. O Estado social capitalista abrandou seus princípios liberais e incorporou orientações social-democratas.

(B) Não há diferenças significativas entre Estado liberal e Estado social, um é decorrente do outro, o segundo evolui do primeiro.

(C) O Estado liberal predominante no século XIX e o Estado social do século XX são absolutamente idênticos no que se refere a sua concepção ideo-política, a diferença básica é o modo de produção econômica.

(D) O Estado liberal e o Estado social têm um ponto em comum: o reconhecimento de que ambos reconhecem direitos e colocam em “xeque” os fundamentos do capitalismo.

(E) O Estado europeu liberal do século XX não reconheceu os direitos civis de garantia da propriedade privada.

20 – UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012

50. No Brasil, a Constituição de 1988 dita a descentralização em diferentes áreas: o cap II da Seguridade Social, estabelece como um dos objetivos na sua organização, o caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com participação da comunidade, em especial dos trabalhadores, empresários e aposentados (Art. 194, VII). Este objetivo é reiterado como diretriz nas ações da Saúde (Art. 198 e incisos) e da Assistência Social (Art. 204 e incisos). Está claro no texto constitucional que a descentralização deve ser norteada primordialmente pelos princípios da democratização e da participação. Ela deve contribuir para que haja: (A) Mais justiça, respeito à pluralidade e as diferenças, direito a centralização

governamental nas decisões, a verticalização do poder central e o direito a lucratividade na prestação de serviços, desde que realizada com parcimônia.

(B) Universalização de prestação de serviços públicos, com hierarquização de prioridades, principalmente na área da saúde.

(C) No caso do conjunto da seguridade social brasileira: saúde, previdência e assistência social, foi concebido, constitucionalmente, o Ministério da Seguridade Social com orçamento próprio e unificação das políticas e diretrizes.

(D) Mais justiça, equidade, universalização da prestação de serviços públicos com qualidade, democratização das informações e controle social.

(E) A Constituição de 1988 significou um atraso em relação a Seguridade Social anteriormente existente.

51. O exercício vital das famílias é semelhante às funções das políticas sociais: ambas visam dar conta da reprodução e da proteção social dos grupos que estão sob sua tutela. Se, nas comunidades tradicionais, a família se ocupava quase exclusivamente dessas funções, nas comunidades contemporâneas elas são compartilhadas com o Estado pela via das políticas públicas. Nesse sentido: (A) A família e as políticas públicas têm funções correlatas e imprescindíveis ao

desenvolvimento e à proteção social dos indivíduos. (B) O papel do Estado é de regulador, normatizador, redistribuidor de bem-estar,

trabalho e recursos. (C) A oferta de bens e serviços proporcionados pela efetivação das políticas públicas

descarta a família e privilegia o indivíduo-cidadão. (D) O Estado moderno, de direito, reduziu as atribuições da família no campo da

reprodução e da proteção social dos indivíduos. (E) A família e o Estado são instituições prescindíveis ao bom funcionamento da

sociedade capitalista.

UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012 21

52. Os recentes estudos no campo da exclusão social começaram a trazer para a cena do conhecimento e da intervenção nas situações de pobreza e exclusão um elemento antes ausente, tido como coadjuvante inexpressivo e ineficaz: o trabalho social com famílias. Portanto: (A) O trabalho com famílias pode ser produzido de maneira pragmática, aleatória ou

voluntarista. (B) A fundamentação teórica e o método, devem se constituir no meio pelo qual as

famílias se qualifiquem como responsáveis pelos programas sociais, ao lado dos profissionais.

(C) Criação de espaços que possibilitem capacitar aos profissionais e as famílias é prioritário.

(D) As pessoas e famílias juntas concretizam, per se, um procedimento grupal que pode conduzir seus membros a processos autônomos e mudanças da realidade.

(E) As ações e os programas sociais obtém maior otimização dos recursos quando substituem o indivíduo pela família como objeto de sua intervenção.

53. As atribuições dos profissionais que trabalham no Programa de Saúde da Família devem conduzir: (A) Ao resgate do profissional generalista. (B) Ao trabalho de prevenção, promoção e acompanhamento das doenças crônicas e ao

trabalho com dinâmicas familiares e comunitárias na busca de processos educativos e mudanças de comportamento.

(C) Trabalhar com indivíduos isolados em uma abordagem clínica. (D) Apontar a necessidade de constituição de novas especialidades no interior das

profissões da área de saúde. (E) O reconhecimento do talento inato de cada um ou das experiências pessoais na

abordagem do trabalho com famílias.

54. Na Política Nacional de Assistência Social, matricialidadade significa que o foco da proteção social está na família, princípio ordenador das ações a serem desenvolvidas no Sistema Único da Assistência Social. O SUAS aponta para que se atente para as seguintes questões: (A) A particularidade de cada família como um universo destituído de sua identidade

coletiva e de sua universalidade. (B) O padrão burguês de funcionamento familiar deve ser considerado no trabalho com

as famílias. (C) Nos "Modelos" de intervenção ficar atento aos "novos arranjos familiares". (D) No atendimento das famílias em todas as suas necessidades. (E) Nos arranjos familiares diversos, na revisão das metodologias de trabalhos com

famílias e na compreensão das famílias em sua singularidade.

22 – UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012

55. Ao incorporar o princípio da matricialidade familiar, a Norma Operacional Básica - NOB / Sistema Único de Assistência Social – SUAS (2005) resgata a "família como núcleo social básico de acolhida, convívio, autonomia e sustentabilidade e protagonismo social" e assim: (A) Persiste um modelo idealizado de família e aceita-se a inclusão de outros arranjos

estabelecidos pelos seus integrantes. (B) No trabalho com as famílias é necessário o enquadramento de hábitos e cuidados

da vida cotidiana, sem problematização critica das condições e situações coletivas. (C) Na seleção de prioridades não devem ser considerados as famílias "inadimplentes

das condicionalidades". (D) Supera o conceito de família como unidade econômica e a compreende como

núcleo afetivo, vinculada por laços consanguíneos, de aliança ou afinidade. (E) O trabalho com famílias deve estar direcionado ao fomento de prontidões para o

mercado de trabalho.

56. Embora a família continue sendo objeto de profundas idealizações, a realidade das mudanças em curso abalam de tal maneira o modelo idealizado que se torna difícil sustentar a idéia de um modelo "adequado". Sendo assim, o conceito de família abarca: (A) As relações entre irmãos, filhos de casamentos, divórcios, recasamentos de casais

em situações diferenciadas. (B) Onde há chefe de família e chefe de casa. (C) Definida em torno de um eixo moral. (D) A delimitação simbólica, baseada num discurso de si própria que opera como

discurso oficial. (E) A família tradicional, sendo o pai, provedor e a mãe, com serviços mais na esfera do

lar.

57. Quais vertentes de análise emergiram no bojo do Movimento de Reconceituação no Serviço Social, segundo José Paulo Netto? (A) Vertente funcionalista, vertente marxista e vertente conservadora (B) Vertente modernizadora, vertente de inspiração fenomenológica e vertente marxista (C) Vertente pragmática, vertente epistemológica, vertente marxista (D) Vertente psicossocial, vertente antropológica e vertente sociológica (E) Vertente positivista, vertente fenomenológica, vertente ideológica

UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012 23

58. Sem eliminar os condicionantes sistêmicos, é possível uma prática profissional de Assistentes Sociais fundamentada em um projeto ético-político que, no atual contexto neoliberal, se expressaria em: (A) Dialogar com os usuários para receberem o atendimento do Estado de acordo com

suas necessidades. (B) Realizar encontros entre profissionais multidisciplinares para alterar as formas de

atendimento das demandas dos usuários. (C) Organizar um trabalho coletivo visando conhecimentos específicos a cada área do

saber. (D) Apoiar as lutas de classes e sociais nos marcos das contemporâneas condições de

dominação e exploração. (E) Aumentar o atendimento aos usuários.

59. Informações, conhecimentos, vivências, experiências, pressões, reivindicações, acessados e realizados em comum, são potencializados nos espaços coletivos, seja porque ampliam e desenvolvem a participação social – o coletivo em si, mostrando a força que a organização tem – seja porque ampliam, vigoram, potenciam e politizam a participação e o trabalho profissional.

I. Este processo possibilita economizar recursos humanos institucionais na medida em que o trabalho coletivo potencializa o trabalho institucional. Com isto sua importância no sentido da otimização dos serviços. Trata-se de fortalecer as instituições em seus papéis sociais, principalmente os voltados ao controle.

II. Este parece ser, de acordo com o projeto ético político profissional construído nos últimos vinte anos, o objetivo do Serviço Social e sua razão de ser: um serviço que aglutina, que organiza, que dá visibilidade e politiza o espaço público, contribuindo na ampliação e na universalização dos direitos.

III. Esses espaços coletivos em que muitos participam, organizada e conjuntamente, num mesmo processo ou em processos diferentes, mas conexos – participação coletiva - repercutem não somente no indivíduo que participa, mas na sustentação de uma rede de organizações de base mediada por ações de defesa dos interesses e necessidades dos trabalhadores.

Assinale a alternativa correta: (A) I e III estão corretas (B) I e II estão corretas (C) II e III estão corretas (D) Todas estão corretas (E) Nenhuma está correta

24 – UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012

60. Conforme OLIVAR (2010), em seu artigo na Revista Serviço Social e Sociedade (nº102), o campo da saúde do trabalhador, pela sua natureza multidimensional e seu caráter interdisciplinar, vem demarcando diferentes espaços sócio-ocupacionais para o Serviço Social.

I. Trata-se de uma inserção em diferentes serviços e programas, como atenção básica à saúde; em centros de referência em saúde do trabalhador; em hospitais gerais e de emergência e nos serviços referenciados; na área de reabilitação profissional previdenciária e/ou organizações privadas ou públicas, dentre outras, onde sua atuação traz o viés assistencialista que norteia a política de saúde do trabalhador no Brasil.

II. Os assistentes sociais que se inserem no campo da saúde do trabalhador no SUS, são chamados a atuar na esfera da gestão e do planejamento, ampliando seu espaço ocupacional para atividades relacionadas ao controle social, à implantação e orientação de conselhos gestores, à capacitação de conselheiros e à assessoria às equipes de saúde, somando-se às atividades tradicionais demandadas historicamente.

III. O/A assistente social, potencialmente tanto pode contribuir para reforçar a alienação como também elucidar e desencadear mediações em relação a situações e processos sociais no sentido do seu entendimento mais amplo – no local de trabalho, na sociedade e na direção do enfrentamento das contradições, expressas na realidade.

Assinale a alternativa corretas: (A) I e II estão corretas (B) I e III estão corretas (C) II e III estão corretas (D) Somente a III está correta (E) Todas estão corretas

61. A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) orientada pelos valores da ética, do profissionalismo e da participação, expressa o acerto na definição pelo Ministério da Saúde de revitalizar a Atenção Básica à Saúde no Brasil. Quais são esses eixos transversais nos quais a PNAB se fundamenta? (A) Equidade, organização e conscientização (B) Equidade, gestão e organização (C) Integralidade, financiamento e organização (D) Universalidade, integralidade e equidade (E) Integralidade, gestão e comunicação

UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012 25

62. O Programa de Saúde da Família do Ministério da Saúde: (A) É um programa que visa à capacitação dos profissionais da região metropolitana

para trabalharem no processo de orientação de alta hospitalar. (B) É uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante

a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. (C) É um programa de orientação domiciliar, operacionalizado mediante uma equipe

única, especializada em hospitais terciários. (D) É uma estratégia de recrutamento pessoal no modelo assistencial, humanizado e

especializado em hospitais secundários. (E) É uma estratégia regional que intenciona a reabilitação por meio de agentes de

saúde treinados e capacitados em unidades básicas de saúde.

63. A criação dos NASF (Núcleos de Apoio a Saúde da Família) teve como objetivo: (A) Inserir a Estratégia de Saúde da Família na rede de serviços públicos incluindo

atendimento hospitalar. (B) Inserir o programa de Saúde da Criança e do Adolescente e de Atenção à Saúde da

Mulher na rede de serviços públicos. (C) Ampliar a abrangência e o escopo das ações na Atenção Básica, aumentando sua

resolutividade, reforçando os processos de territorialização e regionalização em saúde.

(D) Segmentar as equipes de saúde e facilitar o atendimento especializado com ênfase na territorialização.

(E) Promover qualidade de vida as pessoas com deficiência, garantindo os direitos civis e de saúde a estes indivíduos.

64. Com relação às ações de reabilitação que a equipe multiprofissional do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) faz às equipes de Saúde da Família (SF), são verdadeiras as afirmações:

I. Discutir e construir Projeto Terapêutico Singular (PTS). II. Orientar e informar as equipes SF, as pessoas com deficiência, os cuidadores sobre

manuseio, posicionamento e as atividades de vida diária. III. Realizar a transferência de idosos com problemas de locomoção ou acamados para

hospital mais próximo a sua região. IV. Encaminhar e orientar, quando necessário, procedimentos para obtenção de órteses,

próteses e meios auxiliares de locomoção. V. Realizar ações que facilitem a inclusão escolar, laboral ou social de pessoas com

deficiência. Assinale a alternativa que contém os itens corretos: (A) I, II, IV, V (B) II, III, IV (C) I, III, IV (D) II, IV, V (E) I, II, III, IV

26 – UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012

65. A Lei Nº 8142/1990, que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde, estabelece em seu Artigo 1º, que o Controle Social deve ser efetivado por duas instâncias colegiadas devidamente nominadas. Analise as alternativas abaixo relacionadas e assinale quais são as duas instâncias que efetivam o Controle Social: (A) Organizações Governamentais e Conselho Nacional de Secretários de Saúde. (B) Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde e Conselho Nacional de

Secretários de Saúde. (C) Organização Estudantil de Estudantes da área da Saúde e Orçamento Participativo. (D) Ministério da Saúde e Ministério da Educação. (E) Conferências de Saúde e Conselhos de Saúde. 66. “A compreensão da complexidade do processo saúde-doença exige que os profissionais de saúde percebam a necessidade de trabalhar em equipe multiprofissional “...O trabalho em equipe requer a interação de pessoas e áreas de saberes diversos que deverão operar sobre um objeto complexo como o processo saúde doença. Essa diversidade origina diferenças e desigualdades no âmbito da equipe...” Analisando o sentido do texto acima, assinale qual das afirmações apresentadas nas alternativas abaixo é falsa ou verdadeira.

( ) Diferença significa as singularidades e especificidades que apresentam cada uma das profissões que compõe as equipes de saúde, provenientes dos recortes de seus objetos de interesse, dos instrumentos utilizados e de suas sustentações teóricas.

( ) Desigualdades dizem respeito às decorrências sociais dessas diferenças, ou seja, do maior ou menor prestígio e reconhecimento e do poder que ocupam no quadro geral das profissões da saúde.

( ) Desigualdade e diferença são sinônimos e designam os contornos e características de cada uma das profissões da saúde.

(A) F, F, V (B) F, F, F (C) V, V, V (D) F, V, F (E) V, V, F 67. A partir dos anos 80, inicia-se o processo de redemocratização do país, com a reconquista da cidadania. É nessa época que toma grande impulso a discussão da reforma sanitária brasileira. Pode-se afirmar que reforma sanitária objetivou:

I. Ampliar o conceito de Saúde II. Redemocratizar o setor de saúde III. Apresentar a saúde como resultante das condições de alimentação, habitação,

educação, lazer, trabalho, salário, transporte, meio ambiente e acesso a serviços. IV. Tornar a saúde como direito de cidadania e dever do Estado e instituir um Sistema

Único de Saúde (A) I e II estão corretas (B) I, III e IV estão corretas (C) Todas as afirmações estão corretas (D) Apenas o item III está correto (E) I e IV estão corretas

UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012 27

68. A Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador - RENAST foi criada através da Portaria n.º 1679/GM em 19 de setembro de 2002. A RENAST é uma rede desenvolvida de forma articulada entre o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e tem como principal objetivo: (A) Estabelecer as ações de vigilância sanitária e epidemiológica a serem executadas

pela estratégia saúde da família. (B) Integrar a rede de serviços do SUS, voltados à assistência e à vigilância. (C) Estabelecer as ações da principal prioridade do Pacto pela Vida. (D) Manter a articulação com as ações voltadas à saúde do trabalhador, executadas

pelo Instituto Nacional de Seguro Social. (E) Concentrar as ações de vigilância no âmbito federal.

69. Qual é a concepção de humanização que fundamenta a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão no Sistema Único de Saúde - “HumanizaSUS”. (A) identificação das dimensões de necessidades subjetivas de saúde; a melhoria do

atendimento e a manutenção dos modelos de atenção e gestão. (B) atuação com foco apenas na produção de saúde, valorizando o trabalho em rede

com equipes multiprofissionais, com atuação transdisciplinar. (C) redução das filas e o tempo de espera, com ampliação do acesso e atendimento

acolhedor. (D) valorização dos sujeitos; gestão participativa; a efetivação do pacto entre os

diferentes níveis de gestão do SUS e entre as diferentes instâncias. (E) atenção aos usuários, valorização dos trabalhadores e relativa autonomia dos

gestores, com a responsabilidade dos sujeitos.

70. (I). O “acolhimento” tem sido apresentado como uma estratégia para colocar em prática os princípios previstos no SUS PORQUE (II). É uma diretriz ético-estético-política constitutiva dos modos de se produzir saúde e uma ferramenta tecnológica de intervenção na qualificação da escuta, construção de vínculo, garantia do acesso com responsabilização e resolutividade nos serviços. (A) As duas afirmativas são proposições verdadeiras e a segunda não é uma justificativa

correta da primeira. (B) As duas afirmativas são proposições verdadeiras e a segunda é uma justificativa

correta da primeira. (C) A primeira afirmativa é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição

falsa. (D) A primeira afirmativa é uma proposição falsa e a segunda é uma proposição

verdadeira. (E) As duas afirmativas são proposições falsas.

28 – UNIFESP – Residência em Serviço Social – 2012

Recommended