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RESTRIÇÕES ELÉTRICAS
INTRASSUBSISTEMAS,
REPRESENTADAS NA ELABORAÇÃO DO
PROGRAMA MENSAL DA OPERAÇÃO
ENERGÉTICA - PMO, COM IMPACTO NOS
LIMITES DE INTERCAMBIO ENTRE
SUBSISTEMAS
Operador Nacional do Sistema Elétrico Rua da Quitanda, 196 - Centro 20091-005 Rio de Janeiro RJ Tel (+21) 2203-9400 Fax (+21) 2203-9444
ONS NT 0120-2012 (Restrições Intrassubsistema nos
Intercambios).doc
© 2012/ONS Todos os direitos reservados. Qualquer alteração é proibida sem autorização.
ONS NT 0120/2012
RESTRIÇÕES ELÉTRICAS
INTRASSUBSISTEMAS,
REPRESENTADAS NA ELABORAÇÃO DO
PROGRAMA MENSAL DA OPERAÇÃO
ENERGÉTICA - PMO, COM IMPACTO NOS
LIMITES DE INTERCAMBIO ENTRE
SUBSISTEMAS
ONS NT 0120/2012 3 / 18
Sumário
1 Objetivo 4
2 Introdução 4
3 Restrições elétricas intrassubsistemas, representadas na elaboração
do PMO, com impacto nos limites de transmissão entre subsistemas6
3.1 Fluxo Norte-Sul (FNS) 9
3.1.1 Caracterização 9
3.1.2 Representação nos modelos energéticos para elaboração do
PMO e suas Revisões 9
3.1.2.1 Representação no NEWAVE 9
3.1.2.2 Representação no Decomp 10
3.1.3 Representação nos modelos energéticos para Cálculo do
PLD 11
3.2 Fluxo Serra da Mesa (FSM) 12
3.2.1 Caracterização 12
3.2.2 Representação nos modelos energéticos para elaboração do
PMO e suas Revisões 12
3.2.2.1 Representação no Newave 12
3.2.2.2 Representação no Decomp 12
3.2.3 Representação nos modelos energéticos para Cálculo do
PLD 14
4 Consequencias da Não Consideração das Restrições no Cálculo do
PLD 15
4.1 Implementação de metodologia para definição do Limite FCOMC visando maior aderência entre os intercâmbios de energia entre subsistemas SE/CO, NE e N, considerados no PMO e no cálculo do PLD 15
5 Critérios de Segurança Elétrica Adotados no PMO 17
5.1 Consequencias da Adoção, no Cálculo do PLD, do mesmo Critério de Segurança Elétrica adotado no PMO e suas Revisões 17
6 Recomendações 18
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1 Objetivo
Em atendimento à Resolução Normativa nº 477 da Agência Nacional de Energia
Elétrica - ANEEL, de 13 de março de 2012, esta Nota Técnica visa subsidiar esta
Agência no estabelecimento de condições e procedimentos para representação
das restrições elétricas internas aos subsistemas, que impactam no limite de
intercâmbio de energia entre subsistemas, nos modelos energéticos de
otimização utilizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica –
CCEE para o cálculo do Preço de Liquidação das diferenças – PLD.
2 Introdução
Os limites de intercâmbio de energia entre subsistemas são determinantes para
o cálculo dos Custos Marginais de Operação – CMOs, que orientam a política
operativa definida pelo ONS, e para o cálculo do Preço de Liquidação de
Diferenças - PLD, utilizado pela CCEE para a contabilização/liquidação de
energia no mercado de curto prazo, respectivamente.
Os limites de intercâmbio entre subsistemas são determinados pelo ONS
considerando os critérios de desempenho elétrico estabelecidos nos
Procedimentos de Rede. Seu cálculo considera todas as restrições elétricas
impostas ao intercâmbio de energia entre subsistemas, sejam elas localizadas
nas fronteiras ou internas aos mesmos. Esses limites são necessários tanto aos
estudos de médio prazo do Planejamento da Operação Energética, que
empregam o modelo NEWAVE, quanto para os estudos de curto prazo da
Programação Mensal da Operação Energética, que empregam o modelo
DECOMP. Os limites considerados nos dois modelos, embora coerentes, não
são necessariamente idênticos. O NEWAVE, com horizonte de até 5 anos à
frente, emprega os limites estruturais associados à rede, enquanto o DECOMP,
voltado para a operação de curto prazo, emprega limites conjunturais que podem
ser afetados por intervenções nas instalações da rede elétrica e mesmo por
decisões do CMSE, como os critérios de segurança elétrica adotados para o
tronco de 765 kV. Essas decisões poderão ter por base a Resolução nº 01 de 25
de janeiro de 2005 que estabelece a consideração de medidas especiais de
segurança a fim de garantir o suprimento eletroenergético em situações
decorrentes de eventos de grande relevância ou situações nas quais, em função
do desempenho da instalação e da severidade do impacto no SIN, é necessário
adotar níveis de segurança, acima dos padrões estabelecidos, até que medidas
mitigadoras possam ser implementadas.
ONS NT 0120/2012 5 / 18
De acordo com as atuais Regras de Mercado, as restrições internas aos
submercados não devem ser consideradas no cálculo dos limites de intercâmbio
utilizados na determinação do PLD. Assim, nas situações em que o intercâmbio
entre submercados é limitado por uma restrição interna, os limites de intercâmbio
utilizados pelo ONS e pela CCEE são diferentes, conduzindo a diferenças entre
o valor do CMO calculado pelo ONS e o valor do PLD calculado pela CCEE.
Essas diferenças podem acarretar custos operativos adicionais, cobertos via
Encargos de Serviços de Sistema – ESS, situação em princípio indesejável, na
medida em que onera um conjunto de agentes com um custo adicional que não
lhes é diretamente atribuível.
Sendo assim, deve-se estabelecer condições para possibilitar uma maior
aderência entre o CMO e o Cálculo do PLD, através da equalização do
tratamento que é dados às restrições intrassubsistemas, que impactam nos
limites de intercâmbio, considerados nos modelos NEWAVE e DECOMP nos dois
processos.
ONS NT 0120/2012 6 / 18
3 Restrições elétricas intrassubsistemas, representadas na elaboração do PMO, com impacto nos limites de transmissão entre subsistemas
Na Figura 1 é apresentado o diagrama simplificado das interligações Norte-
Nordeste, Norte-Sul e Sudeste-Nordeste. Nesta figura estão destacados os
principais pontos de medição que devem ser considerados para o cálculo dos
intercâmbios entre as regiões.
Figura 1 – Diagrama Simplificado das Interligações Norte – Sul, Norte – Nordeste e Sudeste - Nordeste
ONS NT 0120/2012 7 / 18
A Figura 2 e 3 mostram a representação das interligações entre subsistemas nos
modelos NEWAVE e DECOMP, respectivamente. Nestas figuras podemos
identificar como são representados os principais fluxos observados na Figura 1,
quando da elaboração do PMO e suas Revisões.
Figura 2 – Representação dos intercâmbios entre subsistemas no modelo NEWAVE
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Figura 3 – Representação dos intercâmbios entre subsistemas no modelo DECOMP
Os fluxos destacados em azul são representados nos modelos NEWAVE e
DECOMP como intercâmbios entre subsistemas. Sendo assim, para estes fluxos,
os valores de limite definidos pelo ONS para elaboração do PMO e suas
Revisões são repassados à CCEE, que os considera no cálculo do PLD.
Entretanto, os fluxos destacados em vermelho são representados nos modelos
DECOMP como internos ao subsistema SE/CO. Os limites destes fluxos
definidos pelo ONS são repassados à CCEE, porém, em atendimento às Regras
de Mercado vigentes, esta Câmara não representa estes limites no Cálculo do
PLD.
Desta forma, visando um maior entendimento da importância da representação
destes limites na consideração tanto no processo do Programa Mensal de
Operação Energética – PMO, como no Cálculo do PLD, os mesmos serão melhor
detalhados nos próximos itens deste documento.
FNS = FCOMC + GerUHELajeado + GerUHE P. Angical
FSM = FCOMC + GerUHELajeado + GerUHE P. Angical + GerUHE Serra da Mesa + GerUHE Canabrava + GerUHE São Salvador - FSENE
ONS NT 0120/2012 9 / 18
3.1 Fluxo Norte-Sul (FNS)
3.1.1 Caracterização
O fluxo Norte-Sul (FNS) é caracterizado pelo somatório do fluxo de potência
ativa nas LT 500 kV Gurupi-Serra da Mesa I C1 e C2 e LT 500 kV Peixe II-Serra
da Mesa II, com valor positivo para o fluxo que chega em Serra da Mesa e em
Serra da Mesa II.
Cabe destacar que a consideração de contingências de perda dupla para o
tronco de 765 kV (Critério N-2), conduz à adoção de valores reduzidos para o
limite do Fluxo Norte-Sul (FNS), em relação aos valores adotados na
consideração de perda simples (Critério N-1).
3.1.2 Representação nos modelos energéticos para elaboração do PMO e
suas Revisões
3.1.2.1 Representação no NEWAVE
De forma a representar a limitação imposta ao intercâmbio de energia entre o
subsistema fictício (nó de interligação entre os subsistemas SE/CO, NE e N),
devido à sua concorrência com a geração das UHE Lajeado e P. Angical, este
limite de intercâmbio é definido como:
Limite FC-SE = Limite FNS - GHLAJEADO - GHPEIXE ANGICAL , onde:
Limite FC-SE � Limite de intercâmbio de energia do Subsistema Fictício
(FC) para o subsistema SE/CO (SE);
Limite FNS � Limite do Fluxo Norte Sul, definido nos estudos
Quadrimestrais do Planejamento Anual Elétrico (PEL);
GHLAJEADO � Geração média sazonal verificada nos últimos cinco anos para
a UHE Peixe Angical;
GHPEIXE ANGICAL � Geração média sazonal verificada nos últimos cinco anos
para a UHE Lajeado.
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3.1.2.2 Representação no Decomp
A Figura 4 abaixo mostra a representação do Fluxo Norte-Sul (FNS) no modelo
DECOMP na elaboração do PMO e suas Revisões.
Figura 4 – Esquemático da representação do Fluxo Norte-Sul (FNS) no modelo DECOMP
Na figura, observa-se o FNS representado através do somatório entre o fluxo de
intercâmbio do Nó Fictício para a Subsistema SE/CO (IFC-SE) e a geração das
UHEs Lajeado (GHLAJEADO) e Peixe Angical (GHPEIXE ANGICAL), sendo dado pela
expressão abaixo:
FNS = IntercFC-SE + GHLAJEADO + GHPEIXE ANGICAL , onde:
FNS � Fluxo Norte Sul;
GHLAJEADO � Geração da UHE Lajeado;
GHPEIXE ANGICAL � Geração da UHE Peixe Angical.
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Na Figura 5 está exemplificada a representação do limite FNS no modelo
DECOMP.
Figura 5 – Representação do Fluxo Norte-Sul (FNS) no modelo DECOMP
Com a representação dessa restrição no modelo DECOMP, as gerações das
UHEs Lajeado e Peixe Angical, assim como o intercâmbio de energia do sistema
NE/N para o subsistema SE/CO, resultantes da otimização do modelo devem
atender às inequações inseridas no problema. Sendo assim, pode haver
situações em que o limite do fluxo de energia (FCOMC) não é explorado
totalmente devido à concorrência da geração das usinas hidrelétricas, no
escoamento dessa energia para o subsistema SE/CO.
Desta forma, na definição da política de intercâmbio entre os subsistemas N, NE
e SE/CO, em situações em que os subsistemas NE e/ou N se configuram como
exportadores de energia para o subsistema SE/CO, o fluxo de energia da SE
Colina para a SE Miracema (FCOMC) é fortemente impactado pela geração da
UHE Lajeado (injeção na SE Miracema) e da UHE Peixe Angical (injeção na SE
Gurupi).
3.1.3 Representação nos modelos energéticos para Cálculo do PLD
De acordo com as atuais Regras de Mercado, as restrições internas aos
submercados não devem ser consideradas no cálculo dos limites de intercâmbio
utilizados no cálculo do PLD. Sendo assim, para este cálculo, a CCEE retira a
restrição que representa essa limitação do Fluxo Norte-Sul (FNS), do conjunto de
dados enviados pelo ONS, considerados na elaboração do PMO.
Desta forma, o Cálculo do PLD considera exclusivamente a limitação imposta ao
fluxo do trecho Colinas-Miracema (FCOMC).
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3.2 Fluxo Serra da Mesa (FSM)
3.2.1 Caracterização
O fluxo Serra da Mesa (FSM) é caracterizado pelo somatório do fluxo de
potência ativa nas LT 500 kV Serra da Mesa-Samambaia e LT 500 kV Serra da
Mesa II-Luiziânia, com valor positivo para o fluxo que chega em Samambaia e
em Luiziânia.
3.2.2 Representação nos modelos energéticos para elaboração do PMO e
suas Revisões
3.2.2.1 Representação no Newave
Esta restrição não é considerada na formulação da limitação do intercâmbio de
energia entre o Nó Fictício e o Subsistema SE/CO.
3.2.2.2 Representação no Decomp
A Figura 6 abaixo mostra a representação do Fluxo Serra da Mesa (FSM) no
modelo DECOMP na elaboração do PMO e suas Revisões.
Figura 6 – Esquemático da representação do Fluxo Serra da Mesa (FSM) no modelo DECOMP
ONS NT 0120/2012 13 / 18
Na figura, observa-se o FSM representado através do somatório entre o fluxo de
intercâmbio do Nó Fictício para a Subsistema SE/CO (IFC-SE) e a geração das
UHEs Lajeado (GHLAJEADO), Peixe Angical (GHPEIXE ANGICAL), Serra da Mesa
(GHSERRA DA MESA), Canabrava (GHCANABRAVA) e São Salvador (GHSÃO SALVADOR),
subtraindo do fluxo de intercâmbio da SE/CO para o NE (FSENE). Desta forma,
o FSM é dado pela expressão abaixo:
FSM = IntercFC-SE + GHLAJEADO + GHPEIXE ANGICAL + GHSERRA DA MESA + GHCANABRAVA +
GHSÃO SALVADOR - FSENE , onde:
FNS � Fluxo Norte Sul;
GHLAJEADO � Geração da UHE Lajeado;
GHPEIXE ANGICAL � Geração da UHE Peixe Angical;
GHSERRA DA MESA � Geração da UHE Serra da Mesa;
GHCANABRAVA � Geração da UHE Canabrava.
GHSÃO SALVADOR � Geração da UHE São Salvador;
FSENE � Fluxo Sudeste - Nordeste;
Na Figura 7 está exemplificada a representação do limites do FNS no modelo
DECOMP.
Figura 7 – Representação do Fluxo Norte-Sul (FNS) no modelo DECOMP
ONS NT 0120/2012 14 / 18
Com a representação dessa restrição no modelo DECOMP, as gerações das
UHEs Lajeado, Peixe Angical, Serra da Mesa, Canabrava e São Salvador, assim
como os intercâmbios de energia dos subsistemas NE e/ou N para o subsistema
SE/CO e do subsistema SE/CO para o subsistema NE, resultantes da otimização
do modelo devem atender as inequações inseridas no problema. Sendo assim,
pode haver situações em que o limite do fluxo de energia (FCOMC) não é
explorado totalmente devido à concorrência da geração das usinas hidrelétricas,
no escoamento dessa energia para o subsistema SE/CO.
Desta forma, na definição da política de intercâmbio entre os subsistemas N, NE
e SE/CO, em situações em que os subsistemas NE e/ou N se configuram como
exportadores de energia para o subsistema SE/CO, o limite do fluxo de energia
da SE Colina para a SE Miracema (FCOMC) é fortemente impactado pela
geração da UHE Lajeado (injeção na SE Miracema), da UHE Peixe Angical
(injeção na SE Gurupi), da UHE Serra da Mesa Angical (injeção na SE Serra da
Mesa), da UHE Canabrava (injeção na SE Serra da Mesa) e da UHE São
Salvador (injeção na SE Serra da Mesa).
3.2.3 Representação nos modelos energéticos para Cálculo do PLD
De acordo com as atuais Regras de Mercado, as restrições internas aos
submercados não devem ser consideradas no cálculo dos limites de intercâmbio
utilizados na determinação do PLD. Sendo assim, para o Cálculo do PLD, a
CCEE retira a restrição que representa essa limitação do Fluxo Serra da Mesa,
do conjunto de dados enviados pelo ONS, considerados na elaboração do PMO.
Desta forma, o Cálculo do PLD considera exclusivamente a limitação imposta ao
fluxo do trecho Colinas-Miracema (FCOMC).
ONS NT 0120/2012 15 / 18
4 Consequencias da Não Consideração das Restrições no Cálculo do PLD
A CCEE em atendimento às atuais Regras de Mercado, somente considera no
cálculo do PLD restrições nas fronteiras entre submercados, desconsiderando as
restrições elétricas associadas a outras instalações, sejam elas componentes
das interligações entre submercados ou internas a eles.
Como a elaboração do PMO e suas Revisões e o cálculo do PLD consideram
limites de intercâmbios diferentes para as mesmas interligações, no mesmo
período de estudo, valores diferentes de CMO e PLD são obtidos, o que pode
resultar em diferenças entre os valores de despacho de geração térmica
resultantes do PMO e do processo de contabilização/liquidação no mercado de
curto prazo, o que pode acarretar Encargos de Serviço do Sistema. Isto ocorreu,
com maior intensidade, por exemplo, no PMO de janeiro/2009, devido à
consideração de restrições na interligação Norte-Sul de forma diferenciada entre
ONS e CCEE quando do uso do modelo DECOMP.
4.1 Implementação de metodologia para definição do Limite FCOMC visando
maior aderência entre os intercâmbios de energia entre subsistemas
SE/CO, NE e N, considerados no PMO e no cálculo do PLD
Diante do exposto no item 4, foram efetuadas, em 2009, análises visando o
aprimoramento da representação do limite elétrico da interligação entre as
subestações de Colinas e Miracema (sentido Colinas – Miracema) – FCOMC, de
forma que o CMO e o PLD tendessem a apresentar maior aderência.
Nessas análises, observou-se que a operação da UHE Serra da Mesa
(reservatório localizado a montante no rio Tocantins) tem caráter determinístico
praticamente durante todo o ano.
Assim sendo, como a operação da UHE Serra da Mesa é determinística ao longo
ao longo do ano, a geração das usinas situadas a jusante, cuja regularização é
pequena ou nenhuma (Cana Brava, Peixe Angical e Lajeado), também têm esse
caráter, ou seja, praticamente não variam sua geração entre as sucessivas
execuções do modelo DECOMP.
Tendo este fato como referência, a modelagem do limite elétrico FCOMC passou
a ter como parcelas referentes à geração das UHE’s Lajeado e Peixe Angical, os
valores efetivamente obtidos pelo modelo DECOMP.
Desta forma, a partir da Revisão 1 do PMO para o mês de fevereiro/09, o valor
do limite FCOMC adotado no modelo DECOMP, que antes era o valor definido
pelos estudos do Planejamento Elétrico Quadrimestral, podendo ser revisto pelos
estudos do Planejamento Elétrico Mensal, passou a ser calculado a partir dos
valores obtidos de geração para as UHE’s Lajeado e Peixe Angical, quando da
ONS NT 0120/2012 16 / 18
execução prévia do modelo DECOMP. Este deck DECOMP passou a ser
nomeado como Caso FCOMC, sendo também disponibilizado no site do ONS.
FCOMC = FNS – GHUHELAJEADO – GHUHEPEIXE ANGICAL, onde
FNS � limite do fluxo Norte-Sul, cujo valor utilizado no modelo DECOMP é
definido pelos estudos do Planejamento Elétrico Quadrimestral, podendo ser
revisto pelos estudos do Planejamento Elétrico Mensal;
GHLAJEADO � geração da UHE Lajeado resultante de uma execução prévia do
modelo DECOMP;
GHPEIXE ANGICAL � geração da UHE Peixe Angical resultante de uma execução
prévia do modelo DECOMP.
Como a CCEE não considera, por critério, na formação do PLD os limites
elétricos dos trechos da interligação Norte/Sul situados entre as subestações
Miracema, Gurupi e Serra da Mesa, a consideração anteriormente realizada para
a redefinição do valor do FCOMC, conduzia ao descolamento entre os valores de
CMO e PLD, visto que os limites dos trechos entre as subestações anteriormente
mencionadas eram mais restritivos do que o valor do FCOMC, com reflexos
diretos no valor do CMO.
Com a adoção desse aprimoramento, o CMO e o PLD tendem a apresentar
maior aderência.
Diante do exposto, e tendo como referência o estabelecido nas correspondências
ONS 027/340/2009 e ANEEL 023/2009-SRG, os valores de geração das UHEs
Peixe Angical e Lajeado, necessários para a definição do limite de intercâmbio
entre as SEs Colinas e Miracema (sentido Colinas-Miracema) – FCOMC,
passaram a ser obtidos em uma execução prévia do modelo DECOMP (Caso
FCOMC).
ONS NT 0120/2012 17 / 18
5 Critérios de Segurança Elétrica Adotados no PMO
Os Procedimentos de Rede do ONS definem os critérios de segurança elétrica a
serem adotados nas Etapas de Programação Diária e Operação em Tempo Real,
assim como no Programa de Intervenções em instalações da rede de operação.
Neles estão definidas condições onde deve ser considerada perda de um único
elemento ou perda dupla de equipamentos, simultânea ou não, em tais
processos do ONS.
A ANEEL, através no Ofício nº 079/2010-SRG/ANEEL, de 06/05/2010,
determinou que o ONS adotasse um único critério de segurança para o tronco de
765 kV entre as SE Foz do Iguaçu e a SE Tijuco Preto na elaboração do PMO e
suas Revisões e dos Procedimentos Operativos de Curto Prazo - POCP. Além
disso, considerou mais adequado uso, nestes processos, do critério adotado na
Programação Diária da Operação e Operação em Tempo Real, de modo a
garantir maior aderência entre os resultados do PMO e a operação.
Desta forma, o critério adotado no PMO e suas Revisões para o tronco de 765
kV entre as SE Foz do Iguaçu e a SE Tijuco Preto passou a considerar a
contingências de perda dupla (Critério N-2). Essa consideração significava, à
época da determinação da ANEEL, uma limitação maior na capacidade dos
fluxos de Recebimento pela Subsistema SE/CO (RSE), Norte-Sul (FNS) e Serra
de Mesa (FSM), assim como na geração do setor de 60 Hz da UHE Itaipu.
Por sua vez, através no Ofício nº 085/2010-SRG/ANEEL, de 07/05/2010, a
ANEEL determinou que o ONS encaminhasse o Deck DECOMP para a CCEE
considerando o critério de perda simples (N-1) no tronco de 765 kV, por se tratar
de restrição interna ao subsistema Sudeste.
Desta forma, a partir da Rev.1 do PMO Maio/2010, o ONS passou a elaborar,
para o PMO e suas Revisões, o Deck DECOMP para definição das diretrizes da
operação a serem seguidas nas Etapas de Programação Diária da Operação e
Operação em Tempo Real (N-2), e outro Deck DECOMP para cálculo do PLD a
ser encaminhado à CCEE (N-1).
5.1 Consequencias da Adoção, no Cálculo do PLD, do mesmo Critério de
Segurança Elétrica adotado no PMO e suas Revisões
Tendo em vista os mesmos motivos expostos no item 4, referente à
consideração das restrições intrassubsistemas com impacto no intercâmbio entre
subsistemas no Cálculo do PLD, a consideração do mesmo critério de segurança
elétrica nos Decks DECOMP do PMO e do Cálculo do PLD conduz maior
aderência entre a operação e a formação do PLD, podendo reduzir o
ressarcimento das diferenças através de ESS, além de simplificar a rotina
semanal de elaboração do PMO.
ONS NT 0120/2012 18 / 18
6 Recomendações
Diante do exposto, e visando uma maior aderência entre as diretrizes de
operação definida pelo ONS no PMO e suas Revisões e o processo de cálculo
do PLD elaborado pela CCEE, faz-se necessária, por parte da CCEE as
seguintes considerações:
1) Utilizar as mesmas restrições com impacto nos limites de intercâmbio entre
subsistemas considerados pelo ONS, na elaboração do PMO e suas
Revisões, mesmo estas sendo consideradas internas a um subsistema;
2) Utilizar o mesmo critério de segurança elétrica adotado no PMO e suas
Revisões para definição dos limites de intercâmbio entre subsistemas.
Como consequência, as considerações acima conduzirão a uma simplificação na
rotina semanal de elaboração do PMO e suas Revisões. A Figura 8 abaixo ilustra
os casos atualmente considerados na elaboração do PMO e Revisões, assim
como os casos que serão desconsiderados nesta rotina, se implementadas as
recomendações acima:
Figura 8 – Casos considerados na elaboração do PMO e suas Revisões
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